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Uso do gráfico c para dados de contagem autocorrelacionados

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DEPARTAMENTO DE ESTAT´ISTICA CURSO DE ESTAT´ISTICA

FIDEL HENRIQUE FERNANDES

USO DO GR ´AFICO C PARA

DADOS DE CONTAGEM AUTOCORRELACIONADOS

NATAL/RN 2015

(2)

USO DO GR ´AFICO C PARA

DADOS DE CONTAGEM AUTOCORRELACIONADOS

Monografia de gradua¸c˜ao apresentada ao Departamento de Estat´ıstica do Centro de Ciˆencias Exatas e da Terra da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obten¸c˜ao do grau de bacharel em Estat´ıstica.

Orientador:

Prof. Dr . Pledson Guedes de Medeiros Co-Orientador:

Prof. Dr. Marcelo Bourguignon Pereira

NATAL/RN 2015

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Agrade¸co aos meus pais Flavianildo Henrique Fernandes e Maria Adˆejanes Fer-nandes Henrique e ao meu irm˜ao Fred pelo apoio, incentivo e preocupa¸c˜ao com a minha Educa¸c˜ao, e me fizeram perceber que o estudo necess´ario para a minha forma¸c˜ao profis-sional, agrade¸co pela persistˆencia em continuar no curso de Estat´ıstica, apesar de n˜ao ser de muito conhecimentos para eles.

Infelizmente alguns familiares eram contra a minha permanˆencia no curso, pois viam como um curso de pouco reconhecimento na sociedade, a verdade ´e que, indepen-dente do curso que esteja o que vale ´e a persistˆencia para poder seguir uma carreira vencedora, com esse inconveniente me fez acreditar ainda mais no meu potencial para poder terminar o curso.

Aos demais familiares que me ajudaram direta e indiretamente e me deram incen-tivo.

Aos meus amigos e companheiros que estiveram presentes na minha jornada de quatro anos do in´ıcio ao fim do curso. Em especial aos amigos Francim´ario, Inara, Joyce, Elias, Andr´e, Kalil e Ramiro.

Agrade¸co ao PET, pelas tardes de estudo junto com meus companheiros compar-tilhando conhecimento.

Ao meu orientador Dr. Pledson Guedes de Medeiros, por ter aceitado ser meu orientador e me ajudado desde o in´ıcio do curso. Se n˜ao fosse pela persistˆencia dele em melhorar o curso de Estat´ıstica, talvez n˜ao estivesse no curso hoje.

Ao professor Marcelo Bouguignon por ter aceitado o convite de participar da banca examinadora e tamb´em por ser meu Co-orientador, e por ter disponibilizado os dados para aplica¸c˜ao.

Ao professor Andr´e Pinho por ter aceitado convite de participar da banca exami-nadora.

Aos Excelentes professores do Departamento de Estat´ıstica pelas aulas ministra-das, que me ajudaram bastante a ter o conhecimento necess´ario para concluir a minha gradua¸c˜ao.

(6)

A classe dos modelos INARMA ´e bem adequada para modelar a estrutura e a auto-correla¸c˜ao de processos com marginais Poisson, no contexto de controle estat´ıstico de qualidade. Processos de contagem surgem em diversas situa¸c˜oes, concentraremos no uso do modelo para uma sequˆencia estacion´aria de valores inteiros (processos de contagem auto regressivos de ordem 1 [INAR(1)],que s˜ao processos estoc´asticos mutuamente inde-pendentes com particular relevˆancia para o gr´afico de controle. Considerando o cen´ario de dados de contagem autocorrelacionados, este trabalho prop˜oe monitorar processos de contagem sob o modelo INAR(1), atrav´es do uso gr´afico c (gr´afico de controle para mo-nitorar o n´umero de n˜ao – conformidades da amostra) modificando os limites de controle usuais e adaptando o uso desse modelo ao gr´afico (c), tamb´em faremos uma an´alise de sensibilidade do modelo atrav´es de simula¸c˜oes do NMA, n´umero de amostras que exce-dem o limite de controle, para diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros do gr´afico. Essas perturba¸c˜oes e an´alises dos parˆametros reproduzem o que foi feito em Weiβ(2007) por´em inclu´ımos casos adicionais α = 0.9α0, α = 1.1α0, λ = 0.9λ0 e λ = 1.1λ0. Inclu´ımos

tamb´em, na simula¸c˜ao os casos em que α0 = 0. Os resultados mostram que a

autocor-rela¸c˜ao provoca, nos gr´aficos de controle c, uma sinaliza¸c˜ao mais tardia, quando este sofre alguma perturba¸c˜ao de −20% e −10%. J´a quando estamos lidando com uma perturba¸c˜ao de +20% na autocorrela¸c˜ao, o gr´afico detecta r´apido a mudan¸ca, a medida que o n´umero de n˜ao - conformidades aumenta. Por fim, aplicamos a metodologia estudada para um conjunto de dados reais referente `a contagem de endere¸cos de IP.

Palavras-Chave: Controle Estat´ıstico de Qualidade, Gr´afico c, INAR(1), INARMA, IP, NMA, Poisson e thinning binomial.

(7)

The class of ARMA models is more appropriate for modeling the structure and the au-tocorrelation processes marginal poisson the statistical quality control context. Counting processes arise in many situations encountered in using the model for a stationary se-quence of integer values in order 1 (INAR (1)) which are mutually independent stochastic processes with particular relevance to the control chart. Considering the context of auto-correlated count data, this paper proposes monitor counting of cases under the the INAR model (1) through c graphic use (control chart to monitor the number of non-conformities sample) modifying the usual control limits and adapting the use of this model to the c chart, Also we will make a model of sensitivity analysis through simulation of NMA, which aims to identify which number of samples execede the control limit for different chart combinations. These disorders and parameters of the analyzes reproduce what was done in Weiβ(2007) but included additional cases α = 0.9α0, α = 1.1α0, λ = 0.9λ0 and

λ = 1.1λ0. Also included in the simulation cases where α0 = 0. The results show that the

autocorrelation causes the graphic control a delayed signal c, when it suffers some distur-bance −20% and −10%, but when dealing with a perturbation +20% the autocorrelation measure that the average number of non - compliance increases, graphic fast detects the change. Finally, we applied the methodology studied for a set of data relating to the actual IP address count.

Keywords: Statistical Quality Control, Graphic c, INAR(1), INARMA, IP, NMA, Pois-son e binomial thinning.

(8)

1 NMAs considerando uma mudan¸ca em λ. . . 27 2 NMAs considerando uma mudan¸ca em α. . . 29 3 NMAs considerando uma mudan¸ca em α e λ por´em 1−αλ constante . . . 30

(9)

1 NMA considerando uma mudan¸ca em λ, para λ0 = 1 e λ0 = 3. . . 28

2 Dados de IP . . . 32

3 Dados de IP. . . 33

4 Dados de IP com outlier . . . 34

(10)

LISTA DE TABELAS 8

LISTA DE FIGURAS 9

1 Introdu¸c˜ao 11

2 Aplica¸c˜ao do Modelo INAR 12

3 Objetivo 12

3.1 Objetivos Gerais . . . 12

3.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 13

3.3 Organiza¸c˜ao do Trabalho . . . 13

3.4 Software utilizado . . . 13

4 Gr´afico de controle c para n˜ao-conformidades 13 4.1 Desempenho dos Gr´aficos de Controle . . . 15

5 Modelo INAR(1) para dados de contagem autocorrelacionados 16 5.1 Operador Thinning Binomial . . . 17

6 O Modelo INAR(1) 18 6.1 Interpreta¸c˜ao . . . 20

6.2 Estacionariedade . . . 21

7 Gr´afico de controle c modificado para dados de contagem autocorrela-cionados 22 7.1 Limites de Controle . . . 25

8 Simula¸c˜ao e Resultados 25 8.1 Desempenho do Gr´afico c sob autocorrela¸c˜ao . . . 25

8.2 Aplica¸c˜ao em um conjunto de dados reais . . . 31

8.3 Ajustando os Limites de Controle - Com Outlier . . . 34

8.4 Ajustando os Limites de Controle - Sem Outlier . . . 35

9 Considera¸c˜oes Finais 36 9.1 Sugest˜oes para trabalhos futuros . . . 37

Referˆencias 38

(11)

1

Introdu¸

ao

O CEP (Controle Estat´ıstico de Processos) ´e uma ´area de estudo que trata do monitoramento de processos, na qual estabelece informa¸c˜ao permanente sobre o compor-tamento do processo, possui uma poderosa cole¸c˜ao de ferramentas ´uteis na obten¸c˜ao da estabilidade do processo atrav´es da detec¸c˜ao das causas que geram instabilidade.

O gr´afico de controle ´e uma das t´ecnicas principais do controle estat´ıstico de pro-cesso, baseando-se em plotar medidas de uma caracter´ıstica de qualidade do processo versus tempo (ou o n´umero de amostras), sendo uma ferramenta muito ´util no monitora-mento do processo. Quando fontes n˜ao-usuais de variabilidade est˜ao presentes, os pontos ser˜ao plotadas fora dos limites de controle, ver Montgomery (2004) para maiores detalhes. Processos de dados de contagem surgem em muitas situa¸c˜oes diferentes no CEP. Na Ind´ustria de transforma¸c˜ao, por exemplo, monitorar o n´umero de defeitos ou n˜ao - conformidades por unidade ´e de interesse em um processo de produ¸c˜ao, enquanto na ind´ustria de servi¸cos monitorar o n´umero de reclama¸c˜oes em um determinado per´ıodo de tempo ´e uma caracter´ıstica importante da qualidade. A distribui¸c˜ao marginal de tais processos de contagem muitas vezes pode ser modelada por uma distribui¸c˜ao de Poisson com m´edia λ, na qual o λ > 0 (Weiβ, 2007). Se as vari´aveis aleat´orias que comp˜oem o processo seguirem uma distribui¸c˜ao discreta, o processo ´e dito de marginal discreta e s˜ao conhecidos como processos de contagem ou processos de valores inteiros, (Bourguignon, 2011).

A distribui¸c˜ao Poisson ´e uma base padr˜ao para o ajuste de dados de contagem, supondo a distribui¸c˜ao marginal Poisson ser estacion´aria no estado de controle. Com isso, o gr´afico c proposto por Shewhart ´e extremamente utilizado na pr´atica e ´e tamb´em conhecido como gr´afico do n´umero de n˜ao-conformidades, visto que monitora o n´umero de n˜ao - conformidades na amostra. ´E importante n˜ao confundir os termos n˜ao-conforme e n˜ao-conformidades. O n´umero de itens n˜ao-conforme refere-se ao produto defeituoso, e pode ser modelado pela distribui¸c˜ao Binomial e o n´umero de n˜ao-conformidades refere-se a defeitos em um produto, e pode ser modelado pela distribui¸c˜ao Poisson.

A suposi¸c˜ao mais importante relativa aos gr´aficos de controle ´e a de independˆencia. Entretanto, processos de contagem provenientes da fabrica¸c˜ao ou servi¸co de ind´ustria muitas vezes apresentam autocorrela¸c˜ao. A autocorrela¸c˜ao pode ser compreendida como um mecanismo existente no processo, que faz com que os dados n˜ao sejam independentes entre si ao longo do tempo ver Silva (2012). Referente ao uso do gr´afico c, podemos inferir que o n´umero de n˜ao-conformidades de um determinado item pode ser influenciada pelo mesmo item em tempos diferentes, logo pode-se modificar os gr´aficos existentes de controle, de tal modo que eles podem ser aplicados diretamente aos dados de contagem autocorrelacionados.

(12)

intei-ros n˜ao negativos e, em particular, s´eries de contagens. Os modelos usuais, quer lineares quer n˜ao lineares, para s´eries temporais n˜ao s˜ao neste caso adequados pois o produto de uma constante real por uma vari´avel aleat´oria de valor inteiro produz uma vari´avel aleat´oria real, ver Bourguignon (2011). Al-Osh e Alzaid (1987) recorreram `a opera¸c˜ao thinning binomial definida por Steutel e Van Harn (1979) para substituir a opera¸c˜ao de multiplica¸c˜ao usual e propuseram o modelo autoregressivo de valores Inteiros (INAR). O modelo INAR respeita a caracter´ıstica de contagem dos dados, retornando em suas simula¸c˜oes apenas valores inteiros n˜ao negativos, obtendo em suas modelagens e previs˜oes os valores que acompanham as s´eries de contagem. Os modelos INAR explicam as ca-racter´ısticas da s´erie apenas com os dados da pr´opria s´erie, baseado nas caracter´ısticas probabil´ısticas destes.

Assim, justifica-se a proposta de realizar um estudo do controle estat´ıstico de quali-dade, utilizando-se dos modelos de s´eries temporais para o tratamento de vari´aveis discre-tas de n˜ao-conformidades autocorrelacionadas para dados de contagem, e a apresenta¸c˜ao e discuss˜ao do uso do gr´afico c, submetidas ao modelo (INAR).

2

Aplica¸

ao do Modelo INAR

Franke e Seligmann (1993), Freeland e McCabe (2004). No mercado, os modelos de contagem s˜ao muito utilizados em problemas de comportamento de compra, em que a quantidade de venda de um produto segue uma distribui¸c˜ao discreta, al´em disso, trata-se de uma vari´avel inteira n˜ao-negativa, tratando da classe de modelos INAR. Outra aplica¸c˜ao bastante encontrada diz respeito ao problema de migra¸c˜ao, que trata a s´erie de n´umero de pessoas residentes num local determinado. Em economia, ´e comum estudar os n´umeros de a¸c˜oes vendidas em um per´ıodo de tempo.

3

Objetivo

3.1

Objetivos Gerais

O objetivo geral desta monografia ´e modelar o n´umero de n˜ao conformidades na amostra para dados de contagem autocorrelacionados para ser visto no gr´afico c, atrav´es do modelo de sequˆencias estacion´arias de valores inteiros (processos de contagem de ordem 1 INAR(1)), modificando os limites de controle usuais e adaptando o uso desse modelo ao gr´afico c.

(13)

3.2

Objetivos Espec´ıficos

• Verificar o efeito da autocorrela¸c˜ao para diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros nos limites de controle.

• Analisar o desempenho atrav´es de simula¸c˜oes do NMA, o n´umero m´edio de amostras at´e detectar mudan¸ca no processo, para diferentes mudan¸cas na m´edia

• Aplicar as metodologias estudadas para um conjunto de dados reais. Os dados foram tirados do artigo de Weiβ (2007).

3.3

Organiza¸

ao do Trabalho

Esta monografia ´e dividida em sete cap´ıtulos. No Cap´ıtulo 2, iremos mostrar o gr´afico de controle c usual para o n´umero de n˜ao - conformidades, sem a presen¸ca de autocorrela¸c˜ao.

No Cap´ıtulo 3, ser´a feita uma introdu¸c˜ao sobre o processo autorregressivo de valores inteiros de ordem 1 [INAR(1)] e do operador thinnning binomial, que ser´a de extrema importˆancia para o entendimento dos demais cap´ıtulos.

No Cap´ıtulo 4, ser´a realizada a demonstra¸c˜ao do gr´afico de controle c modificado para dados de contagem autocorrelacionados, atrav´es da fun¸c˜ao geradora de probabili-dade, e feita a representa¸c˜ao dos limites de controle.

No Cap´ıtulo 5, ser´a apresentado o m´etodo de simula¸c˜ao, sendo medido o desempe-nho do gr´afico c sob autocorrela¸c˜ao e apresentados os resultados num´ericos encontrados. No Cap´ıtulo 6, ser´a feita uma aplica¸c˜ao em um conjunto de dados reais e por fim, s˜ao apresentadas as conclus˜oes no Cap´ıtulo 7.

Para manter a uniformidade do padr˜ao matem´atico da sa´ıda do R, optou-se utilizar “.” no lugar de “,”.

3.4

Software utilizado

Como estamos trabalhando com o contexto de modelos de s´eries temporais jun-tamente com o uso do gr´afico de controle, ´e indispens´avel o uso computacional. Por esse motivo, todas as figuras e programas implementados foram realizados no software R, vers˜ao 3.2.2, na plataforma Windows.

4

Gr´

afico de controle c para n˜

ao-conformidades

Um item n˜ao-conforme ´e uma unidade de produto que n˜ao satisfaz uma ou mais das especifica¸c˜oes para aquele produto. Cada ponto determinado, na qual uma especi-fica¸c˜ao n˜ao est´a satisfeita, resulta em um defeito ou n˜ao-conformidade. Por conseguinte,

(14)

um item n˜ao-conforme conter´a pelo menos uma n˜ao-conformidade. Por´em, dependendo da natureza e severidade, ´e poss´ıvel para uma unidade conter v´arias n˜ao-conformidades e n˜ao ter sido classificada como n˜ao-conforme.

Considerando um exemplo de Montgomery (2004), suponha que estejamos fabri-cando microcomputadores. Cada unidade poderia ter uma ou mais falhas no acabamento do gabinete, mas como essas falhas n˜ao afetam a opera¸c˜ao funcional da unidade, essa unidade poderia ser classificada como conforme. No entanto, se h´a muitas dessas falhas, o computador seria classificado como n˜ao-conforme, uma vez que as falhas seriam muito vis´ıveis no computador, o que dificultaria sua venda.

Os gr´aficos de controle c assumem, em geral, que a ocorrˆencia de n˜ao-conformidades em amostras de tamanho constante ´e bem modelada pela distribui¸c˜ao Poisson.

Sup˜oe-se em geral que a vari´avel aleat´oria C, n´umero de n˜ao-conformidades em qualquer quantidade definida do produto, tem distribui¸c˜ao de Poisson, isto ´e:

P(C = c) = e

−λλc

c! , c = 0, 1, 2, ...

em que, c ´e o n´umero de n˜ao-conformidades (valor particular da Vari´avel C ) e λ > 0 representa o n´umero m´edio de n˜ao-conformidades na quantidade de produto considerada. Sabemos que tanto a m´edia como a variˆancia da distribui¸c˜ao de Poisson s˜ao parˆametros de C. Assim, os limites de controle 3-sigma para o gr´afico de controle para n˜ao-conformidades s˜ao dados por: LSCc = c + 3 √ c; LMc = c; (1) LICc = c − 3 √ c.

Supondo que um valor padr˜ao para c esteja dispon´ıvel, se esses c´alculos resultarem em um valor negativo para o LICc, simplesmente atribu´ımos LICc= 0, ver Montgomery (2004).

Na maioria das aplica¸c˜oes dos gr´aficos de controle a distribui¸c˜ao de Poisson ´e o mo-delo correto e impl´ıcito no processo. Por´em, mistura de v´arios tipos de n˜ao-conformidades podem conduzir a situa¸c˜oes em que o n´umero total de n˜ao-conformidades n˜ao ´e modelado adequadamente pela distribui¸c˜ao Poisson, ver Russo (2002). Uma das situa¸c˜oes comuns em que podem ocorrer esse fato ´e quando os dados de contagem apresentam muitos ou poucos zeros. Uma distribui¸c˜ao que pode ser usada para modelar dados de contagem em unidade de dispers˜ao ´e a binomial negativa, que foi estudada por Sheaffer e Leavenworth (1976).

(15)

4.1

Desempenho dos Gr´

aficos de Controle

O desempenho de um gr´afico de controle est´a altamente ligado `a rapidez com que ele detecta a presen¸ca de uma causa especial, para que o processo volte a ficar sob controle o quanto antes, o que ´e desejado. Esse desempenho ´e medido pelo valor de NMA, n´umero m´edio de amostras at´e se detectar a mudan¸ca no gr´afico de controle. Se as observa¸c˜oes, cuja caracter´ıstica est´a sendo controlada, s˜ao independentes, o n´umero de oberva¸c˜oes necess´arias at´e um primeiro ponto exceder os limites de controle ´e uma vari´avel aleat´oria cuja distribui¸c˜ao ´e geom´etrica com parˆametro p ver, Montgomery (2004), tal que a m´edia da distribui¸c˜ao geom´etrica ´e igual a 1/p. Quando as observa¸c˜oes s˜ao independentes, o NMA ´e o inverso do poder de detec¸c˜ao do gr´afico de controle, isto ´e, o NMA = 1/p, em que o resultado desta equa¸c˜ao avalia o desempenho do gr´afico. J´a quando o processo est´a sob controle usa-se NMAF, n´umero m´edio de amostras at´e um alarme falso, tal que NMAF = 1/α1.

(16)

Havendo um risco α1 de um valor cair fora dos limites de controle. Esse tipo de

erro mencionado com probabilidade γ, ´e chamado de Erro tipo I, ou comumente chamado de (“alarme falso”). O c´alculo do erro tipo I, associado ao gr´afico c, sendo α0 e λ0 s˜ao

parˆametros em controle, ´e dado da seguinte forma:

α1 = 1 − P [Ci ≤ LSC|λ0]. (2)

O NMAF ´e definido como:

N M AF = 1/[1 − P [Ci ≤ LSC|α1 = α0 e λ = λ0]], (3)

j´a o NMA ´e,

N M A = 1/[1 − P [Ci ≤ LSC|α1 6= α0 e λ 6= λ0]]. (4)

5

Modelo INAR(1) para dados de contagem

autocor-relacionados

No presente cap´ıtulo aborda-se o m´etodo para identificar, ajustar e diagnosticar os modelos para dados de contagem autocorrelacionados. Nos estudos envolvendo s´eries temporais de valor inteiro n˜ao-negativo, em especial de s´eries de contagem, esses modelos s˜ao amplamente empregados nas mais diversas ´areas de estudo. Em Controle de Qualidade ´e comum utilizar a distribui¸c˜ao binomial na modelagem de n´umero de pe¸cas defeituosas de uma linha de produ¸c˜ao, ver Montgomery (2004), e utiliza-se a distribui¸c˜ao de poisson para modelar o n´umero total de n˜ao-conformidades em uma unidade.

A observa¸c˜ao de uma vari´avel aleat´oria (v.a.) tomada sequencialmente em dife-rentes instantes do tempo ´e chamada de s´erie temporal. Seja T um conjunto arbitr´ario e X ∈ R, uma s´erie temporal X ´e denotada por {Xt}t∈T. Uma s´erie temporal pode ser

classificada como cont´ınua ou discreta, dependendo do evento que se observa ao longo do tempo, ver Lima (2013).

Neste trabalho vamos abordar s´eries temporais discretas, em espec´ıfico, s´eries de observa¸c˜oes inteiras. O estudo desta s´erie temporal incorpora a an´alise de modelos n˜ao muito comuns chamados de INAR. Segundo Weiβ (2007), em se tratando de processos de contagem autocorrelacionados, embora as opera¸c˜oes usuais matem´aticas sejam bem definidas em N0 = {1, 2, 3, · · ·}, os modelos ARMA padr˜ao, desenvolvidos para s´eries

temporais de valor real n˜ao podem ser utilizados, uma vez que a multiplica¸c˜ao de um n´umero real por uma vari´avel aleat´oria de valor inteiro resulta normalmente em um valor n˜ao inteiro, como t´ınhamos abordado anteriormente. Em decorrˆencia desse fato, Steutel e Van Harn (1979), prop˜oem uma opera¸c˜ao probabil´ıstica, chamada thinning binomial,

(17)

com uma alternativa adequada para multiplica¸c˜ao escalar.

5.1

Operador Thinning Binomial

Nesta se¸c˜ao ´e apresentado o operador thinning binomial, pertencente a classe de operadores Thinning, que foi proposto por Steutel e Van Harn (1979). Juntamente com algumas propriedades importantes do mesmo.

Defini¸c˜ao 5.1 Sejam N uma vari´avel aleat´oria de valor inteiro n˜ao negativo e α um n´umero real tais que α ∈ [0, 1]. O operador thinning binomial denotador por “ ◦” ´e definido como: α ◦ N = N X i=1 Xi, (5)

em que {Xi}i∈N uma sequˆencia de vari´aveis aleat´orias (v.a.,s) independentes e

identica-mente distribu´ıdas (i.i.d.), chamada s´erie de contagem, tais que P (Xi = 1) = 1 − P (Xi =

0) = α, assim {Xi}i∈N tem distribui¸c˜ao de Bernoulli de valor esperado α, independente

da v.a. N , inteira n˜ao-negativa. da Silva (2005) e Bourguignon (2011) apresentam e demonstram as propriedades do operador thinning, e iremos abordar algumas a seguir, sendo demonstradas no Apˆendice A. Em decorrˆencia da defini¸c˜ao do operador thinning binomial, temos o seguinte lema.

LEMA 5.1 Sejam N1 e N2 vari´aveis aleat´orias identicamente distribu´ıdas de valores

inteiros n˜ao-negativos, e α1 e α2 constantes reais n˜ao-negativas tal que α1 ∈ [0, 1] e α2 ∈

[0, 1]. Portanto, de acordo com o operador definido em 5 1. 0 ◦ N1 = 0; 2. 1 ◦ N1 = N1; 3. α1 ◦ (α2 ◦ N1) = (α1α2) ◦ N1; 4. α1 ◦ (N1+ N2) = α1 ◦ N1+ α1 ◦ N2; 5. E(α1 ◦ N1) = α1E(N1); 6. E[(α1 ◦ N1)N2] = α1E(N1N2);

7. (α1 ◦ N1)|N1 = n1 possui distribui¸c˜ao Binomial (n1, α1);

8. V ar(α1 ◦ N1) = α21V ar(N1) + α1(1 − α1)E(N1);

(18)

O operador thinning binomial possui forte interpreta¸c˜ao na pr´atica pois representa a parte do valor observado no passado que continuar´a sendo observado no instante ativo. Num problema de migra¸c˜ao, o thinning binomial representa o n´umero de pessoas remanescentes de um instante de tempo para outro, que n˜ao migraram; por sua vez a probabilidade α indica a chance de cada pessoa n˜ao migrar, isto ´e, a taxa com que os valores em t − 1 ‘sobrevivam’at´e t, ver Lima (2013).

Bourguignon (2011) informa que alguns autores generalizaram o conceito de opera¸c˜ao thinning, permitindo que as s´eries de contagem sigam qualquer distribui¸c˜ao discreta. Dada a defini¸c˜ao e algumas propriedades do operador thinning binomial, podemos agora definir o modelo autoregressivo de primeira ordem para valores inteiros proposto por Al-Osh e Alzaid (1987).

6

O Modelo INAR(1)

O presente trabalho, aborda o membro mais popular da fam´ılia INARMA, o modelo INAR(1). Baseado na Defini¸c˜ao 5, o modelo autoregressivo de Valores inteiros de ordem 1 [INAR(1)], introduzido por Al-Osh e Alzaid (1987) ´e definido da seguinte forma: Defini¸c˜ao 6.1 Um processo estoc´astico discreto de valor inteiro n˜ao-negativo {Nt}t∈Z, o

modelo INAR(1) ´e expresso como fun¸c˜ao da ´ultima oberva¸c˜ao da s´erie, apresentado como:

Nt = α ◦ Nt−1+ t, t ≥ 1, (6)

em que α ∈ [0, 1], t ´e uma sequˆencia de vari´aveis aleat´orias independentes e

identica-mente distribu´ıdas de valores inteiros n˜ao-negativos, com uma certa m´edia e variˆancia, respectivamente, E(t) = λ e V ar(t) = σ2 finita.

O modelo INAR(1) com as suas in´umeras funcionalidades, considera somente a informa¸c˜ao do momento imediatamente anterior, assim como os modelos autorregressivos de ordem 1. Com os avan¸cos computacionais, a necessidade de um modelo mais robusto tornou-se necess´ario para capturar toda a informa¸c˜ao quanto `a estrutura do hist´orico dos dados. Foi nesse sentido que os modelos foram introduzidos com maior complexidade, analogamente aos modelos AR(p), definindo o modelo gen´erico INAR(p) de ordem p, discutidas por Alzaid e Al-Osh (1990).

A distribui¸c˜ao marginal do modelo pode ser expressa em termos da sequˆencia de {t}t∈Z ´e dada por Al-Osh e Alzaid (1987) como:

N1 = 1

N2 = α ◦ 1+ 2

(19)

= α ◦ (α ◦ 1) + α ◦ 2 + 3 = α2 ◦ 1+ α ◦ 2+ 3 .. . Nn d = ∞ X j=0 αj ◦ n−j.

O s´ımbolo=, quer dizer que a distribui¸c˜d ao marginal ´e igual em probabilidade. Com base nas propriedades do thinning binomial, a m´edia e a variˆancia do processo Xt como

defi-nido em 6, supondo que o t, tem uma certa m´edia λ e variˆancia σ2, s˜ao dadas por:

E[Nt] = E[α ◦ Nt−1+ t] = αE[Nt−1] + λ = αE[α ◦ Nt−2+ λ] + λ = α2E[Nt−2] + αλ + λ .. . = αtE[X0] + λ t−1 X j=0 αj.

(20)

e a variˆancia apresentada em Bourguignon (2011) pode ser obtida da seguinte forma:

var[Nt] = var[α ◦ Nt−1+ t]

= var[α ◦ Nt−1] + var[t]

= E[(α ◦ Nt−1)2] − E[α ◦ Nt−1]2+ E[2t] − E[t]2

= α2E[Nt−12 ] + var[Nt−1]E[Nt−1] − α2E[Nt−1]2 + σ2+ λ2− λ2

= α2E[N2

t−1] − E[Nt−1]2 + α(1 − α)E[Nt−1] + σ2

= α2var[Nt−1] + α(1 − α)E[Nt−1] + σ2

= α2α2var[Nt−2+ α(1 − α)E[Nt−2]] + σ2 + α(1 − α)E[Nt−1] + σ2

= α4var[Nt−2] + α(1 − α) [σ3E[Nt−2] + αE[Nt−1]] + (α2+ 1)σ2

.. . = α2tvar[X0] + (1 − α) t X j=1 α2j−1E[Xt−j] + σ2 t X j=1 α2(j−1).

6.1

Interpreta¸

ao

Segundo Lima (2013) e Bourguignon (2011), podemos interpretar o modelo INAR(1) da seguinte forma: Nt |{z} Popula¸c˜ao no tempo t = α ◦ Nt−1 | {z } Sobreviventes no tempo t−1 + t |{z} Imigrantes ou nascimentos (7)

• α ◦ Nt−1 ´e respons´avel pela captura de toda a informa¸c˜ao que o hist´orico traz.

Quando pensamos no processo de compra ou venda, α ◦ Nt−1 ´e interpretado como

consumidores remanescentes dado o ´ultimo conjunto de compradores, sendo a s´erie temporal que continua sendo observada com uma probabilidade associada α, α ∈ (0, 1) ou habitantes remanescentes em uma regi˜ao no caso de migra¸c˜ao.

• t´e uma vari´avel aleat´oria discreta n˜ao negativa com m´edia λ e variˆancia σ2

indepen-dente de α ◦ Nt−1 e apresenta a inova¸c˜ao em t, uma parte n˜ao correlacionada com o

passado. (Al-Osh e Alzaid, 1987) prop˜oem o modelo com a inova¸c˜ao seguindo a dis-tribui¸c˜ao poisson, por´em as distribui¸c˜oes geom´etrica ou binomial negativa tamb´em podem ser consideradas como sugerido por Mckenzie (1986).

• Nt ´e o n´umero de reclama¸c˜oes n˜ao atendidas dos clientes, que consiste de queixas

novas e passadas. Nt tamb´em pode ser o n´umero de produtos, que consiste nos

(21)

mas ainda funcionam.

Notamos que o processo INAR(1) tˆem in´umeras interpreta¸c˜oes, e se aplica em muitas situa¸c˜oes pr´aticas. Por exemplo, Ntpode descrever o n´umero de itens de uma determinada

empresa, t pode descrever os novos itens e Nt−1− α ◦ Nt−1 pode descrever os itens que

foram perdidos no ´ultimo per´ıodo.

No contexto de CEP, estamos interessados em processos estacion´arios. J´a que esta-mos trabalhando com modelos de s´eries temporais da fam´ılia INARMA, as metodologias envolvendo esses modelos necessitam de algumas suposi¸c˜oes com respeito `a estrutura de correla¸c˜ao do processo estoc´astico suposto. Uma delas que iremos abordar neste trabalho ´e a estacionariedade fraca, essa propriedade estabelece que os momentos de primeira e segunda ordens do processo n˜ao variam sob transla¸c˜oes do tempo.

6.2

Estacionariedade

Segundo Lima (2013) e Russo (2002), a s´erie ´e dita estacion´aria quando ela ´e cons-tante no tempo, mantendo o equil´ıbrio estat´ıstico e suas caracter´ısticas probabil´ısticas. Se uma s´erie ´e estritamente estacion´aria, ent˜ao todo subconjunto das vari´aveis tamb´em possuem a mesma caracter´ıstica estacion´aria, para qualquer valor. Do ponto de vista intuitivo, uma s´erie ´e estacion´aria se:

• n˜ao h´a mudan¸ca sistem´atica da m´edia; • n˜ao h´a mudan¸ca sistem´atica na variˆancia; • n˜ao h´a varia¸c˜oes estritamente peri´odicas;

Em CEP, quando estamos modelando e analisando gr´aficos de controle de uma determinada caracter´ıstica de qualidade, espera-se que o processo mantenha-se constante dentro dos limites de controle. Diante desse fato, ao longo deste trabalho vamos assumir que a sequˆencia {t}t∈Z ∼ P o(λ). Dessa forma, o processo INAR(1) dado por Nt =

α ◦ Nt−1+ t, ´e estacion´ario quando |α| < 1 e n˜ao estacion´ario quando |α| = 1.

A investiga¸c˜ao dos modelos de s´eries temporais consiste, quase que exclusivamente, das etapas de identifica¸c˜ao e estima¸c˜ao do modelo. Para a identifica¸c˜ao e a estima¸c˜ao, no contexto de processos estacion´arios, destacam-se como principais ferramentas as fun¸c˜oes de autocorrela¸c˜ao (ACF) e de autocorrela¸c˜ao parcial (PACF). A fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao do processo INAR(1) proposto por Al-Osh e Alzaid (1987) ´e dado por:

ρ(k) = γ(k)/γ(0) = αk, k = 0, 1, 2, · · · (8) Notemos que a autocorrela¸c˜ao parcial de primeira ordem ´e a pr´opria estimativa do α e ´e semelhante para o processo AR(1), dessa forma, ρ(1) =b α.b

(22)

7

Gr´

afico de controle c modificado para dados de

con-tagem autocorrelacionados

Neste cap´ıtulo iremos abordar um dos objetivos do trabalho que ´e modelar o uso do gr´afico c atrav´es do modelo de sequˆencias estacion´arias de valores inteiros submetidos ao modelo INAR(1). Ao estudar gr´afico de controle para o n´umero de n˜ao-conformidades assumimos, em geral, que a ocorrˆencia de n˜ao-conformidades na amostra ´e bem modelada pela distribui¸c˜ao Poisson.

Os gr´aficos de controle tradicionais baseiam-se no pressuposto das oberva¸c˜oes se-rem normalmente distribu´ıdas e independentes. Por´em, quando tratamos de processos de contagem provenientes da fabrica¸c˜ao ou servi¸co de ind´ustrias, muitas vezes apresen-tam autocorrela¸c˜ao. Tais processos com esse efeito de autocorrela¸c˜ao passam a quebrar o pressuposto de independˆencia das observa¸c˜oes, podendo assim prejudicar o desempenho dos gr´aficos de controles tradicionais. Dessa forma, surge a necessidade de modificar os gr´aficos de controle existentes, de tal maneira que eles possam ser aplicados diretamente aos dados de contagem autocorrelacionados. Utilizando o conceito do modelo INAR(1) e assumindo Nt estacion´ario de acordo com 6 e {t}t∈Z ∼ P o(λ), tem-se que o valor

espe-rado e a variˆancia s˜ao:

E[Nt] =

λ

1 − α e V ar[Nt] = λ

1 − α (9)

Para a demonstra¸c˜ao desse resultado, utilizaremos o conceito de fun¸c˜ao geradora de pro-babilidade apresentado em Donadelli (2013) e descrito a seguir.

(23)

Defini¸c˜ao 7.1 Se X assume valores naturais, a fun¸c˜ao geradora de probabilidade de X ´e a fun¸c˜ao geradora da fun¸c˜ao de massa de probabilidade de X, logo.

GX(t) = E(tX) =

X

i≥0

P (X = i)ti. (10)

Como P (1) = 1 a s´erie converge absolutamente, pelo menos, ∀ t ∈ (−1, 1). Derivando P , em rela¸c˜ao a t, temos: P (t) = X i≥0 iP (X = i)ti−1 , portanto, P0(1) = E(X) e P00(1) + P0(1) = E(X2) V ar(X) = E(X2) − [E(X)]2.

Dada a defini¸c˜ao 7.1, primeiro fa¸camos o c´alculo da fun¸c˜ao geradora de probabilidade da poisson.

Seja X uma vari´avel discreta com distribui¸c˜ao poisson, com parˆametro λ, ou seja, X ∼ P o(λ). Ent˜ao GX(t) = E[tX] = ∞ X k=0 tke−λλk k! = e−λ ∞ X k=0 (tλ)k k! (11) = e−λetλ = eλ(t−1).

Definido a fun¸c˜ao geradora de probabilidade e realizando o c´alculo da fun¸c˜ao geradora de probabilidade da Poisson, vamos demonstrar o resultado em 9. Suponha que Nt−1

tem distribui¸c˜ao Poisson com m´edia 1−αλ , logo a sua fun¸c˜ao geradora de probabilidade ´e exp 1−αλ (t − 1).

Seja GN(t) = E(tN) a fun¸c˜ao geradora de probabilidade de N . Se Y = α ◦ N = N

X

i=1

Xi, como estamos tratando de um processo estacion´ario e os N0, Nt−1, Nt−2, . . . s˜ao

(24)

GY(t) = Gα◦Nt−1 = GNt−1(GX(t)) = GNt−1(1 − α + αt),

em que, GX(t) ´e a fun¸c˜ao geradora de probabilidade da Bernoulli(α). Como supomos que

Nt−1 tem a fun¸c˜ao geradora de probabilidade igual `a exp 1−αλ (t − 1) , substituindo o t

por 1−α+αt temos, Gα◦Nt−1(1−α+αt) = exp

λ

1−α(1 − α + αt − 1) = exp λ

1−αα(t − 1),

sendo que {Xi}i∈Ntem distribui¸c˜ao de Bernoulli de valor esperado α, independente da v.a.

N , inteira n˜ao - negativa. Como {t}t∈Z∼ P o(λ) logo a fun¸c˜ao geradora de probabilidade

´e Gt = exp(λ(t − 1)) e, como vimos na se¸c˜ao anterior que {t}t∈Z ´e independente de Nt,

a fun¸c˜ao geradora de probabilidade de Nt´e definida como o produto, logo:

GNt(t) = Gα◦Nt−1Gt(t) = exp  λ 1 − αα(t − 1)  exp(λ(t − 1)) = exp  λ(t − 1)  α 1 − α + 1  (12) = exp  λ(t − 1)α + 1 − α 1 − α  = exp  λ 1 − α(t − 1)  .

Derivando Nt em rela¸c˜ao t temos:

E[Nt] = ∂ ∂tGNt(t) t=1 = exp  λ 1 − α(t − 1)  λ 1 − α t=1 = λ 1 − α E[Nt2] = ∂2 ∂t2GNt(t) t=1 = exp  λ 1 − α(t − 1)  λ 1 − α λ 1 − α + exp  λ 1 − α(t − 1)  λ 1 − α t=1 =  λ 1 − α 2 + λ 1 − α

Dessa forma, a variˆancia de Nt ´e a seguinte:

V ar[Nt] = E[Nt2] − (E[Nt])2 = 1−αλ

2

+ 1−αλ − λ 1−α

2

(25)

7.1

Limites de Controle

A vari´avel aleat´oria Nttem sua m´edia e variˆancia iguais submetidas ao modelo em

(6). Assumindo tsendo i.i.d. com distribui¸c˜ao P o(λ), a m´edia e a variˆancia de t´e dada

por λ = σ2 = λ. Ent˜ao (Nt) tem distribui¸c˜ao marginal P o 1−αλ . Portanto, para um

gr´afico de controle do n´umero de n˜ao - conformidades submetidos a autocorrela¸c˜ao com m´edia em controle e assumindo λ = λ0 e α = α0. Assim, os valores de Nt s˜ao plotados

no gr´afico de controle para n˜ao - conformidades com limites trˆes - sigma como segue:

LSCc = λ0 1 − α0 + 3 r λ0 1 − α0 ; LMc = λ0 1 − α0 ; (13) LICc = λ0 1 − α0 − 3 r λ0 1 − α0 .

Se esses c´alculos resultarem em um valor pequeno para o LIC, atribui-se LIC = 0. Nota-se que quando o α = 0, Nota-sem a preNota-sen¸ca de autocorrela¸c˜ao, temos a express˜ao (1), ou seja, os limites de controle do gr´afico c tradicional.

O erro tipo I associado ao gr´afico c modificado ´e semelhante a Equa¸c˜ao (2), a diferen¸ca est´a na m´edia, visto que iremos corroborar a presen¸ca do α (autocorrela¸c˜ao). O n´umero m´edio de alarmes falsos (NMAF), fica semelhante, sendo N M AF = α1

1 e : α1 = 1 − P  Ci ≤ LSC λ0 1 − α0  . (14)

8

Simula¸

ao e Resultados

8.1

Desempenho do Gr´

afico c sob autocorrela¸

ao

Neste cap´ıtulo, focaremos no outro objetivo deste trabalho que ´e verificar o efeito da autocorrela¸c˜ao para diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros, no limite de controle, e analisaremos o desempenho atrav´es de simula¸c˜ao do NMA. O estudo da simula¸c˜ao busca avaliar o comportamento do modelo, que tem como objetivo identificar qual o n´umero de amostras at´e se detectar que o processo saiu de controle, quando o gr´afico c ´e subme-tido ao modelo INAR(1) para diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros. Primeiro gerou-se 10.000 amostras do modelo INAR(1), com 1000 observa¸c˜oes cada uma e, em cada amostra, guardamos a posi¸c˜ao da observa¸c˜ao que ultrapassa o limite de controle, armazenada em um vetor de tamanho 10.000. A m´edia desse vetor resultar´a no n´umero m´edio de amos-tras at´e detectar mudan¸ca (NMA). Para v´arias combina¸c˜oes dos parˆametros em controle

(26)

(λ0, α0) os resultados dos NMAs s˜ao mostrados, tanto para o processo em controle quanto

para fora de controle, a t´ıtulo de compara¸c˜ao. Os estados fora de controle considerados para este estudo, s˜ao definidos com mudan¸cas de ±10% e ± 20% em um dos verdadeiros parˆametros λ e α, comparados aos valores em controle λ0 e α0. Quanto menor o NMA

mais r´apido o gr´afico detecta mudan¸ca, o que ´e desejado. O parˆametro da probabilidade α associado ao operador thinning binomial pertence ao conjunto {0.0,0.2,0.4,0.6}. As pertuba¸c˜oes que realizamos foram:

λ = λ0, mas α = 1.1α0, α = 1.2α0, α = 0.8α0 e α = 0.9α0 α = α0, mas λ = 1.1λ0, λ = 1.2λ0, λ = 0.8λ0 e λ = 0.9λ0 λ 1 − α = λ0 1 − α0 , mas α = 1.1α0, α = 1.2α0, α = 0.8α0, α = 0.9α0

(27)

Essas pertuba¸c˜oes e an´alises acima reproduzem o que foi feito em Weiβ (2007) por´em inclu´ımos casos adicionais α = 0, 9α0, α = 1, 1α0, λ = 0, 9λ0e λ = 1.1λ0. Inclu´ımos

tamb´em, na simula¸c˜ao os casos em que α0 = 0.

Nas tabelas abaixo encontram-se os resultados que ilustram o efeito no desempenho do gr´afico c modificado, para mudan¸cas de ±10% e ±20% em λ0, medidos pelo n´umero

m´edio de amostras at´e se detectar mudan¸ca (NMA). ´E importante frisar que quanto menor o NMA mais r´apido o gr´afico detecta a mudan¸ca. Para as situa¸c˜oes em controle, λ = λ0

e α = α0 os NMAFs dispostos na coluna referente a λ = λ0 variam de acordo com a

combina¸c˜ao dos parˆametros. Isto acontece em fun¸c˜ao do processo ser discreto o que faz com quenos NMAFs variem e n˜ao fiquem t˜ao pr´oximos.

Tabela 1: NMAs considerando uma mudan¸ca em λ. NMA λ0 α0 λ = λ0 λ = 1.1.λ0 λ = 1.2.λ0 λ = 0.8.λ0 λ = 0.9.λ0 1 0.0 271 183 127 712 436 1 0.2 107 76 54 272 171 1 0.4 136 88 60 406 219 1 0.6 263 134 86 954 477 3 0.0 265 146 84 1186 530 3 0.2 187 100 60 902 390 3 0.4 181 90 50 1048 413 3 0.6 215 97 46 2059 591 5 0.0 180 91 49 1099 420 5 0.2 193 88 47 1422 487 5 0.4 186 78 37 1779 504 5 0.6 432 132 52 1672 1321 7 0.0 174 79 39 1421 457 7 0.2 248 99 46 2683 756 7 0.4 225 82 34 837 627 7 0.6 448 125 42 542 1125 9 0.0 410 154 66 4650 1344 9 0.2 342 117 50 709 791 9 0.4 305 92 35 410 672 9 0.6 335 80 26 144 438

Fonte: Elaborada pelo autor

Na Tabela 1 observa-se que o efeito da autocorrela¸c˜ao prejudica o desempenho do gr´afico de controle, quando estamos lidando com os valores de α0 = {0.2, 0.4, 0.6}.

Considerando λ0 = 1 e α0 = {0.2, 0.4, 0.6}, aumentar o valor de α0implica em um aumento

no NMAF, demorando-se mais a ter um alarme falso, podemos ver claramente na Figura 1. Isso se deve a, > α0 ⇒> LSC ⇒> N M AF por ser discreto n˜ao consegue NMAF mais

(28)

pr´oximos, o mesmo acontece quando fixamos o α0: > λ ⇒ LSC >⇒ N M AF >. Por´em

para um n´umero alto de λ0, a medida que α0 aumenta, o NMA diminui. Por exemplo,

considere λ0 = 9 e α0 = {0.0, 0.2, 0.4, 0.6} o n´umero m´edio de amostras diminui. Fixando

uma situa¸c˜ao em controle, λ0 = 5 e α0 = 0.6, uma perturba¸c˜ao de λ = 1.1λ0 e λ = 1.2λ0

o NMA diminui, j´a em rela¸c˜ao `a mudan¸ca de λ = 0.8λ0 λ = 0.9λ0, o NMA aumenta, ou

seja, para detectar desvios positivos em λ0 o NMA, vai diminuindo, mas para detectar

desvios negativos em λ0 o NMA, vai aumentando.

Considerando α0 = 0, estamos tratando sem autocorrela¸c˜ao, ou seja, resulta no

gr´afico de controle c tradicional. Na Figura 1, a linha vertical pontilhada refere-se ao estado em controle, λ = λ0.

Figura 1: NMA considerando uma mudan¸ca em λ, para λ0 = 1 e λ0 = 3.

(29)

Tabela 2: NMAs considerando uma mudan¸ca em α. NMA λ0 α0 α = α0 α = 1.1.α0 α = 1.2.α0 α = 0.8.α0 α = 0.9.α0 1 0.0 271 278 273 270 272 1 0.2 107 97 89 132 121 1 0.4 136 98 71 249 182 1 0.6 263 98 34 1177 569 3 0.0 265 262 263 262 266 3 0.2 187 156 132 263 219 3 0.4 181 111 64 488 300 3 0.6 215 55 13 2904 827 5 0.0 180 183 181 182 182 5 0.2 193 192 128 289 241 5 0.4 186 107 51 619 336 5 0.6 432 53 11 1304 1621 7 0.0 174 175 174 175 174 7 0.2 248 193 149 409 316 7 0.4 225 127 50 720 430 7 0.6 448 35 8 366 1034 9 0.0 410 417 414 415 411 9 0.2 342 239 191 532 410 9 0.4 305 124 53 684 538 9 0.6 335 35 5 94 338

Fonte: Elaborada pelo autor

A partir da Tabela 2, vale ressaltar que considerando as perturba¸c˜oes de ±20% e ±10% e supondo α0 = 0 e λ0 = {1, 3, 5, 7, 9}, os NMAs para essas situa¸c˜oes se tornam

pr´oximos pois consideramos α0 = 0. Agora quando se analisa com o efeito da

autocor-rela¸c˜ao positiva, α > α0 implica um NMA menor para > α0 e > λ0, fixando uma situa¸c˜ao

em controle λ0 = 1 e α0 = 0.6, o gr´afico torna-se sens´ıvel `a uma pertuba¸c˜ao de α = 1.1α0

e α = 1.2α0, tornando valores de NMA pequenos, no entanto, α < α0 implica um NMA

maior para > α0 e > λ0, fixado o NMAF vemos que > α0 implica um NMA menor.

Por exemplo, para α = 0.8α0 e α = 0.9α0 o NMA aumenta consideravelmente. Um

ou-tro resultado importante ´e que, uma pertuba¸c˜ao de +20%, supondo λ0 = {1, 3, 5, 7, 9}

e α0 = 0.6, os NMAs diminuem a medida que o λ0 aumenta, ou seja, no contexto do

gr´afico c, quando aumentamos a m´edia de n˜ao-conformidades, o gr´afico detecta r´apido a mudan¸ca. Quanto maior o valor de α0, mais autocorrelacionadas s˜ao as vari´aveis. Faz

sentido pois α > α0 implica mais autocorrela¸c˜ao. Esse monitoramento ´e bom para

de-tectar desvios positivos em α0 pois o NMA, vai diminuindo, mas ´e ruim para detectar

(30)

Tabela 3: NMAs considerando uma mudan¸ca em α e λ por´em λ 1−α constante NMA λ0/(1 − α0) α0 α = α0 α = 1.1.α0 α = 1.2.α0 α = 0.8.α0 α = 0.9.α0 3 0.0 266 262 261 263 268 3 0.2 269 263 267 264 263 3 0.4 264 264 361 261 263 3 0.6 271 285 322 263 269 6 0.0 277 273 274 275 272 6 0.2 277 275 270 274 272 6 0.4 274 277 276 273 272 6 0.6 288 295 326 274 277 9 0.0 413 416 419 412 414 9 0.2 413 418 418 407 409 9 0.4 406 416 409 409 415 9 0.6 429 441 492 416 412 12 0.0 320 324 325 317 321 12 0.2 315 319 316 269 325 12 0.4 312 322 323 325 323 12 0.6 327 343 381 318 322 15 0.0 283 281 283 280 289 15 0.2 282 283 290 282 282 15 0.4 341 292 280 262 287 15 0.6 365 307 342 284 292

Fonte: Elaborada pelo autor

Na Tabela 3, estamos considerando λ0

1−α0 constante, ent˜ao tendo em vista a

mu-dan¸ca em λ e α n˜ao identificamos mudan¸ca “significativa” no NMA em nenhum das perturba¸c˜oes, uma vez que o gr´afico c concentra exclusivamente na distribui¸c˜ao marginal 

λ0

1−α0



, que permanece inalterada. Podemos dizer que para esta situa¸c˜ao da Tabela 3 a abordagem utilizada n˜ao foi ´util para detectar mudan¸ca em nenhumas das situa¸c˜oes.

As rotinas computacionais utilizadas para a constru¸c˜ao das Tabelas 1, 2 e 3 s˜ao apresentadas no Apˆendice B.

(31)

8.2

Aplica¸

ao em um conjunto de dados reais

Neste cap´ıtulo aplicaremos a metodologia estudada em um conjunto de dados reais. Os dados s˜ao provenientes de Weiβ (2007) e o objetivo da aplica¸c˜ao ´e utilizar o monito-ramento via gr´afico c modificado para o modelo INAR(1) como feito em Weiβ (2007), e comparar as estimativas realizadas pelos estimadores usuais da literatura com o estimador proposto por Bourguignon e Vasconcellos (2014). Os dados consistem em contagem de endere¸cos de IP.

O servidor do Departamento de Estat´ıstica da Universidade de Wursburg recolhe dados de acessos relativos a p´agina do servidor. Os dados foram coletados de maneira que o n´umero de diferentes IPs registrados em per´ıodos de 2 minutos de dura¸c˜ao pode ser lido. Foram analisados os dados que foram coletados no per´ıodo de Novembro e Dezembro de 2005, ou seja, estamos interessados em contar quantos usu´arios est˜ao acessando a p´agina do servidor. Nos limitamos apenas a acessos que ocorreram entre 10 horas da manh˜a e 6 horas da noite, resultando em uma s´erie temporal di´aria de comprimento 241 cada. Como exemplo ilustrativo, vamos analisar a seguinte s´erie de tempo recolhidos em 29 de Novembro de 2005. Na Figura 2a se encontra a s´erie.

(32)

Figura 2: Dados de IP

(a) Gr´afico da S´erie

Amostra 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 6 7 8

(b) Fun¸c˜ao de Autocorrela¸c˜ao e Autocorrela¸c˜ao

Parcial 0 2 4 6 8 10 −0.3 −0.2 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 Lag A CF 2 4 6 8 10 −0.3 −0.2 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 Lag P ar tial A CF

Fonte: Elaborado pelo Autor

A fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao e autocorrela¸c˜ao parcial emp´ırica indicam que um mo-delo de primeira ordem pode ser uma escolha adequada, comρ(1) = 0.22, como vemos nab Figura 2b. A m´edia e a variˆancia s˜ao estimadas em 1.32 e 1.39, respectivamente. Percebe-mos que a m´edia e a variˆancia s˜ao aproximadamente iguais, tornando-se razo´avel a escolha do modelo Poisson INAR(1) para ajustar os dados, uma vez que a variˆancia dividido pelo m´edia resulta em um valor pr´oximo de um. Os parˆametros iniciais estimados s˜ao dados porα = 0.22 e bb λ = 1.03. A estima¸c˜ao do vetor de parˆametros do modelo INAR(1) ´e feita utilizando m´etodos estat´ısticos convencionais. Estes parˆametros estimados, foram obtidos atrav´es dos estimadores usuais da literatura Yule-Wallker, M´ınimos Quadrados Condici-onais e M´axima Verossimilhan¸ca Condicional, em que s˜ao bem explicados na disserta¸c˜ao de Bourguignon (2011) e Lima (2013). Maiores detalhes sobre esses estimadores podem ser foram disponibilizados na disserta¸c˜ao de.

Usando o estimador de Bourguignon e Vasconcellos (2014), os parˆametros estima-dos foram, α = 0.18 e ee λ = 1.08. O gr´afico c com limites de 3-sigmas resultaria em um LIC = 0 e LSC = 4, ficaria da seguinte forma LSC = 1−0,0,221,03 + 3

r  1,03 1−0,22  = 4 e LIC = 1−0,0,221,03 − 3 r  1,03 1−0,22 

(33)

exato para o N M AF = 88.16 ´e obtido a partir da Equa¸c˜ao (3), ´e bastante pequeno para fins pr´aticos, por isso, decidimos usar o LIC = 0 e LSC = 5, tendo um N M AF = 415, 16. Al´em disso, verificamos na Figura 2a a presen¸ca de um ´unico outlier N224 = 8 que foi no

per´ıodo de (17 : 26 : 00) para (17 : 27 : 59). A an´alise do outlier N224 = 8 torna razo´avel

supor que houve, de fato, apenas um ´unico usu´ario ativo no momento 224. Portanto, decidimos substituir o outlier para N224 = 1, como consequˆencia disso, tivemos altera¸c˜oes

da m´edia e variˆancia que foram, respectivamente para, 1, 29 e 1, 20 e a fun¸c˜ao de Auto-correla¸c˜ao de primeira ordem foi para 0, 29. Figura 3 mostra a s´erie ACF e PACF sem a presen¸ca do outlier. A fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao parcial mostra o modelo de primeira ordem ´e adequado para ajustar os dados, uma vez que a variˆancia dividido pelo m´edia resulta em um valor pr´oximo de um, indicando que o modelo Poison INAR(1) ainda ´e razo´avel para modelar os dados e as estimativas obtidas pelos estimadores usuais passam a,α = 0.29 e bb λ = 0.91, resultando em um N M AF = 480.726, enquanto que o estimador de Bourguignon e Vasconcellos (2014) apresenta, α = 0.34 e ee λ = 0.84, resultando em um N M AF = 468.38, razoavelmente pr´oximos, com LSC = 5.

Figura 3: Dados de IP.

(a) Gr´afico da s´erie

Amostra 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5

(b) Fun¸c˜ao de Autocorrela¸c˜ao e Autocorrela¸c˜ao

Parcial 0 2 4 6 8 10 −0.3 −0.2 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 Lag A CF 2 4 6 8 10 −0.3 −0.2 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 Lag P ar tial A CF

(34)

8.3

Ajustando os Limites de Controle - Com Outlier

Apresentaremos agora o gr´afico de controle c, comparando os estimadores usuais com o proposto por Bourguignon e Vasconcellos (2014). Os limites de controle ajustados para a s´erie com outlier s˜ao mostrados abaixo, para ambos os estimadores.

Figura 4: Dados de IP com outlier

(a) Gr´afico da s´erie com os limites do gr´afico c

modificado usando os estimadores usuais

Amostra 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 6 7 8 λ =1.03 α =0.22

(b) Gr´afico da s´erie com os limites do gr´afico c

modificado usando o estimador de (Bourguignon e Vasconcellos, 2014) Amostra x 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 6 7 8 λ ~ =1.08 α~=0.18

Fonte: Elaborada pelo autor

Na Figura 4, podemos perceber que os limites de controle para o gr´afico c modifi-cado s˜ao iguais, mesmo que as estimativas sejam diferentes. A explica¸c˜ao para isso, ´e que os dados s˜ao discretos e os limites de controle obtidos s˜ao valores inteiros, j´a que na pr´atica n˜ao h´a diferen¸ca se LSC = 5 ; 5, 1 ou 5, 9, por exemplo, j´a que P (C ≤ 5, 5) = P (C ≤ 5).

(35)

8.4

Ajustando os Limites de Controle - Sem Outlier

Apresentaremos agora os limites de controle ajustados aos dados sem `a presen¸ca de outlier.

Figura 5: Dados de IP sem outlier

(a) Gr´afico da S´erie com os limites do gr´afico c

modificado usando os estimadores usuais

Amostra 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 λ =0.91 α =0.29

(b) Gr´afico da S´erie com os limites do gr´afico

c modificado usando o estimador de (Bourguig-non e Vasconcellos, 2014) Amostra y 0 50 100 150 200 250 0 1 2 3 4 5 λ ~= 0.84 α ~=0.34

Fonte: Elaborada pelo autor

Novamente, a mesma interpreta¸c˜ao vale para a Figura 5. Contudo, podemos com-parar os estimadores n˜ao s´o pelos limites de controle obtidos, mas sim pelas estimativas do modelo Poisson INAR(1), que foram diferentes para os estimadores que utilizamos. Optamos por analisar a s´erie sem a presen¸ca de outlier, ent˜ao, obtemos as estimativas dos parˆametros do modelo INAR(1) com os estimadores usuais foramα = 0.29 e bb λ = 0.91, j´a as estimativas dos parˆametros do modelo INAR(1) utilizando o estimador de Bourguig-non e Vasconcellos (2014), foram α = 0.34 e ee λ = 0.84. Como o α representa a taxa de sobreviventes no tempo t − 1 e o λ representa a taxa de imigrantes, ou seja, a estimativa do erro, em que foi visto na Equa¸c˜ao (7). Ent˜ao, um usu´ario observado no per´ıodo t estava tamb´em ativo no per´ıodo t − 1 com probabilidade 0.29, ou seja, est´a novamente acessando o servidor, visto que seria a taxa de usu´arios ativos no per´ıodo t est´a tamb´em ativo no per´ıodo t − 1. Com o estimador de Bourguignon e Vasconcellos (2014), obtemos uma probabilidade maior de usu´arios ativos no per´ıodo t−1, sendo 0.34. J´a o λ refere-se a taxa de imigrante, referente ao erro, ou seja, o n´umero de usu´arios que chegar˜ao a acessar

(36)

a p´agina do servidor em t com probabilidade 0.91. Usando o outro estimador obtemos uma probabilidade de 0.84, menor em rela¸c˜ao aos estimadores usuais.

9

Considera¸

oes Finais

Este trabalho procurou apresentar uma metodologia alternativa `as t´ecnicas tradi-cionais de CEP, atrav´es de gr´aficos de controle modificados para an´alise do gr´afico c para n˜ao-conformidades na amostra para dados de contagem autocorrelacionados submetidos ao modelo INAR(1).

Dessa forma, foi realizado uma revis˜ao do modelo INAR(1) atrav´es do operador thinning binomial, o que tornou-se necess´ario, pois os modelos usuais de s´eries temporais n˜ao s˜ao adequados para modelar dados de contagem. Atrav´es do modelo INAR(1) pode-mos modificar os gr´aficos existentes de controle para dados de contagem para o gr´afico c, na qual chegamos as express˜oes dos limites de controle.

O INAR(1) ´e um modelo simples e ajust´avel para muitas situa¸c˜oes pr´aticas que sur-gem no contexto de CEP. Utilizando a simula¸c˜ao computacional foi poss´ıvel criar cen´arios que representavam estes gr´aficos sob diferentes situa¸c˜oes de autocorrela¸c˜ao, usamos per-turba¸c˜oes de ±10% e ±20% para as diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros e medimos o seu desempenho, atrav´es do n´umero m´edio de amostras at´e detectar mudan¸ca (NMA).

Em fun¸c˜ao das vari´aveis serem discretas n˜ao ´e poss´ıvel encontrar um NMAF ideal, assim eles apenas coincidem grosseiramente.

O gr´afico n˜ao ´e ´util para detectar mudan¸ca quando λ0

1−α0 ´e fixo. J´a para

mu-dan¸cas apenas em λ0 ou apenas em α0, o gr´afico ´e ´util para detectar mudan¸cas positivas

nos parˆametros, que ´e a situa¸c˜ao mais interessante, em geral, buscando um aumento no n´umero m´edio de n˜ao conformidades do processo. Por´em, n˜ao ´e ´util para detectar mudan¸ca que diminuam esses parˆametros o que indicariam melhoria do processo.

Diante do que foi exposto, pode-se concluir que autocorrela¸c˜ao provoca nos gr´aficos de controle c uma sinaliza¸c˜ao mais tardia quando este sofre alguma perturba¸c˜ao de −20% e −10%, no entanto quando estamos lidando com uma perturba¸c˜ao de +20% na autocor-rela¸c˜ao, a medida que deslocamento aumenta, o gr´afico detecta r´apido a mudan¸ca situa¸c˜ao semelhante ocorre para mudan¸ca em λ.

A aplica¸c˜ao do modelo INAR(1), usando os estimadores usuais da literatura e o estimador de Bourguignon e Vasconcellos (2014), obtiveram resultados semelhantes para a obten¸c˜ao dos limites de controle para o gr´afico c modificado para dados de contagem autocorrelacionados. Enquanto para a estimativa do α de Bourguignon de Vasconcel-e los (2014), obteve uma probabilidade maior, ou seja, uma taxa maior em rela¸c˜ao aos estimadores usuais.

(37)

9.1

Sugest˜

oes para trabalhos futuros

Uma extens˜ao deste trabalho seria trabalho com gr´afico de controle para dados de contagem autocorrelacionados, referente a dados com sobredispers˜ao, cuja variˆancia ´e maior do que a m´edia. A ideia, seria usar os gr´aficos e atrav´es de simula¸c˜oes, verificar o comportamento para diferentes combina¸c˜oes dos parˆametros.

Quando analisamos dados reais uma alternativa a ser implementada seria a ob-ten¸c˜ao dos limites de controle via processo de reamostragem, bootstrap.

(38)

Referˆ

encias

[1] Al-Osh, M. A.; Alzaid, A. A. First-order integer-valued autoregressive (inar (1)) process. Journal of Time Series Analysis,1987, 8, 261-275.

[2] Alzaid, A.;Al-Osh, M. An integer-valued pth-order autoregressive structure(Inar (p)) process. Journal of Applied Probability,1990, pp. 314-324.

[3] Bourguignon, M. Modelos Inar Sazonais e de Ra´ızes Unit´arias. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, 2011.

[4] Bourguignon, M.;Vasconcellos, K. Improved estimation for Poisson Inar (1) models. Journal of Statistical Computation and Simulation, 2014, pp. 1-17.

[5] da Silva, I. M. M. Contributions to the analysis of discrete-valued time series. Tese de Doutorado, Universidade do Porto, 2005.

[6] Donadelli, J. Fun¸c˜ao geradora de probabilidade e soma de vari´aveis independentes. https://anotacoesdeaula.wordpress.com/2013/05/21/impe bc1414-fgp/, 2013, acesso em 03/12/2015.

[7] Franke, J.;Seligmann, T. Conditional maximum likelihood estimates for inar (1) pro-cesses and their application to modelling epileptic seizure counts. Developments in time series analysis, 1993, pp. 310-330.

[8] Freeland, R.;McCabe, B. P. Analysis of low count time series data by Poisson auto-regression. Journal of Time Series Analysis, 2004, 25, pp. 701-722.

[9] Lima, T. A. C. Modelos INAR e RCINAR, estima¸c˜ao e aplica¸c˜ao. Disserta¸c˜ao de Mestrado,Universidade de S˜ao Paulo, 2013.

[10] Montgomery, D. C. Introdu¸c˜ao ao controle estat´ıstico da qualidade. LTC, 2004. [11] Russo, S. L. Gr´aficos de controle para vari´aveis n˜ao-conformes autocorrelacionadas.

Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.

[12] Sheaffer, R.;Leavenworth, R. The negative binomial model for counts in units of varying size. Journal of Quality Technology, 8 ,1976.

[13] Silva, L. A. O Efeito da Autocorrela¸c˜ao no Poder de Detec¸c˜ao do Gr´afico de M´edias(X) com Modelos Autorregressivos de ordem 1 e 2, Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012.

[14] Steutel, F.;Van Harn, K. Discrete analogues of self-decomposability and stability. The Annals of Probability, 1979, pp. 893-899.

(39)

[15] Weiβ, C. H. Controlling correlated processes of poisson counts. Quality and reliability engineering international, 2007, v.23,pp. 741-754.

(40)

Apˆ

endice A

Algumas demonstra¸

oes do Operador Thinning Binomial

A seguir as demonstra¸c˜oes das propriedades do LEMA 3.1.1, da p´agina 17. 1. 0 ◦ N1 = N1 X i=1 tal que P (Xi = 1) = α = 0 ⇒ P (Xi = 0) = 1 − α = 1. Dessa forma, 0 ◦ N1 = N1 X i=1 X1 = N1 X i=1 0 = 0. 2. 1 ◦ N1 = N1 X i=1 Xi tal que P (Xi = 1) = α = 1 assim, 1 ◦ N1 = N1 X i=1 Xi = N1 X i=1 1 = N1. 3. α1◦ (α2◦ N2) = (α1α2) ◦ N2

Seja GN(t) = E(tN) a fun¸c˜ao geradora de probabilidade de N . Se Y = α1◦ N = N

X

j=1

zj, temos que

GY(t) = Gα1◦N(t) = GN(Gz(t)) = G(α1t + 1 − α1),

em que Gz(t) ´e a fun¸c˜ao geradora de probabilidade da Bernoulli(α1). Fazendo

Y = α2◦ N = N X j=1 zj e H = α1◦ Y = Y X j=1 hj, temos que GH(t) = GY(Gh(t)) = GN(Gz(Gh(t))) = GN(α1α2t + 1 − α1α2) Portanto, α1◦ (α2◦ N ) = (α1α2) ◦ N .

(41)

4. α1◦ (N1+ N2) = α1◦ N1+ α2◦ N2 α1◦(N1+N2) = N1+N2 X i=1 Xi = N1 X i=1 Xi+ N2 X i=N1+1 = α1◦N1+ N2 X i=1 Xi+N1 = α1◦N1+α1◦N2. 5. E[α1◦ N1] = E[E[(α1◦ N1)|N1]] = E " E " N 1 X i=1 Xi|N1 ## = E "N 1 X i=1 E[Xi|N1] # = E "N 1 X i=1 E[X1] # = E "N 1 X i=1 α1 # = E[α1N1] = α1E[N1]. 6. E[(α1◦ N1)N2] = E " N1 X i=1 Xi ! N2 # = E[X1+ X2+ · · · + XN1N2] = E[X1N2+ X2N2+ · · · + XN1N2]

= E[X1]E[N2] + E[X2]E[N2] + · · · + E[XN1E[N2]]

= E[N2] [E[N1] + E[X2] + · · · + E[XN1]]

= E[N2] [E[N1+ X2+ · · · + XN1]]

= E[N2]E[α1 ◦ N1]

= α1E[N1]E[N2]

(42)

8. V ar(α1◦ N1) = α21V ar(N1) + α1(1 − α1)E(N1).

Notemos que, a variˆancia pode ser escrita da seguinte forma: V ar(Y ) = E(V ar(Y |X))+ V ar(E(Y |X)).

V ar(α1◦ N1) = V ar(E(α1◦ N1|N1)) + E(V ar(α1◦ N1|N1))

= V ar(α1N1) + E(α1(1 − α1)N1)

= α21V ar(N1) + α1(1 − α1)E(N1).

Apˆ

endice B - Rotina Computacional

########## Fun¸c~oes ######################### ########## INAR(1) ############

##Modelo INAR(1) -> Xt = \alpha o Xt-1 + It #It => vari´avel discreta poisson(\lambda) Inar1 <- function(alpha,lambda,n){

y0 <- lambda/(1-alpha) #Esperan¸ca de Xt => E(Xt) b <- 5*n

y <- numeric() y[1] <-round(y0,0) k <- 2

while(k <= (n + b)){

opbin <- rbinom(1, y[k-1], alpha) poisson <- rpois(1, lambda)

y[k] <- opbin + poisson k <- k + 1

}

y[(b + 1):(n + b)]

}

######### Fun¸c~ao que gera o NMA ############

NMA<-function(alfa,lambida,k,mud2,mud){ nma <- NULL

LSC<-lambida/(1-alfa)+k*sqrt(lambida/(1-alfa))

LIC<-max(0,lambida/(1-alfa)-k*sqrt(lambida/(1-alfa))) rep <- 10000

(43)

for(i in 1:rep){ #print(i)

j <- 0 inar <- LSC r <- 10000

while((inar <= LSC) && (inar >= LIC) && (j < r)){ inar = Inar1(alfa*mud2,lambida*mud,1) j <- j + 1 } nma[i] <- j } return(nma) }

#################NMAs para diferentes situa¸c~oes dos par^ametros############ # REMOVENDO TODOS OS OBJETOS DA ´AREA DE TRABALHO

rm(list = ls()) args(NMA)

#Sem autocorrela¸c~ao

M <- NMA(0,1,3,1,1) ; mean(M)

mu0 <- NMA(0.2,1,3,1,1) ; mean(mu0) #=107.1711 mu01 <- NMA(0.4,1,3,1,1) ; mean(mu01) #=134.5859 mu02 <- NMA(0.6,1,3,1,1) ; mean(mu02) #263.3284

########Suponha o processo em controle com \mu0 = 3 mu03 <- NMA(0.2,3,3,1,1) ; mean(mu03)

mu04 <- NMA(0.4,3,3,1,1) ; mean(mu04) mu05 <- NMA(0.6,3,3,1,1) ; mean(mu05)

######Suponha o processo em controle com \mu0 = 5 mu06 <- NMA(0.2,5,3,1,1) ; mean(mu06)

mu07 <- NMA(0.4,5,3,1,1) ; mean(mu07) mu08 <- NMA(0.6,5,3,1,1) ; mean(mu08)

######Suponha o processo em controle com \mu0 = 7 mu09 <- NMA(0.2,7,3,1,1) ; mean(mu09)

mu10 <- NMA(0.4,7,3,1,1) ; mean(mu10) mu11 <- NMA(0.6,7,3,1,1) ; mean(mu11)

(44)

######Suponha o processo em controle com \mu0 = 9 mu12 <- NMA(0.2,9,3,1,1) ; mean(mu12)

mu13 <- NMA(0.4,9,3,1,1) ; mean(mu13) mu14 <- NMA(0.6,9,3,1,1) ; mean(mu14)

##Sem autocorrela¸c~ao

x1 <- NMA(0,3,3,1,1) ; mean(x1) x2 <- NMA(0,5,3,1,1) ; mean(x2) x3 <- NMA(0,7,3,1,1) ; mean(x3) x4 <- NMA(0,9,3,1,1) ; mean(x4)

##############MUDANC¸A NA M´EDIA DO PROCESSO (AUMENTO DE 20%) ############# ###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 1.2 * \lambda0 , alfa0 = 0.2

args(NMA)

lamb0<- NMA(0.0,1,3,1,1.2) ; mean(lamb0) #Sem autocorrela¸c~ao lam1 <- NMA(0.2,1,3,1,1.2) ; mean(lam1)

lam2 <- NMA(0.4,1,3,1,1.2) ; mean(lam2) lam3 <- NMA(0.6,1,3,1,1.2) ; mean(lam3)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 1.2 * \lambda0 , alfa0 =0.2 lam4 <- NMA(0.2,3,3,1,1.2) ; mean(lam4)

lam5 <- NMA(0.4,3,3,1,1.2) ; mean(lam5) lam6 <- NMA(0.6,3,3,1,1.2) ; mean(lam6)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 1.2 * \lambda0 , alfa0 =0.2 lam7 <- NMA(0.2,5,3,1,1.2) ; mean(lam7)

lam8 <- NMA(0.4,5,3,1,1.2) ; mean(lam8) lam9 <- NMA(0.6,5,3,1,1.2) ; mean(lam9)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 1.2 * \lambda0 , alfa0 =0.2 lam10 <- NMA(0.2,7,3,1,1.2) ; mean(lam10)

lam11 <- NMA(0.4,7,3,1,1.2) ; mean(lam11) lam12 <- NMA(0.6,7,3,1,1.2) ; mean(lam12)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 1.2 * \lambda0 , alfa0 =0.2

lam13 <- NMA(0.2,9,3,1,1.2) ; mean(lam13) lam14 <- NMA(0.4,9,3,1,1.2) ; mean(lam14) lam15 <- NMA(0.6,9,3,1,1.2) ; mean(lam15)

(45)

args(NMA) #Sem autocorrela¸c~ao a1 <- NMA(0,3,3,1,1.2) ; mean(a1) a2 <- NMA(0,5,3,1,1.2) ; mean(a2) a3 <- NMA(0,7,3,1,1.2) ; mean(a3) a4 <- NMA(0,9,3,1,1.2) ; mean(a4) ################################################################## ########## Mudan¸ca na m´edia = lambda = 1.1 * lambda0 ########## args(NMA) ##### lambda = 1 x0<- NMA(0,1,3,1,1.1) ; mean(x0) x1 <- NMA(0.2,1,3,1,1.1) ; mean(x1) x2 <- NMA(0.4,1,3,1,1.1) ; mean(x2) x3 <- NMA(0.6,1,3,1,1.1) ; mean(x3) ##### lambda = 3 x4 <- NMA(0,3,3,1,1.1) x4 <- NMA(0.2,3,3,1,1.1) ; mean(x4) x5 <- NMA(0.4,3,3,1,1.1) ; mean(x5) x6 <- NMA(0.6,3,3,1,1.1) ; mean(x6) ##### lambda = 5 x7 <- NMA(0.2,5,3,1,1.1) ; mean(x7) x8 <- NMA(0.4,5,3,1,1.1) ; mean(x8) x9 <- NMA(0.6,5,3,1,1.1) ; mean(x9) ##### lambda = 7 x10 <- NMA(0.2,7,3,1,1.1) ; mean(x10) x11 <- NMA(0.4,7,3,1,1.1) ; mean(x11) x12 <- NMA(0.6,7,3,1,1.1) ; mean(x12) ##### lambda = 9 x13 <- NMA(0.2,9,3,1,1.1) ; mean(x13) x14 <- NMA(0.4,9,3,1,1.1) ; mean(x14) x15 <- NMA(0.6,9,3,1,1.1) ; mean(x15)

(46)

#Sem autocorrela¸c~ao alfa = 0 b <- NMA(0,1,3,1,1.1) ; mean(b) b1 <- NMA(0,3,3,1,1.1) ; mean(b1) b2 <- NMA(0,5,3,1,1.1) ; mean(b2) b3 <- NMA(0,7,3,1,1.1) ; mean(b3) b4 <- NMA(0,9,3,1,1.1) ; mean(b4)

########## Mudan¸ca na m´edia = lambda = 0.9 * lambda0 ########## xx0 <- NMA(0,1,3,1,0.9) ; mean(xx0) #Sem autocorrela¸c~ao

xx1 <- NMA(0.2,1,3,1,0.9) ; mean(xx1) # lambda = 1 xx2 <- NMA(0.4,1,3,1,0.9) ; mean(xx2) # lambda = 1 xx3 <- NMA(0.6,1,3,1,0.9) ; mean(xx3) # lambda = 1

xx4 <- NMA(0.2,3,3,1,0.9) ; mean(xx4) # lambda = 3 xx5 <- NMA(0.4,3,3,1,0.9) ; mean(xx5) # lambda = 3 xx6 <- NMA(0.6,3,3,1,0.9) ; mean(xx6) # lambda = 3

xx7 <- NMA(0.2,5,3,1,0.9) ; mean(xx7) # lambda = 5 xx8 <- NMA(0.4,5,3,1,0.9) ; mean(xx8) # lambda = 5 xx9 <- NMA(0.6,5,3,1,0.9) ; mean(xx9) # lambda = 5

xx10 <- NMA(0.2,7,3,1,0.9); mean(xx10) # lambda = 7 xx11 <- NMA(0.4,7,3,1,0.9); mean(xx11) # lambda = 7 xx12 <- NMA(0.6,7,3,1,0.9); mean(xx12) # lambda = 7

xx13 <- NMA(0.2,9,3,1,0.9); mean(xx13) # lambda = 9 xx14 <- NMA(0.4,9,3,1,0.9); mean(xx14) # lambda = 9 xx15 <- NMA(0.6,9,3,1,0.9); mean(xx15) # lambda = 9

#Sem autocorrela¸c~ao c1 <- NMA(0,3,3,1,0.9) ; mean(c1) c2 <- NMA(0,5,3,1,0.9) ; mean(c2) c3 <- NMA(0,7,3,1,0.9) ; mean(c3) c4 <- NMA(0,9,3,1,0.9) ; mean(c4) ######################################################################### ############ MUDANC¸A NA M´EDIA (DECR´ECIMO DE 20%) ##############

(47)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 0.8 * \lambda0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6 la1 <- NMA(0.2,1,3,1,0.8) ; mean(la1)

la2 <- NMA(0.4,1,3,1,0.8) ; mean(la2) la3 <- NMA(0.6,1,3,1,0.8) ; mean(la3)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 0.8 * \lambda0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6 la4 <- NMA(0.2,3,3,1,0.8) ; mean(la4)

la5 <- NMA(0.4,3,3,1,0.8) ; mean(la5) la6 <- NMA(0.6,3,3,1,0.8) ; mean(la6)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 0.8 * \lambda0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6 la7 <- NMA(0.2,5,3,1,0.8) ; mean(la7)

la8 <- NMA(0.4,5,3,1,0.8) ; mean(la8) la9 <- NMA(0.6,5,3,1,0.8) ; mean(la9)

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 0.8 * \lambda0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6 la10 <- NMA(0.2,7,3,1,0.8) ; mean(la10) #lambida = 7

la11 <- NMA(0.4,7,3,1,0.8) ; mean(la11) #lambida = 7 la12 <- NMA(0.6,7,3,1,0.8) ; mean(la12) #lambida = 7

###### Mudan¸ca na m´edia \lambda = 0.8 * \lambda0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6 la13 <- NMA(0.2,9,3,1,0.8) ; mean(la13) #lambida = 9

la14 <- NMA(0.4,9,3,1,0.8) ; mean(la14) #lambida = 9 la15 <- NMA(0.6,9,3,1,0.8) ; mean(la15) #lambida = 9

#Sem autocorrela¸c~ao, ou seja, alfa = 0 => Gr´afico c tradicional d1 <- NMA(0,3,3,1,0.8) ; mean(d1)

d2 <- NMA(0,5,3,1,0.8) ; mean(d2) d3 <- NMA(0,7,3,1,0.8) ; mean(d3) d4 <- NMA(0,9,3,1,0.8) ; mean(d4)

############################################################################ #Mudan¸ca na autocorrela¸c~ao \alpha = 0.8 * \aplha0 , alfa0 = 0.2, 0.4 e 0.6

aut1 <- NMA(0.2,1,3,0.8,1) ; mean(aut1) #lambida = 1 aut2 <- NMA(0.4,1,3,0.8,1) ; mean(aut2) #lambida = 1 aut3 <- NMA(0.6,1,3,0.8,1) ; mean(aut3) #lambida = 1

(48)

aut4 <- NMA(0.2,3,3,0.8,1) ; mean(aut4) #lambida = 3 aut5 <- NMA(0.4,3,3,0.8,1) ; mean(aut5) #lambida = 3 aut6 <- NMA(0.6,3,3,0.8,1) ; mean(aut6) #lambida = 3

aut7 <- NMA(0.2,5,3,0.8,1) ; mean(aut7) #lambida = 5 aut8 <- NMA(0.4,5,3,0.8,1) ; mean(aut8) #lambida = 5 aut9 <- NMA(0.6,5,3,0.8,1) ; mean(aut9) #lambida = 5

aut10 <- NMA(0.2,7,3,0.8,1) ; mean(aut10) #lambida = 7 aut11 <- NMA(0.4,7,3,0.8,1) ; mean(aut11) #lambida = 7 aut12 <- NMA(0.6,7,3,0.8,1) ; mean(aut12) #lambida = 7

aut13 <- NMA(0.2,9,3,0.8,1) ; mean(aut13) #lambida = 9 aut14 <- NMA(0.4,9,3,0.8,1) ; mean(aut14) #lambida = 9 aut15 <- NMA(0.6,9,3,0.8,1) ; mean(aut15) #lambida = 9

##########Mudan¸ca na autocorrela¸c~ao do processo ############# ##### Em controle

####### Em controle alfa = alfa0 , alfa0 = 0.2 ####### lambda0 = 1

al1 <- NMA(0.2,1,3,1,1) ; mean(al1) al2 <- NMA(0.4,1,3,1,1) ; mean(al2) al3 <- NMA(0.6,1,3,1,1) ; mean(al3)

############################################################################# ########## MUDANC¸A NA AUTOCORRELAC¸~AO (ACR´ECIMO DE 20% )#########

#Mudan¸ca no alfa <=> alfa = 1.2 alfa0 , lambda = 1 , alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 alp1 <- NMA(0.2,1,3,1.2,1) ; mean(alp1)

alp2 <- NMA(0.4,1,3,1.2,1) ; mean(alp2) alp3 <- NMA(0.6,1,3,1.2,1) ; mean(alp3)

#Mudan¸ca no alfa <=> alfa = 1.2 alfa0 , lambda = 3 , alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 alp4 <- NMA(0.2,3,3,1.2,1) ; mean(alp4)

alp5 <- NMA(0.4,3,3,1.2,1) ; mean(alp5) alp6 <- NMA(0.6,3,3,1.2,1) ; mean(alp6)

(49)

alp7 <- NMA(0.2,5,3,1.2,1) ; mean(alp7) alp8 <- NMA(0.4,5,3,1.2,1) ; mean(alp8) alp9 <- NMA(0.6,5,3,1.2,1) ; mean(alp9)

#Mudan¸ca no alfa <=> alfa = 1.2 alfa0 , lambda = 7 , alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 alp10 <- NMA(0.2,7,3,1.2,1) ; mean(alp10)

alp11 <- NMA(0.4,7,3,1.2,1) ; mean(alp11) alp12 <- NMA(0.6,7,3,1.2,1) ; mean(alp12)

#Mudan¸ca no alfa <=> alfa = 1.2 alfa0 , lambda = 9 , alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 alp13 <- NMA(0.2,9,3,1.2,1) ; mean(alp13)

alp14 <- NMA(0.4,9,3,1.2,1) ; mean(alp14) alp15 <- NMA(0.6,9,3,1.2,1) ; mean(alp15)

#Sem autocorrela¸c~ao alfa = 0.

e <- NMA(0,1,3,1.2,1) ; mean(e) #273 e1 <- NMA(0,3,3,1.2,1) ; mean(e1) e2 <- NMA(0,5,3,1.2,1) ; mean(e2) e3 <- NMA(0,7,3,1.2,1) ; mean(e3) e4 <- NMA(0,9,3,1.2,1) ; mean(e4) ############################################################################# ########### Mudan¸ca na autocorrela¸c~ao alfa = 1.1. alfa0 ###############

#lambda = 1

al1 <- NMA(0.2,1,3,1.1,1) ; mean(al1) al2 <- NMA(0.4,1,3,1.1,1) ; mean(al2) al3 <- NMA(0.6,1,3,1.1,1) ; mean(al3)

#lambda = 3

al4 <- NMA(0.2,3,3,1.1,1) ; mean(al4) al5 <- NMA(0.4,3,3,1.1,1) ; mean(al5) al6 <- NMA(0.6,3,3,1.1,1) ; mean(al6)

#lambda = 5

al7 <- NMA(0.2,5,3,1.1,1) ; mean(al7) al8 <- NMA(0.4,5,3,1.1,1) ; mean(al8) al9 <- NMA(0.6,5,3,1.1,1) ; mean(al9)

(50)

al10 <- NMA(0.2,7,3,1.1,1) ; mean(al10) al11 <- NMA(0.4,7,3,1.1,1) ; mean(al11) al12 <- NMA(0.6,7,3,1.1,1) ; mean(al12)

#lambda = 9

al13 <- NMA(0.2,9,3,1.1,1) ; mean(al13) al14 <- NMA(0.4,9,3,1.1,1) ; mean(al14) al15 <- NMA(0.6,9,3,1.1,1) ; mean(al15)

#Sem autocorrela¸c~ao args(NMA) d <-NMA(0,1,3,1.1,1) ; mean(d) d1 <-NMA(0,3,3,1.1,1) ; mean(d1) d2 <-NMA(0,5,3,1.1,1) ; mean(d2) d3 <-NMA(0,7,3,1.1,1) ; mean(d3) d4 <-NMA(0,9,3,1.1,1) ; mean(d4) ####################################################################### ########## MUDANC¸A NA AUTOCORRELAC¸~AO (DECR´ECIMO DE 20%) ########

args(NMA)

#Mudan¸ca no alfa alfa = 0.8 * alfa0 , lambida = 1, alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 aut1 <-NMA(0.2,1,3,0.8,1) ; mean(aut1)

aut2 <-NMA(0.4,1,3,0.8,1) ; mean(aut2) aut3 <-NMA(0.6,1,3,0.8,1) ; mean(aut3)

#Mudan¸ca no alfa alfa = 0.8 * alfa0, lambida = 3,alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6 aut4 <-NMA(0.2,3,3,0.8,1) ; mean(aut4)

aut5 <-NMA(0.4,3,3,0.8,1) ; mean(aut5) aut6 <-NMA(0.6,3,3,0.8,1) ; mean(aut6)

#Mudan¸ca no alfa alfa = 0.8 * alfa0, lambida = 5,alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6

aut7 <- NMA(0.2,5,3,0.8,1) ; mean(aut7) aut8 <- NMA(0.4,5,3,0.8,1) ; mean(aut8) aut8 <- NMA(0.6,5,3,0.8,1) ; mean(aut9)

#Mudan¸ca no alfa alfa = 0.8 * alfa0, lambida = 7,alfa0 = 0.2. 0.4 e 0.6

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