A Paciente Gestante na
Terapia Intensiva
Objetivos
Descrever alterações fisiológicas na gestação
Discutir o diagnóstico e a abordagem dos distúrbios hipertensivos da gravidez
Identificar as manifestações e o tratamento da síndrome “HELLP”
Discutir abordagens em outras condições da paciente gestante
Listar as prioridades na abordagem do trauma na gestação
Gestante de 25 anos de idade em trabalho de parto com 34 semanas de gestação
PA 180/110 mmHg, FC 120 batimentos/min, SpO2 90% em ar ambiente
Desconforto respiratório intenso
Congestão pulmonar na radiografia de tórax
Estudo de caso 1
Quais são os possíveis diagnósticos? Quais são as mudanças esperadas nos
Cardiovascular
Aumento do volume sanguíneo, volume sistólico e da frequência cardíaca
Diminuição da PA no segundo trimestre
Pressões de enchimento normais
Aumento das câmaras cardíacas
Compressão da aorta e veia cava no terceiro trimestre
Alterações Fisiológicas
Volume corrente Frequência respiratória Consumo de oxigênio PaCO2 Capacidade residual funcional Reserva de O2 mãe/feto Respiratórias Aumento DiminuiçãoGastrointestinal
Diminuição do tônus do esfíncter esofagiano
Náusea, vômitos, dispepsia Hematológico
Anemia dilucional
Granulocitose leve e trombocitopenia
Aumento dos fatores de coagulação
Gestante de 25 anos em trabalho de parto com 34 semanas de gestação
PA 180/110 mmHg, FC 120 batimentos/min, SpO2 90% em ar ambiente
Desconforto respiratório intenso com congestão pulmonar
Caso 1
Qual é o distúrbio hipertensivo da gravidez mais provável nessa paciente?
Quais avaliações adicionais são necessárias para auxiliar o diagnóstico?
Gestante de 25 anos hipertensa em trabalho de parto com 34 semanas de gestação
Anúrica há 2 horas Proteinúria 4+
Hemoglobina 11 g/dL, plaquetas 170.000/mm3
Função hepática normal
Caso 1
Qual tipo de distúrbio hipertensivo é o mais provável na paciente?
Distúrbios Hipertensivos
Pré-eclâmpsia Grave
Início depois da vigésima semana
PA sistólica em repouso 160 mm Hg ou PA diastólica 110 mm Hg
Proteinúria (5 g/24 hrs) possível edema
Oligúria
Disfunção orgânica/cefaléia Eclâmpsia
Pré-eclampsia com convulsões tônico-clônicas generalizadas
Gestante 25 anos de idade em trabalho de parto com pré-eclampsia grave
Caso 1
Quais as condutas necessárias? Internação hospitalar
Oferta de oxigênio
Profilaxia de convulsões
Controle da pressão arterial Monitorização materna e fetal Consulta obstétrica, Parto
Pré-eclâmpsia Grave/
Eclâmpsia
Profilaxia convulsiva /tratamento
Ofertar sulfato de magnésio IV or IM
Pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia, HELLP (evitar convulsões)
Monitorar respiração, reflexos, débito urinário, consciência
Controle de pressão arterial
Objetivo = diastólica PA 90-100 mm Hg
Hidralazina, labetalol
Gestante de 25 anos de idade, hipertensa em trabalho de parto com 34 semanas de
gestação
Hemoglobina 10 g/dL, plaquetas 70.000/mm3
AST 150 U/L, ALT 100 U/L, bilirrubina 2.4 mg/dL
Caso 1
Qual tipo de distúrbio é mais provável? Qual seria a diferença de abordagem em
Hemólise: anemia microangiopática , bilirubina or DHL
Enzimas hepáticas elevadas
Plaquetas baixas: <150,000/mm3
Início 19-42 semanas até 1-2 dias pós-parto
Diagnósticos Diferenciais : esteatose hepática aguda , PTT, SHU, sepse
Urgência na resolução do parto
Hemorragia Pós-parto
Etiologias
Atonia uterina , hematomas pélvicos, lacerações, DIC
Sinais de hipovolemia tardios Treatmento
Reposição volêmica
Hemoderivados
Embolização
Ultra som Doppler , relação V/Q , Tomografia Espiral (mais efetiva)
Quais exames são apropriados na gestação?
Qual o tratamento apropriado na gestação? Heparina de baixo peso molecular ou não fracionada
Evitar warfarin
Cardiomiopatia Periparto
Início: Último mês de gestação ate 5 meses após o parto
Apresentação típica de insuficiência cardíaca
Abordagem usual da ICC
Adequação volêmica
Suporte inotrópico
Redução da pós carga
Anticoagulação
Condições que são afetadas
pela gestação
Asma
-agonistas inalatórios, esteróides são seguros
Hipercapnia indica insuficiência respiratória
Tromboflebite séptica pélvica
Antibióticos empíricos
Anticoagulação por 3-6 meses Embolia amniótica
Trauma na paciente gestante
Manter decúbito lateral esquerdo para diminuir compressão aorto-cava
Alterações nos sinais vitais são
indicadores tardios de hipovolemia Perdas hemorrágicas podem
comprometer o feto Monitorar o feto
Avaliar irritabilidade uterina
Considar Rho(D) imunoglobulina Interconsulta obstétrica
Ventilação Mecânica
Tubo endotraqueal menor (6.5-7 mm) Ajustar parâmetros ventilatórios
SpO2 94%, PaO2 >70 mm Hg (9.3 kPa)
PaCO2 30-32 mm Hg (4.0-4.3 kPa) Parto pode melhorar a excursão
diafragmática
Ventilação não invasiva pode aumentar risco de broncoaspiração
Suporte Avançado de Vida
Seguir diretrizes
Posição de decúbito lateral esquerdo ou deslocamento manual do útero
Compressões ligeiramente abaixo do centro do esterno
Realização de cesárea nos primeiros 4-5 minutos para melhora do estado
Farmacoterapia
Avaliar riscos e benefícios dos fármacos Cosiderar efeitos no fluxo sanguíneo
úteroplacentários
Evitar warfarin, Inibidores da ECA, diazepam, fenitoina
Pontos Chaves
Débito cardíaco diminui devido a compressão aorto-cava no terceiro trimestre.
Pré-eclâmpsia é diagnosticada por
hipertensão e proteinúria após a vigésima semana de gestação.
Sulfato de Magnésio é usado para
profilaxia convulsiva /tratamento na pré-eclâmpsia/eclâmpsia.
A diminuição da PA para níveis normais não são necessárias nos distúrbios
Pontos Chaves
Anticoagulação com heparina é usada para tratar embolia pulmonar.
Reposição volêmica agressiva é
necessária para hemorragia pós-parto. As prioridades de tratamento para a
gestante vítima de trauma são as mesmas que para as não gestantes.
Os sinais de hipovolemia são tardios.
Rho(D) imunoglobulina deve ser ofertada em gestantes vítimas de trauma quando indicado.
Pontos Chaves
Indicações para intubação e ventilação mecânica são as mesmas para pacientes não gestantes.
Cesárea “Perimortem”deve ser considerada precocemente.
Considerar potenciais efeitos adversos de medicações no feto.