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CIA SANEAMENTO BÁSICO ESTADO SÃO PAULO /

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Academic year: 2022

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1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (“SABESP” ou “Companhia”) tem por objeto social a operação dos sistemas públicos de água e esgoto no Estado de São Paulo, mediante a concessão desses serviços a uma vasta rede de clientes residenciais, comerciais, industriais e governamentais. A Companhia também fornece água por atacado a municípios da Região Metropolitana de São Paulo, que não possuem sistemas de produção de água.

A partir da Lei 12.292, outorgada em 2 de março de 2006, a Companhia poderá prestar serviços de água e esgoto fora do Estado de São Paulo, inclusive em outros países, tanto diretamente como através de consórcios nacionais ou internacionais, ter participação em outras sociedades estatais ou de capital misto, bem como constituir subsidiárias, coligar-se ou participar de empresa privada ligada ao setor de saneamento.

A Companhia opera os serviços de água e esgoto em 367 municípios do Estado de São Paulo. Na quase totalidade desses municípios atua mediante contrato de concessão, a maioria destes com prazo de 30 anos de duração. Os 17 (dezessete) contratos de concessão que expiraram em 2005 foram prorrogados ou estão em negociação. Até 31 de dezembro de 2006, expirarão 135 contratos e os demais entre 2007 e 2034. A Administração prevê que as referidas concessões serão renovadas ou prorrogadas, não havendo assim descontinuidade no fornecimento de água e coleta de esgoto. Em 30 de junho de 2006, o valor contábil líquido do imobilizado utilizado nos respectivos municípios onde as concessões estão em negociação ou expirarão em 2006 totalizam R$ 1,62 bilhões, e a receita líquida totaliza R$ 358 milhões em relação a essas concessões.

A Companhia não possui um documento formal para o fornecimento dos serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo, que responde por importante parcela da receita das vendas e serviços prestados. Em Santos, município da Baixada Santista e que também possui população expressiva, a Companhia opera amparada em escritura pública de autorização, situação similar de alguns outros municípios das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, nos quais a Companhia passou a operar após a fusão das companhias que a constituíram. A Administração acredita que a Companhia possui um direito adquirido de fornecer serviços de água e esgoto nessas municipalidades baseada, entre outras coisas, em sua propriedade dos respectivos sistemas de água e esgoto que servem à Cidade de São Paulo e esses outros municípios e determinados direitos de sucessão decorrentes da fusão que formou a Companhia.

Em geral, a Companhia não enfrenta nenhuma concorrência nos municípios nos quais fornece serviços de água e esgoto e a administração entende que naqueles municípios a Companhia possui direito exclusivo de prestar tais serviços.

Todas as informações sobre áreas de concessão, número de municípios, volume de água e esgoto e outros dados correlatos divulgados neste relatório, que não derivam das demonstrações contábeis e/ou financeiras, não foram auditadas.

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2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras da Companhia, que são utilizadas como base para determinação dos cálculos de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido e de dividendos mínimos obrigatórios, foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Legislação Societária Brasileira (Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores) e em regras e regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários - CVM e das normas contábeis emitidas pelo IBRACON.

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

(a) Apuração do resultado

(i) Receitas com vendas e prestação de serviços

As receitas de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto são reconhecidas por ocasião do consumo de água ou por ocasião da prestação dos serviços. As receitas de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto prestados, não faturadas, são reconhecidas como contas a receber de clientes com base em estimativas mensais, de forma que as receitas se contraponham aos custos na competência adequada.

(ii) Despesas e receitas financeiras

Representadas substancialmente por juros, variações monetárias e cambiais, decorrentes de empréstimos e financiamentos e aplicações financeiras, calculados e registrados contabilmente pelo regime de competência.

(iii) Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base no resultado tributável.

As alíquotas utilizadas são de 15%, mais adicional de 10%, para imposto de renda e 9% para a contribuição social. Esses impostos são contabilizados pelo regime de competência.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos relativo a prejuízos fiscais e diferenças temporais são calculados e registrados com base nos valores futuros tributáveis ou dedutíveis e são registrados na medida em que sua realização seja provável.

Conforme deliberado pela CVM, a Companhia decidiu não reconhecer o imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre a reserva de reavaliação do imobilizado registrada até 1991.

(iv) Demais receitas e despesas

As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.

(b) Disponibilidades

As disponibilidades são compostas, principalmente, de depósitos bancários e aplicações financeiras e são apresentadas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos, quando aplicável. As aplicações financeiras

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representadas principalmente por Certificados de Depósitos Bancários – CDB’s. Os depósitos em moeda estrangeira, se existentes, são convertidos para reais com base nas taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços. A Companhia é obrigada por lei a aplicar seus recursos excedentes junto a instituições financeiras controladas pelo Governo do Estado (Nota 5).

(c) Contas a receber de clientes e provisão para devedores duvidosos

Os valores a receber de clientes geralmente não consideram encargos financeiros, atualização monetária ou multa, exceto no caso de acordos para valores refinanciados.

A Companhia constitui provisão para devedores duvidosos em um montante considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis nas contas a receber, com base na análise do vencimento dos recebimentos, levando em consideração a expectativa de recuperação nas diversas categorias de contas de clientes. A provisão é constituída para as contas superiores a R$ 5 e vencidas há mais de 360 dias e superiores a R$ 30 e vencidas há mais de 360 dias, que estejam em processo de cobrança judicial. Saldos de contas a receber inferiores a R$ 5 e vencidos há mais de 180 dias são baixados diretamente contra o resultado do período.

(d) Estoques

Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são avaliados ao custo médio de aquisição ou valor de realização, dos dois o menor, e estão classificados no ativo circulante.

Os estoques destinados a investimentos estão classificados no ativo imobilizado e são avaliados ao custo médio de aquisição.

(e) Demais ativos realizáveis a curto ou longo prazos

Os demais ativos realizáveis a curto ou longo prazos são demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos.

(f) Imobilizado

Demonstrado ao custo corrigido até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos:

Depreciações de bens do imobilizado – calculadas pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota 6.a.

A reavaliação de bens do imobilizado, efetuada em duas etapas em 1990 e 1991, foi baseada em laudo de avaliação emitido por peritos independentes, registrada em contrapartida à conta “Reserva de Reavaliação” no Patrimônio Líquido, e é realizada mediante depreciação, alienação e baixas dos respectivos bens, a crédito da conta “Lucros acumulados”.

As doações de imobilizado recebidas de terceiros e de órgãos públicos utilizados pela Companhia na prestação dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto são registradas como reserva de capital.

Os projetos de obras em andamento estão registrados ao custo e estão principalmente relacionados com projetos de construção contratados junto a terceiros.

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Capitalização de juros

Os encargos financeiros relacionados a empréstimos e financiamentos, destinados a obras em andamento, são apropriados ao custo das mesmas.

Os juros capitalizados são depreciados com o custo do ativo, uma vez que o respectivo ativo passe a ser operacional.

Reparos e manutenção

Benfeitorias em bens existentes são capitalizadas, enquanto as despesas de manutenção geral e reparos são contabilizadas no resultado na medida em que são incorridas. Materiais alocados a projetos específicos são adicionados a obras em andamento.

Não recuperação de ativos de longa duração

A Companhia analisa ativos de longa duração, principalmente estruturas e sistemas de água e esgoto, incluindo imobilizado e ativos de concessão, que devem ser mantidos e usados em suas atividades, para fins de cálculo e determinação do grau de deterioração, em base recorrente, ou quando eventos ou mudanças nas circunstâncias indicam que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos não é recuperável. A Companhia avalia a não recuperação dos ativos de longa duração com base na recuperação estimada de despesas de depreciação através dos resultados das operações. O valor contábil de ativos ou grupos de ativos é reduzido ao valor de realização se e quando apropriado.

(g) Diferido

O ativo diferido é composto por gastos diferidos com projetos e estudos técnicos, os quais estão sendo amortizados linearmente pelo período de 5 anos a partir da data em que os benefícios começam a ser gerados.

(h) Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos das provisões para os respectivos encargos financeiros. Empréstimos e financiamentos denominados em moedas estrangeiras são convertidos para reais na data do encerramento do período. Os ajustes resultantes de variação cambial são reconhecidos, quando incorridos, na rubrica “receita (despesa) financeira, líquida”.

(i) Salários e encargos sociais

Os salários e demais encargos sobre folha de pagamento, incluindo provisões para férias, 13º salário e os pagamentos complementares negociados em acordos coletivos de trabalho, adicionados dos encargos sociais correspondentes, são apropriados pelo regime de competência.

(j) Provisão para contingências

A provisão para contingências é constituída por valores estimados para cobertura de eventuais perdas relacionadas a processos trabalhistas, tributários, cíveis, comerciais, ambientais e outras reclamações e processos, nas instâncias administrativas e judiciais, quando tais perdas são consideradas prováveis. Os saldos das provisões para contingências estão sendo apresentados líquidos dos respectivos depósitos judiciais.

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(k) Gastos ambientais

Gastos relacionados a programas ambientais contínuos são registrados no resultado à medida de sua ocorrência. Os programas contínuos são elaborados e executados para minimizar o impacto ambiental causado pelas operações e para a gestão dos riscos ambientais relacionados às atividades da Companhia. As provisões assim classificadas são registradas quando julgadas prováveis e razoavelmente estimáveis pela Administração.

(l) Benefícios de Pensão e Aposentadoria

A Companhia patrocina um plano de pensão privado de benefício definido, que é operado e administrado pela Fundação SABESP de Seguridade Social (“SABESPREV”). A Resolução nº 371 da CVM, de 13 de dezembro de 2000, determina o reconhecimento do passivo atuarial superior aos ativos do plano. A Companhia optou por reconhecer a obrigação transitória na data de adoção no resultado em base linear por cinco anos, com início em 1 de Janeiro de 2002.

(m) Demais passivos exigíveis a curto ou longo prazos

Os demais passivos exigíveis a curto ou longo prazos são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais.

(n) Juros sobre o capital próprio

Foram contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei 9.249/95, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação pró-rata dia, da taxa de juros de longo prazo – TJLP e demonstrados contabilmente de acordo com a deliberação CVM nº 207/96.

(o) Lucro por ação

O lucro por ação é determinado considerando-se a quantidade de ações em circulação na data do encerramento dos períodos.

(p) Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer que a Administração faça estimativas e premissas que afetam os valores de ativos e passivos registrados, bem como os valores de receitas e despesas informados para os períodos em questão. Os resultados reais poderão diferir dessas estimativas.

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4. CLIENTES

(a) Sumário dos saldos de contas a receber de clientes

30/06/2006 31/03/2006

Particulares

Clientes de rol comum e rol especial (i) (ii) 821.779 841.856

Acordos (iii) 165.267 153.777

987.046 995.633

Entidades Governamentais

Municipal 418.327 393.134

Federal 21.885 20.999

Acordos 73.818 66.087

514.030 480.220

Por atacado – Prefeituras Municipais (iv)

- Guarulhos 316.116 304.536

- Mauá 102.079 97.867

- Mogi das Cruzes 4.127 4.058

- Santo André 273.224 265.051

- São Caetano do Sul 2.761 2.706

- Diadema 77.854 76.937

776.161 751.155

Fornecimento a faturar 226.539 233.993

Subtotal 2.503.776 2.461.001

Provisão para devedores duvidosos (991.878) (962.557)

Total clientes 1.511.898 1.498.444

Circulante 1.214.648 1.227.224

Longo prazo (v) 297.250 271.220

(i) Rol comum – residenciais, pequenas e médias empresas.

(ii) Rol especial – grandes consumidores, comércio, indústrias, condomínios e consumidores com características especiais de faturamento (efluentes industriais, poços, etc.).

(iii) Acordos – parcelamentos de débitos vencidos (de empresas não controladas pelo governo). As quantias negociadas em acordos vencem aproximadamente entre 6 e 12 meses, exceto por determinadas quantias devidas por prefeituras municipais com vencimentos até 2011.

(iv) Por atacado - Prefeituras municipais - O saldo de contas a receber de clientes por atacado refere-se à venda de água tratada aos municípios, que são responsáveis pela distribuição, faturamento e arrecadação junto aos consumidores finais, conforme movimentação abaixo:

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jun/06 mar/06

Saldo no início do período 751.155 727.892

Faturamento por serviços prestados 64.204 64.135

Recebimentos – serviços do exercício corrente (36.666) (27.731) Recebimentos – serviços de exercícios anteriores (2.532) (13.141)

Saldo no final do período 776.161 751.155

Circulante 14.421 13.108

Longo prazo 761.740 738.047

(v) A parcela de longo prazo consiste de contas a receber vencidas e renegociadas junto a clientes e valores vencidos de fornecimento por atacado a prefeituras municipais. Está registrada líquida da provisão para devedores duvidosos no valor de R$ 561.582 em 30 de junho de 2006 (mar/2006 – R$ 545.675).

(b) Sumário de contas a receber de clientes por vencimento

jun/06 mar/06

Valores a vencer (incluindo valores não faturados) 754.595 729.555

Vencidos:

Até 30 dias 195.571 171.569

Entre 31 e 60 dias 76.042 81.808

Entre 61 e 90 dias 59.566 61.006

Entre 91 e 120 dias 49.718 60.151

Entre 121 e 180 dias 99.976 105.703

Entre 181 e 360 dias 195.703 157.958

Há mais de 360 dias 1.072.605 1.093.251

Total 2.503.776 2.461.001

(c) Provisão para devedores duvidosos

(i) O montante do complemento da provisão no período pode ser assim apresentado:

2º tri/06 1º tri/06

Saldo no início do período 962.557 920.736

De particulares / entidades públicas 3.077 15.777

Clientes por atacado 26.244 26.044

Despesas com devedores duvidosos do período

(líquida de recuperações) 29.321 41.821

Saldo atual 991.878 962.557

Circulante 430.296 416.882

Longo Prazo 561.582 545.675

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(ii) No resultado

A Companhia contabilizou prováveis perdas de créditos no contas a receber apuradas no segundo trimestre de 2006 no montante de R$ 55.896 (líquidas de créditos recuperados, sendo R$ 26.575 até R$ 5 e R$ 29.321 acima de R$ 5), diretamente ao resultado do período, obedecendo as diretrizes da lei nº 9.430/96, na rubrica

“despesas com vendas”. No segundo trimestre de 2005 essas perdas foram de R$ 60.395.

2º tri/06 2º tri/05

Provisões (acima de cinco mil reais) (48.118) (50.271)

Recuperações (acima de cinco mil reais) 18.797 12.915

Baixa (inferiores ou iguais a cinco mil reais) (44.946) (41.752) Recuperações (inferiores ou iguais a cinco mil reais) 18.371 18.713

Despesas (Nota 15) (55.896) (60.395)

A Administração acredita que a provisão para devedores duvidosos é suficiente para absorver prováveis perdas de créditos a receber de clientes.

(d) Valores não faturados

Valores não faturados representam serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto prestados, mas ainda não faturados, estimados desde a data da última de medição até o final do mês com base nos faturamentos do mês anterior.

5. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

A Companhia participa de transações com seu acionista controlador, o Governo do Estado, e empresas a ele relacionadas.

(a) Contas a receber do Governo do Estado

jun/06 mar/06

Circulante:

Serviços de água e esgoto (i) 168.626 129.357

Acordo GESP (iii) e (iv) 56.986 56.344

Total do circulante 225.612 185.701

Longo prazo:

Serviços de água e esgoto - Acordo GESP (iii) e (iv) 104.601 117.385 Reembolso de complementos de aposentadoria e pensão pagos (ii) 718.957 695.630

Total de longo prazo 823.558 813.015

Total de recebíveis do acionista 1.049.170 998.716

Prestação de serviços de água e esgoto 330.213 303.086 Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão 718.957 695.630

1.049.170 998.716

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(b) Juros Sobre o Capital Próprio a pagar 325.366 325.366 (c) Receita Operacional

Receita bruta de vendas e serviços prestados 2º tri/06 2º tri/05

Venda de água 44.780 43.314

Serviço de esgoto 36.912 36.428

Recebimentos (42.423) (22.748)

A Companhia não registra provisão para devedores duvidosos contra quaisquer montantes a ela devidos pelo Governo do Estado ou por entidades controladas pelo Governo do Estado, pois não espera incorrer em perdas com tais créditos.

(i) Serviços de água e esgoto

A Companhia presta serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos para o Governo do Estado e demais empresas a ele relacionadas, em condições consideradas pela Administração como normais de mercado, exceto quanto à forma de liquidação dos créditos, que poderá ser realizada nas condições mencionadas nos itens (iii) e (iv).

(ii) Reembolso de complementação de aposentadorias e pensões

Reembolso de complementação de aposentadoria e pensões representa o benefício complementar de pensão e licença-prêmio pago pela Companhia em nome do Governo do Estado para ex-funcionários oriundos das companhias estatais que se fundiram para a constituição da SABESP. Os montantes envolvidos devem ser ressarcidos à Companhia pelo Governo do Estado, na qualidade de principal devedor, conforme Lei Estadual nº 200/74. Em 30 de junho de 2006 e 31 de março de 2006, 2.699 e 2.761 aposentados, respectivamente, receberam complementos de aposentadoria, para os quais a Companhia pagou R$ 23.327 e R$ 22.915 nos períodos findos em 30 de junho de 2006 e 31 de março de 2006, respectivamente. Havia 182 empregados ativos em 30 de junho de 2006 que farão jus a esses benefícios por ocasião de sua aposentadoria, em comparação aos 188 em 31 de março de 2006.

(iii) Acordo GESP

Celebrado em 11 de dezembro de 2001, entre a Companhia, o Governo do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda e o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, com a interveniência da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, onde o Estado reconhece que por força da Lei nº. 200/74, é responsável pelos benefícios decorrentes de complementação de aposentadorias e pensões e reconhece a existência de débitos originários de faturas correspondentes à prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto. O total do acordo foi de R$ 678.830, a valor histórico, sendo R$ 320.623 referentes aos benefícios de complementação de aposentadoria e pensões no período de março de 1986 a novembro de 2001, e R$ 358.207 provenientes da prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos, faturados e vencidos de 1985 até 1º de dezembro de 2001.

Tendo em vista a importância estratégica dos reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova, para a garantia da manutenção do volume de água do Alto Tietê, o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE transferirá esses bens à Companhia a título de amortização parcial, mediante cessão de crédito, do montante devido pelo Estado. Os trabalhos de avaliação dos reservatórios, estão concluídos e

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aprovados pelo Conselho de Administração da Companhia, que indicam o montante de R$ 300.880 (data base – junho de 2002), como consta do respectivo laudo.

Com base no ofício n° 53/2005 do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC, datado de 21 de março de 2005 foram retomadas as negociações entre a Companhia e o Governo do Estado para o equacionamento da dívida nos termos definidos no acordo GESP incluindo os valores vencidos após novembro de 2001. Essas negociações deverão ser consolidadas em um segundo aditivo ao Acordo com o Governo do Estado e a SABESP. A Companhia contratou a FIPECAFI para apuração dos valores efetivamente reembolsáveis pelo Governo do Estado, levando em conta a orientação jurídica da Procuradoria Geral do Estado.

Uma vez definido o valor do débito e o critério de atualização monetária, a SABESP poderá tomar as medidas cabíveis junto ao DAEE para a transferência dos direitos de propriedade dos reservatórios do Sistema Alto Tietê já que não existe impedimento judicial, tendo em vista que o Estado recorreu tempestivamente contra a sentença de procedência proferida na ação civil pública e obteve a suspensão dos seus efeitos.

Deverão constar ainda desse segundo aditamento os critérios para o ressarcimento mensal dos valores futuros a serem despendidos pela SABESP.

Não é possível determinar os efeitos líquidos no balanço decorrentes dessa negociação. A Administração não espera incorrer em perdas líquidas significativas relativamente às diferenças apuradas entre os valores considerados reembolsáveis pelo Governo do Estado e os valores efetivamente pagos pela SABESP.

Os saldos de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto foram incluídos no 1º aditamento conforme descrito abaixo (iv).

(iv) Primeiro Aditamento ao Acordo GESP

Em 22 de março de 2004, a Companhia e o Governo do Estado aditaram os termos do Acordo GESP original, (1) consolidando e reconhecendo valores devidos pelo Governo do Estado por serviços prestados de fornecimento de água e coleta de esgoto até fevereiro de 2004, corrigidos monetariamente até fevereiro de 2004; (2) formalmente autorizando a compensação de valores devidos pelo Governo do Estado com juros sobre o capital próprio declarados pela Companhia e qualquer outro débito existente junto ao Governo do Estado em 31 de dezembro de 2003, corrigido monetariamente até fevereiro de 2004; e (3) definindo as condições de pagamento das obrigações remanescentes do Governo do Estado pelo recebimento da prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto.

Nos termos do Aditamento, o Governo do Estado reconheceu os valores devidos para a Companhia por serviços prestados de abastecimento de água e coleta de esgoto até fevereiro de 2004, no montante de R$ 581.779, incluindo correção monetária baseada na Taxa de Referência (TR) ao final de cada exercício, até fevereiro de 2004. A Companhia reconheceu valores a pagar ao Governo do Estado relacionados a juros sobre o capital próprio no montante de R$ 518.732, incluindo (1) valores declarados e pagos relacionados a anos anteriores a 2003 (R$ 126.967), (2) correção monetária desses valores baseada na variação anual do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FIPE) até fevereiro de 2004 (R$ 31.098); e (3) valores declarados e devidos relativos a 2003 (R$ 360.667).

A Companhia e o Governo do Estado acordaram sobre a compensação recíproca de R$ 404.889 (corrigidos monetariamente até fevereiro de 2004). A obrigação remanescente de R$ 176.890, em 29 de fevereiro de 2004, está sendo paga em parcelas mensais de maio de 2005 até abril de 2009, e corrigidas monetariamente pelo Índice de Preços ao Consumidor Atacado (IPCA/IBGE) acrescidas de juros de 0,5%.

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O Aditamento ao Acordo GESP não prevê valores devidos pelo Governo do Estado relacionados ao complemento de aposentadoria e benefícios do plano de pensão, pagos em nome do Governo do Estado pela Companhia. Esses valores continuam sujeitos aos termos do Acordo GESP original. Uma parcela desse montante poderá ser compensada com a transferência de reservatórios que integram o Sistema do Alto Tietê. A Companhia e o Governo do Estado estão em negociações para a transferência e compensação dos valores adicionais devidos.

A Administração acredita que todos os valores devidos pelo Governo do Estado são recebíveis e não espera incorrer em perdas com tais contas a receber.

(d) Disponibilidades

A Companhia tinha saldo de bancos e aplicações financeiras junto a instituições financeiras controladas pelo Governo do Estado no montante de R$ 303.758 em 30 de junho de 2006 (R$ 445.145 em 31 de março de 2006). As receitas financeiras oriundas dessas aplicações financeiras foram de R$ 27.645 e R$ 15.466 nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, respectivamente.

(e) Acordo para uso de reservatórios

A Companhia utiliza os reservatórios de Guarapiranga e Billings, bem como alguns reservatórios do Sistema Alto Tietê, que são de propriedade de outras companhias controladas pelo Estado de São Paulo, e não paga qualquer honorário pela utilização.

A Companhia tem o direito de utilizar a água e explorar os reservatórios do Sistema Alto Tietê durante 30 anos, a partir de 1997.

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6. IMOBILIZADO

jun/06 mar/06

Custo Depreciação Amortização

Acumulada Líquido Líquido

Em operação

Sistema de água

Terrenos 941.584 - 941.584 937.416

Estruturas 2.678.453 (1.367.884) 1.310.569 1.325.158

Ligações 808.106 (333.465) 474.641 476.587

Hidrômetros 272.786 (138.347) 134.439 135.653

Redes 3.256.376 (978.556) 2.277.820 2.284.608

Equipamentos 251.150 (164.160) 86.990 90.401

Outros 520.125 (227.908) 292.217 286.052

Subtotal 8.728.580 (3.210.320) 5.518.260 5.535.875

Sistema de esgotos

Terrenos 354.114 - 354.114 352.114

Estruturas 1.485.318 (545.692) 939.626 934.341

Ligações 858.397 (336.397) 522.000 522.318

Redes 4.680.432 (1.082.986) 3.597.446 3.611.064

Equipamentos 501.676 (374.366) 127.310 139.229

Outros 27.263 (2.172) 25.091 14.553

Subtotal 7.907.200 (2.341.613) 5.565.587 5.573.619

Uso geral

Terrenos 107.707 - 107.707 107.707

Estruturas 122.529 (67.792) 54.737 55.265

Equipamentos de transporte 134.103 (126.125) 7.978 9.391 Móveis, utensílios e equipamentos 278.608 (187.397) 91.211 96.314 Terrenos cedidos em comodato 20.556 - 20.556 20.556 Bens cedidos em comodato 8.462 (2.536) 5.926 5.926

Subtotal 671.965 (383.850) 288.115 295.159

Total em operação 17.307.745 (5.935.783) 11.371.962 11.404.653

Em andamento

Sistema de água 745.328 - 745.328 720.940

Sistema de esgotos 1.529.090 - 1.529.090 1.451.516

Outros 20.048 - 20.048 20.204

Total em andamento 2.294.466 - 2.294.466 2.192.660

Bens intangíveis 589.678 (90.404) 499.274 500.003

Total geral 20.191.889 (6.026.187) 14.165.702 14.097.316

(13)

A depreciação é calculada às seguintes taxas anuais: estruturas – 4%; redes – 2%; equipamentos – 10%;

hidrômetros – 10%; equipamentos de transporte – 20%; equipamentos de computação – 20%; ligações prediais – 5% e móveis, utensílios e equipamentos – 10%. Quando aplicável, as taxas de depreciação são ajustadas para levar em conta mudanças na vida econômica restante estimada dos ativos a medida em que são substituídos.

A amortização dos bens intangíveis é realizada durante a vigência dos contratos de concessão dos municípios assumidos.

(b) Obras em andamento

A previsão para desembolsos a partir do terceiro trimestre de 2006 até 2011, referentes a investimentos já contratados, é de aproximadamente R$ 976.000 (informação não revisada pelos auditores independentes).

(c) Baixas dos bens do imobilizado

No segundo trimestre de 2006 e 2005 a Companhia baixou bens do ativo imobilizado no valor de R$ 956 e R$ 1.448, respectivamente, relacionadas ao grupo de bens em operação, motivadas por obsolescência, furtos e alienação.

Estudos que comprovam as baixas motivadas por obsolescência foram concluídos pela Companhia no período contábil da baixa baseados em projeções de fluxos de caixa não descontados, e foram aprovados pela Administração. O valor contábil do imobilizado é monitorado continuamente e ajustado, quando apropriado, para assegurar que a receita operacional projetada futura seja suficiente para ressarcir o valor contábil dos ativos.

(d) Desapropriações

Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de desapropriações ou instituição de servidão de passagem em propriedades de terceiros, procedidas de acordo com a legislação pertinente. Seus proprietários serão ressarcidos por meios amigáveis ou judiciais. A previsão para desembolsos a serem realizados a partir do terceiro trimestre de 2006, sem data prevista do efetivo desembolso, é de aproximadamente R$ 280.245 (informação não revisada pelos auditores independentes), os quais deverão ser cobertos com recursos próprios. Os bens objeto desses processos deverão ser registrados no ativo imobilizado quando concretizada a operação. No segundo trimestre de 2006 o valor referente às desapropriações foi de R$ 1.829 (no segundo trimestre de 2005 – R$ 4.028).

(e) Efeitos fiscais sobre reavaliação de ativos

Os bens do imobilizado foram objeto de reavaliação ocorrida em 1990 e 1991 e estão sendo depreciados por taxas anuais que correspondem ao tempo de vida útil remanescente, definidos nos respectivos laudos que, via de regra, se situam nos intervalos das taxas retro-apresentadas.

Conforme permitido pela Instrução CVM nº 197/93, a Companhia deixou de provisionar o efeito fiscal diferido sobre a mais valia decorrente de reavaliação do ativo imobilizado ocorrida em 1990 e 1991. Caso fosse reconhecido o imposto de renda e contribuição social sobre a reserva de reavaliação, o montante não realizado até 30 de junho de 2006 seria de R$ 445.755 (R$ 476.314 até 30 de junho de 2005). Foi realizado no período de janeiro a junho de 2006 o montante de R$ 46.205 (janeiro a junho de 2005 – R$ 44.626).

(14)

(f) Concessões (i) Bens intangíveis

A partir do exercício de 1999, as negociações e aquisições de novas concessões passaram a considerar o resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação, emitido por peritos independentes.

Os prazos dessas concessões são normalmente por um período de 30 anos e em geral incluem o correspondente direito para operar os ativos de concessão para os quais a Companhia não tenha titularidade. O preço de aquisição para essas concessões contempla o valor justo da concessão, baseado nos relatórios de avaliação que levam em consideração os fluxos de caixa projetados e o período remanescente da concessão na data de aquisição. O custo dos ativos adquiridos é amortizado pelo período da concessão utilizando-se o método linear.

No segundo trimestre de 2006 e 2005 as despesas de amortização relacionadas aos direitos intangíveis de concessão foram de R$ 4.989 e R$ 4.900, respectivamente. A despesa de amortização para os próximos cinco anos é estimada em aproximadamente R$ 20.000 por ano.

(ii) Imobilizado em operação

O imobilizado em operação representa os bens envolvidos na prestação dos serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos em 352 municípios. Ao final da concessão, os bens deverão ser transferidos ao poder concedente, mediante indenização. Os demais municípios foram negociados por laudo econômico-financeiro, conforme descritos no item acima.

(g) Capitalização de juros e encargos financeiros

No segundo trimestre de 2006 e 2005, a Companhia capitalizou no imobilizado juros e variação monetária, incluindo variação cambial, no valor de R$ 6.284 e R$ (23.210) respectivamente, durante o período no qual os ativos estavam em construção.

(h) Ativos dados em garantia

Em 30 de junho e 31 de março 2006, a Companhia tinha ativos no valor de R$ 249.034 dados em garantia no Pedido de Parcelamento Especial – PAES (Nota 9).

Três dos imóveis da Companhia no valor de R$ 60.539 foram caucionados como garantia para financiamento junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD.

(i) Ativos não operacionais

A Companhia possuía em 30 de junho e 31 de março de 2006 R$ 26.482 relativos a ativos não operacionais, compostos principalmente por terrenos situados próximos às áreas operacionais.

(j) Ativos totalmente depreciados

Em 30 de junho e 31 de março de 2006, o valor contábil bruto dos ativos totalmente depreciados que ainda se encontram em uso é de R$ 347.234 e R$ 342.243, respectivamente.

(15)

7. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (i) Saldo devedor de empréstimos e financiamentos

jun/06 mar/06

Curto prazo

Longo

prazo Total Curto prazo

Longo

prazo Total

Vencimento final

Taxa anual de juros

Atualização

monetária Garantias

País

União Federal /

Banco do Brasil 204.639 1.943.908 2.148.547 199.415 1.987.390 2.186.805 2014 8,5% UPR

Gov.Est.S. Paulo Rec.Próprios Debêntures 4ª

Emissão 49.998 - 49.998 74.998 - 74.998 2006 CDI+1,2% - -

Debêntures 5ª

Emissão 44.955 - 44.955 149.229 149.229 298.458 2007 10,65% IGP-M - Debêntures 6ª

Emissão - 619.618 619.618 - 617.085 617.085 2010

CDI+1,75% e

11% IGP-M -

Debêntures 7ª

Emissão - 301.891 301.891 - 301.226 301.226 2010 CDI+1,5% e

10,8% IGP-M -

Debêntures 8ª

Emissão - 701.336 701.336 - 699.041 699.041 2011 CDI+1,5% e

10,75% IGP-M - CEF 45.601 458.124 503.725 44.141 463.050 507.191 2007 a 2022 5 % a 9,5% UPR Rec.Próprios FIDC –

SABESP I 41.667 208.333 250.000 27.778 222.222 250.000 2011 CDI+0,7% - Rec.Próprios BNDES 31.107 169.156 200.263 29.688 177.357 207.045 2013

3% + TJLP

limite 6% - Rec.Próprios Outros 2.706 23.496 26.202 2.566 23.907 26.473 2009 a 2011

12% / CDI /

TJLP+6% UPR -

Juros e Encargos 102.028 - 102.028 124.732 - 124.732

Total do País 522.701 4.425.862 4.948.563 652.547 4.640.507 5.293.054

Exterior

BIRD

US$ 4.391 mil 9.503 - 9.503 9.340 4.671 14.011 2007 4,84% Var.cesta de

moedas + US$ Gov.Federal Soc.Génerale

EUR 524 mil 1.449 - 1.449 2.684 - 2.684 2006 4,04% EUR Gov.Federal BID

US$ 440.674 mil 97.317 856.434 953.751 94.198 857.069 951.267 2007 a 2025 3% a 7,7% Var.cesta de

moedas + US$ Gov.Federal Euro Bônus

US$ 225.000 mil - 486.968 486.968 - 488.790 488.790 2008 12% US$ - JBIC

Yene 465.726mil - 8.812 8.812 - 4.691 4.691 2029 1,8% e 2,5% Yene Gov.Federal Juros e Encargos 11.491 - 11.491 29.778 - 29.778

Total do exterior 119.760 1.352.214 1.471.974 136.000 1.355.221 1.491.221

Total 642.461 5.778.076 6.420.537 788.547 5.995.728 6.784.275 Em 30 de junho de 2006 a Companhia não possuía saldos de empréstimos e financiamentos captados no curto prazo.

Cotação de 30 de junho de 2006: US 2,1643; EUR 2,76814; Yene 0,018920

UPR: Unidade Padrão de Referência TJLP : Taxa de Juros de Longo Prazo VARIAÇÃO DA CESTA DE MOEDAS: Valor referente a unidade de conta BID e BIRD EUR: Euro

CDI: Certificado de Depósito Interbancário IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado

(16)

(ii) 5ª Emissão de debêntures

Em 19 de abril de 2006 a Companhia efetuou a liquidação antecipada da 5ª emissão de debêntures, 1ª série, cujo vencimento original estava previsto para março de 2007, no valor de R$ 106.373, utilizando para tanto parte dos recursos captados no Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios SABESP I – FIDC.

(iii) Cronograma de liquidação de empréstimos e financiamentos

O total do volume de dívidas a ser pago até o final de 2006 é de R$ 351.515, sendo o montante indexado ao dólar norte americano e ao euro de R$ 66.351, e o montante de R$ 285.164 refere-se a valores a vencer de juros e principal de empréstimos em reais.

2012

INSTITUIÇÃO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 em diante TOTAL

PAÍS

União Federal/Banco do Brasil 100.152 213.496 232.377 252.927 275.294 299.639 774.662 2.148.547 Caixa Econômica Federal - CEF 22.199 48.030 52.042 55.232 59.301 64.231 202.690 503.725 Debêntures 49.998 276.768 - 748.298 291.398 351.336 - 1.717.798 FIDC – SABESP I 13.889 55.556 55.556 55.556 55.556 13.887 - 250.000 BNDES 15.676 31.351 31.351 31.351 31.351 31.351 27.832 200.263

Outros 1.338 4.136 5.457 5.299 5.202 4.770 - 26.202 Juros e Encargos 81.912 20.116 - - - - - 102.028

Total País 285.164 649.453 376.783 1.148.663 718.102 765.214 1.005.184 4.948.563

EXTERIOR

BIRD 4.752 4.751 - - - - - 9.503

Société Génerale 1.449 - - - - 1.449

BID 48.659 97.317 68.749 68.749 68.749 68.749 532.779 953.751

Euro Bônus - - 486.968 - - - - 486.968

JBIC - - - 464 8.348 8.812

Juros e Encargos 11.491 - - - - 11.491 Total Exterior 66.351 102.068 555.717 68.749 68.749 69.213 541.127 1.471.974 Total Geral 351.515 751.521 932.500 1.217.412 786.851 834.427 1.546.311 6.420.537

(iv) Estruturação da dívida de curto prazo

A Companhia tem como um dos objetivos principais a redução da exposição à dívida em moeda estrangeira, buscando minimizar os custos e a volatilidade sobre os resultados.

(v) Compromissos Financeiros – “Covenants”

Em 30 de junho de 2006 a Companhia se encontrava em conformidade com todos os “covenants”.

(17)

8. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES

O imposto de renda e contribuição social são calculados sobre o lucro tributável às alíquotas aplicáveis, sendo em geral 25% para imposto de renda e 9% para contribuição social (taxa composta de 34%).

(a) Saldos patrimoniais

jun/06 mar/06

No ativo circulante ((b)(i))

Imposto de renda diferido 16.295 7.593

Contribuição social diferida 5.866 5.397

22.161 12.990

No realizável a longo prazo ((b)(ii))

Imposto de renda diferido 227.048 224.475

Contribuição social diferida 83.779 83.074

310.827 307.549

No passivo circulante ((b)(iii))

PASEP diferido 21.886 21.580

COFINS diferido 50.462 48.435

72.348 70.015

No exigível a longo prazo ((b)(iv))

Imposto de renda diferido 62.298 61.558

Contribuição social diferida 17.917 17.652

PASEP diferido 16.019 15.538

COFINS diferido 43.220 41.004

139.454 135.752

2º tri/06 1º sem/06 2º tri/05 1º sem/05 No resultado

Imposto de renda (86.094) (178.866) (123.316) (185.785)

Imposto de renda diferido 7.048 10.380 12.475 24.875

(79.046) (168.486) (110.841) (160.910) No resultado

Contribuição social (28.545) (52.097) (31.828) (47.948) Contribuição social diferida (141) (8.970) (9.150) (13.103)

(28.686) (61.067) (40.978) (61.051)

(b) Diferidos (i) No ativo circulante

Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 65.180 (mar/2006 – R$ 30.371). A base negativa de contribuição social acumulada em 30 de junho de 2006 foi totalmente compensada, e em 31 de março de 2006 correspondia a R$ 29.597.

(18)

(ii) No realizável a longo prazo

Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 908.193 (mar/2006 – R$ 897.899) relativo ao imposto de renda, e R$ 930.874 (mar/2006 – R$ 923.043) relativo à contribuição social.

(iii) No passivo circulante

Calculados substancialmente sobre o faturamento a órgãos públicos, sendo a tributação realizada no momento do recebimento das faturas.

(iv) No exigível a longo prazo

- Imposto de renda e contribuição social

Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 249.189 (mar/2006 – R$ 246.233) relativo a imposto de renda, e R$ 199.083 (mar/2006 – R$ 196.127) relativo à contribuição social.

- PASEP e COFINS

Calculados substancialmente sobre o faturamento a órgãos públicos, sendo a tributação realizada no momento do recebimento das faturas.

(c) Conciliação da alíquota efetiva de imposto

Os valores registrados como despesa de imposto de renda e contribuição social nas informações trimestrais estão conciliados com alíquotas nominais previstas em Lei, conforme demonstrado a seguir:

2º tri/06 1º sem/06 2º tri/05 1º sem/05 Lucro antes dos impostos 292.079 750.596 496.341 726.633

Alíquota nominal 34% 34% 34% 34%

Despesa à taxa nominal (99.307) (255.203) (168.756) (247.055)

Diferenças permanentes:

Realização da reserva de reavaliação (7.636) (15.710) (7.589) (15.173)

Juros sobre o capital próprio - 44.058 22.712 35.700

Outras diferenças (789) (2.698) 1.814 4.567

Imposto de renda e contribuição social (107.732) (229.553) (151.819) (221.961)

Imposto de renda e contribuição social correntes (114.639) (230.963) (155.144) (233.733) Imposto de renda e contribuição social diferidos 6.907 1.410 3.325 11.772

Alíquota efetiva 37% 31% 31% 31%

(19)

9. PAES – Parcelamento Especial

A Companhia solicitou o Pedido de Parcelamento Especial – “PAES” em 15 de julho de 2003, conforme Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, incluindo nesse pedido os débitos relativos à COFINS e ao PASEP envolvidos em ação judicial contra a aplicação da Lei nº 9.718/98 e consolidou o saldo remanescente do Programa de Recuperação Fiscal – “REFIS”, no montante de R$ 316.953. O débito está sendo pago em 120 meses, acrescido de juros pela TJLP, estando o valor sujeito a homologação pela Receita Federal.

O montante pago no 2º trimestre de 2006 foi de R$ 10.136 (R$ 9.400 no 2º trimestre de 2005), e foram provisionados R$ 4.628 no 2º trimestre de 2006 (R$ 6.309 no 2º trimestre de 2005) relativos a juros.

Os bens arrolados no REFIS, no montante de R$ 249.034, permanecem como garantia no programa PAES.

10. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS

mar/06 Adições Exclusões Despesas

Financeiras jun/06 Com clientes (i) 296.842 3.801 (4.677) (12.750) 283.216

Com fornecedores (ii) 197.585 - - 493 198.078

Cíveis e tributárias (iii) 89.716 7.391 (4.341) 858 93.624

Trabalhista (iv) 29.752 823 (645) 240 30.170

Ambiental (v) 22.388 1.609 (287) (453) 23.257

Total 636.283 13.624 (9.950) (11.612) 628.345

Depósitos judiciais (15.224) (11.341) 12.105 - (14.460)

Total 621.059 2.283 2.155 (11.612) 613.885

A Companhia tem provisionado no passivo circulante, na rubrica “Provisões”, valores relativos a processos judiciais em andamento, em fase de execução da sentença. O saldo apresentado de R$ 10.921 (mar/2006 – R$ 27.288) está líquido dos valores já depositados judicialmente no montante de R$ 13.428 (mar/2006 – R$ 3.083).

A Administração, com base em análise conjunta com seus consultores jurídicos, constituiu provisão em montante considerado suficiente para fazer face a prováveis perdas em processos judiciais, registrada no exigível a longo prazo, na rubrica “Provisões”, no valor de R$ 602.964 (mar/2006 – R$ 593.771), apresentado líquido dos valores já depositados judicialmente no montante de R$ 1.032 (mar/2006 – R$ 12.141).

(i) Com clientes – aproximadamente 960 ações de clientes foram ajuizadas por clientes comerciais que pleiteiam que suas tarifas deveriam ser iguais às de outras categorias de consumidores, e, conseqüentemente, a devolução de valores cobrados pela Companhia. A Companhia obteve decisões definitivas tanto favoráveis como desfavoráveis, nas diversas instâncias judiciais, sendo provisionados quando a expectativa de perda é considerada provável.

(20)

(ii) Com fornecedores - as reclamações com fornecedores foram ajuizadas por algumas construtoras alegando pagamento a menor de ajustes de atualização monetária, retenção de valores relacionados a expurgos decorrentes do Plano Real e desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Essas ações encontram-se em tramitação nas diversas esferas judiciais, sendo provisionadas quando a expectativa de perda é considerada provável.

(iii) Cíveis e tributárias - Referem-se principalmente a pedidos de indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes causados a terceiros, que se encontram em diversas instâncias judiciais, devidamente provisionadas quando classificadas como provável de perda.

(iv) Processos trabalhistas – a Companhia está envolvida em diversos processos trabalhistas, tais como questões referentes a horas-extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, aviso prévio, desvio de função, equiparação salarial e outras, sendo que grande parte do montante envolvido encontra-se em execução provisória ou definitiva, nas diversas instâncias judiciais, dessa forma, classificada como probabilidade de perda provável e, conseqüentemente, devidamente provisionada.

(v) Ambientais - referem-se a vários processos administrativos instaurados por órgãos públicos, inclusive pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, que objetivam a imposição de multa por danos ambientais alegadamente causados pela Companhia.

Processos judiciais com probabilidade de perda possível

A Companhia é parte integrante em ações judiciais e processos administrativos referentes a questões ambientais, tributárias, cíveis e trabalhistas, as quais são consideradas pelos seus consultores jurídicos como sendo possíveis de perda e que não estão registradas contabilmente. O montante atribuído a esses processos representa aproximadamente R$ 1.876.000 em 30 de junho de 2006 (mar/2006 – R$ 1.935.000).

11. PLANO ASSISTENCIAL E DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

A Companhia é patrocinadora da Fundação Sabesp de Seguridade Social - SABESPREV, entidade constituída em agosto de 1990 com o objetivo principal de administrar planos de benefício previdenciário complementar e programa assistencial dos empregados da SABESP.

As contribuições mensais relativas ao plano previdenciário - benefício definido correspondem a 2,10% da Companhia e 2,27% dos participantes.

As contribuições dos participantes apresentada acima é a média, pois o valor do desconto varia em função da faixa salarial, entre 1% e 8,5%.

O programa assistencial, que é constituído por planos de saúde optativos, de livre escolha, é mantido também por contribuições da patrocinadora e dos participantes, que no período foram as seguintes:

Da Companhia: 6,96%, em média, da folha de salários;

Dos participantes: 3,21% sobre o salário base e gratificação, que corresponde à média de 2,31% da folha bruta de salários.

(21)

12. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Objetivando atender ao disposto na Deliberação CVM nº 371 de 13 de dezembro de 2000, estão apresentados abaixo os valores apurados dos benefícios de pensão e aposentadoria concedidos e a conceder a que os empregados farão jus após o tempo de serviço.

Em 31 de dezembro de 2005, com base no relatório de atuário independente, a SABESP possuía um compromisso atuarial líquido de R$ 329.772, que representa a diferença entre o valor presente das obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados e pensionistas e os ativos garantidores.

A Companhia optou por reconhecer o passivo pelo período de cinco anos a partir de 2002. O passivo atuarial em 30 de junho de 2006, no montante de R$ 299.118 (mar/2006 – R$ 287.824), está contabilizado no Exigível a Longo Prazo.

Para o exercício de 2006 a estimativa de despesa é de R$ 56.045, e foi reconhecida despesa no período de janeiro a junho de 2006 conforme demonstrado a seguir:

2ºtri/06 1ºsem/06 2ºtri/05 1ºsem/05

Repasse à Sabesprev 3.692 7.416 3.357 6.695

Passivo atuarial registrado 11.294 22.560 13.773 27.560

Total contabilizado 14.986 29.976 17.130 34.255

O valor relativo ao custo do serviço passado está registrado como “item extraordinário”, líquido dos efeitos de impostos, na demonstração do resultado.

13. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Com base nas negociações realizadas entre a Companhia e as entidades representativas de classe funcional, foi acordado o Programa de Participação nos Resultados, com distribuição do valor correspondente a até uma folha de pagamento.

Nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 foram provisionados R$ 24.951 e R$ 24.913, respectivamente.

Em dezembro de 2005 foi antecipado o montante de R$ 22.906, equivalente a 50% de uma folha de pagamento, com o pagamento complementar previsto para o final de agosto de 2006.

(22)

14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

(a) Valor de mercado dos instrumentos financeiros

O cálculo para apuração do valor de mercado dos instrumentos financeiros é realizado anualmente pela Administração da Companhia.

(b) Concentração de risco de crédito

Parte substancial das vendas é pulverizada a um grande número de clientes. No caso desses clientes, o risco de crédito é mínimo devido à grande carteira e aos procedimentos de controle, os quais monitoram esse risco.

Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a eventuais perdas na realização destes.

(c) Moeda estrangeira

As operações em moeda estrangeira consistem em financiamentos destinados a obras específicas de melhoria e ampliação dos sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

15. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

2ºtri/06 1ºsem/06 2ºtri/05 1ºsem/05

1. Custo de Bens e Serviços Vendidos

Salários e Encargos 263.710 478.343 214.047 409.728

Materiais 27.899 53.706 25.671 47.304

Materiais de Tratamento 26.657 59.230 26.078 57.111

Serviços 70.721 139.281 68.045 130.546

Força e Luz 109.077 213.930 108.527 205.950

Despesas Gerais 22.119 33.256 8.387 16.211

Depreciação e Amortização 146.502 288.404 144.038 285.248

666.685 1.266.150 594.793 1.152.098

2.Despesas com Vendas

Salários e Encargos 43.655 78.988 35.810 68.924

Materiais 1.395 2.685 1.511 3.188

Serviços 18.412 37.064 20.829 40.579

Força e Luz 194 401 247 474

Despesas Gerais 11.931 23.270 11.822 23.426

Depreciação e Amortização 694 1.394 936 1.713

Baixa de Créditos 55.896 124.118 60.395 106.257

132.177 267.920 131.550 244.561

(23)

2ºtri/06 1ºsem/06 2ºtri/05 1ºsem/05

3. Despesas Gerais e Administrativas

Salários e Encargos 35.915 63.806 28.096 53.375

Materiais 1.004 2.099 1.036 1.964

Serviços 16.810 36.900 28.063 47.448

Força e Luz 275 552 382 685

Despesas Gerais 7.471 6.858 25.155 43.939

Depreciação e Amortização 3.936 8.048 4.565 8.038

Despesas Fiscais 9.061 16.937 7.055 13.467

74.472 135.200 94.352 168.916

4. Custos, Desp. com Vendas, Gerais e Administrativas (1+2+3)

Salários e Encargos 343.280 621.137 277.953 532.027

Materiais 30.298 58.490 28.218 52.456

Materiais de Tratamento 26.657 59.230 26.078 57.111

Serviços 105.943 213.245 116.937 218.573

Força e Luz 109.546 214.883 109.156 207.109

Despesas Gerais 41.521 63.384 45.364 83.576

Depreciação e Amortização 151.132 297.846 149.539 294.999

Despesas Fiscais 9.061 16.937 7.055 13.467

Baixa de Créditos 55.896 124.118 60.395 106.257

873.334 1.669.270 820.695 1.565.575

5. Despesas (Receitas) Financeiras

Juros e Encargos s/ Empréstimos e Financiamentos Internos 131.068 269.485 126.889 242.791 Juros e Encargos s/ Empréstimos e Financiamentos Externos 25.419 47.432 38.529 86.994

Juros sobre Capital Próprio - 129.582 66.800 105.000

Juros sobre Capital Próprio (reversão) - (129.582) (66.800) (105.000)

Outras Despesas com Financiamentos 2 5 10 1.817

Imposto de Renda s/ Remessa ao Exterior 2.375 4.452 2.167 4.952

Outras Despesas Financeiras 11.273 18.452 8.513 17.791

Variações Monetárias s/ Empréstimos e Financiamentos 18.098 38.231 22.391 44.795 Variações Cambiais s/ Empréstimos e Financiamentos 11.234 (78.020) (278.037) (289.340)

Outras Variações Monetárias/Cambiais 55 545 115 607

Provisões (11.612) 7.944 20.152 37.824

187.912 308.526 (59.271) 148.231

6. Receitas Financeiras

Variações Monetárias 9.732 17.116 6.776 15.911

Rendimentos de Aplicações Financeiras 14.931 27.645 11.828 15.466

Juros 15.807 25.577 6.388 18.138

Outras 4 6 - -

Total das Receitas Financeiras 40.474 70.344 24.992 49.515 Despesas (Receitas) Financeiras, Líquidas 147.438 238.182 (84.263) 98.716

(24)

16. INDENIZAÇÕES A RECEBER

Indenizações a receber é um ativo de longo prazo representando valores a receber dos municípios de Diadema e Mauá como indenização para a retirada unilateral das concessões de serviço de água e esgoto da Companhia em 1995. Em 30 de junho de 2006, esse ativo importava em R$ 148.794.

Em virtude desses contratos de concessão, a Companhia investiu na construção de sistemas de água e esgoto naqueles municípios para atender aos seus compromissos de serviço de concessão. Pela rescisão unilateral das concessões de Diadema e Mauá, os municípios assumiram a responsabilidade de fornecer serviços de água e esgoto naquelas áreas. Naquele momento, a Companhia reclassificou saldos do imobilizado relacionados aos ativos para o realizável a longo prazo (indenizações a receber) e registrou custos não recuperáveis para reduzir o valor dos ativos aos valores recuperáveis estimados para os quais a Companhia contratualmente acordou como indenização perante as autoridades competentes. O valor residual dos bens do ativo imobilizado relacionados ao município de Diadema baixados contabilmente em dezembro de 1996 foi de R$ 75.231, e o saldo da indenização e de outros créditos a receber do município, de R$ 62.876 em 30 de junho de 2006. O valor residual dos itens do imobilizado relativos ao município de Mauá, que foi baixado no exercício fiscal de 1999, era de R$ 103.763, e o saldo de indenizações a receber do município era de R$ 85.918 em 30 de junho de 2006.

Os direitos da Companhia à recuperação desses valores está sendo disputado pelos municípios e nenhum valor foi recebido até o momento.

Em dezembro de 1996, a SABESP deu início a demandas judiciais para cobrar o pagamento dos valores devidos pelo município de Diadema. O juiz de primeira instância proferiu sentença contrária à SABESP. A Companhia interpôs apelação em novembro de 2000 e em 1º de dezembro de 2005 foi dado parcial provimento à apelação da SABESP para anular a sentença e determinar a realização de novo julgamento na primeira instância.

Com relação a Mauá, foi proferida uma decisão em primeira instância exigindo que Mauá pague um valor de R$ 153.2 milhões como compensação por lucros cessantes. Esta decisão foi recorrida por Mauá e está pendente de uma decisão pelo Tribunal de Justiça.

Baseado no parecer da assessoria jurídica, a administração continua a afirmar que a Companhia possui direito legal a receber tais valores e continua a monitorar a situação dos processos legais. Todavia, os valores reais a receber, se houver, muito provavelmente estarão sujeitos a uma decisão final. Como tal, os valores reais recebidos podem diferir daqueles registrados.

17. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(a) Capital social autorizado

A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de R$ 4.100.000, correspondentes a 40.000.000.000 de ações, dividido em ações ordinárias, todas escriturais e sem valor nominal.

(b) Capital social subscrito e integralizado

(25)

O capital social subscrito e integralizado é composto de 28.479.577.827 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, assim distribuídas:

jun/06 mar/06

Acionistas Quantidade % Quantidade %

Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda 14.313.511.867 50,26 14.313.511.871 50,26 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 7.376.565.344 25,90 7.680.673.428 26,97

The Bank Of New York ADR

Department (Equivalente em ações) (*) 6.761.267.000 23,74 6.457.204.500 22,67

Outros 28.233.616 0,10 28.188.028 0,10

28.479.577.827 100 28.479.577.827 100

(*) Cada ADR equivale a 250 ações (c) Remuneração aos acionistas

Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, calculado de acordo com a legislação societária.

Os juros declarados em 2005, no montante de R$ 348.216, foram pagos parcialmente (R$ 148.769) em 27 de junho de 2006.

Os juros declarados em 20 de abril de 2006, no montante de R$ 129.582, serão pagos até 60 dias após a Assembléia Geral Ordinária de 2007, líquidos de imposto de renda retido na fonte.

(d) Reserva de capital

A reserva de capital compreende incentivos fiscais e doações de entidades governamentais e instituições privadas.

(e) Reserva de reavaliação

Como previsto na Instrução CVM nº 197/93, a Companhia optou por não registrar o imposto de renda e a contribuição social sobre a reserva de reavaliação de bens do ativo imobilizado constituída até 1991.

A reserva vem sendo realizada em contrapartida da conta “lucros acumulados”, na mesma proporção da depreciação e baixa dos respectivos bens a que está relacionada.

(f) Movimentação da conta de lucros acumulados

jun/06 mar/06

Saldo anterior 222.081 -

Realização da reserva de reavaliação 22.458 23.747

Resultado do período 175.566 327.916

Juros sobre capital próprio - (129.582)

Saldo atual 420.105 222.081

(26)

18. FLUXO DE CAIXA

Visando o aprimoramento das informações prestadas ao mercado e em atendimento ao regulamento do Novo Mercado, a Companhia está apresentando as demonstrações do fluxo de caixa elaboradas de acordo com a NPC-20 do IBRACON.

Descrição 2º tri/06 1º sem/06 2º tri/05 1º sem/05

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do período 175.566 503.482 335.741 487.111 Ajustes para reconciliação do lucro líquido

Impostos e contribuições diferidos (6.414) (3.187) (5.002) (15.590) Provisões para contingências 10.119 25.556 36.679 68.015 Obrigações previdenciárias 14.986 29.977 17.130 34.255 Custo residual do ativo imobilizado baixado 956 2.321 1.448 2.332

Baixa do ativo diferido 863 863 - -

Ganho na venda de imobilizado - (1.007) - -

Depreciação e amortização 151.132 297.846 149.539 294.999 Juros calculados sobre empréstimos e financiamentos a pagar 158.862 321.369 167.611 334.763 Variações monetárias e cambiais de empréstimos e financiamentos 29.333 (39.789) (275.152) (264.052) Variação monetária de juros sobre o capital próprio - - - 715 Juros e variações monetárias passivas 4.628 9.917 6.309 12.812 Juros e variações monetárias ativas (2.032) (6.911) 3.918 (2.479) Provisão para devedores duvidosos 55.896 124.118 60.395 106.257 Variação no Ativo Circulante

Contas a receber (17.075) (91.228) (99.256) (212.297)

Contas a receber de acionista (25.097) (29.067) (107.968) (95.155)

Estoques (1.302) 4.035 (500) 4.564

Demais contas a receber (6.696) (19.875) (668) (14.542)

Variação no Realizável a Longo Prazo

Contas a receber (52.275) (86.182) (26.376) (60.233)

Contas a receber de acionista (23.326) (46.243) 41.706 (13.608)

Depósitos judiciais 2.832 (6.866) 773 794

Demais contas a receber (1.645) (15.959) (2.193) (3.088)

Total das variações nos Ativos (124.584) (291.385) (194.482) (393.565)

Variação no Passivo Circulante

Fornecedores e empreiteiros 49.021 10.251 10.654 (5.025) Salários e encargos sociais 82.103 106.919 37.421 62.351 Impostos e contribuições a recolher 18.189 17.555 6.981 (6.157)

Demais contas a pagar 4.187 (20.965) 3.160 2.308

Contingências (17.293) (20.000) 444 444

(27)

Descrição 2º tri/06 1º sem/06 2º tri/05 1º sem/05 Variação no Exigível a Longo Prazo

Fundo de pensão (3.692) (7.416) (3.357) (6.695)

Demais contas a pagar 1.142 2.288 9.547 10.674 Total das variações nos Passivos 133.657 88.632 64.850 57.900 Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 602.968 1.061.802 368.984 723.473 Fluxo de caixa das atividades de investimentos:

Aquisição de bens do ativo imobilizado (204.082) (331.506) (139.532) (240.663)

Venda de bens do ativo imobilizado - 2.188 - -

Aumento do ativo diferido (28) (55) (28) (53)

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (204.110) (329.373) (139.560) (240.716)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Empréstimos e financiamentos - longo prazo:

Captações 29.265 320.528 713.843 1.061.414

Pagamentos (587.482) (838.963) (454.515) (706.227)

Pagamento de juros sobre o capital próprio (148.769) (158.155) (63.025) (65.552) Caixa líquido (aplicado nas) proveniente das atividades de

financiamentos (706.986) (676.590) 196.303 289.635

Aumento (redução) nas disponibilidades (308.128) 55.839 425.727 772.392 Disponibilidades no início do período 644.140 280.173 452.222 105.557 Disponibilidades no final do período 336.012 336.012 877.949 877.949

Variação nas disponibilidades (308.128) 55.839 425.727 772.392 Informações suplementares de fluxo de caixa:

Juros e taxas pagos de empréstimos e financiamentos 206.085 346.245 163.375 320.422 Capitalização de juros e encargos financeiros 6.284 (6.829) (23.210) (14.411) Imposto de renda e contribuição social pagos 100.509 221.150 130.774 183.405 Ativo imobilizado recebidos em doações 8.018 21.940 5.527 7.533

COFINS e PASEP pagos 106.746 219.429 100.229 184.130

Encontro de contas - - - (715)

(28)

19. EVENTO SUBSEQÜENTE

O Ministério Público do Estado de São Paulo propôs ação civil pública perante o Tribunal de Paraguaçu Paulista (1ª Vara de Paraguaçu Paulista) buscando compensação e a cessação de danos ambientais alegadamente causados pelo lançamento de esgoto “in natura”, pela Companhia, no Rio Alegre, situado no Município de Paraguaçu Paulista. O Juiz da Primeira Instância proferiu decisão contrária à Companhia, determinando que a Companhia: (a) cesse o lançamento de esgoto “in natura” no Rio Alegre; (b) faça investimentos no sistema de tratamento de água e esgoto do Município de Paraguaçu Paulista; e (c) efetue o pagamento de indenização para reparação de danos ambientais que foi arbitrada judicialmente no valor de R$116.9 milhões (o valor corrigido em 30 de Junho de 2006 é de aproximadamente R$160 milhões). A decisão determinou ainda, que o descumprimento dos itens (a) e (b) acima sujeitará a Companhia ao pagamento de multas diárias. A Companhia recorreu da decisão judicial, entretanto as obras necessárias ao atendimento dos itens (a) e (b) supracitados, tem seu término previsto para outubro de 2007. Em 30 de Junho de 2006, a Companhia não contabilizou nenhuma provisão referente a este processo ambiental por não considerar a probabilidade de perda provável.

Em 21 de Setembro de 2006, a apelação da Companhia teve julgamento desfavorável pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apesar dos recursos legais que a Companhia poderá utilizar para apelar da decisão emitida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a Companhia está negociando com o Ministério Público do Estado de São Paulo para definir os termos e condições de um acordo que resultará na extinção do processo legal. Embora os valores exatos deste acordo ainda não estejam definidos e os termos do acordo continuam sujeitos a negociação, a Administração estima que este acordo resultará em um desembolso razoavelmente inferior aos valores arbitrados judicialmente mencionados acima.

Em decorrência dos últimos acontecimentos a Administração está avaliando o montante a ser registrado nas demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2006, referente aos desembolsos futuros estimados, associados a esse processo. O montante a ser registrado corresponderá aos valores do acordo que está em andamento.

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