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Foi assim, por exemplo, com os fenícios que atravessavam o Mar Mediterrâneo para chegar até a região que hoje chamamos de Portugal e Espanha.

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Introdução

Dentre tantas formas de definir globalização, podemos dizer que:

Globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do

planeta, tendo como ponto de partida para esta integração a prática do comércio mundial.

Desde quando ela existe?

Nenhum estudioso ignora o fato de que há milênios os homens já praticavam o comércio entre

países empreendendo viagens marítimas que chegavam

mesmo a atravessar o mar em busca de regiões boas para

comprar e vender.

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Foi assim, por exemplo, com os fenícios que atravessavam o Mar Mediterrâneo para chegar até a região que hoje

chamamos de Portugal e Espanha. Há quem diga que eles chegaram até na América, no Brasil.

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A partir do século XV, vemos as potências europeias dando início ao que ficou conhecido por muitos como a gênese da globalização quando por causa das Grandes Navegações o mundo passou a ser integrado através do comércio

marítimo.

Desta vez, as viagens já não estavam mais relegadas a

pequenas navegações através do mar, mas sim através dos oceanos, conectando costumes e culturas desde o

continente americano até o Extremo Oriente na Ásia.

Foi, portanto, a partir do século XV que houve uma grande miscigenação cultural entre os europeus, asiáticos,

africanos e americanos, fundindo as suas culturas e

mudando as civilizações para o modo como as conhecemos hoje.

Apesar da integração que houve, são um conjunto de

elementos observados no início dos anos 1980 que permitiu o surgimento do processo de globalização tal como

conhecemos hoje.

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As revoluções industriais

A Revolução Industrial mudou o mundo e as relações entre os governos, as pessoas e os países.

Essas invenções mudaram absolutamente todos os aspectos da vida humana.

A Revolução Industrial, que começou timidamente na

Inglaterra procurando apenas meios de produzir tecidos e roupas com maior agilidade não parou por aí. Depois que cientistas descobriram novos materiais e novos

combustíveis, as invenções saíram do simples nível de

aumento de produção nas fábricas e atingiram também os meios de transporte e comunicação. Trens, automóveis, telefone, navios a vapor e uma infinidade de outros

inventos passaram a fazer parte da vida humana a partir da segunda metade do século XIX até os dias de hoje.

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A Revolução Industrial foi dividida em três fases,

baseadas nos avanços tecnológicos alcançados e suas consequentes transformações. São elas:

→ Primeira Revolução Industrial: de 1760 até meados de 1850;

→ Segunda Revolução Industrial: entre 1850 e meados de 1945;

→ Terceira Revolução Industrial: meados de 1950 até

os dias atuais.

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Primeira revolução industrial

Inglaterra

Invenção da máquina a vapor

Matérias-primas: ferro, lã e carvão mineral

Divisão do trabalho nas fábricas

Invenção do trem e barco a vapor

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Segunda revolução industrial

A industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para outros países, como Estados Unidos, França, Rússia, Japão e Alemanha.

O aço, o algodão, a eletricidade e o petróleo.

As tecnologias introduzidas nesse período possibilitaram a produção em massa, a automatização do trabalho e o surgimento de diversas

indústrias, em especial as indústrias elétrica e química. Houve também um aumento considerável de empresas e o aprimoramento das

indústrias siderúrgicas.

As ferrovias expandiram-se, possibilitando o escoamento dos bens produzidos e o aumento do mercado consumidor. Surgiram, durante a Segunda Revolução Industrial, diversos inventos que modificaram toda a organização social e criaram novas relações, sejam essas sociais, de trabalho e até mesmo entre o ser humano e o meio.

Os novos meios de produção desencadearam, nesse período, a

introdução de modos de organização da produção industrial que se preocupavam com a produção a menor custo e menor tempo, ou seja, a racionalização do trabalho. Esses modos de organização ficaram conhecidos como taylorismo e fordismo.

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O capitalismo financeiro surge durante a Segunda Revolução Industrial, devido à instalação de grandes empresas que passaram a monopolizar os setores

industriais e de mercado. O capitalismo passa então a uma nova fase, assim como passa a representar esse período da Revolução Industrial.

Os países capitalistas, como Alemanha e Estados Unidos, necessitavam então ampliar seu mercado

consumidor, expandindo-o geograficamente para além dos territórios europeus. Além disso, precisavam também

buscar matéria-prima suficiente para suprir a produção.

Surge, nesse momento, o que ficou conhecido como: imperialismo.

O imperialismo corresponde às ações e medidas tomadas por países que pretendiam expandir seus territórios por meio da dominação de outros territórios. Essa dominação pode ser de ordem cultural, política ou econômica. Esse foi um dos motivos da primeira guerra mundial.

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A Primeira Guerra mundial só aconteceu em proporção mundial graças às invenções da Segunda Revolução

Industrial.

A Segunda Guerra Mundial, ocorrida anos mais tarde,

também pegou carona nas invenções que não paravam de surgir.

Hoje já não falamos mais em Segunda Revolução

Industrial, mas sim, em uma terceira revolução e, ainda, segundo alguns, estamos mesmo caminhando para uma quarta Revolução Industrial.

A Terceira Revolução Industrial, portanto, foi uma

continuidade no processo de construção da revolução nos meios de produção, porém, com o incremento do uso de aparelhos eletrônicos a partir da metade do século XX.

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Além disto, essa fase da Revolução Industrial conta também com a utilização de engenharia genética, robótica, telefonia móvel,

transportes bem mais rápidos e com capacidade maior de transporte de pessoas e mercadorias.

Foi justamente a existência da Segunda Guerra Mundial que permitiu aos cientistas a criação de tantos elementos que nos levaram ao que chamamos de Terceira Revolução Industrial.

Essa fase da Revolução Industrial é também conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional.

Além do desenvolvimento alcançado no setor industrial aliado ao

desenvolvimento do campo científico, a Terceira Revolução Industrial mudou também as relações sociais e as relações entre o homem e

o meio. As novas tecnologias desenvolvidas, nessa fase, possibilitaram que as informações fossem transmitidas cada vez mais rápido e

estimularam a interação entre as pessoas do mundo todo.

O tempo e distância reduziram-se ao passo que o conhecimento desenvolveu-se. As pessoas passaram a estar conectadas de maneira instantânea. Esse rompimento de barreiras físicas e temporais que conectou culturas, tradições, línguas e história ficou conhecido como globalização.

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Neoliberalismo

O governo deve interferir na economia tabelando preços de mercadorias ou deve deixar que as pessoas escolham o que comprar e assim os preços baixarão por si mesmos?

O governo deve interferir na economia decidindo o que as fábricas devem produzir, para quem devem vender e ainda cobrar impostos altos, ou deve deixar que as fábricas

trabalhem livremente e assim produzam mais e gerem empregos e mais renda para o país?

Estas e outras questões têm sido motivo de verdadeiras disputas entre os economistas desde o final do século

XVIII, quando surgiu uma teoria chamada de Liberalismo Econômico.

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De maneira mais forte no mundo, a partir dos anos 1970, surgiu uma corrente de pensamento chamada de

Neoliberalismo sendo praticada por vários governos no

mundo todo, inclusive pelo Brasil. Buscando responder essas questões, o Neoliberalismo ensina que o país deve, entre

outras coisas:

1. Facilitar a entrada de empresas multinacionais no país.

2. O Governo não deve interferir em nada na economia, mas deve permitir que o comércio regule os preços e as ofertas de produtos

3. Os governos não devem fazer leis para proteger empresas, mas devem permitir que haja disputa e que as empresas vençam porque tem os melhores produtos e os melhores preços.

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E qual seria a relação entre globalização, neoliberalismo e terceira revolução industrial?

É que a globalização é a interação econômica, social e cultural dos países do mundo e o comércio seu ponto de integração.

A partir dos anos 1980 houve um encontro destes dois elementos, o que permitiu o comércio amplo no mundo todo, com governos que facilitem a instalação de

multinacionais e a entrada e saída de mercadorias em seus territórios por causa do neoliberalismo, além da facilidade e agilidade nas comunicações e nos transportes, tornou-se impossível evitar o comércio mundial de mercadorias. Hoje os países trocam produtos o tempo todo, mas além disto, trocam também costumes, enviando ao mundo as

características culturais dos países mais ricos.

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A globalização do mundo não é igualitária, mas

favorece aos países mais ricos, uma vez que eles têm a oportunidade de espalhar, até os cantos mais remotos do mundo, seus produtos e sua cultura, trazendo

mudanças culturais muitas vezes indesejáveis a outros povos.

Outro modo de perceber a vantagem dos países mais desenvolvidos no processo de globalização é a

biopirataria, pois por terem um desenvolvimento

tecnológico maior, esses países se apossam de produtos naturais de outras nações e depois lançam estes

produtos no Mercado como se fossem deles.

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Tempos de globalização

Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico,

educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia.

Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma

manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram

suas culturas, influenciando-se mutuamente.

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Aspectos negativos da globalização

Considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma desigualdade social por ela

proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que liga a questão às contradições do capitalismo.

Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes

territórios, em que culturas, valores morais, princípios

educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante.

Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma

hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões

economicamente menos favorecidas, destruindo, assim, suas matrizes tradicionais.

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Aspectos positivos da globalização

Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios

tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento.

Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta.

Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores.

É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem

realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise.

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Efeitos da globalização

Existem vários elementos que podem ser considerados como

consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais importantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.

Outro aspecto que merece destaque é a expansão das

empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de

impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da

industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.

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Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos blocos econômicos.

Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais

poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca

comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.

Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização

culminou também na expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação.

Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior

parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima

intervenção na economia.

https://www.youtube.com/watch?v=itje_JKNAhg

Referências

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