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Herança cultural intangível: culturas locais, auto-organização e preservação Claudia Wanderley seminário AO 16 maio 2014 A partir da Declaração para a Diversidade Cultural da Unesco (2001)

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Academic year: 2023

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Herança cultural intangível: culturas locais, auto-organização e preservação Claudia Wanderley

seminário AO 16 maio 2014 A partir da Declaração para a Diversidade Cultural da Unesco (2001)1, estabelecemos em 2006 uma rede entre instituições de nível superior em países de língua portuguesa para trabalharmos com a inclusão de línguas locais no espaço digital, em um projeto chamado Multilinguismo no Mundo Digital. Em 2007 o trabalho desta rede foi reconhecido como a primeira Cátedra Unesco em Multilinguismo no Mundo Digital, que foi sediada na Unicamp. Em 2008 a Unesco nos sugeriu, entre outras sugestões, trabalharmos com a criação de coleções digitais sobre línguas e culturas locais. E desde então trabalhamos com alunos de iniciação científica utilizando a biblioteca digital greenstone2. O caso que apresentamos neste seminário é fruto de uma parceria do projeto de iniciação científica júnior “coleções digitais multilingues” com a Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira no ano de 2013, através da líder da comunidade, Alessandra Ribeiro. Propomos encaminhar para o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional um pedido de patrimoniamento imaterial do modo de fazer da "Feijoada do Sudeste". A manifestação da feijoada é compreendida aqui como bem imaterial de tradição de matriz africana de povos de terreiro, considerando questões de cultura e política na auto-organização. O caminho de elaboração do pré-inventário da manifestação assim como o de elaboração da pesquisa preliminar serão apresentados no grupo de AO e na comunidade da Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira, e (com seus consentimentos) encaminhados para o IPHAN. Trata-se de um esforço inicial de abordar a noção de cultura, em interlocução com o trabalho de Michel Debrun, e é também uma oportunidade belíssima: a de poder fazer parte do patrimoniamento do modo de fazer da “feijoada do sudeste”.

“Considering the invaluable role of the intangible cultural heritage as a factor in bringing human beings closer together and ensuring exchange and understanding among them,” (p.2, Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial)

Entre as três teses de Debrun sobre a identidade nacional brasileira, ele explicita no âmbito sócio- cultural:

1 cf. <http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127160m.pdf>,

<http://www.unesco.org/culture/ich/doc/src/00009-PT-Brazil-PDF.pdf>

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“No âmbito sócio-cultural não houve bloqueios parecidos , apesar do fato de um elemento impulsionador essencial, o negro, ter sido marginalizado – nesse âmbito também – até a década de 20, quando as perseguições ao samba de morro e aos terreiros de Candomblé começaram a diminuir. Essa expansão da esfera sócio-cultural, e de identidade nacional que se gera durante o processo, parece ter várias explicações. (p.28- 29, 2009)

Sobre as coleções digitais multilingues:

Dentro do princípio de produzir uma memória digital para grupos envolvidos com cultura local, este projeto se estabelece em relação parafrástica com o projeto “greenstone” da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia. A biblioteca digitalgreenstone foi desenvolvida pelo Prof. Ian Witten e sua equipe para a inclusão digital da comunidade Maori. Com o sucesso desta empreitada, decidiram disponibilizar o aplicativo da biblioteca digital para a Unesco, de forma a proporcionar uma ferramenta livre e aberta para inclusão de registros de línguas e culturas locais no espaço digital. Dentro deste espírito, a equipe se mobilizou para incluir novos idiomas e dar apoio aos pesquisadores que tenham interesse em trabalhar com acervos digitais e cultura local.

Depois de um período de familiarização com o aplicativo em 2008, fizemos a tradução de sua interface e manual para o português do Brasil em 2009. Realizei uma fase de testes, e estabelecemos na Unicamp um projeto semelhante, para coleta e organização de dados em formato de coleção digital. Inicialmente os dados eram referentes aos interesses pessoais dos alunos envolvidos em 2010 e 2011. Desde 2012 o projeto está ligado ao registro e indexação das atividades de grupos de cultura de matriz africana. A nossa escolha de trabalhar com grupos de matriz africana em Campinas relaciona-se diretamente com a história de Campinas e com a presença maciça de pessoas escravizadas de origem africana na construção da economia cafeeira (séc XVIII). Campinas chegou em certos períodos a ter o maior contigente de escravos do país. A cultura de matriz africana é uma cultura presente na cidade, cultura esta historicamente combatida, silenciada e/ou ignorada.

Acreditamos poder contribuir para sua visibilidade e integração através da compreensão da dinâmica para inclusão e representação das manifestações culturais no espaço digital.

Este trabalho de coleções digitais, portanto, se propõe a realizar esta integração em pequena escala, trabalhando com apenas um ou dois alunos por tema, de modo a nos permitir compreender e mapear as etapas e desafios que fazem parte deste direito à representação das manifestações culturais de

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matriz africana na cidade de Campinas, assim como no espaço digital.

A possibilidade de representação social de uma língua ou de uma manifestação cultural no espaço digital, assim como no espaço urbano, territorial e/ou nacional concorrem para o reconhecimento e valorização dos indivíduos, assim como para o fortalecimento das comunidades envolvidas. É neste sentido que a convivência entre culturas diferentes pode e deve ser também a convivência entre representações na diferença. Em 2003, a promulgação da Lei 10639/03 confere às instituições de ensino brasileiras a responsabilidade de se deslocar do eixo eurocêntrico e permitir que as histórias e culturas brasileiras sejam contadas por uma maior quantidade de vozes, contadas a partir de narrativas de etnias distintas. Como universidade, este trabalho que desenvolvo também pode ser visto como um tipo de organização de fontes, de registros, de material de base para consulta escolar.

Em uma perspectiva a médio longo prazo, estas coleções podem ser consideradas como pontos de partida para recuperarmos [ou recriarmos] narrativas que nunca puderam ser contadas nos registros oficiais.

Em 2013, em parceria com Alessandra Ribeiro, responsável pela Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira, pensamos na construção de uma coleção digital dos eventos culturais realizados na casa.

Na conversa com as alunas uma delas escolheu construir uma coleção digital sobre a Feijoada das Marias do Jongo, que acontece anualmente da Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira, em Campinas, SP.

Assim começa o nosso processo de pleitear o registro do modo de fazer da feijoada:

A combinação de feijão cozido com carne parece ser uma boa ideia em vários diferentes países e

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culturas. A partir de uma pesquisa simples encontramos esta dupla na Índia (em Goa), na China (em Macau), em Angola, em Cabo Verde, em Moçambique, no Caribe, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, na Espanha, na Romênia, em Portugal, etc. Enfim, é uma combinação gastronômica de sucesso, com as variações, cores e significados de cada região e cultura.

Entre todas estas combinações de gastronomia, este trabalho se destina a solicitar ao IPHAN o uso do Inventário Nacional de Referências Culturais, e o treinamento de uma equipe em Campinas, São Paulo, para levantarmos os dados necessários para registrar a feitura da feijoada como prática ligada a matrizes religiosas da diáspora africana.

Trata-se principalmente de invocar, reconhecer e valorizar as referências de matriz africana que estão presentes nesta prática, e o simbolismo importantíssimo que o modo de fazer da feijoada incarna através da cultura da diáspora africana. Estamos em consonância com a lei brasileira 10.639/03 que zela pelo ensino de história e consequente preservação de referências culturais ligadas às populações locais e às memórias que concernem a ancestralidade das sociedades indígenas e africanas que nos constituem enquanto povo brasileiro.

Não se trata em absoluto aqui de desabilitar os incontáveis modos de fazer feijoada que fazem parte da cultura brasileira cotidiana. Mas sim de preservar um saber e permitir que outras histórias sobre nossos hábitos e valores sejam contadas.

Este trabalho se organiza a partir de um levantamento primário do modo de fazer da Feijoada das Marias do Jongo, realizado no quilombo urbano Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira em 2013.

Ele contou com o trabalho de uma equipe envolvida no projeto “Acervos Digitais Multilingues”, do Programa de Iniciação Científica Júnior, que tem apoio da Pró Reitoria de Pesquisa da UNICAMP e do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).C onta com o apoio e infraestrutura para o desenvolvimento da pesquisa do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp. O pesquisador responsável pelo trabalho de pesquisa apresentado é Claudia Wanderley, linguista, que em virtude de sua formação, dá ênfase aos aspectos simbólicos, afetivos e intersociais ligados a esta prática. Este trabalho conta igualmente com o registro e produção de um documentário pelo Ponto de Cultura Contadores de Histórias (Nina em rede). E fundamentalmente conta com o importante interesse da comunidade Jongo Dito Ribeiro, na pessoa de Alessandra Ribeiro, que viabilizou o encontro entre todos estes atores e a construção coletiva deste primeiro desenho do que pode vir a ser o registro da feijoada do sudeste.

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As questões preliminares:

Nós realizamos um questionário baseados do modelo do IPHAN, com aproximadamente setenta perguntas, que cobriam 1º Bloco – Identificação, 2° Bloco – Produtos, 3º Bloco - Preparo da feijoada, 4° bloco – Ingredientes.

Aproveito para ressaltar que a primeira análise das entrevistas foi feita através de um software de análise automática chamado lexico 3. E apresento alguns dados iniciais sobre o texto da entrevista.

Trata-se de um texto com 1814 formas, um texto relativamente pequeno. Há um número baixo de repetições, o que mostra que é um texto rico de referências.

E um primeiro aspecto que chama a atenção é alta freqüência de pronomes pessoais, mais frequentes do que os substantivos ligados ao próprio assunto da entrevista: “eu” (147 vezes) em que a combinação “a gente” (116 vezes), em contraste com “gente” (143 vezes). “A gente” é o seguimento repetido mais frequente, seguido por “a feijoada” (46 vezes) em contraste com

“feijoada" (107 vezes).

A partir do próprio texto podemos entender que “a gente” se refere ao grupo ao qual a nossa entrevistada pertence, e que este grupo, entre outras atividades, prepara feijoada. Esta comunidade tem atividades conjuntas de diversas ordens. “A gente” samba, trabalha, reza, cozinha, come...

Podemos perceber também que feijoada é uma comida, não é um prato, pois aqui prato é sempre

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utilizado aqui como o suporte onde se coloca a comida.

As “pessoas” nesta referência normalmente são as que são alimentadas, quem tem interesse em comer a feijoada, e quem vem comer a feijoada.

Assim “a gente” faz feijoada para as “pessoas” comerem. A referência de localização de onde a gente faz feijoada é a “cozinha” (28) que é um lugar de beleza, de festa, de encontro, onde passamos a noite, onde “a gente” assume uma tarefa de lidar com o alimento, que para nós é sagrado. As “pessoas” não entram na cozinha.

- Nosso interesse neste trabalho é depreender a dinâmica de fazer a feijoada do próprio entrevistado, por isso nesta leitura inicial nós não trazemos ainda outras referências bibliográficas sobre a feijoada. Vamos apenas desenhar um quadro com as regularidades que estão presentes no discurso

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analisado. A partir deste quadro, propomos algumas sugestões de pesquisa, pensando principalmente em buscar informações primárias sobre o possível modo de fazer feijoada do sudeste.

A certeza que temos, é que há uma forte simbologia que permeia as atividades de feitura da feijoada:

O que ganha o nome de “simbologia” é o que une a família em torno de uma série de práticas e a mantém agregada, é o que faz aquele atividade ter sentido para o indivíduo. A simbologia organiza a ordem do preparo da comida, a estética do preparo da comida, o modo de ocupação da cozinha pel

“a gente”. Esta mesma simbologia promove o encontro com a espiritualidade, com as entidades protetoras, dá sentido as roupas, procedimentos e atitudes de forma a organizar o mundo e fazer deste momento um momento especial.

A perspectiva de alimentar a simbologia é uma tarefa que nós temos, que todos que estão aqui tem esta tarefa junto com a gente. A simbologia e a tarefa têm forte relação com a família e/ou com a espiritualidade. As família é espiritualidade e vice versa. Os ancestrais d “a gente” que iniciaram estas tarefas, as passaram como séria responsabilidade para os mais novos. E elas precisam ser preservadas, respeitadas, levadas adiante em virtude do vínculo familiar, da tarefa que assumimos e de nossa espiritualidade.

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Alguns referenciais:

A partir da teoria da linguagem, sabemos que os símbolos, ícones e/ou signos se constituem em uma dinâmica psico-social. Ou seja, os indivíduos já nascem em uma comunidade falante que tem historicamente estabelecido os valores para seus signos correntes. É possível apreender estes signos a partir de um exame analítico e descritivo, como o fazemos na academia. Ou, segundo Charles Sanders Peirce, é possível um outro modo de compreensão deste signos através do registro afetivo.

A cultura local, ou a possibilidade de localização cultural (pensando na reflexão de Homi Bhabha) nesta proposta tem muito a dizer de laços afetivos entre familiares, entre vizinhos de bairro, entre amigos, e sem dúvida entre indivíduos e seres mitológicos, forças da natureza, divindades ou aspectos divinos presentes em cada um de nós. Fundamentalmente, entre indivíduos e suas origens.

O laço amoroso aqui é um dos eixos que nos permite produzir esta reflexão, uma vez que todas as práticas envolvidas no modo de fazer da feijoada do sudeste estão imbuídas de uma tradição passada de geração em geração de amor à família, amor aos semelhantes, amor aos antepassados, amor aos aspectos divinos da vida, afeto este que é possível se manifestar através da feitura e compartilhamento da feijoada. É um modo de celebração cuidadosamente ensinado e aprendido de geração a geração, de boca a ouvido. Valores compartilhados ao longo do tempo, do espaço e através de planos de existência.

Peirce em seu trabalho a partir de 1906 chama a atenção para a dimensão emocional da conduta, que estará presente na subdivisão dos interpretantes em emocional, energético e lógico (Silveira, L.F.B, 2013). A emoção está assim definida:

“qualquer emoção é uma predicação concernente a alguma coisa, e a principal diferença entre a emoção e o que comumente é denominado juízo intelectual objetivo é que enquanto este último é relativo à natureza humana em geral, o primeiro é relativo à circunstâncias particulares e à disposição de um homem particular em um tempo particular.”

É neste sentido que queremos trazer o evento da diáspora africana como inscrição deste tempo particular, que permite estar em uma relação contínua de construção de uma memória coletiva com um continente de origem, sempre já lá. Nos referimos à disposição para o modo de fazer da feijoada destes homens e mulheres particulares, de matrizes religiosas ligadas à diáspora africana. A natureza desta prática não é redutível a um evento gastronômico, embora a degustação da feijoada seja um dos resultados mais sensíveis desta conjunção, para o leigo.

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O roteiro de construção do documento de pesquisa:

1. Apresentação 2 objeto a ser estudado

3 plano de trabalho simplificado

4 levantamento feito para solicitar o registro do modo de fazer da feijoada do sudeste do Brasil ao IPHAN Anexo 1 - Referenciais teóricos utilizados neste projeto

Anexo 2 - Roteiro de entrevista

Anexo 3 - Entrevista na íntegra transcrita Anexo 4 – cópia dos atos constitutivos Anexo 5 - Levantamento preliminar (PICJr) Anexo 1 - Roteiro de entrevista

1º Bloco – Identificação 1. Nome e idade

2. A Sra. faz a feijoada das Marias do Jongo a aproximadamente 5 anos, o que seria a feijoada das Marias do Jongo pra Sra?

Como se faz a feijoada das Marias do Jongo?

4. Quais as diferença da feijoada das Marias do Jongo com a popular que fazemos em casa?( numero de pessoas, dedicatória as Marias ..)

5. Tem algum ingrediente adicional ? Qual?

6. É o mesmo período do cozimento?

7.Quanto tempo dura aproximadamente todo o processo para a feijoada das Marias do Jongo?

8.Tem algum acompanhamento que não tem na feijoada popular?

9. Nos últimos anos , se fez a feijoada vegana , como se faz esse prato?

9. Conversamos com a Alessandra e ela nos contou que feijoada é uma oferenda ao orixá Ogum , a Sra. pode comentar conosco a respeito desse assunto?

10. O tempo do cozimento também difere?

11. É posto carne como na feijoada popular?

12.Tem algum ingrediente especial?

13. A feijoada dedicada a Ogum , pode ser salgada como a feijoada popular?

14.Por que à Ogum é oferecida a feijoada

15. O conhecimento a respeito da feijoada de Ogum é passada de geração a geração ou são escolhidos?

16.De quem o conhecimento foi recebido e quanto tempo levou para o aprendizado?

17.Como foi o processo de aprendizagem da feijoada para o orixá Ogum?

18..Existem outras pessoas que assim como a senhora receberam esse conhecimento a respeito da feijoada para o orixá Ogum?

20. Como se deu essa opção de querer fazer as feijoadas?

2° Bloco - Produtos

21. Como é o processo de escolha dos produtos?

22. Há uma seleção de produtor para comprar os produtos que a senhora utiliza?

23.Quais características deve ter é esse distribuidor?

3º Bloco - Preparo da feijoada

25. Na tradição em que a Sra. se inscreve há um significado para cada ingrediente? Se sim, o que significa cada ingrediente?

26. Existem diferenças de ingredientes entre a feijoada caseira e a feijoada de Ogum?

27. Que diferenças existem entre o modo de preparo da feijoada caseira e da feijoada de Ogum?

28. É necessário algum preparo antes de começar a fazer a feijoada ? 29. Qual é, aproximadamente, o tempo total de preparo?

30. Qual é o tempo necessário para o cozimento?

31. Qual a temperatura do fogo em cada etapa do preparo?

32. A feijoada deve ser feita em algum fogão especifico (fogão elétrico ou fogão a lenha)?

33. São usados apetrechos especiais, como panelas ou utensílios específicos?

34. Que tipo de panela é utilizada? Qual o tamanho e o material?

35. Que tipo de utensílio é utilizado para mexer? De que material é feito?

36. Que tipo de utensílio é utilizado para cortar ou fatiar os ingredientes? De que material é feito e qual o tamanho?

37. A senhora gosta de levar o próprio material para cozinhar a feijoada ou mexe e corta com qualquer utensílio?

4° bloco - Ingredientes

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39. A água em que os ingredientes ficam de molho é reaproveitada ou descartada?

40. Qual é, aproximadamente, a quantidade total de água utilizada no cozimento?

41. Qual é a ordem de preparo dos ingredientes?

42. Tem um modo próprio de cortar ou fatiar os ingredientes?

43. Quais os temperos utilizados e qual a quantidade?

44. Em qual etapa do preparo cada um desses temperos são colocados?

45. Se a senhora souber , existe algumas semelhanças ou diferenças entre a feijoada feita originalmente na Nigéria e na feijoada feita aqui?

46. Na feijoada tem acompanhamentos do tipo , arroz , couve , farofa ?

47. Por meio de pesquisas , descobrimos que não se vai sal na feijoada dedicada a Ogum. Se a senhora confirmar tal informação, porque não se tem tal item?

48. Depois de todo o processo da feijoada tem algum recipiente e utensílios específicos para a oferecer a feijoada,tanto para o público quanto para o orixá?

49. Pode-se servir a feijoada logo após ficar pronta ou deve-se esperar algum tempo?

50. Em que ocasioẽs se devem fazer a feijoada?

51. Em que ocasião não se deve fazer feijoada?

52.Existe algum ambiente necessário para o preparamento da feijoada?

53.Existe um modo especial de servir a feijoada?

5° Bloco - Experiências

54. Qual foi a experiência que mais impressionou a senhora ? 55. qual foi a feijoada mais divertida que senhora já fez?

56. Qual foi a feijoada mais difícil que a senhora já preparou?

57. A senhora faz a feijoada em eventos como, por exemplo, a feijoada das Marias do Jongo ou não?

58. Já aconteceu de algo dar errado no preparo da feijoada?

59.Como foi a primeira feijoada que você fez, depois da preparação para cozinhar para o orixá Ogum?

60. Como a senhora se sente quando está fazendo a feijoada?

61. Tem pessoas que escutam musicas ou deixam a TV ligada para ouvir os jornais enquanto cozinham, você faz algo enquanto cozinha?

62.Qual foi a primeira feijoada da vida da senhora?

63.Qual foi a maior quantidade de feijoada que a senhora já preparou?

64. Essa receita que a senhora vai preparar , é uma receita padrão? ou Tem várias maneiras de fazer?

65. A senhora gosta de cozinhar em geral , gosta só de alguns prato ou é só especializada no modo de fazer feijoada?

66. Você considera a sua especialidade um dom?

67. A senhora se interessou espontaneamente por fazer a comida dos orixás ou alguem te disse que é o seu dom ou que você nasceu pra isso?

68. Se eu quiser fazer a feijoada sem o mesmo conhecimento e preparação que a senhora tem , a senhora acha que ficaria como a da senhora no quesito qualidade? E no sabor?

69. A senhora tem alunos para ensina los assim como recebeu seus conhecimentos?

70.Existem outras pessoas que assim como a senhora receberam esse conhecimento a respeito da feijoada?

71.Se tiver, elas também fazem da mesma forma que a senhora a faz ou cada um tem um jeito de cozinhar as comidas dos orixás?

72. A senhora tem contato com tais pessoas e até mesmo cozinham juntos?

73.Existe um modo especial de servir a feijoada?

Equipe:

Alessandra Ribeiro Stephanie Salzane Stephany Izidio Barbosa Rodrigo Alexandre Costa Claudia Wanderley Projetos de Pesquisa:

Multilinguismo no Mundo Digital

PICJr Coleções Digitais Multilingues 2013 Grupo Interdisciplinar CLE Auto Organização

Referências

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