C
C URSO URSO P P REPARATÓRIO REPARATÓRIO PARA
PARA P P OLÍCIA OLÍCIA F F EDERAL EDERAL T
T OXICOLOGIA OXICOLOGIA T
T OXICOLOGIA OXICOLOGIA
Prof. : Verônica Pinto Rodrigues Prof. : Verônica Pinto Rodrigues
• Farmacêutica Industrial Farmacêutica Industrial –– UFRJUFRJ
••Mestre em Ciências Farmacêuticas Mestre em Ciências Farmacêuticas -- UFRJUFRJ
• Ex-Perita Legista Perita Legista ToxicologistaToxicologista –– PCERJPCERJ
•• Pesquisadora em Propriedade Industrial Pesquisadora em Propriedade Industrial -- INPIINPI
C
IÊNCIASF
ORENSES
“Conjunto de aplicação das ciências às leis civis e criminais em um sistema de justiça”.
Criminalística: reconhecimento,
Criminalística: reconhecimento,
identificação e validação das provas físicas
para instrução de processos criminais.
Exame de corpo de delito
Tipo de prova obrigatório aos crimes que deixam vestígios, pois seu laudo constitui prova da materialidade do delito. Sua falta pode acarretar nulidade.
C
ÓDIGO DE PROCESSO PENALCódigo de Processo Penal - L-003.689-1941 Livro I
Do Processo em Geral Título VII
Da Prova Capítulo II
Do Exame do Corpo de Delito e das Perícias em Geral
C
ÓDIGO DE PROCESSO PENALArt. 158 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 160 - Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
formulados.
Art. 168 - Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1º - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2º - Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime.
C
ÓDIGO DE PROCESSO PENALArt. 170 - Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
1-( ) No âmbito forense, muitas vezes a verdadeira versão de um crime só pode ser descoberta pela prova pericial, quando se pode contar com um bom laudo de levantamento do local de crime, um bom exame da
Questão Prova Perito Polícia Civil
levantamento do local de crime, um bom exame da arma, uma necropsia bem realizada, etc. Até mesmo em confronto com prova testemunhal, pela credibilidade, pela exatidão de suas conclusões, pela sua natureza técnica, a prova pericial tem sido aceita como caminho mais seguro para a descoberta da verdade.
CONCEITOS
Toxicologia: ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas com sistemas biológicos.
Podemos distinguir várias áreas de atuação, de acordo com a natureza do agente químico, ou a maneira como este atinge determinado sistema biológico.
* Toxicologia Ambiental
É a área da Toxicologia em que se estudam os efeitos
Á
REAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIAÉ a área da Toxicologia em que se estudam os efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos contaminantes do ambiente – água, solo, ar – com os organismos humanos.
* Toxicologia Ocupacional
Dedica-se ao estudo dos efeitos nocivos produzidos pela interação dos agentes químicos contaminantes do ambiente de trabalho com o indivíduo exposto.
* Toxicologia de Alimentos
Estuda as condições em que os alimentos podem ser ingeridos sem causar danos ao organismo.
* Toxicologia de Medicamentos e Cosméticos
É a área da Toxicologia responsável pelo estudo dos efeitos
Á
REAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIAÉ a área da Toxicologia responsável pelo estudo dos efeitos nocivos produzidos pela interação de medicamentos ou cosméticos com os organismos, decorrentes do uso inadequado desses produtos ou da suscetibilidade individual.
* Toxicologia Social
Estuda os efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos, causando prejuízos ao próprio indivíduo e à sociedade.
* Toxicologia Clínica
É a área da Toxicologia responsável pelo estudo das doenças causadas por agentes tóxicos e desenvolvimento de técnicas para tratamento de doentes intoxicados.
* Ecotoxicologia
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA
* Ecotoxicologia
É uma área especializada da toxicologia ambiental que estuda o impacto de agentes tóxicos à populações integradas num ecossistema.
* Toxicologia Forense
Tem como objetivo a detecção e identificação de agentes químicos, com a finalidade de auxiliar a polícia e a justiça na elucidação de casos suspeitos de dependência, suicídio, acidente, homicídio, etc.
Campos de Trabalho:
• Toxicologia Analítica
Trata da detecção do agente químico:
Toxicologia forense
Monitorizarão terapêutica
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
Monitorizarão terapêutica
Monitorização biológica e farmacodependência Controle antidopagem
• Toxicologia Experimental
Elucidação dos mecanismos de ação dos agentes tóxicos
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS“Todas as substâncias são venenos, não há uma que não seja. A dose correta é que diferencia um veneno correta é que diferencia um veneno
de um remédio.”
Paracelsus (1493-1541)
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSAgente Tóxico
É qualquer substância química que, interagindo com o organismo, é capaz de produzir um efeito tóxico, seja este uma alteração funcional um efeito tóxico, seja este uma alteração funcional ou morte.
A maioria das substâncias químicas, consideradas como agentes tóxicos, são substâncias exógenas conhecidas como xenobióticos.
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSTOXICIDADE
É a capacidade, inerente a um agente químico, de produzir danos aos organismos vivos, em condições padronizadas de uso. Uma substância em condições padronizadas de uso. Uma substância muito tóxica causará dano a um organismo se for administrada em quantidades muito pequenas, enquanto que uma substância de baixa toxicidade somente produzirá efeito quando a quantidade administrada for muito grande.
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSOs agentes químicos podem ser classificados, segundo HODGES & HAGGARD, em 6 classes de toxicidade, de acordo com os valores de DL50 (Tabela I). Esta classificação é utilizada para consultas rápidas, qualitativas, com finalidade de obter informações relativas à toxicidade intrínseca das substâncias.
Categoria de Toxicidade DL50 – Rata (via Oral)
Extremamente tóxico Altamente tóxico Moderadamente tóxico
Ligeiramente tóxico Praticamente não tóxico
Relativamente atóxico
< 1mg/kg 1-50 mg/kg 50-500 mg/kg
0,5-5 g/kg 5-15 g/kg
> 15 g/kg
Tabela I : Classificação Quanto ao Grau de Toxicidade
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS CLASSIFICAÇÃO DOS PRAGUICIDASClassificação dos Agentes Tóxicos
* Quanto à natureza
* Quanto ao órgão ou sistema onde atuam
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS* Quanto às características físicas Gases
Vapores
Partículas ou aerodispersóides Líquidos
Sólidos
Fatores que Influem na Toxicidade Fatores que Influem na Toxicidade Fatores ligados ao agente químico
Propriedades fisico-quimicas
Impurezas e contaminates
Fatores envolvidos na formulação
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSFatores relacionados com o organismo
Espécie / fatores imunológicos / sexo
Fatores relacionados com a exposição
Via de introdução
Dose e concentração
Fatores relacionados com o ambiente
Temperatura-Pressão-Radiação
Risco Tóxico
É a probabilidade de um efeito nocivo ocorrer, devido a exposição à um agente químico.
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
X Perigo
Capacidade da substância causar um efeito tóxico.
Avaliação de Risco
No Observed Adverse Effect Level (NOAEL) Low Observed Adverse Effect Level (LOAEL).
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Ingestão Diária Aceitável–IDA (Acceptable daily intake-ADI)
A IDA de um produto químico é a estimativa da quantidade de uma substância em um alimento
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
da quantidade de uma substância em um alimento e/ou bebida-água, expressa sobre uma base de peso corpóreo, que pode ser ingerida diariamente durante toda a vida sem causar risco apreciável
IDA = NOAEL / FS
IDA = NOAEL / FS
Ingestão Diária Aceitável–IDA
FS :
FS : Variabilidade Humana
IDA = NOAEL / FS IDA = NOAEL / FS
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
FS :
FS : Variabilidade Humana
Extrapolação dos animais para humanos Utilização de estudos subcrônicos
Utilização de LOAEL Fatores adicionais
Classificação de Efeitos Tóxicos Imediatos ou agudos
Aparecem imediatamente após uma exposição aguda (24 hs).
Efeitos crônicos
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Resultantes de uma exposição crônica
Somatória ou acúmulo-velocidade de eliminação/absorção
Somatória de efeitos-aumento de irreversíveis/reversíveis
Efeitos retardados
Período de latência ocorrendo mesmo após o termino da exposição
Classificação de Efeitos Tóxicos
Reações Idiossincráticas ou Idiossincrasias Químicas
Respostas quantitativas anormais a certos
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Respostas quantitativas anormais a certos agentes tóxicos provocados por alterações genéticas.
Reações Alérgicas ou Alergia Química
Reações que ocorrem após uma prévia sensibilidade do organismo.
Classificação de Efeitos Tóxicos
Efeitos Reversíveis e Irreversíveis
Relação dependente da capacidade de
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Relação dependente da capacidade de regeneração do tecido
Efeitos Locais e Sistêmicos
Podem ocorrer simultaneamente
Interação de Agentes Químicos Efeito Aditivo ou Adição: A(2) + B(3) = AB(5)
Produzido quando o efeito final dos dois agentes é igual à soma dos efeitos individuais, que aparecem quando eles são administrados separadamente. Ex : Organofosforados.
Efeito Sinérgico ou Sinergismo:
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Efeito Sinérgico ou Sinergismo: A(2) + B(3) = AB(20)
Ocorre quando o efeito dos agentes químicos combinados é maior do que a soma dos efeitos individuais. Ex: tetracloreto + etanol.
Potenciação: A(0) + B(2) = AB(10)
Ocorre quando um agente químico, que não tem ação sobre um determinado órgão, aumenta a ação de outro agente sobre este órgão. Ex : tetracloreto + isopropanol.
Interação de Agentes Químicos
Efeito Antagônico ou Antagonismo: A(4) + B(6) = AB(8)
- Antagonismo químico
Ocorre quando o antagonista reage quimicamente
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Ocorre quando o antagonista reage quimicamente com o agonista, inativando-o. Ex : quelantes
- Antagonismo funcional
Ocorre quando dois agentes produzem efeitos contrários em um mesmo sistema biológico atuando em receptores diferentes. Ex : barbitúricos e epinefrina.
Interação de Agentes Químicos
- Antagonismo não-competitivo
Atua na cinética do outro no organismo.
Ex: barbitúricos e bicarbonato
CONCEITOS DE TOXICIDEZ
Ex: barbitúricos e bicarbonato - Antagonismo competitivo
Ocorre quando os dois fármacos atuam sobre o mesmo receptor biológico, um antagonizando o efeito do outro.
Ex : naloxone e morfina
Em um experimento in vitro de íleo isolado de cobaia, a acetilcolina administrada na solução nutridora provocou contração, concentração dependente, com EC50 de 10 microM e tensão isométrica máxima de 5g.
Sabendo-se que o tratamento prévio da preparação com um antagonista colinérgico deslocou de forma paralela a curva log concentração/resposta, apresentando EC50 de 100 microM e efeito máximo em concentrações elevadas do agonista, pode-se afirmar que o antagonista é do tipo:
Tenente Farmacêutico CB
elevadas do agonista, pode-se afirmar que o antagonista é do tipo:
A) competitivo reversível.
B) competitivo irreversível.
C) não-competitivo.
D) alostérico.
E) fisiológico.
15-18) A administração de duas ou mais substâncias leva a interações químicas. Analise as afirmativas relacionadas ao assunto e marque a opção verdadeira:
( ) A interação entre duas substâncias com mecanismos de ação iguais, resulta em uma soma de efeitos produzidos por cada uma delas,
UECE- Perito Farmacêutico
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS / TOXICIDEZ
resulta em uma soma de efeitos produzidos por cada uma delas, levando a um efeito aditivo.*
( ) O tetracloreto de carbono e etanol são hepatotóxicos, mas, juntos, um bloqueia a ação do outro, produzindo uma anulação do efeito hepatotóxico.
( ) Sinergismo acontece quando uma determinada substância não tem efeito tóxico num certo órgão ou sistema, mas quando administrada junto a outra substância química com toxicidade específica em determinado órgão, torna a última muito menos tóxica;
( ) Potenciação acontece quando o efeito combinado das duas substâncias é igual ou superior soma matemática dos efeitos que cada uma delas produz quando administradas separadamente.
34-38) Os xenobióticos produzem seus efeitos alterando as condições fisiológicas e bioquímicas normais da célula. Com relação à ação dos tóxicos no organismo marque:
( ) Xenobióticos que interagem covalentemente com macromoléculas Questões do Último Concurso Perito PCERJ- 2000
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS
( ) Xenobióticos que interagem covalentemente com macromoléculas (proteínas e ácidos nucléicos) podem desencadear processos tóxicos como carcinogenicidade e mutagenicidade;
( ) Nem todos os tóxicos agem de maneira seletiva;
( ) Todos os tóxicos agem de maneira seletiva;
( ) De um modo geral, a intensidade do efeito tóxico depende da concentração do agente tóxico no sítio de ação;
( ) Os mecanismos de ação variam de acordo com as propriedades físico-químicas de cada substância.
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA
Compreende a análise de dados toxicológicos de uma substância química com o objetivo de classificá-la em categorias
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSo objetivo de classificá-la em categorias
toxicológicas, e ao mesmo tempo, fornecer
informações a respeito da forma correta e
segura de uso, bem como medidas de
prevenção e tratamento.
Efeito X Resposta
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSEfeito é utilizado para denominar uma alteração biológica
Resposta é utilizado para indicar a proporção de uma população que manifesta um efeito definido
A Resposta é a taxa de incidência de um Efeito
Relação dose/resposta para uma substância hipotética em uma população homogênea (efeito medido: letalidade).
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSRelação dose-resposta de três substâncias diferentes
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSA
B C
Eficácia:
A > B = C
Potência A = B > C
Relação dose-resposta de três substâncias diferentes
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSA
B C
Maiores inclinações:
indicam com indicam com freqüência uma absorção rápida Um rápido
começo dos efeitos tóxicos.
Relação dose-resposta de três substâncias diferentes
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSA
B C
As inclinações das retas das relações dose/resposta podem predizer o perigo das predizer o perigo das substâncias tóxicas, uma vez que essas inclinações
representam a
distância existente entre a dose tóxica mínima e a dose tóxica máxima.
Doses tóxicas mínima e máxima
Inclinação da reta: representa a segurança no manuseio de uma substância
Sabendo-se que dois fármacos A e B são agonistas de um mesmo subtipo de receptor, sendo que B produz 100% do efeito máximo em dose maior do que a do fármaco A (DE50 de B é maior que A) e que o efeito máximo de A é menor que o de B, pode-se afirmar que:
Tenente Farmacêutico CB
A) o fármaco A é mais eficaz que o fármaco B.
B) o fármaco A é mais potente que o fármaco B.
C) o fármaco B apresenta maior afinidade pelo receptor que o fármaco A.
D) o fármaco B é um agonista parcial.
E) o fármaco B é mais potente e menos eficaz que o fármaco A.
Indice Terapêutico (IT)
Razão entre a dose requerida para produzir um efeito tóxico e a dose necessária para provocar a resposta terapêutica desejada.
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSIT = DL50/DE50
DL50 é a dose letal para 50% da população analisada DE50 é a dose efetiva para 50% da mesma
população.
Margem de segurança(MS)
MS = DL1/DE99
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOSDL1 é a dose letal para 1% da população estudada DE99 é a dose efetiva para 99% da mesma
população.
C
ONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS DL50 de algumas substâncias11-14) Os xenobióticos produzem seus efeitos alterando as condições fisiológicas e bioquímicas normais da célula. Com relação à ação dos tóxicos no organismo marque:
( ) Um dos parâmetros utilizados para expressar o grau de toxicidade UECE- Perito Farmaceutico
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS
( ) Um dos parâmetros utilizados para expressar o grau de toxicidade crônica das substâncias químicas é a DL50
( ) A natureza dos efeitos tóxicos produzidos por um certo agente químico independe da freqüência e duração da exposição.;
( ) Com base nos valores de DL50 , as substâncias que necessitam de altas doses para produzir o efeito tóxico são classificados como altamente tóxicos;
( ) A DL50 possibilita saber se um toxicante é absorvido com a mesma eficiência por diferentes vias de administração;
19-22) Tendo em vista os indicadores de toxicidade, considere as seguintes afirmativas:
( ) DL50, dose que mata 50% dos animais de experimentação, é obtida a POLÍCIA CIVIL- Perito Criminal
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS
( ) DL50, dose que mata 50% dos animais de experimentação, é obtida a partir de ensaios de toxicidade oral ou dérmica aguda; *
( ) CL50, concentração de substância que pode ser ingerida em até 50%
da dieta, é decorrente de ensaios de toxicidade aguda;
( ) IDA, concentração de substância que pode ser ingerida diariamente, por toda a vida, sem que se observem efeitos nocivos, é obtida a partir do NOEL dividido por fatores de incerteza;*
( ) NOEL, concentração máxima de resíduo, é decorrente de ensaios toxicológicos.
Os complexos eventos envolvidos no processo de intoxicação podem ser desdobrados, para fins didáticos, em 4 fases, chamadas de fases da intoxicação:
A. Fase de exposição: nesta fase, as superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o agente tóxico.
B. Fase toxicocinética: Estão aqui incluídos a absorção,
FASES DA INTOXICAÇÃO
B. Fase toxicocinética: Estão aqui incluídos a absorção, distribuição, armazenamento em diferentes tecidos, biotransformação e excreção dos agentes químicos.
C. Fase toxicodinâmica: compreende a interação entre as moléculas do toxicante com os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático.
D. Fase clínica: é a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas.
FASES DE EXPOSIÇÃO
Principais Vias de Acesso de Agentes Químicos
• Cutânea / Mucosa
• Oral (digestiva)
• Respiratória
• Vias Parenterais: intramuscular, intravenosa, etc...
Importância das vias para investigação toxicológica
FASES DE EXPOSIÇÃO
Vias de exposição - Exemplo
Lindano
• Via Dérmica - DL50 = 900 mg/kg
• Via Oral - DL50 = 90 mg/kg
(Fonte: LARINI, 1999)
Toxicocinética
Ramo da Toxicologia que estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico
que atua sobre o organismo e a T
T
OXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICAque atua sobre o organismo e a
concentração dele no plasma, relacionando os processos de absorção, distribuição e
eliminação deste agente, em função do
tempo.
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Absorção
É a passagem de substâncias do local de contato para a corrente sangüínea.
1 - Absorção
para a corrente sangüínea.
A passagem dos xenobióticos pelas membranas biológicas podem ocorrer por diferentes mecanismos, dependendo de suas propriedades físico-químicas.
Transporte Através de Membranas
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Moléculas
transportadas
Molécula carreadora
Difusão simples Difusão facilitada Transporte passivo
Difusão passiva através de membranas
Transporte Através de Membranas TOXICOCINÉTICA
TOXICOCINÉTICA
membranas
Taxa de Penetração = (P/E) x S x ∆ C
P = permeabilidade E = espessura
S = superfície
∆ C = gradiente de concentração
1 - Fatores relativos à membrana:
TOXICOCINÉTICA TOXICOCINÉTICA
Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos
Espessura
Superfície de contato (área)
Permeabilidade
Transporte Através de Membranas
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Superfície de contato
Fração não absorvida da dose
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos
Minutos
Estômago, pH = 3
Intestino, pH = 6
Fração não absorvida da dose
Transporte Através de Membranas
2 - Fatores relativos ao agente químico:
Gradiente de concentração
Grau de dissolução T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos
Grau de dissolução
Grau de ionização
Lipossolubilidade relativa das formas ionizadas e não-ionizadas,
Forma e tamanho molecular
Ligação à proteínas teciduais
Volatilidade e Viscosidade
pH Porção não-ionizada (%)
ácido benzóico (pKa = 4) anilina (pKa = 5)
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos
ácido benzóico (pKa = 4) anilina (pKa = 5)
2 99,0 0,1
3 90,0 1,0
5 10,0 50,0
7 0,1 99,0
Efeito do pH e o grau de ionização do ácido benzóico e anilina.
3 - Outros Fatores:
Quantidade e qualidade de alimento do estômago
T
TOXICOCINÉTICAOXICOCINÉTICA
Fatores que Afetam a Absorção de Xenobióticos
estômago
Posição
Via de administração
Motilidade intestinal
Integridade cutânea
Temperatura
dentre outras.
52-55) A absorção de uma droga pode ser afetada por diferentes fatores.
Podemos afirmar que:
( ) Drogas que são inativas pelo baixo pH do estômago não podem ser Perito Polícia Federal - Perito Criminal (1993)
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS
( ) Drogas que são inativas pelo baixo pH do estômago não podem ser administradas por via oral;
( ) A solubilidade de uma droga não é fator limitante para a sua absorção, uma vez que suspensões também podem ser absorvidas;
( ) Substâncias lipossolúveis têm acesso rápido ao sistema vascular e podem atingir o sistema nervoso central;
( ) Drogas ácidos, como por exemplo a aspirina, são absorvidas principalmente no duodeno.
57) Com relação à toxicocinética, numere a coluna da direita de acordo com a coluna da esquerda.
1. Absorção.
2. Toxicocinética.
3. Transporte passivo.
POLÍCIA CIVIL - Perito Oficial Toxicologista
CONCEITOS DE AGENTES TÓXICOS
3. Transporte passivo.
4. Difusão facilitada
( ) Mecanismo dependente do gradiente de concentração;
( ) Processo no qual a substância é transportada por carregador;
( )Permite a avaliação dos movimentos dos agentes tóxicos no organismo;
( ) Permite a avaliação do movimento de substâncias do local de contato com a circulação sangüínea.