DE1>ARTA1\/JENIQDE CIENCIAS
DA
ADM1N1sTRAÇÃo
'SERVIÇO MILITAR
NO
63°
BATALHAO
DE
INFANTARIA
Uma
avaliação dos
reflexos junto
aos egressos
da
organização
,
EDILSON
cosTA
cUsTÓD1o
MÁRCIO
osMAR
cosTA
'
A
DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
DA
.ADMINISTRACAO
SERVIÇO MILITAR
NO
63°
BATALHÃO
DE
INFANTARIA
Uma
avaliação
dos
reflexos
junto aos egressos
da
organização
EDILSON
cosTA
cUsTÓD1o
MARCIO
OSMAR
COSTA
'Prof' Orientadora:
Eloise
Helena Livramento
DellagneloÁrea
de Concentração:Administração de Recursos
Humanos
Este trabalho de conclusão de Estágio foi apresentado e julgado perante a
Banca
Examinadora, que atribui a nota aos alunos Edilson Costa Custódio eMárcio
Osmar
Costa, na disciplina Estágio Supervisionado-
CAD
5236.Banca Examinadora:
Prof' Dra. Eloise
Helena Livramento
DellagneloPresidente
Prof. Mestre 'Gerson Rizzatti
Membro
_Prof. Mestre
Dante Marciano
GirardiDedicamos
este trabalho às nossas esposas (Janaíra e Rosélia) e aos nossos filhos(Enderson, Ianiele e Paulo Henrique) que nos incentivaram e suportaram a ausência
em
AGRADECE/[ENTOS
øA
Deus
por ter nos concedido a benção de integrarmos acomunidade acadêmica
eenfrentado as dificuldades
com
sucesso;OÀ
Professora Eloise, nossa orientadora,que
acatou nosso projeto de pesquisa, corrigindo-nos, orientando-nos e motivando-nos para a consecuçao de nossos objetivos,
com
muitoempenho
e atenção, características da excelente profissional que é;¢Ao
Sr.Cmt
do
63° Batalhão de Infantaria, CoronelAlmir
José Cavasotti,que
permitiu arealização desta pesquisa
sem
impor
restrições ao nosso trabalho, viabilizando sobremaneirao
acesso aos dados coletados;
0Aos
nossos chefes imediatos, Capitão Casali, Capitão Galvão, 1°Ten
Luiz Felipe, 1°Tenente
Claumann
e 1° Tenente Alexandre,que
durante esses quatros anos de estudosempre
nos apoiaram nas diversas solicitações apresentadas;
0
Aos
companheiros de trabalho e de estudo pela forçamútua
que nos impulsionou durante adificil e importante caminhada,
0
Aos
nossos pais que nos guiaram durante nossas vidas,dando
condiçõesque
nos permitiram o acesso ao ensino superior; 10
A
Marisa, queem
meio
as suas ocupações,sempre
dispensou parte de seutempo
na correção ortográfica e gramatical de nossos trabalhos.0
As
assistentes de administração lotadas na Secretariado
Colegiadodo Curso
deAdministração,
Angela
Olinda Dalri e IêdaMaria
Gevaud
Suzuki, pela solicitudena
prestação de informações e realização dos processos relacionados ao controle da nossa vidaacadêmica
desde a entrada na Universidade Federal de Santa Catarina, até o
momento
em
que
estamosprestes a concluir nosso curso, e
0
Por
fim
agradecemos a todos aquelas pessoas que diretaou
indiretamente contribuíram silentemente para a o nosso trabalho.APRESENTAÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso é o resultado de
umapesquisa
realizadano
Quartel
do
63° Batalhão de Infantaria, situadoem
Florianópolis-SC,com
a finalidade deavaliar os reflexos
da
prestaçãodo
Serviço Militarno comportamento
das pessoas.O
tema, Serviço Militar e comportamento, foi escolhido pelo desejo dos acadêmicosem
conhecer 0 grau de influênciado
treinamento realizado durante o anosde
prestação do Serviço Militar
no
comportamento
das pessoas.O
trabalho está estruturadoem
07
(sete) partes.A
primeira, contemplauma
introdução ao assunto, apresentando a organização militaronde
foi realizado o trabalho e ajustificativa
do
mesmo.
A
segunda parte, elenca os objetivos gerais e específicos propostosno
projeto de pesquisa'
A
terceira, apresenta o estadoda
literatura pertinente.A
quarta parte,mostra a metodologia empregada.
Na
quinta parte, faz-seuma
breve descriçãodo
processode
recrutamento, seleção e treinamento de pessoal realizados
no
63° Batalhão de Infantaria.A
sexta parte apresenta os assuntos trabalhados
no
treinamento realizado na organização,visando a
modelagem
do
novo
militar.Na
sétima e última parte, são apresentados osresultados da pesquisa realizada junto aos egressos da organização militar, que por ela
passaram
no
períodocompreendido
entre 1996 e 2000.i
O
estudo mostra que na organização estudada verifica-se a existência prática dos conceitos contidos na literatura existente, acercado
recrutamento, seleção e treinamento depessoal,
com
ressalvas para aspectoscomo
impressões e opiniões dos treinandos,no que
serefere à avaliação
do
treinamento realizado. Apresentaum
problema
observadono
sistema deseleção de pessoal que por causa
do método
empregado, muitas vezes incorpora pessoascom
baixo nível intelectual.Por
fim,
o estudo mostra que os dados levantados indicam que, sob aÓtica dos pesquisados,
houve
uma
significativamudança,
ocasionada pela interaçãocom
oLISTA
DE
QUADROS
E
FIGURAS
... .. ixLISTA
DE
TABELAS
... ..X
LISTA
DE
GRÁFICOS
... .. xiLISTA
DE ANEXOS
... ..xú
RESUMO
... .. xiii 1.INTRODUÇAO
... _. 1 1.1. Caracterização da organização ... .. 3 1.2. Delimitaçãodo
assunto ... ._ 3 1.3 . Justificativa ... .. 4 2.OBJETIVOS
... .. 5 2.1. Objetivo geral ... .. 5 2.2. Objetivos específicos ... ._ 5 3.REVISÃO
BIBLIOGRÁEICA
... .. ó 3.1. Administração de recursoshumanos
... .. 63.2. Planejamento de recursos
humanos
... .. 63.3. Recrutamento e seleção ... .. 7
3.4. Desenvolvimento e treinamento de pessoal ... .. 8
3.4.1. Necessidade de treinamento ... ._ 9 3.4.1.1. Análise organizacional ... .. 11
3.4.1.2. Análise das tarefas ... .. 11
3.4.1.3. Análise dos recursos
humanos
... .. 123.4.2. Planejamento ... .. 13
3.4.2.1. Modalidades de treinamento ... .. 13
3.4.2.2. Estabelecimento dos objetivos ... .. 14
3.4.2.3.
Conteúdo
... .. 153.4.2.4.
Métodos
... .. 153.4.3.
Execução do
treinamento ... ._ 16 3.4.4. Avaliação do treinamento ... .. 163.5.3.va1‹›res ... ... .. 21
3.5.4. Caráter ... ._
24
3.5.5. Hábitos ... ..25
3.5.6. Padrões de procedimento ... ..
26
3.5.7. Treinamento fisico militar ... ..
27
3.5.8. Atitude ... ._
28
4.METODOLOGIA
DO
TRABALHO
... ..29
4.1. Tipo de pesquisa ... ..
29
4.2. Técnica de coleta de dados ... ..
29
4.3. Determinação
do
universo investigado ... .. 3_0 4.4.Amostra
... .. 314.5. Técnica de análise de dados ... ..
32
4.6. Limitações da pesquisa ... ... .. 33
5.
CONTEXTUALIZAÇÃO
DA
oRGAN1zAÇÃo
... ... .. 356.
A
ORGANIZAÇÃO
E
A
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS
... _.38
6.1.A
organização e o planejamento de recursoshumanos
... .. 386.2.
A
organização e o recrutamento de recursoshumanos
... ..39
6.3.
A
organização e a seleção de recursoshumanos
... ..40
6.4.
A
organização e o treinamento de recursoshumanos
... ._ 41 6.4.1. Necessidade de treinamento de recursoshumanos
... .. 416.4.2. Planejamento ... .. 43
6.4.3. Modalidades de treinamento ... ..
44
6.4.4. Estabelecimento de objetivos e conteúdo ... .. 45
6.4.5. Estabelecimento de
métodos
... ._47
6.4.6.Execução do
treinamento ... ..47
6.4.7. Avaliação
do
treinamento ... ..48
6.5.
O
treinamento e asmudanças
comportamentais ... ._49
6.5.1. Cultura organizacional ... .. 506.5.2.
Comportamento
... .. 516.5.3. Valores ... .. 52
6.5.5. Treinamento fisico militar ... _. 55
6.5.6. Atitude ... _.
59
7.
RESULTADOS
DA
PESQUISA
... ._7.1. Perfil dos egressos ... _.
62
7.2. Voluntariedade e motivos para a prestação
do
serviço militar ... ._62
7.3. Influência da formação
do
caráter militar ... ._7.4. Influência da criação de hábitos adequados à vida militar ... ..
66
... ._
67
7.5. Influência dos padrões de procedimentos ... ._ 7.6. Influência dos conhecimentos indispensáveis ... ._68
7.7. Influênciado
treinamento fisico militar ... _. ... ..70
... .. 73 ... .. 74 s.CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... .. 75 9.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... .. 7.8.Imagem
da instituição ... _.7.9. Vantagens e desvantagens
do
serviço militar ... _.Figura 1: Desenvolvimento organizacional ... ..
O9
Figura 2: Diagnóstico de necessidades de treinamento ... .. 12
Quadro
1: Estratégias de avaliação ... .. 18Quadro
2: Distribuição anualdo
universo investigado ... ..30
Quadro
3:Exemplo
de objetivo individual de instrução ... ..46
Tabela l: Voluntariedade para o serviço militar ... ..
Tabela 2: Atributos da formação
do
caráter ... ..Tabela 3: Influência
no
uso de cigarros, drogas e álcool .... ..Tabela 4: Influência da criação de hábitos militares ... ..
Tabela 5: Influência dos padrões de procedimentos ... ..
Tabela 6: Influência dos conhecimentos indispensáveis .... ._
Tabela 7: Influência
do
treinamento fisico militar ... ..Tabela 8: Importância
do
Exército para o país ... _.Tabela 9: Importância
do
serviço militar ... ..Tabela 10: Correspondência às expectativas ... ..
Gráfico
1:Motivos
que influenciaram a voluntariedade ... ..Gráfico 2: Influência dos atributos da formação
do
caráter _.64
Gráfico
3: : Influênciano
uso de cigarros, drogas e álcool.... 65Gráfico 4: Influência da criação de hábitos militares ... ..
Gráfico
5: Influência dos padrões de procedimentos ... ..Gráfico
6: Influência dos conhecimentos indispensáveis .... ..69
Gráfico 7: Influência
do
treinamento fisico militar ... ..Gráfico 8: Importância
do
Exército ... _.Gráfico 9: Importância
do
serviço militar ... ..Gráfico 10: Correspondência às expectativas ... ..
Anexo
A: Caita ao pesquisado ... ..Anexo
B: Instruções para o preenchimentodo
questionárioA
RESUMO
A
pesquisa realizadabuscou
avaliar a influênciado
treinamento realizado durante o ano de prestação de Serviço Militar,no comportamento
das pessoas que serviram aoExército,
no
Quarteldo
63° Batalhão de Infantaria,no
período de 1996 à 2000. Verificou-seque o processo de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal realizado pela organização
está
em
conformidadecom
literatura existente sobre o assunto, ressalvadas as peculiaridadesespecíficas da organização militar.
Os
dados coletados junto aos egressos da organizaçãomostram
queum
percentual elevado de resewistasparecem
evidenciarque
o treinamento realizado exerceuuma
forte influpênciano comportamento
de cadaum.
O
homem,
impulsionado pelo seu instinto societário, desdeo
princípio de suaexistência, procurou realizar seus empreendimentos através
do
trabalhoem
conjunto, visandosempre atingir
um
objetivo especifico.Desde
então, sentiu a necessidade de coordenação dasatividades para concretização desse intento.
À
medida que
a população foi'aumentando
e no-vos empreendimentos
com
os mais diversificados objetivosforam
surgindo, o grau de comple- xidade dessa coordenação foi crescendo. Isso levou ohomem
a pensar na melhorforma
de conduzir cada ruo
e inicialmente 7 9 de formaem
írica ele foi 7 or anizando estes- ru os afim
V
7
de
vencer as dificuldades a resentadas.Um
lonflo D eríodo se assou até ue se conhecesseo
que hoje se
denomina
organização. Ballestero (1990, p. O3), cita que:“O
serhumano
é, por definição, gregário.Sua
unidade natural de existência é o grupo.Assim
sendo, as organiza-ções, vistas
como
grupos, existem desde que'ohomem
existe sobre a face da terra”.As
organizações,como
hodiernamente sao conhecidas,atuam
nos mais diversossetores da sociedade, produzindo,
vendendo ou doando
bens, serviços e idéias.O
sucesso decada
uma
em
relação aos seus objetivospode
ser observado pela eficácia de suas atividades.Na
execução dessas' atividades,uma
organização atuacomo
um
todo, integrandoum
conjuntode partes que interagem para a obtençao de
um
ceno
resultado. Isso remete ànoção
de sistemapara a visão
do
todo organizacional. Hersey&
Scott In: Hersey&
Blanchard (1986, p. O8),citam que:
'
“(...) precisamos reconhecer que
uma
organização éum
sistema composto de vários subsistemasinter-relacionados, dos quais o subsistema humano/social é apenas um, havendo ainda os subsis-
temas administrativo/estnitural, informativo/decisório e econômico/tecnológico.” -
Para
compor
o subsistema humano/social,ou
seja, obter os recursoshumanos,
as organizações desenvolvem os processos de recrutamento e seleção de pessoal que visam atrairpara si
novos
colaboradorese
escolher, entre eles, aqueles quepossuam
as caracteristicas exi-gidas para o
desempenho
das funçoes inerentes ao cargo que ocuparao, (Chiavenato, 1994, p.73-79). i
u‹
- Seja qual for o negócio
deuma
organização, .a sua realização passa antes de tudo,Mar-tins (1993, p. O3), ao discorrerem sobre a atividade animal, descrevem que este age instintiva-
mente
e que os instintos são “cegos”, pois ignoram a finalidadeda
própria ação. Continuandofazem
uma
comparação
e citam que:“O
ato humano voluntário,em
contrapartida, é consciente da finalidade, isto é, o ato existe antescomo pensamento, como
uma
possibilidade, e a execução é o resultado da escolha dos meios ne-cessários para atingir os fins propostos.”
Com
o entendimento de queno
exercício da administração executa-seum
trabalho,com
pessoasou
grupos, para a consecução dos objetivos propostosem
uma
organização e,que elas são responsáveis pela realização
do
negócio nasmesmas,
concluí-se que tais pessoasdeverão estar preparadas para
ocuparem
os cargos edesempenharem
as fiinçõesque
lhes cou-berem
em
qualquer organização. Para isso, as organizaçõesbuscam
dotar seus recursoshuma-
nos de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao
bom
desempenho
das atividadescorrentes, através
do
treinamento e desenvolvimento de pessoal.Ao
submeter as pessoas aoprocesso de treinamento, as organizações
passam
para elasum
conjunto de valores,normas
ehábitos que integram a cultura organizacional,
podendo
com
isso alterar e modelar o'com-
portamento e o caráter das pessoas.
Muitas vezes o
homem
procura entender e, ate'mesmo,
conhecer essas organiza-ções que ele
mesmo
criou, face à diversidade e complexidade que atingiram,bem como
a influ- ênciaque
elasexercem
na vida das pessoas que a integram.Com
essa orientação, ele dá inícioa
um
processoem
busca deum
conhecimento quepode
já estar registradoou
vir a criá-lo,com
base nos dados que levantará nessa sua investida. `
Existem organizações que
recmtam
e selecionam pessoas, -independentedo
desejodas
mesmas,
para integraremo
seu quadro de pessoal, estando elas já capacitadasou não
paraa realização de suas atividades.
Nesse
contexto estão inseridos o Exército, aMarinha
e aAe-
ronáutica, que, por força da Lei
do
Serviço Militar, recrutam e selecionam, anualmente, jovenspara
comporem
os seus efetivos variáveis..A
sistemática de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoaldas Forças armadas possui características peculiares e distintas
em
cadauma
das instituiçõessingulares que as
compõem,
as quais atraemou desmotivam
os jovens parao
ingresso nelas,face aos reflexos
que
advirão, assimcomo
vantagens e desvantagens quevenham
a oferecer,Face à situação apresentada, este trabalho visou avaliar os reflexos
do
treinamentorealizado durante a prestação
do
serviço militar inicial e obrigatório,no comportamento
daspessoas
que
serviramno
quarteldo
63° Batalhão de Infantaria,no
período de1996
a 2000,buscando levantar e relacionar a
imagem
que possuem
da organizaçãocom
esses reflexos.1.1. Caracterização
da
Organização
O
63° BI, situado naRua
General EuricoGaspar
Dutra, n° 831, Estreito, Florianó-polis, SC, está subordinado, na estrutura hierárquica
do
Exército, à 14° Brigada de InfantariaMotorizada, situada
em
Florianópolis-SC e, seguindo a cadeiade
comando
militar, à 5°Região
Militar/Divisão de Exército,
com
sedeem
Curitiba-PR, aoComando
Militardo
Sul, sediadoem
Porto Alegre-RS e aoComando
do
Exército,com
Quartel General situadoem
Brasília -DF.
Tem
sua origemno Regimento do
Moura,
unidade vinda de Portugalem
1767, para lutarnas batalhas ocorridas
no
Suldo
Brasil naquela época. Sofreu diversas transformações etransferências até que
em
1919, jádenominado
14° Batalhão de Caçadores,chegou
à. cidade deFlorianópolis,
onde ocupou
as instalaçõesdo
entaoCampo
de Manejo, atual áreado
InstitutoEstadual de Educação.
Em
1936 passou a ocupar as atuais instalações eem
1973 foitransfor-/
mado
em
63° Batalhão de Infantaria.Recebeu
adenominação
histórica de BatalhãoFernando
Machado,
em
1986,em
homenagem
ao Coronel.Femando
Machado,
catarinense,que
tevedestacada atuação na Guerra
do
Paraguai,comandando
a 5° Brigada de Infantaria.A
unidadecontribui na estrutura
do
Exército, que éuma
instituição nacional, permanente e regular, orga-nizada
com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridadesuprema do
Presidente daRe-
pública, dentro dos limites
da
lei, na consecução da Politica de Segurança Nacional e destina-se à defesa da Pátria e a garantia dos poderes constituídos, da lei e da ordem.
1.2. Delimitação
do Assunto
Avaliação dos reflexos
do
treinamento realizado durante a prestaçãodo
serviçomilitar inicial e obrigatório,
no comportamento
das pessoas que serviramno
quarteldo
63°Batalhão de Infantaria, Organização Militar
do
Exército Brasileiro, localizada na cidade de Florianópolis-SC,no
período de 1996 a 2000, buscando levantar e relacionar a imagem-que
1.3. Justificativa
O
serviço militar é obrigatório nos termos da lei,conforme
consta na CartaMagna
da República Federativa
do
Brasil.A
imperiosidade da lei força jovens, voluntáriaou
involun-tariamente, a se apresentarem para a prestação
do
serviço militar,no
anoem
quecompletam
18 anos. Anualmente,
ouvem-se no
quartel os argumentos dos alistadosou
de seus familiares,uns desejando o ingresso na vida castrense, outros envidando esforços para evitarem a incor-
poração, alegando conseqüências diversas que adviriam
do
ingresso nas Forças Armadas.Face
a imparcialidade existente
no
sistema de recrutamento e seleção, ingressam na organização jovens de todos os credos e níveis sociais,com
seus valores e objetivos.Passam
duranteum
ano porum
treinamento específico que lhesdotam
de conhecimentos, habilidades e atitudes, afim
de estarem capacitados para odesempenho
das funções castrenses.Com
isso, entramem
contato
com
um
conjunto de valores,normas
e hábitos, típicos da cultura da organizaçao mili-tar, que
pode
influenciar ocomportamento
dessas pessoas, atémesmo
quando
játenham
retor-nado
à vida civil.Surgiu,
em
função dessas circunstâncias, o desejo de se conhecer os reflexosdo
treinamento realizado durante a
passagem
pela caserna,no comportamento
das pessoasque
foram selecionadas para a prestação
do
serviço militar,bem como
identificar aimagem
que
possuem
da organização e estabeleceruma
relação entre estaimagem
e os reflexos levantados.Nesse
sentido, este trabalho assumiuuma
importância prática pela possibilidade de vir afome-
cer dados que
pudessem
alicerçarum
novo
conhecimentono
âmbito da organizaçãoou
ratifi-car a
manutenção do
seu sistema atual de recrutamento, seleção e principalmente, «treinamentode pessoal. -
Dado
ocunho
acadêmico de sua realização, ele foi de extrema importânciana
me-
dida
em
que permitiu aos alunos pesquisadores revisar a teorias referentes aotema
em
estudo eadquirir habilidades e conhecimentos
no
campo
da pesquisa científica, voltados para o curso deadministração,
em
particular na área de recursos humanos.Este trabalho, se tornou viável pela conjugação
do tempo
de estudo didático dis-ponível
com
o estágio desenvolvido paralelamente aomesmo,
duranteum
período de quatro meses,bem como
pelo direcionamentodado
pela docente orientadorado
estágio,no
qual estetrabalho foi objeto de avaliação, pelo acesso ao material bibliográfico e dados existentes, alia-
2.1. Objetivo geral
Avaliar os reflexos
do
treinamento realizado durante a prestaçãodo
serviço militarinicial e obrigatório,
no comportamento
das pessoas que serviramno
quarteldo
63° Batalhãode Infantaria, Organização Militar
do
Exército Brasileiro, localizada na cidade de Florianópo-lis-SC,
no
período de 1996 a 2000, buscando levantar e relacionar aimagem
quepossuem da
organizaçao
com
esses reflexos.2.2. Objetivos específicos
2.2.1. Levantar o perfil das pessoas
que
prestaram o serviço militarno
63° BI,no
período de1996 a 2000,
2.2.2. Levantar os motivos que levaram as pessoas a serem voluntárias
ou
não, para a presta-ção
do
serviço militar,2.2.3. Avaliar a influência da formação
do
caráter militar de soldado,no comportamento
dosegressos,
2.2.4. Avaliar a influência da criação de hábitos adequados à vidaimilitar,
no comportamento
dos egressos;
2.2.5. Avaliar a influência dos padrões de procedimentos adequados à vida militar,
no
com-
portamento dos egressos;
2.2.6. Avaliar a influência dos conhecimentos básicos indispensáveis ao soldado,
no compor-
tamento dos egressos;
2.2.7. Avaliar a influência
do
treinamento fisico militarno comportamento
dos egressos;2.2.8. Verificar a relação existente entre a
imagem
quepossuem
da organizaçãocom
a avalia-çao dos reflexos observados;
2.2.9. Levantar sob a Ótica das pessoas que serviram, quais
foram
as vantagens e desvantagens3.1.
Administração de
recursoshumanos
O
desenvolvimento das atividades nas diversas áreas deuma
organização ocorre, na maioria dos casos, simultaneamente e deforma
integrada, corroborando a sua característicasistêmica.
Conforme
apontado na introduçao,uma
organização écomposta
de diversos sub-sistemas, que são dinamizados pelo trabalho das pessoas que os constituem, as quais integram
o subsistema humano-social, que faz parte
do
todo organizacional.A
condução
das atividades concernentes ao subsistema, de pessoal, pressupõeo
desenvolvimento de
um
bom
planejamento,como
incumbência deum
administradorno desem-
penho
de suas funçõesem
uma
empresa. Faz-se referência aqui à síntese das funções adminis-trativas de Planejar, organizar, controlar,
comandar
e controlar, voltadas para os recursos hu-manos
da organização. Depreende-se que o exercício da administração de recursoshumanos
será
bem
sucedido,quando
bem
planejado.Assim
sendo, cabe fazeruma
breve explanaçãoacerca
do
planejamento de recursos humanos.-`
3.2.
Planejamento de
recursoshumanos
Planejar enseja,
em
um
primeiromomento,
a idéia de previsão, de preocupaçãocom
o futuro.No
que se refere aos recursoshumanos,
o planejamento busca dadosque
per-mitam
infen`r e estudar a carência de pessoal na organização,bem como
o desenvolvimento deuma
sistemática que possibilite o suprimento das necessidades levantadas.Lucena
(1995, p.84) esclarece que:
“PLANEJAMENTO DE
RECURSOS
HUMANOS
compreende o processo gerencial de identifi-cação e análise das necessidades organizacionais de Recursos Humanos e 0 conseqüente desen-
volvimento de políticas, programas, sistemas e atividades que satisfaçam essas necessidades, a
curto, médio e longo prazos, tendo
em
vista assegurar a realização das estratégias do negócio, dosPrincípio análogo de qualquer outra atividade,
no
planejamento de recursoshuma-
nos, existem alguns
componentes
básicos,que permitem
uma
estruturação consistente para asua elaboração.
Com
essa orientaçãoLucena
(1995, p. 97),enumera
quatro itens básicos:o “Planejamentoorganizacional;
o Estrutura e descriçoes de cargos;
0 Cargos-chaves e cargos críticos;
o Linha de sucessão; e
0 Perfil Profissional”.
Deve-se ter
em
mente, diante da estruturação apresentada, queo
planejamentode
recursos
humanos
envolve diversas atividades.Conforme
a definição de GeislerApud
Kwasni-
cka (1995, p. 147), entende-se
o
planejamentocomo
sendo o “processo, incluindo previsão,desenvolvimento, implantação e controle, pelo qual a empresa assegura ter o
número
e o tipocerto de funcionários
no
lugar certo, na hora certa, e fazendo coisas para as quais eles são eco-nomicamente
viáveis”. -3.3.
Recrutamento
e seleçãoEstando todo o planejamento de recursos
humanos
desenvolvido e consolidado, segue-se a buscado componente humano,
que vai suprir as necessidades de pessoalda
organi- zação, paracompor
o seu subsistema humano-social.Chiavenato (1994, p. 73), entende “por recrutamento todos os esforços
da
empre-sa
em
trazer para sinovos
colaboradores. (...). Assim, trata-se deuma
ação convidativa e alici-adora
no
sentido de atrair as pessoas e estimula-las a ingressarna
organização”. Para isso asorganizações utilizam-se de diversas técnicas
como:
- Consulta aos arquivos de candidatos;
- Apresentação de candidatos por parte de funcionários;
-
Quadro
de aviso na portaria;- Contato
com
escolas e universidades; - Anúnciosem
jornais e revistas; e- Agências de recrutamento
ou
empresas de consultoriaem
procura de recursosUma
vez recrutados os candidatos, realiza-seuma
pré-seleção dosmesmos,
deno-minada
triagem inicial, visando reduzir onúmero
de candidatos, afim
de ficarem, apenas,aqueles que realmente apresentam melhores condições de sucesso e
que preencham
omínimo
de qualificações estipuladas
no
recrutamento (Chiavenato, 1994, p. 77).A
seleção consistena
escolhado
candidatoque
melhor preencha os requisitos exi-gidos, para o cargo a ser ocupado. -
Chiavenato (1994. p. 78),
afirma
que:“A
seleção implicauma
comparação
euma
escolha.
Comparação
entre as características de cada candidatocom
o padrão de referênciaque são as especificações
do
cargo”.Na
fase de seleção, os candidatos recrutados e pré-selecionados são submetidos aum
processo,em
que se utilizam técnicas para escolher aquele que melhor atenda às necessi-dades da organização.
Chiavenato (1994, p. 79),
afirma
que:“A
seleção de pessoal é basicamente comparativa e restritiva. Ela se utiliza de técnicas de sele-ção.
A
aplicação dessas técnicas se faz através de diversas fases, conforme a complexidade docargo a ser preenchido. Cada fase ftmciona como
um
filtro seletor que gradativamente vai afinan-do as peneiras até chegar a
uma
sintonia finaem
relação aos candidatos”.3.4.
Desenvolvimento
etreinamento de
pessoalHá
diversas definições sobre desenvolvimento e treinamento de pessoal,mas
pou-cos sao os autores que apresentam
uma
distinção entreambos
os tennos. Pode-se observarque
varios autores consideram o desenvolvimento
como
um
tipo diferente de treinamento, .Entre as diversas definições encontradas, a que parece mais adequada e
que
dife-rencia treinamento de desenvolvimento, é a apresentada por Chiavenato (1994, p. 87):
“Desenvolvimento é a capacidade de aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos e
modificar atitudes e comportamentos.
É
uma
aptidão que permiteuma
formidável ampliação dacompetência profissional de cada pessoa. Essa aptidão para o desenvolvimento pode e deve ser
incrementada para o proveito de ambas as partes: as pessoas e a empresa.
O
treinamento faz partedo desenvolvimento das pessoas.
Em
outras palavras, 0 treinamento éum
aspecto específico dodesenvolvimento pessoal. Este por seu lado, é
um
aspecto específico do desenvolvimento organi-Figura
1:Desenvolvimento
organizacional _ _, ç `DESENVOLVIMENTO..
Treinamento 'Desenvolvimento>Pessoal ' ,ORGANIZACIONAL
~ Fonte: Chiavenato, 1994.O
desenvolvimentodo
processo de treinamento se desdobraem
quatro fases dis-tintas: levantamento das necessidades de treinamento, planejamento, execução
ou
aplicaçãodo
treinamento e avaliação (Gil, 1994). ›3.4.1. Necessidades
de treinamento
O
levantamento de necessidades de treinamento éuma
etapa precursorado
proces- so de treinamento, na qual será realizadoum
estudoda
situação, abrangendo três níveis deanálises. Gil (1994, p. 64),
denomina
esse levantamento de Diagnóstico de Necessidades deTreinamento
(DNT),
Carvalho&
Nascimento
(1993, p. 157),empregam
a expressão Pesquisa de Necessidade de Treinamento e Chiavenato (1992, p. 127), tratacomo
Levantamento
das Necessidades de Treinamento.O
títulonão
importa muito, o interessante é identificarque
to-dos são unânimes
em
destacar o levantamentocomo
etapa inicialdo
processo.Quanto
aos níveis de análises,também
há algumas variações entre os autores.Para Gil:
“O
DNT
é concebido comouma
pesquisa que se desenvolveem
três níveis:- Análise Organizacional: consiste na identificação dos níveis de eficiência e eficácia da orga-
nização, a
fim
de determinar as formas de treinamento que poderão contribuir para--sua ele-vação;
- Análise das Tarefas: consiste na identificação das atividades que compõem as tarefas
bem
como dos requisitos pessoais necessários para seu desempenho eficaz;
l
- Análise dos Recursos Humanos: consiste na identificação, jtmto aos empregados, dos níveis
de conhecimento, habilidades e atitudes requeridas para a execução das tarefas que execu-
Para Carvalho
&
Nascimento
(1993):P
“é
um
diagnóstico, o mais amplo possível, de três áreas decisivas a saber:- Análise da Empresa: indicação de segmentos organizacionais onde o treinamento se faz ne-
, .
cessarro;
- Análise das Tarefas: identificação de como deve ser executado o trabalho pelo empregado;
- Analise do Comportamento: caracterização das habilidades, conhecimentos e atitudes neces-
sários para o empregado exercer suas funções.”
Para Chiavenato (1992):
“O
levantamento das necessidades de treinamento pode ser efetuadoem
três diferentes níveis deanálise:
l. Análise da Organização: Objetivos Organizacionais e Filosofia de Treinamento;
2. Análise dos Recursos Humanos: Analise da Força de Trabalho (Análise das Pessoas);
3. Análise das Operações e Tarefas: Análise das Habilidades, Capacidades, Atitudes, Compor-
tamentos e Caracteristicas pessoais exigidos pelos cargos (Análise dos cargos);”
Cada
autor colocaum
detalhe diferente na estratificaçao dos-níveis de análises.Portanto, é interessante observar
que
um
diagnóstico éuma
atividade que, utilizando-sedo
conhecimento empírico, conjugado a
uma
orientação sistemáticaem
busca da verdade, pennitea
um
analista visualizar melhoruma
empresa, conseguindo entãoum
ponto de partida paraapresentar soluções convenientes aos problemas levantados.
Segundo Coopers
&
Lybrand
(1996, p. 119), “a realização
do
diagnóstico partedo
pressuposto de que qualquer visãoda
organização será necessariamente parcial e
que
é preciso usaruma
metodologia estruturada esomar
diferentes visões para retratar convenientemente o objeto de análise.” Essa afirmaçãocabe
também
para qualquer subsistema, salientando-se queconforme
o ponto de vistado
qualse observa 0 sistema, poder-se-á obter
uma
conclusão distinta.Segundo
nosso parecer, a divisão mais adequada é a proposta por Gil' (1994, p. 64-65),
uma
vez que ela engloba todas as outras proposições, aliado ao fato de que a divisão deCarvalho
&
Nascimento
(1993), ao deixar de empregar o termo organização, está restringindo,no
sentido literal, a abrangência da administração de recursoshumanos
para qualquer tipo de3.4.1.1. Análise organizacional
A
análisedo
sistema organizacionaltem
diversos objetivos, destacando-se a identi-ficação das áreas
em
que o treinamento se torna necessário.A
abrangênciademanda
uma
gama
enorme
de informações,sem
que hajauma
forma
padronizada para obtenção dessas informa-ções. Para melhor
compreensão
Gil (1994), apresenta o seguinte roteirocomo
exemplo:“Identificação da Organização; Estrutura Organizacional; Planejamento; Produção; Vendas; Potencial econômico-financeiro: Recursos Humanos; Imagem da Empresa; Clima Organizacional”.
Coletando dados sobre estes tópicos e efetuando-se
uma
análise acurada dosmesmos,
pode-se diagnosticar certas necessidades de treinamento. Assim, pode-se listar algunsdados que indicarão a necessidade de treinamento:
planos de expansão da empresa
ou
de seus serviços;mudança
de tecnologia e processos de trabalho;baixa produtividade;
qualidade inadequada da produção; elevado
números
de acidentes;excesso de queixas etc.
3.4.1.2. Análise das tarefas
A
principal finalidadedo
treinamento é capacitar as pessoas para odesempenho
das atribuições de seus cargos, que por sua vez são constituídos de tarefas.
Um
estudo destastarefas possibilita determinar o comportamento, o conhecimento, as habilidades e as atividades
Conforme
Gil (1994, p. 67), a análise das tarefasdemanda
os seguintes dados:a) identificação das atividades que
compõem
a tarefa;b) identificação das responsabilidades
do
executante da tarefa; c) identificação das condições de trabalho e riscos; ed) conhecimento, habilidades e atitudes requeridas.
Entre os diversos existentes, segundo Gil (1994, p. 67), os seguintes
métodos
po-dem
ser utilizados para obtenção dos dados:a) Questionário;
b) Entrevista;
c) Observação;
d) Discussão
em
Grupo.Obtidos os dados, passa-se à validação dos
mesmos
e a conseguinte descriçãoda
tarefa, de maneira
bem
resumida.3.4.1.3. Análise dos recursos
humanos
Este nível de análise visa aquilatar o grau de conhecimento, habilidades e atitudes
requeridas para o
desempenho
das tarefas, que os recursoshumanos
da organização possuem. Assim, ao confrontar-se o padrão exigido para o desempenho,com
oque
existena
organiza-ção, obter-se-á a necessidade de treinamento dos recursos
humanos,
quepode
ser assim visua-lizada, de acordo
com
Gil (1994, p. 68): ~Figura
2: Diagnósticode
necessidadesde treinamento
Análise dos
Recursos
Análise das Tarefas
Humanos
_
Necessidadesde
Conhecimentos
"
Conhecimentos_
Treinamento
Habilidades e Habilidadese
Atitudes Requeridas Atitudes Disponíveis
Diversos meios
como:
entrevistas, questionários, testes, simulações etc,podem
serutilizados para a análise dos recursos
humanos,
porém
a observação é o mais efetivo.Apesar da apresentação da
comparação
acima, não sepode
efetivamente concluirque a diferença observada nessa
comparação
éum
indicador de necessidade de treinamento,pois existem outros fatores determinantes para essa diferença: seleção inadequada, politica de
pessoal, etc,
conforme
Gil (1994, p. 69).O
trabalhadorpode
superar as expectativas, pois seus conhecimentos, habilidades eatitudes, poderão ir além dos requeridos pelo cargo. Nesses casos não se identificará necessi-
dade de treinamento.
3.4.2.
Planejamento
Realizado todo o levantamento das necessidades, segue-se o planejamento das ati- vidades de treinamento. Gil (1994), aponta que essa fase visa proporcionar o desencadeamento das ações
que
serão necessárias para se atingir os objetivos.No
planejamento são elaborados alguns documentos, dos quais, os mais importantes para ele, são o plano e o projeto.O
primei-._
ro é de natureza mais pedagógica, indicando as ações a serem desenvolvidas para efetivação
do
treinamento.
O
segundo é predominantemente administrativo, esclarecendo os meios necessá- rios.O
projeto de treinamento, demodo
geral, abrange os seguintes conjuntos de da-dos: identificação, objetivos, justificativa, população-alvo, conteúdo, carga horária, periodo de
realização, local,
número
de turmas, instrutores, materiais e equipamentos, custos e apoio ad-ministrativo.
O
plano abrange: identificação, objetivos gerais e específicos; conteúdo 'programá-tico; estratégias de ensino, recursos instrucionais; avaliação; e carga horária.
3.4.2.1.
Modalidades de
treinamento:Gil (1994), classifica o treinamento segundo a clientela, finalidade,
momento
e lo-cal.
a)
Quanto
à
clientela- desenvolvimento gerencial
ou
de executivos: voltados para osempregados
de- treinamento técnico: voltado aos
empregados que
ocupam
cargos de naturezatécnica, tanto de nível
médio
como
superior; -- treinamento administrativo: clientela constituída por pessoal de escritório;
- treinamento técnico-administrativo: pessoal de escritório
com
nível superior;- treinamento operacional: para pessoal da área de
produção
b)
Quanto
à
finalidade- voltado
para
o
conteúdo: enfatiza a aquisição de conhecimentos;- voltado
para o
processo:mudança
de atitudes e o desenvolvimento das rela-ções interpessoais;
- mistos: voltados tanto para o processo, quanto para o conteúdo.
c)
Quanto ao
momento
- antes
do
ingressona
organização: treinamento de integração, apresentando ahistória e produtos da empresa, direitos e deveres dos empregados;
- depois
do
ingressona
organização: treinamentoprogramado
em
fimção
dasnecessidades detectadas.
ci?
Quanto ao
local- treinamento
no
local de trabalho: ministrado por supervisoresou
por outrosfuncionários da empresa;
- treinamento
fora do
local de trabalho: ministrado por instrutoresou
monito-res,
em
instalações específicas, dentroou
fora da empresa.3.4.2.2. Estabelecimento dos objetivos
Como em
qualquer plano administrativo,no
treinamento, há a necessidade de seformular objetivos.
Os
objetivostêm
uma
caracteristica terminal, poisdefine
aquiloque
o trei-nando
deverá ser capaz de fazer, evidenciarou
conhecer após o treinamento. Tais objetivos,' i
estágio final de
um
curso, apontando aquilo que se esperado
treinandoem
cada fasedo
trei-namento.
V
Os
objetivosdevem
serbem
claros, construídoscom
frasesque contenham
verbosque expressem
bem
ocomportamento
esperado das pessoas que passaram pelo treinamento.Os
objetivospodem
referir-se a:- conhecimentos:
abrangem
o desenvolvimento de capacidades intelectuais;- habilidades: estimulam as atividades de natureza neuromuscular;
- atitudes: disposição para agir
em
relação a determinado objeto, pessoaou
situ-ação. Tais objetivos são mais dificeis de se concretizarem e
costumam
aparecercom
menos
freqüência nos planos de treinamento.
Em
instituiçõesque procuram
modelar o comporta-mento
das pessoas,como
nas forças armadas, elesaparecem
com
mais freqüência, por fazeremparte
do
cotidiano da organização.São
muito importantes nos cursos de relações interpessoais,comunicação, liderança, técnicas de chefia etc, (Gil, 1994, p. 74).
3.4.2.3.
Conteúdo
O
conteúdo deum
plano de treinamento deve procurar a adequação às caracterís-ticas dos treinandos, visando compatibilizar as dificuldades de aprendizagem e motivação. As-
sim para que sejam úteis e sintonizados
com
os objetivos, precisam ter: validade; significação;flexibilidade; utilidade, adequaçao ao nível dos treinandos, e
tempo
exeqüível, (Gil, 1994, p.74-75). z
3.4.2.4.
Métodos
De
acordocom
Chiavenato (1990, p. 51), Gil (1994, p. 76), existem diversosmé-
todos utilizadosno
processo de ensino aprendizagem, dos quaispode
se destacar:- Exposição:
Muito
utilizado para a transmissão de conhecimentos a grande nú-mero
de pessoas;-‹ Discussão
em
Grupo:
Permite a reflexão sobre determinados assuntos;-
Estudo
de Caso:Mais
utilizados para apresentar situaçõesque
podem
ocorrerno
trabalho, permitindo ao instruendoum
contatocom
um
casoque
lhe forçaráa analisar a situaçao e tomar
uma
decisao.3.4.3.
Execução do
treinamento:Seguindo o planejamento previsto, o treinamento entrará
em
atividade, contudo asua efetiva execução requer
uma
série de providências, apresentada por Gil (1994, p. 78), taiscomo:
a) Qualificação dos instrutores: os instrutores deverão possuir certas caracteristi-
cas pessoais,
como:
facilidadeno
relacionamento, interesse pelo assunto, fluência na comuni-cação, capacidade de observação, tato etc.
O
instrutor éum
elemento quepode
pôr todo o processoem
risco,conforme
a falta de adequação das suas características.b) Seleção dos treinandos: deve-se observar as aptidões e interesses dos treinan-
dos, organizando-os
em
turmas que apresentemuma
homogeneidade.c) Qualidade
do
material, equipamento e instalações.d)
Apoio
administrativo: através de coordenaçao, disponibilizaçao de material etc.e)
Cooperação
da
direçãoda
empresa.3.4.4. Avaliação
do treinamento
Avaliação
do
treinamento é “qualquer tentativano
sentido de obter informações sobre os efeitos deum
programa
de treinamento e para determinar o valordo
treinamento àluz dessas informações”.
Hamblin
Apud
Gil (1994).A
avaliaçãodo
treinamento envolveuma
ou
mais pesquisas complexas, muitas ve-zes esquecidas, que
devem
ser feitas antes, durante e depoisdo
treinamento.É
a únicafonna
de saber se o treinamento atingiu seus objetivos.
Conforme
Gil (1994, 78-81), existem os seguintes tipos de avaliação de treina-mento:
a) Avaliação
de
reações: Avalia as impressões, opiniões e atitudesdo
treinando durante eapóso
treinamento.Os
métodos
utilizados para esta avaliação são questionárioscom
os alunos, depoimentos e observaçãodo
instrutor.b) Avaliação de aprendizagem' Esta avaliação abrange três áreas de aprendiza-
gem: aquisição de
novos
conhecimentos, aprimoramento de habilidades e desenvolvimento deatitudes.
- Avaliação
do
nível de conhecimentos:A
forma
de avaliaçãopode
ser por tes-tes objetivos
ou
de questões abertas.- Avaliação de habilidades:
Ao
analisar as habilidadesdo
treinando, o conheci-mento
também
vai sendo analisado, pois serve para a aquisição de habilidades. Esta avaliaçãopode
ser feita durante o treinamentoou
na experiênciado
dia-a-dia de trabalho.As
técnicas deavaliação são os exercicios práticos e a observação
do
treinandono
cargo.- Avaliação de atitudes:
A
avaliação de atitudes é bastante complexa, pois a ri-gor, as atitudes estão na
mente
das pessoas e nãono
seucomportamento
observável.As
prin-l~~
~ ~cipais técnicas para esta ava iaçao sao: observaçao direta, dramatizaçao, escalas de atitudes e
auto-relatórios. '
c) Avaliação
do
resultado:Tem
por objetivo verificarem
quemedida
o treina-mento provocou
asmudanças
pretendidas pela organização.Outra classificação dos tipos de avaliação
do
treinamento é a de Davies (1976).Segundo
o autor a estratégia de avaliação depende dos objetivosdo
treinamento. Estespodem
ser de três tipos: cognitivo, afetivo e psicomotor.
Dornínio cognitivo:
pode
sercomparado
à. aprendizagem,ou
seja, recordação ecompreensão
de conhecimento ecom
habilidades intelectuais (respostas).Dominio
afetivo: está relacionadocom
os interesses, atitudes, valores e avaliações.Domínio
psicomotor: está relacionadocom
habilidades manuais.No
quadro 1, apresentado na página seguinte,podem
ser vistas as estratégias utili-zadas
em
cada objetivo.3.5.
O
treinamento
e asmudanças
comportamentais
De
acordocom
0 que já foi apresentado, o treinamento é desenvolvido para atender necessidades, medianteum
planejamento que estabelece objetivos a serem atingidos, impli-car-go que venha
a ocuparem
uma
organização.A
passagem
pelo treinamento fazcom
que
o
trei-nando
estabeleçaum
contatocom
a cultura da organização. Assim, ele é influenciado pelosvalores, costumes, tecnologia,
nonnas
entre outros aspectos que integram a cultura organiza-cional, os quais alteram o seu comportamento,
conforme
o grau de interaçãocom
o meio
em
que
se encontra.Quadro
1: Estratégiasde
avaliação‹oBJEr1vos
.ESTRATÉGIAS
DEAVALIAÇÃO
Cognitivo ~ Testes de realização adequadamente elaborados, aplicados antes e depois da instrução.
V `
Relatórios eensaios..
'A Questionários de auto avaliação.
Questionários de avaliação do curso.
'
Questionários de atitudes e personalidade..
Áfetivo íMedidas de comportamento, tais como:
'
. - '
O
númerode livros .retiradosda Biblioteca. .- Audiência .de discos; desistências.
- Observação por outros das habilidades-sociais.
- .Escalas-deavaliação.
- Listas z de-verificação -do comportamentoz-
'
.. , Testes de desempenhorde cargorvelocidade e;precisão;
Psicomotor . _ . 'Observaçãopor outros.
«
. _ 'Escalas de avaliação. A'
'iListas de verificaçãoído.comportamento.
Fonte: Davies, 1976.
Para compreender essas alterações torna-se necessário conhecer os fatores
que
contribuem para que elas ocorram.
- Alves
(1997, p. 4), mostra que “cada realidade cultural
tem
a sua própria lógica intema, a qualdevemos
procurar conhecer paraque
nosfaçam
sentido as práticas, concepções3.5.1.
Cultura
organizacionalConforme
Ribeiro (1993, p. 56):“Cultura é
uma
realidade singular. Quando se fala da “cultura deum
povo” está-se referindo à suamaneira de pensar e viver; seus usos, costumes, crenças, atitudes, rituais, etc. Enquanto entendido
desta forma, o conceito de cultura é igualmente utilizado para demarcar o conjunto de caracterís-
ticas singulares de detenninado agrupamento social.
Uma
organização, enquanto agrupamentosocial, também tem sua cultura”.
Ao
passar porum
treinamento, a pessoa travaum
contatocom
a culturada
organi- zaçãoem
que se encontra. Através dele, a pessoa adquire conhecimento, habilidades e desen-volve atitudes compatíveis
com
o meio, deparando-secom
os aspectos fisicos e abstratos dessacultura.
No
que se refere à materialidade de seus aspectos, Oliveira (1994, p. 75), esclareceque:
“Toda cultura tem
um
aspecto material e outro não-material.A
cultura material consisteem
todo tipo de utensílios, ferramentas, instrumentos, máquinas etc.utilizados por
um
grupo social. (...)A
cultura não material abrange todos os aspectos não-materiais da sociedade, tais como: regras morais, religião, costumes, ideologia, ciências, artes
etc.”
A
interaçao cultural proporcionada pelo treinamento possibilita outras formas deinterpretação,
bem como
amudança
de atitudes e comportamentos. Issofica
evidenciadocom
o pensamento de Alves (1997, p. 4), acerca dos efeitos culturais de
uma
organização,que
apresenta o seguinte:“A
cultura age como padrões organizados de pensamento, comoum
quadro de referências, cujosefeitos são, entre outros:
0 Canalizar apercepção e a interpretação de experiências;
ø Definir a idéia que a empresa tem de si própria;
0 Estruturar e orientar os comportamentos desejados no trabalho.,
0 Explicitar os modos pelos quais os negócios são conduzidos;
0 Indicar respostas às questões de integração e de relacionamentos internos, facilitando aos lide-
res e seguidores, chefes e subordinados a conviverern de maneira mais harmoniosa;
0 Criar padrões de interação entre os membros da empresa, propiciando
um
melhor equilibriodo sistema social;
ó Fornecer as perspectivas para lidar com os problemas e necessidades de adaptação externa ou
ambiental.”
De
acordocom
a literatura apresentada, a cultura organizacional exerce papel im- portantena
mudança
decomportamento
das pessoas.3.5.2.
Comportamento
O
comportamento
deuma
pessoa é influenciado por seus objetivos e necessidades,sendo de dificil análise e avaliação, pelo fato de se basear na personalidade de cada individuo.
Segundo
Hersey&
Blanchard (1986, p. 17):“O
comportamento orienta-se basicamente para a consecução de objetivos.Em
outras palavras,nosso comportamento geralmente émotivado pelo desejo de alcançar algum objetivo.
Nem
sem-pre as pessoas têm consciência dos seus objetivos.”
"O
compoitamentol organizacional é o estudo e aplicaçãodo
conhecimento sobrecomo
as pessoasagem
nas organizações.Os
elementos-chave são pessoas, estrutura, tecnolq-gia e ambiente externo.
Os
conceitos fundamentais decomportamento
organizacional relacio-nam-se
com
a natureza das pessoas (diferenças individuais,comportamento
motivado e valorda pessoa) e à holística
do comportamento
organizacional.Em
uma
organização, ocomportamento
de seus integrantes teraum
padrão prees-tabelecido por seus dirigentes, de acordo
com
suas normas, regulamentos, atividades e objeti-vos,
havendo
por partedo
superiorum
certo poder para que ocomportamento do
subordina-do
atenda às expectativas da organização.1
Segundo
Hersey&
Blanchard (1986, p. 18):f“A unidade básica do comportamento é a atividade. Todo comportamento compõe-se de
uma
sériede atividades.
Como
seres humanos, estamos sempre fazendo alguma coisa: andando, conversan-do, comendo, domnndo, trabalhando etc.
Em
muitos casos realizamos mais deuma
atividade si-multaneamente - por exemplo, conversar com alguém enquanto andamos ou dirigimos o carro.
A
qualquer momento podemos decidirpassar de
uma
atividade ou conjunto de atividades para ou-tra.”
i
Na
organizaçao militar, ocomportamento
de seus integrantes é padronizado paraas mais diversas situações, constando as suas características
em
normas
e regulamentos, sendoele,
em
funçãodo
seu procedimento civil e militar, sempre sob o ponto de Vistada
disciplina.Caso
ocomportamento
deum
militar nao corresponda aos padroes exigidos, ele sofrerá asdevidas sanções disciplinares, de acordo
com
o prescritono Regulamento
Disciplinardo
Exér-cito, que
tem
a finalidade de especificar as transgressões disciplinares e estabelecernormas
relativas às punições disciplinares,
comportamento
militar das praças, recursos e recompensas.3.5.3. Valores
O
conceito de valorpode
contemplar diferentes definiçoes conforme oramo
do
conhecimento estudado,
podendo
ser vistodo
ponto de vista econômico, filosófico, sociológi-co, entre outros.
De
maneira geral, as pessoasemitem
juízos de valor acerca de algo,conforme
a sua atração
ou
repulsa por ele. Esse sentimentopode
ser avaliado de acordocom
a utilidade,a beleza, a
bondade ou
conforme outros atributos contidos naquiloque
está sendo*valorado,envolvendo coisas inertes, seres vivos, idéias, etc. Aristóteles
em
350
a.C. já definia diversostipos de valores (econômicos, políticos, morais, estéticos, sociais, jurídicos Ç; religiosos).
Segundo Aranha
(1993, p. 273):“Apartir da valoração, as pessoas nos recriminam por não termos seguidos as formas da boa edu-
cação ao não ter cedido lugar à pessoa mais velha; ou nos elogiam por sabennos' escolher as cores
mais bonitas para decoração de
um
ambiente; ou nos admoestam por termos faltadocom
a verda-de. Nós próprios nos alegramos ou nos arrependemos ou até sentimos remorsos dependendo da
ação praticada. Isso quer dizer que o resultado de nossos atos está sujeito à sanção, ou seja, ao
elogio ou à reprimenda, à recompensa ou àpunição, nas mais diversas intensidades,/,desde aque-
Conforme Hessen
(1980, p. 107), os valorespodem
ser classificadosdo
ponto devista formal e material.
Sob
o ponto de vista formal, elespodem
ser divididos em:l. Positivos e negativos:
O
positivo é aqueleque normalmente costumamos
desi-gnar pela expressão pura e simples de valor.
A
ele contrapõe-se o valor negativo,chamando-se
este de desvalor.
Às
vezes, o valorassume
uma
característica neutra independente da polarida-de valor-desvalor, tornando-se indiferente. .
2. Valores das pessoas e valores das coisas,
ou
valores pessoais e reais: Valoresdas pessoas,
ou
pessoais são aqueles que sópodem
pertencer às pessoas,como
porexemplo
os valores éticos, das coisas
ou
reais, os queaderem
a objetosou
coisas impessoais,como
osdas coisas ditas valiosas, designadas mais geralmente pela expressão bens.
Sob
o ponto de vista material,Hessen
cita que, neste caso, obteremos facilmenteuma
classificação não já propriamente dos valoresem
si,mas
das suas diferentes espécies. As-sim expressões
como
agradável, útil, belo, nobre, seleto,bom,
santo nos provam,com
a evi-dência de seus significados,
que
existem diversos tipos de valores.Todos
os valorestêm
como
referencial ohomem,
e este é antes de mais nada,um
ser constituído por sensibilidade e espírito, daí
poderem
classificar-se os valoresem
sensíveis eespirituais. V
'
A
categoria dos valores sensíveis integram:1. Valores vitais
ou
da
vida:No
sentido natural da palavra, a força, saúde, etc,2. Valores de utilidade:
Coincidem
com
oschamados
valores econômicos. Estão relacionados à satisfação das necessidadeshumanas
(comida, vestuário, habitação, etc.).Os
valores espirituais distinguem-se dos valores sensíveis pela imaterialidade,bem
como,
pela absoluta e condicional validade, segundo a visão de alguns filósofos.À
categoriados valores espirituais pertencem:
1. Valores lógicos: Aí pode-se entender a
função do
conhecimento (o saber, aposse da verdade e
o
esforço para alcança-lo).A
contraposição à função é a ignorância, 0 erro,valor lógico,
também
o conteúdodo
conhecimento, englobando tudo o que caino
conceito verdadeiroou
falso. Assim, eles aindapodem
ser lógicos positivosou
negativos.2. Valores éticos,
ou do
bem
moral: Definem-se pelas suas características essenci-ais:
a)
Só
as pessoaspodem
porta-los, nunca as coisas;b)
Possuem
caráter de exigências e imperativos absolutos (tu deves fazer-
tunão
deves fazer);
c)
Sao
universais, dirigem-se a todos os homens; 1d) Constituem
uma
norma
de conduta, que afeta todas as esferas da nossa ativida-de e da nossa vida;
e)
O
bem
moral éem
si de natureza formal.3. Valores estéticos,
ou
do
Belo:O
sublime, o trágico, o amorável, etc incluem-seno
conceito de belo.Como
características peculiares pode-se citar:a) Eles
aderem
tanto a pessoascomo
a coisas;lb) .Residem essencialmente na aparência (manifestação sensívelda idéiaz); c) Presença imediata e intuitiva (aspecto que falta nos valores éticos).
4. Valores religiosos,
ou
do
Santo:Não
trazem implícitosalgum
dever-ser.Não
tem-se que realizar estes valores.
Sua
realidade não é aparentecomo
a dos valores estéticos.Possui as seguintes características:
¬.a) .É-valor e ser.ao.mesmoztempo; _
b)
Ao
santo pertenceuma
particular e específica qualidade de valor. c) Transcendental;Para
Kluckhohn
Apud
Peiron (1987, p. 12), valor é °í1ma concepção de algo de-sejado, implícita
ou
explicitamente, distintivode
um
indivíduoou
característico deum
grupo,que influi na seleção dos meios e dos fins da ação, a partir de modalidades disponíveis”.
`
>
2 Hegel