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ARTIGOS DE ESTUDO PARA: 9 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2018

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MAI O D E 2 0 18

ARTIGOS DE ESTUDO PARA:

9 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2018

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A Sentinela, numero 7, maio de 2018.´ A Sentinelae publicada mensalmente´ pela Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., Wallkill, New York, U.S.A., e pela Associa ¸cao Torre de Vigia de B˜ ıblias e Tratados, Ces´ ario Lange,´ Sao Paulo, Brasil.˜ 5 2018 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania e Associa ¸cao Torre de Vigia de B˜ ıblias e Tratados. Todos os direitos reservados.´ Impressa no Brasil.

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˙ Vol. 139, No. 7 PORTUGUESE (Brazilian Edition)May 2018

FOTO DA CAPA:

SERRA LEOA

Duas pioneiras oferecem um folheto para uma mulher em Freetown, capital do paıs, durante a longa esta ¸c´ ao˜ da chuva.

PUBLICADORES

2.171

ESTUDOS BIBLICOS´

5.291

PESSOAS PRESENTESA` CELEBRA ¸CAO ( 2017)˜

8.831

Esta revista nao˜ e vendida.´ Ela faz parte de um trabalho voluntario para´ ajudar pessoas no mundo todo a entender a Bıblia.´ As despesas desse trabalho sao cobertas por donativos.˜ Para fazer um donativo, acesse www.jw.org.

Se nao houver nenhuma˜ observa ¸cao, os textos˜ bıblicos citados nesta´ revista sao da Tradu ¸c˜ ao˜ do Novo Mundo da Bıblia´ Sagrada.

ARTIGOS



BIOGRAFIA

Um come ¸co pobre, mas uma vida rica



Paz — Como voce pode ter?ˆ



SEMANA DE 9 A 15 DE JULHO

Jeova ama os que´

“dao fruto com perseveran ¸ca”˜

SEMANA DE 16 A 22 DE JULHO

Por que ‘persistir em dar muito fruto’?

No primeiro estudo, vamos falar sobre as ilustra ¸coes que Jesus fez sobre a videira e sobre o˜ semeador, e ver como elas se aplicama prega ¸c` ao.˜ No segundo, vamos considerar que motivos temos para continuar perseverando nesse servi ¸co.



SEMANA DE 23 A 29 DE JULHO

Conhe ¸ca o seu inimigo

SEMANA DE 30 DE JULHO A 5 DE AGOSTO

Jovens, fiquem firmes contra o Diabo

Satanas´ e nosso inimigo. Mas o que ele pode fazer´ contra nos? E o que n´ ao pode fazer? Como todos˜ nos, incluindo os jovens, podemos vencer a luta´ contra ele? Esses dois estudos vao responder essas˜ perguntas e fortalecer nossa determina ¸cao de n˜ ao˜ cair nas armadilhas de Satanas.´



Uma colheita muito produtiva!

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MEUS anos de escola nao foram muito diferen-˜ tes. As classes continuavam com os mesmos alu- nos desde o primeiro ano ate o ´ultimo. Na verda-´ de, voce sabia o nome da maioria dos moradoresˆ da cidade, e eles sabiam o seu.

A cidade de Liberty era cercada por pequenas fazendas. O produto principal da regiao era o mi-˜ lho. Quando eu nasci, meu pai trabalhava para um fazendeiro. Na adolescencia, eu aprendi a di-ˆ rigir um trator e a fazer alguns servi ¸cos basicos´ na fazenda.

Eu nunca soube o quee ter um pai jovem. O´ meu tinha 56 anos quando nasci, e minha mae ti-˜ nha 35. Apesar da idade, meu pai era forte e sau- davel. Ele gostava muito de trabalhar e ensinou´ todos os filhos a dar valor ao trabalho. Ele nun- ca conseguiu ganhar muito dinheiro, mas sempre nos deu um teto para dormir, roupas para vestir e comida para viver — e sempre foi muito presen- te. Ele morreu com 93 anos, e minha mae morreu˜ com 86. Nenhum dos dois serviu a Jeova. Mas eu´ tenho um irmao que serve fielmente como anci˜ ao˜ desde 1972.

BIOGRAFIA

Um come ¸co pobre, mas uma vida rica

NARRADA PORSAMUEL HERD

Eu nasci numa pequena cabana feita

de troncos em uma cidadezinha

chamada Liberty, em Indiana,

Estados Unidos. Meus pais j a tinham ´

outros tr es filhos: meu irm ˆ ao mais ˜

velho e minhas duas irm as. Depois ˜

de mim, minha m ae teve mais dois ˜

meninos e uma menina.

Meus pais tiveram sete filhos, e na juventude aprendi muito sobre a vida na fazenda

A cabana feita de troncos onde eu nasci

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4 A SENTINELA

MINHA ADOLESCENCIAˆ

Minha mae era muito religiosa. Todo domingo,˜ ela nos levava para a Igreja Batista. Com 12 anos, eu ouvi falar pela primeira vez da Trindade. Per- guntei para minha mae: “Como˜ e poss´ ıvel que Je-´ sus seja o Filho e o Pai ao mesmo tempo?” Ela res- pondeu: “Filho, isso e um mist´ erio. N´ ao˜ e pra´ gente entender.” Para mim, aquilo era mesmo um misterio. Mesmo assim, quando eu tinha uns´ 14 anos, me batizei num riacho da cidade — e fui mergulhado tres vezes em nome da Trindade!ˆ

Um amigo meu no ensino medio era boxeador,´ e ele me convenceu a tentar o boxe. Comecei a treinar e ate me inscrevi num clube de boxe. S´ o´ que eu nao era muito bom. Ent˜ ao, depois de umas˜ poucas lutas, desisti do boxe. Mais tarde, fui con- vocado pelo Exercito dos Estados Unidos e envia-´ do para a Alemanha. La, meus superiores acha-´ ram que eu tinha um dom para liderar. Eles me mandaram para um centro de treinamento mili- tar, esperando que eu fizesse uma carreira no exercito. Mas eu n´ ao queria isso. Ent˜ ao, depois de˜ cumprir dois anos de servi ¸co, fui dispensado com honra em 1956. O que eu nem imaginava e que´ logo eu ia entrar em um tipo de exercito bem di-´ ferente.

O COME ¸CO DE UMA VIDA NOVA

Ate aquele momento, eu tinha aprendido a ser´ do tipo “machao”. Eu fui muito influenciado pelo˜ padrao de “homem” criado pelos filmes e pela so-˜ ciedade. Para mim, homem que falava da Bıblia´ nao era homem de verdade. Mas ent˜ ao aprendi al-˜ gumas coisas que deram uma reviravolta na mi- nha vida. Um dia, eu estava dirigindo pela cidade no meu conversıvel vermelho e duas jovens ace-´ naram para mim. Eu sabia quem elas eram — eram as irmas mais novas do homem que casou˜ com a minha irma mais velha. Bom, essas duas jo-˜ vens eram Testemunhas de Jeova. Elas j´ a tinham´ me dado algumas revistas, mas eu achava a Senti- neladifıcil demais para o meu gosto. S´ o que des-´ sa vez elas me convidaram para o Estudo de Livro

de Congrega ¸cao. Era uma reuni˜ ao pequena para˜ estudo da Bıblia que seria feita na casa delas. Eu´ disse que ia pensar. Sorrindo, as jovens pergun- taram: “Voce promete?” Respondi: “Prometo.”ˆ

Eu me arrependi um pouco de falar isso, mas nao podia quebrar minha promessa. Ent˜ ao, eu fui˜ naquela noite. O que mais me impressionou fo- ram as crian ¸cas. Elas sabiam tanto da Bıblia! Eu,´ que passei tantos domingos indo para a igreja com a minha mae, n˜ ao sabia quase nada. Eu de-˜ cidi aprender mais e aceitei um estudo bıblico.´ Logo no come ¸co soube que o Deus Todo-Podero- so tem um nome, Jeova. Anos antes, eu tinha´ perguntado para a minha mae quem eram as Tes-˜ temunhas de Jeova. Ela me respondeu: “Ah, elas´ adoram um homem velho chamado Jeova.” Mas´ agora meus olhos estavam se abrindo!

Eu progredi rapido porque sabia que tinha en-´ contrado a verdade. Nove meses depois daquela primeira reuniao eu me batizei, em mar ¸co de˜ 1957. Minha visao da vida mudou. Quando penso˜ no “machao” que eu era, fico feliz de a B˜ ıblia ter´ me ensinado o quee ser um homem de verdade.´

1952 Aos 17 anos, antes de entrar para o exercito´

1954-1956 Passei dois anos no Exercito dos´ Estados Unidos

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MAIO DE 2018 5 Jesus foi um homem perfeito. Ele tinha mais for-

¸ca e poder do que qualquer “machao”. Mesmo as-˜ sim, ele nao se envolvia em brigas, mas ‘se deixa-˜ va atribular’, como diz a profecia. (Isa. 53:2, 7) Eu aprendi que o verdadeiro discıpulo de Cristo´

“precisa ser meigo com todos”. — 2 Tim. 2:24. Eu saı de pioneiro no ano seguinte, em 1958.´ Mas logo depois tive que dar uma pausa. Por que?ˆ Porque eu decidi me casar. E foi com Gloria, uma das duas jovens que me convidaram para o Estu- do de Livro. Eu nunca me arrependi dessa deci- sao. Gloria era uma joia preciosa naquela˜ epoca e´ continua sendo ate hoje. Para mim, ela´ e como´ um diamante raro — um que eu tive a ben ¸cˆ ao de˜ encontrar. Vou deixar Gloria contar um pouco da historia dela:´

“Meus pais tiveram 17 filhos. Minha mae foi˜ uma Testemunha de Jeova fiel. Ela morreu quan-´ do eu tinha 14 anos. Foi aı que meu pai come ¸cou´ a estudar. Sem minha mae em casa, meu pai pre-˜ cisou fazer um acordo com o diretor da escola. Minha irma estava no ´ultimo ano do ensino m˜ e-´ dio, e meu pai perguntou se eu e ela poderıamos´ revezar os dias queıamos´ a escola. Assim, cada` dia uma de nos estaria em casa para cuidar dos ir-´ maos mais novos e deixar o jantar pronto no ho-˜ rario que meu pai chegava do trabalho. O diretor´ concordou, e fizemos isso ate minha irm´ a se for-˜ mar. Duas famılias de Testemunhas de Jeov´ a di-´ rigiram estudo para nos, e 11 dos 17 filhos se tor-´ naram Testemunhas de Jeova. Eu sempre gostei´ da prega ¸cao, apesar de ter que lutar com a timi-˜ dez. Mas Sam foi me ajudando a lidar com isso.” Gloria e eu casamos em fevereiro de 1959. Era´ muito bom trabalharmos juntos como pioneiros. Em julho daquele ano, mandamos uma peti ¸cao˜ para Betel porque querıamos muito trabalhar na´ sede mundial. Fomos entrevistados pelo irmao˜ Simon Kraker, mas ele disse que Betel nao estava˜ aceitando casais naquele momento. Mesmo as- sim, nunca perdemos a vontade de servir em Be- tel. So que tivemos que esperar um bom tempo.´ Mandamos uma carta para a sede mundial pe-

dindo para nos enviarem onde havia mais neces- sidade. Na resposta veio apenas uma op ¸cao: Pine˜ Bluff, Arkansas. Naquele tempo, so existiam duas´ congrega ¸coes em Pine Bluff: uma de brancos e˜ uma “de cor”, ou seja, de negros. Fomos enviados para a congrega ¸cao “de cor”, que tinha apenas 14˜ publicadores.

LIDANDO COM O RACISMO

Talvez voce se pergunte por que existia essa di-ˆ visao racial nas congrega ¸c˜ oes das Testemunhas˜ de Jeova. A resposta´ e simples: n´ ao t˜ ınhamos´ muita escolha naquela epoca. Existiam leis que´ proibiam que duas ra ¸cas estivessem juntas, e tambem havia o perigo de ataques violentos. Em´ muitos lugares, se irmaos de ra ¸cas diferentes se˜ juntassem para uma reuniao, o Sal˜ ao do Reino˜ podia ser destruıdo. Eram coisas que aconteciam´ mesmo. Se Testemunhas de Jeova negras pregas-´ sem em um bairro de brancos, elas seriam presas

— e provavelmente apanhariam muito. Entao,˜ para que a obra de prega ¸cao pudesse ser feita,˜ nos obedec´ ıamos´ as leis. E ficamos esperando` que a situa ¸cao um dia pudesse melhorar.˜

Pregar nessas circunstancias trazia desafios.ˆ

`As vezes, enquanto trabalh´avamos em um bairro de negros, batıamos sem querer na porta de uma´ famılia branca. T´ ınhamos poucos segundos para´ decidir: tentamos dar um testemunho breve ou pedimos desculpas e seguimos em frente? As coi- sas eram assim em alguns lugares naquele tempo. Para continuarmos de pioneiros, Gloria e eu tı-´ nhamos que trabalhar. A maioria dos nossos em- pregos pagava apenas 3 dolares por dia. Gloria ti-´ nha alguns trabalhos de faxineira. Eu podia ir com ela em um desses trabalhos. Assim ela aca- bava o servi ¸co em metade do tempo. Antes de ir- mos embora, ganhavamos o almo ¸co — um paco-´ te de comida congelada para nos dois. Toda´ semana, Gloria passava roupas para uma famılia.´ Eu cuidava do jardim, lavava as janelas e fazia ou- tros servi ¸cos. Na casa de uma famılia de brancos,´ nos lav´ avamos as janelas — Gloria pelo lado de´

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6 A SENTINELA

dentro e eu pelo lado de fora. O servi ¸co levava o dia todo, entao ganh˜ avamos o almo ¸co. Gloria co-´ mia dentro da casa, mas separada da famılia, e eu´ comia la fora, na garagem. Mas tudo bem, a co-´ mida era gostosa. E a famılia era boa. Eles s´ o es-´ tavam presos naquele modo de pensar. Uma vez, paramos num posto para encher o tanque do car- ro. Aı, eu perguntei para o funcion´ ario se Gloria´ podia usar o banheiro. Ele olhou para mim com raiva e disse: “Esta trancado.”´

BONDADES QUE NUNCA ESQUECI

Mas nos tamb´ em tivemos´ otimos momentos´ com os irmaos, e a prega ¸c˜ ao era fant˜ astica!´ Quando chegamos em Pine Bluff, fomos morar com o irmao que era o servo de congrega ¸c˜ ao na-˜ quele tempo. A esposa dele era descrente, e Glo- ria come ¸cou a dirigir estudo para ela. Nesse meio-tempo, comecei a estudar com a filha do ca- sal e com o marido dela. Tanto a mae como a fi-˜ lha decidiram servir a Jeova e se batizaram.´

Tınhamos bons amigos na congrega ¸c´ ao de˜ brancos. Eles nos convidavam para jantar na casa deles, mas so´ ıamos depois que escurecia. A Ku´ Klux Klan, um grupo que promovia o racismo e a violencia, era bem ativa naˆ epoca. Eu lembro que,´ numa noite de Halloween, vi um homem sentado na frente de sua casa usando todo orgulhoso o ca- puz e a veste branca tıpicos da Ku Klux Klan. Mas´ isso nao impedia os irm˜ aos de serem bondosos.˜

Certa vez, nos precis´ avamos de dinheiro para via-´ jar para um congresso. Decidimos vender o carro e um irmao branco o comprou. Um m˜ es depois,ˆ estavamos voltando da prega ¸c´ ao e dos estudos,˜ bem cansados de andar naquele calor de verao.˜ Quando chegamos, tivemos uma surpresa: o nos- so carro estava ali, estacionado em frente de casa! No para-brisa havia um bilhete que dizia:

“Essee meu presente para voc´ es: seu carro de vol-ˆ ta. Seu irmao.”˜

Outro gesto de bondade me marcou muito. Em 1962, fui convidado para cursar a Escola do Ministerio do Reino em South Lansing, Nova´ York. Seria um mes inteiro de treinamento paraˆ os servos de congrega ¸cao e superintendentes de˜ circuito e distrito. Mas, quando recebi o convite, eu estava desempregado e com pouco dinheiro. Uma empresa de telefonia em Pine Bluff tinha fei- to uma entrevista comigo para uma vaga. Se me contratassem, eu seria o primeiro negro a traba- lhar la. Por fim, eles disseram que a vaga era mi-´ nha. O que eu faria? Eu nao tinha dinheiro para˜ viajar para Nova York. Pensei seriamente em acei- tar o emprego e rejeitar o convite para a Escola. Quando eu estava pensando em escrever uma carta rejeitando o convite, aconteceu uma coisa que nunca mais vou esquecer.

Uma irma da nossa congrega ¸c˜ ao, que n˜ ao tinha˜ o marido na verdade, bateu na nossa porta bem cedinho e me entregou um envelope. Ele estava

Agrade ¸co muito

a ajuda que

recebi de

irm aos fi ˜ eis ´

James Thompson Jr.

James Brown

Fred Rusk

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cheio de dinheiro. Por algumas semanas, ela e al- guns dos seus filhos pequenos levantaram cedo para trabalhar na planta ¸cao de algod˜ ao tirando as˜ ervas daninhas. Eles fizeram isso para juntar di- nheiro e eu poder ir para Nova York. Ela disse:

“Va para a escola, aprenda o m´ aximo que puder e´ depois volte para nos ensinar.” Mais tarde, per- guntei para a empresa de telefonia se eu podia co- me ¸car o trabalho cinco semanas depois do com- binado. A resposta foi clara: “Nao!” Mas eu nem˜ me importei. Eu ja tinha tomado minha decis´ ao.˜ Ainda bem que nao aceitei aquele emprego.˜

Gloria vai falar um pouco da epoca em Pine´ Bluff: “Eu me apaixonei pelo territorio! Eu tinha´ uns 15 ou 20 estudos. A gente ia na prega ¸cao de˜ manha e dirigia estudos b˜ ıblicos no restante do´ dia,as vezes at` e´ as 11 horas da noite. O servi ¸co` de pioneiro era muito bom! Eu faria isso pelo res- to da vida. Tenho que admitir que nao queria ir˜ para o circuito, mas Jeova tinha outros planos em´ mente.” Sem d ´uvida, Jeova tinha.´

INDO PARA O CIRCUITO

Enquanto estavamos em Pine Bluff, preenche-´ mos uma peti ¸cao para ser pioneiros especiais. A˜ gente achava que seria designado porque o supe- rintendente de distrito queria que ajudassemos´

como pioneiros especiais numa congrega ¸cao no˜ Texas. Gostamos muito dessa possibilidade. En- tao, ficamos esperando por uma resposta, mas a˜ caixa de correio estava sempre vazia. Um dia, fi- nalmente a carta chegou. So que fomos designa-´ dos para o circuito! Isso foi em janeiro de 1965. O irmao Leon Weaver, que hoje˜ e coordenador da´ Comissao de Filial dos Estados Unidos, foi desig-˜ nado para o circuito na mesmaepoca.´

Fiquei ansioso quando soube que iria para o circuito. Um ano antes, o irmao James Thom-˜ pson Jr. tinha me avaliado. Ele bondosamente me explicou onde eu podia melhorar, mencionando caracterısticas que um bom viajante precisa ter.´ Assim que comecei o servi ¸co, percebi que preci- sava mesmo daqueles conselhos. Depois que fui designado, o irmao Thompson foi o primeiro su-˜ perintendente de distrito com quem servi. Apren- di muito com esse irmao fiel.˜

Naquelaepoca, um viajante recebia pouco trei-´ namento. Na minha primeira semana, um viajan- te fez a visita para a congrega ¸cao e eu fiquei ob-˜ servando. Na semana seguinte, eu fiz a visita e ele me observou. Depois ele me deu uns conselhos e umas sugestoes. E foi s˜ o isso. Eu lembro de ter´ dito para Gloria: “Ele tem mesmo que ir embo- ra?” Mas com o tempo percebi algo importante.

Desde 1999, tenho o privilegio de servir´ no Corpo Governante

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Sempre vao existir bons irm˜ aos que podem ajud˜ a-´ lo. Mas voce tem que se deixar ajudar. Eu lembroˆ com carinho da ajuda que recebi de irmaos expe-˜ rientes, como James Brown, que naepoca servia´ como viajante, e Fred Rusk, que servia em Betel. O racismo era muito grande naquela epoca.´ Uma vez, a Ku Klux Klan fez uma marcha na cida- de que estavamos visitando, no Tennessee. Em´ outra ocasiao, nosso grupo de campo parou em˜ uma lanchonete. Eu fui usar o banheiro e perce- bi que um homem branco, nada amigavel e com´ tatuagens racistas, foi atras de mim. Mas um ir-´ mao branco, muito maior do que ele e do que eu,˜ entrou no banheiro e perguntou: “Ta tudo certo´ por aqui, irmao Samuel?” O outro homem saiu˜ rapidinho, sem usar o banheiro. Em todos esses anos, aprendi que o preconceito nao˜ e uma ques-´ tao de cor, mas sim de pecado — o pecado que to-˜ dos nos herdamos de Ad´ ao. Tamb˜ em aprendi que´ um irmao˜ e sempre um irm´ ao, n˜ ao importa a cor˜ da pele, e que ele estara disposto a morrer por´ voce se for preciso.ˆ

UMA VIDA RICA

Servimos 12 anos no circuito e 21 anos no dis- trito. Foi uma epoca maravilhosa, cheia de ex-´ periencias marcantes. Mas outro privilˆ egio nos´ aguardava. Em agosto de 1997, nosso sonho final- mente se realizou. Fomos convidados para servir no Betel dos Estados Unidos, 38 anos depois de ter preenchido a primeira peti ¸cao. No m˜ es se-ˆ guinte, come ¸camos nosso servi ¸co em Betel. Eu achei que os irmaos queriam que eu ajudasse s˜ o´ por um tempo, mas nao foi bem assim.˜

Primeiro, fui designado para o Departamento de Servi ¸co. Aprendi muito la! Os irm´ aos desse de-˜ partamento tem que lidar com questˆ oes comple-˜ xas e delicadas enviadas por anciaos e viajantes˜ de todo o paıs. Sou muito agradecido pela ajuda´ e paciencia que eles tiveram ao me treinar. Se euˆ tivesse que trabalhar la de novo, ainda me senti-´ ria um novato.

Eu e a Gloria amamos a vida em Betel. Nos sem-´ pre tivemos o costume de levantar cedo, e issoe´ muito bom para quem mora em Betel. Depois de mais ou menos um ano, servi como ajudante na Comissao de Servi ¸co do Corpo Governante das˜ Testemunhas de Jeova. Da´ ı, em 1999, fui desig-´ nado como membro do Corpo Governante. Estou aprendendo muito nessa designa ¸cao. Mas a li ¸c˜ ao˜ mais importante que aprendi ate agora´ e que ne-´ nhum homeme o cabe ¸ca da congrega ¸c´ ao, apenas˜ Jesus Cristo.

Olhando pra tras,´ as vezes me sinto como o` profeta Amos. Jeov´ a prestou aten ¸c´ ao nesse hu-˜ milde pastor, que de vez em quando trabalhava como riscador de figos de sicomoros — um ali-ˆ mento para os pobres. Mas Jeova escolheu Am´ os´ para ser profeta, e o aben ¸coou muito nessa desig- na ¸cao. (Am˜ os 7:14, 15, nota) Da mesma forma,´ Jeova prestou aten ¸c´ ao em mim, o filho de um fa-˜ zendeiro pobre, e derramou ricas ben ¸cˆ aos so-˜ bre mim, tantas que nem consigo contar! (Pro. 10:22) Minha vida teve um come ¸co pobre em sen- tido material, mas no fim, em sentido espiritual, sou muito mais rico do que poderia imaginar! Gloria era um diamante raro quando

nos casamos, e continua sendo ate hoje´

8 A SENTINELA

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MAIO DE 2018 9 NO MUNDO de hoje, esta cada vez mais dif´ ı-´

cil sentir paz interior. E, quando achamos que estamos em paz, acontece alguma coisa que tira a nossa tranquilidade. Mas a Bıblia´ nos ensina como ter paz e como nao perd˜ e-ˆ la. E ela tambem mostra como podemos aju-´ dar outros a encontrar a paz.

COMO TER A VERDADEIRA PAZ?

Para termos paz interior, precisamos nos sentir seguros e calmos. Tambem devemos´ ter bons amigos. E, se quisermos que nossa paz nunca acabe, o mais importante e ter´ amizade com Deus. Como podemos ser ami- gos dele?

Quando fazemos o que Jeova pede, mos-´ tramos que confiamos nele e que queremos estar em paz com ele. (Jer. 17:7, 8; Tia. 2:22, 23) Jeova, por sua vez, vai se tornar nos-´ so amigo e vai nos dar paz interior. Isaıas´ 32:17 diz: “O resultado da verdadeira justi ¸ca

sera a paz, e o fruto da verdadeira justi ¸ca´ sera tranquilidade e seguran ¸ca permanen-´ tes.” Jeova d´ a “tranquilidade e seguran ¸ca”´ para aqueles que sao obedientes no cora-˜

¸cao. — Isa. 48:18, 19.˜

Outra coisa que pode nos ajudar a sentir paze um presente muito precioso que nosso´ Pai nos da: o esp´ ırito santo. — Atos 9:31.´

O ESP IRITO DE DEUS NOS AJUDA ´

O apostolo Paulo disse que a paz faz par-´ te do “fruto do espırito”. (G´ al. 5:22, 23) So-´ mente o espırito de Jeov´ a pode produzir a´ verdadeira paz. Por isso, se queremos sentir paz interior, precisamos deixar que o espırito´ santo aja em nos. Mas como o esp´ ırito santo´ pode nos ajudar a encontrar a paz? Vamos ver dois modos.

Primeiro, leia a Bıblia regularmente. (Sal.´ 1:2, 3) Quando meditamos no que a Bı-´ blia diz, o espırito santo nos ajuda a ver os´

PAZ

Como voc ˆe pode ter?

AMOR ALEGRIA PAZ PACIENCIAˆ BONDADE BENIGNIDADE FE´ BRANDURA AUTODOMINIO´

As ansiedades da vida podem roubar a nossa paz

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10 A SENTINELA

assuntos pelo ponto de vista de Jeova. Por´ exemplo, vemos como elee um Deus pac´ ıfico´ e por que ele considera a paz algo tao im-˜ portante. Ler a Bıblia e colocar em pr´ atica´ o que aprendemos nos ajuda a sentir mais paz. — Pro. 3:1, 2.

Segundo, pe ¸ca o espırito santo. (Luc.´ 11:13) Se pedirmos a ajuda de Jeova, ele pro-´ mete que ‘a paz dele, que esta al´ em de toda´ compreensao, guardar˜ a o nosso cora ¸c´ ao e a˜ nossa mente por meio de Cristo Jesus’. (Fil. 4:6, 7) Se sempre orarmos e pedirmos o es- pırito santo, Jeov´ a vai nos dar a paz interior´ que so os amigos dele podem sentir. — Rom.´ 15:13.

Esses dois conselhos da Bıblia foram´ uteis´ para muitas pessoas. Elas entenderam que precisavam fazer mudan ¸cas na vida para ter paz com elas mesmas, com Jeova e com ou-´ tros. Como elas conseguiram isso?

PESSOAS QUE ENCONTRARAM A PAZ

Entre as Testemunhas de Jeova, h´ a mui-´ tas pessoas que antes eram ‘propensas a` ira’. Mas elas aprenderam a ser mais bondo-

sas, pacientes e pacıficas.1 (Pro. 29:22) Foi´ o que aconteceu no caso destas duas Teste- munhas de Jeova. Com a ajuda de Deus, elas´ venceram a raiva e aprenderam a estar em paz com outros.

David tinha problemas em controlar o que falava. Antes de conhecer a verdade, ele costumava criticar os outros e era grosso quando falava com os pais e os irmaos mais˜ novos. Com o tempo, David percebeu que precisava mudar e ser mais pacıfico. O que o´ ajudou a encontrar a paz? Ele diz: “Eu co- mecei a por em prˆ atica na minha vida as´ coisas que eu aprendia na Bıblia. Isso au-´ mentou muito o respeito entre mim e minha famılia.”´

Por causa de como foi criada, Rachel tam- bem achava um desafio controlar a raiva. Ela´ conta: “Ate hoje eu tenho que me controlar´ porque, na minha famılia, todo mundo se ir-´ ritava facil.” O que ajudou Rachel a ser mais´ pacıfica? Ela responde: “Eu sempre orava a´ Jeova e pedia a ajuda dele.”´

1 A bondade vai ser o assunto de outro artigo desta serie sobre o fruto do esp´ ırito santo de Deus.´

Para ter paz, coloque em pr ´atica o que a B´ıblia diz e ore pedindo o esp´ırito de Deus

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Como os exemplos de David e Rachel mos- tram, fazer o que a Bıblia diz e orar pedindo´ espırito santo podem nos ajudar a ter paz.´ Fica bem claro que, mesmo vivendo em um mundo agressivo, podemos ter paz interior. E essa calma dentro de nos nos ajuda a es-´ tar em paz com nossa famılia e com os ir-´ maos da congrega ¸c˜ ao. Mas Jeov˜ a tamb´ em´ diz que devemos ser “pacıficos com todos”.´ (Rom. 12:18) Sera que isso´ e poss´ ıvel? Quais´ sao as vantagens de sempre ser pac˜ ıfico?´

ESTEJA EM PAZ COM OUTROS

O servi ¸co de prega ¸cao nos d˜ a a oportuni-´ dade de compartilhar uma mensagem que da paz. (Isa. 9:6, 7; Mat. 24:14) Que bom que´ muitas pessoas aceitam as boas novas do Reino! O resultadoe que elas ficam livres do´ desespero e da raiva que o mundo atual cau- sa. Elas tem a esperan ¸ca de um futuro me-ˆ lhor, e isso as motiva a ‘buscar a paz e a se empenhar por ela’. — Sal. 34:14.

Mas nem todos aceitam de primeira a nos- sa mensagem. (Joao 3:19) Mesmo assim, o˜ espırito santo de Deus nos ajuda a pregar as´ boas novas a essas pessoas de modo pacıfi-´ co e respeitoso. Fazer issoe um jeito de se-´ guir o que Jesus falou em Mateus 10:11-13:

“Ao entrarem na casa, cumprimentem a fa- mılia. Se a casa for merecedora, venha sobre´ ela a paz que lhe desejam; mas, se ela nao˜ for merecedora, que a paz volte a voces.”ˆ Quando seguimos o conselho de Jesus, nos´ saımos da casa do morador em paz. Quem´ sabe, da proxima vez, ele aceite nos ouvir.´

`As vezes, autoridades do governo s˜ao contra o nosso trabalho de prega ¸cao. Mas˜ podemos contribuir muito para a paz se li- darmos com elas com respeito. Veja o que aconteceu em um paıs da´ Africa. Infelizmen-´ te, o governo desse paıs tinha preconceito´ contra as Testemunhas de Jeova. Por isso,´ os irmaos tinham muita dificuldade de con-˜

seguir as licen ¸cas necessarias para construir´ Saloes do Reino. Para tentar resolver o pro-˜ blema de um modo pacıfico, um irm´ ao que˜ havia sido missionario naquele pa´ ıs foi de-´ signado para visitar o embaixador do paıs´ africano na Inglaterra. O irmao ia explicar˜ para o embaixador todas as boas obras que as Testemunhas de Jeova tinham feito na-´ quele paıs. Ser´ a que a visita deu certo?´

O irmao conta: “Quando cheguei na re-˜ cep ¸cao, notei pela roupa da recepcionista˜ que ela era de uma certa tribo, e eu tinha aprendido o idioma dessa tribo. Entao eu a˜ cumprimentei no idioma dela. Ela ficou sur- presa com isso e me perguntou: ‘O que o se- nhor deseja?’ Com educa ¸cao, respondi que˜ eu queria falar com o embaixador, e a recep- cionista o chamou pelo telefone. Quando o embaixador veio falar comigo, ele me cum- primentou no idioma da tribo dele. Entao,˜ eu expliquei que o trabalho das Testemunhas de Jeova´ e pac´ ıfico, e ele foi muito atencio-´ so.”

A impressao errada e o preconceito que˜ o embaixador tinha do nosso trabalho di- minuıram bastante por causa da atitude´ respeitosa do irmao. Um tempo depois,˜ o governo daquele paıs africano liberou a´ constru ¸cao de Sal˜ oes do Reino. Os irm˜ aos fi-˜ caram muito felizes com esse resultado! Fi- cou claro que tratar os outros com respeito traz muitos benefıcios — entre eles, a paz.´

VOC E PODE SENTIR PAZ PARA SEMPRE ˆ

Hoje nos j´ a vivemos, por assim dizer, em´ um paraıso espiritual. Temos paz entre os ir-´ maos. E voc˜ e pode contribuir para que essaˆ paz nunca acabe. Como? Fazendo seu me- lhor para desenvolver em sua vida essa par- te do fruto do espırito. Voc´ e vai deixar Jeovˆ a´ muito mais feliz e vai poder viver para sem- pre em paz no novo mundo que ele promete.

— 2 Ped. 3:13, 14.

(12)

SERGIO E OLINDA sao um casal de pioneiros que moram nos˜ Estados Unidos. Eles tem mais de 80 anos, e andar jˆ a n´ ao˜ e´ algo muito facil. Mesmo assim, eles continuam na rotina que´ seguem por muitos anos.As 7 da manh` a, eles chegam perto˜ de um ponto deonibus que fica numaˆ area movimentada da´ cidade e oferecem publica ¸coes para os que passam por ali. A˜ maioria das pessoas nem presta aten ¸cao, mas o casal conti-˜ nua ali, sorrindo para todos os que olham para eles. Quando da meio-dia, eles voltam para casa bem devagarzinho. No dia´ seguinte,as 7 da manh` a, l˜ a est´ ao Sergio e Olinda de novo per-˜ to do ponto deonibus. E eles fazem isso seis dias por sema-ˆ na, durante o ano todo.

2 Muitos irmaos e irm˜ as ao redor do mundo s˜ ao como Ser-˜ gio e Olinda. Eles continuam pregando por anos no mesmo 1, 2. (a) Como nos sentimos quando vemos irmaos perseverando na˜ prega ¸cao? (Veja a foto no come ¸co do estudo.) (b) O que Jesus falou˜ sobre pregar “na sua propria terra”? (Veja a nota.)´

Jeov a ama os que ´

“d ao fruto com ˜

perseveran ¸ca”

‘Aquelas em solo bom representam os que dao fruto com˜ perseveran ¸ca.’— LUC. 8:15.

CANTICOS:ˆ 68 e 72

SABE EXPLICAR?



Por que pregar em um territorio em que muitos´ nao escutam pode nos˜ desanimar?



Por que podemos dizer que todos nos ‘damos frutos’´ na prega ¸cao?˜



O que vai nos ajudar a sempre ‘dar fruto com perseveran ¸ca’?

12

(13)

territorio, embora a maioria das pessoas´ nao d˜ e aten ¸cˆ ao. O territ˜ orio da sua con-´ grega ¸cao˜ e assim? Se for, parab´ ens por´ nao desistir!˜ 1 A sua perseveran ¸ca no ser- vi ¸co de Jeova´ e muito encorajadora —´ mesmo para quem ja est´ a na verdade´ ha anos. Veja estas frases ditas por al-´ guns superintendentes de circuito: “Tra- balhar no campo com esses irmaos e ir-˜ mas fi˜ eis´ e como uma inje ¸c´ ao de˜ animo.”ˆ

“Quando vejo a fe deles, me sinto moti-´ vado a perseverar e a ter coragem na pre- ga ¸cao.” “O exemplo deles toca o meu co-˜ ra ¸cao.”˜

3 Vamos ver as respostas de tres per-ˆ guntas: Por queas vezes ficamos desani-` mados? O que significa ‘dar fruto’? E o que pode nos ajudar a sempre ‘dar fruto com perseveran ¸ca’? Saber as respostas vai nos dar coragem para fazer o traba- lho de prega ¸cao que Jesus nos deu.˜

POR QUEAS VEZES FICAMOS` DESANIMADOS?

4 Ja ficou desanimado quando notou´ que a maioria das pessoas de seu territo-´ rio nao quer saber do Reino? Ent˜ ao, voc˜ eˆ vai se identificar com o apostolo Paulo.´ Ele dedicou uns 30 anos de sua vida a` prega ¸cao, e ajudou muita gente a apren-˜ der a verdade. (Atos 14:21) Mas ele nao˜ teve muitos resultados quando pregou aos judeus. A maioria nem queria ouvir Paulo, e alguns ate o maltrataram. (Atos´ 14:19; 17:1, 4, 5, 13) Como sera que Pau-´ lo se sentiu? Com toda a sinceridade,

1 Ate Jesus admitiu que n´ ao era f˜ acil pregar “na´ sua propria terra”. Tanto´ e verdade que os quatro´ Evangelhos registraram isso. — Mat. 13:57; Mar. 6:4; Luc. 4:24; Joao 4:44.˜

3. Que tres perguntas vamos ver, e por quˆ e?ˆ 4. (a) Como Paulo se sentiu quando os judeus nao quiseram ouvi-lo? (b) Por que Paulo se˜ sentiu assim?

ele disse: “Tenho uma grande tristeza e uma dor incessante no cora ¸cao.” (Rom.˜ 9:1-3) Por que Paulo ficava triste? Por- que o cora ¸cao dele estava no servi ¸co de˜ prega ¸cao. Ele se preocupava com os ju-˜ deus, e por isso pregava a eles. Mas quando via que os judeus nao davam va-˜ lora miseric` ordia de Deus, Paulo se sen-´ tia muito desapontado.

5 Assim como Paulo, nos pregamos´ porque nos preocupamos com os outros. (Mat. 22:39; 1 Cor. 11:1) Sabemos por ex- periencia prˆ opria que uma vida feliz vem´ de servir a Jeova. Quando pensamos´ nas pessoas de nosso territorio, dizemos:´

‘Elas nao sabem o que est˜ ao perdendo!˜ Queria tanto ajudar!’E por isso que con-´ tinuamos indo ate elas e as incentivamos´ a aprender sobre Jeova e o que ele vai fa-´ zer no futuro. E como se diss´ essemos´ para elas: ‘Eu trouxe um presente maravi- lhoso para voce! Por favor, aceite!’ Quan-ˆ do as pessoas nao aceitam o presente,˜ sentimos o mesmo que Paulo: ‘dor no co- ra ¸cao’. Isso n˜ ao quer dizer que n˜ ao temos˜ fe.´ E um sinal de que nosso cora ¸c´ ao est˜ a´ na prega ¸cao. Por isso, mesmo quando o˜ desanimo bate, nˆ ao desistimos. Elena,˜ quee pioneira h´ a mais de 25 anos, resu-´ me bem o que muitos de nos pensamos:´

“A prega ¸cao n˜ ao˜ e f´ acil. Mas eu n´ ao tro-˜ co esse trabalho por nada.”

O QUE SIGNIFICA ‘DAR FRUTO’?

6 As vezes, o des` animo pode nos fazerˆ pensar: ‘Sera que o meu trabalho est´ a´

“dando fruto”?’ Essa e uma pergunta´ importante. Para responder, vamos ver duas ilustra ¸coes de Jesus em que ele˜ 5. (a) Por que nos pregamos aos outros?´ (b) Por quee normal ficar desanimado´ as ve-` zes?

6. Que pergunta vamos responder?

MAIO DE 2018 13

(14)

14 A SENTINELA

falou sobre ‘dar fruto’. (Mat. 13:23) A primeirae a da videira.´

7 Leia Joao 15:1-5, 8. Jesus disse a˜ seus apostolos: “Isto glorifica o meu Pai:´ que voces persistam em dar muito frutoˆ e mostrem que sao meus disc˜ ıpulos.”´ Nessa ilustra ¸cao, Jesus disse que ele˜ e “a´ verdadeira videira”, Jeova´ e “o lavrador”´ e seus discıpulos s´ ao “os ramos”.˜ 1 E o

“fruto”, o que e? Jesus n´ ao disse, mas˜ uma coisa interessante que ele falou nos ajuda a descobrir.

8 Jesus disse sobre Jeova: “Ele tira´ todo ramo em mim que nao d˜ a fruto.”´ Ou seja, Jeova s´ o considera como ser-´ vos dele aqueles que dao fruto. (Mat.˜ 13:23; 21:43) Mas sera que o fruto que´ cada cristao deve dar˜ e fazer um novo´ discıpulo? (Mat. 28:19) N´ ao. Como sabe-˜ mos? Pense naqueles irmaos e irm˜ as fi˜ eis´ que ja pregam por anos em um territ´ orio´ onde a maioria das pessoas nao escuta.˜ Muitos desses irmaos nunca tiveram o˜ privilegio de ajudar algu´ em a se tornar´ discıpulo. Ser´ a que isso quer dizer que´ eles sao ramos mortos, que n˜ ao d˜ ao˜ fruto? Logico que n´ ao. N˜ ao podemos˜ obrigar as pessoas de nosso territorio a´ se tornar discıpulos. E, acima de tudo,´ Jeova´ e amoroso. Ele jamais iria desqua-´ lificar um servo fiel que nao consegue˜ fazer algo que esta al´ em do seu alcance.´ Jeova s´ o pede de n´ os o que ele sabe que´ podemos fazer. — Deut. 30:11-14.

1 Os ramos se referem aos cristaos ungidos. Mas˜ o ponto que a ilustra ¸cao ensina vale para todos n˜ os.´

7. (a) Na ilustra ¸cao da videira, quem s˜ ao “o la-˜ vrador”, “a videira” e “os ramos”? (b) Que de- talhe na ilustra ¸cao precisamos descobrir?˜ 8. (a) Na ilustra ¸cao da videira, como sabemos˜ que o fruto nao representa um novo disc˜ ıpulo?´ (b) Que certeza podemos ter das coisas que Jeova nos pede para fazer?´

9 Entao, o que˜ e o fruto que devemos´ dar? Fica claro que esse frutoe uma coi-´ sa que todos nos temos a capacidade de´ fazer. Em qual trabalho conseguimos

‘dar fruto’?E na prega ¸c´ ao das boas no-˜ vas do Reino de Deus.1 (Mat. 24:14) Para confirmar isso, vamos analisar ou- tra ilustra ¸cao que Jesus fez: a do semea-˜ dor.

10 Leia Lucas 8:5-8, 11-15. Na ilustra-

¸cao do semeador, a semente˜ e “a palavra´ de Deus”, ou seja, a mensagem do Reino. O solo representa o cora ¸cao da pessoa.˜ Vamos fazer de conta que a semente que caiu no solo bom produziu uma haste de trigo. Essa haste produziu “fruto cem vezes mais”. Mas que tipo de fruto uma haste de trigo produz? Sera que produz´ novas hastes de trigo? Nao, ela produz˜ novas sementes, que talvez se tornem hastes de trigo. Na ilustra ¸cao, uma se-˜ mente conseguiu produzir cem semen- tes. Mas o que tudo isso tem a ver com a obra de prega ¸cao?˜

11 Vamos fazer uma compara ¸cao. Diga-˜ mos que, uns anos atras, algumas Teste-´ munhas de Jeova ou os nossos pais fala-´ ram das boas novas com a gente. Eles, por assim dizer, plantaram uma semente em nosso cora ¸cao. Quando aceitamos as˜ boas novas, a semente criou raızes, bro-´

1 A expressao ‘dar fruto’ tamb˜ em pode se referir a´ mostrar o “fruto do espırito”. Mas neste artigo e no´ proximo vamos nos concentrar em produzir o “fru-´ to dos nossos labios”, ou seja, em pregar o Reino.´

— Gal. 5:22, 23; Heb. 13:15.´

9. (a) Em que trabalho conseguimos ‘dar fru- to’? (b) Que ilustra ¸cao vamos analisar agora?˜ 10. (a) Na ilustra ¸cao do semeador, o que˜ e a´ semente e o quee o solo? (b) Que tipo de fru-´ to uma haste de trigo produz?

11. (a) O que a ilustra ¸cao do semeador tem a˜ ver com o trabalho de prega ¸cao? (b) Como n˜ os´ produzimos novas sementes?

(15)

MAIO DE 2018 15 tou e se transformou em uma haste de tri-

go pronta para dar fruto. Mas lembre-se que a haste de trigo nao produz novas˜ hastes, e sim sementes. Do mesmo modo, o nosso fruto nao vai ser um novo disc˜ ı-´ pulo, e sim mais sementes da “palavra de Deus”.1 E como produzimos novas se- mentes? Pregando as boas novas do Rei- no. Cada vez que falamos delas com al- guem, estamos espalhando as sementes´ que foram plantadas em nosso cora ¸cao.˜ (Luc. 6:45; 8:1) O que essa ilustra ¸cao nos˜ ensina? Enquanto continuarmos pregan- do sobre o Reino de Deus, estaremos

‘dando fruto com perseveran ¸ca’.

12 Que li ¸cao as ilustra ¸c˜ oes da videira e˜ do semeador nos ensinam? Elas mostram que ‘dar fruto’ nao depende de as pessoas˜ nos escutarem, mas depende de conti- nuarmos pregando. Paulo destacou esse

1 Em outras ocasioes, Jesus usou o trabalho de˜ plantar e colher para ilustrar o trabalho de fazer dis- cıpulos. — Mat. 9:37; Jo´ ao 4:35-38.˜

12. (a) Que li ¸cao as ilustra ¸c˜ oes da videira e˜ do semeador nos ensinam? (b) Como voce seˆ sente ao saber disso?

ponto quando disse: “Cada um recebera´ a sua propria recompensa, segundo o seu´ proprio trabalho.” (1 Cor. 3:8) Notou? A´ recompensae de acordo com o trabalho,´ e nao de acordo com os resultados desse˜ trabalho. Matilda, pioneira ha 20 anos,´ diz: “O que me da alegria´ e saber que´ Jeova recompensa o nosso esfor ¸co.”´

‘DE FRUTO COM PERSEVERAN ¸CA’ˆ

13 O que pode nos ajudar a continuar

‘dando fruto com perseveran ¸ca’? No co- me ¸co do estudo, vimos que Paulo ti- nha ficado desanimado quando os ju- deus nao quiseram aceitar as boas novas.˜ Mesmo assim, ele nao desistiu deles. Fa-˜ lando sobre o que sentia sobre os judeus, Paulo escreveu: “O que eu realmente de- sejo de cora ¸cao e suplico a Deus por eles˜

´e que sejam salvos. Pois posso testemu- nhar que eles tem zelo por Deus, masˆ nao segundo o conhecimento exato.”˜ (Rom. 10:1, 2) O que ajudou Paulo a nao˜ desistir de pregar?

13, 14. De acordo com Romanos 10:1, 2, o que ajudou Paulo a nao desistir de pregar?˜ Como podemos ‘dar fruto com perseveran ¸ca’?

(Veja o paragrafo 11.)´

(16)

16 A SENTINELA

14 Primeiro, Paulo disse por que conti- nuava pregando aos judeus: ‘Eu real- mente desejo de cora ¸cao que sejam˜ salvos.’ Paulo queria mesmo que pelo menos alguns judeus fossem salvos. (Rom. 11:13, 14) Segundo, Paulo disse que ‘suplicava a Deus por eles’. Ele fazia ora ¸coes implorando a Deus que pessoas˜ entre os judeus aceitassem as boas no- vas. Terceiro, Paulo falou que os judeus

‘tinham zelo por Deus’. Ele via o que os judeus tinham de bom e reconhecia que eles eram zelosos. Assim como foi em seu proprio caso, Paulo sabia que os ju-´ deus poderiam se tornar zelosos discıpu-´ los de Cristo.

15 Nos tamb´ em podemos imitar Paulo.´ Como? Primeiro, temos que desejar no cora ¸cao encontrar aqueles que t˜ em “aˆ disposi ¸cao correta para com a vida eter-˜ na”. Segundo, temos que suplicar para que Jeova abra o cora ¸c´ ao dos sinceros.˜ (Atos 13:48; 16:14) Silvana, pioneira ha´ quase 30 anos, diz: “Antes de bater em uma casa, eu oro a Jeova e pe ¸co para ele´ me dar uma atitude positiva.” Nos tam-´ bem oramos a Deus pedindo que os an-´ jos nos ajudem a encontrar os interessa- dos. (Mat. 10:11-13; Apo. 14:6) Robert, pioneiro ha mais de 30 anos, comenta:´

“Os anjos ja sabem o que est´ a aconte-´ cendo na vida dos moradores. Trabalhar com elese emocionante!” Terceiro, veja´ o que as pessoas tem de bom. Carl, umˆ pioneiro com mais de 50 anos de batis- mo, diz: “Eu procuro qualquer sinal de que a pessoa tem interesse. Talvez um sorriso, um olhar bondoso ou uma per- gunta sincera.” Esses exemplos mostram que nos tamb´ em podemos ‘dar fruto´ com perseveran ¸ca’.

15. Como podemos imitar Paulo? De exem-ˆ plos.

“NAO DESCANSE˜ AS SUAS MAOS”˜

16 As vezes, podemos achar que nin-` guem quer ouvir nossa mensagem. Mas´ nao esque ¸ca que o trabalho de “semear”˜ tambem tem for ¸ca. (Leia Eclesiastes´ 11:6.) Mesmo que as pessoas nao nos es-˜ cutem, elas nos veem. Elas notam nossa boa aparencia, nosso comportamentoˆ educado e nosso sorriso amigavel. Com´ o tempo, pode ser que algumas delas mu- dem de ideia a nosso respeito. Sergio e Olinda, mencionados no come ¸co do es- tudo, perceberam essa mudan ¸ca.

17 Sergio conta: “Por causa de nos- sa sa ´ude, ficamos um tempo sem fazer testemunho p ´ublico. Quando voltamos, algumas pessoas perguntavam: ‘O que aconteceu? Ficamos com saudades de voces!’ ” Sorrindo, Olinda continua: “Osˆ motoristas acenavam para nos e alguns´ gritavam la de dentro do´ onibus: ‘Para-ˆ bens pelo bom trabalho!’ Eles at´ e pe-´ diam as nossas revistas.” Num dia que o casal estava trabalhando com o carri- nho, um homem parou, deu um buqueˆ de flores para eles e agradeceu o traba- lho que faziam.

18 Cada um de nos deve estar decidido´ a nao ‘descansar a m˜ ao’ e a continuar˜ pregando sobre o Reino. Fazer isso nos da a chance de participar no importante´ trabalho de dar “testemunho a todas as na ¸coes”. (Mat. 24:14) Acima de tudo, te-˜ mos a alegria de saber que deixamos Jeova feliz. E Jeov´ a ama muito todos os´ que “dao fruto com perseveran ¸ca”!˜ 16, 17. (a) Que li ¸cao Eclesiastes 11:6 nos en-˜ sina? (b) Que efeito o trabalho de “semear” pode ter nas pessoas que nos observam? Deˆ um exemplo.

18. Por que devemos estar decididos a ‘dar fruto com perseveran ¸ca’?

(17)

NA NOITE antes de morrer, Jesus teve uma longa conversa com seus apostolos, e reafirmou que os amava muito. Ele´ tambem contou a ilustra ¸c´ ao da videira, que consideramos no˜ estudo passado. Jesus usou essa ilustra ¸cao para incentivar˜ seus discıpulos a ‘persistir em dar muito fruto’, ou seja, a n´ ao˜ desistir de pregar as boas novas do Reino. — Joao 15:8.˜

2 Mas Jesus nao disse apenas a seus disc˜ ıpulos: ‘Persistam´ em pregar.’ Ele tambem deu motivos que explicavam por que´ eles deviam persistir. Por que e importante sabermos esses´ motivos? Porque, se eles estiverem bem claros em nossa men- te, vamos ter mais for ¸ca para perseverar na obra de dar “tes- temunho a todas as na ¸coes”. (Mat. 24:13, 14) Ent˜ ao, vamos˜ ver quatro motivos que a Bıblia d´ a para continuarmos pre-´ gando. Depois, vamos ver quatro ajudas que Jeova nos d´ a´ para ‘persistirmos em dar muito fruto’.

1, 2. (a) Sobre que coisas Jesus falou com os discıpulos na noite an-´ tes de morrer? (Veja o desenho no come ¸co do estudo.) (b) Por quee´ importante sabermos os motivos de continuar pregando? (c) O que vamos ver neste estudo?

Por que ‘persistir

em dar muito fruto’?

“Isto glorifica o meu Pai: que voces persistam em dar muito frutoˆ e mostrem que sao meus disc˜ ıpulos.”´ — JOAO 15:8.˜

CANTICOS:ˆ 53 e 60

QUALE A SUA´ RESPOSTA?



Que motivos a Bıblia d´ a para´ continuarmos pregando?



Por quee importante sempre´ lembrar desses motivos?



Que ajudas temos para perseverar na prega ¸cao?˜

17

(18)

A PREGA ¸CAO D˜ A GL´ ORIA A JEOV´ A´

3 O motivo mais importante de partici- parmos na prega ¸cao˜ e dar gl´ oria a Jeov´ a´ e santificar o nome dele. (Leia Joao˜ 15:1, 8.) Quando contou a ilustra ¸cao da˜ videira, Jesus explicou que Jeova´ e o la-´ vrador que produz uvas. Jesus disse tam- bem que ele mesmo´ e a videira e que seus´ discıpulos s´ ao os ramos. (Jo˜ ao 15:5) En-˜ tao, as uvas s˜ ao o fruto que os disc˜ ıpulos´ de Jesus produzem, ou seja, a prega ¸cao˜ das boas novas. Essae uma boa compa-´ ra ¸cao. Por qu˜ e? Jesus disse aos apˆ osto-´ los: “Isto glorifica o meu Pai: que vocesˆ persistam em dar muito fruto.” Assim como uvas boas acabam resultando em elogios para o lavrador que plantou a vi- deira, fazer o nosso maximo na prega ¸c´ ao˜ das boas novas traz gloria para Jeov´ a.´

— Mat. 25:20-23.

4 Mas como a prega ¸cao santifica o˜ nome de Jeova? Afinal, o nome dele j´ a´ e´ santo. E nao h˜ a nada que possamos fazer´ para tornar o nome dele mais santo. Mas veja o que o profeta Isaıas disse: “Jeov´ a´ dos exercitos —´ e a ele que voc´ es devemˆ considerar santo.” (Isa. 8:13) Esse texto mostra que santificar o nome de Deus en- volve considerar esse nome maior que todos os outros e ajudar as pessoas a considera-lo assim. (Mat. 6:9, nota) Por´ exemplo, quando ensinamos as pessoas` as qualidades de Jeova e o que ele quer´ fazer com a Terra, mostramos para elas que tudo o que Satanas falou contra´ Jeova´ e mentira. (G´ en. 3:1-5) E, quandoˆ

3. (a) Que motivo Joao 15:8 d˜ a para conti-´ nuarmos pregando? (b) O que sao as uvas da˜ ilustra ¸cao de Jesus, e por que essa˜ e uma boa´ compara ¸cao?˜

4. (a) De que jeitos podemos santificar o nome de Deus? (b) Como voce se sente por terˆ o privilegio de santificar o nome de Deus?´

ajudamos as pessoas de nosso territorio a´ ver que Jeova merece “receber a gl´ oria, a´ honra e o poder”, tambem santificamos´ o nome de Deus. (Apo. 4:11) Rune, quee´ pioneiro ha 16 anos, diz: “Eu agrade ¸co´ muito por ter a oportunidade de ser tes- temunha do Criador do Universo. Isso me da mais vontade de continuar pregan-´ do.”

NOS AMAMOS A JEOV´ A E A JESUS´

5 Leia Joao 15:9, 10. Outro motivo˜ importante para continuarmos pregando

´e que n´os amamos muito a Jeov´a e a Je- sus. (Mar. 12:30; Joao 14:15) Jesus disse˜ que seus discıpulos deveriam ‘permane-´ cer no amor’ dele. Por que? Porque serˆ um verdadeiro discıpulo de Cristo dia´ apos dia, ano ap´ os ano,´ e algo que exi-´ ge perseveran ¸ca. A perseveran ¸ca e t´ ao˜ importante que, so no trecho de Jo´ ao˜ 15:4-10, Jesus usou a palavra “permane- cer” varias vezes.´

6 Nos podemos mostrar que queremos´

‘permanecer no amor’ de Cristo. Como? Obedecendo aos mandamentos dele. Na verdade, Jesus so est´ a pedindo para´ seus discıpulos fazerem o que ele mesmo´ ja faz. Ele disse que n´ os devemos ser´ obedientes ‘assim como ele obedece aos mandamentos do Pai e permanece no amor dele’. Jesus deixou o exemplo para nos. — Jo´ ao 13:15.˜

7 Um pouco antes, Jesus tinha explica- do a liga ¸cao que existe entre obedi˜ enciaˆ e amor. Ele disse: “Quem aceita os meus mandamentos e obedece a elese o que´

5. (a) Que motivo Joao 15:9, 10 d˜ a para con-´ tinuarmos pregando? (b) Como Jesus mostrou que a perseveran ¸cae importante?´

6. Como podemos mostrar que queremos

‘permanecer no amor’ de Cristo?

7. Que liga ¸cao existe entre obedi˜ encia e amor?ˆ

18 A SENTINELA

(19)

MAIO DE 2018 19 me ama.” (Joao 14:21) Quando obedece-˜

mos a ordem de pregar, mostramos que` amamos tambem a Deus. Afinal, todos os´ mandamentos de Jesus vem de Jeovˆ a.´ (Mat. 17:5; Joao 8:28) E, quando Jeov˜ a´ e Jesus notam o nosso amor por eles, eles tambem mostram amor por n´ os.´

NOS QUEREMOS´ AVISAR AS PESSOAS

8 Outro motivo para continuarmos pregandoe avisar as pessoas sobre o dia´ de Jeova. A B´ ıblia diz que No´ e foi “pre-´ gador da justi ¸ca”. (Leia 2 Pedro 2:5.) A mensagem que ele pregou incluıa avisar´ as pessoas sobre o Dil ´uvio. Como sabe- mos isso? Veja o que Jesus falou: “Por- que naqueles dias antes do dil ´uvio as pes- soas comiam e bebiam, os homens se casavam e as mulheres eram dadas em ca- samento, ate o dia em que No´ e entrou na´ arca, e nao fizeram caso, at˜ e que veio´ o dil ´uvio e varreu a todos eles; assim sera na presen ¸ca do Filho do Homem.”´ (Mat. 24:38, 39) A maioria das pessoas nem ligou para Noe, mas ele foi fiel e n´ ao˜ desistiu de dar o aviso que Jeova man-´ dou.

9 Hoje, nos pregamos para dar a todos´ uma chance de saber o que Deus vai fazer para a humanidade. Assim como Jeova,´ queremos muito que as pessoas acei- tem nossa mensagem e ‘continuem vi- vas’. (Eze. 18:23) Quando pregamos de casa em casa ou em lugares p ´ublicos, avi- samos o maior n ´umero possıvel de pes-´ soas que o Reino de Deus vai vir e vai aca- bar com este mundo mau. — Eze. 3:18, 19; Dan. 2:44; Apo. 14:6, 7.

8, 9. (a) Que outro motivo temos para con- tinuar pregando? (b) Como as palavras de Jeova em Ezequiel 3:18, 19 e 18:23 nos moti-´ vam a continuar pregando?

NOS AMAMOS AS PESSOAS´

10 Mais um motivo importante para continuarmos pregando e: n´ os amamos´ as pessoas. (Mat. 22:39) Como o amor nos ajuda a nao desistir de pregar? O˜ amor nos faz reconhecer que as pessoas podem mudar de atitude quando algo afeta a vida delas. Por exemplo, veja o que aconteceu quando o apostolo Paulo´ e Silas estavam em Filipos. Eles tinham sido presos por causa da oposi ¸cao de ini-˜ migos. No meio da noite, um terremoto abalou toda a prisao e abriu as celas. O˜ carcereiro achou que os prisioneiros ti- nham fugido e decidiu se matar. Mas Paulo o impediu, gritando: “Nao fa ¸ca ne-˜ nhum mal a si mesmo!” Tremendo, o car- cereiro perguntou: “O que tenho de fazer para ser salvo?” Paulo e Silas responde- ram: “Creia no Senhor Jesus e sera sal-´ vo.” — Atos 16:25-34.

11 O que aconteceu com o carcereiro nos ensina algo importante. Notou em que momento ele mudou de ideia e pe- diu ajuda? Foi so depois de sentir o´ 10. (a) Que motivo Mateus 22:39 da para con-´ tinuarmos pregando? (b) Conte como Paulo e Silas ajudaram um carcereiro em Filipos. 11, 12. (a) O que o relato do carcereiro nos ensina? (b) Por que temos que continuar pre- gando?

Nosso amor por Jeova, por Jesus´ e pelas pessoas nos motiva a pregar

(Veja os paragrafos 5 e 10.)´

(20)

20 A SENTINELA

abalo do terremoto. Algo parecido pode acontecer hoje com pessoas que nunca quiseram ouvir nossa mensagem. Elas podem mudar de ideia quando algo tragi-´ co abala a vida delas. Por exemplo, algu- mas perdem de repente um emprego de muitos anos e se sentem perdidas. Outras ficam arrasadas porque o casamento aca- bou. Ainda outras perdem toda a espe- ran ¸ca quando descobrem que tem umaˆ doen ¸ca grave ou quando uma pessoa amada morre. Passar por experiencias as-ˆ sim pode levar as pessoas a fazer pergun- tas sobre a vida que antes nao faziam.˜ Como o carcereiro, elas talvez se pergun- tem: ‘O que tenho que fazer para me sal- var?’ Entao, pode ser que essas pessoas˜ queiram pela primeira vez na vida ouvir nossa mensagem de esperan ¸ca.

12 Por isso, temos que continuar pregan- do. Assim, poderemos dar o consolo que as pessoas precisam num momento em que elas estao dispostas a ouvir. (Isa. 61:1)˜ Charlotte, uma irma que est˜ a no tempo in-´ tegral ha 38 anos, diz: “As pessoas hoje se´ sentem perdidas. Elas precisam de uma chance de ouvir as boas novas.” Ejvor, que

´e pioneira h´a 34 anos, confirma: “Hoje, mais do que nunca, muitas pessoas en- frentam problemas emocionais. E eu que- ro muito ajudar.E isso o que me motiva a´ pregar.” Sem d ´uvida, nosso amor pelas pessoase uma´ otima raz´ ao para n˜ ao desis-˜ tir de pregar!

AJUDAS PARA NAO DESISTIR˜

13 Naquela noite antes de morrer, Jesus disse aos apostolos que eles receberiam´ ajudas para continuar a ‘dar muito fruto’. Vamos ver agora que ajudas sao essas e˜ 13, 14. (a) Que ajudae mencionada em Jo´ ao˜ 15:11? (b) Como podemos sentir a mesma ale- gria que Jesus sente? (c) Como a alegria nos ajuda na prega ¸cao?˜

como nos tamb´ em podemos contar com´ elas.

14 Alegria. Sera que a ordem de pregar´

´e um peso muito grande? N˜ao, pelo con- trario. Depois de contar a ilustra ¸c´ ao da˜ videira, Jesus disse que os que pregam sentem a mesma alegria que ele. (Leia Joao 15:11.) Como isso˜ e poss´ ıvel? Na´ ilustra ¸cao, Jesus disse que ele˜ e a videira´ e que seus discıpulos s´ ao os ramos. En-˜ quanto os ramos continuam ligadosa vi-` deira, eles recebem dela aagua e os nu-´ trientes que precisam. Do mesmo modo, precisamos continuar unidos a Jesus e imitar o exemplo dele. Assim, vamos po- der sentir a mesma alegria que ele sente: a alegria de fazer a vontade de Jeova.´ (Joao 4:34; 17:13; 1 Ped. 2:21) Hanne,˜ pioneira ha mais de 40 anos, diz: “Eu fico´ tao alegre depois de pregar que me sinto˜ mais animada para continuar no servi ¸co de Jeova.” Assim como Hanne, a alegria´ vai nos dar for ¸ca para continuarmos pre- gando, mesmo que nosso territorio n´ ao˜ seja tao f˜ acil. — Mat. 5:10-12.´

15 Paz. (Leia Joao 14:27.) Ainda na˜ mesma noite antes de morrer, Jesus disse aos apostolos: “Dou-lhes a minha paz.”´ Como a paz que vem de Jesus pode nos ajudar a ‘dar fruto’? Quando nao desisti-˜ mos de pregar, deixamos Jeova e Jesus´ alegres. Isso, por sua vez, nos da paz no´ cora ¸cao. (Sal. 149:4; Rom. 5:3, 4; Col.˜ 3:15) Ulf, que esta no tempo integral h´ a´ 45 anos, diz: “Eu fico cansado depois de pregar, mas esse trabalho me deixa feliz e da um objetivo para a minha vida.” Com´ certeza, temos que agradecer a Jeova e a´ Jesus por podermos sentir essa paz inte- rior!

15. (a) Que ajuda e mencionada em Jo´ ao˜ 14:27? (b) Como a paz nos ajuda a ‘persistir em dar fruto’?

Referências

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