• Nenhum resultado encontrado

SOBREMORTALIDADE MASCULINA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE NATAL-RN E SÃO PAULO-SP, 1995

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SOBREMORTALIDADE MASCULINA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE NATAL-RN E SÃO PAULO-SP, 1995"

Copied!
28
0
0

Texto

(1)

SOBREMORTALIDADE MASCULINA:

UMA ANÁLISE COMPARATIVA

ENTRE NATAL-RN E SÃO PAULO-SP, 1995

1

Maria Célia de Carvalho Formiga2 Paulo César Formiga Ramos2 Francisco de Assis Medeiros da Silva2

1 INTRODUÇÃO

A mortalidade tem sido, há muito tempo, objeto de estudo de demógrafos, epidemiólogos e pesquisadores em geral, interessados em inferir para a população seu estado de saúde, baseado exatamente no seu oposto, a morte. Na verdade, as informações obtidas dos dados de mortalidade traduzidas em: “de quê”, “como” e “o quanto” se morre numa população, conduzem ao cálculo dos melhores indicadores do nível de saúde possíveis de obtenção a partir de dados secundários.

No Brasil, a implantação do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, a partir de 1979, pelo Ministério da Saúde, forneceu uma rica base de dados, favorecendo importantes estudos sobre esta temática. Assim, muitos são os trabalhos sobre mortalidade desenvolvidos pela comunidade científica nestas últimas décadas, embora perceba-se uma ausência de discussão mais específica voltada para os diferenciais de mortalidade por sexo e suas implicações sociais, tão importantes para o enriquecimento das questões ligadas ao estudo de gênero atualmente em voga. Entre os estudos voltados para esta 1 Colaboraram também com este trabalho os alunos Andreilson Oliveira da Silva e Américo Ribeiro de Faria Júnior, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq da base de Pesquisa “Grupo de Estudos Demográficos”.

2 Professores Adjuntos do Grupo de Estudos Demográficos, do Departamento de Estatística, Centro de Ciências Exatas e da Terra, UFRN.

(2)

temática, encontram-se os realizados por Aquino et al. (1991 e 1992)

que abordam a questão de gênero nos aspectos relativos, respectiva-mente, à mortalidade e à morbidade no Brasil. Outros estudos, espe-cificamente dirigidos para o Estado de São Paulo, abordando o dife-rencial, por sexo, da mortalidade, numa perspectiva histórica, foram desenvolvidos por Yunes, Rochenzel (1974), Ortiz (1980), Ortiz, Ya-zaki (1984) e Ortiz (1990).

Sabe-se que, via de regra, a mortalidade masculina, em qualquer época e lugar, apresenta-se sempre superior à feminina e que à medida que o nível da mortalidade na população cai, aumentam as diferenças entre a mortalidade de homens e mulheres, em favor dos primeiros (Ortiz, Yazaki, 1984; Ortiz, 1990). O Município de Natal-RN, a exemplo do que vem acontecendo em todo o Brasil, tem apre-sentado acentuado declínio da mortalidade ao longo das últimas décadas, como mostram vários estudos desenvolvidos por Formiga et al. (1994a, b e c), Formiga et al. (1996), Formiga et al. (1997a e b) e

Pessoa et al. (1996). Por outro lado, os níveis e padrões da mortalidade

ao longo das décadas vêm se modificando em todo o país. Como bem coloca Mameri (1994),

“o controle progressivo das doenças infecciosas e parasitárias, a diminuição da mortalidade, o envelhecimento populacional, o aumento da proporção da população urbana, aliados a fa-tores ambientais e sociais, vêm determinando mudanças significativas na composição da mortalidade segundo causas de óbito”.

Tal constatação tem reflexos diretos no comportamento da sobremor-talidade masculina ao longo do tempo.

No contexto do processo de transição demográfica obser-vado no Brasil, evidencia-se o envelhecimento da população e, parti-cularmente, o fato marcante de uma maior sobrevida feminina. De fato, os diferenciais de mortalidade entre homens e mulheres são comumente observados em função das diferenças observadas na espe-rança de vida ao nascer. No Brasil, estimativas para 1995 (IBGE, 1997), apontaram uma diferença de 6,6 anos a mais para a mulher.

Este trabalho procura responder a duas questões funda-mentais: o comportamento da sobremortalidade masculina em 1995 é o mesmo entre Natal-RN e São Paulo-SP, segundo grupos de idade?

(3)

Quais são as principais causas de morte responsáveis pelo comporta-mento observado? Procurou-se responder às questões através de uma análise comparativa da sobremortalidade masculina entre os Municí-pios de Natal-RN e São Paulo-SP no ano de 1995, mostrando os diferenciais por faixas de idade, através de suas magnitudes relativas e identificando-se as principais causas de morte responsáveis por estes diferenciais. Complementa-se a análise, levantando alguns fatores sociais que se julga influenciarem as variações observadas.

2 OBJETIVO

O objetivo do trabalho é fazer uma análise comparativa do comportamento da sobremortalidade masculina entre Natal-RN e São Paulo-SP no ano de 1995, através de uma investigação por grupos específicos de idade e principais causas de morte, que seja capaz de revelar a grandeza relativa do risco tanto por causas, quanto por idade entre as capitais.

3 METODOLOGIA

A sobremortalidade masculina foi calculada através de uma medida simples, dada pela relação entre as taxas de mortalidade masculina e feminina, denominada Índice de Sobremortalidade Mas-culina (ISM), que pode ser calculada por faixas de idade e causas de

morte. Valores do ISM superiores à unidade indicam uma

sobremorta-lidade masculina. Os dados relativos ao Município de Natal foram oriundos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (através da Secretaria Estadual de Saúde Públi-ca/SIEEP/RN) e as estimativas populacionais, para cálculo das taxas de mortalidade (por 100.000 habitantes, Tabela 1 do Anexo), tiveram por base os Censos de 1980, 1991 e a contagem populacional de 1996, realizados pelo IBGE. Os dados de mortalidade do Município de São Paulo foram obtidos de listagens fornecidas pela Fundação SEADE-SP, relativas ao ano de 1995, bem como as estimativas populacionais para o referido período.

(4)

Utilizou-se as mesmas faixas etárias de estudos anterior-mente realizados por Formiga et al. (1997b) e Oliveira et al. (1997),

onde também é feita uma análise comparativa dos riscos de morte por causa entre Natal e São Paulo no ano de 1995, quais sejam: menor de 1 ano, 1 a 4, 5 a 14, 15 a 24, 25 a 34, 35 a 49 anos e 50 anos e mais. Esta distribuição etária permite uma visualização da mortalidade na infância, na adolescência, na fase adulta e numa fase mais madura (50 anos e mais) na qual está incluída a terceira idade (população com 60 anos e mais).

O ISM foi calculado para os dois municípios em questão no

ano de 1995, nas faixas citadas de idade e segundo as cinco principais causas de morte. Convém informar que não sendo exatamente as mesmas as principais causas de morte nos dois municípios, optou-se por tomar como referência, para efeito de comparação, as cinco prin-cipais causas de morte do Município de Natal-RN. Contudo, dentro de cada grupo etário analisado, encontram-se pelo menos duas causas que são comuns (estando entre as cinco primeiras causas de morte) para os dois municípios. Existem grupos em que até quatro ou mesmo as cinco primeiras causas são coincidentes (a menos da ordem) como é o caso dos grupos de menores de 1 ano (todas coincidem); 25 a 34 anos; 50 anos e mais e o de todas as idades (quatro causas coincidem).

Procurou-se trabalhar com causas isoladas de morte ou com grupos de causas consideradas homogêneas. Os Neoplasmas Malignos, apesar da diversificação de suas localizações anatômicas, foram entendidos como grupos de causas homogêneas do ponto de vista de sua letalidade.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Analisando-se as Tabelas de 1 a 8 e o Gráfico 1, a primeira coisa que se observa em ambos os municípios, é uma evidente sobre-mortalidade masculina em todos os grupos etários. As tabelas citadas e os Gráficos 1 e 2 mostram que os maiores diferenciais da sobremor-talidade masculina entre Natal e São Paulo no ano de 1995 ocorrem nas faixas de 1 a 4 anos e entre 15 e 49 anos, em sentidos opostos. Na faixa de 1 a 4 anos, observa-se que a sobremortalidade é maior no Município de Natal, devido, principalmente, aos maiores valores do

(5)

ISM nas mortes por deficiências nutricionais e por outros

aciden-tes (aqui incluídos outros acidenaciden-tes e efeitos tardios e adversos de

drogas), enquanto nas faixas compreendidas entre 15 e 49 anos ocorre uma maior sobremortalidade para o Município de São Paulo, em decorrência, principalmente, dos maiores diferenciais do ISM nas

mortes devidas a homicídios. Os resultados mostram-se coerentes com o constatado em trabalhos desenvolvidos por Ortiz, Yazaki (1984) para São Paulo e Aquino et al. (1991) para o Brasil, já referidos, nos

quais verifica-se que a sobremortalidade masculina tem se mostrado elevada às custas, principalmente, das mortes por causas violentas, que atingem mais os homens e têm apresentado uma tendência crescente com o tempo. Este fato é um dos objetos de investigação nas discussões subseqüentes.

SOBREMORTALIDADE MASCULINA Tabela 1

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 MENOR DE 1 ANO

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Afecções perinatais 1,3 1,2 9,1 Infecciosas intestinais 1,2 1,2 0,0 Pneumonias 1,9 1,2 63,3 Anomalias congênitas 0,8 1,0 –26,9 Deficiências nutricionais 0,7 1,6 –130,7 Outras causas 0,9 1,2 –32,7 Total 1,2 1,2 0,0

(6)

Tabela 2

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 1 A 4 ANOS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Pneumonias 1,5 1,2 30,9 Deficiências nutricionais 1,7 0,8 123,4 Outros acidentes 2,5 1,3 84,4 Anomalias congênitas 0,7 1,0 –46,9 Infecciosas intestinais # 1,1 # Outras causas 1,5 1,3 15,7 Total 1,7 1,3 31,5

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP. #Ausência de óbitos na população feminina de Natal.

Tabela 3

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 5 A 14 ANOS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Acidentes de trânsito 1,7 1,9 –10,7 Neoplasmas malignos 1,0 1,3 –25,9 Afogamentos 1,4 3,7 –173,1 Outras causas violentas 5,1 1,0 421,8

Pneumonias 0,7 1,1 –68,5

Outras causas 1,8 1,5 17,7

Total 1,6 1,6 –1,1

(7)

Tabela 4

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 15 A 24 ANOS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Homicídios # 16,1 #

Outras causas violentas 15,9 6,4 147,7 Acidentes de trânsito 4,1 4,0 1,9 Neoplasmas malignos 2,1 1,2 68,2

Pneumonias 1,8 1,6 8,8

Outras causas 1,1 2,4 –117,2

Total 2,9 4,9 –70,1

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP. # Ausência de óbitos na população feminina de Natal.

Tabela 5

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 25 A 34 ANOS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Homicídios 6,7 13,9 –106,8

AIDS 5,3 3,7 45,5

Acidentes de trânsito 7,0 5,4 29,2 Outras causas violentas 4,1 4,4 –9,0 Neoplasmas malignos 0,4 0,8 –100,6 Outras causas 1,7 2,4 –39,4

Total 2,5 3,7 –47,2

(8)

Tabela 6

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 35 A 49 ANOS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 0,6 0,9 –59,6 Doenças cerebrovasculares 0,6 1,3 –134,5 Acidentes de trânsito 12,5 6,0 108,0

AIDS 7,6 4,4 72,1

Outras causas violentas 12,7 5,7 122,7 Outras causas 2,5 3,1 –27,1

Total 2,2 2,8 –25,3

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP.

Tabela 7

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 50 ANOS E MAIS

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 1,3 1,5 –17,6 Doenças coronarianas 1,5 1,6 –6,5 Doenças cerebrovasculares 1,2 1,2 –0,6 Diabetes mellitus 1,2 0,9 30,6 Pneumonias 1,3 1,4 –4,0 Outras causas 1,6 1,5 6,1 Total 1,4 1,4 –3,2

(9)

Gráfico 1

COMPARATIVO DA SOBREMORTALIDADE MASCULINA (ISM), SEGUNDO GRUPOS DE IDADE

NATAL-RN E SÃO PAULO-SP, 1995

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP.

Tabela 8

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP

1995 TODAS AS IDADES

Causas principais Índice de sobremortalidade (%) Natal/São PauloVariação relativa Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 1,1 1,2 –8,3 Doenças cerebrovasculares 1,1 1,1 0,5 Doenças coronárianas 1,3 1,4 –6,5 Afecções perinatais 1,6 1,4 17,4 Pneumonias 1,4 1,4 4,5 Outras causas 1,8 1,6 12,6 Total 1,5 1,6 –5,6

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP.

<01 1-4 5-14 15-24 25-34 35-49 50 e + 0 1 2 3 4 5 6 ISM Natal - RN São Paulo - SP Idades

(10)

Gráfico 2

COMPARATIVO DA SOBREMORTALIDADE MASCULINA (ISM) SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E CAUSAS

NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

Fonte: Natal: SIM/MS; São Paulo: F. SEADE/SP.

Deficiências nutricionais Anomalias congênitas Pneumonias Infecciosas intestinais Afecções perinatais 1,6 0,7 1 0,8 1,2 1,9 1,2 1,2 1,2 1,3 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 ISM Deficiências nutricionais Anomalias congênitas Pneumonias Infecciosas intestinais Afecções perinatais

Gráfico 2a – Menor de 1 ano

São Paulo Natal

Infecciosas intestinais Anomalias congênitas Outros acidentes Deficiências nutricionais Pneumonias 1,1 1 0,7 1,3 2,5 0,8 1,7 1,2 1,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 ISM Infecciosas intestinais Anomalias congênitas Outros acidentes Deficiências nutricionais Pneumonias Gráfico 2b – 1 a 4 anos

(11)

Gráfico 2

COMPARATIVO DA SOBREMORTALIDADE MASCULINA (ISM) SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E CAUSAS

NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

Pneumonias Outras causas violentas Afogamentos Neoplasmas malignos Acidentes de trânsito 1,1 0,7 1 5,1 3,7 1,4 1,3 1 1,9 1,7 0 1 2 3 4 5 6 ISM Pneumonias Outras causas violentas Afogamentos Neoplasmas malignos Acidentes de trânsito

Gráfico 2c – 5 a 14 anos

São Paulo Natal

Pneumonia Neoplasmas malignos Acidentes de trânsito Outras causas violentas Homicídios 1,6 1,8 1,2 2,1 4 4,1 6,4 15,9 16,1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 ISM Pneumonia Neoplasmas malignos Acidentes de trânsito Outras causas violentas Homicídios

Gráfico 2d – 15 a 24 anos

(12)

Gráfico 2

COMPARATIVO DA SOBREMORTALIDADE MASCULINA (ISM) SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E CAUSAS

NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

Neoplasmas malignos Outras causas violentas Acidentes de trânsito AIDS Homicídios 0,8 0,4 4,4 4,1 5,4 7 3,7 5,3 13,9 6,7 0 2 4 6 8 10 12 14 ISM Neoplasmas malignos Outras causas violentas Acidentes de trânsito AIDS Homicídios

Gráfico 2e – 25 a 34 anos

São Paulo Natal

Outras causas violentas AIDS Acidentes de trânsito Doença cerebrovascular Neoplasmas malignos 5,7 12,7 4,4 7,6 6 12,5 1,3 0,6 0,9 0,6 0 2 4 6 8 10 12 14 ISM

Outras causas violentas AIDS Acidentes de trânsito Doença cerebrovascular Neoplasmas malignos

Gráfico 2f – 35 a 49 anos

(13)

Gráfico 2

COMPARATIVO DA SOBREMORTALIDADE MASCULINA (ISM) SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E CAUSAS

NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Conclusão) Pneumonias Diabetes mellitus Doença cerebrovascular Doenças coronarianas Neoplasmas malignos 1,4 1,3 0,9 1,2 1,2 1,2 1,6 1,5 1,5 1,3 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 ISM Pneumonias Diabetes mellitus Doença cerebrovascular Doenças coronarianas Neoplasmas malignos

Gráfico 2g – 50 anos e mais

São Paulo Natal

Pneumonias Afecções perinatais Doenças coronarianas Doenças cerebrovasculares Neoplasmas malignos 1,4 1,4 1,4 1,6 1,4 1,3 1,1 1,1 1,2 1,1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 ISM Pneumonias Afecções perinatais Doenças coronarianas Doenças cerebrovasculares Neoplasmas malignos

Gráfico 2h – Todas as idades

(14)

Uma análise detalhada para cada faixa de idade e causa é feita a seguir, levantando-se, também, as principais razões que se poderiam apontar como responsáveis pelos diferenciais observados.

Entre os menores de 1 ano de idade, a sobremortalida-de masculina entre Natal e São Paulo apresenta-se a mesma, 1,2 mortes de crianças do sexo masculino para cada uma do sexo feminino, o que reflete a tendência conhecida de uma maior mortalidade mas-culina desde o início da vida (Tabela 1 e Gráfico 1). Dentre as causas deste grupo, observa-se um maior diferencial da sobremortalidade masculina entre as mortes por pneumonias, 63,3% superior para Natal, com um ISM de 1,9, contra um de 1,2 em São Paulo. Observa-se

também uma importante diferença de 130,7% em favor de São Paulo das mortes por deficiências nutricionais. Enquanto o ISM em Natal

é de 0,7, em São Paulo é de 1,6 (Gráfico 2a). É provável que estas diferenças sejam devidas a uma melhor qualidade da informação no Município de São Paulo, pois suspeita-se que em Natal muitas das mortes por pneumonias, por exemplo, teriam como causa básica real, as deficiências nutricionais, de forma que, para este grupo etário, as mortes por estas causas estariam subnotificadas.

O grupo de 1 a 4 anos é o único onde observa-se um ISM

em Natal superior ao de São Paulo, 1,7 contra 1,3 mortes de crianças do sexo masculino, para cada uma do sexo feminino (Tabela 2 e Gráfico 1). Tal superioridade deve-se aos maiores ISM observados em Natal

nas mortes por deficiências nutricionais (1,7) e por outros

aci-dentes (2,5). Para São Paulo os ISM, neste grupo de idade e por estas

causas, foram 0,8 e 1,3, respectivamente, representando uma supe-rioridade relativa para Natal de 123,4 e 84,4%, respectivamente (Tabela 2 e Gráfico 2b). Pode-se perceber que também neste grupo etário a sobremortalidade masculina por pneumonias em Natal é superior à observada para São Paulo, 1,5 contra 1,2, de modo que as mesmas razões relativas à qualidade inferior da informação da causa da morte em Natal, quando comparada à de São Paulo, também podem ser aqui consideradas. Neste grupo, as mortes por pneumonias podem esconder como verdadeira causa básica as deficiências nutriconais ou as infecciosas intestinais. Na verdade, estranha-se que para este grupo etário em Natal, não tenha ocorrido nenhum óbito por doenças infecciosas intestinais no sexo feminino, o que impossibilitou o cálculo do índice e, conseqüentemente, prejudicou a comparação enquanto

(15)

anexo) mostrem um risco 1,7 vezes maior para Natal de mortes por estas causas, quando comparado a São Paulo.

Na faixa de 5 a 14 anos, os ISM de Natal e de São Paulo

são iguais (Tabela 3 e Gráfico 1). Entre as causas (Gráfico 2c) obser-va-se duas tendências opostas. As mortes por outras causas

violen-tas (aqui incluídas aquelas que se ignora se acidentais ou

intencionalmente inflingidas) apresenta a maior diferença relativa 421,8% superior em Natal, com um ISM de 5,1, contra um de 1,0 para

São Paulo, refletindo, novamente, uma pior qualidade da informação em Natal, uma vez que é elevado o número de mortes por causas, das quais se desconhece sua verdadeira natureza. Por outro lado, também evidencia a ocorrência de sobremortalidade masculina por causas violentas em Natal, numa fase precoce da vida (infância e pré-adoles-cência), configurando-se um quadro socialmente preocupante. Num sentido oposto observa-se, neste grupo etário, uma superioridade do

ISM por afogamentos para São Paulo de 3,7 mortes de crianças do

sexo masculino, para cada uma do sexo feminino, contra apenas 1,4 em Natal. É interessante observar que, apesar deste diferencial, relativo à magnitude da mortalidade em função do sexo, o risco real de morte por esta causa na população de 5 a 14 anos em 1995 é 1,7 vezes superior em Natal, conforme pode ser visto na Tabela 2c do Anexo, resultado condizente com a localização litorânea do município. É no grupo de 15 a 24 anos que se observa o maior diferencial entre os ISM dos dois municípios, pois enquanto São Paulo

apresenta 4,9 mortes de homens, para cada morte de mulher, em Natal ocorrem apenas 2,9, mostrando uma diferença relativa de 70,1% (Tabela 4 e Gráfico 1). Neste grupo as causas de morte que se configuram como maiores responsáveis por esta diferença são devidas a homicídios, para as quais não se pôde calcular o valor do índice para Natal, devido à ausência de óbitos entre a população feminina do município. Todavia, uma rápida apreciação da Tabela 2d em anexo, mostra que o risco de morte por esta causa em São Paulo é 4,9 vezes maior que em Natal no ano de 1995, evidenciando uma maior gravi-dade do quadro da violência contra os jovens, vivenciado pela metró-pole paulistana. Quando se observa as mortes por outras causas

violentas e compara-se os ISM entre os municípios, Tabela 4, nota-se

a superioridade relativa de 147,7% para Natal, com ISM de 15,9 mortes

de homens para cada morte de mulher, contra 6,4 mortes em São Paulo, evidenciando, mais uma vez, a má qualidade da informação no

(16)

Município de Natal, pelas razões já apontadas. As mortes por

neo-plasmas malignos, cujo ISM para Natal é 2,1 e para São Paulo 1,2,

também mostra uma diferença relativa (68,2%) superior para Natal. Percebe-se, na verdade, que no grupo de 15 a 24 anos o peso maior é das mortes por homicídios, cuja comparação, conforme já referido, ficou prejudicada.

No grupo de 25 a 34 anos é onde se encontra o segundo maior diferencial entre os ISM dos municípios em estudo. Enquanto

para São Paulo tem-se um ISM de 3,7 mortes masculinas para cada

morte feminina, em Natal este índice é de 2,5. As causas de morte que mais contribuem para este diferencial são homicídios e neoplasmas

malignos. Para homicídios, São Paulo apresenta um ISM de 13,9

mortes, enquanto Natal de 6,7, provocando uma diferença relativa de 106,8%. Estes elevados valores do ISM já eram esperados para essas

causas, uma vez que os estudos sobre mortalidade sempre as apontam como causas típicas da população masculina. Contudo, também põem em evidência uma maior participação das mulheres nas mortes por homicídios em Natal relativamente a São Paulo, contrariamente ao observado no grupo etário anterior, indicando uma maior violência contra a mulher neste grupo de idade. As mortes por neoplasmas

malignos, apesar de ser uma das poucas causas onde não há

sobre-mortalidade masculina, pois os índices são inferiores à unidade (0,4 para Natal e 0,8 para São Paulo), traduzem-se numa diferença relativa de 100,6%. Um fato que chama a atenção refere-se às mortes por

AIDS, onde percebe-se altos valores para o ISM. Para Natal, tem-se

5,3 mortes de homens por AIDS, para cada mulher, enquanto para São Paulo esta relação é de 3,7, traduzindo-se numa diferença relativa de 45,5%. Observando a Tabela 2e do anexo percebe-se que os riscos de morte por AIDS neste grupo etário (25 a 34 anos) para São Paulo, é 3,5 vezes superior a Natal. No entanto, em Natal, conforme se viu, a sobremortalidade masculina é superior à observada em São Paulo. Este fato põe em evidência a velocidade com que a AIDS vem se propagando nos grandes centros urbanos, deixando rapidamente de ser uma doença típica de alguns grupos de risco como os homossexuais, para atingir indistintamente toda a população. Se a trajetória da AIDS nestes dois municípios for acompanhada em função dos índices de sobremortalidade masculina, certamente se constatará um forte de-clínio deste indicador ao longo do tempo. Este fato leva à conclusão de que as campanhas de prevenção não estão atingindo a comunidade feminina de forma desejável.

(17)

No grupo de 35 a 49 anos, observa-se também que há uma maior sobremortalidade masculina no Município de São Paulo, 2,8 contra 2,2 em Natal (Tabela 5 e Gráfico 2f). As causas de morte que mais contribuem para este diferencial são doenças

cerebrovascu-lares e neoplasmas malignos. Para a segunda constata-se que não

ocorreu sobremortalidade masculina (0,6 em Natal contra 0,9 em São Paulo), enquanto na primeira a sobremortalidade masculina ocorre apenas no Município de São Paulo, com um índice de 1,3, contra 0,6 em Natal. Para este grupo, os maiores diferenciais entre os índices ocorrem para as mortes por outras causas violentas, com ISM de

12,7 para Natal e 5,7 para São Paulo, gerando uma diferença relativa de 122,7% e nas mortes por acidentes de trânsito cujos índices são de 12,5 para Natal e 6,0 para São Paulo, com uma diferença relativa de 108% (Tabela 6 e Gráfico 2f). Mais uma vez fica evidenciada a provável má qualidade dos dados relativos ao Município de Natal, em virtude de a maioria das mortes por estas causas refererirem-se, conforme citado, àquelas causas em que se ignora se acidentais ou intencionalmente inflingidas, onde a real natureza da violência não fica identificada. Também para este grupo etário um fato chama a atenção pelo inesperado: é no que se refere às mortes por acidentes

de trânsito, que além da sobremortalidade masculina em Natal

apresentar-se muito superior à de São Paulo, o risco de morte por elas na população também é 1,3 vezes superior em Natal (Tabela 2f, do Anexo). Tal fato faz transparecer que, sob certos aspectos, São Paulo, apesar de ser a maior metrópole brasileira, apresenta uma violência no trânsito relativamente inferior à observada em Natal.

Na faixa dos 50 anos e mais, os índices de sobremortali-dade masculina apresentam-se iguais para Natal e São Paulo: 1,4 mortes masculinas, para cada morte feminina (Tabela 7 e Gráfico 1). Em praticamente todas as causas de morte deste grupo etário, este índice se repete, conforme se pode perceber pela Tabela 7 e pelo Gráfico 2g. As quatro primeiras causas deste grupo compõem as chamadas doenças crônico-degenerativas, próprias da terceira idade, fato esperado, uma vez que os óbitos da população de 60 anos e mais estão aí considerados. Diabetes mellitus é a causa que apresenta maior diferença relativa entre os índices dos municípios (30,6%), com

ISM de 1,2 para Natal e de 0,9 para São Paulo. Novamente, através de

uma consulta à Tabela 2g do Anexo, constata-se que em Natal, além de uma superioridade no ISM, quando comparado com São Paulo, o

(18)

vezes superior. Estes resultados traduzem, de certa forma, as diferen-ças sócio-econômicas entre os municípios em estudo, uma vez que a diabetes é uma doença não muito fácil de ser evitada, exigindo grande esforço e investimento para sua prevenção e, especialmente, para um maior prolongamento da vida, uma vez constatada sua presença. Sendo Natal um município social e economicamente muito inferior a São Paulo, os riscos de morte por esta e outras causas são perfeita-mente compreensíveis, muito embora não sejam socialperfeita-mente aceitá-veis.

Quando se faz uma análise dos ISM para o conjunto da

população (todas as idades) o quadro é semelhante ao observado para o grupo de 50 anos e mais. Para Natal, o ISM considerando todas

as idades, foi de 1,5 e para São Paulo, de 1,6 (Tabela 8 e Gráfico 1),

ocorrendo, além disso, uma uniformidade dos índices para pratica-mente todas as causas (Tabela 8 e Gráfico 2h). A maior diferença ocorre em afecções perinatais, com índice de 1,6 para Natal e 1,4 para São Paulo, traduzindo-se numa diferença relativa de 17,4%. Como se pode ver pela Tabela 8 e Gráfico 2h, vários índices aproxi-mam-se de uma relação um por um e muitos são iguais para os

municípios em estudo. A análise destes índices para o conjunto da população não acrescenta muita coisa, uma vez que os mesmos são afetados pelas estruturas etárias de suas populações.

5 CONCLUSÕES

Os resultados mostram que em 1995 o padrão da sobre-mortalidade masculina nos Municípios de Natal e de São Paulo apre-senta-se semelhante, embora os níveis sejam diferentes. Os maiores níveis da sobremortalidade masculina ocorrem, para ambos os muni-cípios nas faixas etárias compreendidas entre 15 e 49 anos, verifican-do-se maiores índices para o Município de São Paulo, em decorrência de um maior risco relativo de morte por homicídios nesta capital.

Ficou evidente uma pior qualidade da informação de mor-talidade do Município de Natal, quando comparada à de São Paulo, em função de dois prováveis fatores:

a) uma possível subenumeração de deficiências

(19)

cau-sa de morte entre crianças menores de 1 ano e de 1 a 4 anos, em decorrência de uma sobrenumeração de

pneumonias como causa mortis para estes grupos de

idade;

b) um acúmulo de mortes nas faixas compreendidas no intervalo de 5 a 49 anos por outras causas violentas, onde estão incluídas aquelas causas que se ignora se acidentais ou intencionalmente inflingidas, deixando de ser identificada a real natureza da violência fatal. Por outro lado, também se pode levantar a hipótese que os maiores riscos de mortes por pneumonias em Natal, entre crianças menores de 4 anos, sejam devidos a uma possível subnotificação das mortes por essas causas no Município de São Paulo, uma vez que é uma capital com os maiores índices de poluição atmosférica do país, que sabe-se, predispõem a problemas respiratórios.

A alta sobremortalidade masculina em Natal, nas faixas de 5 a14 e de 15 a 24 anos por outras causas violentas, mostra também a cruel realidade social de vidas precocementes ceifadas por causas evitáveis através de políticas sociais mais efetivas de interven-ção.

O maior diferencial da sobremortalidade entre os municí-pios ocorre nas faixas de 15 a 24 e 25 a 34 anos devido a mortes por

homicídios, sendo a sobremortalidade masculina e os riscos de morte

por estas causas superiores em São Paulo, quando comparados a Natal. Constata-se, com isso, uma relativa superioridade na violência contra a mulher no Município de Natal, quando comparado a São Paulo, devido a uma maior participação da população feminina de 25 a 34 anos nas mortes por homicídios neste primeiro município.

Na faixa de 25 a 34 anos, chama a atenção o fato de as mortes por AIDS apresentarem uma sobremortalidade masculina superior em Natal, pondo em evidência a velocidade da propagação da AIDS entre mulheres nos grandes centros urbanos como São Paulo e a pouca eficácia das campanhas de prevenção no alcance dessa popu-lação.

Estranha-se o fato inesperado de as mortes por acidentes

de trânsito no grupo de 35 a 49 anos apresentarem, tanto a

(20)

comparados a São Paulo, levando a crer que, em certo aspecto, a violência no trânsito de Natal (apesar de ainda ser uma metrópole pequena) apresenta-se superior à observada na maior metrópole do Brasil.

A sobremortalidade masculina nas idades mais avançadas (50 anos e mais), além de mais baixa, apresenta certa uniformidade dentro das causas em ambos os municípios em estudo. Ocorre um ligeiro destaque para as mortes por diabetes mellitus, que em Natal apresenta tanto a sobremortalidade masculina quanto os riscos de morte superiores aos encontrados para o Município de São Paulo. Tais fatos podem ser explicados pela maior quantidade e qualidade dos recursos médico-tecnológicos disponíveis neste último município, além da existência de uma população culturalmente mais esclarecida (importante fator de prevenção para a referida doença). Uma outra hipótese é a de uma possível subnotificação da diabetes mellitus como

causa mortis no Município de São Paulo.

As disparidades sócio-econômicas entre Natal e São Paulo são um fato que, por si só, não explicam os diferenciais da sobremor-talidade masculina observados entre os municípios, fazendo-se neces-sária a introdução de estudos multidisciplinares.

Aponta-se por fim, a necessidade de estudos para investi-gar a qualidade da informação da causa da morte no Município de Natal-RN, uma vez que inconsistências nestas informações prejudi-cam em grande escala qualquer estudo comparativo.

(21)

6 ANEXO

Tabela 1

COEFICIENTES DE MORTALIDADE, POR 100.000 HABITANTES, POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE E SEXO, NATAL-RN/SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

a) Menor de 1 ano

Causas Natal São Paulo

Homem Mulher Homem Mulher Afecções perinatais 2232,28 1666,40 1611,53 1312,29 Infecciosas intestinais 577,58 496,72 423,65 364,59 Pneumonias 577,58 304,44 386,20 371,84 Anomalias congênitas 327,82 400,58 165,01 138,84 Deficiências nutricionais 171,71 240,35 59,69 36,22 Outras causas 546,36 624,90 470,47 405,64 Total 4433,34 3733,38 3116,55 2629,42 b) 1 a 4 anos

Causas Natal São Paulo

Homem Mulher Homem Mulher Pneumonias 43,69 28,44 24,91 21,22 Deficiências nutricionais 21,85 12,64 1,09 1,41 Outros Acidentes 15,60 6,32 4,93 3,68 Anomalias congênitas 6,24 9,48 6,30 6,51 Infecciosas intestinais 12,48 0,00 3,83 3,40 Outras causas 53,05 34,75 53,37 40,47 Total 152,92 91,62 710,00 98,79

(22)

Tabela 1

COEFICIENTES DE MORTALIDADE, POR 100.000 HABITANTES, POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE E SEXO, NATAL-RN/SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

c) 5 a 14 anos

Causas Natal São Paulo

Homem Mulher Homem Mulher Acidentes de trânsito 12,99 7,64 11,40 6,06 Neoplasmas malignos 6,49 6,36 5,14 4,00 Afogamentos 5,19 3,82 4,25 1,14 Outras causas violentas 6,49 1,27 0,78 0,80 Pneumonias 2,60 3,82 1,56 1,14 Outras causas 32,47 17,82 25,48 16,46

Total 66,23 40,73 53,75 32,69

d) 15 a 24 anos

Causas Natal São Paulo

Homem Mulher Homem Mulher Homicídios 54,77 0 233,87 14,50 Outras causas violentas 42,25 2,66 7,49 1,17 Acidentes de trânsito 21,91 5,33 18,59 9,00 Neoplasmas malignos 10,95 5,33 8,57 7,01 Pneumonias 9,39 5,33 8,33 5,14 Outras causas 54,77 49,29 99,61 41,27 Total 194,04 67,94 416,79 85,81 e) 25 a 34 anos

Causas Natal São Paulo

Homem Mulher Homem Mulher Homicídios 49,12 7,29 195,23 14,02 AIDS 38,96 7,29 119,12 32,44 Acidentes de trânsito 40,65 5,83 44,05 8,17 Outras causas violentas 23,71 5,83 12,22 2,76 Neoplasmas malignos 6,78 16,05 20,06 8,83 Outras causas 110,10 64,18 171,24 71,62

(23)

Tabela 1

COEFICIENTES DE MORTALIDADE, POR 100.000 HABITANTES, POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE E SEXO, NATAL-RN/SÃO PAULO-SP, 1995

(Conclusão)

f) 35 a 49 anos

Causas Natal São Paulo

Homen Mulher Homen Mulher Neoplasmas malignos 28,80 49,15 103,21 23,47 Doenças cerebrovasculares 21,12 38,05 57,20 61,18 Acidentes de trânsito 59,52 4,76 44,26 7,36 AIDS 48,00 6,34 59,36 19,93 Outras causas violentas 40,32 3,17 18,07 3,17 Outras causas 291,83 118,91 415,81 133,35

Total 489,57 220,38 779,46 279,91

g) 50 anos e mais

Causas Natal São Paulo

Homen Mulher Homen Mulher Neoplasmas malignos 393,58 307,58 617,86 410,64 Doenças coronarianas 307,18 209,28 563,93 360,71 Doenças cerebrovasculares 263,03 217,21 330,66 271,55 Diabettes mellitus 197,75 169,64 246,01 177,87 Pneumonias 149,75 112,57 106,16 118,98 Outras Causas 798,68 507,35 1359,15 915,64 Total 2109,97 1523,63 3223,77 2255,39 h) Todas as idades

Causas Natal São Paulo

Homen Mulher Homen Mulher Neoplasmas malignos 73,68 66,77 109,95 91,97 Doenças cerebrovasculares 48,00 45,14 98,55 69,30 Doenças coronarianas 52,58 39,53 60,60 57,27 Afecções perinatais 44,63 28,04 29,17 21,52 Pneumonias 44,33 30,72 105,31 8,06 Outras causas 357,68 197,65 465,21 289,55 Total 620,90 407,85 901,62 561,04

(24)

Tabela 2

COEFICIENTES DE MORTALIDADE (POR 100.000 HABITANTES), DIFERENÇA RELATIVA E MAGNITUDE DO RISCO POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

a) Menor de 1 ano

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Afecções perinatais 1948,87 1464,23 33,1 >1,3 Infecciosas intestinais 536,53 394,58 36,0 >1,4 Pneumonia 441,85 379,13 16,5 >1,2 Anomalias congênitas 362,95 152,13 138,6 >2,4 Deficiências nutricionais 205,14 48,13 326,2 >4,3 Outras causas 583,87 438,56 33,1 >1,3 Total 4079,21 2876,76 41,8 >1,4 b) 1 a 4 anos

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Pneumonia 36,11 23,10 56,3 >1,6 Deficiências nutricionais 17,27 1,39 1141,2 >12,4 Outros acidentes 10,99 4,31 154,8 >2,5 Anomalias congênitas 7,85 6,40 22,7 >1,2 Infecciosas intestinais 6,28 3,62 73,6 >1,7 Outras causas 43,96 59,97 36,4 <1,4 Total 122,46 98,79 24,0 >1,2 c) 5 a 14 anos

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Acidentes de trânsito 10,28 8,76 17,4 >1,2 Neoplasmas malignos 6,43 4,58 40,5 >1,4 Afogamentos 4,50 2,71 65,9 >1,7 Outras causas violentas 3,86 0,79 387,9 >4,9 Pneumonia 3,21 3,56 10,9 <1,1 Outras Causas 25,07 22,94 9,3 >1,1

Total 53,35 43,34 23,1 >1,2

(25)

Tabela 2

COEFICIENTES DE MORTALIDADE (POR 100.000 HABITANTES), DIFERENÇA RELATIVA E MAGNITUDE DO RISCO POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Continua)

d) 15 a 24 anos

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Homicídios 25,19 122,41 386,0 <4,9 Outras causas violentas 20,87 4,28 388,0 >4,9 Acidentes de trânsito 12,95 27,98 116,0 <2,2 Neoplasmas malignos 7,92 7,78 1,8 >1,0 Pneumonia 7,20 6,71 7,3 >1,1 Outras causas 51,81 79,47 53,4 <1,5 Total 125,94 248,63 97,4 <2,0 e) 25 a 34 anos

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Homicídios 26,65 102,63 285,1 <3,9 AIDS 21,94 74,83 241,1 <3,4 Acidentes de trânsito 21,94 25,71 17,2 <1,2 Outras causas violentas 14,11 7,39 91,0 >1,9 Neoplasmas malignos 11,76 15,11 28,5 <1,3 Outras causas 85,43 14,49 489,5 >5,9

Total 181,83 352,95 94,1 <1,9

f) 35 a 49 anos

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 39,94 59,29 48,4 <1,5 Doenças cerebrovasculares 30,39 38,43 26,5 <1,3 Acidentes de trânsito 29,52 24,91 18,5 >1,2 AIDS 25,18 61,39 143,8 <2,4 Outras causas violentas 19,97 10,26 94,7 >1,9 Outras causas 197,12 323,20 64,0 <1,6

(26)

Tabela 2

COEFICIENTES DE MORTALIDADE (POR 100.000 HABITANTES), DIFERENÇA RELATIVA E MAGNITUDE DO RISCO POR GRUPOS DE IDADE,

SEGUNDO PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NATAL-RN, SÃO PAULO-SP, 1995

(Conclusão)

g) 50 anos e mais

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 454,03 501,48 10,5 <1,1 Doenças coronarianas 332,27 449,79 35,4 <1,4 Doenças cerebrovasculares 311,79 297,46 4,8 >1,0 Diabettes mellitus 238,96 113,36 110,8 >2,1 Pneumonia 169,55 207,74 22,5 <1,2 Outras Causas 837,51 1110,05 32,5 <1,3 Total 2344,11 2679,88 14,3 <1,1 h) Todas as idades

Causas Coeficiente relativa (%)Diferença Magnitudedo risco Natal São Paulo

Neoplasmas malignos 69,99 100,66 43,8 <1,4 Doenças cerebrovasculares 46,47 58,88 26,7 <1,3 Doenças coronarianas 45,62 83,43 82,9 <1,8 Afecções perinatais 35,78 25,21 41,9 >1,4 Pneumonia 37,06 53,16 43,4 <1,4 Outras Causas 272,27 400,54 47,1 <1,5 Total 507,19 721,88 42,3 <1,4

(27)

7 BIBLIOGRAFIA

AQUINO, E. M. L., MENEZES, G. M., AMOEDO, M. B. E., NOBRE, L. C. C. Mortalidade feminina no Brasil: sexo frágil ou sexo forte?

Cad. Saúde públ. , Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 174-189, 1991.

---, ---, ---. Gênero e saúde no Brasil: considerações a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rev. Saúde públ. ,

São Paulo, v. 26, p. 195-202, 1992.

FORMIGA, M. C. C. , RAMOS, P. C. F. , CUNHA, M. H. S. , SOUTO, J. A. M. , COSTA, N. D. L. , RAMOS, I. C. O. Aspectos da transição demográfica no Estado do Rio Grande do Norte e capital. Recife,

1994a. (Trabalho apresentado na Sessão Poster do IV Congresso Nacional de Saúde Coletiva, Recife-PE, 19 a 24 de jun. 1994). ---, ---, ---, ---, ---, ---. Tendências recentes da mortalidade por

causas e da esperança de vida ao nascer no Município de Natal. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTI-CA, 11, 19 94, Belo Horizonte . Anais... Belo Horizonte:

ABE/UFMG, jul. 1994b. (Resumo).

---, ---, ---, ---, ---, ---. Transição da mortalidade por causas evitáveis numa capital nordestina (Natal, 1980-89 e 1991). In:

ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 9, 1994, Caxambu. Belo Horizonte: ABEP, 1994c. (Sessão Poster). ---, PESSOA, F. S., RAMOS, P. C. F. Uma avaliação das estatísticas

de mortalidade do Município de Natal-RN a partir de fontes oficiais. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE PROBABILIDADE E ESTA TÍSTI CA, 12, 19 96, Caxam bu. Anais... Caxambu:

ABE/UFMG, 1996. (Resumo. Sessão Poster).

---, ---, SILVA, F. A. M., FARIA JR. A. R., SILVA, A. O. Um retrato da transição da mortalidade no Nordeste: a mortalidade por causas em Natal-RN, 1985/1995. In: V Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva e V Congresso Paulista de Saúde Pública. Águas de

Lindóia: Abrasco, ago. 1997a. (Resumo).

---, ---, ---, OLIVEIRA, R. S., FARIA JR., A. R., SILVA, A. O.

Comparação dos riscos relativos de morte entre Natal-RN e São Paulo-SP, 1995. Natal, 1997b. (Mimeogr.).

FUNDAÇÃO IBGE. Anuário Estatístico do Brasil, 1996. CD-ROM,

(28)

FUNDAÇÃO IBGE. Censo demográfico, dados distritais, Rio Grande do Norte, 1980. Rio de Janeiro , v. 1, t. 3, n. 8, 1982. (IX

Recensea-mento geral do Brasil).

---. Censo demográfico, dados distritais, Rio Grande do Norte, 1991.

Rio de Janeiro, [s.d.]. (X Recenseamento geral do Brasil). ---. Contagem da população 1996. Rio de Janeiro, 1997. 2v.

FUNDAÇÃO SEADE. Movimento do Registro Civil, óbitos gerais, segundo causas de morte por idade e sexo (listagem), Município de São Paulo, 1995.

MAMERI, C. P. Mortalidade por neoplasma maligno (câncer) no Estado de São Paulo. Conjuntura Demográfica, São Paulo, v. 23,

1994.

OLIVEIRA, R. S., FORMIGA, M. C. C., SILVA, F. A. M. Uma compa-ração dos riscos relativos de mortalidade por causas entre Na-tal/RN e São Paulo/SP, 1995. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRN, 8, 1997, Natal. Anais... Natal, 27 a

31/10/1997. (Resumo).

ORTIZ, L. P. A mortalidade por causas evitáveis no Estado de São Paulo, 1975/1976. Informe Demográfico, São Paulo, v. 4, 1980.

---, YAZAKI, L. M. Aumento do diferencial por sexo da mortalidade no Estado de São Paulo. Rev. bras. Est. pop., Campinas, v. 1, n. 1/2,

p. 145-170, jan./dez. 1984.

---. O aumento da sobremortalidade masculina em São Paulo (Co-mentário do Trimestre). Conjuntura Demográfica, São Paulo, v.

11, abr./jun. 1990.

PESSOA, F. S., FORMIGA, M. C. C., RAMOS, P. C. F. Estatísticas de Mortalidade de uma capital nordestina: concatenação de fontes oficiais. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULA-CIONAIS, 10, 1996, Caxambu. Anais... Belo Horizonte: ABEP,

1996.

SECRETARIA DA SAÚDE PÚBLICA. SIEEP/ Natal. SIM/RN 1995. YUNES, J., RONCHEZEL, V. S. C. Evolução da mortalidade geral,

infantil e proporcional no Brasil. Rev. Saúde Públ., São Paulo, v.

Referências

Documentos relacionados

Relação entre as variáveis ambientais (altura, cota do rio, temperatura do ar média, temperatura do ar máxima, temperatura do ar mínima, umidade relativa do ar e precipitação e

Embora haja um consenso universal sobre a ocorrência de otite média em crianças com fissura de palato antes da reconstrução da fissura labiopalatina, há

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

A apixaba- na reduziu o risco de AVE e embolismo sistêmico em mais de 50%: houve 51 eventos entre os pacientes do grupo apixabana versus 113 no grupo do AAS

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

Quadro 5-8 – Custo incremental em função da energia em períodos de ponta (troços comuns) ...50 Quadro 5-9 – Custo incremental em função da energia ...52 Quadro 5-10

Um início para essa “separação” ou, uma certa atenção especial na formação de professores alfabetizadores, está nos Cursos de Aperfeiçoamento dos IEs, cursos

Os estudos iniciais em escala de bancada foram realizados com um minério de ferro de baixo teor e mostraram que é possível obter um concentrado com 66% Fe e uma