Segunda opinião para APS
PROJETO TELESSAÚDE RIO GRANDE DO SUL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre
Via internet
I Seminário Nacional Telessaúde Brasil Núcleo RS e Comissão Executiva Nacional
Objetivos
O objetivo do projeto Telessaúde Brasil é apoiar a melhoria da qualidade da atenção primária à saúde do SUS.
Ampliar capacitação através de
Teleducação e Teleassistência (via
internet), com resultados sobre a
resolutividade do nível primário e na
otimização do cuidado à saúde da
população.
Segunda Opinião – PQ?
• Todos tem dúvidas na clínica diária, em média 3 por turno. O mesmo na SF.
• Diante da dúvida, uma reação comum é
“encaminhar” para outro profissional.
• Profissionais dedicados procuram suas
respostas na literatura. Mas quantos tem o tempo e a formação para garimpar no
oceano de estudos científicos em saúde?
Razões para Segunda Opinião na SF
• Equipes cuidam de problemas freqüentes de todas as áreas do espectro da saúde e doença. Nem sempre estão preparadas.
• No interior, tem menos acesso a
oportunidades de atualização e interação com colegas.
• Isolamento é relatado como um dos
motivos da rotatividade de pessoal.
Como funciona?
• Basicamente, a eSF demanda uma consultoria.
• O núcleo de Telessaúde identifica a
melhor fonte para responder à solicitação.
• Ocorre a interação. Pode ser por email e skype (como no RS) ou por plataformas de informática mais complexas.
• Se afere sua efetividade.
Resultados no RS
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Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre
A sua dúvida foi respondida?
(Período Dez/07-M ar/09)
82%
14%
0%
4%
0%
Sim Parcialmente Não NSA Não sei
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Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre
Proporção de evitação de encaminhamento por consultorias (Dez/07 - Mar/09)
58%
20%
15%
4% 3%
Sim, evitou Não sei
Não, ainda será neces. referenciá-lo Não, só decidi referenciá-lo após consultoria Não, outros motivos
FUNDAMENTOS - 1
O principal: cuidados integrais, continuados e contextualizados.
Resolução de 85% dos problemas de saúde.
Necessidade intermediária: cuidados focais de órgãos, sistemas, faixa
etária
Cuidados excepcionais: contextos críticos e estágios avançados das doenças não cuidadas antes.
FUNDAMENTOS - 2
Especialistas em medicina de família, enfermagem e odonto gerais, agentes comunitários.
Especialistas focais em pediatria, ginecologia,clínicos de adultos, endodontista, enfª obstétrica...
Contextos críticos e estágios avançados das doenças não cuidadas antes: intensivismo, hemodinâmica, oncologia.
Subespecialistas focais: gastro, neuro, hemato, oftalmo, dermato, nefro...
Problemas prevalentes, estágios indiferenciados, interação bio-psico-social, maior complexidade.
Doenças
infreqüentes ou complicadas.
Procedimen- tos
...
No Brasil, uma história invertida.
ESPECIALISTAS FOCAIS, SUBESPECIALISTAS
FOCAIS
Equipes de APS
Agora, com novas distorções.
ESPECIALISTAS FOCAIS, SUBESPECIALISTAS
FOCAIS
Pressões levam especialistas focais para cenários aos quais não foram preparados.
Aplicar diretrizes de nível terciário e secundário é
iatrogênico.
Equipes de APS
PQ iatrogênico?
• Risco cumulativo, para screenigs, de ter ao menos um exame falso-positivo é de 60.4% para homens e 48.8% para
mulheres.
• O risco de ser submetido a procedimentos invasivos resultantes destes exames
falso-positivos é 28.5% em homens e 22.1% em mulheres.
Cumulative Incidence of False-Positive Results in Repeated, Multimodal Cancer Screening. Annals of Family Medicine 7:212- 222 (2009)
Países europeus.
Década de 90.
Médico do primeiro contato.
% de MFC no total de médicos.
Dinamarca GP
25Espanha GP, pediatra
37Finlândia GP
37Grécia GP
...Itália GP, pediatra
26Portugal GP
23R. Unido GP
60Suécia GP
10Bélgica GP
46Holanda GP
33Irlanda GP
42Oficina para
Oficina para Oficina para CapacitarCapacitar CapacitarPreceptoresPreceptores Preceptores em Medicina de Fam
em Medicina de Famem Medicina de Famííília e lia e lia e ComunidadeComunidade Comunidade-- -SBMFCSBMFCSBMFC
Especialistas focais em APS
Especialistas focais em APS
AMBULATÓRIOS COMUNIDADES PSF
HOSPITAL HOSPITAL
DE ENSINO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Necessidades de saúde da população
94% 5% 1%
Formação profissional
Necessidades X Formação
Indicadores de Mortalidade EUA
• Médico de APS em Geral: aumento de 1 médico em APS por 10.000 habitantes resulta em 5% de queda na mortalidade
geral ou em 40 mortes a menos por 100.000 habitantes
Especialista em Medicina de Familia e
Comunidade: o mesmo aumento de MFC resulta em 9% de queda ou 70 mortes a menos por 100.000
Shi. J Am Board
Shi. J Am Board FamFam Pract Pract 2003;16:4122003;16:412--22.22.
Necessidades e Soluções
1Necessidades e Soluções
2Como identificar necessidades e aproximar soluções?
• Versão tradicional: “eu tenho um saber e decido que os outros devem aprendê-lo ou usá-lo!”
• É a ‘medicina baseada em eminências’.
• Versão integradora: disponibilizar o que os outros demandam, cotejado com o que as informações epidemiológicas expõe.
• Adultos aprendem com o que precisam para sua
prática! (andragogia)
Ambulatório de Especialidades
Focais Núcleo
TELESSAÚDE RS
Especialista em Cuidados Integrais: MFC
Usuários ESF
MFC Regulador/
Filtro:
solução/agenda
USF
Encaminha para Filtro
Dúvida clínica Teleconsultoria
A U D I T O R I A
A Regulação não é nova no SUS
• Há duas grandes experiências no SUS com Regulação.
• O que evoluiu desde o chamado “Controle e
Avaliação” da primeira NOB nos anos 90 e hoje governa a contratação, pagamento e
distribuição de serviços.
• O médico regulador no SAMU. Parte importante de seu trabalho é seu papel de filtro. Outra
parte, a de orientar providências para casos.
• (ambas se relacionam)
O Regulador em APS
• O médico especialista em APS no Brasil é definido desde 1982. Agora é chamado médico de família e comunidade (MFC).
• Na enfermagem e na odontologia, a formação específica em APS está em desenvolvimento.
• É consenso internacional que a graduação é terminal para formar as “células-tronco”
que se diferenciarão depois.
• APS requer formação pós-graduada.
Mas as equipes da SF usam
Telessaúde como suporte?
Acompanhamento é fundamental!
• Tecnofobia
• Desinteresse
• Pressão do gestor para só atender
• Limitações da plataforma ofertada
• Restrições na banda disponível
• Inserção provisória na SF
X
• Apoio, suporte científico, orientação cf princípios de
APS, satisfação com resolutividade para os usuários,
bom humor, quebra do isolamento...
Distribuição por categoria profissional das solicitações no período de Dez/07 à Mai/09
2 2 6
24 24 35
17
38
18 10
37 31
6 2 8 5 5
3 4
2
4
3
4 5 3 5
35
18
3 5
16
12
13 13 12
25
11
14
4
14
16 22
67
131
8 14
16 26
37
28 17
37
18
35
20
13
11
18
30
37
16 20 11
9 8
8 43
17
29
21
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev março abril mai
ACS Tec.Enf Dentista Outros Enfermeiro Médico
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Consultorias por vídeo - Consultorias por texto Consultorias por vídeo - Consultorias por texto
Solicitações de Consultorias por Texto e Vídeo (Dez/07 - Jun/09)
10 16 32 31
56 46 41
80
32 49
27 35 42 39 42
70
117
58
0 10
6
13
6
34
19
34 13 29 19
31
63
25
0 3
1
6 9
3
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Texto Vídeo
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Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre
Nº de equipes que encaminharam solicitações por mês na série histórica (Dez/07 - Abr/09).
7 9
14 16
29
20 21
30
36
24
33
23
30
25
63
39 38
-1258 11 1417 20 2326 29 3235 38 41 4447 50 5356 59 6265 68 71 7477 80
dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09
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Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre
Proporção de pontos implantados com solicitações realizadas no mês (Série histórica Dez/07-Abr/09)
25,0%
30,0%
33,3%
28,3%
38,0%
25,3% 25,3%
48,0%
37,3%
45,3%
28,0%
42,7%
23,2%
33,3%
27,4%
40,2%
63,2%
0%
4%
8%
12%
16%
20%
24%
28%
32%
36%
40%
44%
48%
52%
56%
60%
64%
68%
dez/07 jan/08 fev/08 m ar/08 abr/08 m ai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 m ar/09 abr/09
Protocolo de Busca da Evidência para o Regulador do TelessaúdeRS para APS
Os passos a seguir estão hierarquicamente construídos. Encontrada a resposta (avaliada criticamente) em um passo, termina a busca.
Preliminar: situar questão via livros.
1º Passo
• Biblioteca Cochrane
2º Passo
• Clinical Evidence
3º Passo
• Se necessário, busca dos artigos originais que embasaram as afirmações da Cochrane e do Clinical Evidence
4º Passo
• Execução de busca sistemática breve no PubMed e no Lilalcs a partir dos elementos levantados nos itens anteriores
• Qual o melhor antihipertensivo para uso em pacientes hipertensos com Hip ertrofia Ventricular Esquerda?
• Resposta:
• Segundo metanálise publicada no JAMA em 1996, o tratamento anti-
hipertensivo medicamentoso, de maneira geral, foi capaz de reduzir a mass a ventricular esquerda em pacientes hipertensos1 (A). À excessão de vaso dilatadores de ação direta, todos os outros anti-
hipertensivos reduzem a massa ventricular esquerda2 (D).Os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA), seguidos dos Antagonistas de Canais de Cálcio mostraram-se mais potentes que Diuréticos e Beta-
bloqueadores para redução da massa ventricular esquerda (A)1. Uma vez que a redução da Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE) é um indicador in dependente de risco cardiovascular, o autor recomenda o uso de IECA, seg uido com menos força por Antagonistas de Canal de Cálcio, como tratamen to de primeira linha para redução da HVE em pacientes com Hipertensão1 (
• R E, MartusP, KlingbeilA, . Reversal of left ventricular hypertrophy in essenti al hypertension: a meta-analysis of randomized double-
blind studies. JAMA 1996;275(19)
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