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Sistemas de información para a gestão dos sistemas locais de saúde

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Academic year: 2017

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S

ISTEMAS

DE INFORMA@0

PARA A GESTÁO

DOS SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE

Roberto J. Rodrigues* e Samuel Goihman2

Com a difisüo de computadores, desde os pessoais aos de grande porte, e de sistemas modernos de bancos de dados e de métodos de programagio mais acmssíveis que mio requerem a wntratagio de programhres profissionais para desenvolver uma variedade de aplkx@es, os administradores v&n utilizundo cada vez mais estas temologias para apoio à tomada de ahkies mais condizentes com a re&kde.

Para a gestáo dos sistemas locais de suúde é muito importante poakr contar com bons sistemas de informagüo mas, para que sejam re&nente úteis, é preciso haver

homogeneidade na compilu@ dos dados de modo a permitir sua wnsolida@o e wmpara@o. Neste sentido os autores apiesentam um modelo em quatro etapas: phejzmento estra- tégiw, análise das necessidades, aloox,% de

recursos

e sele@o de alternativas a serem observaah pelas equipes de projetos e

fomecedores

de equipamento e de programas que vierem a ser selecibnados.

A

INFORMADO

COMO

RECURSO GERENCIAL

Gerenciar é conviver continua- mente com a incerteza. Ao gerente compete decidir o que fazer (incerteza da acáo), como fazer @certeza do método), quanto fazer (in- certeza da demanda), quando fazer (incerteza temporal), com que fazer (incerteza dos re- cursos) e fazer acontecer (incerteza dos re- sultados) (2, 2).

0 sistema organizacional já foi definido como sendo constituído por MS componentes interatuantes: informa@o, de- cisáo e acáo (3). A urna decisáo segue-se urna acáo, na qual novas informacóes sáo geradas que realimentam um novo ciclo de tomada de decisóes. Dentro deste enfoque, um sis-

’ Umversldade de Sáo Paulo, Faculdade de Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasd. Enderqo para comspondência: De- partamento de l’ráhca de Saúde Pública, Disciph de Ad- nunistra@o HospitaLa, Faculdade de Saúde Pública da Uni- versldade de Sáo Paulo, Av. Dr. Arnaldo, 715, 01255 Sao Paulo, SP, Brasil

* Escola Paulista de Medicina, Centro de Informática em Saúde, São l’aulo.

tema de informa@io só tem significado à luz das decisões produzidas e náo da informa@o manipulada pelo sistema de forma pura e simples.

Conhecer, acompanhax e resol- ver problemas gerencia& com o objetivo de levar as organizacóes a atingir seus objetivos institucionais, é o grande desafio dos admi- nistradores. Para o tomador de decisóes seráo necessários parâmetros e variheis, termos estes que, basicamente, dizem respeito ao processo informativo (4).

(2)

A informado apresenta-se como resultante do processamento ou interpreta@0 de um conjunto de dados cuja valor depende de uma série de características W, tais como: q RelevSincia para o processo deci- sório: enfatiza a adequa@o aos objetivos eventualmente cambiantes do ambiente do sistema específico de aten@0 de saúde;

q qualidade dos dados primarios, isto é, a precisáo e adequa@o dos mesmos ao mecanismo de processamento e da qua- lidade da coleta, transmissáo, tratamento e arquivamento dos dados;

q oportunidade em rela@o ao fator

tempo, ou seja, o ciclo de vida da gera@o e utilizac$ío da informa@o frente as necessi- dades da tomada de decisóes;

q custo: obviamente este nao deve

ser superior aos eventuais prejufzos gerados pela ausência de informa@es.

Custo, objetividade e oporhmi- dade sáo, entretanto, muitas vezes descon- siderados ou náo recebem a devida impor- tancia no processo de tomada de decisões. 0 “culto” da informa@o, facilitado pela explo- sáo tecnológica e a disponibilidade de recur- sos computacionais a baixo preco e passíveis de serem instalados em condi@es ambientais simples, pode contribuir para transformar o processo de gera@ío da informa@o em um l5-11 em si mesmo.

Essa perniciosa tendencia, con- jugada às limitacóes que o formato e a rigidez dos procedimentos computacionais promo- vem a bem do processamento automatizado,

resulta

em

que a informagáo, nestas circuns- tancias, deixa de cumprir seu papel primor- dial de recurso para reduzir a incerteza.

Mesmo assim, e apesar das crí- ticas a essa atitude, uma infinidade de siste- mas em opera@0 ou em processo de implan- ta@0 continuam a enfocar a informado como recurso organizacional de natureza pura- mente técnica e, consolidada em relatórios estatfsticos muito agregados, em geral relati-

vos à uiil.iza@o de insumos ou à produ@o dos servicos, de pouca utilidade para o pro- cesso decisório gerencial.

G

ERA@0

DA INFORMACAO

A tecnologia da informa@o (TI) utiliza recursos da computa@o e de comu- nicacóes e tem por objeto o processamento automático de informa@es “formatadas”, isto é, daquelas informa@es descritas por um universo pré-definido e conhecido de alter- nativas tratadas de forma racional. Cons- tituem aspectos fundamenta& da TI as questóes relativas à organiza@o, acesso, ar- mazenamento, recupera@0 e dissemina@o da informa@ío produzida em termos de suas solu@es lógicas e físicas.

Entre os fatores que têm conti- bufdo para acelerar a introdu@o da TI nas organizacoes destacan-r-se @):

q Convergência tecnológica, carac- terizada pela crescente disponibilidade de computadores de baixo custo, grande capa- cidade de processamento e fácil operacao, assim como recursos de programa@0 (sofi- ware) padronizados e de aprendizado rápido;

q aumento do número de pessoas ii

habilitadas a usar computadores e produtos 2

de programa@o destinados à gera@o de apli- 5

cacóes complexas; 8

q reconhecimento da eficácia e efi- WI

ciência dos sistemas de informa@o no apoio

à gestáo das organiza@es (planejamento, 2

opera@0 e controle); k üi

q reconhecimento de que os recur- .

sos modernos da TI constituem a tecnologia

apropriada para países em desenvolvimento B

e pequenas organiza@es. . . rs

A introdu@o da TI na gestáo do sistema de aten@0 de saúde pretende atingir os seguintes objetivos (9):

q Melhorar a qualidade das infor- macóes relativas aos programas e acóes de

(3)

du@o das unidades operacionais e dos pro- fissionais e resultados do atendimento;

q assistir na formula@o de polfti- cas, no planejamento, na prepara@0 do or- menta e na implanta@o, opera@0 e ava- lia@0 de programas de saúde;

q redu@o dos problemas associa-

dos à falta de precis50, à ausência ou insu- ficiência de dados, aos erros de transcri@o e atrazos, característicos dos sistemas manuais;

q permitir a agrega@0 e análise de

dados origintios de várias fontes, manipu- lafáo rápida de grandes volumes de dados, maior eficiiência na coleta, valida@o, arma- zenamento, recupera@o, apresentafáo e dis- tribu&50 de dados e informa@es e

q apoiar as rotinas administrativas e a operacáo diária das organiza@es, dentro da meta de conseguir resultados eficazes e eficientes mediante a coordena@ entre a in- fraestrutura e os recursos.

C

ATEGORIZA@O

DOS SISTEM&S

DE INFORMACAO

Os subsistemas de um sistema de informa@o abarcam todas as áreas da orga- nizacáo e podem ser agrupados em dois gran- des grupos: subsistemas de apoio logístico e subsistemas de apoio gerencial (5-7, 10, 12).

8

Subsistemas de apoio logístico

N

Sáo aqueles componentes dedi-

i

” cados ao apoio dos processos compreendidos

5 dentro do “que fazei’ diário das unidades z3

w funcionais e, como conseqii@ncia das próprias

Fi

características daqueles processos, sáo apli- casóes que apresentam padróes, rotinas, flu-

s xos, documentos e periodicidade claramente

.-kl

u estabelecidos. Manejam informacóes referen-

s-

tes às numerosas transa@es relacionadas com a produ@o. Os dados primários nascem, em õ

cq sua maioria, da atividade dos profissionais de saúde que geram e registram dados como parte das responsabilidades de suas fun@es

490 técnicas.

Subsistemas de apoio gerencial

Sáo aqueles componentes que apoiam as atividades e processos de tomada de decisáo, controle e supervisáo da opera@0 das unidades funcionais. Estes subsistemas caracterizam-se pela variabilidade de con- teúdo e periodicidade. Incluem-se, aqui, os subsistemas de apoio à tomada de decisáo por administradores e profissionais de saúde - como é o caso de sistemas gerwwiais -; de apoio ao planejamento; de auxílio ao mé- dico no diagnóstico, na terapia e no prog- nóstico; de recupera@0 bibliográfica; de tra- tamento científico de dados biomédicos; de ensino e de treinamento.

0 SISTE~

DE INFORMA~AO

COMO INTEGRADOR

ORGANIZACIONAL

A especializacáo e a hierarquia dos servicos e sua distribui@o geográfica, a departamentaliza@o decorrente das qualifi- ca@es téticas dos provedores e a proposta dos sistemas locais de saúde (SILOS) de pro- porcionar a seus clientes um atendimento in- tegral, eficaz e eficiente, traz à luz a questão da necessidade de um sistema de informa~áo ágil, transparente aos usuários e que atenda as multiplas demandas das unidades opera- cionais dos diferentes profissionais de saúde, dos administradores em todos os seus níveis e dos clientes.

0 presuposto básico que deve orientar o relacionamento do sistema de aten- @ío de saúde com o sistema de informa@es é o de apoiar os processos técnicos e a tomada de decisóes em cada nível operativo do sis- tema de ateryáo de saúde (7, 8, 12, 13). In- cluem-se aqui:

q A coordena@o da infraestrutura

(4)

q a habilita@0 para a tomada de decisks corretas e oportunas;

q o acesso rápido às informa@es.

Como um paciente se desloca através dos distintos níveis e setores do sis- tema de atengo de saúde, gerando e de- mandando um grande volume de informa- @es, é indispensável que 0 apoio informático integre as fun@es e processos descentrali- zados que se realizam em toda a organiza@o. Essa integra@0 gera a necessidade de ma- nejar dois ambientes de processamento de dados:

q 0 primeiro, apoiado em base de

dados comum, de acesso concorrente por di- versos usuários, contendo pelo menos as in- formacóes rnhimas necessárias para um aten- dimento e ges&0 organizacional eficaz e eficiente, e proporcionando a comunicac$ío adequada entre os diferentes níveis do sis- tema de aten@0 de saúde.

q 0 segundo, formado por siste-

mas de uso predominantemente departa- mental ou local, cujas bases de dados devem ser adequadas ao “que fazei’ das unidades operacionais e que poderáo vir a alimentar seletivamente o ambiente comum.

Os aitérios acima expostos im- pkam, portanto, a exk&ncia de urna inte- gracáo funcional a nível de sistemas caracte- rizada por dois ambientes de processamento:

q urn ambiente centralizado em

que a informa@0 origina-se em várias uni- dades funcionais independentes e por elas é compartilhada e

q um ambiente distribuído em que

cada área funcional administra e processa in- forma@es de interesse local.

A integra@0 vertical, em con- junto com a anterior, configura a estrutura em tomo da qual seráo organizados os sis- temas de informa@0 e que, por sua vez, com- p6e-se de três áreas interatuantes:

q A primeira processa e distribui in- formacóes associadas e tratadas desde o ponto de vista dos pacientes;

q a segunda preocupa-se com o

fluxo de informa@es téticolprodutivas e q a terceira concentra-se no flux0 de informa@es de tipo econômico/adminis- trativo.

T

RATAMENTO

CONTINGENCQIL

DA INFORMA~AO

Como recurso organizacional, a eficácia da informa@o aesce à medida que a organiza@o aprende a administrá-la correta- mente, isto é, a planejar, organizar, dirigir, controlar e decidir sobre sua utiha@o de acorde com as continghcias de cada situa- (20 6).

Dependendo do problema ou da situa@o decisória, o tratamento e as opcóes técnicas de processamento mais adequados podem sofrer maiores ou menores restri@es (1, 14) diretamente relacionadas ao tipo de deckáo ou de controle a ser realizado e à forma de processamento de dados mais apre

priada. ‘3

As deckóes “programadas” ou s

“estruturadas” devem ser tratadas de forma 2

diferenciada daquelas de tipo “náo-progra- & mado” ou “nh-estruturado”. A hierarquia

de decisáo e de controle também demanda 8 rn

um tratamento diferenciado dos dados e clas

informa@5es. Assim, 0 planejamento estra- 2

tégico, 0 controle gerenciaI (planejamento tá- k 2 tico) e 0 controle operacional (planejamento

operacional) exigem apoio decisório orientado por estruturas de informa@o com diversas formas de agrega@0 ou detalhamento dos dados (2, 10, ll, 15, 16).

Em rela@.o à forma de proces- samento dos dados, urna tipologia bem es- i tabelecida define que o tratamento da infor- %

ma@o deve considerar as alternativas 2

teológicas de cada problema tomando por base dois parhetros: o fiming, ou periodici-

(5)

492

das, e a abrangência, ou integra@0 dos dados processados. Algurnas infomyóes só apre- sentam interesse para um determinado de- partamento ou unidade funcional, sendo por- tanto dados de abrangência local. Outras informacóes, de abrangência global, têm in- teresse para todas as áreas organizacionais.

Ainda em rela@o à forma de pro- cessamento, algumas informa@es podem ser periodicamente atualizadas ou processadas em lotes, sem afetar o desempenho global da organizacáo ou de um determinado depar- tamento, ao passo que em outras situafóes elas devem ser atualizadas no banco de dados táo logo ocorram (tempo real) sob pena de gerarem decisóes fora da realidade organi- zacional e do momento oportuno para a to- mada de decisóes (17).

N

OVAS METODOLOGLAS

PARA DESENVOLVIMENTO

DE SISTEMAS

As metodologias para o planeja- mento de sistemas de processamento de dados, inicialmente baseadas nas técnicas de “normas e procedimentos” e “organiza@0 e métodos” da década de 30, evoluiu para novas técnicas, tais como análise e progra- ma@o estruturadas, gratas às contribui@es ditadas pelos avances tecnológicos dos com- ponentes físicos (hardware) e recursos de pro- grama@0 (soffware). Essas novas técnicas uti- lizadas na análise, especificatyáo, desenho e programa@0 de suportes computacionais constit o que no inicio dos anos 70 pas- sou a ser conhecido como “tecnologia de pro- grama@o” (software enginewing) (18).

A tecnologia de programa@0 en- fatizava a lógica a ser utilizada nos procedi- mentos computacionais e tomou-se impres- cindível para a criafáo de programas de aplicacão com lógica complexa. As linguagens de programa@0 utilizadas, referidas como sendo de natureza procedural, caracterizam- se por especificar em detalhe como urna ope- ra@o computacional deve ser realizada, a programa@0 devendo conter instn@es pre-

cisas e minuciosas em cada etapa do pro- grama.

A engenlwia da informa@~o (El), disciplina de maior amplitude que aquela con- templada pela tecnologia de programago, nasceu em 1976 no Centro de Pesquisas da Intemational Business Machine (IBM), em Sáo José, Califómia, a partir de propostas de- senvolvidas desde o início da década de 70 por Codd sobre a Teoria Relacional aplicada em bases de dados. A EI inclti uma série de disciplinas interrelacionadas necessárias para a proje@o, criago e implanta@0 de sistemas complexos de informa@0 (5).

A EI náo mais se concentra na lógica mas sim na própria base de dados com- putacionak, preocupandese com as infor- macóes que podem dela ser geradas. 0 de- senho e a lógica da programa@0 de sistemas deixaram de ter a importhcia que tinham, graps ao aparecimento e à difusáo de siste- mas modernos de gestáo de bases de dados e de métodos de programa@0 que permitem a implanta@io e a opera@0 de bancos de dados de forma muito mais simples e, ao mesmo tempo, mais eficaz. Os sistemas de- senvolvidos e implantados utilizando estas novas técnicas sáo orientados aos dados e náo aos procedimentos. Isto signilica que os dados de urna organiza@0 existem e podem ser descritos independentemente de como sáo utilizados.

A EI utiliza um conjunto inte- grado de técnicas: planejamento estratégico, análke das necessidades de informa@~o, mo- delagem de dados, defini@o de procedimen- tos, desenho físico da base de dados e es- pecifica@o de programas.

(6)

As linguagens modernas de ges- táo de bases de dados variam muito em ca- pacidade, complexidade e requisitos dos com- ponentes físicos. Algumas sáo apenas linguagens de solicitado de dados (quwy lan- guages), outras sáo geradoras de gráíicos ou de relatórios; algurnas permitem desenvolver aplica@es completas e outras sáo, na reali- dade, poderosas linguagens de programa@0 de a.Itíssimo nfvel. Elas podem ser utilizadas por muitos usuários finais na cria@o de pro- dutos, ainda que sejam usadas mais comu- mente por profíssionais de processamento de dados trabalhando em contato direto com os usuários. Muitas dessas linguagens de pro- grama@0 sáo conhecidas como sendo de na- tureza nzo-procedural.

Urna linguagem náo-procedural, ao contrário das linguagens procedurais, es- pecika o que deve ser realizado sem detalhar como. 0 usuário náo precisa preocupar-se em detalhar os procedimentos operacionais. Os recursos de programa@0 decidem, automa- ticamente, como realizar, da forma mak con- veniente e rápida, as operacões solicitadas à base de dados (19).

D

IMENSÓES

ORGANIZACIONAIS

A SEREM CONSIDERADAS

Há quatro dimensk fundamen- tais da organiza@0 a serem consideradas ao planejar o sistema de informa@0 para os SlLOs:

0 Aspectos institucionais, ou seja a caracteriza@0 detalhada dos objetivos e a abmngência do projeto médico-assistencial, características da clientela e dos prolkionais médicos que utilizam os servicos dos SILOS, prioridades e horizonte de planifka~50.

0 Aspectos operacionais, caracteri- zados pela programa@0 técnicc&ncional das atividades de aten@0 de saúde (acões de saúde) em todos os níveis de servicos pres- tados pelos SILOS através de suas unidades ambulatoria& gerais e especializadas, de

pronto atendimento, apoio diagnóstico e te- rapêutico, e de intemago.

0 Distribui@o física das instala@es onde ocorrem as atividades de ateneo de saúde (planta física) e fluxos de pessoas e de insumos.

0 Aspectos organizacionais relati- vos aos recursos humanos, físicos, materiais e Cnanceiros necessários à execueo das ati- vidades programadas.

P

ARTI~A,~ÁO

ESSENCIAL DO USUARIO

No passado, analistas de siste- mas acreditavam poder entender completa- mente as necessidades dos usuários e ser igualmente capazes de, isoladamente, definir os detalhes da sele@o e utiliza@o dos dados a serem implantados. Essa atitude foi a razáo do insucesso de muitos sistemas gerencia& de informa@o.

Ambientes altamente complexos exigem intensa participa@0 daqueles que conhecem em profundidade os dados neces- sários para a tomada de decisóes bem como as suas interrelacóes. A solu@o técnica pro- posta para o sistema de informacóes deve, obrigatoriamente, contemplar a minuciosa análise dos dados necesstios para apoiar as fun@es de planejamento, opera@0 e controle e suas interacóes de forma a atender as va- riadas demandas dos usuários. Isto só pode ser alcanpdo com a participa@0 constante e intensiva dos prokionak de saúde direta- mente envolvidos com a gera$ío dos dados

e com a análise das informacóes resultantes (1, 5, 8, 19-21).

(7)

F

ASES DO PROJETO 00

SISTEMA DE INFORMACAO

Para o desenho e manejo do sis- tema de informacões é importante ter em conta alguns aspectos a-fticos a fim de con- seguir um desenvolvimento compativel com os objetivos que se pretende atingir. Esses aspectos estáo relacionados com as normas, fontes de dados, instrumentos, procedimen- tos, recursos e administra@o do sistema (22-24).

0 sistema de informacóes a ser considerado para os SILOS inclui tanto fun- @es automatizadas como manuais, e deverá empregar um modelo de desenvolvimento realizado através de quatro etapas, que de- veráo ser observadas pela equipe de projetos bem como pelas equipes dos fomecedores de componentes físicos e de elementos de pro- grama@0 a serem eventualmente selecio- nados:

Planejamento estratégico

Consiste na avaliacáo das estra- tégias e objetivos organizacionais a partir dos quais se formulará um esquema conceitual dos diversos subsistemas e se deíinirao os critérios que orientaráo o desenho de cada subsistema. Nesta etapa as decisóes definiti- vas em relacáo aos aspectos de ku7ciona- mento e organizqáo do sistema de aten@0 de saúde e o apoio informático necessário de-

% veráo ser estabelecidas.

É

importante deixar

w claro que tais decisóes nao emanam de uma

4

” discussão do problema informático em si,

s mas deveráo nascer de um trabalho de ca-

N racterizacáo das atividades (programa@0 !hn-

i

cional), estrutura física (arquitetura, fluxos) e forma organizacional (recursos humanos, s com suas qualificacóes e funcóes, e recursos .-g

.

financeiros disponíveis) .

i6

õ

Eq

Análise das necessidades de

informa@0

Esta etapa consiste na análise e dimensionamento das necessidades atuais e futuras de armazenamento e fluxo de infor- ma@es e contempla a formula@o de urna estrutura preliminar da base de dados e es- tabelecimento de um plano geral de aplica- @es com elabora@0 de solu@es alternativas, detalhamento de sistemas selecionados, atri- bui@o de responsabilidades e estabeleci- mento de um cronograma de desenvolvi- mento.

Aloca@0 de recursos

Compreende um plano de com- ponentes físicos com estimativa de cargas de máquina e avaliac$io de alternativas de utili- za@o, um plano para os recursos de progra- ma@o, indicando as opcóes possíveis, um plano para os recursos humanos com defi- ni@0 do quadro de pessoal e condicóes para a avaliafáo e treinamento, e, finalmente, um plano financeiro, com previsáo detalhada dos custos de investimento (capital) e de opera@0 (custeio).

Selecáo de alternativas

Tem como objetivo final a defi- nifáo dos subsistemas a serem implantados, de suas prioridades e dos recursos de pro- grama~o, de equipamentos e humanos a serem adquiridos ou contratados, bem como os montantes financeiros do projeto.

0 estudo do desenvolvimento de sistemas de informafão indica existir rela@o direta entre o insucesso de muitas aplica@es gerenciais, ou pelo menos em relaGo as de- silusóes pós-implanta@o, e as deficiencias da metodologia empregada na identifica~áo das necessidades dos usuários e do desenho de sistemas 6, 24, 25, 21, 24-27). Estes fatos realv a importancia do processo de con- cep@o, desenho lógico e físico, desenvolvi- mento e implanta@o de sistemas automati- zados.

(8)

C

RITÉRIOS BÁSICOS

PARA 0 DESENHO

Os objetivos do sistema de aten- cáo de saúde dos SILOS e atividades dele esperadas têm as seguintes implica@es para o desenho do sistema de informa@0 (12, 22-24):

0 destina@0 de recursos para a

opera@0 em linha, tempo real e, eventual- mente, para teleprocessamento;

0 desenvolvimento de sistemas de

natureza transacional, aqui entendidos como aqueles nos quais toda opera@0 efetuada se ve refletida imediatamente na base de dados;

0 destina@o de recursos compu-

tacionais, próprios para a estrutura~o e uti- liza~áo de uma base de dados comum aos varios usuarios, e de conjuntos de bases de dados de uso local, residentes em equipa- mentos autonomos (stand-alone) ou interli- gados a termina& locais ou remotos;

0 integra@0 do sistema na organi- zacao sem limita@es departamentais;

0 colocagáo do sistema nas máos

dos usuarios, com rotinas altamente intera- tivas, objetivando melhorar a qualidade dos dados e do nfvel de satisfafáo dos usuarios e melhor adequar a carga de trabalho. Ekn prin- ápio, o melhor usuario é aquele que trabalha diretamente com os dados primarios e tam- bém com a anáJise das informa@es. Este cri- tério exige a forma@0 dos recursos humanos para a utiliza@o da TI.

A questáo dos recursos de pro- grama@o a serem utilizados deverá levar em consideracáo as seguintes alternativas:

0 elabora@0 de aplicacóes utili- zando linguagens tradicionais de programa- fgio;

0 elabora@0 de aplicacóes utili- zando produtos para a geracáo rápida de pro- gramas, gerenciadores de bancos de dados, linguagens de quarta geracáo e outros pro- dutos genéricos destinados à elabora@0 de aplicacóes;

0 aquisi@o de pacotes para apli- cqóes espeáficas;

17 uma combina@o das op@es

acirna citadas.

0

PROCESSO

DE TRANSFORMACAO

DOS SERIJCOS DE SAUDE

E A FUNQiO DO RECU@O

INFORMACAO

A percep@o de que o desenvol- vimento e fortalecimento dos sistemas loca& de saúde (SlLOS), como forma de orienta@o da transformado dos sistemas nacionais de saúde e como tática operacional da estratégia de aten@0 primaria, constitui profunda mu- dan9 na prática de saúde (28). Reconhece-se que para atender as funcóes de planejamento, operacao, controle e supervisáo dos SILOS é necessária a existência de sistemas de infor- mafão construídos dentro de conceitos mais

amplos do que aqueles a que estamos acos- 2

turnados. 2

0 ambiente em que o tratamento z

e fluxo de informacóes ocorre dentro das or-

ganiza@es de saúde é por demais variado. a v, Coexistem muitas formas complementares e redundantes de processamento de dados que, além dos sistemas estruturais e formais incluem outras modalidades com variados as- pectos informais ou de natureza pessoal (2, 12, 24, 29, 30).

Os sistemas de informa@o exis- tentes sao, em sua maioria, meros instru- s mentos de registro de dados em geral origi- nalmente criados para atender as demandas estatísticas dos nfveis organizacionais supe-

i

% riores. Na prática, a necessidade de infor- 2 magáo a nfvel local tem sido satisfeita graw

(9)

mente superiores, sobrecarregam o pessoal dos estabelecimentos de saúde prejudicando a qualidade dos dados coletados por todos os sistemas. Além disso, a prolifera@0 de sis- temas paralelos acarreta o aparecimento de sistemas incompativeis, seja em termos da definicáo dos conjuntos de dados emprega- dos, seja dos programas computacionais e das rotinas de processamento.

A justificável preocupa@0 com a homogeneidade dos mecanismos de coleta de dados, sem os quais náo é possível a con- solida@0 e comparabilidade válida dos mes- mos, tem sido um freqüente mecanismo ini- bidor na desejável contribui@o dos varios níveis de usuarios para o desenvolvimento e opera@0 descentralizada de sistemas.

É

importante considerar, aqui, a questáo do uso do termo “sistemas de infor- macáo” em contraposicáo a “sistema de in- forma@o” que evidencia a fragmenta$io dos conteúdos que constituem a situa@o atual de muitos sistemas automatizados. Em geral, os sistemas contemplam ou a@es horizontais (consultas médicas ou de outros profissionais de saúde, doses de vacinas aplicadas, aten- dimentos efetuados, etc.) ou programas ver- ticais (vigilancia epidemiológica, nutricional ou sanitaria, etc.), e é possível a transposi@o de dados entre esses diferentes sistemas sem muita dificuldade, desde que seja utilizado um dicionáno comum de dados e tomadas algumas precaucóes em relago à padroni- zacáo das linguagens de programacáo e as

0 aplicacóes. Entretanto, sistemas de informa-

H @es integrados sáo extremamente raros, den-

4 tro de um conceito de “sistemas” preocupa-

” dos com a implementa@o de produtos que

2 N

apoiem a seqiiência natural do processo de- cisório contínuo - diagnóstico geral perió-

B dico das condicóes de saúde e de presta@0

E de servicos, priorizacáo de problemas, seu 22 detalhamento, controle integrado e supervi-

s sáo das acóes desenvolvidas, ajuste das

acóes, etc.

S

uBs1sTEMp

DE INFOIMA~AO

NO CONTEXTO DOS SILOS

A descentralizado do processo de tomada de decisóes traz importantes con- seqüências para o desenvolvimento de sis- temas de informa~.$¡o. A hierarquiza@o da to- mada de decisões exige detalhamento da informado a nfvel local, com progressiva agrega@0 a medida que se ascende na hie- raquia organizacional(1, 5, 6, 20, 12,13, 22). A descentralizado do processa- mento dos dados, seja ele manual ou auto- matizado, tem sido considerada como uma estratégia a ser perseguida para a redu@o do tempo de produ@o da informa@0 e sua ade- quada apropria@o e utiliza@o por cada um dos nfveis do sistema de aten@0 de saúde.

A implanta@o de sistemas au- tomatizados envolve, como se viu, a reava- lia@0 dos sistemas existentes e a proje@o do novo sistema com as etapas e os critérios ri- gorosamente definidos. A introdu@o da au- toma@0 exige condi@es operacionais (22), tais como: redeti@ das tarefas; racionali- za@0 dos procedimentos; estrutura fixa de registros e formulários; padroniza@o da ter- minologia; seguranca física dos dados, com nfveis de autorka@o para acesso a sistemas; confidencialidade; e a forma@o dos recursos humanos e suas implica@es.

Do processo de registro de dados ao de produfão rotineira de informa@es mui- tas etapas sáo necessárias com 0 envolvi- mento de grande numero de recursos hu- manos, nem sempre disponível ou com a qualifica@o apropriada.

A informatiza@o dos SILOS re- quer urna apropria@o do saber por parte do nfvel local, saber este que também é funda- mental para a reformula@io dos grandes sis- temas de rotina existentes. Esta apropriafáo do saber garantiria a participa@0 eficaz do nfvel local, freqüentemente marginalizado, no própno processo decisório de construfáo dos sistemas.

(10)

nível dos sistemas locais de saúde (SUDS-R)” no Estado de Sáo Paulo, mostrou ser diffcil o trabalho de consolidago. Mesmo que deter- minadas regióes possam distinguir-se pela qualidade do trabaiho realizado, o processo de informatiz.a@o é nelas freqüentemente li- mitado por problemas cr6nicos relacionados com a qualidade dos dados primarios, a irxx&iência de dados e atrazos signikati- vos na coleta, entrada e processamento dos mesmos.

Outro problema observado, ex- tremamente grave e de diffcil solu@o em or- ganiza~óes públicas, é a baixa qualifrca@o do pessoal na área de saúde e a falta de numero adequado de recursos humanos capacitados na área de tecnologia da infon.na@o. A maior penetra@0 e difusáo de sistemas nessas or- ganizac$es depende, segundo creern os autores, primordialmente da solu@o do pro- blema dos recursos humanos. 0 reconheci- mento do problema levou a que se procurasse solucionar a questáo mediante a forma@0 in- tensiva de profissionais de saúde na área (20, 21, 3135).

0 desconhetiento do processo de transforma@o dados/iiorma@o - as res- tri@es do desenho de sistemas dentro do en- foque epidemiológico da prática de saúde; a propriedade da sele@o e o uso de indicadores de saúde, de utiliz.a@o de servisos e de de- sempenho; e a constru@o e análise de resu- mos estatísticos, náo só impedem o uso adequado dos sistemas existentes como per- meiam as tentativas, em curso em muitos paf- ses, de cria@o de sistemas locais de infor- ma@es (8, 36-W.

A resistênaa, os preconceitos e a falta de conhecimento sobre as possibilidades e limita~óes dos recursos tecnológicos e do processo de coleta, controle de qualidade, ela- bora@o de dados/informac$es, conjugados as dificuldades de disponibilidade de equipa- mentos e à falta de prática no uso da infor- ma@o por parte dos gerentes, ainda é pro- blema muito freqüente (42).

Dois fatores podem contribuir de- cisivamente para melhorar os sistemas de in- forma@0 existente. Primeiro, uma ampla análise crftica das necessidades reais de cada nfvel da hierarquia, com reavalia@o dos sis- temas com vistas a reduzir, a um mfnimo compativel com a qualidade da informa@o, o âmbito dos sistemas de rotina e levando em especial considera@o o custo da coleta e do processamento (39, 42). Segundo, a adequa- @o por parte do nível local do conhecimento do processo de desenho, da implanta@o, opera@0 e gestão de sistemas de informa- @es, de forma a tomar os sistemas atuais mais flexíveis e adaptados às condi@es e ne- cessidades locais, ainda que com urna estru- tura básica que permita consolidacóes regio- nais e centrais.

Todo esse processo só será pos- sível com urna profunda interafáo entre ge- rentes de saúde e profissionais de processa- mento de dados. A experiencia mostra que a prática corrente, nos sistemas com os quais os autores tiveram contato, é de marginali- za@o dos gerentes; desenvolvimento de sis- temas dirigidos a aplica@es muito especfficas; falta de visáo sist&nica e o náo retorno das informa@es processadas na ocasiáo opor- tuna M.3).

Os sistemas ditos descentraliza- dos, na realidade raramente o sáo. Mais co- 2

mumente o que ocorre é urna desconcentra- 2

@o, principalmente da digita@o de dados, z

sem urna real descenttaliza~o da gera@o e

utiliz.acF~o das informacóes. A real descentra- 8 m liza@0 dos sistemas de informa@o depende,

principalmente, do grau de descentraliza@o s

de fato existente nos SfLOS, no que se refere

as funcóes de organiza@o, orcamento, dele $

ga@o de autoridade e participacao na análise, i

avalia@o e difusáo de dados e informa@es. F

0 esforco de compatiiiliza@o e +Z

padronizafáo dos sistemas de informa@o, de 6

forma a atender as propostas dos SILOS, de-

pende integralmente da mesma vontade po- M &

lítica associada à mudanca do sistema de aten- %

@o de saúde, do qual é espelho e indicador. 2

3 Si Unificado e Descentralizado de Saúde - Unidade

(11)

Sobre o sistema de informacao agem os mes- mos determinantes que atuam sobre os SILOS, e sua realiza@0 deve necessariamente levar em considera@0 as variabilidades locais.

A informatiza@o dos servilos de saúde tem sido objeto de inúmeras experien- cias contemplando aspectos administrativos e técnicos. 0 problema náo pode ser exami- nado sem levar em considera@0 os objetivos nacionais e regionais, o grau de complexidade do atendimento, o sistema de referência e contra-referência, 0 estágio evolucionário ge- rencial de cada estabelecimento de saúde, a disponibilidade de recursos tecnológicos e de pessoal capacitado e as rela@es de custo.

Justifica-se, portanto, a busca de alternativas que permitam a constru@o de sistemas de informacáo simplificados para apoiar, entre outros, o próprio desenvolvi- mento e fortalecimento dos SILOS. Assim, o desenho de estudos rápidos com o uso de metodologia científica - epidemiológica e es- tatfstica - para levantar os problemas locais de saúde, determinar a prioriza@io no seu detalhamento, analisar a situa@o da presta- ~$0 de servicos, avaliar programas, etc., fa- cilitaria, em prinápio, um retorno mais rápido para as prementes questóes com que se de- frontam os gerentes de saúde nesta fase de implanta@0 dos SILOS.

Seguramente, quanto maior a complexidade organizacional, mais positiva será a relacáo custo/beneffcio, em especial no que diz respeito a sistemas administrativos,

s? sem os quais organiza@es como hospitais e

z ambulatórios de grande porte náo podem ser

4 adequadamente gerenciados.

e Em muitos países desenvolvidos

a

foram implantados extensos sistemas que permitem a interliga@o, em tempo real, da

ii rede de servicos básicos com ambulatórios,

$ hospitais e servicos de emergencia com a fi-

.*;: nalidade de transmitir dados relativos aos pa- ti tientes e à operacáo integrada do sistema de

s atenGo. Outra opcáo que tem sido testada

õ w com êxito é a manuten@0 de dados em meios

498

portáteis (carta0 com memória náo-volátil). Estes sistemas, em nossa opiniáo, ainda apre- sentam custos elevados para a situago de muitos países, porém, eventualmente, po- deráo vir a ser utilizados com proveito em nosso meio.

A questáo da informatiza@o dos serviqos de saúde e da consolida@o dos sis- temas de informac$o deve ser abordada sob dois aspectos: sistemas de rotina e levanta- mentos rápidos da situa@o.

Os grandes sistemas de rotina devem, em prinápio, procurar a descentra- liza@o operacional do processamento e a aná- lise das informa$íes, ainda que em sua fase inicial apenas consigam a desconcentra@o já mencionada. Essa descentraliza@io acarreta, como já vimos, o ônus do desnfvel e da evo- lu$~o administrativa de cada regiáo, mas esta em nada se diferencia do desnível em relaGo à capacidade de coleta e tratamento manual de dados. Eles demandam recursos tecnoló- gicos apropriados aos volumes de dados pro- cessados. Como os procedimentos costumam ser de natureza transacional, com rotinas bem estabelecidas e relatórios pré-definidos, o tra- balho pode ser realizado em uma variedade de equipamentos que váo de microcompu- tadores ao companilhamento de equipa- mento multiusuário de grande porte.

Os estudos de levantamento nk- rotineiro de dados com prioridade determi- nada a nfvel do SILOS apresentam, por sua vez, necessidades de processamento distintas em relacáo aos sistemas de rotina. Enquanto os grandes sistemas de rotina utilizam instru- mentos padronizados e testados por um grande numero de usuarios, os sistemas náo- transacionais demandan-r formas náo-rotinei- ras de entrada de dados e maior capacidade de processamento e de programa@io a nível local. Os programas de análise sáo de uso menos corrente e, juntamente com a neces- sidade da utiliz.a@io de equipamentos mais sofisticados, exigem pessoal especiahzado.

(12)

questáo do equipamento, com pouco ou ne- nhum apoio para a forma@0 ou contrata@0 de recursos humanos. A preocupa@0 com a forma@0 de pessoal de saúde capacitado em tecnologia da informa~50 tem sido, todavia, objeto de muitos projetos que reconhecem estar aí o cerne da questão da real e am- pla penetra@0 dessa tecnologia nas orga- nbqóes.

Neste sentido, e no processo de desenvolvimento e de transferência de tec- nologia apropriada na regiáo das Américas, a Organiza@io Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem papel importante assisiindo os países a definir as bases para o desenvolvi- mento de polIticas próprias e estratégias para o setor, além do apoio institucional direto. Recomenda-se, especificamente, que a OPAS continue a contribuir, no futuro, através das seguintes afóes:

Aqóes de implanta$io imediata

q Estabelecer um Grupo Técnico de

Consulta com o objetivo de apoiar a OPAS e os países da regiáo a considerar e recomendar acóes relacionadas ao desenvolvimento e im- planta@o de políticas para sistemas de infor- macóes.

cl Incentivar o estabelecimento de um Comi@ de Especialistas que recomende normas para a integra@0 lógica e ffsica de sistemas automatizados e que conduza se- minarios regionais e nacionais com o objetivo de tratar das necessidades, do desenvolvi- mento e da implanta@o daquelas normas.

cl Preparar e distribuir normas para o planejamento, desenvolvimento, utiliza@o, avalia@o e adestramento de recursos hu- manos.

0 Prestar apoio técnico e financeiro para melhorar o processo de execu@o de pro tótipos de sistemas.

Acóes que necessitam especifi- ca@es mais detalhadas ou identifica@o de fontes de financiamento

cl Prestar assistência técnica ao de- senvolvimento de planos estratégicos a nfvel regional ou nacional.

0 Facilitar a identiiica@o de agentes financiadores para a aqu.is@o de equipamen- tos, assistência técnica e

treinamento.

Entre

as agencias a considerar incluem-se: Banco Mundial, Banco Interamericano de Desen- volvimento (IDB), Agencia Americana para o

Desenvolvimento Internacional (USAID),

Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA) e fundacóes privadas.

q Estabelecer um Centro de Distri- buiGo para recursos de programa@o.

0 Identificar e distribuir resultados de análises de custo/benefkio de op@es al- ternativas, e as correspondentes estratégias

de planificado e execucao de

sistemas,

que

foram aplicadas em países da regiao. 0 Estabelecer inventario de recur- sos, incluir-ido a identifica@o de especialistas, desai@o de sistemas emergentes e de pro- dutos comprovados, publica@0 de documen- tos e cadastro de programas de desenvolvi- mento de recursos humanos.

0 Patrocinar a educa@o de especia-

listas e tminamento de usuários de todos os níveis.

q Desenvolver e difundir modelos

que utilizem conjuntos mínimos de dados para apoiar o processo decisório a nfvel de planejamento, opera@0 e controle dos SILOS.

0 Prestar apoio técnico elou finan- ceiro com o objeto de facilitar a transferencia e uso de tecnologia apropriada, por exemplo, através do Programa das Nacóes Unidas de Coopera@0 Tecnológica Entre Países em De- senvolvimento (LJNKCDC) .

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S

UMMARY

INFORMATION

SYSTEMS

FOR TH-E MANAGEMENT

OF LOCAL HEALTH

SYSTEMS

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of appkations, administrators are increas- 2

ingly using this new technology as a basis for Li

making more realistic decisions. w

Good information systems are of .

great importance in the management of local health systems; however, in order for them ii to be truly useful, data collection must be S homogeneous so that the data may be sub- 9 QJ sequently consolidated and compared. In this

connection the authors present a model con- b sisting of four stages: strategic planning; %

analysis of needs; alkation of resources; and 8

selection of altematives for considemtion by project teams and suppliers of equipment and

Referências

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