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"... procura, sem recorrer à religião, o melhor nos seres humanos e para os seres humanos."

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Academic year: 2022

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Humanismo

"A palavra Humanismo deriva do latim humanus, que significa "humano". Podemos definir brevemente um humanista como alguém cuja visão do mundo confere grande importância aos seres humanos, à vida e ao valor do ser humano. O Humanismo realça a liberdade do indivíduo, a razão, as oportunidades e os direitos."

Gaarder, Jostein em O Livro das Religiões

"... procura, sem recorrer à religião, o melhor nos seres humanos e para os seres humanos."

Chambers Pocket Dictionary (Dicionário de Bolso Chambers)

"... uma doutrina, atitude, ou modo de viver centrado nos interesses ou valores humanos; em particular: uma filosofia que normalmente rejeita o sobrenatural e dá enfâse à dignidade do indivíduo e ao seu valor e capacidade para a auto-realização pessoal através do uso da razão."

Merriam Webster Dictionary (Dicionário Merriam Webster)

"... um apelo ao uso da razão, em vez de revelações ou autoridades religiosas, como uma forma de partir à descoberta do mundo natural e do destino do homem, e, também, para desenvolver uma base para a moralidade... A ética humanista também se distingue por a sua acção moral ter como objectivo alcançar o bem-estar da humanidade, em vez de procurar cumprir a vontade de Deus."

Oxford Companion to Philosophy (Acompanhante da Filosofia Oxford)

"A rejeição da religião em prol do avanço da humanidade pelo seu próprio esforço."

Collins Concise Dictionary (Dicionário Conciso Collins)

"O que é característicamente humano, e não sobrenatural, o que pertence ao homem e não a forças externas, o que eleva o homem à sua maior altura ou lhe dá, enquanto homem, a maior satisfação."

Encyclopedia of the Social Sciences (Enciclopédia das Ciências Sociais)

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O Humanismo é um termo relativo ao Renascimento, movimento surgido na Europa, mais precisamente na Itália, que colocava o homem como o centro de todas as coisas existentes no universo.

Nesse período, compreendido entre a transitoriedade da Baixa Idade Média e início da Moderna (séculos XIV a XVI), os avanços científicos começavam a tomar espaço no meio cultural.

A tecnologia começava a se aflorar nos campos da matemática, física, medicina. Nomes como Galileu, Paracelso, Gutenberg, dentre outros, começavam a se despontar, em razão das descobertas

feitas por eles.

Galileu Galilei comprova a teoria heliocêntrica que dizia ser o Sol o centro do sistema planetário, defendida anteriormente por Nicolau Copérnico, além de ter construído um telescópio ainda melhor que os inventados anteriormente. Paracelso explora as drogas medicinais e seu uso, enquanto Gutenberg descobre um novo meio de reproduzir livros.

Além disso, a filosofia se desponta como uma atividade intelectual renovada no interesse pelos autores da Antiguidade clássica: Aristótoles, Virgílio, Cícero e Horácio. Por este resgate da Idade

Média, este período também é chamado de Classicismo.

A burguesia e a nobreza, classes sociais que despontam no final da Idade Média, passam a dividir

o poderio com a Igreja.

É neste contexto cultural que a visão antropocêntrica se instala e influencia todo campo cultural:

literatura, música, escultura, artes plásticas.

Na Literatura, os autores italianos que maior influência exerceram foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio (Decameron). Os gêneros mais cultivados foram: o lírico, de temática amorosa ou bucólica, e o épico, seguindo os modelos consagrados por Homero

(Ilíada e Odisséia) e Virgílio (Eneida).

Podemos denominar Humanismo como ideia surgida no Renascimento que coloca o homem como o centro de interesse e, portanto, em torno do qual tudo acontece.

Por Sabrina Vilarinho

Graduada em Letras

Equipe Brasil Escola

O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.

Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.

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Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.

Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.

Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.

O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.

As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.

Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.

É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.

HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO Algumas manifestações

- Teatro

O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.

Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.

Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:

Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.

“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.

Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.

“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.

Poesia

Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.

O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.

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Prosa

Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.

Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.

Obras

“Crônica d’El-Rei D. Pedro”

“Crônica d’El-Rei D. Fernando”

“Crônica d’El-Rei D. João I”

O Humanismo(1434-1527)a) O contexto histórico e cultural: Tem inicio com a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor e termina com o retorno de Sá de Miranda da Itália.

Período de grande desenvolvimento da prosa e decadência da poesia (estando toda produção poética do período ligada ao Cancioneiro Geral, conjunto de poesias palacianas).

Desenvolvimento do teatro popular, com a produção de Gil Vicente. O Humanismo marca a transição de um Portugal caracterizado por valores puramente medievais para uma nova realidade mercantil, em que se percebe a ascensão dos ideais burgueses. A economia de subsistência feudal é substituída pelas atividades comerciais; inicia-se uma retomada da cultura clássica, esquecida durante a maior parte da Idade Média; o pensamento teocêntrico é deixado de lado em favor do antropocentrismo. Fortalecimento da monarquia com a Revolução de Avis e comprometimento da burguesia mercantil. Desse compromisso resulta a expansão ultramarina portuguesa com a tomada de Ceuta, primeira conquista ultramarina de muitas outras. Essa grandiosidade leva Camões, em Os Lusíadas, a afirmar que o sol estava sempre a pino no império português.Fatos históricos do período: Fim da Guerra dos Cem Anos; comércio por terra entre Ocidente e Oriente é interrompido pela tomada de Constantinopla pelos turcos; Descoberta da América e do Brasil;

Reforma protestante. [BR] [BR ]b) Características Culturalmente , a melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida do livro , democratizando um pouco o acesso a ele . O homem desse período passa a se interessar mais pelo saber, convivendo com a palavra escrita\. Adquire novas ideias e outras culturas como a greco-latina . Mas, sobretudo , o homem percebe-se capaz , importante e agente . Acreditando-se dotado de "livre arbítrio", isto é, capacidade de decisão sobre a própria vida , não mais determinada por Deus , afasta-se do teocentrismo , assumindo , lentamente , um comportamento baseado no antropocentrismo . Isto

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implica profundas transformações culturais. De uma postura religiosa e mística , o homem passa gradativamente a uma posição racionalista O Humanismo funcionará como um período de transição entre duas posturas . Por isso , a arte da época é marcada pela convivência de elementos espiritualistas ( teocêntricos ) e terrenos ( antropocêntricos ) . C) Gil VicenteO teatro vicentino é uma expressão artística de cunho marcadamente medieval e popular. Caracteriza-se basicamente pela sátira, criticando o comportamento de todas camadas sociais:a nobreza, o clero e o povo. O único tipo para o qual Gil reserva defesa e carinho é o lavrador, vítima de exploração de toda estrutura medieval.

Apesar de sua profunda religiosidade, o tipo mais marcadamente criticado é o frade. Seu teatro apresenta extrema simplicidade no cenário e improviso. Gil Vicente não absorveu praticamente nada do teatro clássico. Existia forma e temática com valores medievais, principalmente a defesa de uma sociedade centrada na devoção religiosa verdadeira. Seu texto apresenta estrutura poética, com o predomínio da redondilha maior. Percebem-se características humanistas, tais como a presença de figuras mitológicas, a condenação à perseguição aos judeus e cristãos-novos, a crítica social. [BR]Farsa de Inês pereira: Retrata o desejo de ascensão social da pequena burguesia, que vê no casamento uma forma de consegui-la. O desenvolvimento do capitalismo reforçou o poder do monarca e provocou a decadência da nobreza feudal. A riqueza vinda do comércio ultramarino tendia a ser grande base do prestígio social. A aristocracia dependia dessa riqueza e procurou diminuir sua importância desprezando-a e valorizando a origem de sangue, a educação, a fineza, as boas maneiras, a honra e a coragem, enfim os ideais cavaleirescos. E como a nobreza mesmo decadente, ainda conservava grande prestígio social, acabou por impor o estereótipo do cavaleiro como modelo a que deviam aspirar todos aqueles que queriam pertencer à classe superior. A burguesia (comércio e finanças) procurou imitar esse figurino com desejo de ascensão social.

Passaram então a imitar os nobres sonhando subir na escala social, mas isso tornou-se cômico e ridículo. É mais ou menos o que acontece em Inês Pereira. Inês, jovem cansada de trabalhar, quer casar. Lianor Vaz lhe arranja um noivo, Pêro Marques, que ela recusa por ser falastrão (quer um marido discreto, mesmo que pobre). Então Latão e Vidal, dois judeus casamenteiros, lhe arranjam o escudeiro Brás da Mata, com quem se casa. Brás é caloteiro e nunca paga seu moço, Fernando.

Logo após o casamento Brás vai para o Norte da África tornar-se cavaleiro, mas é morto por um pastor mouro ao fugir da batalha. Livre deste casamento Inês se casa com Pêro Marques. [BR]

[BR]

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/classic-literature/1648172-humanismo/#ixzz1uHvd0KFI

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Dos humanistas aos dias atuais

Para o ideário humanista, a educação assumiria o caráter de formação, caracterizada por acesso à cultura humana e interpretação dessa cultura por outras gerações. Tal processo seria possível se o ensino acolhesse a re-significação do legado e não se resumisse a seguir um receituário.

O resgate do sentido clássico da educação foi feito, primeiramente, pelos humanistas de Florença, no século 16. Surgiu como um esforço de aproximar a formação renascentista da formação clássica romana. Buscava-se um ideal que pudesse orientar a educação das gerações futuras ,inuindo a sensação de não pertencer ao próprio mundo.

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Breve Introdução à História do Humanismo

O Humanismo teve os seus antecedentes na Grécia Antiga. Deste essa altura esteve no centro de períodos de grande avanço no mundo Ocidental, como o Renascimento e o Iluminismo. Neste artigo irei apresentar algumas das figuras e ideias que deram origem ao Humanismo Secular tal como ele é hoje.

O Humanismo na Antiguidade

Sócrates

As primeiras referência a filosofias semelhantes ao Humanismo surgem na Antiguidade, no turbilhão de ideias produzido pelos filósofos da Grécia Antiga. Foi com eles que pela primeira vez no mundo ocidental se tentaram encontrar explicações racionais para o mundo que nos rodeia, sem ter como base a religião e a superstição.

Sócrates, condenado à morte em 399 a.C., por colocar em causa os deuses oficiais e sendo por isso acusado de corromper a juventude, foi talvez o primeiro Humanista famoso, apesar de ainda não ser conhecida tal palavra. A convicção nas suas ideias era tanta, que se recusou a pedir

misericórdia pelos seus actos, sendo por isso obrigado a suicidar-se com cicuta.

Sócrates baseava a suas ideias nos problemas humanos, tentando descortinar qual o modo de vida ideal para o homem. Acerca dele alguém disse que "fazia a filosofia descer do céu à terra, alojava- a nas cidades e trazia-a para dentro dos lares, obrigando as pessoas a pensar acerca da vida e da moral, acerca do bem e do mal".

Para Sócrates, a virtude identificava-se com o saber e o homem só agia mal por ignorância. Ao contrário dos sofistas, ele considerava que a capacidade de distinguir o certo do errado estava na razão das pessoas e não na sociedade.

Sócrates acreditava também que a busca incessante pelo conhecimento era vital, sendo dele a célebre frase "Só sei que nada sei". Apesar de ter noção da sua ignorância, foi dos primeiros a afirmar que era possível ao homem alcançar verdades absolutas sobre o Universo e que a base para a aquisição de conhecimento era a razão.

Na sua época, as afirmações de Sócrates eram fortíssimas, tal como era forte a sua capacidade de argumentação, que fazia os mais convictos reconhecer que estavam errados e chegar por si

próprios a novas conclusões. Apesar de não nos ter deixado nenhum registo escrito das suas ideias, só conhecemos dele o que nos chegou via outros filósofos, nomeadamente Platão, a sua influência sente-se até aos dias de hoje.

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Os Estóicos

Também o estoicismo, movimento que surgiu por volta de 300 a.C. em Atenas, mas que influenciou a cultura romana até cerca de 200 d.C., fez contribuições importantes para o Humanismo, nomeadamente em termos da moral, da importância do raciocínio para o

conhecimento da natureza, dos princípios de entreajuda entre os indivíduos e do valor de levarmos uma vida feliz.

Os estóicos afirmavam que a procura de uma moral devia ser feita observando a natureza. Com essa observação poderíamos encontrar a justiça universal, que está presente nas leis naturais e que seria compreensível por todos os homens, sendo as leis humanas uma pálida imitação da lei natural.

O conceito de Humanismo, como conceito onde o homem ocupa um ponto central em termos filosóficos, foi pela primeira fez referido por Cícero, um estóico, que pronunciou a célebre frase humanista "para a humanidade, a humanidade é sagrada".

Os estóicos eram cosmopolitas, integrando-se na sociedade do seu tempo e preocupando-se com o bem comum, tendo sido inclusivamente os primeiros, no mundo ocidental, a criar instituições de caridade para os pobres e doentes.

Em resumo, podemos afirmar que os humanistas da Antiguidade:

Concentravam-se nos seres humanos;

Aceitavam a razão do homem como a base de toda a percepção;

Acreditavam na existência de uma ordem universal;

Acreditavam numa lei natural que se aplicava a todos os seres humanos.

O Humanismo no Renascimento

Após a idade média, surge no século XIV, como força contrária ao obscurantismo introduzido na Europa pelos excessos do Cristianismo e da Igreja Católica, o Renascimento. O Humanismo do Renascimento constituiu um ponto de viragem nas preocupações com as falsas imoralidades e colocou a ênfase na importância da se viver a vida com prazer. Foi também um período em que as artes e o conhecimento floresceram e que a Europa progrediu em termos civilizacionais,

recuperando do seu atraso relativamente a outras partes do mundo.

Leonardo da Vinci

Como um exemplo de um homem do Renascimento, podemos apresentar Leonardo da Vinci.

Jovem, com apenas 17 anos, viajou em 1469 para Florença, núcleo do Renascimento. Nesta cidade, energeticamente, envolveu-se em todas as áreas da arte, da cultura e da ciência. Interessou- se pelo estudo da natureza e dos processos naturais, dando a sua atenção a assuntos tão distintos como o movimento da água, o sistema circulatório humano, o feto no ventre da mãe e as fibras e pétalas das plantas. Não bastando isto, tornou-se inventor, descobrindo princípios que ainda hoje são utilizados em muitas das nossas máquinas.

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Foi também um estudioso do homem. Criando estudos, esboços e pinturas geniais que denunciam uma grande sensibilidade pela beleza da forma humana. Com as suas obras ajudou também a quebrar um tabu de quase mil anos na Europa: a representação do nu. O seu fascínio pelo ser humano pode ser observado nas suas pinturas, onde os seres humanos têm um forte carácter e personalidade, como por exemplo na Mona Lisa, na Mulher com Arminho ou na Última Ceia.

As ideias do Humanismo Renascentista

A Renascença representou o renascimento do Humanismo da Antiguidade. Em busca de filosofias e moralidades alternativas às cristãs, que tinham sido universais durante a Idade Média, os

humanistas da Renascença estudaram as obras produzidas na Antiguidade Grega e Romana.

Na Renascença tornou-se uma obsessão o regresso ao passado clássico, à sua arte e cultura, o que influenciou fortemente a educação que passou a incluir o estudo do Humanismo. Este foi também o período em que a Europa iniciou a sua longa caminhada para a secularização, que conduziria ao afastamento da Igreja dos caminhos do poder.

O Renascimento viu nascer o método empírico, método esse que é usado pela Ciência até aos nossos dias e que foi fundamental para dar credibilidade à Ciência.

Podemos afirmar que o Renascimento contribui para a filosofia da época com:

Uma nova atitude em relação à humanidade;

Uma grande vitalidade intelectual;

Uma nova visão do mundo natural;

Um novo método científico que retirou à religião o controle do conhecimento;

A importância de apreciar a vida ao máximo.

O Iluminismo

O século XVIII trouxe uma nova etapa ao Humanismo, com a chegada do Iluminismo, que teve as suas origens em Inglaterra, mas que conheceu o seu auge em França. O Iluminismo foi importante, por ter aprofundado muitas das ideias da Renascença, mas também por dele terem surgido algumas ideias originais e importantes para o Humanismo.

Voltaire

Este francês, foi o expoente do Humanismo Iluminista. Tendo sido preso aos vinte e três anos devido aos seus versos satíricos sobre as autoridades, foi libertado sobre a condição de sair do país.

De França viajou para Inglaterra, onde foi fortemente influenciado pela liberdade de expressão, tolerância religiosa e racionalidade aí predominantes. Fez da sua vida uma luta constante contra o fanatismo, a intolerância e o abuso de poder, tendo feito ataques particularmente fortes ao poder eclesiástico.

Apesar de não ser ateu, lutou contra a opressão religiosa e a crença dogmática em Deus. Isto devia- se a que, considerava que nada sabíamos do possível criador do mundo, pois ele nunca se poderia

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ter revelado sob a forma sobrenatural em que acreditam os Judeus, os Cristãos e os Muçulmanos.

Deus apenas se podia manifestar através da natureza e das leis naturais.

Voltaire afirmava também que a cegueira e a ignorância faziam com que os homens se

perseguissem e matassem uns aos outros, em nome da religião. Considerava ainda absurda a ideia de que se poderiam mudar os acontecimentos do mundo e influenciar Deus através da oração, pois o mundo é controlado por leis imutáveis. Para ele o esclarecimento e a razão acabariam mais tarde ou mais cedo por vencer, desde que se conseguisse explicar os novos conceitos e ideias do

Iluminismo de uma forma simples, compreensível por todos.

As ideias do Humanismo Iluminista

Tal como os humanistas da antiguidade, os filósofos do Iluminismo acreditavam na razão do homem, sendo inclusivamente o Iluminismo também conhecido como a Idade da Razão. O seu objectivo era estabelecer uma base moral, religiosa e política que acompanhasse a razão intemporal do homem.

A ênfase passou a ser colocada na educação, com o objectivo de se criar uma raça iluminada. Os iluministas acreditavam que tinha chegado o momento de esclarecer as massas, criando assim uma sociedade melhor. Com uma maior educação, seria o fim da miséria e da opressão, pois estas eram causadas apenas pela ignorância e pela superstição. A humanidade iria dar grandes avanços e a irracionalidade e ignorância seriam varridas da face da Terra.

Os iluministas lutavam pelos direitos do indivíduos e do cidadão, o que significava a luta primordial pela liberdade de imprensa, que não existia na época. Os direitos do indivíduo de expressar as suas opiniões tinham que ser assegurados, quer fossem assuntos de cariz religioso, moral ou político.

Como produtos que ainda hoje influenciam as nossas vidas, foram os criadores da Enciclopédia, inspiraram muitas das constituições que existem hoje pelo mundo fora e criaram os alicerces para a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Os humanistas do Iluminismo:

Revoltaram-se contra as velhas autoridades, como a da Igreja e a da aristocracia;

Defendiam o primado da razão;

Trabalhavam pela educação das massas;

Acreditavam no progresso cultural e tecnológico;

Desejavam banir da religião, o fanatismo e o dogma;

Lutavam pela inviolabilidade dos indivíduos, pela liberdade de expressão, pela justiça, a filantropia e a tolerância.

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