• Nenhum resultado encontrado

O planejamento de cardápios em unidades de alimentação e nutrição considerando as condições de trabalhos no processo produtivo: um estudo de caso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O planejamento de cardápios em unidades de alimentação e nutrição considerando as condições de trabalhos no processo produtivo: um estudo de caso"

Copied!
107
0
0

Texto

(1)

,_._f- ___.:- ,_.,_.-- __,_‹_- __;---

iii-

_._,-- ,_.._-- __,_._-_ __í_- ___í_-- ___.<-

{~

_,_.f1 __..-

í~

~'

___..-- _í_í-- ___--f

E~

\\

,_,__.-- __.__._›-

\\

\\\

\

\\\\

\\\

\\

\\\

O

PLANEJAMENTO

DE CARDÁP|Os

Em

UN|DADEs DE

AL|N|ENTAçÃO

E

0420368

1

DE

Pós

GRADUAÇÃO

EM

ENGENHAR|A

DE

PRODUÇÃO

PROGRAMA

NUTRIÇÃO CONSIDERANDO

As

COND|çOEs

DE

TRABALHO NO PROCESSO

PRODUTIVO:

UM

EsTuDO

DE

CASO

DEBORA

Luc|ANE

NOvEL|.ETrO

Dissertação a

presentada

ao Programa

de Pós

-

Graduação

em

Engenharia

de

Produçãó

da

universidade

Fed

FLOR|ANÓPOL|s,

2001

eral _

de

Santa

Catarina

com

requisito

.t

__ parcial

para

Obtenção

do

título

de

(2)

ll

Debora

Luciane

Novelletto

O

PLANEJAMENTO

DE

CARDÁP|os

Em

UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO

E

NuTR|çÃO coNs|DERANDo

As

COND|çOEs DE

TRABALHO No PRocEssO PRODUTNO:

Um

EsTuDo

DE

CAsO

Esta dissertação foi julgada

e

aprovada

para

obtenção

do

título

de

Mestre

em

Engenharia,

especialidade

em

Ergonomia,

do Programa de Pós

-

Graduação de

Engenharia

de produção da

Universidade Federal

de

Santa

Catarina

FLoRrANÓPoL|s,

28

DE sE'rEMBRO DE 2001

Coor

or

do

ograma

Prof. Ri

randa

Barcia,

Ph.D.

BÀNCÀ

EXÀMINÀDORÀ

Úllér/

/41,0,

f/¿;"!f1.///

Prof

a

Rossana Pacheco

a

Costa

Proença,

Dr.

Orientadora

%

Prof

°

Ana

Regina

Dutra, Dr.

UFSC/CTCIEPS

z¬é;2»z

zzz

(ficpáíye

Araújo

de

Souza, Ms.

(3)

Ao

Leandro,

meu

grande

amor

pelo

incentivo,

apoio

e compreensão.

Aos

meus

país,

Luiz

e

Izanilde,

(4)

iv

AGRADECIMENTOS

À

Professora

Rossana Pacheco da

Costa

Proença, pela orientação

e

dedicação

durante

o

desenvolvimento deste trabalho,

e

pela oportunidade

de

concretizar

mais

um

desafio de

minha

vida.

Aos Membros

da

Banca

Examinadora,

professora

Ana

Regina

Dutra

e

professora

Anete

Araújo

de

Souza

por contribuírem para esta pesquisa.

À

Professora Eliete pela

confiança e

apoio durante

o

desenvolvimento deste

trabalho.

Às

Nutricionistas

Andréa e

Karla por colaborarem

na

realização

do

trabalho

e

pelos

momentos

agradáveis

que passamos

juntas.

Aos

funcionários

da

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição por contribuírem neste

processo.

À

amiga

Cristina

Matos

por estar

sempre

presente

nos

momentos

de

dificuldades

e

pelo

companheirismo

durante

o

curso.

Aos

amigos

Rodrigo Alves

e

Carol, pela tradução

em

inglês

e

á

amiga

Andreia

pela correção ortográfica deste trabalho.

Aos

amigos

que

me

incentivaram

a

desenvolver esta pesquisa

e que sempre

nos

momentos

de

aflições estiveram presentes, Almerita Cordeiro,

Andréa

(5)

"Pensamos demasiadamente e

sentimos

muito pouco...

Necessitamos mais

de

humildade

que de

máquinas.

Mais

de

bondade e

temura

que

de

inteligência.

Sem

isso, a vida se

tomará

violenta

e

tudo

se

perderá."

(6)

vi

SUMÁRIO

1.

Introdução

... ..1 2 3- 1 .1

Apresentação

... _. 1 1.2 Objetivos ... _.

2

1.2.1 Objetivo Geral ... ..3 1.2.2 Objetivos

Especificos

... ._3 1.3

Etapas

de

pesquisa ... ._3 1.4 Estrutura Geral

do

trabalho ... _.3 1.5 Limitações

do

trabalho ... ..

4

1.6

Definições

dos termos

relevante à pesquisa ... ..4

.Referencial teórico ... ..6

2.1

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição ... _.

6

2.2

Programa

de

Alimentação

do

Trabalhador ... _.8 2.3

Planejamento

do

cardápio para

Unidades

de

Alimentação

e

Nutrição...9

2.4

Ergonomia

... ..13

2.4.1 Conceito ... .. 13

2.4.2 Objetivos

da ergonomia

... .. 13

2.5 Análise

Ergonômica

do

Trabalho ... ._ 14 2.6

Condições

de

trabalho

em

Unidades

de

Alimentação

e

Nutrição ... .Ç 17 2.6.1

Condições

organizacionais ... ._ 19 2.6.2

Condições

ambientais ... ..

20

Estudo de

Caso

... _.

29

3.1

Procedimentos

Metodológicos ... ._

29

3.2 Análise

da

Demanda

... .. 31

(7)

3.2.2 Estrutura organizacional ... ._

32

3.2.3

Área

física

da

UAN

... _.

33

3.2.4

Planejamento

do

cardápio

da

UAN

... _.

34

3.2.5 Política

de

Compras

... ._

34

3.2.6 Fluxo

da

matéria prima ... ._

34

3 3 Análise

da

tarefa ... ._

35

3 3 1 Características

dos

funcionários. ... __

35

3 3 2 Características

do

cardápio ... _.

35

3.3.2.1

Consumidor

... ._

37

3.3.2.2 Preferências alimentares ... ._

37

3.3.2.3 Disponibilidades

dos

alimentos ... _.

39

3.3.2.4

Definição

do

per capita ... ._

40

3.3.2.5 Fichas

de

Preparação

dos

alimentos ... ._

40

3.3.2.6

Número

de

funcionários ... _.

40

3.3.2.7

Custos

do

cardápio ... _. 41

3.3.2.8

Sazonalidade dos

alimentos ... _. 41

3 3 3 Características organizacionais ... _.

42

3 3

4

Características ambientais ... _.

43

3.3.4.1

Área

física ... __

43

3.3.4.2

Ambiente

luminoso ... ._

47

3.3.4.3

Ambiente

ténnico (temperatura,

umidade e

ventilação) ... _.

47

3.3.4.4

Ambiente sonoro

... ._

48

3.3.4.5

Equipamentos

... _.

48

3.3.4.6 Riscos

de

acidentes ... _.

48

(8)

Vil]

3.4.1

Área

de

pré preparo

e

preparo

de

saladas ... ..

49

3.4.2

Área

de

pré-preparo

das

carnes ... _. 51

3.4.3

Área de

preparo

das

carnes ... ._

52

3.5 Diagnóstico ... _. ... ._

55

3.6

Caderno de

Encargos

e

Recomendações

Ergonômicas

... ..

59

4

-

Conclusões

Finais

e

Recomendações

para trabalhos futuros ... ..

65

5 -

Anexos

... ... _.

68

(9)

Figura 2.1 Figura 2.2 Figura 2.3 Figura 2.4 Figura 2.5 Figura 2.6 Figura 3.1

Condicionantes

da

adequação

nutricional

de

refeições para

coletividades ... _, ... .. 12

Modelo

sistêmico

de

uma

situação

de

trabalho ... _. 16

Espaço minimo

para

as

pemas

e

pés,

na

postura

em

... ._

25

Selim, para apoio

na

postura

em

de

longa

duração

... ..

25

A

postura

das

mãos

e

braços ... ..

26

Posturas para

o

levantamento

de

peso

... ._

27

Fluxo

do

planejamento

do

cardápio

da Unidade

de

Alimentação e

Nutrição estudada,

Santa

Catarina, julho

de

(10)

Quadro

3.1

Quadro

3.2

Quadro

3.3

Quadro

3.4

Quadro

3.5

Quadro

3.6

Quadro

3.7

Quadro

3.8

Quadro

3.9

L|srA

DE

QuAoRos

Tipos

de

refeições oferecidas pela

UAN

e a

média

do

número de

refeições oferecidas,

Santa

Catarina, Julho

de

2000

... _.

Horário

dos

tumos de

trabalho relacionado

a

atividade

dos

funcionários

da UAN,

Santa

Catarina, julho

de

2000

... ..

Número

de

funcionários

da

UAN

pesquisada, descriminando

a função

exercida,

Santa

Catarina, julho

de 2000

... ..

Características

dos

operadores

da

UAN

dos

setores

de

preparo

de

saladas

e

cames, Santa

Catarina, julho

de

2000..

Resultado

da

pesquisa sobre

o

-grau

de

satisfação

dos

comensais

em

relação

ao

cardápio

do

mês

de

julho

de

2000.

Espaços de

circulação

no

local

de

trabalho

no

setor

de

pré-

preparo

de

carnes

da UAN,

Santa

Catarina, julho

de

2000...

Espaços

de

circulação

no

local

de

trabalho

no

setor

de

pré -

preparo

e

preparo

de

saladas

da

UAN,

Santa

Catarina, julho

de 2000

... ._

Espaços de

circulação

no

local

de

trabalho

no

setor

de

preparo

de

carnes,

na

área

da

cozinha geral

da UAN,

Santa

Catarina, julho

de 2000

... _.

Relação

entre

as questões

sobre

o

planejamento

de

cardápio

e o

comprometimento das

condições

de

trabalho

dos

funcionários ... ... _. 31

32

33

3 3

4

46

47

61

6

(11)

Tabela

2.1

Recomendações

para

as

alturas

das

mão

e

dos

olhos,

nas

(12)

Lista

de

Siglas

L|sTA

DE

Reouções

UAN

-

Unidade

de

Alimentação e

Nutrição

AET

- Análise

Ergonômica

do

Trabalho

CAT

- Central

de

Atendimento

PAT

-

Programa de

Alimentação

do

Trabalhador

TMB

-

Taxa de

Metabolismo

Basal

LER

-

Lesão

por Esforços Repetitivos

Lista

de Símbolos

PANAsoN|c

®

-

Maquina

Faiogràfica

GE

®

-

Gravador

Lufkin

®

-

Trena

z|R|oN

®

-

Trena

Eletrônica

Lista

de

abreviaturas

Kcal - Quilocalorias

P

-

Peso

(13)

RESUMO

A

proposta deste estudo é analisar, através da Análise Ergonômica do Trabalho, se o

planejamento de cardápios interfere nas condições de trabalho dos funcionários. no processo

produtivo,

em

uma

Unidade de Alimentação e Nutrição.

A

revisão bibliográfica aborda assuntos

como Elaboração de Cardápios, Programa de Alimentação do Trabalhador , Condições de

Trabalho e Ergonomia.

A

metodologia, Análise Ergonômica do Trabalho, foi aplicada

em

uma

Unidade de Alimentação e Nutrição, nas áreas de pré-preparo e preparo de

cames

e saladas,

como

um

estudo de caso, considerando as etapas de análise da demanda, análise da tarefa, análise da atividade, diagnóstico, cademo de encargos e recomendações ergonômicas.

O

tipo de serviço oferecido pela

UAN

é de terceirização de refeições, operando

em

duas modalidades:

refeições convênios

com

o restaurante e refeições prontas transportadas.

A

UAN

produz 1200 refeições/dia, destas, 300 refeições, atendem a modalidade do restaurante e 900 refeições, atendem às refeições prontas transportadas.

O

cardápio é composto de arroz, feijão, 02 pratos proteioos, 01 acompanhamento, 04 tipos de saladas e sobremesa. Existe apenas 1 turno de trabalho totalizando

uma

carga horária semanal de 44 horas. Foram acompanhados 05 funcionários, 02 responsáveis pela área das saladas e 03 responsáveis pela área de pré~

preparo e preparo de cames.

O

processo ocorreu da seguinte forma: reuniões

com

as nutricionistas e funcionários, reconhecimento da UAN, através de visitas, entrevistas e leitura

de documentos, detenninação das dimensões, através das medidas do espaço fisico,

armazenamento e equipamentos, entrevista estruturada e am1ada, observação das atividades realizadas, análise dos dados. Considerou-se as condições de trabalho sobre os aspedos

físicos‹ambientais, organizacionais. Na análise dos resultados verificou-se que durante as atividades' desenvolvidas pelos funcionários

um

esforço fisico intenso. Constatou-se desconforto térmico nas áreas estudadas.

Em

relação ao aspecto técnico-organizacional, na

falta de receituário das preparações, os funcionários determinavam o

modo

de preparo dos alimentos e o tempo de cocção. Sobre os aspectos fisicos-gestuais, o cardápio apresentou

preparações, que para executá-las, os funcionários adotavam movimentos repetitivos.

A

postura usual é

em

pé por

um

período longo, ocasionando dores nas pemas, punhos,

cotovelos e ombros.

A

aceitabilidade do cardápio está relacionada

com

o fato de permitir ou não que algumas preparações façam parte do cardápio.

A

questão nutricional, que deve estar de acordo

com

as recomendações do Programa de Alimentação do Trabalhador.

O

custo do cardápio, já que a

UAN

deve respeitar

uma

meta que pode interferir no tipo de preparação a ser escolhida e

também

na variedade e na própria infra-estrutura disponível para a produção das preparações.

O

cardápio interferiu diretamente no movimento e na postura que os funcionários adotavam. Assim, preparações cujo os movimentos tende a repetição por

um

longo tempo, devem ser intercalados com outros tipos de preparações, podendo evitar o movimento continuo e medidas de esclarecimentos sobre a melhor postura

podem

ajudar e prevenir problemas de saúde.

Palavras-chave: cardápio, condições de trabalho, análise ergonômica do trabalho, ergonomia, alimentação coletiva, produções de refeições.

(14)

XIV

ÀBSTRACT

The proposal of this study is to analyze, through Ergonomic Analysis of the Work, if the

menu

planning interferes on the employees work conditions, on the productive process, in food

service. The bibliographic revision approaches subjects such as

Menu

Development, Worker

Feeding Program, Work Conditions and Ergonomics. The methodology, Ergonomic Analysis of the Work,

was

applied on an food service, on the pre-prepare and prepare of meats and salads area, as a study of case, considering the steps of the demand analysis, work analysis, activity

analysis, diagnosis, incumbency notebook and ergonomics recommendations. The food service works as a sen/ice assistant of meals, working in two modalities: covenanted with the restaurants meals and transported ready to consume meals. The food service produces 1200 meals/day, from these, 300 meals, correspond to the restaurant modality and 900 meals,

correspond to the transported ready to consume meals. The

menu

is composed of rice, beans, 02 proteic dishes, 01 side dish and 04 kinds of salads and dessert. There is just one work shift, making a total of a 44 hours week schedule. Five employees were observed, 02 responsible for salads areas and 03 responsible for the pre-prepare and prepare of meats area. The process occurred as it follows: meetings with the nutritionists and employees; recognition of the food

sen/ice; through visits; interviews and reading of documents; detennination of the dimensions,

through the measurement of the physical space; warehousing and equipment's; structure and armed interview, observations of the completed activities; topics analysis. lt was considered the

work conditions about the physical-surroundings and the organizational aspects. ln the analysis result it was noticed that during the activities developed by the employees there is an intense

physical effort. lt was noticed also a thermic discomfort in the studied areas. ln relation to the

technical-organizational aspect, when there were no recipes available, the employees

deteminated the prepare of the meal and the cooking time. About the physicakgestural, the

menu

presented preparations, that in order to do them, the employees had to adopt repetitive movements. The usual posture is standing up for a long time, occasioning legs, pulse, elbows and shoulders aches. The acceptance of the menu is related to the fact of allowing or not that

some meals be part of the menu. The nutritional issue must follow the recommendations of the Working Feeding Program. The

menu

expenses, once food service must respect a specific goal,

may

interfere on the way of preparation to be chosen and also in the variety and on the infra-structure available for the production of preparations. The

menu

interfered directly on the

movements and posture adopted by the employees. Therefore preparations in which the

movements have a tendency to be repeated for a long time, must be replaced by other types of preparations, in order to avoid repeated movements.

Some

enlightening advices about right posture

may

help and prevent health problems.'

(15)

INTRODUÇAO

1.1

Apresentação

A

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição (UAN), será aqui considerada

como

uma

unidade

de

trabalho

ou

órgão

de

uma

empresa,

que

desempenha

atividades relacionadas

à

alimentação

e

nutrição,

independente

da

situação

que ocupa

na

escala hierárquica

da

entidade, seja a nivel

de

divisão, seção,

setor, etc. (Teixeira et al, 1997, p. 15).

Os

estabelecimentos

de

alimentação

podem

ter gestão própria,

chamadas

de

autogestão

ou serem

concedidos a

terceiros

denominadas de

concessionárias

ou

cozinhas industriais (Proença, 1997, p. 25).

O

objetivo

de

uma

UAN

é

o

fomecimento

de

uma

refeição equilibrada nutricionalmente,

apresentando

bom

nivel

de

sanidade,

e que

seja

adequada

ao

comensal,

denominação dada ao

consumidor

em

alimentação coletiva

(Proença, 1997, p. 25).

Para

o

fomecimento

de

uma

refeição equilibrada,

é

necessário

que o

cardápio esteja associado

a

vários condicionantes,

como

estar

de

acordo

com

as necessidades

nutricionais

dos

comensais, visando

o

crescimento,

manutenção e

atividades física;

as

condições sócio-econômicas,

como

a classe

social, assistência

ou

benefícios;

e

também

a aceitação, através

das

características sensoriais, preferências alimentares, hábitos

e

tabus (Ansaloni,

1999, p. 07).

Segundo

Teixeira et al. (1997, p. 172),

no

momento

da

elaboração

dos

cardápio,

devem

ser considerados aspectos fundamentais,

como:

necessidades

nutricionais; disponibilidade

do

gênero

no mercado;

recursos

-. - '

humanos;

disponibilidade

da

áreas

e

equipamentos; hábitos alimentares; estimativa

do número de

refeições

e

estimativa

de

custo.

Alguns

destes

aspectos

podem

interferir diretamente

nas

condições

de

trabalho

dos

funcionários

que

transformam

o

alimento

em

refeição.

As

condições

de

trabalho

em UANs

tem

sido caracterizadas por

(16)

2

peso

excessivo

e

postura

em

pe

por longos periodos (Matos, 2000; Marcolino,

zoooy

A

ergonomia é

definida por

Wisner

(1987 p. 13),

como

um

conjunto

de

conhecimentos

científicos relativos

ao

homem

e

necessários para

a

concepção

de

ferramentas,

máquinas

e

dispositivos

que

possam

ser utilizados

com

o

máximo

de

conforto,

segurança

e

eficácia.

Neste

sentido,

a

análise

ergonômica

do

trabalho,

conduz e

orienta

modificações

para melhorar

as

condições

de

trabalho sobre

os

pontos críticos

que

foram evidenciados,

assim

como

melhorar a produtividade

e

a

qualidade

dos

produtos

ou

serviços

que

serão produzidos

ou

realizados (Santos; Fialho,

1995, p. 13, 14).

Sendo

assim, a proposta desta pesquisa

é

utilizar

a

metodologia

da

Análise

Ergonômica

do

Trabalho

em

uma

Unidade

de

Alimentação, avaliando

a

interferência

do

planejamento

do

cardápio

nas

condições

de

trabalho

dos

operadores

do

processo

de

produção.

1.2

Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar, através

da

Análise

Ergonômica do

Trabalho,

a

interferência

do

planejamento

de

cardápios

nas

condições

de

trabalho

em

uma

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição.

1.2.2 Objetivos

Específicos

'

_

1.

Fazer

um

levantamento bibliográfico sobre planejamento

de wrdápios e

condições

de

trabalho

no

setor

de

produção

de

alimentação coletiva;

2. Realizar

um

estudo

ergonômico

em

uma

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição, para avaliar

as

condições

de

trabalho

e

a

sua

relação

com

o

cardápio;

3. Propor orientações sobre

o

planejamento

de

cardápios para

UANs,

considerando,

além dos

fatores

normalmente

relacionados,

as

condições

de

(17)

1.3

Etapas

da

Pesquisa

A

metodologia

que

foi aplicada desenvolveu-se

da

seguinte forma:

a)

Revisão

Bibliográfica sobre elaboração

de

cardápios para

UANs, Programa

de

Alimentação

do

Trabalhador, condições

de

trabalho

e

ergonomia.

b) Aplicação

da

Metodologia Análise

Ergonômica

do

Trabalho,

no

estudo

de

caso

de

uma

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição,

nas

áreas

de

pré-preparo

e

preparo

de

carnes

e

saladas, oonsiderando

as

etapas

de

análise

da

demanda,

análise

da

tarefa, análise

da

atividade, diagnóstico,

caderno

de

encargos

e recomendações

ergonômicas.

c)

Elaboração

de

conclusões

a

partir

da

análise

da

atividade, diagnóstico

e

caderno

de

encargos,

do

estudo

de

caso

em

questão. sobre

os

fatores

que

interferem

nas

condições

de

trabalho

dos

operadores,

do

processo

de

transformação

do

cardápio

em

refeição.

d)

Elaboração

de recomendações

para trabalhos futuros.

1.4 Estrutura Geral

do

trabalho

A

pesquisa

é

composta de

seis capítulos.

sendo que o

primeiro capítulo

consiste a apresentação, objetivos (geral

e

específicos),

definição da questão

de

partida, metodologia, estrutura geral

da

pesquisa, limitações

e

definição

dos

temos.

'

O

segundo

capítulo apresenta

o

referencial teórico

que

envolve

os

temas

sobre nutrição, planejamento

de

cardápios, alimentação

do

trabalhador,

ergonomia

e

análise

ergonômica

do

trabalho (AET).

No

terceiro capítulo está relacionado

o

estudo

de

caso,

que

apresenta

a

aplicação

da

metodologia,

as

etapas

de

análise

ergonômica

do

trabalho.

O

capítulo quarto, apresenta

a

conclusão

do

trabalho

e

as

(18)

4

O

quinto capítulo

é

composto

dos anexos

que

foram pertinentes

a

pesquisa.

E

por último,

no

capítulo seis, dispõe

de

informações sobre

a

bibliografia

utilizada para referências citadas durante

o

estudo.

1.5

Limitaçoes

do

trabalho

Embora

a Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição

contemple

diversos

setores, este estudo limita-se

aos

setores

das

áreas

de

pré - preparo

e

preparo

de

cames

e

vegetais.

Nestes

setores

ocorrem as

principais transformações

da

matéria prima,

o

alimento,

em

uma

refeição.

Além

disto,

os

funcionários

despendem

mais

tempo

nestes setores

desenvolvendo

atividades relacionadas à

preparação

das

refeições.

Apesar

deste estudo referir-se

somente a

um

caso

especifico,

as

discussões aqui referidas

poderão

auxiliar

a

outros estudos.

Quivy

(et al, 1992),

define

estudo

de

caso

quando

envolve

o

estudo profundo

e

exaustivo

de

um

ou

poucos

objetos

de

maneira

que

se

permita

o

seu

amplo

e

detalhado conhecimento.

1.6 Definições

dos

termos

relevantes

à

pesquisa

UAN

-

É

considerada

como uma

unidade

de

trabalho

ou órgão

de

uma

empresa,

que

desempenha

atividades relacionadas à alimentação

e

nutrição,

independente

da

situação

que ocupa na

escala hierárquica

da

entidade, seja

a

nível

de

divisão, seção, setor, etc (Teixeira, 1997, p. 15).

Cardápio -

É

o

conjunto

das

preparações

que

serão servidas

em

uma

determinada

refeição (Felipe, M. R., et al, 1997).

Condições

de

trabalho -

As

condições

de

trabalho tratam

não apenas

do

posto

(19)

salário;

da

duração

da

jornada,

da semana,

do

ano

(férias),

da

vida

de

trabalho (aposentadoria);

dos

horários

de

trabalho (trabalho

em

tumo, pausas, etc.);

do

repouso

e

alimentação (refeitórios, locais

de

trabalho);

do

serviço médico,

social, escolar, cultural;

das modalidades

de

transporte (V\fisner, 1987, p. 12).

Ergonomia

-

É

definida

como

o

conjunto

de

conhecimentos

sobre

o

desempenho

do

homem

em

atividade,

com

a finalidade

de

aplicá-los

à

oonoepção das

tarefas, instrumentos,

máquinas e

sistemas

de

produção

(20)

6

2.

REFERENCIAL TEÓRICO

Este capitulo apresenta

o

referencial teórico, dispondo-se

da

seguinte

maneira: ‹

A

primeira parte, caracteriza

a Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição,

definição

e

objetivos.

A

segunda

parte,

define

o

Programa de

Alimentação

do

trabalhador

e

seus

objetivos, traçando

o

perfil

do

cardápio oferecido

aos

trabalhadores,

definindo

o

percentual calórico-protéico

da

refeição oferecida.

A

terceira parte, apresenta aspectos relevantes

ao

planejamento

de

cardápio para

UANs,

aspectos nutricionais

e adequação do

cardápio.

A

quarta parte, faz referência

ao

estudo

da

ergonomia, definições

e

objetivos.

E

por último,

a

sexta parte,

define

as

condições

de

trabalho

em

UANs,

relacionando

os

condicionantes organizacionais

e

ambientais.

2.1

Unidade

de

Alimentação e

Nutrição

Uma

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição (UAN),

pode

ser caracterizado

como

um

subsistema, relacionados

às

atividades

de

alimentação

e

nutrição.

Dentro desta conceituação,

as

UAN

podem

desempenhar

atividades -

fins

ou

meios.

No

primeiro caso,

como

órgãos-fins,

podem

ser citadas

as

UAN

de

hospitais.

e

centro

de

saúde,

que

colaboram

diretamente para

a consecução

do

objetivo final

da

entidade,

uma

vez

que

correspondem a

um

oonjunto

de

bens

e

serviços destinados

a

prevenir, melhorar elou recuperar

a população

que

atendem,

seja através

de

seu

ambulatório, seja através

da

hospitalização (Teixeira, 1997, p. 15 - 16).

No

segundo

caso

como

órgãos-meios,

podem

ser citadas

as

UAN

das

indústrias

e

instituições escolares, creches, asilos

e

abrigos,

desenvolvendo

atividades

que

procuram

reduzir

o

índice

de

acidentes, taxas

de

absenteísmo,

(21)

colaborando assim, para

que

sejam

realizadas,

da melhor forma

possível,

as

atividades

fins

da

entidade (Teixeira, 1997, p. 15 - .16).

O

objetivo

de

uma

UAN

é

o

fomecimento

de

uma

refeição equilibrada nutricionalmente,

apresentando

bom

nível

de

sanidade,

e que

seja

adequada

ao

comensal,

denominação dada ao

consumidor

em

alimentação coletiva. Esta

adequação deve

ocorrer tanto

no

sentido

da manutenção

e/ou

recuperação

da

saúde

do

comensal,

como

visando auxiliar

no

desenvolvimento

de

hábitos alimentares saudáveis através

da

educação

alimentar.

Além

desses

aspectos

ligados

a

refeição,

uma

UAN

objetiva, ainda, satisfazer

o

comensal no

que

diz

respeito

ao

serviço oferecido. Este item engloba

desde o

ambiente

fisico, incluindo tipo, conveniências

e

condições

de

higiene

de

instalações

e

equipamentos

disponíveis, até

o

contato pessoal entre

operadores

da

UAN

e

comensais,

no mais

diversos

momentos

(Proença, 1997, p. 25).

Segundo

Teixeira (1997, p.17)

as Unidades

de

Alimentação

e

Nutrição

podem

ter gestão própria

ou

concedidas

a

terceiros.

A

primeira modalidade,

pode

ser

chamada

de

auto-serviço,

em

que

a

empresa

assume

toda

a

responsabilidade, inclusive

a

técnica, para elaboração

das

refeições,

desde

a

contratação

de

pessoal até

a

distribuição

das

refeições

aos

comensais,

necessitando portanto

de

infra-estrutura

e

possibilitando

melhor

controle

de

qualidade.

A

segunda,

concedida

a

terceiros.

o

fornecimento

de

refeições

é

fom1alizado, através

de

contrato

firmado

entre

a

empresa

incentivada

e

a

prestadora

de

serviço (concessionária

ou

cozinhas industriais).

Em

relação

ao

serviço

de

terceiros,

são

três

as

modalidades:

o

comodato,

refeições prontas transportadas

e

refeições convênio.

O

comodato,

a

empresa

incentivada contrata

os

serviços

de

uma

empresa

especializada,

concessionária

a

qual utiliza

as

instalações

da

'primeira para

o

preparo

das

refeições.

Na

modalidade

de

refeições prontas

ou

transportadas,

a

contratada

entrega

à

empresa

incentivada

as

refeições (convencionais

ou

supergeladas) já

confeccionadas para

consumo.

Na

modalidade

de

refeições convênio

a

(22)

8

convênio restaurantes comerciais para

o

fornecimento

das

refeições

aos

funcionários

da

empresa, mediante

senhas

(Teixeira, 1997, p. 17).

2.2

Programa

de Alimentação

do

Trabalhador (PAT)

A

Secretaria

de Segurança e Saúde no

Trabalho - Ministério

do

Trabalho, estrutura

uma

parceria entre

Govemo, empresa

e

trabalhador através

do Programa de

Alimentação

ao

Trabalhador (PAT),

que tem

como

objetivo a

promoção da

melhoria

da

situação nutricional

do

trabalhador e,

consequentemente,

de

sua

saúde.

A

prioridade

é

dirigida

aos

trabalhadores

que recebem

os

menores

salários (até cinco salários

minimos

mensais).

Para

o

trabalhador este

programa

trás

como

benefícios melhoria

das

condições

nutricionais, qualidade

de

vida,

aumento

da capacidade

física, resistência

à

fadiga, resistência

a

doenças.

Redução do

risco

de

acidentes

de

trabalho,

aumento da

expectativa

de

vida.

Para

a

empresa o

programa

beneficia para

o

aumento da

produtividade,

redução

do

absenteísmo

(atrasos

e

faltas),

redução

da

rotatividade, maior integração entre trabalhador

e empresa,

isenção

de

encargos

sociais sobre

o

valor

da

alimentação fomecida, incentivo fiscal

(dedução

de

até cinco por cento

do

imposto

de

renda devido).

E

para

o

Govemo

redução

de

despesas

e

investimentos

na

área

da

saúde, crescimento

da

atividade

econômica,

bem-estar social (Secretaria

de Segurança e

Saúde,

1976).

Segundo

Ministério

do

Trabalho, 2001c, existem

algumas

modalidades

que

a

empresa pode

participar". ~

1.

Autogestão

(sen/iço próprio);

2. Terceirização (serviços

de

terceiros):

- Administração

de

cozinha

e

refeitórios;

- Refeição transportada por cozinha industrial;

-

Sistema

de

refeição-convênio (tiquetes, vales, etc);

3. Distribuição

de

cestas

de

alimentos

(em embalagens

especiais)

ou

sistema

(23)

Segundo o

Ministério

do

Trabalho (2001b),

o programa

também

faz

algumas

exigências nutricionais:

1.

As

refeições

maiores

(almoço, jantar

e

ceia)

devem

ter

no minimo

1400

calorias. admitindo-se

uma

redução

para

1200

calorias

no caso

de

atividade leve,

ou acréscimo

para

1600

calorias,

no caso

de

atividade intensa

mediante

justificativa técnica.

2.

As

refeições

menores

(desjejum

e

merenda)

devem

ter

no

mínimo,

300

calorias.

3.

O

percentual protéico - calórico

em

todas

as

refeições

deve

ser

de

no

mínimo

seis por cento (6%).

2.3

O

planejamento

de

cardápio para

Unidades

de Alimentação e

Nutrição

Para o fomecimento das

refeições,

deve-se

planejar cardápios

observando

alguns critérios para

que

se

possa

atingir

o seu

objetivo tanto

em

qualidade

quanto

em

quantidade,

harmonia

e adequação

(Teichmann, 1987, p.

30).

O

planejamento

de

refeições

é

estudado

com

base no

estabelecimento

dos padrões

de

cardápios,

os

quais, por

sua

vez,

se baseiam nos

recursos

disponíveis, ai incluídos

os

financeiros, materiais,

humanos,

etc (Viana, 1996).

Segundo

Teichmann,

1987, p.

113

- 118, existem alguns fatores

que

são

determinantes para

o

Planejamento

de

Cardápios:

a) Preferências Regionais.

Cada

localidade, pelas

suas

caracteristicas

de

origem (antepassados), pelos hábitos, pela disponibilidade

de

insumos,

tem

suas

preferências alimentares já

bem

definidas. Assim,

na

elaboração

do

cardápio,

pode-se

oferecer alimentos incorporando

ao

dia-a-dia

do

oomensal

sem

maiores

rejeições. 'Um estabelecimento

que

atende

um

público flutuante

pode

ter eventualmente pratos característicos

de

outras

regiões;

b) Localização geográfica.

As

empresas

localizadas

em

cidades

com

o

abastecimento precário

de

alimentos

devem

dar ênfase

aos

pratos

(24)

C) 0) ) f) Q) h) 10

também,

menos

provável

a

ocorrência

de

problemas

por falta

de

matéria

prima.

Não

se

pode

deixar

de

mencionar as

regiões

que tem

variações

climáticas

bem

definidas,

de

acordo

com

a estação;

Localização topográfica.

Ajuda a

definir

a

clientela

e

favorecer a definição

do

cardápio.

O

horário

também

é

um

fator importante, pois ele determina

o

tempo

disponível para

se consumir

a

refeição;

Espaço

Físico.

É

um

determinante

do

tipo

de

serviço

que

será oferecido

e

também

o

tipo

de

cardápio,

que

deve

ser apropriado

ao

espaço

disponivel,

tanto para

o

preparo

das

refeições,

quanto

para a

acomodação

do

comensal;

Orçamento.

É

um

fator

que

determina

o

custo

do

cardápio. Muitas

vezes

está ligado

ao

tipo

de

serviço oferecido pela

UAN,

como

por

exemplo

os

restaurantes comerciais,

podendo

também

estar vinculados

ao Programa de

Atendimento

ao

Trabalhador (PAT).

Cada

Unidade

de

Alimentação

e

Nutrição

define

um

tipo

de

orçamento.

Tipo

de

serviço.

A

escolha

do

cardápio

depende do

tipo

de

serviço

a

ser

oferecido,

como

autogestão

e

concessão.

Na

autogestão, a própria

empresa

encarrega-se

de

providenciar instalações

e

equipamentos,

contratar

e

treinar equipe especializada, adquirir matéria prima

e

gerir todo

o

processo.

A

concessão, consiste

na

contratação

de empresas

no

ramo de

administração

de

senziços

de

alimentação.

Número

de

refeições.

Além

de

influir

na

variedade

dos

pratos,

o

número de

refeições oferecidas

também

limita

os

métodos de

preparação

de

acordo

com

a

estrutura fisica

e de

equipamentos;

Equipamentos,

utensílios.

A

disponibilidades destes

elementos

tem

atuação

fundamental

na

seleção

dos

pratos

a serem

escolhidos para

o

cardápio.

Não

é

possivel realizar cardápios muito elaborados

se

não

se

dispõe

de

equipamentos

que

favoreçam

uma

produção

rápida

e

eficiente, já

que o

tempo

é

um

dos

condicionante importantes.

A

refeição

tem

um

horário certo

para término, hora

da

distribuição;

Funcionários.

O

número de

funcionários

também

é

um

determinante, pois

(25)

cardápio

deve

levar

em

consideração

o

número

de

funcionários disponível

para

a confecção

das

refeições, pois

na

falta

de

um

funcionário

sobrecarrega

e

muito

os

outros, principalmente se estiver

associado a

falta

de

equipamentos

e

utensílios

adequados,

comprometendo

toda

a

produção,

qualidade

e

quantidade

das

refeições.

Teichmann

(1987, p. 131,132), ainda coloca

que o

cardápio

deve

procurar atender alguns aspectos

como

cor, formas, sabores, texturas,

temperos, variedades, tipos

de

preparo, temperaturas

e

viabilidade.

As

características organolépticas

dos

alimentos

afetam nossos

sentidos

das mais

variadas formas: pela cor, aroma, temperatura, consistência, estado

fisico,

composição

química. Tais fatores influem isoladamente

ou

sua

ação

pode

ser exaltada pela

combinação de

dois

ou mais

fatores;

na

apreciação

do

alimento

as sensações

táteis,

o

aspecto viscoso,

o

suave,

o

crocante,

cada

um

na

sua

oportunidade;

e

principalmente, a variedade

de odores

e

aromas.

A

apresentação, variedade

de

fonnas

e

cores, constituem

também

apelo

poderoso

para

a

aceitação

do

alimento (Omellas, 1988, p. 8-9).

Nutrição

é

uma

ciência

e

também

uma

arte.

Não

basta

conhecer a

composição

quimica

dos

alimentos,

as modificações

que

se

podem

obter pelos

processos

culinários para facilitar

a

digestão,

não é

suficiente

que

se

lhes

assegurem

as

condições sanitárias

e

higiënicas,

é

necessário,

em

última

instância, tomá-los apetitosos, pelo

menos

aceitáveis. Muitos recursos

podem

ser utilizados

sem

prejuízos

dos

alimentos, para torná-los atraentes: cortes variados,

formas

de

cocção,

molhos

diversos,

acompanhamentos

diferentes,

combinações de

cores e_ sabores.

O

importante

é que

obedeçam

às

regras

básicas

de

preparo

dos

alimentos

e

atendam

às

exigências nutricionais

individuais ( Ornellas, 1988, p. 6).

A

figura 2.1 apresenta alguns condicionantes sobre a

adequação

nutricional

de

refeições para coletividades, considerando aspectos nutricionais

como

crescimento,

manutenção

e

atividade fisica, aspectos sócio -

econômicos

e

caracteristicas sobre a aceitação

do

cardápio, aspectos sensoriais,

(26)

Figura 2.1 - Condicionantes

da adequação

nutricional

de

refeições para coletividades

l¶;f““A§ai”“““jjiqçi1Í,

{...¿¡.,._...¡¿.¿¡...ô¿.¿(...¡¡¡ä...¡¡¿¡...c=z¡¿.m ..__..z.zz..._¬...z¬.,:_,...-z..zz=..~.¿`Eä...zz,z_,fzz, V I 11 ' gr

8

«›. \..\.. "' ' ' .i,.z ',.\\...`‹....\.. ‹. W.

Nutncao

*

tz Condições socio economic é

' ' ` 5' '¿~ -É ' l I . il rescimento à l

Classe Socxal Caracteristicas sensonaxs A

'“Q,,,,';¡¡,;¿"""¡mw¡,¡""`¡¡"' , 3 _ "':¡a¡¡”""`°¡,¡,¡="`Í¡fw¿';=¿É`á ';§í¬ ”¬`:'“':`“""“¬`:":"""""":'“"i' gz¡¡¡gfl|_'“"` ¡¡¡¡W,g¡¡"""""""""' i'

ecã

_ _ _ Asststência e Beneñclos É Preferênclas

Ml

"“"`“"'““' ”"“""""""""“- _. """""-'“"""""""""' Fonte: Ansaloni, 1999, p. 9 uz;

m

i

,.._._z. .-_.\ê

Dentre

os

vários fatores citado acima, sobre

o

planejamento

de

cardápio,

alguns destes fatores estão relacionados

com

as

condições

de

trabalho

dos

funcionários

que

irão realizar

as

preparações contidas neste cardápio.

Como

por exemplo:

os equipamentos

e

utensílios

que

os

funcionários utilizarão

no

processo

de

preparo

dos

alimentos,

número

de

funcionários envolvidos

na

preparação

e espaço

físico disponivel para

a produção das

refeições.

No

processo

de produções

de

refeições,

o

planejamento

do

cardápio

define

os

tipos

de

preparações

que

serão produzidas.

A

ergonomia

aplicando

os conhecimentos

sobre

o

comportamento

do

homem

em

atividade

e

métodos

de

análise, contribui

com

a

melhona

das

condições

de

trabalho, necessária

(27)

2.4

Ergonomia

A

ergonomia

tem

como

principal

campo

de

ação a

concepção de

meios

de

trabalho

adaptados às

caracteristicas fisiológicas

e

psicológicas

do

homem

e

de suas

atividades.

Por

outro lado,

meios de

trabalho (máquinas,

ferramentas,

ambientes

e

organização)

ergonomicamente concebidos são

necessários,

mas

não

suficientes, para garantir

boas

condições

de saúde e de

produtividade

no

trabalho. Faz-se necessário

também, que

as pessoas sejam

suficientemente qualificadas,

do

ponto-de-vista profissional, para operar

esses

meios

de

trabalho

(Odebrecht

et al, 1995, p. 15).

2.4.1 Conceito

A

ergonomia

é

um

conjunto

de

conhecimentos

científicos relativos

ao

homem

e

necessários para a

concepção de

ferramentas,

máquinas e

dispositivos

que

possam

ser utilizados

com

o

máximo

de

conforto,

segurança

e

eficácia (Wisner, 1987, p. 13).

A

ergonomia

é,

fundamentalmente, a

aplicação

de

princípios científicos,

métodos e dados

subtraidos

das

diversas disciplinas para

o

desenvolvimento

dos

sistemas

de

engenharia,

no

qual

o

fator

humano

exerce

um

importante

papel. Ela analisa

e

estuda

as

características

humanas

com

o

objetivo

de

viabilizar projetos

de

ambientes

de

trabalho

mais eficazes

e

seguros.

A

ergonomia

tem

um

lado primordial

que

difere

das

outras disciplinas:

a

humanização no

trabalho.

O

homem

é

visto

não

apenas

como

uma

parte

de

um

sistema,

mas

como

o

mais

importante

componente do

sistema tecnológico (Silva, 1997, p. 62).

2.4.2 Objetivos

da ergonomia

Os

objetivos práticos

da

ergonomia são a

segurança, satisfação

e o

bem-estar dos

trabalhadores

no

seu

relacionamento

com

sistemas produtivos.

A

eficiência virá

como

resultado.

Em

geral,

não

se aceita colocar

a

eficiência

como

sendo o

objetivo principal

da

ergonomia,

porque

ela, isoladamente,

(28)

14

porque a

ergonomia

visa,

em

primeiro lugar,

o

bem-estar

do

trabalhador (llida,

1992)

Um

princípio importante

na

aplicação

da

ergonomia é

que

os

equipamentos, sistemas

e

tarefas

devem

ser projetados para

o

uso

coletivo.

Sabendo-se que há

diferenças individuais

em

uma

população,

os

projetos

em

geral,

devem

atender

95%

dessa

população

(Dul, 1998, p.16). Utilizando

a

análise

ergonômica

do

trabalho

é

possível -

não

somente

categorizar

as

atividades

dos

trabalhadores

oomo também

estabelecer

a

narração

dessas

atividades permitindo,

consequentemente, modificar

o

trabalho

ao

modificar

a

tarefa (Montmollin, 1982).

Para

Odebrecht

(et al, 1995),

ao

considerar

o

sistema

oomo

um

todo,

pode

modificar

simultaneamente

o

trabalho,

as

condições

de

trabalho

e os

trabalhadores

em

todos

os

níveis hierárquicos, auxiliando

na

determinação

do conteúdo

do

treinamento

e das

técnicas

pedagógicas a

serem

adotadas. 1

Para

o' funcionário,

as

posturas

e movimentos tem

uma

grande

importância

na

ergonomia.

Para

realizar

uma

postura

ou

um

movimento,

são

acionados

diversos

músculos

e

articulações

do

corpo.

Os

músculos

fomecem

a

força necessária para

o

corpo

adotar

uma

postura

ou

realizar

um

movimento.

Os

ligamentos

desempenham

uma

função

auxiliar,

enquanto as

articulações

permitem

um

deslocamento

de

partes

do

corpo

em

relação

às

outras. Postura

ou

movimentos

inadequados

produzem

tensões

mecânicas nos

músculos,

ligamentos

e

articulações, resultando

em

dores

no

pescoço, costas,

ombros,

punhos e

outras partes

do

sistema

músculo

- esquelético (Dul, 1998, p.17).

2.5

Análise

Ergonômica

do

Trabalho

A

Análise

Ergonômica

do

Trabalho

é

realizada

com

o

intuito

de

analisar

aspectos

sobre as

condições

de

trabalho

dos

operadores,

comportando

as

fases: análise

da

demanda,

análise

da

tarefa, análise

da

atividade, diagnóstico

e

cademo

de

encargos e recomendações,

que

deve

ser cronologicamente

abordadas

de

forma a

garantir

uma

coerência metodológica

e

evitar percalços (Santos; Fialho, 1995, p. 13).

(29)

a) Análise

da

demanda

A

análise

da

demanda

permite

compreender a

natureza

e

dimensão

dos

problemas

apresentados,

assim

como

elaborar

um

plano

de

intervenção para

abordá-los.

A

demanda

pode

ter origem

nos

diversos atores sociais

da

empresa,

direta

ou

indiretamente envolvidos pelos

problemas ergonômicos

existentes

na

situação

de

trabalho

a

ser analisada (Santos; Fialho, 1995, p. 49).

A

intervenção

ergonômica

pode

distinguir três grupos:

0

Demandas

formuladas:

com

o

objetivo

de

buscar

recomendações

ergonômicas

para implantação

de

um

novo

sistema

de

produção.

0

Demandas

formuladas:

com

o

objetivo

de

resolver disfunções

do

sistema

de

produção

já implantado, relativas

ao

comportamento

do

homem,

da

máquina,

ou

ainda,

da

organização ,

que

se traduzem

em

problemas

ergonômicos.

0

Demandas

formuladas:

com

o

objetivo

de

identificar

as

novas

condicionantes

de

produção,

numa

determinada situação

de

trabalho,

introduzidas pela implantação

de

uma

nova

tecnologia e/ou pela introdução

de

novos

modos

organizacionais.

Segundo

Santos

e

Fialho (1995, p. 65),

de

uma

maneira

geral

deve-se

considerar

os

seguintes

aspectos

para

o encaminhamento da

intervenção: 0

A

complexidade

dos problemas

formulados pela

demanda;

0

Os

meios

disponiveis para

a

realização

do

estudo;

0

As

possibilidades

de

acesso às

diversas fontes

de

informação;

0

A

participação

das

pessoas

envolvidas; particularmente

dos

trabalhadores

que

ocupam

os

postos

a

serem

analisados;

A

0

Os

prazos fixados;

0

Os

resultados esperados.

b) Análise

da

Tarefa

A

análise

da

tarefa

descreve

o

trabalho prescrito, levantando

os

aspectos técnicos, organizacionais

e

ambientais

que

irão influenciar

na

(30)

16

Figura 2.2 -

Modelo

sistêmico

de

uma

situação

de

trabalho.

|

Máquina

(ferramenta) Iífâggâãšses

W

Açao

I | Informação u I Informações transmitidas U (cardápio)

1

Homem

- (Operadores) Saída

Alimento Processado

Entradas ou Refeição

(Ali

men

t0 )

Fonte: Adaptado de Santos e Fialho, 1995, p.77

A

análise

da

tarefa coincide

com

a

análise dentro

das

condições

das

quais

o

trabalhador

desenvolve suas

atividades

de

trabalho.

Para

analisar a

tarefa

ou as condições

de

trabalho

se

distinguem

as

fases

de

delimitação

do

sistema

homem-

tarefa, delimitação

do

sistema,

devendo-se

proceder

a

uma

descrição

de

todos

os elementos

que

compõe

este sistema, isto é,

a

uma

identificação

das

componentes do

sistema

que

condicionam as

exigências

do

trabalho

e

a

avaliação destas exigências (Santos et al., 1995, p.68).

c) Análise

da

atividade

Análise

da

atividade

compreende a

'üientificação

do comportamento

do

homem.

na

situação real

de

trabalho.

A

análise

das

atividades desenvolvidas

pelo trabalhador

que

podem

ser levantadas, através

de métodos e

de

técnicas

que

sejam

aplicáveis

numa

determinada

situação

de

trabalho.

Na

análise

do

trabalho,

deve-se

descrever

as

atividades desenvolvidas pelo trabalhador,

no

seu

posto

de

trabalho,

sem

contudo

avaliar

o

próprio trabalhador (Santos et al.,

(31)

d) Diagnóstico

No

diagnóstico,

deve~se

considerar

os

resultados

da

análise

que

devem

ser interpretados, para

serem

considerados válidos,

em

função

do

princípio

da

participação global

do

organismo do

ser

humano

na

realização

das

atividades

de

trabalho, isto é, dentro

de

uma

visão holística.

e)

Caderno de

Encargos e

Recomendações

Ergonômicas

O

cademo

de

encargos

e recomendações

(CERE),

estabelece

de forma

condensada,

as

diversas

especiflcações

sobre

a

situação futura, tanto

em

termos

ambientais

como

organizacionais (Santos et al., 1995, p.209-210).

2.6

Condições de

trabalho

e

UAN

As

condições

de

trabalho

englobam

tudo

o

que

influencia

o

próprio

trabalho. Trata-se

não apenas do

posto

de

trabalho

e

seu ambiente

como

também

das

relações entre

produção

e

salário;

da duração

da

jornada,

da

semana, do ano

(férias),

da

vida

de

trabalho (aposentadoria);

dos

horários

de

trabalho (trabalhando

em

turno,

pausas

etc.);

do

repouso

e

alimentação (refeitórios, salas

de

repouso

na empresa, eventualmente

alojamento

nos

locais

de

trabalho);

do

serviço médico, social, escolar, cultural;

das

modalidades

de

transporte (Vlñsner, 1987, p. 13).

_

A

respeito

das

condições

que

trariam

ao

indivíduo

uma

melhor

qualidade

de

vida

no

trabalho

são

descritos

os

seguintes pontos: salário

adequado e

satisfatório;

segurança e

saúde

-no trabalho, isto. é, condições fisicas

de

trabalho

que reduzam ao

mínimo,

o

risco

de doenças

e

acidentes

no

trabalho;

desenvolvimento das capacidades humanas; autonomia

no

trabalho; múltiplas

habilidades; informação

e

perspectivas

de

ascensão

profissional; crescimento

profissional,

de

modo

a

que

haja

espaço

para

o

desenvolvimento

das

potencialidades

do

indivíduo; integração social

e

senso

de comunidade

nas

organizações,

com

respeito

às

diversidades; direito

à

privacidade,

de

posicionamento, a tratamento justo

em

todas

as

questões;

espaço de

vida

no

Referências

Documentos relacionados

Janaína Oliveira, que esteve presente em Ouagadougou nas últimas três edições do FESPACO (2011, 2013, 2015) e participou de todos os fóruns de debate promovidos

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Ninguém quer essa vida assim não Zambi.. Eu não quero as crianças

Figura A53 - Produção e consumo de resinas termoplásticas 2000 - 2009 Fonte: Perfil da Indústria de Transformação de Material Plástico - Edição de 2009.. A Figura A54 exibe

Quando os dados são analisados categorizando as respostas por tempo de trabalho no SERPRO, é possível observar que os respondentes com menor tempo de trabalho concordam menos que

ITIL, biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação, é um framework que surgiu na década de mil novecentos e oitenta pela necessidade do governo

Objetivo: Garantir estimativas mais realistas e precisas para o projeto, ao considerar nesta estimativa o esforço necessário (em horas ou percentual do projeto) para

Com base nos resultados da pesquisa referente à questão sobre a internacionalização de processos de negócios habilitados pela TI com o apoio do BPM para a geração de ganhos para