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Análise e avaliação da aptidão física dos alunos do ano/turma 10º B e 10º A: estudo comparativo com auxílio de programa de testes Fitnessgram

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Relatório Final de Estágio

ANALISE E AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO

ANO/TURMA 1OºB E10ºA: ESTUDO COMPARATIVO COM AUXILIO DE

PROGRAMA DE TESTES FITNESSGRAM

Dissertação de mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Cláudio Daniel da Silva Gouveia

Orientadora: Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro Coorientador: Professor Fernando Norberto Soares Catanho

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Relatório Final de Estágio

ANALISE E AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO

ANO/TURMA 1OºB E10ºA: ESTUDO COMPARATIVO COM AUXILIO DE

PROGRAMA DE TESTES FITNESSGRAM

Dissertação de mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Cláudio Daniel da Silva Gouveia

Orientadora: Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro Coorientador: Professor Fernando Norberto Soares Catanho

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I Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo a alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação da Professora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro e Coorientação do Professor Fernando Norberto Soares Catanho.

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II

Agradecimentos

Começo por agradecer à professora Maria Dolores, orientadora de estágio, por me prestar auxílio em tudo aquilo que necessitava, independentemente da hora ou local. Uma pessoa sempre disposta a ajudar e encaminhar para os objetivos, pois foi uma pessoa fundamental para realizar todas as tarefas de estágio.

Ao professor Fernando Catanho, meu orientador, pela grande cumplicidade, pela excelente pessoa que é, por toda a competência e pelo apoio prestado ao longo deste ano letivo. Por toda a preocupação e motivação demonstrada. Por me deixar calmo nos momentos difíceis e por saber o que dizer nos momentos certos. O meu sincero agradecimento!

Ao grupo de Educação Física da escola Básica e Secundária Dona Lucinda Andrade pela maneira como me integraram, pelo apoio fornecido nas atividades realizadas. Só com um grupo fantástico é possível obter os melhores resultados dos alunos. Quero também agradecer o convite para apadrinhar a escola na festa do Desporto Escolar.

À direção da escola, nomeadamente ao professor António Castro, à professora Ana Margarida Magalhães e à professora Ana Paula Catanho por toda a gentileza apresentada no regresso à minha antiga escola para realizar o Estágio Pedagógico.

Aos meus colegas de curso por todo o apoio fornecido e compreensão. Pela boa disposição e por me proporcionarem momentos já mais esquecidos.

Aos alunos e professores que me auxiliaram na obtenção dos dados da amostra. A toda a comunidade educativa.

Aos meus pais (Maria Inês da Silva Gouveia e José Francisco Gouveia) por todo o apoio fornecido. Sem eles seria impossível estar nesta fase académica. Nunca me impuseram resultados, mas sim objetivos e deixaram-me seguir o meu caminho, sendo eles muitas vezes aquela luz ao fundo do túnel.

Aos meus irmãos, pela constante motivação e incentivo, por se mostrarem sempre disponíveis e por me apoiarem todas as minhas decisões.

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III

Resumo

O presente documento, surge com o objetivo de relatar a minha experiência enquanto professor estagiário durante o ano letivo de 2014/2015. O estágio pedagógico surge no âmbito da conclusão do 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. O Estágio Pedagógico é um processo fundamental para a formação dos futuros professores visto ser uma forma de adaptação à realidade do ensino. É uma fase de aprendizagem diferente, onde passamos da aprendizagem das teorias para a aplicação dessas, ou seja, é colocar em prática tudo aquilo que foi teoricamente adquirido. Contudo é a lecionar que surgem as dúvidas, os receios e a importância do sentido de comando. Assim, neste relatório são relatadas as minhas expetativas iniciais, dificuldades, dúvidas, assim como as estratégias e soluções utilizadas. Este documento está dividido em dois capítulos. O primeiro diz respeito à componente pedagógica e contempla o enquadramento institucional, as tarefas de estágio de ensino-aprendizagem (unidades didáticas, planos de aula e a prática de ensino supervisionada), as tarefas de estágio de relação escola-meio, que abrangem o estudo de turma e as atividades da escola, denominadas de Atividades Internas - "A Vida da Escola" e por último uma descrição sumária do estágio.

O segundo capítulo comporta um estudo à evolução dos índices de AptF, tendo em conta um protocolo de exercícios do programa de treino "Fica em Forma". O estudo foi efetuado aos alunos do Ano/Turma 10ºA, 10º B, 11ºA e 12ºB da EBSDLA. Participaram neste estudo n= 48 sujeitos, divididos em Grupo Controlo (27) e o Grupo Experimental (21), sendo este ultimo submetido ao programa de treino "Fica em Forma". Para se proceder a avaliação dos índices de AptF dos alunos, foi usada a bateria de testes do Fitnessgram. Posteriormente, os dados foram analisados recorrendo à estatística descritiva, utilizando-se para tal o programa IBM SPSS Statistics 20.0. Averiguamos que o programa "Fica em Forma", implementado ao Grupo Experimental não é fundamental para que o aluno passe da Zona Precise Melhorar para a Zona Saudável de Aptidão Física. Contudo, o programa implementado melhora o índice de AptF na variável EB. Os alunos do sexo feminino obtiveram melhores resultados na variável Abd e na variável EB, tendo em conta ao número de sujeitos que passaram para a Zona Saudável de Aptidão Física. O sexo masculino obteve uma maior evolução na variável Vaivém.

Palavras Chave: Estágio Pedagógico; Educação Física; Fitnessgram; Fica em Forma,

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IV

Abstract

This document appears with the aim of reporting my experience as a teacher trainee during the school year 2014/2015. The teaching practice arises in the context of completion of the 2nd Cycle in Teaching Physical Education in Primary and Secondary Education at the Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. The Teacher Training is a fundamental process for the formation of future teachers as it is a form of adaptation to the reality of teaching. It's a different learning stage, where we spent learning theories for the application of these, or is put into practice everything that was theoretically acquired. Yet it is the teaching that arise doubts, the fears and the importance of the command sense. So, in this report are reported my initial expectations, difficulties, doubts, as well as the strategies and solutions used.

This document is divided into two chapters. The first concerns the educational component and includes the institutional framework, the teaching-learning stage tasks (teaching units, lesson plans and supervised teaching practice), the stage tasks of school-middle, covering the study class and school activities, called Internal Activities - "Life School" and finally a brief descrition of the stage.

The second chapter includes a study of the evolution of AptF rates, taking into account a training program of exercise protocol "Fica em Forma". The study was carried out to the students of Year / Class 10a, 10b, 11a and 12b of EBSDLA. The sample consisted of n = 48 subjects, divided into control group (27 subjects) and the experimental group (21 subjects), the latter being subjected to the training program "Stay in Shape". To carry out assessment of AptF rates of students, it used the battery Fitnessgram tests. Subsequently, data were analyzed using descriptive statistics, using for this the IBM SPSS 20.0 program. We ascertained that the program "Fica em Forma", implemented the experimental group is not essential for the student to pass the Need Improvement Zone for Healthy Zone Physical Fitness. However, the implemented program improves AptF rate in EB variable. The female student did better in Abd variable and EB variable, considering the number of subjects who were switched to the Healthy Zone Physical Fitness. The male obtained a further evolution in the variable Shuttle Run.

Keywords: Teacher Training; Physical Education; Fitnessgram; "Fica em Forma", Physical

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V

Índice Geral

Agradecimentos ... II Resumo ... III Abstract ... IV Índice de Tabelas ... VII Índice de Abreviaturas ... VIII Capítulo 1 - Relatório de Estágio ... IX

1. Introdução ... 1

2. Enquadramento Institucional ... 2

3. Tarefas de Estágio Pedagógico (TEP) ... 3

3.1 Unidade Didática (UD) ... 3

3.2 Plano de Aula (PA) ... 5

3.3 Prática de Ensino Supervisionada (PES) ... 6

4. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio ... 9

4.1 Estudo de Turma ... 9

4.2 Atividades na Escola ... 11

4.2.1 "Turma + Desporto" ... 12

4.2.2 Atividade da "Vida da Escola 1" -Torneio Inter-Turmas de Futsal... 12

4.2.3 Atividade da "Vida da Escola 2" -Megasrinter, mega Km e Lançamento 13 4.2.4 Atividade da "Vida da Escola 3" -Torneio de Basquetebol, 3x3 ... 13

4.2.5 Atividade da "Vida da Escola 4" - Torneio de Ténis de Mesa ... 13

4.2.6 Atividade da "Vida da Escola 5" - Torneio de Futevólei ... 14

4.3 III Semana da Atividade Física Vs Saúde ... 14

5. Reflexão Crítica do Estágio ... 15

Bibliografia - Capítulo 1. ... 19

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VI Resumo ... 21 Abstract ... 22 1. Introdução ... 23 2. Metodologia ... 26 2.1 Participantes ... 26

2.2 Instrumentos e Procedimentos de Análise de Dados ... 27

2.3 Análise Estatística ... 29

3. Apresentação e Discussão dos Resultados ... 30

4. Conclusões ... 39

Bibliografia - Capítulo 2 ... 40

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VII

Índice de Tabelas

Tabela nº 1: Identificação da Zona de AptF dos grupos participantes nos diferentes teste. ... 26 Tabela nº 2: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Vaivém ... 30 Tabela nº 3: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Vaivém 30 Tabela nº 4: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Índice de Massa Corporal (IMC) ... 31 Tabela nº 5: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Índice de Massa Corporal (IMC) ... 31 Tabela nº 6: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Abdominais (Abd) ... 32 Tabela nº 7: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Abdominais (Abd) ... 32 Tabela nº 8: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Extensão do Tronco (ET) ... 33 Tabela nº 9: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Extensão do Tronco (ET) ... 33 Tabela nº 10: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Extensão de Braços (EB) ... 34 Tabela nº 11: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Extensão de Braços (EB) ... 34 Tabela nº 12: Médias dos pares de variáveis IMC Pré e Pós-Teste; Abd Pré e Pós-Teste; ET Pré e Pós-Teste; EB Pré e Pós-Teste; e Vaivém Pré e Pós-Teste. ... 35 Tabela nº13: Teste à diferença de médias para as variáveis Vaivém, IMC, Abd, ET, e EB no momento Pré-Teste, Pós-Teste e Diferença entre Grupos ... 36 Tabela nº 14: Teste à diferença de médias para as variáveis Vaivém, IMC, Abd, ET, e ET no momento Pré-Teste, Pós-Teste e Diferença em relação ao sexo ... 37

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VIII

Índice de Abreviaturas

AptF - Aptidão Física

CAI - Coordenadora de Atividades Internas

EBSDLA - Escola Básica e Secundária Dona Lucinda Andrade EP - Estágio Pedagógico

PA - Plano de Aula

PES - Prática de Ensino Supervisionada PTFF - Plano de Treino "Fica em Forma RAM - Região Autónoma da Madeira UD - Unidade Didática

UTAD - Universidade de Trás-os-Montes de Alto Douro ZPM - Zona Precisa Melhorar

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1. Introdução

O Estágio Pedagógico foi realizado na Escola Básica e Secundária Dona Lucinda Andrade (EBSDLA), situada na Região Autónoma da Madeira (RAM), tendo sido a Professora Doutora Maria Dolores, a supervisora da universidade, e o professor Fernando Catanho o professor cooperante.

No que diz respeito à organização deste relatório de estágio, após o enquadramento institucional, este irá estar dividido em três fases. A primeira diz respeito às Tarefas de Estágio de Ensino-Aprendizagem, como os Planos de Aula (PA), as Unidades Didáticas (UD) e as Práticas de Ensino Supervisionadas (PES); a segunda expõe as atividades realizadas extra aula, nomeadamente o estudo de turma e as atividades denominadas de Atividade Internas - " A Vida da Escola". Na última fase, é contemplada uma reflexão crítica, realçando as expetativas iniciais e os aspetos positivos e negativos de todas as atividades em que estive envolvido.

O ano de estágio é uma transição da vida estudantil para uma vida profissional, onde a autonomia, a responsabilidade e a capacidade de comando devem reinar na identidade do futuro profissional. Segundo Francisco e Pereira (2004), o Estágio Pedagógico (EP) é um processo fundamental para a formação dos professores estagiários visto que é uma forma de se adaptarem a realidade do ensino, pois, é o ano em que se coloca em prática tudo aquilo que foi teoricamente adquirido em anos anteriores.

Esperava algumas dificuldades no inicio do estágio, devido ao comportamento imprevisto dos alunos. Para além de não querer errar quando estivesse a ser supervisionado pelo orientador da escola, sabia que era tão importante não errar com os alunos e mostrar segurança naquilo que transmitia. Só assim é que os alunos iriam acreditar em mim e ganhar respeito. Neste sentido estava expectante para verificar a relação com o orientador e com os alunos. Um outro receio era lecionar modalidades em que não me sentia confiante, tendo pouca experiência, e modalidades que não foram abordadas em anos académicos anteriores. Seria importante perceber o meu comportamento nestas dificuldades.

Assim, este documento surge com o objetivo de relatar as experiências vivenciadas ao longo do EP e está integrado no plano de estudos do 2º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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2. Enquadramento Institucional

A Escola Básica e Secundária D. Lucinda Andrade, situa-se no Passo, pertencente à Freguesia e concelho de São Vicente, localizada na RAM.

No ano letivo 2014/2015, a escola tem a lecionar 72 docentes, sendo 62 dos quadros. Assim é possível prever uma estabilidade educacional, visto que a maioria dos professores lecionam neste estabelecimento há vários anos. Para além do pessoal docente, a EBSDLA conta com 46 elementos não docentes, responsáveis pelos restantes serviços.

A população discente é constituída por 429 elementos, sendo estes pertencentes aos ensinos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico; Ensino Secundário, Ensino Profissional, Cursos de Educação e Formação e Cursos de Educação e Formação de Adultos.

No que diz respeito a instalações desportivas neste estabelecimento de ensino, no piso 1, encontra-se um ginásio com uma arrecadação com material desportivo, dois balneários (masculinos e femininos) e o gabinete de agrupamento de Educação Física. No exterior, encontra-se um polidesportivo, um pavilhão e uma piscina.

O município de São Vicente localiza-se no norte da Ilha da Madeira, estando subdividido em 3 freguesias – São Vicente, Ponta Delgada e Boaventura.

Os principais valores orientadores do projeto educativo da escola tenta incutir um desenvolvimento de valores de liberdade, solidariedade, respeito pelas diferenças e valorizar a diversidade.

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3. Tarefas de Estágio Pedagógico (TEP)

Na primeira parte do RE é importante entender o significado de "Estágio Pedagógico" antes de introduzir a revisão de literatura. Para Sarmento (2004), o pedagogo é aquele que tem a função de guiar, ensinar, orientar, sendo a pedagogia a designação dessa orientação. O EP é efetuado numa escola que está organizada de maneira autónoma, seguindo caminhos bem definidos, tendo contudo um objetivo o mais semelhante possível. Lima (2008) refere que os estagiários inseridos na escola encontram diversos aspetos que os ajudam a crescer como docentes, tais como: valores, planeamentos, regras de funcionamento e o relacionamento humano. As tarefas de estágio de Ensino-Aprendizagem englobam várias tarefas de planeamento (onde está inserida a elaboração das UD e dos PA), de organização e de lecionação de aulas.

3.1 Unidade Didática (UD)

No início de cada modalidade é necessário criar uma estrutura que nos facilite a lecionação das aulas. Para isso, é necessário elaborar as UD. Inicialmente é efetuado um plano anual onde estão explícitos os objetivos que estão programados para uma determinada fase académica e para cada ano curricular. O plano anual pré definido é elaborado tendo em conta o programa nacional de Educação Física e os alunos envolventes. Para Bento (1998) o planeamento é uma reflexão pormenorizada acerca da duração e do controlo do processo de ensino numa determinada disciplina. Assim planear é prever o as situações de ensino aprendizagem, de forma a adaptar os objetivos à população alvo e as suas estratégias. O plano anual é definido em reunião do grupo de educação física, onde fica decidido as modalidade, os objetivos gerais a abordar e o funcionamento das instalações desportivas.

Após esse plano anual, inicia-se a construção da UD para cada modalidade. Esta não deve conter apenas a distribuição da matéria pelas diferentes aulas, mas sim uma possível evolução no processo ensino aprendizagem. Os objetivos devem ser enquadrados nas capacidades dos alunos, tendo em conta a diversidade das turmas. Para Castro (2011), as UD são planeamentos essenciais do programa da disciplina onde está previamente definido, sendo alterável, as etapas de ensino-aprendizagem. É importante planear estratégias para potencializar a aprendizagem motora. Este documento pode ser alterado consoante o avançar das aulas, pois os objetivos apesar de estarem pré-definidos podem ser alterados. A ordem dos

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4 objetivos específicos a lecionar pode ser alterado, sendo que essa alteração tem de surgir numa lógica conveniente para os alunos.

A avaliação diagnóstica serve para nos indicar o nível motor dos alunos, contudo em diferentes momentos não sabemos se o tempo que planeamos para determinado objetivo é o mais correto. Assim se o objetivo específico estiver assimilado e se houver um planeamento da UD, é mais fácil reajustar o conteúdo.

Segundo Aranha, (2008) a UD deve respeitar 7 parâmetros.

O 1ºparâmetro diz respeito aos objetivos e conteúdos. Neste parâmetro da elaboração da UD deve estar explícito os níveis adequados do ensino.

O 2º parâmetro corresponde a avaliação de diagnóstica, onde deve ser apresentado uma grelha de avaliação com as regras de registo.

O 3º parâmetro enquadra-se nas decisões de ajustamento, sendo que a UD deve ajustar-se, após a avaliação diagnóstica, aos alunos, à especificidade da escola e às condições que ela oferece.

No 4º parâmetro está explícito que as atividades planeadas na UD devem ter uma continuidade de progressões pedagógicas para alcançar não só os objetivos, mas também um aperfeiçoamento e a consolidação dos objetivos abordados.

O 5º parâmetro corresponde a avaliação contínua ou formativa. Na UD deve estar inserido um sistema de avaliação corretamente explícito no que se refere aos conteúdos e nas regras de registo. O resultado dessas avaliações deve ser um indicador para continuar ou adaptar estratégias, de modo a maximizar a aprendizagem dos alunos.

O 6º parâmetro inclui uma análise crítica e reflexiva sobre os resultados obtidos. Neste ponto, a crítica à UD lecionada deve ser de modo a identificar as causas do insucesso/sucesso que ocorreu nas aulas, a dar continuidade às estratégias utilizadas ou para adotar outras. Pode ainda referir-se os acontecimentos imprevistos que foram detetados no decorrer das aulas.

O 7º e último parâmetro equivale ao aperfeiçoamento e às sugestões de propostas de alteração de estratégias/estrutura da UD, tendo como objetivo melhorar os processos de ensino-aprendizagem.

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3.2 Plano de Aula (PA)

Para Camarotti (2010), o planeamento acompanha a história da humanidade, pois o homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida. Para sobreviver teve de planear as suas caçadas. Isto para concluir que o plano é algo que fazemos no presente a pensar num objetivo futuro. O PA, segundo Camarotti (2010), tem origem num projeto pedagógico institucional onde relata as direções do ensino. É uma previsão detalhada e sequencial das etapas a desenvolver, tendo como finalidade alcançar um objetivo sem nunca esquecer os conteúdos previstos.

Este documento serve de guião de aula em que o professor expõem a sua orientação e o modo de executar. Serve também para o docente prever opções de lecionação consoante os alunos. Para Piletti (2001) o PA é uma sequência daquilo que vai ser desenvolvido num dia letivo, é sintetizar um sistema de todas as atividades a desenvolver num determinado tempo em que há interação entre o professor e o aluno, numa dinâmica de ensino-aprendizagem. Moretto em 2007 refere que quando o professor elabora o PA deve ter em conta a personalidade, as características psicossociais e cognitivas dos seus alunos e conhecer ainda a epistemologia e a metodologia mais adequada. Desta forma, conhecendo estes pontos principais é possível encontrar estratégias que melhor se adequam às características acima referidas e aumenta a probabilidade de sucesso nas aulas. Os professores em início de carreira, segundo Schmitz (2000), devem ter maior atenção no planeamento das aulas, porque ao realizarem o plano adquirem mais confiança para lecionar, pois este contem os objetivos, as atividades sistematizadas e a duração das mesmas.

Para Aranha (2008) o PA deve respeitar sete parâmetros, sendo esses avaliados. O 1º parâmetro diz-nos que o PA deve apresentar os objetivos e os processos de ensino de forma coerente com a UD.

O 2º parâmetro tem como título a Unidade de Aula/ Globalidade de Plano, em que afirma que este deve ser apresentado numa estrutura global, apresentando metodologias e formas pedagógicas e opções de organização/utilização de recursos nas várias fases de aprendizagem.

O 3º parâmetro explícita que o plano deve apresentar uma estratégia para o professor garantir o controlo total da turma.

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6 sequência lógica das situações de aprendizagem e da organização da turma para essas tarefas, servindo de guia e prevendo o comportamento a ter na situação de aprendizagem.

O 5º parâmetro define que o PA deve conter explicitamente os objetivos da aula, com um rigor pedagógico, de forma a adotar as estratégias/organização mais pertinentes.

O 6º parâmetro trata-se de uma reflexão da aula onde se relata as razões do sucesso/insucesso da aula.

No último parâmetro está definido que deverá haver propostas de manutenção ou modificação de estratégias, com base na experiência da aula.

Os PA que elaborei referentes à turma B do 10º Ano seguem os 7 parâmetro acima referidos, estando apresentados numa estrutura de fácil acessibilidade. Nos PA contém o nome da UD; o número de aula; a função didática; o tempo de aula; a data de realização da aula; as instalações; o número de alunos e o material previsto.. Na primeira parte do corpo do PA está o objetivo especifico e os conteúdos. É nesta parte em que está indicado o objetivo específico da aula. Numa segunda parte encontra-se os objetivos operacionais para alcançar o objetivo específico. Os objetivos operacionais contém uma ação esperada pelos alunos e os critérios de êxito. Digamos que para cada objetivo operacional o objetivo é realizar os critérios de êxito como maior sucesso. Na sequência dos objetivos operacionais, os critérios de êxito vão aumentando o grau de dificuldade. Numa terceira parte encontra-se as estratégias planeadas verificando-se o tempo parcial e total das tarefas. Estas tarefas estão denominadas de instrução/organização/transição, aquecimento, objetivos operacionais e balanço final. Para cada tarefa está descrita a estratégia e o esquema a utilizar de maneira a promover o maior tempo possível de atividade motora.

3.3 Prática de Ensino Supervisionada (PES)

A supervisão surge de forma a orientar os futuros professores na sua prática pedagógica, promovendo uma visão critica e reflexiva. A PES é quando o professor estagiário deixa de ser expetador e passa a ter um papel de protagonista, lecionando as aulas enquanto está a ser observado. Estas observações servem para detetar erros que o estagiário possa estar a cometer e facilitar a alteração de estratégias. A prática de ensino foi supervisionada pelo orientador da escola e em reunião após a aula, comenta o que deve acontecer mais vezes, que deve ser evitado e ajuda a encontrar soluções para que os alunos possam atingir os objetivos.

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7 com o orientador da escola, redigia a minha reflexão da aula.. Assim realçava a forma como organizava os grupos de trabalho e qual a estratégia que utilizava para instruir novos objetivos operacionais. Para cada tarefa, realçava os aspetos mais importantes, aqueles que ocorreram com sucesso e aqueles que ocorreram com menos sucesso. Desta forma colocava estratégias a adotar numa futura aula, para reduzir os aspetos negativos.

Segundo Aranha (2008) o estagiário deve cumprir 10 parâmetro:

O 1º parâmetro é avaliado a introdução da aula, em que no inicio devemos de forma clara e sem perda de tempo informar os alunos dos objetivos da aula, enquadrando-os nas aulas anteriores, reforçando as regras de segurança e os comportamento adequado, não havendo dispersão dos alunos. Na introdução segui estes pontos chaves, sendo que com o avançar das aulas cada vez menos reforcei as regras de segurança e o comportamento adequado. Os próprios alunos sabiam quais as regras de segurança e chamavam a atenção dos colegas que não cumpriam. Na apresentação do objetivo reforçava sempre os critérios de êxito em ter em conta e chamava a atenção para os objetivos específicos anteriormente abordados. Tentava ser breve de forma a não haver dispersão por parte dos alunos. Normalmente a instrução era acompanhada com uma demonstração da minha parte, ou com o auxílio do suporte digital. Acho que as introduções de aula foram positivas, visto que os pontos do 1º parâmetro foram seguidos positivamente.

O 2º parâmetro corresponde à mobilização dos alunos para as atividades. Aranha (2008) propõe que o estagiário deverá intervir sistematicamente de forma correta e estratégica com os alunos, solicitando a superação das suas capacidades na realização das tarefas.

A minha postura foi de encontro a estes pontos, pois sempre que havia uma pequena desmotivação dos alunos eu entrevia de forma a que estes se aplicassem ao máximo no exercício. Se mesmo assim estavam desmotivados é porque a atividade não o permitia, tanto que colocava variantes ou mudava completamente de exercício, mas contendo os mesmos critérios de êxito e a ação motora, sem haver perdas de tempo significativas.

O 3º parâmetro corresponde a organização, controlo e segurança das atividades. Este parâmetro engloba a organização dos exercícios e dos alunos pelo espaço de aula, de forma segura, tendo em conta o cumprimento dos objetivos e prevendo situações de risco. Outro ponto neste parâmetro é a circulação do docente pelo espaço de aula, intervindo na execução das tarefas e ajudando-os a eliminar fatores responsáveis pela perturbação da eficácia na aula. Tentei nesta parte da aula organizar os alunos de forma a executarem o maior número de ações motoras fundamentais para o exercícios, excluindo muitas vezes a organização dos

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8 alunos em coluna. Assim tive de ter uma maior atenção, pois os alunos executavam o exercício em simultâneo. Nas aulas de ginástica, os alunos foram divididos em 3 grupos, de forma a que estejam mais tempo em atividade motora. Normalmente colocava-me na estação mais difícil de forma a controlar os riscos na execução, tentando não perder os restantes alunos do campo de visão. Se as estações implicassem maiores riscos, uma solução era colocá-los em fila e executavam individualmente.

4º parâmetro corresponde a gestão dos recursos, onde engloba a gestão do tempo de aula (transição/organização/demonstração e instrução), do material, dos grupos de atividade, de forma a maximizar o tempo de empenho motor. Este ponto é muito importante, pois os alunos devem estar em empenho motor cerca de 75% do tempo de aula. Os grupos de trabalho eram efetuados no inicio da aula, sendo apenas alterados se houvesse desequilíbrio. Não adotei a estratégia de formar os mesmos grupos de trabalho para todas as aulas, pois como a turma é pequena e não há perdas de tempo, acho pedagógico alterar os grupos de trabalho.

5º parâmetro possui o título de Instrução/Introdução das Atividades. Neste ponto o estagiário deve explicar e/ou demonstrar de forma clara e oportuna a atividade recorrendo a auxiliares de ensino. Normalmente as instruções eram breves e demonstrava no local do exercício e se fosse necessário identificava um aluno para me auxiliar na demonstração. O auxílio do suporte digital era apenas utilizado no inicio da aula, de forma a não haver distração por parte dos alunos.

O 6º parâmetro corresponde à regulação das atividades, onde o estagiário deve intervir sistematicamente nas ação dos alunos, corrigindo, estimulando e estruturando comportamentos com o fim de adequar o comportamento e a realização correta dos exercícios. Como normalmente, os alunos executam o exercício em simultâneo, optava por uma postura estática e corrigia-os individualmente, sendo que estes se dirigiam a mim. Quando a maioria da turma apresentava o mesmo erro, reunia os alunos no local do exercício e reformulava a instrução e a demonstração, frisava os critérios de êxito e podia mesmo inserir algumas variantes.

O 7º parâmetro corresponde à linguagem utilizada, sendo que esta deve ser clara e oportuna, adequada a faixa etária dos alunos. Na abordagem teórica dos objetivos aos alunos, utilizava, os termos técnicos corretos de forma a que os alunos se adaptassem a eles. Desta forma houve uma evolução na nominação dos termos técnicos e no material didático.

O 8º parâmetro diz respeito à sequência da aula, onde esta deve apresentar uma sequência/estrutura coerente, coordenada, e com a intensidade adequada às capacidades dos

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9 alunos. Assim, tentava organizar os exercício de forma a haver uma evolução de critérios de êxito para alcançar os objetivos. Os exercícios foram planeados de forma a não haver perdas de tempos nas transições.

O 9º ponto incide na conclusão de aula, referindo que o docente deve concluir a aula calmamente, efetuando um balanço final onde refere os aspetos positivos e negativos da aula. Deve incentivar os alunos para aulas futuras, tendo em conta os objetivos planeados na UD. O balanço final coincide com o retorno a calma, em que colocava os alunos em repouso a alongar os grupos musculares pertinentes.

O 10º parâmetro corresponde a concordância com o plano de aula, onde a aula deve decorrer conforme o plano sendo que o docente, quando deparado com imprevistos, adapta estratégias que seguem os mesmos objetivos. Quando uma atividade não está a resultar modifico o exercício, colocando variantes, às vezes estão planeadas, outras vezes não. O tempo planeado para as atividades nem sempre são os praticados pelos alunos. Se a turma no geral está a executar o exercício com sucesso, passo para o exercício seguinte, dando mais tempo de atividade em situação real.

4. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio

4.1 Estudo de Turma

A importância do estudo de turma é conhecer a turma no geral e os alunos no particular. É importante perceber que não só os alunos de anos escolares diferentes são diferentes, é importante entender que os alunos do mesmo ano mas de turma diferentes podem ser completamente diferentes. Só é possível ensinar se o educador conhecer o educando. Todos os alunos são diferentes e aprendem de maneira diferente e só os conhecendo é que é possível encontrar estratégias para um melhor funcionamento e aproveitamento das aulas. Os alunos só aprendem em ambientes onde sintam que fazem parte do mesmo e para isso é necessário enquadrá-los e inclui-los. Segundo Sanches e Teodoro (2006), existem quatro graus de integração. Uma no que diz respeito a integração física (compartilhar espaços), outra funcional (utilizar os mesmos espaços e recursos), outra social (integrar a classe regular) e uma integração comunitária (continuar a integração na juventude e vida adulta). Para Sanches em 2011, (pp.139), "Estar incluído significa querer estar, estar disponível para respeitar e ser respeitado, gerir os seus pré-conceitos e compreender (não implica aceitar) os dos

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10 outros, mudando e fazendo mudar mentalidades, participando e não se autoexcluindo, tendo o direito à sua diferença e o dever de respeitar a diferença dos outros". Para além destas componentes, é fundamental perceber em que ambiente familiar os alunos habitam.

Segundo Melo (2009), por vezes, no agregado familiar dos alunos, não fazem parte o pai ou a mãe, ou os dois. Esta situação por vezes faz com que tenha mais dificuldades a nível de recursos, o que traz dificuldades indiretamente e diretamente na aprendizagem. Isto baseia-se nas dificuldades do aluno em adquirir recursos materiais e a nível afetivo. Melo (2009), refere que os casos do "filho único" também são problemáticos. O autor refere que este aluno quando estiver entre vários alunos poderá bloquear a sua aprendizagem. Neste caso o problema é enquadrar o aluno na vivência da turma. Entender qual o objetivo dos alunos, as expectativas e o porquê de eles estudarem. Só assim o professor poderá proporcionar aulas enquadradas nos objetivos dos alunos, tendo em conta que todos os alunos são diferentes e têm expectativas diferentes. É essencial conhece-los para interagir melhor. É fundamental nesta questão, pois nem todos os alunos recebem e tratam a informação da mesma maneira.

Para melhor conhecer a turma do 10ºB e os alunos em particular, foi necessário uma recolha de dados pessoais e desportivos para posteriormente chegar a uma conclusão. Para a recolha de dados foram efetuados dois inquéritos. Um inquérito realizado pelo conselho de turma onde se dava importância aos dados gerais da turma e um inquérito efetuado pelo grupo de Educação Física para recolher os dados dos alunos a nível desportivo.

O 10ºB está inserido na tipologia humanista, pertencente ao curso cientifico-humanístico de línguas e humanidades. A turma é constituída por 11 alunos, sendo que as idades são compreendidas entre os 14 anos e os 18 anos. Na turma existe 7 alunos do sexo feminino e 4 alunos do sexo masculino. A idade média é de 15,18.

O objetivo desta tarefa, foi conhecer os alunos individualmente assim como a sua relação na turma para posteriormente auxiliar o docente a planear as suas aulas, tendo em conta a unidade curricular. Assim como objetivo principal, que estratégias o professor irá utilizar para um melhor processo de ensino-aprendizagem. Após a analise dos resultados obtidos através dos questionários, é importante salientar que na turma não existe nenhum aluno com Necessidades Educativas Especiais. Todos os alunos podem efetuar as aulas de educação física, embora 3 alunos possuem dificuldades visuais e não conseguem atuar nas aulas de educação física sem óculos. O professor terá de ter em conta esse aspeto, pois por exemplo, nas aulas de ginástica deve incutir cuidados a nível da segurança. Assim a avaliação poderá ser feita de igual modo.

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11 Em relação aos encarregados de educação, 11 são de grau de parentesco "mãe", sendo um aluno encarregado de si próprio. Ainda em relação aos encarregados de educação de parentesco" mãe", estes tem idades variadas em 20 anos. Isto indica-nos que pode haver diferenças no envolvimento parental em função da idade dos encarregados de educação.

No que diz respeito ao currículo académico é importante salientar que existe um aluno mais "problemático" que já repetiu 3 anos letivos e no ano anterior teve 3 negativas. Este aluno é também o que requer mais atenção, tendo em conta as faltas disciplinares inseridas no processo.

Os alunos na sua maioria habitam com mais de duas pessoas, o que nos leva a pensar que não terão dificuldades de integração. É de realçar que apenas um aluno é novato na turma. No que se refere à integração verificamos que existe alguns alunos com menos dificuldades de integração, pois foram mencionados como os alunos mais desejados para trabalhos de grupo na aula de educação física. Isto leva-nos a acreditar que são os alunos mais populares e que não terão esse tipo de problemas. Os alunos menos desejados requerem uma maior cuidado por parte do professor na constituição dos grupos, pois estes foram os menos votados para trabalhar em grupo. Assim uma estratégia para não haver desintegração é que o professor deverá constituir as equipas, não tendo os alunos assim de serem selecionados por outros.

Nas expetativas futuras dos alunos verifica-se que 5 alunos pretendem frequentar o ensino superior, onde o professor terá de ter isso em atenção, embora as expetativas futuras dos alunos possam divergir ao longo de um curto espaço de tempo.

Referindo-me agora a hábitos desportivos, é de realçar que apenas um aluno tem hábitos desportivos fora da escola, o que nos leva a acreditar que será uma turma com algum desinteresse desportivo. Assim será necessário encontrar estratégias onde os alunos possam estar motivados nas aulas e onde possam aprender a importância da atividade física na saúde e bem estar.

4.2 Atividades na Escola

As atividades escolares são divididas em dois subpontos: internas e externas. As atividades internas dirigem-se não só aos alunos mas como também à restante comunidade escolar. As atividade internas são desenvolvidas através de um quadro de atividades regulares e sistematizadas, estando integradas no plano anual de atividades da escola. Estas atividades internas tem como objetivo proporcionar aos praticantes, essencialmente aos alunos, uma

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12 atividade física regular, complementar os objetivos das disciplinas de Educação Física, preparar o alunos para competições externas à escola e criar hábitos de vida saudável.

No inicio de cada ano letivo é efetuado um calendário interno onde é definido as atividades a realizar. Quem assume o comando destas atividades é a professora Ana Pita que é Coordenadora nas Atividades Internas(CAI), sendo auxiliada pelos restantes professores que pertencem ao grupo de educação física. A CAI é responsável por criar e promover os cartazes das atividades. Os restantes professores colaboram na promoção das atividades nas turmas que lecionam; recolhem as inscrições das equipas; participam na organização das atividades; colaboram no controlo das atividades; recolhem as autorizações dos encarregados de educação; e se for necessário executam funções de arbitragem e/ou participam na atividade como praticante. No final de cada atividade os alunos classificados nos três primeiros lugares são premiados com um certificado realizado pela CAI.

As atividades são na maioria realizadas nos espaços escolares, como o pavilhão, à exceção da corrida do quilometro que é realizada nas mediações da escola.

4.2.1 "Turma + Desporto"

A "turma + Desporto" é uma projeto onde enquadra as atividades internas da escola, tendo como o objetivo principal expandir o espirito de camaradagem na turma, incentivar os alunos para à prática desportiva dinamizada na escola e criar hábitos de vida saudável. As turmas são classificadas através de um ranking e a turma vencedora será convidada a participar numa atividade desportiva inexistente na escola.

4.2.2 Atividade da "Vida da Escola 1" -Torneio Inter-Turmas de Futsal

O tornei inter-turmas contou com a participação de alunos do ensino básico e secundário, e de uma equipa dos professores, constituindo assim um total de 112 participantes. Esta atividade ocorreu durante o 1º e 2º período letivo. O torneio realizou-se durante os dias de aulas, sendo o calendário semanal afixado em vários pontos da escola. Normalmente os jogos realizavam-se na hora de almoço, no dia mais oportuno para as equipas, sendo que não tinham de estar ausentes das aulas. A CAI realizou os calendários semanais e ficou responsável pela equipa de arbitragem, onde voluntariei-me. Esta atividade ocorreu com sucesso, onde os alunos empenharam-se e respeitaram as regras do jogo. Como

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13 árbitro, apelei ao respeito, promovendo a cidadania. Não houve nenhum comportamento negativo que seja importante destacar.

4.2.3 Atividade da "Vida da Escola 2" -Megasrinter, mega Km e Lançamento

A atividade realizou-se no dia 19 de Novembro de 2014. As atividades contaram com a participação dos alunos do ensino básico e secundário, num total de 37 alunos. A atividade iniciou-se no exterior da escola com a corrida do Quilometro e de seguida realizou-se as restantes atividades no interior do pavilhão da escola.

Participaram na organização da atividade as entidades do grupo de educação física, onde estavam presentes em diferentes atividades, consoante o escalão etário dos alunos. No final da atividade foi entre, pelo grupo de educação física, os certificados aos três primeiros classificados.

4.2.4 Atividade da "Vida da Escola 3" -Torneio de Basquetebol, 3x3

Esta atividade realizou-se no dia 17 de Dezembro de 2014, na parte da manhã. As atividades contaram com a participação dos alunos do ensino básico e secundário, num total de 79 elementos. Os jogos foram realizados no interior do pavilhão da escola. O grupo de educação física ficou inicialmente responsável pela recolha das autorizações dos encarregados de educação e pela confirmação das equipas inscritas. Devido a falta de comparência de alguns alunos, o calendário de jogos teve de ser reajustado. Após confirmar as equipas, o grupo de educação física preencheu os boletins de jogo e iniciou-se o torneio com o auxílio dos alunos do ensino secundário para a arbitragem dos jogos. No final da atividade foi entre, pelo grupo de educação física, os certificados aos três primeiros classificados.

4.2.5 Atividade da "Vida da Escola 4" - Torneio de Ténis de Mesa

O torneio de ténis de mesa foi realizado no dia 21 de Janeiro de 2015, na parte da tarde. Participara 39 alunos, divididos pelo ensino básico e secundário. Os jogos foram realizados no interior do pavilhão. O grupo de educação física ficou responsável por divulgar a atividade e recolher as fichas de inscrição. No dia da atividade, o grupo recolheu as inscrições, juntamente com as autorizações dos encarregados de educação e ficou responsável

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14 por reformular o calendário de jogos, devido a alguns alunos não estarem presentes. Os alunos foram divididos em 4 grupos, sendo essa divisão efetuada consoante a faixa etária. Os professores acompanharam os diferentes grupos etários, ficando responsáveis pelo preenchimento do boletim de jogos.

No final da atividade foi entre, pelo grupo de educação física, os certificados aos três primeiros classificados.

4.2.6 Atividade da "Vida da Escola 5" - Torneio de Futevólei

O torneio de Futevólei atrai cada vez mais os alunos, abrangendo 42 presenças entre o ensino básico e secundário. O torneio realizou-se no interior do pavilhão, no dia 11 de Fevereiro de 2015, na parte da tarde. O grupo de educação física ficou responsável por divulgar a atividade e recolher as fichas de inscrição, juntamente com as autorizações dos encarregados de educação. No dia da atividade, o grupo de educação física, juntamente com os funcionários do pavilhão, organizaram os campos para a prática da atividade. Depois de verificar as equipas inscritas, estas foram agrupadas consoante o ano de escolaridade. Os professores ficaram responsáveis por dirigir/arbitrar o jogo. No final, a equipa vencedora competiu contra uma equipa constituída por alguns professores de educação física. No final da atividade foi entre, pelo grupo de educação física, os certificados aos três primeiros classificados.

No final de cada atividade, na comparência do orientador de estágio elaborava uma ata com o intuito de ficar registado a minha presença. Cada participação foi avaliada qualitativamente pelo orientador da escola.

4.3 III Semana da Atividade Física Vs Saúde

Entre os dias 16 e 20 de Março de 2015 decorreu a III Semana da Atividade Física Vs Saúde, organizada pelo grupo de Educação Física. No dia 18 de Março houve uma ação de sensibilização sobre a Atividade Física Vs Saúde, direcionada para as turmas dos diferentes níveis de ensino e que foi dinamizada pelo docente estagiário, Cláudio Gouveia.

Participaram na ação de sensibilização doze turmas do ensino Básico e nove turmas do ensino Secundário. As turmas apresentaram-se em horários diferentes, havendo cinco seções de uma hora.

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15 Tentei simplificar o objetivo da palestra, de forma a não ser maçadora e manter ao máximo a atenção dos alunos. Fiz uma apresentação em PowerPoint com imagens cómicas e ideias com poucas palavras, realçando alguns aspetos mais importantes para a faixa etária alvo. Inicie a apresentação por questionar os alunos sobre o significado da atividade física, exercícios físico e saúde. Referi os estilos de vida que podemos adequar e fiz-lhes ver quais os problemas de um estilo de vida sedentário. Assim mencionei a diabetes, a hipertensão arterial e a obesidade. Referi-lhes como combater este estilo de vida e os lugares mais apropriados, referindo a oferta desportiva existente no concelho de São Vicente. Coloquei um vídeo de promoção da atividade física como forma de combater a obesidade e de auxilio a um estilo de vida melhor.

Foi um dia positivo onde senti-me preparado para debater o assunto e confiante para qualquer interrogação por parte dos alunos. No final tentei motivá-los para a prática de atividade física, referindo a sua importância e destaquei que o estilo de vida que adequamos mostra aquilo que somos.

5. Reflexão Crítica do Estágio

Inicialmente as expetativas eram altas devido ao facto de estar entusiasmado por lecionar numa escola onde fui anteriormente aluno. Essas espectativas foram criadas pelo facto de conhecer alguns professores e alunos fora do contexto escolar e fiquei expectante no ambiente escolar que iria encontrar.

Em relação às expetativas de estágio, no inicio pensei que ia ser muito mais complicado por ser aluno estagiário os alunos poderiam não me aceitar como professor. Sentia-me preparado para a realização do estágio, pois estava confiante nas minhas capacidades e pelos resultados obtidos a nível académico, embora com pouca experiência a lecionar.

Primeiramente houve alguns problemas para iniciar o EP na EBSDLA, pelo facto de haver processos intermediários que atrasaram a colocação na escola. Inicie o EP com algumas reuniões com a direção da escola e com o grupo de Educação Física (principalmente o meu orientador da escola). Nas reuniões com a direção da escola o assunto primordial era a formalização do estágio. Nas reuniões com o orientador o assunto divergia um pouco onde inicialmente pôs-me a par do funcionamento das aulas, das instalações, regras, entre outros assuntos. Numa fase posterior elaborei o meu horário (posteriormente aceite pelo orientador

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16 da escola), tendo em conta as tarefas de estágio a realizar, as atividades internas, reuniões com o orientador, assim como os objetivos propostos pela entidade que represento (UTAD).

Após o termino desta fase inicial, comecei a observar as aulas do orientador da escola, nos Ano/turma 10ºB e 12ºB. Posteriormente, em reunião de grupo de Educação Física, solicitei um outro docente do ensino Básico para poder observar as suas aulas. Nesta fase tentei analisar o tipo de exercícios efetuados, os modelos utilizados, regras utilizadas, dinâmica da aula, estratégias utilizadas quando um exercício não resulta ou um aluno não está a realizar o pretendido ou está a prejudicar a turma. No fundo averiguei o funcionamento das aulas, em diferentes faixas etárias.

O que retirei na observação de faixas etárias distintas, principalmente nestes casos, é que ao lecionar turmas do ensino Básico temos de ser mais rigorosos com os alunos, sermos menos tolerantes e colocar mais regras. Enquanto nas turmas do secundário os alunos necessitam de menos regras, entendem os exercícios sem demonstração, realizam o exercício a pensar no objetivo do mesmo.

Um dos primeiros trabalhos realizados foi o estudo de turma na qual realizei a PES. Após a realização deste, foi-me proposto pelo orientador da escola presentá-lo em conselho de turma. Fiz uma apresentação em PowerPoint onde realcei alguns aspetos mais importantes, sendo aprovado pelo orientador. Na apresentação referi a constituição da turma, o delegado e subdelegado, relação dos alunos entre si, freguesia que habitam, disciplinas a quias tinham tido negativa no seu percurso académico, agregado familiar, entre outos pontos pertinentes.

Numa outra fase, quando concluí as 20 observações de aula à turma B do 10º Ano, comecei a lecionar. Inicialmente foi difícil, pois comecei a lecionar no decorrer das aulas, sensivelmente a meio do primeiro período, estando os alunos habituados a métodos do orientador. Surgia uma dúvida, no sentido em que cada docente tem a sua forma de lecionar, tendo métodos preferenciais. A minha dúvida vinha no sentido de utilizar os métodos que acho benéfico para os alunos ou utilizar os métodos do orientador, em que os alunos já estavam habituados. Tentei fazer a junção dos dois, visto que as aulas lecionados por ele eram positivas. As UD do primeiro período fora elaboradas pelo orientador, onde segui os objetivos específicos planeados. As UD do 2º e 3º período foram elaboradas por mim, tendo em conta o programa definido pelo grupo de Educação Física da Escola.

As UD inicialmente lecionadas foram a Natação e o Voleibol. Posteriormente as UD lecionadas foram Ténis de Mesa, Ginástica (2º período), Dança Aeróbica e Basquetebol (3º período). Não tive grandes dificuldades em lecionar as aulas de Voleibol e de Basquetebol,

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17 pois são modalidades familiares e onde usufruí de uma boa preparação académica. Dominava os termos técnicos e não tive muitas dificuldades em mencionar os critérios de êxito, em demonstrar e em corrigir gestos técnicos. Não tive complicações em encontrar exercícios onde os alunos pudessem evoluir, tendo em conta os objetivos das aulas.

A UD de Ténis de Mesa foi uma modalidade em que tive de efetuar uma pesquisa mais profunda, por ser uma modalidade onde detinha pouca experiência. Contudo, juntamente com o orientador, definimos objetivos e criamos situações de aprendizagem para que os alunos cumprissem os objetivos.

A UD de Natação foi lecionada com algumas dificuldades, pois havia diferentes níveis na turma. Dividi os alunos nas pistas consoante o nível e reformulei os objetivos para os diferentes grupos. A natação é uma modalidade em que é difícil haver grandes melhorias num curto espaço de tempo, contudo tentei que os alunos melhorassem e atingissem os objetivos propostos. Filmei alguns erros dos alunos e apresentei-lhes, pois, para que o aluno consiga superar-se é importante que ele intenda o que está a fazer de mal.

A UD de Ginástica foi positiva, onde houve grande evolução por parte dos alunos. É uma modalidade em que tive uma boa preparação académica e sentia-me confiante para lecioná-la. Detetava facilmente os erros dos alunos nas diversas execuções. Instintivamente encontrava exercícios como solução para esses erros. Numa situação em que o aluno estava a realizar o rolamento à frente e estava a fazê-lo de pernas afastadas, referi que colocasse uma sapatilha entre os membros inferiores e que na execução do rolamento não podia deixá-la cair. Por último, a UD de Dança Aeróbica foi encarada com muita expetativa da minha parte. Tive uma boa formação académica, contudo já estava um pouco esquecida. Existem diferentes métodos de lecionar a modalidade de dança aeróbica, contudo acho mais benéfico ser o docente a comandar uma coreografia. Construí a UD tendo em conta os objetivos e as capacidades dos alunos. Tive de efetuar uma pesquisa um pouco mais detalhada e praticar um pouco. Elaborei coreografias com passos simples para futuramente, se os alunos estivessem preparados, preparar coreografias mais complexas. As aulas correram bem, sendo que havia alguns alunos com pouca motivação. Pedi a esses alunos que fossem eles a escolher as músicas para as coreografias. Foi uma estratégia que resultou, visto a música poder ser uma fonte de motivação.

Em relação a estrutura das aulas lecionadas, inicialmente reunia com os alunos, estando eles de pé e de costas para a bancada, e questionava-os sobre aspetos importantes lecionados em aulas passadas. De seguida mencionava o objetivo especifico da aula assim

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18 como os critérios de êxito. Quando achava pertinente, exponha vídeos para realçar o objetivo da aula. O aquecimento normalmente era direcionado para a modalidade praticada e para o objetivo específico da aula. Só na UD de Ténis de Mesa é que o aquecimento era mais lúdico, contudo, procurava colocar alguns objetivos da modalidade. Nos exercícios procurava maximizar o tempo de atividade motora e só entrevia para fornecer feedbacks ou para corrigir algum comportamento menos apropriado. Quando o erro era geral, interrompia o exercício e explicava para à turma em geral. Normalmente os alunos exerciam o objetivo da modalidade (jogo) durante 25 minutos. Os grupos de trabalham eram sempre efetuados por mim e eram escolhidos muitas vezes no aquecimento. Esta decisão foi tomada por achar benéfico para os alunos e não haver perdas de tempo excessivas. No final de cada aula os alunos executavam reforço muscular e/ou exercícios aeróbio/anaeróbio.

Em suma, as aulas correram sem problemas comportamentais ou atitudes negativas a salientar. Quando lecionava, o orientador só interferia principalmente no sentido de promover a segurança dos alunos e na maximização da atenção dos alunos para as instruções. No final de cada aula, reunia-me com o orientador e fazíamos um balanço da aula, expondo os pontos fortes e menos bons da aula. Os alunos inicialmente estavam na expetativa de como iriam correr as aulas lecionadas por mim, contudo com o avançar do tempo, fomos criando uma maior empatia e com isso, mais facilidade de comunicação. Não consigo apontar um aluno que não se tenha esforçado quando solicitado. Existiu um bom ambiente de aula onde houve momentos para brincar e momentos para realizar as tarefas seriamente.

Em paralelo a estas tarefas acima mencionadas, tive a participação como grupo organizador das atividades internas da EBSDLA. Destaco a experiência adquirida na organização de inventos desportivos para diferentes faixas etárias. Devemos estar sempre preparados para imprevistos e ter a capacidade de adaptação, principalmente em relação número de participantes. Por exemplo, não devemos criar calendários a pensar que todos os alunos vão participar.

A minha relação com o orientador não poderia ter sido melhor. Sempre desposto a ajudar e a me deixar a vontade para ser eu a realizar as tarefas consoante a minha disponibilidade e preferência. O EP decorreu como previsto. Foi um ano de constantes mudanças de sensações, em que muitas vezes tudo corria bem e algumas vezes saía das aulas a pensar que podia ter feito muito melhor. É com os erros que aprendemos e o importante é não voltar a cometer o mesmo erro. Uma mais valia foi o acréscimo da capacidade de comunicação, porque não serve de nada sabermos se não soubermos transmitir.

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Bibliografia - Capítulo 1.

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m) Schmitz, E. (2000). Fundamentos da Didática. 7ª Edição São Leopoldo, Editora Unisinos.

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Capítulo 2 - (Estudo Caso)

"ANALISE E AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO

ANO/TURMA 1OºB E10ºA: ESTUDO COMPARATIVO COM AUXILIO DE

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Resumo

O presente estudo teve como objetivo principal avaliar se a implementação de um Programa de Treino "Fica em Forma"(PTFF) teve repercussões positivas nos índices de AptF nos alunos das turmas 10ºB, 10ºA da EBSDLA. Participaram neste estudo 48 alunos da EBSDLA, com uma média de idade 17,06 anos. No total, 19 são do sexo masculino e 29 do sexo feminino. Os alunos testados foram divididos em dois grupos, nomeadamente o Grupo Experimental e o Grupo de Controlo. O Grupo Experimental, foi composto por 21 alunos com uma média de idade de 16 anos, sendo que 12 são do sexo feminino e 9 do sexo masculino. O Grupo Controlo foi composto por 27 alunos com uma média de idade 17,9 anos. Destes, 17 alunos são do sexo feminino e 10 alunos do sexo masculino. Para se proceder à avaliação da AptF dos alunos foi utilizado os testes do Fitnessgram, podendo-se através deste programa avaliar-se a composição corporal, aptidão aeróbia e aptidão muscular. Os participantes foram submetidos a dois momentos avaliativos. O pré-teste foi efetuado entre os dias 13 e 17 de outubro de 2014 e o pós-teste foi cumprido entre os dias 20 e 24 de abril de 2015, sendo o número de participantes igual nos dois momentos. O Grupo Experimental foi submetido ao PTFF entre os dois momentos avaliativos, durante 37 aulas de 90 minutos. Em cada aula os alunos executavam cerca de 25 minutos os exercícios planeado no programa de treino referenciado. Os alunos do Grupo Controlo não foram submetidos a nenhum protocolo de exercício, para que pudessem ser comparados com o Grupo Experimental. O PTFF é um programa de 6 semanas desenvolvido para ajudar os alunos no teste de aptidão física. Consiste em realizar, pelo menos 3 vezes por semana, um treino com aquecimento, exercícios de força, exercícios aeróbio e retorno à calma. Os dados recolhidos do teste Fitnessgram foram analisados recorrendo à estatística descritiva, utilizando-se o software IBM SPSS Statiscics, 20.0. Os resultados evidenciaram que o PTFF, implementado ao Grupo Experimental não é fundamental para que os alunos passem da ZPM para a ZSAF. Contudo, o Grupo Experimental obteve melhorias no índice de AptF na variável EB, verificando-se que os exercícios aplicados acarretam benefícios nessa variável. O sexo masculino obteve uma maior evolução na variável Vaivém, embora esse resultado não possa ser associado ao PTFF.

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Abstract

This study aimed to assess whether the implementation of a Training Program "Ficar em Forma" (PTFF) had positive impact on rates of AptF the students of classes 10B, 10A of EBSDLA. The sample consisted of 48 students from EBSDLA, with an average age of 17.06 years. In total, 19 are male and 29 female. Students tested were divided into two groups, namely the Experimental Group and the Control Group. The experimental group was composed of 21 students with an average age of 16 years, and 12 are female and 9 male. The control group consisted of 27 students with an average age of 17.9 years. Of these, 17 students are female and 10 male students. To undertake an assessment of AptF students was used the Fitnessgram tests, being able to through this program be evaluated body composition, aerobic fitness and muscular fitness. Participants underwent two evaluative moments. The pre-test was performed between 13 and 17 October 2014 and the post-test was completed between 20 and 24 April 2015, the number of participants were equal in both times. The experimental group was submitted to PTFF between the two evaluative times during 37 lessons of 90 minutes. In each class the students performed about 25 minutes the exercises planned in the referenced training program. Students in the control group did not undergo any exercise protocol, so they could be compared with the experimental group. The PTFF is a 6-week program designed to help students in physical fitness test. It is to conduct at least three times a week, a workout with heating, strength exercises, aerobic exercises and return to calm. Data from the Fitnessgram test were analyzed using descriptive statistics, using the IBM SPSS software Statiscics, 20.0. The results showed that the PTFF, implemented the experimental group is not essential for students to pass the ZPM to ZSAF. However, the experimental group achieved improvements in AptF rate in EB variable, verifying that the applied exercises entail benefits that variable. The male obtained a further evolution in the variable Shuttle Run, although this result can not be associated with PTFF.

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1. Introdução

A sociedade atual está cada vez mais dependente das novas tecnologias, onde o próprio lazer é sedentário. Glaner (2003) afirma, com base em estudos, que se compararmos as crianças e os jovens atuais com os seus pares de décadas anteriores, verifica-se que os atuais estão menos aptos fisicamente. Isto deve-se principalmente ao facto das crianças ficarem em espaços pequenos e insociáveis, contrariando o estilo de vida dos antepassados. Mellerowicz e Fraz, citado por Glaner (2003), conferem que à 100 anos atrás a energia necessária pelo homem para o trabalho era de 90% da sua força muscular e hoje é de apenas 1%. Uma das principais causas apontadas para este facto é o avanço das novas tecnologias. Uma vida inativa (sedentarismo), pode levar à obesidade e consequência disso, possíveis efeitos trágicos para a saúde devido à acumulação de excesso de gordura (Andrade, 2008). É importante referir que o conceito de saúde tem sofrido alterações ao longo do tempo e o que era saúde antigamente, hoje não o pode ser considerado. A organização Mundial de Saúde defendia que, saúde era a ausência de doenças. Hoje sabemos que saúde é entendida como um bem estar-físico, mental e social.

A obesidade é uma das características das últimas gerações. Estudos revelam que o excesso de peso e obesidade em crianças são fatores de risco que podem vir a persistir na idade adulta, levando ao aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes, o que vai originar uma má qualidade de vida. Além disso, está associada a problemas sociais e psicológicos, pois, a criança obesa é muitas vezes intitulada como um "doente", sendo desta forma rejeitada pela sociedade. As doenças cardiovasculares não se manifestam por completo na infância, mas é nessa altura que devem ser identificadas. Em 2002, verificou-se que mais de metade da população portuguesa acima dos 15 anos continha excesso de peso e obesidade. Este número estava previsto subir cerca de 58,2% até ao presente ano. Segundo Andrade (2008), a Organização Mundial da Saúde, refere que a obesidade está associada a determinadas doenças crónicas e é responsável por 60% das mortes.

Tendo em conta que a população atual está cada vez mais sedentária e como consequência disso, mais obesa, é importante encontrar soluções para contrariar essa tendência. Uma forma de contrariar a obesidade, é iniciar uma prática regular de atividade física, pois, o aumento dos níveis de obesidade tem sido associado à sua redução. A prática de atividade física regular e bem orientada pode originar: diminuição de riscos cardiovasculares;

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Tabela nº 1: Identificação da Zona de AptF dos grupos participantes nos diferentes teste
Tabela nº 2: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Vaivém
Tabela nº 4: Evolução do desempenho físico dos alunos por Grupo na variável Índice de Massa Corporal  (IMC)
Tabela nº 7: Evolução do desempenho físico dos alunos por sexo na variável Abdominais (Abd)
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