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IMPACTO DO TRATAMENTO FISIOTERÁPICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM NÍVEL AMBULATORIAL

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IMPACTO DO TRATAMENTO FISIOTERÁPICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM NÍVEL

AMBULATORIAL

José Rogécio de Sousa Almeida1, Lucas Schabarum2, Denilson de Queiroz Cerdeira3, Jean Michel Regis Mendes4, Gleiciane Silva de Aguiar5, Lucidio Clebeson de Oliveira6

1Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), (rogeciofisio@gmail.com)

2 Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ), (lucas.schabarum@gmail.com)

3 Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ), (denilsonqueiroz@hotmail.com)

4 Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), (jeanmendesfisio@gmail.com)

5 Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ), (glecianesilvadeaguiar@gmail.com)

6 Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), (lucidioclebeson@uern.br)

Resumo

Objetivo: Avaliar o impacto da fisioterapia no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço atendidas em ambulatório. Método: Tratou-se de um estudo documental de caráter descritivo com abordagem quantitativa, através de uma coleta de dados de prontuários de mulheres diagnosticadas com incontinência urinária por esforço atendidas no Hospital e Maternidade Santa Luísa de Marillac nos anos de 2017 a 2019. Resultados: Participaram 30 mulheres de etnia branca (53,33%), casadas (53,33%), moradoras do município de Aracati (73,33%). Apresentou-se uma média de 2,51% de gestações e 0,40% de abortos. 83,33% da amostra não realizou cirurgia pélvica. O tratamento fisioterapêutico predominante foi o Exercício de Kegel (30%) e Cinesioterapia (30%), proporcionando a diminuição da sintomatologia em mais de 90% dos casos. Conclusão: O estudo mostrou a importância o uso da Fisioterapia no tratamento da IU, principalmente em mulheres com IUE que são de grande dominância no quadro geral. Espera-se que com este trabalho mais profissionais da saúde, incluindo fisioterapeutas, desenvolvam mais estudos relacionados a área da saúde da mulher, em especial a incontinência urinária por esforço.

Palavras chave: Mulheres; Incontinência Urinária; Fisioterapia.

Área Temática: Tema livre.

Modalidade: Trabalho completo

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1 INTRODUÇÃO

O Assoalho Pélvico é um conjunto de músculos, tecidos e ligamentos que agem como uma base de sustentação para os órgãos da pelve: bexiga, útero, vagina, uretra e reto. Essas estruturas podem sofrer alguma alteração que é denominada como Disfunção do Assoalho Pélvico (DAP), patologia ginecológica comum e que abrange uma importante morbidade na população atingida sendo responsáveis por mais ou menos 300 mil cirurgias anualmente nos Estados Unidos com custo que chega a bilhões. No Reino Unido abrange cerca de 20% da fila de espera para procedimentos ginecológicos (VASCONCELOS et al., 2013).

O diagnóstico é sobretudo clínico, fundado no histórico bem colhido, apesar que possa ser confirmado por meios auxiliares de diagnóstico. Necessita-se procurar o início dos sintomas para poder descartar uma infecção urinária, cálculos, tumores, neuropatias, restrições da mobilidade e uso de medicamentos. Ao longo do atendimento se pede para a paciente tossir tentando apresentar a perca de urina, também sendo feito um exame ginecológico para descartar demais problemas (BOTELHO; CRUZ; SILVA, 2007).

Dentre as DAPs, pode-se citar a incontinência urinária (IU), considerada uma das novas enfermidades do século XXI, caracterizada pela perca involuntária da urina, que acarreta vários problemas na qualidade de vida do indivíduo, tanto nos aspectos sociais, emocionais e econômicos. Além disso a IU pode trazer vários problemas e acarretar mudanças nos aspectos psicossociais da mulher, como diminuição de auto estima, diminuindo sua autonomia. As alterações dos aspectos psicossociais podem acarretar problemas maiores que os físicos, trazendo dificuldades da mulher interagir socialmente, podendo causar estresse, depressão, diminuição da vida sexual, resultando em significativa morbidade (HENKES et al., 2015).

Mudanças que implicam no convívio social como vergonha, depressão e isolamento, constantemente aparecem no quadro clínico de mulheres com IU, acarretando em um amplo aborrecimento aos pacientes e seus familiares. Assim sendo, apurar como a paciente lida com as consequências da IU permite que profissional adapte sua conduta a ser realizada nos atendimentos, tendo assim mais aprovação da intervenção (HONÓRIO et al., 2009).

Dentre as causas, pode-se citar: idade avançada, raça, estado hormonal, paridade, tipo de parto, sendo estas duas últimas as que mais acarretam complicações no sistema urinário (LIRA, 2017). Algumas das causas podem estar relacionadas ao surgimento de sintomas como o próprio envelhecimento das fibras musculares como também a diminuição da função dos ovários pós-menopausa, várias gestações, obesidade entre outros. Mesmo que ocorra em diferentes faixas etárias, a incidência da IU vai crescendo com o aumento da idade. Estima-se

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que numa faixa de 8 a 34% das pessoas com idade acima de 65 anos possuem algum sintoma de IU, sendo com maior incidência no sexo feminino (HENKES et al., 2015).

Pode ser categorizada como Incontinência Urinária de Esforço (IUE) quando se perde urina ao se esforçar em alguma atividade. Esse tipo de incontinência relacionada a esforços é considerada a mais comum entre as mulheres, sendo a principal queixa ao esforço, ao espirro e na tosse. A Incontinência de Emergência caracteriza-se quando a vontade de urinar vem de repente, inesperadamente; e a Incontinência Mista é quando a perca da urina é tanto de esforço como de emergência (LIRA, 2017).

Diversos são fatores contribuintes da fisiopatologia da IUE, sendo as mais recorrentes:

a topografia extra-abdominal do colo vesical, a descida rotacional da uretra, a uretra funcionalmente curta, a lesão do mecanismo intrínseco uretral, as lesões do nervo pudendo, das fáscias e dos músculos do assoalho pélvico, bem como o hipoestroestrogenismo (OLIVEIRA;

RODRIGUES; PAULA, 2007).

As informações epidemiológicas sobre essa patologia são difíceis de coletar pois uma vez que muitas das mulheres omitem o problema ou apenas aceitam como uma ocorrência natural da velhice e dos partos vaginais, sem procurar assistência profissional de saúde, assim piorando a situação da qualidade de vida (VASCONCELOS et al., 2013).

O tratamento para IUE pode ser feita através de cirurgia e fisioterapia. A fisioterapia vem ganhando um espaço no tratamento de IUE, apresentando bons resultados, assim também como menor aparecimento de efeitos colaterais e menor custo comparado a outro tratamento.

O principal objetivo do tratamento é a reeducação dos músculos do assoalho pélvico e ter o ganho de fortalecimento dos mesmos, pois na IUE apresenta a diminuição de força dos músculos do assoalho pélvico (MAP) (LIRA, 2017).

Existem diversas técnicas da fisioterapia que podem ser utilizadas para o tratamento da IUE como a cinesioterapia, eletroestimulação, terapia com cones vaginais e o biofeedback.

Todas apresentam como função aumentar a resistência da uretra e ajudar no auxílio de sustentação dos órgãos pélvicos. As técnicas são pouco invasivas e dificilmente com efeitos adversos (LIRA, 2017).

A aplicação da fisioterapia pode ser feita em mulheres de várias faixas etárias e tem como proposta amenizar ou extinguir as reclamações miccionais, além de trazer mais conforto e diminuição nos sinais e sintomas apresentados, trazendo a melhoria do bem-estar e reestabelecendo a qualidade de vida das mesmas (LIRA, 2017).

A IU vem ganhando uma atenção especial no mundo todo, estimulando profissionais a buscar mais conhecimento e respostas terapêuticas para o tratamento do mesmo. Desejando

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hoje sempre uma melhor qualidade de vida cada vez maior, já sendo investigado que a IU não leva a morte, mas podendo levar a obstáculos na vida da paciente podendo ocorrer até o isolamento social (FREITAS; MARQUES, 2005).

Desse modo, esse trabalho objetivou avaliar o impacto da fisioterapia no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço atendidas em ambulatório.

2 METODOLOGIA

O presente estudo teve uma abordagem quantitativa, exibindo característica descritiva e delineamento documental (GERHARDT E SILVEIRA, 2009), desenvolvida no período de março de 2018 a junho de 2019 realizado no Hospital e Maternidade Santa Luísa de Marillac, localizado em Aracati-CE, o qual é na sua região de saúde.

Inicialmente, inclui-se todos os prontuários das pacientes atendidas e cadastradas com o diagnóstico de incontinência urinaria de esforço e reabilitadas com a fisioterapia na referida instituição. Foram analisados quarenta e oito prontuários. Destes, excluiu-se dezoito permanecendo trinta para análise final. Foram excluídos do estudo prontuários sem o preenchimento completo das informações contidas, prontuários pertencentes aos outros setores do hospital e mulheres que não foram assíduas ao tratamento, faltando três vezes consecutivas ou que interromperam o tratamento.

Observou-se as seguintes informações nos prontuários: o perfil clínico e sócio demográfico, as principais queixas clínicas referidas e os fatores desencadeantes. Os dados obtidos na pesquisa foram organizados, tabulados e analisados através do programa SPSS versão 22.0 e os resultados foram apresentados na forma de gráficos e tabelas. A pesquisa foi realizada mediante anuência da direção da instituição seguindo-se as recomendações éticas da resolução 466/12 (BRASIL, 2012).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A amostra estudada foi composta de trinta prontuários, mostrando que a idade média das pacientes foi de 48,75 ± 2,28 anos. Quanto à etnia, a maioria das pacientes se identificou como branca (53,33%). Um estudo brasileiro corrobora que entre as mulheres com menos de 60 anos, observou-se que 37,7% já apresentavam incontinência urinária. Em relação a fatores sócio demográficos, biológicos e sintomas em mulheres entre 35 e 69 anos, viu-se em mulheres da raça branca um aumento relevante das reclamações da perca de urina comparando a negras e parda (OLIVEIRA; RODRIGUES; PAULA, 2007).

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Apesar de poder ocorrer os sintomas da IU em qualquer idade, a ocorrência da mesma agrava com o aumento da idade. Estima-se que entre 8% e 34% das mulheres com mais de 65 anos apresentem sintomas da IU, sendo um dos fatores de risco o envelhecimento natural das fibras musculares e até mesmo a menopausa como uma causa comum (HENKES et al., 2015).

Figura 1: Distribuição percentual da população estudada quanto à etnia. Amostra/2019. Aracati- Ce.

Fonte: autores, 2019.

Quanto a nacionalidade, toda a população estudada se identificou somo sendo brasileira (100%), diferindo quanto à naturalidade. Cerca de 73,33% da amostra é proveniente da cidade de Aracati, seguido por cidades vizinhas como mostra a Figura 2.

Figura 2: Distribuição percentual da população estudada quanto à Naturalidade. Amostra/2019. Aracati – Ce.

Fonte: autores, 2019.

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Segundo um estudo realizado por Henkes et al. (2015), cerca de aproximadamente 11%

das brasileiras procuram um atendimento ginecológico reclamando de perca de urina, sendo que 1/3 da população brasileira feminina total sofre com sintomas da IU, o que resulta em aproximadamente 35 milhões de mulheres.

Observa-se na Figura 3 que o estado civil entre a população estudada diferiu sensivelmente, sendo predominante a presença de mulheres casadas (53,33%), seguidas por solteiras (33,33%), divorciadas (6,67%) e viúvas (6,67%), corroborando um estudo realizado por Figueiredo et al. (2008) o qual apresentou um predomínio de mulheres casadas (62%), seguidas por solteiras (19%), divorciadas (12%) e viúvas (7%) que também apresentavam queixa de incontinência urinária.

Figura 3: Distribuição percentual da população estudada quanto ao Estado Civil. Amostra / 2019. Aracati-Ce.

Fonte: autores, 2019.

Segundo um estudo desenvolvido por Melo et al. (2012) com mulheres com IU acima de 60 anos apresentou um número de 7 (25,9%) de casadas, 20 (74,1%) de mulheres entre divorciadas, viúvas e solteiras, mostrando a predominância de mulheres casadas com sintomas de IU com mais de ¼ da totalidade.

Quanto à situação clínica da população estudada, o número de gestação média se estabeleceu em torno de 2,51 ± 0,35 gestações, havendo uma média de abortos de 0,40 ± 0,19 para cada mulher. O número de atendimentos médios por mulher ficou em 7,36 ± 0,57.

Observou- se nesse estudo que o número de gestações/partos tem como um dos fatores para a contribuição dos sintomas da IUE, sendo que os mesmos se agravam mais ainda após a terceira gestação/parto, o que foi igualmente relatado por Oliveira, Rodrigues e Paula (2007)

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que constatou que a partir do terceiro parto os sintomas da IUE se agravam, na sua grande maioria em mulheres entre 36 e 46 anos, onde encontra-se maior dominância.

Segundo um estudo realizado por Higa, Lopes e Reis (2008), várias mulheres deixaram de reclamar sobre perca de urina após o parto, não tendo aumento dos sintomas com o aumento do número de partos. Já quanto ao tipo de parto, o número de mulheres que apresentam queixas com perca de urina após o parto vaginal é bem maior aos que realizaram o parto cesáreo.

Sobre a ocorrência de cirurgias, cerca de 83,33% relatou não ter sofrido nenhuma intervenção cirúrgica, enquanto 13,33% sofreu Histerectomia e 3,33% Ooforectomia (Figura 4).

Figura 4: Distribuição percentual da população estudada quanto a ter realizado procedimentos cirúrgicos.

Amostra / 2019. Aracati-Ce.

Fonte: autores, 2019.

Mulheres que realizaram histerectomia tendem a apresentar queixas mais severas ou moderadas quando se comparadas a mulheres não histerectomizadas, mostrando uma predominância maior da IUE em histerectomizadas (20,8%) em relação a não histerectomizadas (16,4%) (OLIVEIRA; RODRIGUES; PAULA, 2007).

A IU tem uma ligação considerável com cirurgias pélvicas, sendo comentado a histerectomia como um dos fatores para o mesmo, acreditando que em mulheres que realizaram esse tipo de cirurgia tendem mais a ter os sintomas da IU do que as que não passado por nenhum procedimento pélvico (HIGA; LOPES; REIS, 2008).

Quanto ao tratamento fisioterápico utilizado nas mulheres com presença de incontinência urinária, cerca de 30% das pacientes realizaram tratamento através dos Exercícios de Kegel e Cinesioterapia. Um menor percentual (11,53%) realizou Eletroestimulação, 7,69%

realizou Conscientização corporal da musculatura do assoalho pélvico e 3,84% Biofeedback (Figura 5).

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Observou-se nesta pesquisa que foi optado pelo uso da Cinesioterapia e pelos Exercícios de Kegel na maioria dos casos, sendo escolhidos pela praticidade e pelos bons resultados que apresentam quando os mesmos são usados em seus tratamentos. A conscientização do MAP serve para promover mais conhecimento à mulher sobre sua musculatura pélvica, pois uma grande maioria demonstra não saber sobre o mesmo, assim muitas vezes podendo ser um dos fatores a predisposição da IU.

Figura 5: Distribuição percentual da população estudada quanto a ter realizado procedimentos cirúrgicos.

Amostra/2019. Aracati-Ce.

Fonte: autores, 2019.

Segundo o estudo realizado por Botelho, Silva e Cruz (2007) os Exercícios de Kegel são de extrema importância para o tratamento na IU, tanto pelo seu baixo custo como pela praticidade de ser executado, podendo ser usado até na prevenção de IU pós-partos vaginais como cirurgias pélvicas. Já a eletroestimulação usa-se quando a mulher não tem nenhuma contração na região.

Em outro estudo realizado por Oliveira, Rodrigues e Paula (2007), viu-se que a Cinesioterapia quando se utilizada no tratamento para incontinência urinária de esforço (IUE) obtém um resultado de 70% de cura ou diminuição da perca urinária. Já no uso do Biofeedback observou-se uma melhora de 82% nos sintomas da IUE, sendo acompanhas no 6º e 12º mês pós tratamento e os resultados se mantiveram os mesmos.

Após a realização da intervenção terapêutica, de 30 pacientes atendidas, um total de 93,33% relatou melhora do quadro clínico, enquanto apenas 6,67% responderam negativamente aos efeitos da intervenção, como demonstrado na Figura 6.

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Figura 6: Distribuição percentual da população estudada quanto ao desfecho clínico. Amostra / 2019. Aracati-Ce.

Fonte: autores, 2019.

Segundo o trabalho realizado por Castro et al. (2008), mostrou-se que o tratamento fisioterapêutico em mulheres com IUE em curto período apresentou resultados eficazes, tendo um percentual de melhora da IUE em 50% a 60% dos casos, fazendo com que a qualidade de vida e o bem-estar aumente com esta melhora e dessa forma favorecendo para que essas mulheres não optem pelos procedimentos cirúrgicos como primeira solução para IUE.

Nessa perspectiva, observou-se neste estudo uma grande predominância de mulheres que relataram melhora ou a diminuição de seus sintomas da IUE após tratamento fisioterapêutico, sendo que algumas delas relataram que não houve melhora, porém considera- se ao fato das mesmas não compareceram corretamente ao tratamento dando esse viés nos resultados percebidos por elas.

Castro et al. (2008) também compartilha da ideia que para um bom resultado no tratamento fisioterapêutico em mulheres com IUE vai também depender da vontade da mulher se auto ajudar e de sua motivação para que o mesmo tenha um resultado positivo. Dessa forma sendo de suma importância um programa de educação para que as pacientes conheçam melhor o MAP e sua doença.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A incontinência urinária é uma doença que não acomete somente a parte fisiológica do corpo humano, podendo afetar o psicológico e desencadear a depressão, trazer complicações para a parte social e amorosa das pessoas e por consequência comprometer a qualidade de vida.

As mulheres são as mais afetadas pela incontinência urinária e com o perfil de raça branca, casadas, com meia idade, gestantes e puérperas, com histórico de partos vaginais e com cirurgias associadas.

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Quanto ao tratamento usado, percebeu-se uma variedade de técnicas utilizadas nas pacientes, sendo os mais utilizados os exercícios de Kegel e Cinesioterapia por serem técnicas mais simples, diretas e de baixo custo. Os resultados obtidos após os atendimentos das pacientes foram extremamente satisfatórios apontando uma melhora ou diminuição da sintomatologia.

Também foi relatado, por uma pequena parcela das mulheres, não obter melhora ou diminuição dos sintomas.

Viu-se a efetividade do tratamento fisioterapêutico para incontinência urinária em mulheres, melhorando a perca de urina no dia a dia ao realizar suas atividades diárias, mostrando ser um tratamento satisfatório antes da escolha do tratamento cirúrgico.

Espera-se que com o estudo apresentado outros fisioterapeutas e profissionais de saúde possam despertar o interesse de novas pesquisas, possibilitando a criação de novas estratégias de atenção à saúde da mulher, em especial as mulheres com incontinência urinária por esforço.

REFERÊNCIAS

BRASIL. 2012. Ministério da Educação da Saúde. Conselho Nacional de Saúde.

Resolução nº 466, de 12 dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BOTELHO, F.; CRUZ, F.; SILVA, C. Incontinência Urinária feminina. Acta Urológica, Porto, v.24, n.1, p 79-82, 2007.

CASTRO, R. et al. Fisioterapia e Incontinência Urinária de esforço: revisão e análise crítica.

Femina, São Paulo, v.36, n.12, 2008.

FIGUEIREDO, E.M. et al. Perfi l sociodemográfico e clínico de usuárias de Serviço de Fisioterapia Uroginecológica da rede pública. Revista Brasileira Fisioter, Belo Horizonte, v.12, n.2, p 136-142, 2008.

FREITAS, P.A.C.; MARQUES, K.S.F. A fisioterapia como tratamento da incontinência urinária na unidade básica de saúde. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.18, n.4, p 63- 67, 2005.

GERHARDT, T.E.; SILVEIRA, D.T. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2009.

HENKES, F.D. et al. Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v.26, n.2, p 45-56, 2015.

HIGA; R.; LOPES, M.H.B.M.; REIS, M.J. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.42, n.1, p 187-192, 2008.

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HONÓRIO, G.J.S. et al. Análises da qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária antes e pós tratamento fisioterapêutico. Arquivos Catarinenses de Medicina, v.38, n.4, 2009.

LIRA, L.D.B. Fisioterapia no tratamento de incontinência urinaria de esforço: uma revisão sistêmica. 2017. 22 p. Trabalho de Conclusão de curso (Graduação de Fisioterapia).

Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017

MELO, B.E.Z et al. Correlação entre sinais e sintomas de incontinência urinária e

autoestima em idosas. Revista Brasileira Geriátrica e Gerontológica, Rio de Janeiro, v.15, n.1, p 41-50, 2012.

OLIVEIRA, K.A.C.; RODRIGUES, A.B.C.; PAULA, A.B. Técnicas Fisioterapêuticas no tratamento e prevenção da incontinência urinária de esforço na mulher. Revista eletrônica F@pciência, Apucarana, v.1, n.1, p 31-40, 2007.

VASCONCELOS, M.T.C. et al. Disfunções do assoalho pélvico: perfil sociodemográfico e clínico das usuárias de um ambulatório de uroginecologia. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, v.04, n.01, p 1202-12016, 2013.

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