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A influência dos meios de comunicação na aprendizagem da língua espanhola

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Academic year: 2021

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Escola das Ciências Humanas e Sociais Departamento de Educação e Psicologia

A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA

APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE FEIÇÃO DISSERTATIVA NO ENSINO DE PORTUGUÊS NO 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO E DE ESPANHOL NOS ENSINOS BÁSICO E

SECUNDÁRIO

Sónia Cristina César Magalhães Moreiras

Orientadores: Professora Doutora Ana Maria de Matos Ferreira Bastos Doutor José Manuel Giménez García

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Departamento de Educação e Psicologia

A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA

APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE FEIÇÃO DISSERTATIVA NO ENSINO DE PORTUGUÊS NO 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO E DE ESPANHOL NOS ENSINOS BÁSICO E

SECUNDÁRIO

Sónia Cristina César Magalhães Moreiras

Orientadores: Professora Doutora Ana Maria de Matos Ferreira Bastos Doutor José Manuel Giménez García

Composição do Júri:

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

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Relatório de Estágio apresentado à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, elaborado com vista à obtenção do Grau de Mestre em Relatório de Estágio com feição dissertativa em Ensino de Português no 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário e de Espanhol nos ensinos Básico e Secundário (em conformidade com o Decreto Lei nº 74/2006 de 24 de Março).

“Só desperta paixão de aprender quem tem paixão de ensinar”

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I Ao meu filho, Dinis Moreiras, que desde a sua pequena existência, me acompanhou ao longo de toda esta caminhada,

Ao meu marido, Eduardo Moreiras, que sempre me apoiou e motivou para a concretização deste objetivo,

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II

(…)Al andar se hace camino, Y al volver la vista atrás, Se ve la senda que nunca Se ha de volver a pisar… Caminante, no hay camino. Se hace camino al andar! Juan Manuel Serrat

No momento em que estou a terminar esta árdua caminhada, sinto que tenho alguns agradecimentos a fazer, pois a concretização deste trabalho só foi possível graças ao apoio e dedicação de algumas pessoas.

Assim, gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à Professora Doutora Ana Maria Bastos pela disponibilidade, simpatia e carinho e pelo grande apoio na concretização deste projeto. Ao Professor José Giménez pelas críticas construtivas e acima de tudo pelo auxílio que me prestou. À Professora Joana Dora por toda a ajuda e compreensão que me proporcionou ao longo do estágio. Aos alunos que possibilitaram esta enriquecedora experiência e se mostraram sempre afáveis. À minha colega Fátima Dias por ter sido amiga e companheira ao longo desta cruzada. À minha família, pais e irmão, por estarem sempre presentes e acreditarem em mim, mesmo quando eu desanimava. Por me darem força e motivação para continuar. Ao meu marido pela incansável presença nos momentos de maior dificuldade e desânimo, por estar sempre ao meu lado com palavras de conforto nas horas de maior dificuldade, pela paciência e compreensão em todos os momentos em que não pude estar presente nos primeiros meses de vida do nosso filho. A ele que ao longo destes dois anos foi o meu porto de abrigo, o meu muito Obrigada! E por fim ao meu filho, Dinis, que me deu um motivo para nunca desistir.

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III o objetivo de atingir grandes públicos, são, na sociedade atual, ferramentas importantíssimas, que se vão impondo na vida quotidiana a um ritmo desenfreado, devido ao constante progresso tecnológico.

Atualmente podemos contar com diferentes tipos de meios de comunicação, que de uma forma mais ou menos rápida nos permitem comunicar com o “mundo”, facilitando-nos, não só o contacto com o outro, mas também um conhecimento mais aprofundado do mesmo. Assim, a televisão, a rádio, a imprensa (jornais, revistas) e a internet são ferramentas cruciais para a vida em sociedade.

Sendo nas camadas mais jovens que os meios de comunicação mais influência têm, já que grande parte do seu tempo é passado em frente a eles, a sua utilização como meio didático e pedagógico no ensino de uma língua estrangeira, no caso o espanhol, é, sem dúvida, uma mais-valia. Hoje, que vivemos na sociedade da informação, não podemos questionar o uso de recursos, que aplicados ao ensino, só trariam vantagens no processo de ensino e de aprendizagem.

No decorrer da minha prática educativa realizei diversas atividades recorrendo a meios de comunicação, sendo que foi notória a motivação dos alunos para a realização das mesmas, podendo mesmo afirmar que tiveram um impacto deveras positivo nas aprendizagens realizadas pelos alunos. O uso de uma notícia, de um relato, de um vídeo são ferramentas que favorecem a aquisição da língua nos alunos de espanhol. Também o recurso à internet, seja para pesquisar informação, para trocar ideias, para fazer comentários, proporciona aos alunos o contacto com a realidade e por assim dizer com o modus vivendi da sociedade cuja língua procuram aprender, pois cada vez mais os alunos demonstram interesse em conhecer a cultura de outros países.

Palavras Chave: meios de comunicação; ensino; aprendizagem; Espanhol; Língua

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IV The media, tools used by man to broadcast messages in order to reach large audiences, are in today's society, very important tools, which will impose in everyday life at a hectic pace, due to the constant technological progress.

Currently we can count on different types of media, which more or less quickly allow us to communicate with the "world", making easy not only the contact with each other, but also a deeper understanding of it. Thus, television, radio, the press (newspapers, magazines) and the Internet are crucial tools for life in society.

Is in the younger generation that the media more influence have, since much of their time is spent in front of them, their use as didactic and pedagogical means in teaching a foreign language, in this case Spanish, is, undoubtedly an asset. Today, we live in the information society, we cannot question the use of materials that applied to education would be of benefit in the teaching and learning process.

Throughout my educational practice I performed several activities using the media, and it was very clear that students were motivated to carry out the activities I suggested and I may even say that they had a rather positive impact on the learning achieved by students.

The use of a news story, a story, a video are tools that favor the acquisition of language in students of Spanish. Also the use of internet, is to research, to exchange ideas, to comment, provide students with the touch with reality and, indeed, with the modus vivendi of society whose language seeking to learn, as more students demonstrate to know the culture of other countries.

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V Influencia de los medios de comunicación en el aprendizaje del español, lengua extranjera.

Los medios de comunicación, los instrumentos utilizados por el hombre para transmitir mensajes con el fin de llegar a grandes audiencias, son en la actual sociedad, herramientas muy importantes, que se van imponiendo en la vida diaria a un ritmo agitado, debido al progreso tecnológico constante.

En la actualidad podemos contar con diferentes tipos de medios de comunicación, que permiten que más o menos rápidamente nos comuniquemos con el "mundo ", lo que nos facilita no sólo el contacto con los otros, sino también una comprensión más profunda de ese mundo. Por lo tanto, la televisión, la radio, la prensa (periódicos, revistas) e Internet son herramientas cruciales para la vida en la sociedad.

Al ser en la generación más joven en la que los medios de comunicación tienen más influencia, ya que gran parte de su tiempo lo pasan en frente de ellos, su uso como medios didácticos y pedagógicos en la enseñanza de una lengua extranjera , en este caso español, es , sin duda, de gran mérito. Hoy en día, que vivimos en la sociedad de la información y del conocimiento, no podemos cuestionar el uso de los recursos, que aplicados a la educación serían de gran beneficio en el proceso de enseñanza y aprendizaje.

A lo largo de mi práctica educativa he llevado a cabo varias actividades utilizando los medios de comunicación, la motivación de los estudiantes fue notoria realizando todas las actividades con interés y puedo incluso afirmar que tuvo un impacto positivo en el aprendizaje logrado por los estudiantes. El uso de una noticia, una historia, un video son herramientas que favorecen la adquisición del lenguaje en los estudiantes de español. También el uso de la Internet, sea para buscar información, para intercambiar ideas o hacer comentarios, proporciona a los estudiantes contacto con la realidad y con el modus vivendi de la sociedad cuya lengua quieren aprender, pues cada vez más los estudiantes muestran interés para conocer la cultura de otros países.

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VII ÍNDICE GERAL

ÍNDICE GERAL ... VII ÍNDICE DE QUADROS ... IX ÍNDICE DE FIGURAS ...X

INTRODUÇÃO GERAL ... 1

1ª PARTE ... 2

CAPÍTULO I – Os Meios de Comunicação ... 2

1.1 – O que são meios de comunicação? ... 3

1.2 - A importância dos meios de comunicação ... 6

1.3 – Breve história dos meios de comunicação ... 7

1.3.1 - A Imprensa ... 7

1.3.2 - A rádio ... 7

1.3.3 - A televisão ... 8

1.3.4 - O cinema ... 8

1.3.5 - A Internet ... 9

1.4 – A evolução dos meios de comunicação ... 10

CAPÍTULO II – O Ensino da língua espanhola com recurso aos meios de comunicação ... 14

1.5 - Os meios de comunicação nos manuais de língua espanhola, língua estrangeira ... 14

1.6 - Os meios de comunicação na aprendizagem da língua espanhola, língua estrangeira ... 15

1.7 - Propostas de actividades com recurso a meios de comunicação ... 18

1.8 - A adequação dos meios de comunicação à sala de aula... 27

1.9 - O Papel do professor ... 29

2ª PARTE ... 32

CAPÍTULO I – Caracterização do contexto onde decorreu a Prática Educativa Supervisionada ... 32

1 - Caracterização do contexto onde decorreu a Prática Educativa Supervisionada ... 32

1.1 - O Agrupamento de Escolas Fernão de Magalhães - Breve História da Escola ... 32

1.2– Caracterização da escola ... 33

1.3 – Caracterização das turmas ... 34

2 - Prática Educativa ... 36

2.1- A prática de ensino supervisionada no 3º ciclo do ensino básico ... 38

2.2- A prática de ensino supervisionada no ensino secundário ... 44

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VIII CONCLUSÃO ... 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 54 WEBGRAFIA ... 57 DOCUMENTOS NORMATIVOS ... 60 APÊNDICES ... 61

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IX ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Quadro Sinótico da Invenção dos Media de Comunicação ... 4 Quadro 2 – Resumo dos Episódios da Comunicação, segundo Cloutier ... 13

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X ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Imagem de um post no faceboock para realização de uma atividade na aula de língua espanhola, Língua Estrangeira. ... 18 Figura 2 – Notícia da imprensa espanhola ... 24 Figura 3 – Vídeo do Youtube... 24

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1 INTRODUÇÃO GERAL

Este relatório foi realizado no âmbito do mestrado de Ensino de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário e de Espanhol nos Ensinos Básico e Secundário do qual sou aluna. Assim, é composto por duas partes, uma primeira parte, referente à fundamentação teórica sobre a influência dos meios de comunicação na aprendizagem da língua espanhola e uma segunda parte relativa à prática educativa realizada ao longo do segundo semestre, como professora estagiária na Escola Secundária Fernão de Magalhães.

Ao longo da primeira parte deste relatório apresento uma fundamentação teórica relativa às potencialidades do uso dos meios de comunicação no ensino de uma língua estrangeira, pois considero que só assim facilitaremos aos alunos um contacto com a língua o mais próximo possível da língua falada pelos falantes de espanhol. Como são ferramentas do dia a dia, com as quais os alunos contactam e estão familiarizados e às quais reconhecem grande poder, vendo-os não só como suportes de informação e comunicação, mas também como facilitadores no contacto com outras culturas e outras realidades.

A segunda parte explicita aquela que foi a minha prática educativa, desde o primeiro contacto com a realidade da escola, até ao final da prática de ensino supervisionada. Através de uma descrição dessa atividade explico em que consistiu a prática pedagógica, desde a criação das unidades com as quais ia trabalhar, até ao momento da aplicação das mesmas nas aulas da minha responsabilidade e consequente reação dos alunos.

Espero com o presente relatório conseguir reforçar a ideia de que a escola tem que acompanhar a evolução, não só tecnológica, mas também social. Tem que criar novos métodos e desenvolver novas estratégias para que o processo de ensino e de aprendizagem ganhe novas dimensões e seja uma realidade de sucesso.

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2 1ª PARTE

CAPÍTULO I – Os Meios de Comunicação

Os meios de comunicação sempre fizeram parte da vida do ser humano, desde os sinais de fumo na pré-história, até à mais avançada tecnologia dos dias de hoje. Através deles o ser humano sempre tentou transmitir informação aos seus semelhantes, de modo a divulgar junto da sua comunidade todo o tipo de mensagens. Se “voltarmos alguns séculos atrás”, perceberemos facilmente que a comunicação sempre foi uma necessidade do Homem, e que é recorrendo aos meios de comunicação que esse mesmo Homem conseguiu e ainda consegue chegar junto de grandes massas provocando nelas algum tipo de reação, seja ela positiva ou negativa. Desta forma, atualmente, sempre que a intenção é atingir grandes públicos, recorre-se aos diferentes meios de comunicação para o conseguir, tornando os meios de comunicação em algo tão especial, quase vital, sem os quais o ser humano não conseguiria viver.

Assim, e tendo em conta que atualmente os jovens e adolescentes que frequentam as nossas escolas são “nativos digitais” (Prensky, 2001), por isso, quem usufrui em pleno dos meios de comunicação, por que não direcionar as suas potencialidades para o processo de ensino e de aprendizagem? Facilmente percebemos que são os mais jovens que mais horas dedicam a estas ferramentas, logo a proximidade que existe entre os jovens e os meios de comunicação pode ser usada de forma a facilitar o processo de ensino e de aprendizagem, motivando os alunos para aquisição de saberes.

Para melhor percebermos a importância dos meios de comunicação, ao longo deste capítulo, não só apresento os motivos para que estes integrem o processo de ensino e de aprendizagem, mas também um pouco da sua história e da sua evolução. Jean Cloutier afirma que

Comunicar, hoje em dia, é ser capaz de utilizar judiciosamente o conjunto de meios de que o homem moderno dispõe. É ser capaz de recorrer à tecnologia tanto para emitir como para receber mensagens. O recurso a esta tecnologia requer uma certa aprendizagem e desenvolvimento de um certo número de capacidades técnico-sensoriais. Mas não se deverá supor que a utilização dos meios de comunicação ligeiros exige tão só conhecimentos de ordem técnica. Longe disso. Estes meios “falam”

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diferentes linguagens áudio-scripto-visuais, cujo prévio conhecimento é um requisito indispensável. (Cloutier, s/d, s/p)1

1.1 – O que são meios de comunicação?

O termo meio de comunicação pode aplicar-se a todas as ferramentas utilizadas pelo homem que lhe permitam transmitir e receber informação. Segundo Silva, no circuito da comunicação, o termo meio refere-se a todo o recurso físico ou técnico usado para converter a mensagem num sinal capaz de ser transmitido ao longo de um canal (Silva, 1999, p.140).

Contudo definir com precisão meios de comunicação nem sempre foi fácil, já que o vocábulo “meio” é muitas vezes utilizado como sinónimo de média, canal ou veículo. Rabaça e Barbosa, (2001) por exemplo, definem meio como o “canal ou cadeia de canais que liga a fonte ao recetor”, ou “sistema (constituído por elementos físicos) onde ocorre a transmissão de mensagens” (Rabaça; Barbosa, 2001, p. 479). Os mesmos autores definem, ainda, veículo – “o mesmo que meio de comunicação” (Rabaça; Barbosa, 2001, p. 751) – e canal, “todo suporte material que veicula uma mensagem de um emissor a um recetor, através do espaço e do tempo.”

Os meios de comunicação, também designados por mass media2 são intermediários, meios

de difusão das mensagens. Designam técnicas de comunicação dirigidas a determinados públicos e a própria comunicação entre si. Assim, só podemos falar em mass media quando se trata de meios cuja finalidade habitual não reside na comunicação interpessoal, mas na transmissão de uma mensagem de um centro emissor para uma pluralidade de indivíduos recetores, “O aparecimento dos média de amplificação marca a passagem para outra configuração comunicativa, a comunicação de massa. Passa-se de uma configuração em que o âmbito da comunicação estava circunscrito a um reduzido número de recetores para um âmbito extremamente elevado de recetores” (Silva, 1999, p.152).

1

A data e a página não estão referidas pois foram retiradas do site http://sepia.no.sapo.pt/sepiaedar_cit.html

que não disponibilizava essa informação. Consultado em abril de 2016.

2 In

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4 No quadro seguinte podemos verificar a invenção dos meios de comunicação desde os primórdios.

Quadro 1 – Quadro Sinótico da Invenção dos Media de Comunicação 22000ª.c. Pinturas pré históricas nas cavernas

4000ª.c. Documentos escritos em placas de argila (Suméria)

3800ª.c. Primeiro Mapa (do norte da Mesopotâmia) gravado sobre uma placa de barro 1800ª.c. Alfabeto fenício

150 Utilização do papel na China. A invenção passará à Europa no séc. III 868 Impressão do primeiro livro conhecido (na China)

1456 Gutenberg - composição do primeiro livro no mundo ocidental (a Bíblia) 1605 Publicação do primeiro periódico do mundo: Les Nouvelles d’ Anvers

1631 Fundação da Gazette, semanário periódico, protótipo dos jornais da época moderna 1641 Primeiro jornal periódico português: “Gazeta em que se relatam as novas todas…” 1643 Lanterna mágica (Kircher)

1808 Primeira máquina de escrever

1809 Primeiro diário português (Diário Lisbonense) 1826 Primeira fotografia (Joseph Nièpce) 1837 Invenção do Telégrafo (Morse) 1876 Apresentação pública do telefone (Bell) 1878 Fonógrafo (Edison)

1887 Gramofone – Invenção do disco (Berliner)

1888 Primeira máquina fotográfica a usar um rolo de filme (Kodak) 1891 Primeira fotografia a cores (Lippman)

1892 Início da produção em massa de discos

1895 Primeira sessão pública de cinematógrafo (Lumiére, em Paris) 1896 Marconi - Início das experiências de telefonia sem fios (TSF) 1900 Aparecimento da palavra televisão

1904 Impressão em off-set

1920 Primeiras emissões regulares de radiofonia 1923 Invenção do iconoscópio (Vladimir Zworykin) 1925 Primeiras máquinas fotográficas manuais 1927 Início do cinema sonoro

1929 Transmissões experimentais de televisão (por Baird, em Londres) 1935 Gravador de som de fita magnética

1936 Início das emissões de televisão (em Inglaterra) 1938 Primeira fotocópia com qualidade

1945 Primeiro computador electrónico (ENIAC) 1946 Abertura da rede Telex

1947 Invenção do transístor

1949 Utilização do cabo (de cobre) na radiodifusão 1950 Primeiro computador produzido em massa 1954 TV a cores (EUA)

Primeiro rádio transistorizado

1956 Produção do primeiro gravador de vídeo (EUA) 1957 Início das transmissões televisivas em Portugal

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5 Fonte: adaptado de Silva (1999) e Wikipédia Lançamento do satélite Sputnik, transmitindo um sinal que é captado em todo o mundo

1962 Primeira transmissão de imagens pelo satélite Telstar entre os Estados Unidos e a Europa 1963 Gravador de som de cassete

1966 Comercialização dos primeiros gravadores de vídeo domésticos (Sony) 1967 Primeiro recetor de TV transistorizado

1969 Projeto ARPANET (Advance Research Projects Administration Network) 1970 Televisão por cabo

1971 Microprocessadores

1975 Comercialização de videocassetes, de jogos de vídeo e de computadores domésticos 1980 Utilização das fibras óticas

1981 Comercialização do videodisco / Lançamento do Personal Computer (PC da IBM) 1984 Lançamento do computador Macintosh pela Aplle

1985 Comercialização de câmaras de vídeo (camcorder - gravador/reprodutor) CD-ROM (Compact Disc-Read Only Memory)

1988 CD-Vídeo (Compact Disc for Vídeo) 1989 Criação da Internet

1990 Criação da rede WWW (Worl Wide Web) - Internet 1991 Multimedia PC

1992 CDI (Compact Disc Interactive)

1993 Explosão da INTERNET – Aparecem as primeiras imagens na Net 1993 Vídeo Compact Disc 1.1

1993 Mosaic desenvolve o primeiro browser (Internet) 1994 SMS traz o texto aos telemóveis

1994 Netscape (browser Internet) 1995 Windows lança o Internet Explorer 1995 Lançamento do USB (Universal Serial Bus) 1996 PalmPilot

1996 Telemóvel portátil (Motorola StarTac) 1996 DVD (Digital Vídeo Disk)

1997 Consola de jogos (Atari)

1998 CD graváveis e regraváveis (CD-RW)

1999 O Napster e Google – A massificação do uso da Net, através dos motores de busca 1999 Os ficheiros de música MP3

1999 Gravadores de vídeo digitais 1999 O aparecimento do Blogger 2000 Caneta USB

2000 Microsoft lança XBox

2001 Lançamento do primeiro iPod da Apple 2001 Convergência dos telemóveis e PDAs

2004 O blogger disponibiliza uma interface em português

2006 A aldeia global, com os blogues, os sites de troca de artigos ou de experiências, os internautas são uma família

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6 1.2 A importância dos meios de comunicação

Nas sociedades contemporâneas, os meios de comunicação social (instrumentos que nos auxiliam a receber ou transmitir informação) – como a televisão, a rádio e a internet- assumem uma importância crucial e que tende a aumentar consoante o progresso tecnológico. Tal importância prende-se com o facto de estes média contribuírem fortemente para a transmissão das ideias em geral e para a formação da opinião pública, ou seja, a opinião partilhada pela maioria da população sobre um determinado assunto.

Cada meio de comunicação permite que, atualmente, comuniquemos de uma maneira diferente com o outro. “A rádio anuncia o acontecimento, a televisão mostra-o, a imprensa explica-o.” (Balle, 1992, cit. por Silva, 1998, p. 153)

Assim, a televisão permite chegar a grandes audiências e transmitir uma mensagem mediante imagens e sons. Para muitos é a única fonte de informação e até há pouco tempo foi um bom instrumento de instrução. Não nos esqueçamos que em Portugal, nos meios mais rurais, as crianças faziam as suas aprendizagens através do sistema telescola.

Quanto à imprensa, hoje podemos contar com um sem número de jornais e revistas, desde o tipo generalista ao tipo especializado tendo este último como objetivo chegar a grupos bem definidos. Este meio de comunicação, cujo advento está diretamente relacionado com a industrialização, suscitou o alargamento dos motivos de interesse e a individualização da leitura graças, em muito, à generalização do ensino obrigatório. O Jornal até hoje continua a ser um dos principais meios de comunicação e informação da população de uma forma em geral. Atualmente também, já, em suporte digital.

A rádio tem uma existência bastante mais curta que a imprensa, no entanto permite levar a mensagem de um modo rápido e flexível. A rádio ultrapassa a distância, pode ser ouvida a grandes distâncias. Grande parte do seu poder de comunicação advém da restituição da palavra e dos sons. A relação do ouvido com a interioridade toca o indivíduo fazendo-o “mergulhar” no acontecimento. O som seduz e provoca a imaginação.

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7 Cronologicamente, o cinema está intimamente ligado à sociedade industrial. Como mass

media os filmes abrangem um público diversificado. Integram-se nos circuitos comercial e

industrial, dos restantes espetáculos e média.

A internet é o mais novo e avançado meio de comunicação disponível na atualidade, podemos ter acesso através de vários dispositivos como por ex: computadores, tablets,

smartphones, entre outros.

A internet permite que nos comuniquemos através de textos, vídeos e imagens com qualquer pessoa independentemente do local do mundo onde esta se encontre, e de forma totalmente interativa.

Esta ferramenta conjuga em si só vários outros meios de comunicação, pois, atualmente, podemos contar com televisões e rádios que emitem os seus programas online. Também os jornais e revistas dispõem atualmente de versões em suporte digital de fácil consulta.

1.3 – Breve história dos meios de comunicação

1.3.1 -A Imprensa

A imprensa nasceu em meados do século XV, na Alemanha, graças ao génio de Gutemberg. Entre outras técnicas, este alemão inventou os caracteres móveis em metal, processo que permitiu produzir mais livros em menos tempo e com menores custos, fatores decisivos para a massificação do livro. A obra mais famosa impressa por Gutemberg foi a Bíblia, em 1455.

Naquela época, o conjunto de todos os livros (manuscritos) existentes na Europa não ultrapassava a dezena de milhar. Passados apenas cinquenta anos, já havia cerca de 10 milhões de livros impressos, sinal do êxito da nova arte de Gutemberg.

1.3.2 - A rádio

A rádio tem uma existência bastante mais curta do que a imprensa. Com efeito, o primeiro sistema de radiodifusão foi criado em 1895 pelo físico italiano Marconi, a partir de diversas experiências anteriormente levadas a cabo por outros cientistas.

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8 A Primeira Grande Guerra, 1914-1918, contribuiu bastante para o seu desenvolvimento, pois a rádio foi utilizada como “arma” de propaganda política. Já durante a segunda guerra mundial, entre 1939 e 1945, serviu para transmissões secretas e contrainformação.

Em Portugal, as emissões radiofónicas iniciaram-se há 80 anos. Como é natural, muitas mudanças ocorreram durante esse tempo. Durante a ditadura de Salazar, a única rádio existente era o Rádio Clube Português, afeta ao regime. Só após o 25 de abril de 1974 o sector da rádio passou a funcionar em liberdade.

1.3.3 - A televisão

A televisão é o meio de comunicação com maior impacto na vida das sociedades contemporâneas. Tal importância deve-se ao facto de ser o meio mais difundido e com maior poder de influência sobre a opinião pública.

O primeiro sistema semimecânico de televisão analógica foi apresentado em 1942, em Londres. A televisão a cores surgiu pela primeira vez em 1954, na rede norte-americana NBC.

Em Portugal, a televisão iniciou as suas emissões em 1957 através da RTP, controlada pelo regime do Estado Novo. Só na década de 1990 o sector televisivo seria aberto às estações privadas: a primeira a iniciar a atividade foi a SIC, em 1992, seguindo-se a TVI no ano seguinte. Em 1994, o país assistiu à introdução da televisão por cabo.

1.3.4 - O cinema

O cinema está ligado à invenção do cinetoscópio pelo norte-americano Thomas Edison, no final do século XIX. Um pouco mais tarde, em 1895, os irmãos Lumière haveriam de registar a patente do cinematógrafo, tornando-se os fundadores de uma nova forma de arte: o cinema.

Durante a Primeira Grande Guerra, o cinema conheceu um amplo desenvolvimento nos EUA e Hollywood tornou-se o principal centro cinematográfico à escala internacional. Em

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9 1926 apareceu o primeiro filme sonoro, Don Juan. Na década de 30, a indústria cinematográfica atingiu o seu auge com a utilização da cor.

A segunda Guerra Mundial motivou novo incremento da produção de filmes em massa para distração dos espectadores, mantendo-se atualmente o cinema como uma das formas de arte mais populares em todo mundo.

1.3.5 - A Internet

A Internet é na atual sociedade um “fenómeno único” de comunicação e partilha de informações e de conhecimentos, à escala mundial. Ao longo dos anos estendeu-se pelos quatro cantos do mundo, sendo hoje utilizada por milhões de pessoas, nas suas diversas potencialidades, “quem não a utiliza torna-se, na atual sociedade da Informação e Conhecimento, um info-excluído ou um analfabeto funcional” (Bastos, 2011, p.163).

A internet surgiu durante a Guerra Fria, por vias militares. Inicialmente designava-se ARPANET (1969) e começou por ser um projeto do Ministério da Defesa dos EUA, era de acesso restrito, utilizada apenas em situações de carácter militar, cujo objetivo era a interligação de computadores em centros de investigação militares. O acesso a esta ferramenta foi, mais tarde, facultado a cientistas, que a utilizavam para as suas comunicações, levando a que houvesse alguma dificuldade em distinguir o que eram comunicações militares, de comunicações científicas. Assim, criou-se a MILNET para fins militares, ficando a ARPANET para as comunicações científicas. A NSF (National Science Fundation) cria uma rede chamada NSFNET (National Science Fundation NETwork), que rapidamente absorveu a ARPAnet, constituindo-se como uma rede com objetivos científicos e académicos.

Só nos inícios dos anos 80, surgiu a INTERNET e só uma década depois começou a chegar à população em geral. Desde então tem vindo a crescer a um ritmo acelerado e exponencial.

A criação da World Wide Web data de 1990 e é uma teia de redes e sistemas à escala mundial que é parte integrante da internet e cuja ideia principal era associar três aspetos: o hipertexto, a internet e os computadores pessoais, criando uma rede de informação única.

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10 A Web veio dar visibilidade à Internet, atraindo um número cada vez maior de utilizadores em todo o mundo. A combinação de texto, imagem e som tornou a conexão à internet mais apelativa e funcional.

No final de 1990 estavam criadas as ferramentas para a Web funcionar, sendo que data desse mesmo ano a estreia da Web como serviço público de Internet.

Em Portugal, foi através da Universidade de Lisboa que se estabeleceu a primeira ligação à internet, decorria o ano de 1991.

1.4 – A evolução dos meios de comunicação

“Desde que o homem adquiriu a linguagem…ele próprio determinou as modalidades da sua evolução biológica, sem disso ter, necessariamente consciência” (Lévi-Strauss, 1958, cit. por Cloutier, 1975, p.21)

A evolução dos meios de comunicação é, sem dúvida, algo muito importante, pois está diretamente ligada à evolução do homem. Assim, o ser humano que diariamente procura fazer face a novos desafios, vai evoluindo e é através da sua própria evolução que faz evoluir todos os meios ao seus dispor, pois só assim vai conseguindo responder às novas necessidades que vão sendo criadas. Uma vez que o homem valoriza a comunicação e depende dela para evoluir, investe cada vez mais na evolução dos meios de comunicação, com o objetivo de tornar mais fácil a sua própria existência, facilitando a partilha e transmissão de informação, que nos dias de hoje se faz de forma quase imediata.

Os meios de comunicação foram evoluindo ao longo da história de forma progressiva. Como referi, o homem começou a comunicar através dos sinais de fumo, após a descoberta do fogo. Mais tarde, passou a fazer desenhos nas paredes alusivos a diferentes situações. Com o aparecimento da escrita, a comunicação tornou-se mais fácil, pois já se fazia troca de correspondência e começaram a aparecer os primeiros jornais. Apareceu o telégrafo, o telefone, a rádio, a televisão e mais recentemente o telemóvel e a internet. Estes últimos são sem dúvida os meios de comunicação mais utilizados na atualidade. Pois se há algumas décadas atrás uma notícia, um acontecimento levava dias para ser do conhecimento de toda a população, hoje essa divulgação é praticamente instantânea, o que leva a que o ser

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11 humano, sedento de informação, fique dependente destes meios de comunicação. Seja através da rádio, da televisão ou da internet, o homem procura cada vez mais atualizar-se e informar-se por forma a conseguir agir, tornando assim os meios de comunicação fundamentais à existência. O ser humano recorre atualmente aos meios de comunicação para diferentes fins, trabalho, lazer, entre outros. Segundo Moran (1991),

(…) os meios podem ser utilizados também como instrução, informação, formas de passar conteúdos organizados, claros e sequenciados. Principalmente o vídeo instrucional, educativo, é útil para o professor, porque lhe dá oportunidade de completar as informações, reforçar os dador passador pelo vídeo. Eles não eliminam o papel do professor. Antes ajudam-no a desenvolver a sua tarefa principal que é a de educar para uma visão mais crítica da sociedade. (Moran, 1991, cit. por Monteiro s/p)3

Jean Cloutier (1975) divide e tipifica a evolução da comunicação humana em seis episódios, sendo que cada um destes episódios se sobrepõe e se caracteriza pela utilização de novas formas de comunicação. O primeiro episódio, Comunicação Interpessoal, é o da exteriorização. O homem aprende a exteriorizar as suas necessidades e ideias, estabelecendo um sistema de comunicação a partir do seu corpo. Faz gestos, emite sons, diferencia-se dos animais por um sistema de comunicação progressivo e aberto. A vista e o ouvido são os principais sentidos da comunicação, o gesto e a palavra os seus principais modos.

Os média são os suportes materiais que fazem possível a comunicação, sendo que o suporte fundamental e que existe desde a origem é o próprio homem. Os média são os intermediários físicos que permitem a comunicação à distância. A exteriorização através do gesto e da palavra obriga à presença dos interlocutores, tornando-se assim numa comunicação interpessoal, que continua atualmente a ser a base das relações humanas. “A comunicação interpessoal continua a ser a base das relações humanas. Nenhum dos outros tipos de comunicação, posteriormente estabelecidos, será capaz de a substituir, sem se arriscar a desumanizar EMEREC.” (Cloutier, 1975, p.25)

O segundo episódio é o das linguagens de transposição, desenho, esquema, música, escrita fonética, a chamada era da Comunicação de Elite. Este episódio é marcado pela preocupação de se libertar de si próprio e do meio ambiente, pela transposição dos

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A data e a página não estão referidas pois foram retiradas do site http://www.ipv.pt/forumedia/3/3_fi3.htm

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12 pensamentos e dos objetos que o rodeiam. Implanta-se um novo tipo de comunicação, baseado na desigualdade dos comunicadores e as relações humanas são restabelecidas em função de estruturas que consagram essa desigualdade.

Os meios de comunicação de massas criam uma nova sociedade, assim o terceiro episódio, a Comunicação de Massas, surge com o aparecimento da imprensa e tem o seu ponto alto com a invenção do satélite. Os mass media podem ser classificados em duas categorias,

mass media baseados na difusão: imprensa escrita, rádio, cinema e televisão e os mass media baseados na edição: livro, disco, cartaz, entre outros.

O quatro episódio, Comunicação Individual, baseia-se na possibilidade de ter acesso a mensagens sempre disponíveis, conservadas nas linguagens apropriadas e na capacidade de se exprimir, não só pela palavra, falada ou escrita, mas também pela imagem e pelo som. O Homem, “homo-communicans” como Cloutier o denomina, recusa-se a ser apenas Emissor ou apenas Recetor, para se tornar num verdadeiro EMEREC – simultaneamente Emissor e Recetor (Cloutier, 1975). “EMEREC é o ponto de partida e o ponto de chegada da comunicação. Já não é apenas informado, ele próprio informa e se informa” (Cloutier, 1975, p.43).

O quinto episódio, Comunicação Comunitária, é justificado por Cloutier, devido à desenfreada evolução da comunicação. A proliferação de redes que permitem ao homem comunicar à distância em tempo real, dominando o espaço e o tempo, acedendo a todas as linguagens áudio-scipto-visuais. A Internet, particularmente a World Wide Web, veio possibilitar ao homem a facilidade de comunicar, interagindo, deixando de ser um recetor passivo. Hoje, podemos ver um programa de TV ou rádio em qualquer parte do mundo, participar em programas, ou apenas ler o jornal, sem sair do lugar e a Internet é a tecnologia que permite esta integração dos diferentes meios.

Por fim, o 6º episódio, Comunicação Universal, acontece devido ao desenvolvimento da informática e da eletrónica, que provocou uma revolução nos meios de comunicação convencionais, deixando para trás tudo o que era analógico, para passar a ser digital. Hoje vivemos “dominados” pela internet, que nos permite estar interligados com pessoas de

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13 todos os continentes. Esta nova realidade comunicativa altera as vivências sociais do homem e modifica-o.

Quadro 2 – Resumo dos Episódios da Comunicação, segundo Cloutier TIPOS MODOS MODELO LÍNGUA TECNOLOGIA MÉDIAS

EPIS ÓDIO Comunicação Interpessoal Exter io ri za ção

EMEREC Audiovisual Meios Humanos Corpo Humano Natureza EPIS ÓDIO Comunicação de Elite Transp osição E > R Áudio Visual Scripto

Meios suportes Suportes: placa de argila, papiro. EPIS ÓDIO Comunicação de Massa Amp li fic ação R E >> R R Áudio Visual Scripto Audiovisual Scriptovisual Mass media Livros Jornais Discos Cinema Televisão Rádio EPIS ÓDIO Comunicação Individual Mi niatu ri za ção EMEREC Áudio Visual Scripto Audiovisual Scriptovisual Self media Fotografia Videografia Audiografia Informática pessoal 5ºEPIS ÓDIO Comunicação Comunitária In te rc onexão EMEREC Áudio Visual Scripto Audiovisual Scriptovisual

Net media Telecomunicações

EPIS ÓDIO Comunicação Universal Digital iz a ção R E >> R R EMEREC AudioScriptovisual Multimédia Todos os meios anteriores

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14 Assim, podemos concluir que hoje seria para nós impensável viver sem meios de comunicação, como a Internet, sem o conforto e as possibilidades que estes nos proporcionam, o acesso a um manancial de informação de forma instantânea e imediata. Para o Professor estes meios de comunicação constituem-se como uma mais-valia que podem ajudar os seus alunos a aprenderem de forma mais motivada e eficaz, desde que este seja capaz de os integrar nas suas aulas na sua vertente didática e pedagógica.

CAPÍTULO II – O Ensino da língua espanhola com recurso aos meios de comunicação

1.5 – Os meios de comunicação nos manuais de língua espanhola, língua estrangeira

Ainda que se considere que os meios de comunicação são um instrumento fundamental para a aquisição da língua estrangeira, no programa de ensino do 3º ciclo do ensino básico, nomeadamente no manual !Ahora España!, estes são, ainda, pouco mencionados, contudo, nos documentos normativos para o ensino da língua estrangeira, como o Espanhol, já se recomenda o uso dos meios de comunicação. No manual em questão, podemos observar pequenas referências ao e-mail (p. 30), Facebook (p. 35), entrevista adaptada da internet (p.42) e uma notícia fictícia (p. 124). No entanto, no programa estabelecido para o mesmo nível, pelo Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas (QCERL) e publicado no Programa Espanhol – Programa e Organização Curricular para o 3º Ciclo (Programa do Ministério da Educação e Ciência de Portugal) destaca-se a compreensão oral com recurso aos meios de comunicação, no conteúdo “Atos de fala de uso frequente na interação quotidiana.” Também na compreensão escrita se refere o objetivo “Compreender, globalmente textos escritos: notas, anúncios publicitários, guias, programações, cartazes de espetáculos, mapas de cidades, cartas, artigos de revista ou de jornais, textos humorísticos ou literários.”

Nos aspetos socioculturais, o programa prevê como conteúdo estudar “os aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol, próximos dos interesses e motivações dos alunos. Menciona como procedimento para abordar este conteúdo, entre outras indicações, “utilizar os conhecimentos linguísticos adquiridos para interpretar as mensagens presentes no meio (anúncios em jornais, em estabelecimentos públicos, mediatizados por locutores espanhóis nos mass media).”

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15 No que concerne ao manual Emdirecto.com 4, adotado na turma do 10º ano de escolaridade onde realizei a prática de ensino supervisionada, podemos verificar a existência de um capítulo dedicado às redes sociais “Amigos en la red”, contudo as atividades propostas no manual para o tratamento do referido capítulo apenas se limitam à leitura de pequenos textos sobre as redes sociais. Noutras páginas do manual, encontramos ainda pequenas referências como a utilização de uma notícia fictícia (p. 57), de textos adaptados da internet, de uma entrevista (pp. 122, 123).

É notória a escassez de materiais autênticos, capazes de levarem os discentes a uma motivação maior. A maior parte dos textos utilizados nos manuais carece de interesse, não motivam os alunos, pois não se adaptam à realidade dos jovens dos nossos dias. São textos

pré-fabricados para estudar um determinado capítulo, sem serem capazes de motivar os

estudantes. Seria muito mais profícua a utilização de textos com algum fundamento real, capazes de colocar os jovens a vivenciarem as situações, a meu ver, ao mesmo tempo que refletiam, sobre algum assunto, que poderia ser também do seu quotidiano, aprendiam. No XIV congresso de ASELE, Alejos (2003) defende que

Os manuais foram criando ao longo do tempo uma série de exercícios estruturados, a maioria de repetição, substituição ou transformação. Sem dúvida de que este tipo de exercícios mantém um valor orientado aos objetivos precisos de criação de automatismos e também que podem acabar por se converter em mecânicos y monótonos, tirando o interesse pela língua estrangeira que estamos a estudar ou a ensinar e colocando-a fora da realidade comunicativa aos olhos dos alunos e professores.

Se tivermos em conta que a escola hoje deve ensinar mais coisas e mais rápido, temos que ir ao encontro de processos de ensino mais eficazes e mais motivadores, assim “quanto mais numerosos forem os meios de comunicação utilizados mais possibilidades há de uma boa receção e de uma boa compreensão por parte dos alunos” (Mialaret, 1969, p.47).

1.6 – Os meios de comunicação na aprendizagem da língua espanhola, língua estrangeira

Os alunos que temos hoje nas nossas aulas, já não são os alunos que em tempo nós fomos! Vivem rodeados de tecnologia e de certa forma “vivem-na”, pelo que é através dessa tecnologia que vão fazendo algumas das suas aprendizagens. Nesta perspetiva, a escola já

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16 não é o único local onde o aluno aprende e o professor, consciente desta realidade, tem de abrir a aula às influências do exterior. Assim, a escola deve articular-se com o ambiente externo, através, por exemplo da Internet e de todas as suas potencialidades, para responder melhor aos desafios do que é ensinar em plena era da Sociedade da Informação e em Rede que Castells (2014) tão bem carateriza. O professor não pode ignorar a importância dos meios de comunicação na sociedade atual, que funcionam como uma espécie de “escola paralela”.

“Para os especialistas americanos, 80% da informação recolhida pelo aluno é feita fora da escola e está principalmente ligada à televisão” (Planque, 1971, p.47). Hoje e com toda a evolução tecnológica, não será disparatado afirmar, que é à internet que provavelmente esses mesmos 80% recorrem em busca de informação.

Alguns dos textos publicados na internet carecem de revisão científica e apresentam, muitos deles, erros ortográficos, construções frásicas deficientes, contudo contribuem para o enriquecimento lexical de quem os utiliza, já que os meios de comunicação são uma espécie de modelo do léxico mais utilizado numa determinada língua. Além de que são um fator fundamental no desenvolvimento da sociedade atual, no que diz respeito à cultura e à educação.

Assim, no processo de ensino e de aprendizagem de uma língua estrangeira, não podemos dissociar língua e cultura, já que por norma a aprendizagem da língua suscita a curiosidade por aspetos culturais do país que a fala. Desta forma, o uso de materiais autênticos, em turmas com alunos de um nível linguístico mais avançado, fazendo a referência a aspetos concretos, só pode beneficiar a aprendizagem da língua por parte dos alunos. Contudo, o material selecionado deve ser interessante quer do ponto de vista linguístico, quer cultural e deve enquadrar-se nos conteúdos programáticos a seguir. Já no que a aprendizes com menos conhecimentos da língua diz respeito, estes materiais devem ser de certa forma adaptados, uma vez que o uso de documentos autênticos pode gerar alguma dificuldade na compreensão da linguagem utilizada.

Um dos meios de comunicação que muito pode contribuir para a aprendizagem da língua espanhola é sem dúvida a World Wide Web, não só pela facilidade que oferece ao

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17 utilizador de fazer pesquisas (youtube, wikipedia, etc), mas também pela facilidade de comunicação que hoje nos proporciona neste mundo cada vez mais globalizado. O recurso às ferramenta Web 2.0, particularmente as redes sociais como o Facebook, constitui-se como uma excelente estratégia didática na aula de língua estrangeira.

Os processos de comunicação na Web 2.0 são cada vez mais sistemas de relações entre iguais que geram novas formas de construção do conhecimento, mais social e mais dependente da comunidade. Por outro lado, sob uma perspetiva individual cada vez mais temos que nos tornar autónomos, caminhando progressivamente para a autogestão do nosso processo de aprendizagem (Bastos, 2011, p.172).

Ao utilizar estas ferramentas, os alunos comunicam com nativos da língua, que comentam as suas publicações em redes como o facebook ou twitter, pois as aprendizagens informais adquirem cada vez mais importância na vida de todos nós. Assim, e através de uma atividade que os jovens fazem por gosto, navegar no facebook, os alunos seriam levados a praticar a língua espanhola quase diariamente. Se tivermos em conta que as redes sociais são um lugar de partilha, em que os usuários compartem conhecimentos, se ajudam, admiram e criticam, facilmente perceberemos que o recurso a esta ferramenta em muito enriquecerá a nível lexical os seus utilizadores.

O recurso a estas ferramentas tem de ser monitorizado pelo professor, para que os alunos possam realizar as atividades previstas em segurança e cingindo-se ao objetivo da aula. No entanto, após iniciarem o contacto com algum nativo, este poderia ser mantido para além da escola. E através dessa comunicação o aluno estaria a aprender a língua sem a obrigatoriedade da escola.

Valcárcel (2014) considera que as redes sociais, como o facebook, facilitam, mais que qualquer outro ambiente sociodigital, as interações entre e com os estudantes fora de aulas. Nos seu estudo, concluiu que os ambientes socio digitais favorecem a criação de contextos comunicativos em língua estrangeira, superando as limitações da sala de aula e diminuindo a ansiedade produzida pelas intervenções orais.

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18 1.7 – Propostas de atividades com recurso a meios de comunicação

Proposta de Atividade com recurso ao Facebook

Na turma de 10º ano, no capítulo “Por tu Salud” levar os alunos a comentarem e ao mesmo tempo refletirem sobre o seguinte post do facebook.

Figura 1 – Imagem de um post no faceboock para realização de uma atividade na aula de língua espanhola, Língua Estrangeira.

No seu comentário teriam que fazer referência a algum vocabulário relacionado com saúde, usar expressões de desejo e de sentimentos e como tarefa final, poderiam ainda promover uma campanha de prevenção através do facebook.

Já no capítulo “Amigos em la red” seria recomendável que esta ferramenta se utilizasse. Recordo que há alguns anos atrás, ainda não se ouvia falar em facebook, era prática comum nas aulas de língua (Inglês) a troca de correspondência com nativos de países cuja língua oficial era o inglês. Já nesta altura o contacto com pessoas da mesma idade favorecia a curiosidade pela língua e pela cultura dos mesmos.

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19

A leitura nos ambientes digitais corrobora a ideia de que todo o processo cognitivo resulta numa construção coletiva à medida que as autonomias individuais dos nossos alunos são despertadas e preservadas, permitindo que estes se tornem protagonistas de suas ações aprendentes” (Lima; Escola, 2014, p.84)

Se através do facebook contribuiríamos para uma melhor nível de grafia do espanhol, com a utilização do skype fá-lo-íamos a nível oral. Desta forma, ao levar os alunos a contactar com falantes da língua espanhola, não só os ajudaríamos na destreza oral da língua, como também os colocaríamos frente a frente em diálogos com nativos que além do uso da língua espanhola considerada oficial, também usam ao longo do seu discurso, aquela que é considerada por nós a língua espanhola “coloquial”. Uma outra vantagem desta ferramenta centra-se na pronunciação, que não raras vezes, cria dificuldades aos aprendizes da língua, já que ao serem levados a comunicar com nativos, melhorariam, com certeza, a sua habilidade linguística.

Desta forma, o uso das redes sociais nas aulas ajuda no processo de aprendizagem, pois transforma o professor num guia ou facilitador do mesmo. Também possibilita aos docentes organizar atividades de aprendizagem individualizadas, realizando, assim, um melhor seguimento da progressão da aprendizagem de cada aluno.

Um estudo elaborado por Grace L. Jarvis (2009), e apresentado no XX congresso de ASELE, confirma isto mesmo. Através de MIXXER (uma base de dados que inclui pessoas que querem aprender uma segunda língua) promovia-se o contacto via skype de alunos do

DicKinson College, Pensilvânia com alunos espanhóis. Pretendia-se com esta atividade

melhorar a habilidade linguística dos alunos. Como pré-atividade, as professoras pediram aos alunos que vissem o filme Traffic e que posteriormente elaborassem uma lista de perguntas que fariam ao colega via skype. Esta atividade não só funcionou bem durante as aulas como também levou a que os alunos continuassem a conectar com pessoas, tendo por base o MIXXER, e assim com vista a melhorarem os seus conhecimentos da língua, iam trocando informação sobre desporto, política, emprego entre outros.

A internet é uma mídia informativa recente e suas repercussões e aplicações na sociedade atual ainda não foram devidamente dimensionadas, sendo um instrumento de desenvolvimento social. Devemos lembrar que a escrita demorou pelo menos 3000 anos para atingir o atual estágio, no qual todos sabem ler e escrever. A internet tem apenas 10

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anos. O importante é ver o índice de pessoas plugadas. (Lévy, 2013, cit. por Escola, 2014, p. 275)

Silva (1999) refere que através da internet e principalmente pelo suporte WWW (World Wide Web) podemos ter acesso a todo tipo de informação, desde a mais simples às complexas narrativas de texto, imagem e som, tanto professores como alunos podem estabelecer relações colaborativas com outras escolas, potenciando-se a formação de territórios comunicativos. A distância deixou de existir e as escolas estão agora mais próximas.

Levy (1999) apresenta um conceito, o da inteligência coletiva, que é um princípio onde as inteligências individuais são somadas e compartilhadas por toda a sociedade. Esta forma de inteligência é potencializada pelo aparecimento das novas tecnologias, como sendo a internet ou os média sociais.

A escola não pode ignorar estes novos recursos didáticos, pois deve procurar sempre mobilizar os alunos a “aprender a aprender” e a aprender a compartilhar.

Os jornais, agora acessíveis em formato digital, e de certa forma toda a imprensa escrita, também constituem ótimas ferramentas de trabalho, na aula de língua espanhola, visto que ao recorrermos a estes instrumentos estamos a utilizar materiais autênticos, realidades sociais e culturais que aportam ao aluno a possibilidade de enriquecer os seus conhecimentos não só lexicais mas também os seus conhecimentos sociais, políticos e culturais do país em estudo. O uso desta ferramenta possibilita ainda ao aluno entrar em contacto com as diversas variedades do espanhol e com as diferentes manifestações culturais do mundo hispano. Segundo defendeu Sitmam no XIV Congresso Internacional de ASELE, a imprensa “pela sua claridade, concisão, brevidade, atualidade e proximidade à oralidade, entre muitas outras qualidades, é idónea para a exploração numa aula de língua”. Ainda segundo a mesma autora,

A imprensa espanhola impressa tem um grande valor didático no ensino da língua, pois proporciona uma rica fonte de documentos autênticos que o professor pode aproveitar como texto para a introdução de distintos conteúdos (gramaticais, léxicos e culturais), estratégias (de leitura e escrita) e destrezas (predizer, debater, resumir) de acordo com os seus objetivos e as necessidades dos seus alunos. (Sitman, 2003, p.2)

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21 A televisão, vídeo a ferramenta Web 2.0 Youtube são meios de comunicação com forte potencial quando utilizados na aprendizagem de uma língua, pois não só temos o som, como também temos a imagem e esta associação é sem dúvida uma mais-valia para tornar as aulas muito mais dinâmicas, uma vez que favorece de imediato o entendimento da palavra. Aqui podemos encontrar um sem fim de material, programas informativos, programas desportivos, programas de entretenimento, entre outros.

O YouTube pode ser um recurso de grande interesse educativo, não só pela facilidade de visualização de vídeos e spots, mas também porque permite aos alunos serem autores/ produtores de conteúdos informativos. O facto de poderem partilhar o trabalho realizado, não só contribui para que o aluno se reconheça a si próprio como um elemento importante no grupo de trabalho, como também para ajudar outros que trabalhem sobre o mesmo assunto.

Uma vez que hoje é difícil imaginar o mundo sem TV ou internet (computador), principalmente as crianças e os adolescentes que passam grande parte do seu tempo utilizando estes equipamentos, por que não utilizá-los como auxiliares ou em alternativa ao manual escolar no momento de exposição dos conteúdos didático-pedagógicos aos alunos.

Moran (1991) fala sobre a importância do vídeo em sala de aula. Segundo o autor "O vídeo com temas geradores de discussão, é um poderoso instrumento de dinamização e enriquecimento da aula, tanto do ponto de vista de conteúdo como da dinâmica participativa e interesse.” (Moran,1991, cit. por Monteiro, s/p) 4,Carneiro (1997), por sua vez, considera que

As escolas devem incentivar que se use o vídeo como função expressiva dos alunos, complementando o processo ensino-aprendizagem da linguagem audiovisual e como exercício intelectual e de cidadania necessária em sociedade que fazem o uso intensivo dos meios de comunicação, a fim de que sejam utilizados crítica e criativamente (Carneiro, 1997, p. 10).

Os alunos que por norma têm mais facilidade em aceder aos meios de comunicação, são alunos mais participativos, mais dinâmicos e mais curiosos “os alunos mais abertos, mais

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A data e a página não estão referidas pois foram retiradas do site http://www.ipv.pt/forumedia/3/3_fi3.htm

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22 comunicativos, os que dominavam melhor determinados assuntos eram, na maior parte dos casos, aqueles que frequentavam a televisão, o cinema e liam jornais.” (Moderno, 1992, p. 46).

Tenho consciência que eu, assim como os da minha geração, aprendemos a língua espanhola vendo televisão, pois no tempo em que apenas contávamos com dois canais portugueses, nas zonas fronteiriças assistíamos a programas da televisão espanhola diariamente. Este contacto facilitou a aquisição da língua e de certa forma o gosto pela mesma e até pela cultura do país.

Afastar os alunos do mundo que os rodeia e no qual estão inseridos desde que nasceram, é afastá-los da escola, o ensino apenas feito através da verbalização de conhecimentos, não é atrativo, eles gostam de imagem, som, cor, grafismo e movimento. No momento em que aceitarmos esta realidade e incluirmos as tecnologias do nosso tempo na aula, estamos a contribuir para que “o aluno de hoje fuja para a escola em vez de fugir da escola” (Moderno, 1991, p.67).

Atividades interessantes que se podiam realizar na aula seriam, por exemplo, a correção de legendas, já que, atualmente, alguns programas falados em língua espanhola, aparecem igualmente legendados em língua espanhola, com algumas alterações por parte dos redatores. Esta atividade poderia ser interessante, pois há em algumas legendas bastantes discrepâncias com a oralidade.

Uma atividade que se podia realizar juntando dois meios de comunicação, a imprensa e a televisão, seria a título de exemplo a comparação de uma determinada informação transmitida pelos dois suportes comunicativos. Assim, num primeiro momento ser-lhes-ia dada a notícia em suporte de papel e após a leitura da mesma, apresentar-se-ia o vídeo relativo ao mesmo assunto.

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23 Proposta de atividade com recurso a uma notícia da imprensa e a um relato

La Junta prepara con los responsables de todas las instituciones el diseño definitivo del Plan Romero 2014

La Junta de Andalucía ha analizado esta mañana con los responsables de todas las instituciones y organismos participantes en el dispositivo del Plan Romero 2014 el diseño definitivo de este operativo, así como las necesidades que tendrá que atender y el estado en el que se encuentran los trabajos ya iniciados.

En la reunión celebrada en El Rocío, los operativos integrantes del plan han informado que están valorando los recursos humanos y materiales disponibles.

El delegado del Gobierno andaluz en Huelva, José Fiscal, que ha presidido la reunión, ha explicado que “vamos a tener teóricamente un Rocío muy distinto al del año pasado donde hubo un traslado de la Virgen, una procesión previa por las calles de Almonte, la romería e incluso en agosto una procesión extraordinaria. Este año todo se circunscribe a la propia romería y se concentrará todo en una semana”.

Fiscal ha insistido en que “se van a seguir poniendo todos los medios que están a nuestro alcance para que El Rocío se desarrolle con normalidad y sea un éxito, con un dispositivo formado por el mismo número de efectivos que en otras ediciones y con la experiencia de 30 años organizando la romería”.

El delegado del Gobierno ha resaltado la “magnífica coordinación de todas las administraciones”, Junta de Andalucía, Ayuntamiento de Almonte, Diputación provincial, Administración del Estado, especialmente a través de la Guardia Civil, y de la Hermandad Matriz de Almonte.

Por parte de la Junta de Andalucía se ha dado cuenta de la instalación de las antenas de radiofonía y las infraestructuras de telecomunicaciones para asegurar una comunicación efectiva entre los vehículos de emergencias que transitan por los caminos de acceso a la aldea Rocío junto los peregrinos.

También se ha informado del inicio de las labores de reparación y arreglo de los caminos, aunque se ha precisado que el grueso de los trabajos se realizará conforme se acerquen las fechas de celebración de la romería.

La Delegación Territorial de Igualdad, Salud y Políticas Sociales y el 061 trabajan ya en el diseño de su operativo, consistente en un hospital de campaña en la propia aldea, localizado en la Base Integrada.

En cuanto a los accesos a la aldea, tras la puesta en servicio de la variante en el verano de 2012, se habilitarán vías de entrada y salida alternativas desde Almonte y Matalascañas. El uso de estos itinerarios alternativos por parte de los romeros será determinado por la Guardia Civil en función de la densidad del tráfico si fuera necesario.

En este sentido, Fiscal ha asegurado que “los accesos, con toda seguridad, estarán abiertos por razones de seguridad ante la concentración de personas y por la fluidez del tráfico”. Ha recordado que “el año pasado con cuatro acontecimientos importantes no hubo especiales problemas ocasionados por la travesía debido a que se tomaron las medidas necesarias”. “Entiendo –ha agregado- la preocupación de la Hermandad Matriz y el ayuntamiento y tomamos todas las medidas necesarias”.

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En el Plan Romero participa personal de Emergencias 112 Andalucía, del GREA, Infoca, Empresa Pública de Emergencias Sanitarias (061) y sanitarios de los centros de salud y hospitalarios, voluntarios de la Cruz Roja, efectivos de bomberos, policías locales, Guardia Civil, Unidad de la Policía Nacional adscrita a la Junta y la Marina Mercante, entre otros.

http://www.canalcostatv.es/la-junta-prepara-con-los-responsables-de-todas-las-instituciones-el-diseno-definitivo-del-plan-romero-2014/

Figura 2 – Notícia da imprensa espanhola

Figura 3– Vídeo do Youtube

( http://www.canalcostatv.es/la-junta-prepara-con-los-responsables-de-todas-las-instituciones-el-diseno-definitivo-del-plan-romero-2014/ )

No final, e após comprovarem as semelhanças e as diferenças existentes nos dois documentos poderiam discutir as conclusões entre si. Desta forma, com apenas dois recursos, poder-se-iam trabalhar várias destrezas: leitura, audição e oralidade.

A rádio é um outro meio de comunicação que também está presente no quotidiano das pessoas seja para mero entretenimento, seja na busca de informação. Uma vez que este instrumento de comunicação dedica grande parte da sua programação à passagem de música, o recurso às letras das músicas é uma excelente estratégia para realizar exercícios práticos em sala. Como afirma Ferreira (2001) “[...] a música é uma linguagem universal também é uma linguagem por meio da qual uma ideia é mais bem difundida ao longo do

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25 tempo” (Ferreira, 2001. p. 09). Assim trabalhar com a música em aulas de língua pode ser uma forma de melhorar a competência linguística dos alunos. A utilização de músicas é uma ferramenta interessante sempre que os conteúdos a trabalhar sejam auditivos, como refere Sancho, “nas aulas com música, permite o acesso à realidade e experiências sonoras inacessíveis diretamente. É também um meio versátil que permite um eficaz exercício de aprendizagem” Sancho (1998, p. 140).

A utilização de materiais radiofónicos é segundo Gualda no XIV congresso de ASELE “um convite da rádio a uma imersão linguística, podemos dizer “pura e dura” no espanhol”. Gualda (2003). Esta opinião é defendida pela autora tendo em conta que a rádio “coloca o estrangeiro em relação direta com as vozes dos espanhóis, os tons, entoações dos falantes (…) pois é cada vez mais frequente a chamada rádio participativa na que os ouvintes intervêm desde diferentes lugares com perguntas e respostas às questões que se debatem ou comentam”.

Através do recurso a um relato de um acontecimento na rádio, por exemplo, colocaríamos os alunos em contacto com uma realidade que na maior parte das vezes desconhecem.

Relato : Peligrosísimo sexto encierro de San Fermín 2013 con toros de El Pilar (Oír relato de 5’15’’

http://www.rtve.es/noticias/20130712/peligrosisimo-sexto-encierro-san-fermin-2013-ganaderia-pilar/712200.shtml

Também com este meio de comunicação, e recorrendo às rádios locais seria possível comprovar as diferenças lexicais existentes na língua espanhola. De uma forma mais auspiciosa, poderíamos até ouvir o espanhol falado na América latina.

Se os recursos educativos são tomados e utilizados enquanto meios de comunicação, dá-se a possibilidade de poder introduzir na aula as repredá-sentações da realidade de maneira mais concreta e mais fiel. Esta relação analógica que o áudio e o visual têm com o real, pelo som e pela imagem, será um processo de evitar o discurso magistral. (Moderno, 1992, p.48)

A apresentação de filmes na sala de aula, partes de longas-metragens ou curtas-metragens, associando imagem ao som, seria por si só uma forma de contribuir para a aprendizagem da língua, pois esta associação facilitaria desde logo a aquisição de vocabulário por parte

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26 do aluno que tentaria compreender no seu todo o filme e a sua mensagem. “Os filmes interferem nas vidas das crianças nomeadamente no trabalho desenvolvido em contexto educativo, na medida em que os indivíduos transportam para o seu jogo “faz de conta” e para a sua vida quotidiana as personagens, as atitudes, os gostos e as preferências.”(Costa; Escola, 2014, p. 115).

Os caminhos do cinema e da educação se cruzam no horizonte das expectativas pedagógicas e é irrefutável a contribuição de um ao outro ao longo da história, e enquanto a educação prepara o cidadão ao futuro, o cinema pode auxiliar a mostrar os vários caminhos para que esta jornada termine a contente. (Anacleto, Michel e Otto, 2007, p. 2)

Na atual sociedade não podemos ignorar o poder da imagem e a forma como esta “fica digitalizada” na mente do ser humano, influenciando os seus comportamentos e as suas ações.

A imagem é a forma de expressão generalizada da nossa civilização; a imagem, não a palavra. A imagem que é como a linguagem da ação mas que nem sempre conduz a ela. Atualmente, poderíamos dizer que a nossa função visual amplificou-se extraordinariamente. Estamos situados como espetadores num universo de imagens e ocorre que nem sempre a captação da imagem através da vista nos induz à ação. (Naval Duran, 1995, p.15).

Concluindo, os meios de comunicação são hoje poderosas ferramentas de informação, comunicação e até manipulação da sociedade, pelo que cabe a nós, professores, orientar os alunos no sentido de os ajudar a formarem-se enquanto cidadãos.

A iniciação dos professores aos mass media, mesmo se eles não os utilizam nas suas aulas, reconhece-se necessária, considerando que eles devem ao menos tentar integrar no seu ensino as noções dispersas recolhidas pelos seus alunos no quadro da escola paralela. Esta integração não se pode fazer eficazmente se os professores não tem eles mesmos, uma certa experiência dos media (Le Franc, 1974, p. 3)

“Queira-se ou não as pessoas aprendem massivamente dos média. O que é urgente saber é o que aprendem, como aprendem, e se não se poderia ajudá-los a aprender melhor” (Jacquinot, 1981, p. 23)

Imagem

Figura 1 – Imagem de um post no faceboock para realização de uma atividade na aula de língua  espanhola, Língua Estrangeira
Figura 2 – Notícia da imprensa espanhola

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