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Prefeitura Municipal de Canudos

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Salvador • Sexta-feira • 22 de setembro de 2006 • Ano XCI • Suplemento Especial Diário Ofi cial dos Municípios No 19.229

Leis

LEI 230, DE 06 DE JULHO DE 2005.

Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária para o exercício fi nanceiro de 2006 e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CANUDOS, ESTADO DA BAHIA, usando das atribuições que lhes são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Disposição Preliminar

Art. 1º - Ficam estabelecidas, em cumprimento ao disposto na Constituição Federal, nas normas da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, nas normas da Lei Federal Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, e legislação complementar, as diretrizes orçamentárias para a elaboração do orçamento do município de Canudos, relativo ao exercício fi nanceiro de 2006, que compreendem:

I - As prioridades e as metas da Administração Municipal;

II - A organização e a estrutura dos orçamentos;

III - As diretrizes gerais para a elaboração e execução dos orçamentos do município e suas alterações;

IV - As ações dos Poderes Legislativo e Executivo e, V - As disposições relativas à dívida pública municipal.

CAPÍTULO I

DAS PRIORIDADES E METAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Art. 2º Constituem prioridades e metas da Administração Pública Municipal a serem priorizadas na proposta orçamentária para 2006, em consonância com o Plano Plurianual, Lei Federal Complementar nº 101, de 04 de Maio de 2000, e legislação complementar:

Políticas Institucionais:

- Modernização dos sistemas de administração tributária com a fi nalidade de elevar a arrecadação tributária da Prefeitura Municipal.

- Modernizar o gerenciamento da folha de pagamento de pessoal para redução efetiva do custeio da Prefeitura Municipal.

- Consolidação da política de recursos humanos voltados para a capacitação e desenvolvimento gerencial do servidor público.

- Modernização da execução orçamentária, incorporando ferramentas de análise gerencial no processamento das receitas e despesas públicas.

- Ampliação e reformulação do projeto democrático do orçamento com a integração das políticas públicas setoriais no contexto de discussões e decisões.

- Promoção de ações visando ampliar e consolidar a descentralização administrativa.

- Consolidar a estabilidade econômica com crescimento sustentado.

- Implantação do sistema de controle interno, atuando preventivamente na detecção de irregularidades e como instrumento de gestão.

Políticas Educacionais:

- Apoiar o ensino, a alfabetização e a qualifi cação de professores, buscando melhorar a qualidade do ensino municipal.

- Estimular a erradicação do analfabetismo.

- Distribuição de material e merenda escolar.

- Desenvolvimento e divulgação de estudos, pesquisas e avaliações educacionais.

- Coordenar, supervisionar e desenvolver atividades que culminem na melhoria da qualidade do ensino fundamental, em todas as suas modalidades, de forma a assegurar o acesso à escola e diminuir os índices de analfabetismo, repetência e evasão.

- Assegurar a remuneração condigna do magistério consoante o que dispõe a Emenda Constitucional nº 14/96.

- Defi nição e implantação da Política de Educação Infantil em consonância com as exigências estabelecidas na Lei de Diretrizes Básicas da Educação de 1996, reconhecida como a primeira etapa da educação básica e direito das crianças.

Política de Saúde

- Promover a qualifi cação de recursos humanos, de modo que se obtenham maior produtividade e melhoria nos serviços prestados.

Equipamentos dos Serviços de Saúde

- Desenvolvimento de ações de assistência médica e odontológica em regime ambulatorial e de internação, bem como apoiar a assistência médica à família prestada por agentes comunitários de saúde.

- Adquirir e distribuir medicamentos de uso corrente, visando atender os grupos populacionais mais carentes.

Política de Desenvolvimento Urbano e Social

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- Viabilização dos investimentos necessários às diretrizes da política municipal de habitação.

- Elaboração da política de saneamento, defi nindo diretrizes que subsidiem a Administração Pública Municipal no trato das ações relacionadas ao saneamento básico.

- Viabilização e implantação gradativa do tratamento de resíduos sólidos, possibilitando a devolução dos resíduos como matéria-prima ao setor produtivo e ao meio ambiente de forma estabilizada e segura.

- Implantação de instrumentos de gestão na área da saúde capazes de garantir melhor qualidade no atendimento e nos serviços prestados ao cidadão.

- Combater a pobreza e promover a cidadania e a inclusão social.

- Consolidar a democracia e a defesa dos direitos humanos.

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DOS ORÇAMENTOS

Art. 3º O projeto de lei orçamentária que o Executivo encaminhará à Câmara Municipal será constituído de:

I - Orçamento Fiscal, compreendendo:

a) o orçamento da administração direta e, b) os orçamentos dos fundos.

II - conteúdo e forma que se trata o art. 22, incisos I, II e III, da Lei nº 4.320/64.

III - demonstrativo da aplicação de recursos na manutenção e desenvolvimento do ensino, nos termos do art. 212 da Constituição Federal, e Emenda Constitucional nº 14/96.

IV - demonstrativo da aplicação de recursos com pessoal, nos termos da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000.

Das Diretrizes Gerais para a Administração Pública Municipal

Art. 4º Constituem diretrizes gerais para a administração pública municipal:

I - dar precedência, na alocação de recursos no orçamento para o exercício fi nanceiro de 2006, no âmbito do Poder Executivo, aos programas estruturantes e prioritários, detalhados no Plano Plurianual.

II - gerar superávit sufi ciente a alcançar o equilíbrio operacional no exercício fi nanceiro de 2006.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS DO MUNICÍPIO

Art. 5º A lei orçamentária para o exercício fi nanceiro de 2006 será elaborada conforme as diretrizes, as metas e as prioridades estabelecidas no Plano Plurianual e nesta Lei, observadas as normas da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, Lei Federal Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, em consonância com a Portaria nº 42, de 14 de Abril de 1999, do Ministério do Planejamento e Gestão

Art. 6º O orçamento fi scal discriminará a despesa por unidade orçamentária, detalhada por categoria de programação em seu menor nível, especifi cando os grupos de despesa, com suas respectivas dotações, conforme a seguir discriminados, indicando, para cada categoria, a Unidade Orçamentária, a modalidade de aplicação, a fonte de recurso e o identifi cador de uso.

I - pessoal e encargos sociais;

II - juros e encargos da dívida;

III - outras despesas correntes;

IV - investimentos;

V - amortização da dívida e VI - inversões fi nanceiras.

Art. 7º As metas físicas serão indicadas segundo os respectivos projetos e atividades e constarão dos demonstrativos das despesas do or- çamento fi scal e da seguridade social segundo os programas de governo, na forma dos anexos propostos pela Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 8º O orçamento anual compreenderá obrigatoriamente as despesas e receitas relativas a todos os Poderes, Órgãos e Fundos tanto da administração direta quanto da indireta, de modo a evidenciar as políticas e os programas do governo, obedecidos, na sua elaboração, os princípios da anualidade, unidade, equilíbrio e exclusividade.

Art. 9º Os valores de receitas e despesas, expressos em preços correntes, observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acom- panhados de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, e da projeção para os dois seguintes.

§ 1º Na projeção de despesas e na estimativa de receita, a lei orçamentária anual não conterá fator de correção decorrente de variação infl acionária.

§ 2º A lei orçamentária estimará os valores da receita e fi xará os valores da despesa de acordo com a variação de preços prevista para o exercício de 2006, e far-se-á consoante as exigências da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, e normas complementares.

Art. 10. As receitas com operações de crédito não poderão ser superiores às despesas de capital.

Art. 11. Na estimativa das receitas próprias, serão considerados:

I - projetos de lei sobre matéria tributária e tributário-administrativa que objetivem alterar a legislação vigente, com vistas a seu aperfeiçoamento, adequação a mandamentos constitucionais e ajustamento a leis complementares federais, resoluções de Senado Federal ou decisões judiciais;

II - os fatores que infl uenciam as arrecadações dos impostos e taxas;

III - os fatores conjunturais que possam vir a infl uenciar a produtividade de cada fonte.

Parágrafo único. A estimativa da receita de transferências terá como base informações de órgãos externos.

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Art. 12. As receitas municipais serão programadas prioritariamente para atender:

I - ao pagamento da dívida municipal e seus serviços;

II - ao pagamento de sentenças judiciárias em cumprimento ao que dispõe o art. 100 e parágrafos da Constituição Federal;

III - ao pagamento de pessoal e encargos sociais;

IV - à manutenção e desenvolvimento do ensino;

V - à manutenção dos programas de saúde;

VI - ao fomento à agropecuária;

VII - aos recursos para a manutenção da atividade administrativa operacional;

VIII - à contrapartida de programas pactuados em convênio.

Parágrafo único. Os recursos constantes dos incisos I, II, III e VII terão prioridade sobre qualquer outro.

Art. 13. Constituem as receitas do município aquelas provenientes:

I - dos tributos e sua competência;

II - de atividades econômicas, que, por conveniência, possam vir a ser executadas pelo município;

III - de transferências, por força de mandado constitucional ou de convênios fi rmados com entidades governamentais e privadas;

IV - de empréstimos e fi nanciamentos com prazo superior ao exercício e vinculados a obras e serviços públicos;

V - de empréstimos por antecipação de receita orçamentária;

VI - receitas de qualquer natureza, geradas ou arrecadadas no âmbito dos órgãos, entidades ou fundos de administração municipal.

Art. 14. Na defi nição das despesas municipais, serão consideradas aquelas destinadas à aquisição de bens e serviços para cumprimento dos objetivos do município e solução de seus compromissos de natureza social e fi nanceira, levando-se em conta:

I - a carga de trabalho estimada para o exercício fi nanceiro de 2006;

II - os fatores conjunturais que possam afetar a produtividade das despesas;

III - a receita de serviços quando este for remunerado;

IV - a projeção de despesas com o pessoal do serviço público municipal, com base no plano de cargos e carreiras da administração direta de ambos os poderes, da administração indireta e dos agentes políticos;

V - a importância das obras para a população;

VI - o patrimônio do município, suas dívidas e encargos.

Art. 15. Não poderão ser fi xadas despesas sem que sejam defi nidas as fontes de recursos.

Art. 16. As despesas com pessoal e encargos previdenciários serão fi xadas respeitando-se as disposições do art. 169 da Constituição da República e da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000.

Parágrafo único. A lei orçamentária consignará os recursos necessários para atender às despesas decorrentes da implantação dos planos de carreira do servidor municipal.

Art. 17. O Poder Executivo colocará à disposição da Câmara Municipal, no mínimo trinta dias antes do prazo fi nal para encaminhamento de sua proposta orçamentária, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da receita corrente líquida, e a respectiva memória de cálculo.

Art. 18. As propostas parciais do Poder Legislativo e dos órgãos da Administração Indireta, para fi ns de consolidação do projeto de lei de orçamento do município, serão enviadas à Prefeitura Municipal de Canudos, até o dia 30 de julho de 2006, caso contrário serão mantidos os mesmos programas de trabalho, previstos no exercício fi nanceiro de 2005.

Parágrafo único. As despesas com pessoal e total da Câmara Municipal obedecerão ao disposto na Constituição Federal e na Lei Federal Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000.

Art. 19. Não se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que visem a:

I - dotações referentes a obras previstas no orçamento vigente ou nos anteriores, e não concluídas;

II - dotações com recursos vinculados;

III - alterar a dotação solicitada para despesas de custeio, salvo quando provada, nesse ponto, a inexatidão da proposta;

IV - conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;

V - conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado.

Art. 20. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, fi carem sem despesas corres- pondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específi ca autorização legislativa.

Art. 21. Na programação de prioridades, metas e quantitativos a serem cumpridos no exercício fi nanceiro de 2006, será observado o seguinte:

I - os projetos já iniciados terão prioridades sobre os novos;

II - os novos projetos serão programados se:

- comprovada sua viabilidade técnica, econômica e fi nanceira;

- não implicarem anulação de dotações destinadas a obras já iniciadas, em execução ou paralisadas.

III - as contidas no Plano Plurianual, acrescidas daquelas previstas, e não cumpridas no orçamento do município para 2006.

Art. 22. A despesa total com pessoal obedecerá ao disposto na Constituição Federal e na Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000.

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CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. Se a lei orçamentária não for sancionada até o fi nal do exercício fi nanceiro de 2005, sua programação, até sua sanção, poderá ser executada até o limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação, por bimestre.

Art. 24. Para fi ns de acompanhamento e fi scalização orçamentários, a Prefeitura enviará, mensalmente, à Câmara Municipal, o balancete fi nanceiro da receita e da despesa.

Art. 25. O Poder Executivo fi ca obrigado a arrecadar todos os tributos de sua competência.

Art. 26. Não será apreciado projeto de lei que conceda ou amplie incentivo, isenção ou benefício de qualquer natureza tributária sem que se apresente a estimativa da renúncia de receita correspondente e/ou as despesas programadas que serão anuladas, bem como o interesse público da medida.

Art. 27. A lei orçamentária deverá conter apenas matéria fi nanceira, excluindo-se dela qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fi xação da despesa para o próximo exercício.

Parágrafo único. Não se incluem na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

Art. 28. Da proposta orçamentária para o exercício de 2006 constarão as seguintes autorizações, que serão observadas pelos Poderes Exe- cutivo e Legislativo, bem como os Fundos Especiais de Administração Indireta:

I - abrir créditos adicionais suplementares, até o limite de 100% (cem por cento) do total da despesa fi xada;

II - anular parcial ou totalmente dotações até o limite de 100% (oitenta por cento) da despesa fi xada, com exceção daquelas previstas para pagamento da dívida municipal e as previstas para contrapartida de programas e convênios;

III - realizar operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, até o limite de 40% (quarenta por cento) do total da receita capital.

Art. 29. Os projetos de lei relativos a créditos adicionais serão apresentados na forma e com os detalhamentos estabelecidos na lei orça- mentária anual.

§ 1º Acompanharão os projetos de lei relativos a créditos adicionais exposições de motivos circunstanciados que justifi quem e que indiquem as conseqüências dos cancelamentos de dotações propostas sobre a execução das atividades e dos projetos.

§ 2º Cada projeto de lei deverá restringir-se a uma única modalidade de crédito adicional.

§ 3º Nos casos de abertura de créditos à conta de recursos de excesso de arrecadação, as exposições de motivos conterão a atualização das estimativas de receitas para o exercício.

Art. 30. O orçamento municipal poderá consignar recursos para fi nanciar serviços de sua responsabilidade, a título de subvenções sociais, a serem executados por entidades de direito privado, mediante convênio, desde que sejam da conveniência do governo e tenham demonstrado padrão de efi ciência no cumprimento dos objetivos determinados, e que preencham uma das seguintes condições:

I - sejam de atendimento direto ao público, de forma gratuita, e nas áreas de assistência social, saúde, educação e cultura;

II - não tenham débitos de prestação de contas de recursos anteriores.

§ 1º Para habilitar-se ao recebimento de subvenções sociais, a entidade privada sem fi ns lucrativos deverá apresentar declaração de funcionamento regular nos dois últimos anos, emitida no exercício fi nanceiro de 2005, por autoridade local, e comprovante do mandato de sua diretoria.

§ 2º As entidades privadas benefi ciadas com recursos públicos, mediante convênio, a qualquer título, submeter-se-ão à fi scalização do Poder concedente com a fi nalidade de verifi car o cumprimento de metas e objetivos para os quais receberam os recursos.

Art. 31. As transferências de recursos do Município, a qualquer título, consignadas na lei orçamentária anual a outro ente da federação, inclusive auxílios, assistência fi nanceira e contribuições, serão realizadas exclusivamente mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, na forma da legislação vigente.

Art. 32. As unidades responsáveis pela execução dos créditos orçamentários aprovados processarão o empenho da despesa, observados os limites fi xados para cada categoria de programação e respectivos grupos de despesa, fontes de recursos, modalidades de aplicação e identifi cando o elemento da despesa.

Art. 33. Integram a presente Lei anexos de metas fi scais.

Art. 34. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 35. Revogam-se as disposições em contrário.

Canudos, 06 de Julho de 2005.

Dr. Manoel Adriano Filho Prefeito Municipal

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ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANUDOS DEMONSTRATIVO DAS PREVISÕES

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 4º, § 1º e § 2º, inciso II Anexo de Metas Fiscais – LDO 2006

Receita, Despesa, Juros da Dívida, Resultado Primário e Nominal

METAS FISCAIS PROJETADAS DESCRIÇÃO

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Receitas Financeiras 32.145,83 34.074,58 38.163,53 50.000,00 55.500,00 60.500,00 66.550,00 Deduções (operações de

crédito, anulações e aplicações

financeiras) 32.145,83 34.074,58 38.163,53 50.000,00 55.500,00 60.500,00 66.550,00

Despesas Financeiras 47.700,00 53.000,00 57.887,87 360.000,00 400.000,00 440.000,00 484.000,00 Juros, Encargos e Amortização,

Da Dívida 47.700,00 53.000,00 57.887,87 360.000,00 400.000,00 440.000,00 484.000,00

Receita Total 7.019.516,98 7.434.688,09 8.326.850,66 11.770.000,00 12950.000,00 14.250.000,00 15.680.000,00 Receitas Financeiras 32.145,83 34.074,58 38.163,53 50.000,00 55.500,00 60.500,00 66.550,00 Receitas não Financeiras (A) 6.987.371,15 7.400.613,51 8.288.687,13 11.720.000,00 12.894.500,00 14.189.500,00 15.613.450,00 Despesas Total 7.019.516,98 7.434.688,09 8.326.850,66 11.770.000,00 12.950,000,00 14.250.000,00 15.680.000,00 Despesas Financeiras 47.700,00 53.000,00 57.887,87 360.000,00 400.000,00 440.000,00 480.000,00 Despesas não Financeiras (B) 6.971.816,98 7.381.688,09 8.268.962,79 11.410.000,00 12.550.000,00 13.810.000,00 15.200.000,00 Resultado Primário (A-B) 15.554,17 18.925,42 19.724,34 310.000,00 344.500,00 379.500,00 413.450,00 Resultado Nominal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ANEXO II - A METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006 Projeção das Metas Fiscais 2006-2008

(Art. 4º, § 1º, da LC nº 101/2000)

2006 2007 2008

ESPECIFICAÇÃO

Valor Corrente

(a)

Valor Constante

(*)

% PIB (a/PIB) x 100

Valor Corrente

(a)

Valor Constante

(*)

% PIB (a/PIB) x 100

Valor Corrente

(a)

Valor Constante

(*)

% PIB (a/PIB) x 100

Receita Total 11.770.000,00 11.103.773,58 % 12.950.000,00 14.250.000,00

Receitas Não Financeiras ( I )

11.020.000,00 Despesa Total 11.770.000,00 Despesas Não

financeiras ( II ) Resultado Primário ( I – II ) Resultado Nominal Dívida Pública Consolidada Dívida Pública Consolidada Líquida

ANEXO II - B METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006

Avaliação do Cumprimento das Metas relativas ao ano anterior (Art. 4º, § 2º. Inciso I da LC nº 101/2000)

A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF estabeleceu, em seu Artigo 4º, § 2º, Inciso I, que o Anexo de Metas Fiscais conterá, além do demonstrativo de metas anuais, a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

As metas fi scais do Estado da Bahia para o exercício de 2004 foram originalmente estabelecidas através da Lei n.º 8.640, de 16 de julho de 2003 (LDO), que dispôs sobre as diretrizes orçamentárias para aquele exercício.

Mudanças no cenário macroeconômico levaram a Lei Orçamentária – Lei n.º 8.968, de 05 de janeiro de 2004 – a incorporar ajustes nas metas fi scais.

Os parâmetros fi xados na Lei Orçamentária serão objeto dos comentários a seguir:

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Receitas Previsão Atualizada Anual ( a )

Realizado % Realização Receitas Correntes

Receita Tributária

IPTU ISS

Outras Tributárias Receita de Contribuições

Receita Patrimonial Receita Agropecuária

Receita Industrial

Receita de Serviços Transferências

Correntes Outras Receitas Correntes

Conta Retificadora da Receita Orçamentária Receitas de Capital Operações de Crédito

Alienação de Bens Amortização de

Empréstimos Transferências de Capital

Outras Receitas de Capital

Receitas Totais

Resultado Fiscal

O Resultado Primário, no exercício de 2004, foi de R$ 981.233 mil, 86,23% superior à meta fi xada de R$ 526.889 mil, conforme demonstrativo abaixo. Esse desempenho foi decorrente de um bom desempenho das Receitas Correntes, permitindo a cobertura integral das Despesas Correntes e, ainda, gerando um excedente para o fi nanciamento de parte das Despesas de Capital. As Receitas Correntes alcançaram um total de R$ 12.522.784 mil, contra uma Despesa Corrente de R$ 11.118.491 mil, resultando num Superávit Corrente de R$ 1.404.293 mil.

Metas Fiscais Exercício de 2004

Descrição Previsão 2004 Realizado 2004 % Realização

Receitas Fiscais

Despesas Fiscais

Resultado Primário

Resultado Nominal

A meta do resultado nominal indica que a dívida consolidada líquida poderia aumentar em até R$ 1.504.000 mil. No exercício de 2004, apesar de ter ocorrido um aumento da dívida consolidada líquida no montante de R$ 632.362 mil, esse valor se situou bem abaixo da meta estabelecida.

Receita Total A arrecadação t otal do estado atingiu o montante de R$ 13.048.648 mil que, comparado ao valor previsto de R$ 14.328.854 mil, correspondeu a 91,07% do estimado no ano. As Receitas Correntes, que decorrem principalmente dos impostos arrecadados diretamente pelo Estado, alcançaram o valor de R$ 12.522.784 mil, correspondendo a 98,44% do valor orçado atualizado.

E x e rc íc io d e 2 0 0 4

(7)

Despesa de Pessoal X Receita Corrente Líquida

Exercício de 2004

Poder Percentual

Realizado

Limite Prudencial Limite Máximo Executivo

Legislativo Total Dívida Pública

A dívida consolidada do Estado da Bahia em 31.12.2004 registrou um montante de R$ 13.181.356 mil, sendo R$ 11.026.140 mil referentes à dívida interna, e R$ 2.155.216 mil referentes à dívida externa.

Dívida Consolidada

Tipo Valor %

Interna Externa Total

Com desempenho destacado, as Receitas Tributárias em 2004 chegaram a R$ 7.259.580 mil, 107,93% em relação ao valor previsto de R$ 6.725.992 mil. O ICMS, principal item da receita estadual, apresentou uma arrecadação de R$ 6.625.528 mil, equivalente a 107,84% do valor orçado para o exercício.

As Transferências Correntes, segunda maior fonte de receitas do Estado, representadas principalmente pelas transfe- rências constitucionais, fi guraram, em seu conjunto, com um realizado 7,67% abaixo do previsto. Tal desempenho foi devido principalmente às transferências multigovernamentais – FUNDEF, que apresentaram valores cerca de 33% inferiores ao or- çado. Sob a ótica das fi nanças estaduais, o FUNDEF trouxe um impacto negativo ao erário, uma vez que os valores mínimos por aluno, desde 1998, vêm sendo fi xados pela União em montantes inferiores ao legalmente estabelecido. Por outro lado, pode-se destacar positivamente, dentro das transferências correntes, o Fundo de Participação dos Estados – FPE, com uma realização total de R$ 2.249.069 mil, situando-se 4,16% acima da previsão orçamentária.

Nas Receitas de Capital, cuja realização total foi de R$ 525.864 mil, equivalentes a 32,71% do previsto, destacam-se as Operações de Crédito, com realização de R$ 314.140 mil, correspondendo a 53,80% do esperado.

Despesa Total

A despesa total liquidada no exercício de 2004 correspondeu a 90,42% do previsto, considerando-se as dotações orçamentárias atualizadas. O quadro a seguir demonstra que todos os itens de despesa tiveram índices de realização signi- fi cativos, à exceção dos investimentos, que são mais dependentes de recursos vinculados, como por exemplo, as operações de crédito e os convênios.

Balanço Orçamentário da Despesa Exercício de 2004

Despesas

Dotação Atualizada Anual ( a)

Realizado % realização (b/a) Despesas Correntes

Pessoal e Encargos

Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes

Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras

Amortização da Dívida Reserva de contingência TOTAL

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece limites para os gastos com pessoal e para o grau de endividamento dos entes, comparativamente à Receita Corrente Líquida. A seguir são apresentados dados que evidenciam a situação do Estado da Bahia.

Despesa de Pessoal e Encargos Sociais

As despesas com Pessoal e Encargos Sociais atingiram, no ano de 2004, o montante de R$ 5.648.978 mil, correspon-

dendo a 96,29% do valor orçado para o mesmo período. O quadro abaixo demonstra a relação desses gastos relativamente

à Receita Corrente Líquida, com base na metodologia e limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

(8)

ANEXO II - C METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006

Metas Fiscais Atuais Comparadas com as fixadas nos três anteriores (Art. 4º, § 2º. Inciso II, da LC nº 101/2000)

ESPECIFICAÇÃO

2003 2004 2005 2006 2007 2008 Receita Total

Receitas Não- Financeiras ( I )

Despesa total Despesas Não-

Financeiras ( II ) Resultado Primário ( i – II ) Resultado Nominal Dívida Pública Consolidada Dívida Consolidada líquida

Comparativamente com os limites fi xados pelo Senado Federal, através da Resolução 40/2001, em cumprimento às disposições do Art. 30 da LRF, a posição é favorável ao Estado, conforme verifi cado no quadro abaixo:

Posição da Dívida Pública

Item Limites fixados Situação atual

Relação Dívida Consolidada Líquida / RCL

Oper. De Crédito realizadas no exercício / RCL

Garantias Concedidas / RCL

A análise do resultado fi scal relativo ao exercício de 2004 demonstra claramente o cumprimento de todas as metas e princípios de gestão fi scal responsável. Entretanto, mesmo com esses mecanismos de controle por meio de metas, o Estado vem continuamente procurando ajustar e aperfeiçoar as suas políticas fi nanceiras e fi scais.

As metas fi scais previstas para o período 2006-2008 encontram-se demonstradas nas tabelas acima, cujos cálculos foram desenvolvidos conforme a descrição abaixo.

Memória e Metodologia de Cálculo da Receita 2006-2008

As receitas cujos valores serviram de referência para o estabelecimento das metas fi scais para o Governo da Bahia, no período de 2006 a 2008, foram estimadas utilizando-se, em grande parte, a mesma metodologia adotada em anos ante- riores.

Para subsidiar as estimativas das receitas do Tesouro Estadual para o triênio 2006-2008, em especial, daquelas cha- madas de suporte de receita (impostos do Estado, incluindo os transferidos pela União, a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico e os Royalties), adotou-se os procedimentos descritos detalhadamente a seguir:

I - Ajustamento de dados passados

A análise das receitas realizadas foi efetuada com base na série histórica do período de 2000 a 2004, com destaque para os itens de suporte da Receita do Estado, observados os seguintes procedimentos:

a) retirada do efeito variação de preços agregados para todos os anos, levando os valores a preços constantes;

b) exclusão, se considerado necessário, dos registros atípicos que evidenciavam “picos” ou “vales” nos seus valores, explicados por fenômenos do tipo efeitos cumulativos de um ano para outro, mudanças transitórias de legislação, efeitos cíclicos não repetitivos para o período projetado, entre outros;

c) manutenção de variações permanentes que pareciam mudar a tendência para cima ou para baixo, com relação aos anos recentes e que permaneceriam no horizonte futuro projetado;

d) realização do processo de “alisamento” da série, retirando os fenômenos atípicos temporais e incluindo as variações permanentes, buscando-se um ajustamento de tendência através de modelos funcionais distintos, tais como, lineares, quadráticos, log-lineares e exponenciais, escolhendo aquele que resultasse na melhor aderência, ou seja, que apresentasse o maior coefi ciente de correlação;

e) inclusão de dados relativos ao Orçamento 2004, se verifi cado que os valores estavam dentro de um intervalo de confi ança da tendência estimada para os anos anteriores. Caso extrapolasse o intervalo, explicado pelo erro estatístico, buscou-se examinar se os mesmos estariam relacionados a uma nova atipicidade ou a uma mudança de caráter permanente.

f) verifi cação dos números realizados até o primeiro trimestre de 2005, integrando-os, ou não, através de processos de análise, na previsão para 2006-2008.

(9)

Tabela 1

(Parâmetros Macroeconômicos) ANOS PIB BAHIA PIB BRASIL

LDO (**) IGP-DI MÉDIO

(**) CÂMBIO

MÉDIO (**) Esforço de Arrecadação 2006

2007 2008

ANEXO II - D METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006 Evolução do Patrimônio Líquido (Art. 4º, § 2º. Inciso III, da LC nº 101/2000) Evolução do Patrimônio Líquido Preços Correntes

2003 2004 2005 2006 Saldo Patrimonial

Demonstrativo da Receita com Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos

Descrição 2003 2004 2005 2006

Receita de Capital ( I ) Alienação de Ativos

Alienação de Bens Móveis Alienação de Bens Imóveis Despesas de Capital ( II )

Investimentos Inversões Financeiras

Amortização da Dívida

Demais Despesas ( III )

Saldo Financeiro a aplicar ( I – II – III )

II - Inclusão de variáveis que afetam o comportamento futuro

a) Efeito PIB Para as Receitas que sofrem infl uência do PIB, admitiu-se uma elasticidade unitária, de forma que as mesmas capturaram toda variação do PIB. As estimativas do PIB Estadual foram elaboradas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), que levou em conta o cenário que a economia do Estado desenha nesse momento. Para o PIB Brasil, utilizou-se as estimativas contidas no Projeto de LOA/2006 da União (Tabela 1).

b) Efeito Expectativa de Infl ação

Como expectativa infl acionária para o período 2006-2008, adotou-se a variação na média esperada do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), o mesmo indicador de preços utilizado na Projeto de LOA/2006 da União (Tabela 1).

c) Esforço de Arrecadação

O processo de modernização da Secretaria da Fazenda do Estado, não só com relação ao equipamento físico, como nos investimentos em capital humano, aliado às medidas de incentivo ao trabalho fi scal e, fi nalmente, em decorrência da produtividade que se vem obtendo na arrecadação do ICMS até o presente momento, levaram à inclusão de um esforço de arrecadação de 1,5% em 2006, com uma tendência de queda para os anos subseqüentes (Tabela 1). Cabe ressaltar que, conforme explicitado na descrição da primeira etapa, item b, no valor do ICMS, no qual incidirá esse efeito, bem como os demais, é expurgado o valor decorrente de programas de renúncia fi scal, conforme Anexo I - F1.

Para as receitas provenientes de transferências legais da União e de convênios, introduziu-se uma inovação, que compreendeu a projeção dos valores e a sua inclusão no Sistema Informatizado de Planejamento – SIPLAN diretamente pelos órgãos e entidades públicos estaduais competentes para a negociação, arrecadação e gestão dos recursos correspondentes.

Esses valores informados, após discutidos e avaliados pelas Secretarias do Planejamento e da Fazenda, foram acatados ou revisados, neste caso para melhor adequá-los à respectiva série histórica. Este mesmo procedimento foi adotado para as receitas próprias das entidades da Administração indireta.

Com relação às Receitas de Operações de Crédito, para o período 2006/2008, incluíram-se as já negociadas e autori- zadas pelo Poder Legislativo, bem como aquelas em estudo ou tramitação na esfera federal. Levando-se em conta, em ambos os casos, o grau de endividamento do Estado, nos termos da Lei Complementar nº 101/2000, das Resoluções pertinentes do Senado Federal e do Programa de Ajuste Fiscal fi rmado com o Governo Federal.

Para as demais receitas, observando-se as especifi cidades de cada item, aplicou-se um dos seguintes modelos de

projeção: variação de preços, crescimento vegetativo, orçado do ano em execução, realizado do ano anterior, média de exe-

cução dos três últimos anos, dentre outros.

(10)

ANEXO II - F METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006

Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita e da Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado

(Art. 4º, § 2º. Inciso V, da LC nº 101/2000)

Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita

2006 2007 2008 REGIÃO

IPTU -

ISS -

IRRF -

ITIV -

ANEXO II - E METAS FISCAIS

Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006 Avaliação da Situação Financeira e Atuarial

(Art. 4º, § 2º. Inciso IV, da LC nº 101/2000)

O pagamento das pensões, aposentadorias, salário família dos funcionários aposentados e auxilio reclusão devida aos servidores públicos estaduais, seus dependentes e pensionistas é feito pelo Fundo de Custeio da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia – FUNPREV, criado pela Lei n.º 7.249 de 07 de janeiro de 1998, alterada pelas Leis n.º 7.437/1999, n.º 7.593/2000, n.º 7.943/2001, n.º 8.535/2002 , n.º 9.003/2004 e n.º 9.444/2005 , com participação contributiva do Estado da Bahia como patrocinador e dos funcionários ativos, inativos e pensionistas como participantes. As contribuições dos funcionários inativos e dos pensionistas foram suspensas em Janeiro de 2003 e, em Maio de 2004, por força da Emenda Constitucional 41/2003 e da Lei Estadual 9.003/2004 voltaram a ser cobradas.

A contribuição dos servidores ativos a partir do exercício de 2004 passou a ser de 12 % calculada sobre o valor bruto da remuneração do mês. A contribuição patronal do Estado em 2004 foi de 15% e a partir de Janeiro de 2005, por força da Lei n.° 9.444/2005, passou a ser de 24% do valor bruto da folha de pagamentos dos servidores ativos.

As receitas e despesas do FUNPREV executadas durante o exercício de 2004, orçadas para 2005 e estimadas para o exercício de 2006, encontram-se no quadro a seguir:

FUNPREV – Receitas e Despesas

Fontes: Balanço Geral do Estado Exercício de 2004, Orçamentos 2005, Estimativas 2006.

As contribuições patronal e dos servidores foram as principais fontes de fi nanciamento do FUNPREV, representaram 57,7% das receitas em 2004. Nos exercícios seguintes passarão a 57,3% em 2005 e 76,3% em 2006. O aumento expressivo para 2006 deve-se ao aumento da alíquota de Contribuição do estado que passou de 15% para 24% em função da Lei 9.444/05.

Os Repasses do Tesouro para cobertura dos défi cits, em contrapartida, que representaram 39,9% em 2004 passarão a 41,1%

em 2005 e 22,3% em 2006. A redução do Repasse do Tesouro em 2006 deve-se ao aumento da Contribuição Patronal. Em- bora a participação dos repasses do Tesouro do Estado para o exercício de 2005, segundo o orçamento, sejam de 41,1%, a expectativa é de que, essa participação seja menor, haja vista que o aumento da contribuição patronal, feita durante o ano já em curso, resultara em menores necessidades de aporte de recursos do Tesouro. A participação do Estado no fi nanciamento da previdência, seja com a contribuição patronal seja com repasses do Tesouro, apresenta tendência de manter-se constante, em torno de 72%. As contribuições dos servidores ativos, inativos e pensionistas ainda mantêm-se com uma participação relativamente baixa para o fi nanciamento do sistema, apesar de uma alíquota de contribuição considerada elevada. Deve-se notar ainda que a totalidade da despesa do FUNPREV é com o pagamento de inativos e pensionistas uma vez que os custos administrativos são consignados no orçamento da Secretaria da Fazenda.

Avaliação Atuarial

A avaliação atuarial é um estudo técnico baseado em levantamento de dados estatísticos em que se busca mensurar

os recursos necessários à garantia dos benefícios oferecidos pelo sistema de previdência. O exercício se fundamenta na

adoção de premissas, hipóteses de ocorrências admissíveis e variáveis a ponderar, que sensibilizam os resultados e, tudo

isso, projetado para um horizonte de 30 (trinta) anos. Nas previsões, dentre os principais elementos, leva-se em conta a le-

gislação vigente, benefícios admissíveis, massa de segurados, expectativas de vida e, usualmente, as seguintes variáveis de

ponderação: tábua de mortalidade, tábua de invalidez, taxa de tourn-over, previsibilidade de crescimento real do salário, ine-

xistência de solidariedade de gerações no fi nanciamento dos benefícios, arbitramento de uma idade para início dos trabalhos,

taxa real de retorno na aplicação do patrimônio fi nanceiro, indexador do sistema atuarial, etc. Ao fi nal, o que se tem é uma

previsão que expressa o montante, em valor presente, do que o sistema previdenciário deveria ter em caixa para saldar de

uma só vez todo o estoque de benefícios existentes. As suas expressões são as seguintes: A reserva matemática representa

o montante de recursos necessários para manutenção dos benefícios aos níveis atuais de contribuição. Diante da existência

de défi cit técnico a sua cobertura deverá ser feita ao longo do tempo através das contribuições dos participantes e patronais e

por aportes adicionais do Tesouro, o que já vem ocorrendo, conforme demonstrado no quadro Receita / Despesa acima, sob

o título de “Repasses do Tesouro Estadual”.

(11)

Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado

Como exigência introduzida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, essa estimativa busca assegurar que nenhuma des- pesa classifi cada como obrigatória de caráter continuado seja criada, sem a devida fonte de fi nanciamento responsável por sua integral cobertura. Conforme o art. 17 da L.C n.º 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal –LRF, considera-se despesa obrigatória de caráter continuado aquela de natureza corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fi xe para o Estado, a obrigação de sua execução por um período superior a dois exercícios.

Para o exercício de 2006, a referida cobertura dar-se-á mediante o aumento permanente de receita, considerando o crescimento real da atividade econômica refl etido diretamente na arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadoria e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS.

Nessa apuração foi aplicada a taxa de crescimento esperada para o PIB/Ba. de 5,1%, considerando, ainda, um esforço de arrecadação de 1,5% e a expectativa de infl ação média esperada de 5,8%, obtendo-se uma margem para cobertura, já de- duzidas as transferências obrigatórias, de R$ 986,3 milhões.

Considerando o montante apurado de R$ 224,8 milhões relativo ao impacto de aumento do salário mínimo e de novas despesas de pessoal (alteração de estrutura de carreiras e concessão de vantagens), com refl exo para 2006, chega-se a um saldo líquido de R$ 403,9 milhões, conforme demonstrado no quadro abaixo.

MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER CONTINUADO

(9(172 9DORU3UHYLVWR

$XPHQWR3HUPDQHQWHGD5HFHLWD

7UDQVIHUrQFLDV&RQVWLWXFLRQDLV

7UDQVIHUrQFLDVGR)81'()

0DUJHP%UXWD,

6DOGR&RPSURPHWLGRGD0DUJHP%UXWD,,

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0DUJHP/tTXLGDGH([SDQVmRGH'2&&,±,,

ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANUDOS PREÇOS CORRENTES E CONSTANTES

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 4º, § 1º Anexo de Metas Fiscais – LDO 2006

Receita, Despesa, Juros da Dívida, Resultado Primário e Nominal

ANEXOS DE METAS FISCAIS PARA 2006

PREÇOS CONSTANTES PREÇOS CORRENTES

DESCRIÇÃO

2007 2008 2009 2007 2008 2009

Receitas 12.894.500,00 14.189.500,00 15.613.450,00 12.894.500,00 14.189.500,00 15.613.450,00 Correntes 12.121.500,00 13.334.200,00 14.667.620,00 12.121.500,00 13.334.200,00 14.667.620,00 Capital 773.000,00 855.300,00 945.830,00 773.000,00 855.300,00 945.830,00 Despesas 12.550.000,00 13.810.000,00 15.200.000,00 12.550.000,00 13.810.000,00 15.200.000,00 Correntes 10.404.000,00 13.370.000,00 12.540.000,00 10.404.000,00 13.370.000,00 12.540.000,00 Capital 2.146.000,00 2.360.000,00 2.660.000,00 2.146.000,00 2.360.000,00 2.660.000,00 Resultado Primário 344.500,00 379.500,00 413.450,00 344.500,00 379.500,00 413450,00 Resultado Nominal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Dívida Pública 700.000,00 780.000,00 858.000,00 700.000,00 780.000,00 858.000,00

(12)

METAS PREVISTAS E REALIZADAS NO EXERCÍCIO ANTERIOR A REALIZAÇÃO

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 2º, inciso I Anexo de Metas Fiscais – LDO 2006

Receita, Despesa, Juros da Dívida, Resultado Primário e Nominal

METAS DO EXERCÍCIO DE 2006 DESCRIÇÃO

Previstas Realizadas (B) – (A) (B) / (A) %

Receitas Financeiras 152.006,28 214.614,85 62.608,57 70,82

Valores Mobiliários 38.163,53 81.064,85 42.901,32 47,07

Operações de Crédito 100.000,00 0,00 0,00 0,00

Alienações de Bens 13.842,75 133.550,00 119.707,25 10,36

Despesas Financeiras 57.887,87 216.657,97 158.770,10 26,71

Juros, Encargos e Amortizações da Dívida. 57.887,87 216.657,97 158.770,10 26,71

Receita Total 8.326.850,66 9.859.305,17 1.532.454,51 84,45

Receitas Financeiras 152.006,28 214.614,85 62.608,57 70,82

Receitas não Financeiras (A) 8.174.844,38 9.644.690,32 1.469.845,94 84,76

Despesa Total 8.326.850,66 9.646.365,21 1.319.514,55 86,32

Despesas Financeiras 57.887,87 216.657,97 158.770,10 26,71

Despesas não Financeiras (B) 8.268.962,79 9.429.707,24 1.160.744,45 87,69 Resultado Primário (A) – (B) (94.118,41) 214.983,08 120.864,67 0,01

METAS DO EXERCÍCIO DE 2006 DESCRIÇÃO

Previstas Realizadas (B) – (A) (B) / (A) % Receitas não Financeiras

Correntes Capital

8.174.844,38 7.475.156,64 699.687,74

9.644.690,32 9.489.720,32 154.970,00

1.469.845,94 2.014.563,68 (544.717,74)

84,76 7,87 22,14 Despesas não Financeiras

Correntes Capital

7.910.172,13 6.467.786,40 1.442.385,73

9.429.707,24 8.735.507,77 694.199,47

1.519.535,11 2.267.721,37 (748.186,26)

83,88 74,04 207,77

Resultado Primário 264.672,25 214.983,08 (49.689,17) 123,11

Resultado Nominal 529.344,50 429.966,16 (99.378,34) 123,11

Dívida Pública 57.887,87 216.657,97 158.770,10 26,71

EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 4º, § 2º, III Anexo de Riscos Fiscais – LDO 2006

Discriminação 2005

Saldo Patrimonial Inicial 5.803.238,93

Superávit do Exercício 0,00

Saldo Patrimonial Final 5.803.238,93

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E AUTUARIAL

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ART. 4º, § 2º, IV LDO DE 2006

Discriminação

Deixamos de apresentar demonstrativo Contendo análise de situação financeira E atuarial por não possuir regime próprio de

Previdência social para os servidores, fundos

Públicos e programas estatais de natureza atuarial

(13)

ESTIMATIVA E COMPENSAÇÃO DA RENÚNCIA DA RECEITA E MARGEM DE EXPANÇÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE

CA RÁTER CONTINUADO

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 4º, § 2º, V LDO 2006

Discriminação 2006 2007 2008

NADA A REGISTRAR

PASSIVO CONTIGENTE

EXERCÍCIO 2007 2008 2009 PREVISÃO 100.000,00 110.000,00 121.000,00

ANEXO DE RISCOS FISCAIS

Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 4º, § 3º LDO 2006

Lei nº 248 de 05 de setembro de 2006.

“Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público de CANUDOS e dá outras providências.”

O PRFEITO MUNICIPAL DE CANUDOS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Servidores do Magistério Público do Município de CANUDOS contendo os princípios e normas de direito que lhe são peculiares.

Parágrafo Único – Ao Servidor do Magistério aplicam-se subsidiária e complementarmente, as disposições contidas no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de CANUDOS e na CLT Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 2º - São Servidores do Magistério Público Municipal os profi ssionais da educação que exercem atividades de docência e os que fornecem ativi- dades administrativas e pedagógicas no processo de ensino aprendizagem, planejamento, coordenação, orientação educacional e de direção.

CAPÍTULO II

Dos Princípios do Magistério

Art. 3º - O exercício do Magistério, fundamentado nos direitos primordiais da pessoa humana, ampara-se nos seguintes princípios norteadores:

I- Liberdade de ensinar, pesquisar e divulgar o saber produzido pela sociedade, através de um atendimento escolar de qualidade;

II- Crença no poder da educação que contempla todas as dimensões do saber e do fazer no processo de humanização crescente e de construção da cidadania desejada;

III-Reconhecimento do valor do profi ssional da educação, assegurando-lhe as condições dignas de trabalho, compatíveis com suas tarefas de educador;

IV-Garantia da participação dos sujeitos na vida nacional, no que diz respeito a alcance dos direitos civis, sociais e políticos;

V-Promoção na carreira;

(14)

VI-Gestão democrática fundada em decisões colegiadas e interação solidária com os diversos segmentos escolares;

VII-Conjunção de esforços e desejos comuns, expressos na noção de parceria entre escola e comunidade;

VIII-Qualidade do ensino e preservação dos valores regionais e locais;

IX-Escola pública, gratuita, laica e de qualidade para todos.

X-Garantia de uma Educação multi-racial.

CAPÍTULO III

Da organização da Carreira do Magistério

Art. 4º - Os cargos de provimento efetivo do Magistério serão organizados em carreira, na forma e modo regulados no Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do Magistério Público do Município, com observância dos princípios e diretrizes instituídos por esta Lei, além do seguinte:

I- Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II- Progressão baseada na titulação ou habilitação, no desempenho e no tempo de serviço;

III-Piso salarial profi ssional que se constitua em remuneração condigna;

IV-Estímulo ao trabalho em sala de aula;

V-Condições adequadas de trabalho;

VI-Capacitação permanente e garantia de acesso a cursos de formação continuada, inclusive com licenciamento para esse fi m;

VII-Jornada de trabalho que incorpore os momentos diferenciados das atividades docentes;

VIII-Período reservado a estudo, planejamento e avaliação, incluídos na carga horária de trabalho.

TÍTULO II CAPÍTULO I Da Estrutura da Carreira

Art. 5º - O quadro do Magistério Público Municipal de CANUDOS é constituído de:

I. Cargos de Professor e de Coordenador Pedagógico , estruturados em sistema de carreira, segundo o nível de habilitação ou titulação organizados em classes e referências;

II. Funções Gratifi cadas correspondentes aos cargos de direção, vice direção e coordenação pedagógica devidamente habilitados nas diversas áreas do conhecimento.

CAPÍTULO II Dos Cargos

Art. 6º - O quadro do Magistério compreende os cargos de professor e Coordenador pedagógico.

Art. 7º - Ao Professor compete a regência de classes, a participação na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, a elaboração e cumprimento do planejamento anual, o zelo pela aprendizagem dos alunos e a colaboração nas atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Art. 8º - Ao Coordenador Pedagógico compete, no âmbito do sistema educacional, a supervisão no processo didático, referente ao plane- jamento, controle, avaliação e cooperação nas atividades docentes, no acompanhamento ao trabalho individual ou em grupo, bem como, a participação na elaboração da proposta pedagógica da escola.

Art. 9º - A descrição das atribuições dos cargos dos componentes da carreira do Magistério, bem como os pré-requisitos, referentes a cada grupo, constam no Plano de Carreira e Remuneração do Magistério.

Art. 10º - O quadro de Pessoal do Magistério terá seu quantitativo de cargo efetivo fi xada anualmente por Lei, através de Projetos de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, baseado em proposta da Secretaria Municipal da Educação e da Administração e Finanças.

CAPÍTULO III Do Concurso Público

Art. 11º - O Concurso Público, será realizado pela Prefeitura Municipal e regido por normas estabelecidas em edital próprio, que indicarão:

I- A modalidade do concurso;

II- As condições para o provimento ao cargo;

III-O tipo e conteúdo das provas e a natureza dos títulos;

IV-Os critérios de aprovação, classifi cação e desempate.

V-O prazo de validade do concurso;

VI-Percentual para portadores de necessidades especiais.

Art. 12º - O edital do concurso, deverá ser publicado em jornal de grande circulação ou no Diário Ofi cial do Município ou do Estado e fi xado em local que possibilite ampla divulgação e conhecimento pelos interessados.

§ 1º- O prazo de validade do concurso será de 02 anos, a partir da data da publicação dos resultados fi nais prorrogáveis por igual período.

§ 2º - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Art. 13º - Na realização do concurso serão respeitados os cargos dos profi ssionais da educação defi nidos neste Estatuto e as exigências para o exercício das respectivas funções.

§1º- Para submeter-se a concurso público para a carreira do Magistério será exigido como requisito mínimo, comprovação da conclusão do curso na área específi ca, mediante diploma ou certifi cado expedido pelo órgão competente.

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§2º- Aos portadores de defi ciência será assegurado o direito de inscrever-se no concurso público.

CAPÍTULO IV Do Ingresso

Art. 14º - O ingresso na Carreira do Magistério é facultado a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais, assim como aos es- trangeiros, na forma da Lei, e será sempre precedido de aprovação em concurso público de provas e títulos para o cargo e nível para o qual o candidato concorreu, sempre na classe e referência inicial, obedecida as exigências estabelecidas em Lei, conforme o disposto abaixo:

§1º - O ingresso se dará no cargo de Professor e de Coordenador Pedagógico, conforme especifi cado no Plano de Carreira e Remuneração do Magistério.

§2º - Para o ingresso no cargo de professor, além dos requisitos estabelecidos em outras leis, exigir-se-á diploma de professor ou certifi cado de conclusão de curso acompanhado de histórico escolar, devidamente autenticados por órgãos competentes, observando-se para o exercício nas diversas séries a seguinte formação mínima:

I- Para Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental, de 1ª a 4ª séries formação em nível superior, em curso de licenciatura plena ou curso normal superior, admitida como formação mínima à obtida em nível médio na modalidade Normal.

II. Para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, habilitação específi ca de grau superior em nível de graduação, representado por licenciatura plena, pós-graduação, mestrado e/ou doutorado na área de educação relacionada com a sua habilitação.

§ 3º - Para o ingresso no cargo Coordenador Pedagógico , além dos requisitos estabelecidos em outros diplomas legais, exigir-se-á habilitação específi ca em curso superior de graduação em Pedagogia ou de pós-graduação em área específi ca devidamente registrado no órgão competente.

Art. 15º - A carreira do Magistério Público Municipal fi ca estruturada em níveis , classes e referências na forma estabelecida no Plano de Carreira e Remuneração do Magistério.

CAPÍTULO V Da Nomeação

Art. 16º - A designação para os cargos do quadro de pessoal de Magistério dar-se-á:

I- Em caráter efetivo, quando se trata dos cargos de carreira;

II- Em caráter temporário, quando se trata dos cargos em comissão e função gratifi cada .

§1º- A designação para cargos de provimento efetivo obedecerá rigorosamente a ordem de classifi cação obtida no concurso público de acordo com os critérios estabelecidos em regulamento.

§ 2º- O servidor nomeado para cargos de provimento efetivo será submetido a estágio probatório de três (03) anos, na forma estabelecida no regime jurídico dos servidores públicos de CANUDOS e na Constituição Federal.

CAPÍTULO VI Da Posse e lotação

Art. 17º - A posse é o ato de aceitação formal pelo servidor de magistério, das atribuições, dos deveres e das responsabilidades inerentes ao cargo público, caracterizada com a assinatura do termo de posse pela autoridade competente e pelo empossado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previsto em lei.

§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento.

§ 2º - No ato de posse o servidor público apresentará, obrigatoriamente, declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração sobre o exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 3º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º, deste artigo.

Art. 18º - Só poderá ser empossado aquele que foi julgado apto físico e mentalmente para o exercício do cargo, em inspeção médica do Município.

Art. 19º - Lotação é o ato pelo qual o Secretário de Educação no Município, editado em consonância com as disposições da Lei, determina o local de trabalho do servidor integrante na carreira do Magistério.

Art. 20º - O servidor integrante da carreira do Magistério será lotado:

I- Em unidade de ensino, o Professor;

II- Em unidade de ensino ou em unidade técnica da Secretaria de Educação do Município, o Coordenador Pedagógico.

Art. 21º - A lotação do Professor e Coordenador Pedagógico, em unidade de ensino ou em unidade técnica da Secretaria Municipal de Edu- cação, é condicionada à existência de vagas.

Art. 22º - Independentemente da fi xação prévia de vagas, a lotação do Servidor integrante da carreira do Magistério poderá ser alterada nos casos de modifi cação da distribuição numérica do nível de unidade de ensino, comprovada através de processo específi co.

§1º - São passíveis de alteração de lotação os casos comprovados de:

I. Redução do número de alunos matriculados na unidade de ensino;

II.Diminuição da carga horária na disciplina ou área de estudo no total da unidade de ensino;

III.Ampliação da carga horária do Professor Municipal, em função de docência.

§2º- Na hipótese de lotação prevista neste artigo, serão deslocados os excedentes, assim considerados os de menor tempo de serviço na unidade de ensino.

CAPÍTULO VII

Do Exercício

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Art. 23º - O exercício é o ato pelo qual o servidor assume o efetivo desempenho das atribuições do seu cargo.

§ 1º - Quando a posse se verifi car nos períodos de férias ou recessos escolares, em se tratando de Professores em função de docência, o exercício terá início na data fi xada para o começo das atividades previstas no calendário letivo;

§ 2º – Em se tratando de cargo de Coordenador Pedagógico o exercício poderá ter início na data determinada, por edital e, pela Secretaria de Educação do Município.

§ 3º - É de até 30 (trinta) dias, corridos, o prazo para o servidor do Magistério entrar em exercício, contados da data da posse.

CAPÍTULO VIII Do Estágio Probatório

Art. 24º - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fi cará sujeito a estágio probatório por período de 3 (três) anos, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

I- Princípios que regem o Magistério, defi nidos no artigo 3º, desta Lei;

II- Assiduidade;

III-Idoneidade moral;

IV-Disciplina;

V-Efi ciência;

VI-Responsabilidade;

VII-Capacidade para o desempenho das atribuições específi cas do cargo;

VIII-Freqüência e aproveitamento em cursos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação.

Art. 25º - A aferição dos requisitos do estágio probatório, será, promovida na forma e prazos disciplinados no Regime Jurídico Único do Mu- nicípio de CANUDOS, condições estabelecidos na CLT Consolidação das Leis do Trabalho e normas complementares.

Art. 26º - Durante o estágio probatório o servidor nestas condições não terá direito a progressão.

Art. 27º - O dirigente imediato do servidor sujeito ao estágio probatório, fi ca obrigado a enviar à Secretaria de Educação, responsável pela avaliação e aperfeiçoamento pedagógico, relatório anual que informe sobre o desempenho do funcionário no cargo que exercer, tendo em vista os requisitos enumerados no artigo 24 desta Lei.

§1º- À vista das informações, órgão responsável pela avaliação e aperfeiçoamento pedagógico publicará por escrito, 90 (noventa) dias antes do término do estágio.

§2º- Se o parecer for contrário à confi rmação, será dado vistas ao servidor em estágio probatório pelo prazo de 15 (quinze) dias o qual fará sua defesa.

§3º- Julgado o parecer e a defesa, se houver, decidirá pela exoneração ou não, do funcionário em questão, uma Comissão Especial de Avaliação, composta por 03 (três) servidores especialistas em educação, que formulará parecer fi nal que junto com os demais documentos inerentes ao caso formará o competente processo administrativo.

§4º- Todo servidor em estágio probatório, poderá pedir vistas, sobre o conteúdo dos relatórios sobre sua pessoa.

CAPÍTULO IX Da cessão

Art. 28º - Cessão é o ato pelo qual o titular de cargo da carreira é posto a disposição de órgão não integrante da rede municipal de ensino.

Parágrafo único - A cessão será sem ônus para o ensino municipal e será concedida pelo prazo máximo de um ano, renovável anualmente segundo a necessidade e a possibilidade das partes.

Art. 29º - Em casos excepcionais, a cessão poderá dar-se com ônus para o ensino municipal:

I - quando se tratar de instituições privadas sem fi ns lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação;

II – quando o órgão solicitante reembolsar as despesas realizadas pelo órgão de origem.

Parágrafo único - Não haverá nenhum prejuízo no vencimento e vantagens pessoais do Servidor do Magistério que for posto à disposição, como prevê o caput deste artigo.

Art. 30º - O servidor da Carreira do Magistério que perceba seus vencimentos com recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvol- vimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (FUNDEF), ou outro Fundo que venha a substituí-lo, a ser posto à disposição de outro órgão, deixará de perceber seus vencimentos, com recursos do Fundo.

Art. 31º - A cessão para o exercício de atividades estranhas ao magistério interrompe o interstício para a promoção.

CAPÍTULO X Da Jornada de Trabalho

Art. 32º - Os servidores do Magistério terão jornada normal de trabalho de 20 (vinte) horas semanais e de 40 (quarenta) horas semanais em tempo integral, se houver necessidade e desde que devidamente fundamentada.

Art. 33º - Os servidores do Magistério poderão ter sua jornada de trabalho ampliada ou reduzida, conforme o disposto no Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do Magistério.

Art. 34º - Na hipótese de carência de Professor por qualquer motivo, em unidades de ensino, o Secretário de Educação poderá atribuir um acréscimo de até 20 (vinte) horas semanais, a título de regime suplementar de trabalho, ao Professor cuja jornada normal de trabalho seja de 20 (vinte) horas semanais.

Parágrafo único - Cessando os motivos que determinam a atribuição do regime diferenciado de trabalho, o Professor retorna, automatica- mente, à sua jornada de trabalho.

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Art. 35º - A carga horária do Professor, em função de docência, compreende:

I - hora/aula, que é o período de tempo em que desempenha atividades de efetiva regência de classe;

II - hora/atividade, que é o período de tempo que desempenha atividades extra-classe relacionadas com a docência, tais como os de planejamento, correção de provas e outras programadas pela Secretaria de Educação do Município, devendo ser prestada na unidade de ensino, obrigatoriamente, 2/3 dessas horas.

Art. 36º - O Professor quando na efetiva regência de classe de educação infantil e do ensino fundamental de 1ª a 4ª série, terá 30% (trinta por cento) de sua carga horária destinada a atividade complementar distribuída da seguinte forma:

I- 20 horas - aula em regência de classe;

II- 04 horas em atividade complementar na unidade escolar em turno oposto para a jornada de 20 horas/aula e 08(oito) horas de atividade complementar para jornada de 40 horas/aulas semanais.

Art. 37 - O Professor do ensino fundamental de 5ª a 8ª serie e do ensino médio quando na efetiva regência de classe, terá 30% (trinta por cento) de sua carga horária destinada a atividade complementar distribuída da seguinte forma:

I- 14 horas - aula em regência de classe;

II - 06 horas em atividade complementar sendo 04(quatro) horas desenvolvida na unidade escolar e 02(duas) horas de 02(duas) horas de livre escolha.

Art. 38º - Em se tratando de servidor ocupante do cargo de Professor, em efetiva regência de classe, caso não haja aula de sua disciplina em número sufi ciente para que possa cumprir sua jornada de trabalho apenas no estabelecimento escolar, ou em apenas um turno, a carga horária será complementada em outro turno ou em outro estabelecimento de ensino.

Parágrafo único - Na impossibilidade de se proceder à complementação referida no caput deste artigo, o Professor fi cará obrigatoriamente na unidade de ensino, em atividade extra-classe, de natureza pedagógica, que lhe será destinada pela Direção da Unidade de Ensino.

Art. 39º - O professor será convocado para ministrar aulas, sempre que houver necessidade de reposição ou complementação da sua carga horária, exigida por Lei.

CAPÍTULO XI Das Faltas ao Trabalho

Art. 40º - As faltas ao trabalho são caracterizadas:

I - por dia letivo;

II - por hora/aula ou hora/atividade.

§ 1º - O servidor integrante da Carreira do Magistério que faltar ao serviço perderá:

a) a remuneração do dia, salvo se a ausência for ocasionada por motivo legal, mediante comprovante ofi cial;

b) 1/100 (um centésimo) da remuneração mensal por hora/atividade ou hora/aula não cumprida;

c) parcela da remuneração, proporcionalmente aos atrasos acima da tolerância, ausências eventuais e saídas antecipadas, quando não autorizadas pela chefi a imediata, conforme disposto em regulamento.

§ 2º - Para efeito deste artigo, aplicam-se ao conceito hora/atividade as exercidas em unidades de ensino ou em unidade técnica da Secretaria de Educação do Município

CAPÍTULO XII Das Férias

Art. 41º - Aos docentes em exercício de regência de classe nas unidades de ensino deverão ser assegurados 45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais, fazendo jus os demais integrantes do Magistério a 30 (trinta) dias por ano.

§ 1º - Os servidores referidos no caput deste artigo gozarão, anualmente, pelo menos, 30 (trinta) dias consecutivos de férias.

§ 2º - Quando em exercício em unidade técnica da Secretaria de Educação do Município, nomeado para o cargo em comissão ou designado para função gratifi cada, o servidor integrante da Carreira do Magistério fará jus somente a 30 (trinta) dias de férias anualmente.

Art. 42º - A fi xação das férias dependerá do calendário escolar, tendo em vista as necessidades didáticas e administrativas de unidade de ensino.

Art. 43º - Não é permitido acumular férias ou levar por conta dessas qualquer falta no trabalho.

CAPÍTULO XIII Do Afastamento

Art. 44º - Serão considerados de efetivo exercício do Magistério o afastamento do professor municipal e do Coordenador Pedagógico para:

I- Licença para tratamento de saúde e acidente de trabalho, nos termos da Legislação da Previdência aplicado e na forma do Regime Jurídico Único do Servidor Público e na Consolidação das Leis do Trabalho ;

II- Licença prêmio até 90 (noventa) dias, no decorrer de um qüinqüênio;

III-Prestação de serviços técnicos educacionais em órgãos municipais ou entidades conveniadas;

IV-Exercer atividades de Magistério em órgão da administração direta ou indireta, Federal, Estadual ou Municipal;

V-Exercer mandato de dirigente Sindical;

VI-Seu aperfeiçoamento, especialização ou atualização em Instituições reconhecidas ou autorizadas;

VII-Licença a gestantes, lactente, adotante e paternidade.

§ 1º- As licenças para tratamento de saúde, por acidente em serviço, à gestante, lactante e adotante, serão precedidas de inspeção médica.

§ 2º- É assegurado ao Professor Municipal o direito à licença para desempenho de mandato de dirigente sindical, em confederação de

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