• Nenhum resultado encontrado

Marina Crespo Corrêa Pelotas, 2020

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Marina Crespo Corrêa Pelotas, 2020"

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Programa de Pós-Graduação no Ensino de Ciências e Matemática Mestrado Profissional

Produto de Mestrado Profissional

Propostas de Intervenção em Educação em Saúde nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio

Marina Crespo Corrêa

(2)

Marina Crespo Corrêa

Propostas de Intervenção em Educação em Saúde nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio

Produto apresentado ao Programa de Pós-Graduação no Ensino de Ciências e Matemática da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas, como requisito para a obtenção do título de mestre.

Orientador: Prof. Dr. Robledo Lima Gil

Doutor em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande

(3)

Sumário

1. Introdução...4

2. A educação em saúde e o ensino de ciências e biologia...6

3. Estratégia de promoção e educação em saúde...10

4. Propostas de Intervenção em Educação em Saúde...14

5. Conclusão...19

(4)

Aprendizagem, ensino e conhecimento não são exclusividades da escola, elas estão ao longo de toda a vida do aluno. A escola é um local no qual se estabelece um tempo para a efetivação das atividades de aprendizagem e ensino, sendo uma forma planejada e organizada.

Aprendizagem Ensino

Conhecimento

Para muitos autores sobre educação, a escola deve ser antes de tudo, um local de trocas e novas experiências entre os indivíduos. A função da escola seria proporcionar aos alunos um local onde houvessem trocas, mediados por um professor, responsável em desenvolver habilidades, tendo capacidade de ouvir, dentre tantas outras habilidades. O diferencial das escolas é o trabalho pedagógico que o professor realiza, sendo função deles permitir que os alunos compreendam os processos de aprendizagem, os mecanismos, a responsabilidade de cada um. O desenvolvimento da cognição dos alunos e a aquisição de conhecimentos permitem ao ser humano fazer uso desse conhecimento na sua vida.

O ensino de ciências e biologia na escola se apresenta através dos livros didáticos e cadernos que deixam de ter significado e existência para além do horário de aula.

A presente proposta tem como resultado a elaboração de um produto que sirva de auxílio aos professores de ciências e biologia, através de atividades didáticas que incluam a educação em saúde na escola.

A escolha em desenvolver o estudo no professor justifica-se por ser ele o elemento fundamental na escola, responsável pela interação do aluno com o conhecimento.

(5)

As disciplinas de ciências e biologia presentes no currículo escolar têm contribuições para a compreensão da educação em saúde. O tema educação em saúde na escola não deve e nem pode se restringir a uma abordagem fisiológica do corpo humano ou a regras de higiene e prevenção. O enfoque do tema saúde numa perspectiva interdisciplinar é uma necessidade urgente na escola.

Para Candeias (1997) a educação em saúde ocorre em vários ambientes: local de trabalho, escola, comunidade, etc.. A educação em saúde pode ser desenvolvida por professores ou outros profissionais da educação, podendo incluir as áreas distintas da educação, que estejam articulados com a proposta curricular. O professor também está desenvolvendo educação em saúde quando faz um levantamento sobre os hábitos alimentares na comunidade, sendo assim, a educação em saúde traduz o significado promissor para as atividades escolares, nas quais inúmeros conhecimentos podem ser provenientes de diversas áreas e serem desenvolvidos.

Supõe-se que as estratégias de desenvolvimento de ações como grupos, oficinas, rodas de conversa, visitações, novas tecnologias educacionais, se mostram potencialmente inclusivas e efetivas para uma abordagem cidadã, promovendo a participação ativa de todos e sinalizando modelos de educação em saúde.

É fato que a escola mostra-se como um local promissor para o desenvolvimento de ações em saúde devido a sua localização e vínculo com a comunidade, permitindo um alcance a todos os envolvidos.

As atividades relacionadas à educação em saúde na escola vêm dando ênfase a uma apresentação simplista de conteúdos, propondo que ações de educação tem se resumido a veiculação de informações. Cabe à escola instrumentalizar os alunos para que analisem criticamente a realidade e possam fazer escolhas autônomas e informadas.

Os alunos têm papel fundamental na busca e identificação coletiva dos aspectos da realidade, não apenas com a escola, mas também com a família, levando oportunidades de escolhas. Ações de educação em saúde marcadas pela interação permitem aos alunos, através de trocas de ideias, refletir, rever e elaborar seus conceitos, sentimentos e valores. O contexto do qual o aluno faz

(6)

parte pode ser revelador na direção de interesses comuns e conscientização, privilegiando espaços dialógicos de aprendizagem.

As disciplinas de ciências e biologia acabam se responsabilizando pelo desenvolvimento da educação em saúde na escola. A educação em saúde voltada aos aspectos biológicos, a poluição, parasitoses faz com que os professores dessas disciplinas se encarreguem de tais assuntos.

Um dos desafios dos cursos de graduação é desenvolver um currículo que proporcione a formação do professor que interaja com as várias áreas do conhecimento. Mesmo tendo infinitas possibilidades para ser trabalhada nas escolas, a educação em saúde precisa estar vinculada com os anseios da comunidade onde está inserida, bem como deve ser levado em conta o conhecimento popular dos sujeitos. Um dos fatores limitantes está à formação deficitária dos professores. Para superar as dificuldades resultantes da formação inicial de professores propõe-se a realização de cursos de atualização, ampliando sua visão na questão da saúde e seus múltiplos aspectos, sendo isso essencial para o encaminhamento de uma ação participativa e criadora dos alunos. É importante estimular os professores a planejarem e executarem projetos em conjunto com seus alunos, investigando problemas relevantes para a região da escola e propondo ações alternativas de solução.

A alternativa de cursos de atualização para os professores aperfeiçoarem o seu fazer docente é uma opção viável para a minimização dessa dificuldade.

2. A educação

em saúde e o

ensino de

ciências e

biologia

(7)

No que diz respeito ao conteúdo, um dos pontos problemáticos está no fato de a formação precisar capacitar o licenciando com um conhecimento aprofundado. É fundamental que a formação para atuar na educação em saúde permita aos professores atuarem de forma consciente, equilibrada e eficaz, tendo assim, uma visão lúcida sobre seu papel.

É na atividade concreta de um professor que o currículo materializa-se, transformando-se em conteúdos. É a prática pedagógica que mostra se um livro é eficiente, se é fonte única da informação, ou se, o professor parte de suas fragilidades para desenvolver a reflexão crítica dos alunos, incentivando a busca de informações.

Conteúdos selecionados, formas de trabalho privilegiadas e escolha de objetivos da prática docente são elementos que tentam e podem explicar a diferença entre alunos que apenas se formam e aqueles que levam o conhecimento em sua bagagem.

O desenvolvimento da educação em saúde na escola é fundamental, sendo necessário uma reavaliação dos objetivos da atividade e uma definição de responsabilidades. Isso permitirá que cada profissional possa exercer com consciência e competência seu papel. As disciplinas escolares têm responsabilidade na área da educação em saúde, cabendo a elas proporcionar os fundamentos para as diversas atividades que englobam a educação em saúde. Ela deve ser encarada pela escola como objetivo geral de desenvolvimento e capacitação humana, o papel da escola é o de propiciar ação informada, tendo o aluno escolha de atitudes, hábitos e comportamentos conscientes.

A saúde e o professor de ciências e biologia parecem estar intimamente articulados, seja pelos conteúdos trabalhados com os alunos na escola, pelas disciplinas que cursam na licenciatura. Inúmeras articulações são possíveis entre essas disciplinas e as questões de saúde, fazendo com que este tema traga ao ensino mais sentido e significado na sala de aula. A educação em saúde faz com que o professor priorize a compreensão de variados fenômenos envolvidos, para além das definições, porém podemos inferir que os professores não potencializam no espaço escolar a construção de

(8)

conhecimentos sobre assuntos relacionados com a saúde e nem se legitimam como educadores em saúde.

A educação em saúde consiste em atividades que compõem o currículo escolar, que apresentam uma intenção de caráter pedagógico, a qual contenha relação com o ensino e aprendizagem de assuntos ou temas correlatos com a saúde.

Para alguns autores, inúmeras são as possibilidades para desenvolver atividades de educação em saúde, porém elas devem ser estruturadas de acordo com cada situação. Ao planejarmos o ensino de forma integrada, podemos agregar saberes necessários para o desenvolvimento das capacidades do aluno.

Se pensarmos nas atividades de educação em saúde temos que fornecer subsídios para que os alunos, além de saberem conceitos, sejam capazes de compreenderem como lidar com o tema em várias ocasiões, desse modo, a educação em saúde pode ampliar sua significância, capacitando o sujeito na tomada de decisões, através de um pensamento crítico. Os conhecimentos de educação em saúde se estabelecem num processo de construção e reconstrução dos conhecimentos sobre saúde. O construtivismo permite a criação, o operar e o construir a partir da realidade vivida por professores e alunos.

As práticas educativas sobre a temática saúde podem e devem ser pensadas, elaboradas, desenvolvidas e avaliadas por professores e devem incluir temáticas como: o corpo humano, alimentação, higiene, atividade física, drogas, meio ambiente, sexualidade, saúde mental dentre outras.

Ações de cunho prático, ou seja, situações práticas podem e devem ser amplamente proporcionada na escola. Lavar as mãos antes do lanche na escola pode ser um importante momento para trabalhar com a temática da saúde na escola, assim como atividades sobre alimentação, trazendo alimentos que fazem mal a saúde, relação de textos com a questão da alimentação, quais os alimentos os alunos ingerem e quais não gostam, explicar os grupos de alimentos, montar uma pirâmide alimentar. Atividades relacionadas ao corpo

(9)

humano, ampliando conceitos de higiene e saúde, elaboração de regras de higiene, primando para que virem ações mecânicas. Utilizar modelos anatômicos, fazer relações com as características físicas, órgãos que compõem o corpo humano, assim como o seu funcionamento. A diversidade humana pode e deve ser trabalhada, fazendo com que os alunos convivam com as diferenças e contribuindo para uma saúde mental. Associar textos, tirinhas, criação de histórias sobre nossas diferenças, refletindo sobre a gravidade de sofrer e praticar preconceitos. Conscientizar sobre o destino do lixo, incentivar a prática de esportes e atividades físicas para o corpo e mente, construindo histórias com fantoches.

IST’s, atividades físicas, modelos anatômicos, alimentação saudável

Lixo Ed. Saúde – Ciências e Biologia Saúde mental

Textos, jogos, histórias

Discorrer sobre a aprendizagem é um dilema, pois estamos aprendendo o tempo todo, em todos os tipos de relações. Aprender não é tarefa simples, exige envolvimento, prestar atenção, estabelecer algumas relações e tomar consciência delas. A cultura de cada um e o conhecimento científico devem andar juntos, é necessário interação para que ocorra uma aprendizagem significativa. Os professores precisam ter o cuidado em não focar o ensino de saúde somente em procedimentos e avaliar as ações realizadas pelos alunos. É preciso partir de situações significativas, para que os conteúdos aprendidos tenham sentido para o aluno. A tomada de consciência irá fazer com que o aluno aprenda além da superficialidade, ele entenderá os motivos da importância de realizar determinadas ações.

(10)

Debate, reflexão sobre temas atuais da saúde, a fim de contextualizar e inserir o aluno no cenário prático da educação em saúde, tendo como objetivos apresentar e discutir temas relacionados à educação em saúde, proporcionar vivências por meio de visitas técnicas obtendo uma construção compartilhada do saber e desenvolver atividades de intervenção em saúde.

Implementação de um estudo na comunidade escolar, em que os alunos podem aplicar questionários com questões referentes à educação em saúde, podem fazer aferição das medidas antropométricas como peso, altura e índice de massa corporal (IMC). Analisar, discutir e divulgar os dados e reproduzi-los em palestras para a comunidade e elaborar uma prática de saúde para intervir na realidade local.

Formação de grupos de diálogos para construção compartilhada do conhecimento sobre promoção e educação em saúde, tendo como objetivo debater e discutir opiniões, propor ações na busca de um ambiente escolar mais saudável. Planejamento e operacionalização de prática educativa em saúde, podendo ser feita uma oficina sobre a construção de uma vida mais saudável.

As competências dos alunos sobre educação em saúde devem englobar aprender a aprender, a ser, conviver e a fazer, fazendo com que os alunos tenham noções sobre conceito de saúde e doença, promoção da saúde: princípios, valores e práticas, noções sobre vigilância em saúde, doenças crônicas, práticas educativas em saúde, quais práticas são realizadas na comunidade (confecção de painel e discussão das práticas).

3.Estratégia

de promoção

e educação

em saúde

(11)

Imagem retirada da internet: acoesdepromocaodesaudeescolar

A prática educativa em saúde é uma prática interdisciplinar e multiprofissional. Segundo Machado et al (2007), é um campo multifacetado com diversas concepções, diferentes saberes da saúde e educação. Compreende um sistema de ações que visam modificar ou corrigir situações problema, tendo como orientação informar e dialogar com as pessoas.

A promoção da saúde no ambiente escolar deve ser realizada por todos os setores envolvidos no processo (alunos, professores, pais, funcionários e direção) e comunidade local, procurando desenvolver as habilidades de autocuidado em saúde em todas as oportunidades educativas.

Implantar espaços que favoreçam a troca de experiências tanto entre os educadores como os discentes é permitir que possam dar continuidade e programar novos trabalhos relacionados ao tema saúde. As informações sobre educação em saúde precisam ser trabalhadas de forma simples e contextualizada, propiciando novas estratégias de intervenção na medida em que são desenvolvidas ações.

A dinâmica de aprendizagem envolve atividades práticas que possuem a finalidade de incentivar os alunos a desenvolver suas capacidades e, dessa forma, suas múltiplas inteligências, permitindo que os estudantes desenvolvam também suas percepções acerca do conteúdo estudado. Sendo assim, é certo

(12)

dizer que a metodologia de ensino utilizada pelo educador vai interferir diretamente no resultado da aprendizagem, refletindo no despertar da motivação do educando em continuamente buscar o conhecimento. É através da ação educativa que o meio vai exercer influências sobre os indivíduos, que ao assimilarem, irão recriá-las tornando possível a relação ativa e transformadora em relação ao meio. É importante que a escola invista em um processo educativo que não ocorra de maneira impositiva, mas de forma adequada ao desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos, num ambiente prazeroso, proporcionando uma relação direta entre os assuntos abordados e o seu cotidiano, a partir do desenvolvimento de atividades práticas e experimentais.

Segundo Leite & Brancalhão (2012), as atividades práticas, como experimentos, peças teatrais, uso do lúdico, fazem parte de uma importante ferramenta didática de auxílio aos processos de ensino e aprendizagem, atuando como força motivadora para que o aluno construa um conhecimento de forma significativa. A existência de uma relação entre os docentes, assegurando uma atuação interdisciplinar torna-se necessária para a construção de projetos, estudo em grupo, debates, reflexões sobre ações que possam contribuir para a formação do estudante.

A escola é o ambiente no qual o adolescente está inserido e passa várias horas do seu dia; é o espaço que vai possibilitar a ligação afetiva com seus colegas, que em sua maioria também possuem os mesmas conflitos, dúvidas, pois não são crianças, nem adultos. Segundo Outeiral (2002), está explícito que a escola, hoje, além de seu trabalho e do seu currículo, é seguramente, em primeiro lugar, um centro de promoção da saúde, sendo também um local de prevenção de doenças e acima de tudo, um local de construção de valores.

Diante disso, torna-se urgente e necessário trabalhar com os alunos, professores e comunidade para que por meio de orientações, possamos contribuir para a formação destes jovens, sendo adolescentes informados, orientados e cientes de questões tão importantes que envolvem sua saúde.

(13)

As considerações desenvolvidas até aqui apontam para a necessidade de autonomia nos espaços escolares em direção à educação em saúde, os quais, apesar dos avanços, seguem focadas em mudanças individuais de comportamento. É preciso reconhecer o aluno e os limites da escola, vislumbrando a educação dialógica, influenciando a prática do seu uso e de pesquisas, divulgando uma forma de promoção da saúde de qualidade e de resultado.

É necessário compreendermos a educação como promotora de processos de mudanças de comportamento e de formação de atitudes que devem ser coordenadas e mediadas pelos educadores.

Cabe destacar, que a escola em seu papel significante tem se tornado um local de formação de hábitos saudáveis, devendo haver espaço para educadores e alunos discutirem questões sobre saúde.

A discussão sobre o papel do educador na questão da educação em saúde é urgente e necessária, e para isso, é preciso debatermos e aprofundarmos as questões relacionadas a sua formação, seja ela inicial ou continuada, as ações desenvolvidas pelos educadores e suas concepções quanto a esta temática.

A educação em saúde vista como parte integrante das atividades que compõem o currículo escolar deve apresentar uma intenção de caráter pedagógico, a qual contenha relação com o ensino e aprendizagem de assuntos ou temas relacionados com a saúde, ficando evidente que quem proporcionará esse caráter pedagógico será o professor, sendo assim, cabe aos professores começar a se autorizar e se legitimar como educadores em saúde.

(14)

A elaboração de planos de ação e propostas de intervenção devem ter foco nos problemas prioritários da Escola e da comunidade na qual estão inseridos, sendo o guia a seguir apenas uma sugestão de atividades que podem vir a ser desenvolvidas nas Escolas com o apoio de todos que fazem parte do processo de aprendizagem.

Temáticas de Educação em Saúde: ✓ Alimentação ✓ Corpo humano ✓ Drogas ✓ Atividade física ✓ Saúde Mental ✓ Higiene ✓ Sexualidade ✓ Meio ambiente

Essas são algumas ideias de temas que podem ser trabalhados e que estão diretamente ligados a questão da educação em saúde, visando desenvolver inúmeras atividades englobando todos da escola, desde a servente até a direção, mostrando que o trabalho ocorre de uma maneira harmônica e requer o envolvimento da comunidade escolar. A educação em saúde deve fazer parte do currículo e deve estar associada ao campo disciplinar de ciências e sendo concebida como conteúdo de ensino em todas as séries escolares, levando sempre em conta a primeira cultura do aluno e partindo para o conhecimento científico.

Modos de Estruturação da Educação em Saúde na Escola

4. Propostas

de

Intervenção

em Educação

(15)

Concepção de saúde Ideia curricular Práticas educativas Aprendizagem

Ação prática Saúde-

ausência de doença Atividades esporádicas Palestras com profissionais Vista como cópia, reprodução Biológico Bem-estar do corpo humano Campo disciplinar, domínio do ensino de ciências Palestras, modelos anatômicos Conhecimentos científicos Visando uma compreensão Equilíbrio dinâmico do corpo humano Educação em saúde com espaço no currículo Articulação entre professores e profissionais da saúde. Atividades investigativas Tomada de consciência, refletir-agir.

Inúmeras são as estratégias metodológicas para se desenvolver essas questões, sendo assim, desenvolvemos algumas atividades que podem ser realizadas, com o intuito de envolver a escola e a comunidade local, visando fazer com que a educação em saúde seja de fato trabalhada e possa chegar até a casa dos alunos e envolver toda comunidade na busca do aprendizado e visando sempre uma melhora no que diz respeito à saúde.

(16)

Assunto Objetivo Atividade Relação objetivo/ativida de Resultados Higiene pessoal Conscientiza r sobre higiene pessoal, possibilitar que os alunos cuidem do seu corpo. Uso de histórias, jogos, músicas, produção textual, disciplinas integradas. Aproximação entre alunos x temática. Contextualizaçã o dos temas. Visa interesse dos alunos. Mudanças de hábitos. Corpo humano Conhecer as partes do corpo humano Contação de histórias, uso de modelo anatômico. Trabalho do corpo humano, visando à educação em saúde. Maior conhecimento sobre o corpo humano. Hábitos alimentares Adquirir bons hábitos alimentares Contação de histórias, criação de cardápio da merenda, pesquisa sobre alimentos. História como guia, contextualizand o o processo. Visar uma alimentação saudável e equilibrada. Ossos e músculos Conhecer os ossos e músculos do corpo humano História sobre movimentos do corpo humano, manuseio de modelos anatômicos. Relação do corpo humano com a educação em saúde, causa- efeito. Confrontar os vários conhecimento s, chegando ao científico. Noção das partes do corpo humano

(17)

Drogas Conscientiza r as causas do uso aos jovens e adolescente s Rodas de conversa. Ações durante o ano letivo. Corpo docente, enfermeiros visando esclareciment o sobre o assunto. IST (Infecções sexualment e transmissív eis) Alertar sobre formas de transmissão, causas e consequênci as ao organismo. Aumentar o nível de informação sobre os riscos das IST´s. Ações durante o ano letivo. Informações trazidas por profissionais de saúde. Dengue Conscientiza r que a dengue pode ser eliminada por medidas preventivas individuais e coletivas Atividades práticas sobre desenvolvime nto do mosquito, modo de transmissão Ações durante o ano letivo. Informações por rodas de conversa e palestras com agentes de saúde, enfermeiros. IMC (Índice de massa corpórea) Orientar sobre a importância em manter os índices estáveis. Medição, pesagem e tabulação dos dados para verificar massa IMC. Acompanhamen to durante o ano letivo. Orientação com a nutricionista.

(18)

Atividade física Reconhecer a importância em fazer atividade física Competições, jogos, gincanas. Desenvolviment o de atividades integradas no decorrer do ano. Orientação com educador físico e desenvolvime nto de atividades físicas. Saúde Mental Alertar sobre a relevância em estar com sua saúde mental tranquila. Rodas de conversa sobre bullyng, pressão psicológica, formas de expressão, etc.. Trabalhar a questão do respeito ao próximo, relação da saúde mental com o bem estar. Visa orientar os alunos e comunidade sobre o que é saúde mental e sua importância, com auxílio de psicólogo. Meio ambiente Instruir sobre o cuidado com o meio ambiente e o impacto na sua vida. Pesquisas, confecção de jogos didáticos, palestras, gincanas. Aproximação e contextualizaçã o do teórico e prático, relacionando com sua vida.

Refletir para agir corretamente, com orientação de professores, biólogos, ecólogos, etc..

(19)

A educação em saúde nos faz pensar na construção de práticas que colaborem para a construção e desenvolvimento de hábitos saudáveis, alunos responsáveis e conhecedores dos seus direitos em relação à saúde.

Para o desenvolvimento dessas práticas, precisamos considerar e definir ações, incluindo ambientes favoráveis, desenvolvimento de habilidades, ações comunitárias, auxílio dos serviços de saúde dentre tantas outras ações que podem e devem ser desenvolvidas.

A educação em saúde é a união de atitudes e experiências de aprendizagem, tendo como objetivo desenvolver o conhecimento dos indivíduos.

Imagem retirada da internet: propostadeintervencaoeducacaoaesaude

A articulação do que os alunos aprendem na escola, através de habilidades e atitudes vão ao encontro das experiências vivenciadas no seu

(20)

dia-a-dia, sendo assim, um elo de oportunidades para refletir sobre seu papel e colaborando para possíveis transformações. (Lervolino, 2000).

A educação em saúde tem a intenção de participar na formação de uma consciência crítica na vida aluno, resultando em práticas voltadas a promoção, manutenção e recuperação da sua saúde e da saúde da comunidade a qual está inserido.

O educador, por ser quem está diretamente e praticamente diariamente com os alunos acaba sendo o articulador desse trabalho, porém a integração de toda a equipe escolar, assim como os profissionais de saúde devem fazer parte desse processo, todos interagindo e articulando estratégias visando à educação em saúde.

Para Bagnato (1987), a educação em saúde na escola depende do preparo dos professores, há a necessidade da formação crítica de educadores, articulando teoria e prática, estando ligadas à população, sendo assim, de grande importância à atuação consciente e crítica do educador.

A estrutura curricular deve estar de acordo com o contexto em que a escola está inserida, podendo assim, haver uma transformação da realidade, sendo o currículo o norteador de como a escola irá atuar, tendo em vista que ele deve ser constantemente revisado e discutido, estando sempre em reconstrução.

Apesar de não haver nada em específico em relação à educação em saúde na escola, a Lei de Diretrizes Brasileira (1996) se refere ao poder público como tendo dever de assegurar a educação para todos. No mesmo sentido, estão os Parâmetros Curriculares Nacionais, que tem como objetivo orientar e garantir a melhoria da qualidade de ensino, tornando-as acessíveis a todos, promovendo pesquisas, discussões e recomendações (Lervolino, 2000).

Os temas transversais dentro do contexto educacional favorecem metas educativas, tendo como eixo norteador da educação escolar e, portanto, papel do educador, é a construção de saberes, da cidadania e da autonomia dos alunos. O currículo da formação dos professores precisa abordar e possibilitar sua reflexão crítica para quando exercer seu papel docente cause no aluno o

(21)

seu entendimento e o campo da educação em saúde ultrapasse a visão fragmentada e reducionista, pois a flexibilização do currículo é importante, sendo adaptado a realidade social do meio em que o aluno está inserido.

O processo de planejamento inclui uma mobilização coletiva, consciente e crítica, envolvendo todos os atores nesse processo, refletindo e debatendo as temáticas da educação em saúde, capaz de nortear ações coletivas e planejadas de saúde e educação que sejam condizentes com a realidade escolar.

(22)

6. Referências Bibliográficas

BAGNATO, M. H. S. Licenciatura em enfermagem: para quê?. 1994. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

CANDEIAS, Nelly Martins Ferreira. Conceitos de educação e de promoção em saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Rev Saúde Pública. São Paulo, v. 31. 1997. Acesso em 10 mar 2020.

LEITE & BRANCALHÃO, R. Atividade Lúdica no Ensino de Verminoses: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2357-8.pdf. Acesso em: 14 dez. 2019.

LERVOLINO, S. A. Escola promotora da saúde: um projeto de qualidade de vida. 2000. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo.

MACHADO, Maria de Fátima Antero Sousa et al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS: uma revisão conceitual. Ciênc. Saúde coletiva, vol.12, no.2, p.335-342, Abr 2007.

OUTEIRAL, J. Adolescência: Despertando para a vida. Revista Educação, Porto Alegre, 31, p. 5, 2002.

Referências

Documentos relacionados

At the same time, some members were encouraged to carry out the Scrum Master’s certification and use their knowledge to help other project members to align their actions to

No que se refere ao aspecto insumos para fertilidade do solo e nutrição de plantas, propriamente ditos, desde 2016, quando se estabeleceram os crité- rios para o registro de

Por outro lado, o preço médio dos insumos da Indústria Mecânica teve aumento de 0,49%, definindo o reajuste positivo do preço médio dos equipamentos utilizados nesse tipo de obra..

Excluindo as operações de Santos, os demais terminais da Ultracargo apresentaram EBITDA de R$ 15 milhões, redução de 30% e 40% em relação ao 4T14 e ao 3T15,

O mercado primário é aquele em que o governo ou as empresas emitem valores mobiliários e/ou títulos para obter recursos de forma direta de investidores.. Já o mercado secundário

A perceção do consumidor e o negócio das viagens pode afetar a competitividade do destino, que no entender de Pike (2017), entre o turismo e a perceção do consumidor de

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de síndro- me gripal em menores de dois anos de idade é considera- do quando a criança apresentar:.. (A) febre confirmada, acompanhada

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo