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PERFIL CLIMÁTICO E COBERTURA DO SOLO: O CENÁRIO DO ESTADO DE SERGIPE

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Academic year: 2023

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Perfil climático e cobertura do solo: o cenário do estado de Sergipe

Paulo Henrique Neves Santos1, Glauber Vinicius Pinto de Barros, Weslley Silva Ferreira3,

1 Geógrafo, mestre em geografia, Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão, CEP 49100-000, São Cristóvão, Sergipe. Neves.santos.zero@gmail.com (autor correspondente). 2 Engenheiro ambiental, doutorando em geografia, Programa de Pós- graduação em Geografia, Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão, CEP 49100-000, São Cristóvão, Sergipe.

glauberengamb@gmail.com. 3 Estatístico, Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão, CEP 49100-000, São Cristóvão, Sergipe.

Weslley.wvox@gmail.com.

Artigo recebido em 08/03/2022 e aceito em 22/08/2022 R E S U M O

O estado de Sergipe é historicamente enraizado em uma economia fundamentada sobre o setor agropecuário, condicionando-o às variações climáticas, sobretudo em um contexto global de incertezas frente a instabilidade climatológica e as crescentes incidências de eventos climáticos extremos. A produção do presente estudo foi motivada pela carência de estudos climatológicos a nível estadual, fato que contribui para as dificuldades sobre o planejamento econômico diante do déficit de informações. Nesse sentido, anseia-se contribuir para a climatologia de Sergipe com análises geográficas sobre as regiões climáticas, correlacionando com o atual cenário de uso e cobertura do solo do estado, utilizando o banco de dados das estações meteorológicas de Sergipe, de 2000 a 2020, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia e o mapeamento de uso e cobertura do solo disponibilizado pelo Mapbiomas. As análises dos dados das estações meteorológicas das 4 regiões climáticas de Sergipe apontam para uma gradual redução dos índices pluviométricos a medida que se afasta da costa, com períodos chuvosos menores e crescente irregularidade na distribuição pluviométrica anual, associado a amplitudes térmicas mais elevadas, como reflexo dos efeitos da continentalidade sobre o clima do estado. Embora as condições climáticas sejam mais favoráveis para a agropecuária nas regiões climáticas mais próximas ao litoral, essas atividades estão concentradas nos setores centro-sul e centro-oeste. As propriedades pedológicas das regiões litorâneas associadas ao potencial turístico de sol e mar, restringem as atividades agropecuárias sobre o litoral norte e litoral sul, os quais apresentam urbanização rarefeita e dispersa em função da concentração urbana-administrativa e do setor de serviços na capital do estado.

Climatic profile and land cover: the scenario of the state of Sergipe

A B S T R A C T

The state of Sergipe is historically rooted in an economy structured around the agricultural sector, a fact that makes it dependent on climate variations, especially in a global context of uncertainty in the face of climate instability and the increasing incidence of extreme weather events. The production of the present study was motivated by the lack of climatological studies at the state level, which contributes to the difficulties in economic planning due to the lack of information. In this sense, it is hoped to contribute to the climatology of Sergipe with geographic analyzes of the climatic regions, correlating with the current scenario of use and land cover in the state, using the database of Sergipe's meteorological stations, from 2000 to 2020, made available by the National Institute of Meteorology and the mapping of land use and cover made available by Mapbiomas. The analysis of data from meteorological stations in the 4 climatic regions of Sergipe point to a gradual reduction in rainfall as it moves away from the coast, with shorter rainy periods and increasing irregularity in the annual rainfall distribution, associated with higher thermal amplitudes, as a reflection of of the effects of continentality on the state's climate. Although climatic conditions are more favorable for agriculture in the climatic regions closer to the coast, these activities are concentrated in the central-south and central-west sectors. On the coastal regions, due to pedological limitations concomitantly with sociocultural paradigms of interest to sun and sea tourism, tourist activities predominate on the north coast and south coast, with administrative and service sector concentration on the central coast.

Introdução

Os recentes avanços tecnológicos na história da humanidade vêm proporcionando novas possibilidades de viabilização de atividades

socioeconômicas em regiões outrora marginalizadas frente às limitações ambientais provenientes das propriedades climáticas.

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Todavia, esses novos métodos e tecnologias ainda não são amplamente utilizados, diante das barreiras econômicas, de modo grande percentual das classes economicamente fragilizadas não possuem fácil acesso, tornando-as ainda dependentes das condições climáticas de cada região.

Em um país tradicionalmente marcado pelo destaque econômico no setor de agropecuária, tanto para subsistência quanto para a comercialização, é nítido uma dependência estrutural de condições climáticas favoráveis para a manutenção de sua dinâmica econômica em âmbito nacional.

Nesse sentido, é fundamentalmente importante que os estudos climatológicos sejam aprofundados pelos diversos ramos científicos que fazem uso dessa temática, de modo que possam monitorar as atividades climáticas e analisar os dados meteorológicos, fundamentando prognósticos sobre tendências climáticas para discutir sobre as medidas de planejamento nos setores econômicos.

De acordo com Sales (2019), a localização geográfica da região Nordeste do Brasil, entre os paralelos 1 e 18, poderia ser um fator de profunda influência para uma melhor distribuição e volume da precipitação. Todavia, os volumes pluviométricos variam entre 500 a 800 mm/ano, tendo forte influência das elevadas taxas de evapotranspiração como consequência dos altos índices de insolação.

O presente estudo pretende contribuir com a discussão climática de Sergipe, propondo-se a fundamentar futuras análises climatológicas no estado, uma vez que “a análise da variabilidade climática se reveste de importância quando se avalia os impactos do clima em áreas de interesse socioeconômico e ambiental” (França, et al., 2022).

O estado de Sergipe é marcado por limitações de dados meteorológicos robustos, sendo esta uma das principais limitações para o desenvolvimento de estudos climatológicos mais aprofundados em nível estadual.

Utilizando o banco de dados das estações meteorológicas de Sergipe disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), este artigo tem como objetivo analisar o perfil climático das mesorregiões de Sergipe conforme a setorização apresentada por Diniz, Medeiros, Cunha (2014), correlacionando com suas implicações sobre a dinâmica de uso e cobertura do solo de Sergipe para o ano de 2020. Adotou-se como parâmetros de análise, as variáveis de temperatura máxima/mínima e a precipitação, compreendidas como fundamentais para nortear a

discussão sobre o perfil climático de qualquer região.

A precipitação é uma das variáveis meteorológicas mais importantes do ciclo hidrológico, pois condiciona diversas atividades humanas, como a agricultura, a pesca, a pecuária e o consumo humano e animal de água potável (Pereira, et al. 2011, p.46).

Situado no setor leste do nordeste brasileiro, “o estado de Sergipe tem seu clima classificado como tropical litorâneo do Nordeste Oriental” (Mendonça, Danni-Oliveira, 2007). Sua posição geográfica reflete na “característica de transição entre os regimes pluviométricos do Norte (com máximos de fevereiro a maio) e do sul dos setores do NEB (dezembro a fevereiro) ” (Pereira, et al. 2011, p.46).

Destacado como um dos principais fatores de condicionamento climático do nordeste brasileiro, “a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) tem [...] uma participação secundária nos totais de precipitação de Sergipe, dado que sua banda secundária não atua em todos os anos, apenas nos mais chuvosos” (Mendonça, et al. 2014, p.23).

Diante da participação secundária da ZCIT sobre a precipitação de Sergipe, as massas de ar ganham protagonismo na participação sobre esta variável, destacando: a Massa Equatorial do Atlântico Sul (MEAS) que atua mais a noroeste do estado; a Massa Polar Atlântica (MPA) e a Massa Tropical Atlântica (MTA) que atuam prioritariamente no restante do estado e são bastante influenciadas pela continentalidade”

(Mendonça, et al. 2014, p.24)

As formações geomorfológicas predominantemente do Terciário e do Quaternário, com baixo gradiente de elevação e crescente no sentido oeste, manifestam pouca influência sobre os eventos de precipitação no estado de Sergipe, destacando a continentalidade e maritimidade como os principais fatores geográficos sobre a precipitação, a qual decai gradualmente à medida que se afasta da costa, frente a menor atuação da Massa Polar Atlântica (Mendonça, et al. 2014).

Pereira, et al. (2011) corroboram com os apontamentos sobre o protagonismo da continentalidade sobre a precipitação do estado de Sergipe apresentado por Mendonça, et al. (2014), ao afirmar que o total de dias chuvosos por mês em Sergipe decai gradativamente no sentido Leste- Oeste, do litoral para o sertão, tanto para o período chuvoso, quanto para o período seco.

Castelhano e Pinto (2022), por meio de análises estatísticas, constataram a tendência de elevação das temperaturas máximas e mínimas para todo o estado de Sergipe, discutindo sobre o

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caráter natural desse processo, visto que essa tendência também foi identificada em regiões climáticas que não apresentam grandes centros urbanos, sugerindo que o predomínio das tendências de elevação dos parâmetros relacionados a temperatura no estado de Sergipe seriam “fruto do processo de mudanças climáticas globais atuando na escala local” (Castelhano, Pinto, 2022, p.11).

Analisando a tendência a desertificação em Sergipe a partir de séries temporais de 3 estações meteorológicas convencionais, Santos, et al. (2019) sugerem que o estado não apresenta alta suscetibilidade à desertificação, apenas na região extremo leste do estado, onde há maior potencial do que as demais regiões.

Santos (2020) destaca que entre 1991 a 2010 foram notificados 345 registros de seca e estiagem em Sergipe, onde apenas Barra dos Coqueiros e São Francisco não tiveram nenhum registro. A autora também destaca a região do Alto Sertão Sergipano como a mais afetada pelas secas, especialmente os municípios de Porto da Folha e Poço Redondo com 22 ocorrências cada.

Em um estado onde a agropecuária é uma das principais atividades econômicas, como o estado de Sergipe, eventos de seca têm elevado potencial de comprometer a macrodinâmica socioeconômica no curto prazo. Analisando os impactos da seca nos territórios do Agreste Central, no Alto Sertão e no Centro-sul de Sergipe, Batista e Albuquerque (2022) identificaram a redução na produção e no rendimento de grãos, especialmente o milho e feijão nos anos de 2012, 2016 e 2018.

Calculando o comportamento da Evapotranspiração de Referência (ETo) para o Estado de Sergipe, Santos (2021) identificou que os valores médios de intensidade de seca variaram entre 1,35 e 2,43 nos meses de agosto e novembro, respectivamente, transitando pelas categorias de Seca Leve à Seca moderada e Seca moderada à Seca grave, durante o período temporal analisado.

Desde seu processo de formação enquanto capitania, a economia sergipana é marcada pela pecuária e pela agricultura (Feitosa, 2013). Embora houvesse esforços, desde o século XIX, em desenvolver um setor urbano-administrativo- comercial robusto, com a migração da capital do estado para Aracaju em 1855 como uma medida adotada para romper com a dependência econômica da capitania da Bahia, o estado de Sergipe ainda hoje mantém em sua macroestrutura econômica a predominância do desenvolvimento de atividades no segmento da agropecuária.

Conforme Galina, Ilha, Pagotto (2022), o uso do solo no estado de Sergipe encontra-se intimamente associado a áreas de pastagens e

diferentes culturas permanentes ou temporárias, inseridas nos dois biomas que compõem o estado:

a Caatinga e a Mata Atlântica.

O estudo sobre o uso e ocupação do solo é essencial para a compreensão sobre a dinâmica socioeconômica e socioterritorial de uma determinada paisagem, pois é possível avaliar os impactos das ações antrópicas com o auxílio das informações espaciais e temporais sobre as mudanças nos padrões de uso e cobertura, discutindo como eles interferem na paisagem (Lima e Fernandes, 2021).

Portanto, é fundamental que a geografia sergipana contribua para as análises sobre o perfil climático de Sergipe, frente aos elevados impactos que as condicionantes climáticas têm sobre a estrutura socioeconômica do estado.

Material e métodos

Os dados sobre precipitação e temperatura foram obtidos através do site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde estão disponíveis na forma de arquivo de texto separado por vírgula, os quais podem ser importados como planilha eletrônica por softwares especializados, sendo utilizado neste estudo o Excel 2016 e o R.

Como principal órgão governamental com monitoramento climático do Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) dispõe de um banco de dados meteorológicos desde o ano 2000, contendo dados aferidos por estações meteorológicas em âmbito nacional. Para o estado de Sergipe, são disponibilizados dados das 7 estações meteorológicas: Aracaju, Brejo Grande, Itabaianinha, Itabaiana, Poço Verde, Carira, Nossa Senhora da Glória. Entretanto, é necessário ressaltar a ausência de dados e até de algumas estações meteorológicas entre o período determinado neste estudo, de 2000 a 2020, o que comprometer a representatividade dos dados disponíveis.

Para a elaboração dos climogramas foram utilizados os dados das estações meteorológicas de Sergipe e a estação meteorológica de Piranhas, município alagoano limítrofe com Sergipe, situado próximo a Canindé de São Francisco (Tabela 1).

Adotar os dados da estação meteorológica de Piranhas (AL) se fez necessário uma vez que no território do Alto Sertão Sergipano não há estação meteorológica do INMET. Diante disso, adotou-se como referência a estação meteorológica do INMET mais próxima e situada em uma zona que apresentasse similaridade climática com o território do Alto Sertão Sergipano.

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Tabela 1. Dados das estações pluviométricas de Sergipe utilizadas pelos INMET.

Estação Código Tipo Latitude Longitude Altitude (m)

Data de fundação

Aracaju A409 Automática -10.95 -37.05 3 12/02/2003

Nossa Senhora

da Glória A453 Automática -10.21 -37.43 271 24/03/2017

Brejo Grande A421 Automática -10.47 -36.48 6 17/07/2008

Itabaianinha A417 Convencional -11.24 -37.79 204 23/05/2007

Itabaiana A451 - -10.67 -37.47 213 24/04/2017

Poço verde A419 Automática -10.74 -38.11 367 03/04/2008

Carira A420 Pluviômetro

automático -10.39 -37.74 289 28/03/2008

Piranhas (AL) A371 Automática -9.62 -37-76 187 20/09/2017

Fonte: INMET, 2022. Organizado pelos autores 2022.

Para cada estação meteorológica estão disponíveis dados de diferentes anos, onde a estação de Aracaju apresenta a maior série histórica, com medições desde 2003, enquanto que, para o restante das estações, constam dados, em geral, a partir de 2008.

De posse das bases de dados, foi utilizado o software R 4.0.2 (R Core Team, 2020) para a organização, manipulação e cálculos. Utilizando códigos de programação neste software, foi possível realizar a manipulação dos dados, bem como os cálculos utilizados neste estudo.

O projeto Mapbiomas disponibiliza mapeamentos em escala de 1:250.000 sobre o uso e cobertura em âmbito nacional, tomando como base os biomas brasileiros. Para o presente estudo foi realizado o download do mapeamento de uso e cobertura do solo para o ano de 2020, referente a coleção 6.0 do projeto. Por se tratar de um estudo em âmbito estadual, a escala 1:250.000 se mostrou

satisfatória para viabilizar a discussão do uso e cobertura do solo.

As classes originalmente estabelecidas pelo Mapbiomas foram agrupadas de modo que obtivessem uma melhor representação quanto à natureza das atividades referentes ao uso do solo, agrupadas em áreas urbanas, agrícolas, pecuárias e áreas de vegetação natural (Quadro 1).

Para a confecção dos mapas de lavouras e de pecuária para o estado de Sergipe, foram utilizados dados da tabela 6908, proveniente do Censo Agropecuária 2017/2018, selecionados na plataforma Sidra.

Foram agrupados os dados de lavoura permanente com os dados de lavoura temporária, de modo que retratasse quais municípios tiveram a maior produção de lavouras, indiscriminando o tipo de produção.

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Quadro 1: Classificação do Mapbiomas agrupado

Classe ID das classes do Mapbiomas Descrição

Cobertura vegetal 3,4,5,9,11,12,13,49 Áreas com cobertura vegetal, não utilizadas para pastagem ou agricultura.

Agricultura 20, 41 Áreas destinadas para o cultivo de lavoura

permanente ou temporária.

Pastagem e criação de animais 15, 21, 31

Áreas utilizadas para a criação de animais, tanto para subsistência quanto para

comercialização.

Áreas urbanizadas 24, 25

Áreas antropizadas utilizadas para urbanização ou não se enquadrando em

agricultura ou pecuária.

Praia 23 Área litorânea.

Resultados e discussão

Perfil climático geral de Sergipe

Diniz, Medeiros, Cunha (2014) apresentam valiosas contribuições para estudos climatológicos de Sergipe, sobretudo ao propor uma classificação climática para o estado, fundamentada a partir da duração do período seco (Figura 1).

O comportamento das variações dos parâmetros meteorológicos de cada zona climática de Sergipe reflete as influências das características geográficas inerentes ao estado, especialmente a maritimidade e a continentalidade, fator que influencia o clima e os sistemas meteorológicos que atuam sobre o estado.

Esse comportamento pode ser explicado pela proximidade ou distanciamento que determinada área está em relação ao oceano. De modo geral, áreas mais próximas ao litoral apresentam regime pluviométrico maior e constante durante o ano, com baixa amplitude térmica. Em contrapartida, áreas situadas mais distantes do litoral tendem a apresentar regimes pluviométricos escassos e mal distribuídos durante o ano, paralelamente à variações térmicas diárias expressivas.

Embora o território sergipano não se destaque em extensão, os efeitos da maritimidade e continentalidade sobre o clima são visualizados na perspectiva longitudinal. Diniz, Medeiros, Cunha (2014) expuseram a continentalidade e a maritimidade como um dos principais fatores que regulam as diferentes zonas climáticas em Sergipe, como visualizado na figura 1.

Entre os principais efeitos da continentalidade sobre o clima de Sergipe, destaca- se o prolongamento do período de meses secos a medida que se afasta do ambiente litorâneo, variando de 2 meses na zona climática do litoral, até zonas que podem atingir 8 meses secos, correspondendo ao território do alto sertão sergipano.

Situados na mesma zona climática, Aracaju e Itabaianinha apresentam regime pluviométrico similar, com período chuvoso iniciando em abril e se estendendo até o mês de julho e os 8 meses restantes com montante mensal eventualmente ultrapassando os 100 mm (Gráfico 1). Embora apresentem o mesmo padrão de precipitação, é necessário ressaltar as devidas proporções, pois a região de Aracaju apresenta montante pluviométrico mensal mais elevado do que Itabaianinha

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Figura 1: Classificação climática de Sergipe e localização das estações meteorológicas Fonte: Diniz, Medeiros, Cunha, 2014. INMET, 2022.

Org: Autores, 2022.

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Gráfico 1: Climograma das estações meteorológicas de Aracaju e de Itabaianinha Fonte: INMET, 2022.

Org: Autores, 2022.

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No parâmetro temperatura, por outro lado, a região de Itabaianinha apresenta amplitude mais expressiva do que Aracaju, com médias máximas atingindo 26,96ºC no verão, mês de fevereiro, e médias mínimas de até 21,7ºC no inverno, mês de julho. Ou seja, uma amplitude acima de 5ºC.

Apesar de estarem presentes na mesma região climática, Aracaju apresenta uma amplitude térmica menos expressiva do que sua correspondente zonal, Itabaianinha. Durante o verão, no mês de março, a média da temperatura máxima na região de Aracaju é de 28,45ºC e no inverno, no mês de agosto, a temperatura mínima apresentou média de 24,47ºC. Uma amplitude térmica ligeiramente inferior a 4ºC.

Embora situados na mesma zona climática, Itabaiana e Brejo Grande apresentam significativa disparidade nos parâmetros de precipitação e

temperatura. Brejo Grande, situado mais próximo ao litoral, assemelha-se aos parâmetros de Aracaju, com 4 meses de precipitação acima dos 150 mm/mês e 8 meses com montante mensal abaixo dos 100 mm; e temperaturas com amplitude em torno dos 4ºC (Gráfico 2).

Já na região de Itabaiana, município mais distante do litoral do que Brejo Grande, o período chuvoso é reduzido para 3 meses, entre maio e julho, durante o inverno. Nos outros meses do ano, a precipitação se mantém limitada a montantes abaixo dos 80 mm/mês. A temperatura média decai significativamente durante o inverno, com médias mínimas em torno de 21,42ºC no mês de julho, contrastando com médias máximas de 27,74ºC durante o verão, no mês de fevereiro.

Gráfico 2: Climograma das estações meteorológicas de Brejo Grande e Itabaiana Fonte: INMET, 2022.

Org: Autores, 2022.

Entre uma das regiões com o maior déficit hídrico do estado, estão os municípios de Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Carira. De modo geral, a precipitação nessa zona climática não

atinge os 200 mm/mês, com exceção do período do inverno, de maio a julho, estação de maior precipitação nas 3 regiões, respeitando as devidas proporções (Gráfico 3).

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Gráfico 3:Climograma das estações meteorológicas de Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Carira

Fonte: INMET, 2022.

Org: Autores, 2022.

Nossa Senhora da Glória acompanha a tendência das outras zonas climáticas, tendo julho como o mês com maior montante pluviométrico.

Por outro lado, na região de Carira e de Poço Verde, a precipitação apresentou maior volume no mês de maio, indicando uma possível atuação das massas de ar provenientes do sul e sudeste, primeiro na região de Carira e Poço Verde por estarem situados mais ao sul do estado.

A média da temperatura se dispõe de modo similar nesta zona climática, com valores moderadamente mais elevados na região de Nossa Senhora da Glória, região mais próxima do alto

sertão sergipano, embora a precipitação não ultrapasse os 200 mm/mês.

A representação climática do clima mais seco de Sergipe, situado no território do alto sertão sergipano, foi adotado os dados da estação meteorológica mais próxima, localizada no município de Piranhas - Alagoas (Gráfico 4), situado na margem esquerda do rio São Francisco.

Justifica-se a adoção desta estação meteorológica para o presente estudo visto a indisponibilidade de dados de estação meteorológica pelo INMET no alto sertão sergipano, sendo a estação de Piranhas (AL) a mais próxima.

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Gráfico 4: Climograma da estação meteorológica de Piranhas (AL) Fonte: INMET, 2022.

Org: Autores, 2022.

Nesta região climática os efeitos da continentalidade são expressos de maneira acentuada, sendo a região com maior amplitude térmica do estado. Durante o verão, as temperaturas máximas atingem, em média, 29,76º C em dezembro, decaindo significativamente durante o inverno, com médias de temperatura mínimas em torno de 23,60ºC em junho.

Assim como a temperatura, a precipitação mensal dispõe-se de modo instável durante todo o ano, mantendo-se em torno de 40mm/mês por 4 meses do ano, destacando o mês de março, como mês com o maior montante pluviométrico no período de referência para o presente estudo.

Uso e cobertura do solo em Sergipe frente as propriedades climáticas

O comportamento das condições climáticas é um fator crucial que condiciona as atividades socioeconômicas que são desenvolvidas em qualquer território. Embora vivemos em um período tecnológico com elevado grau de desenvolvimento, com possibilidades de correções ou adaptações das propriedades naturais para atividades humanas que dependam de condições naturais favoráveis, a compreensão do perfil climático de cada zona global é fundamental para se discutir sobre a viabilidade de determinada atividade, assim como o grau de investimento para adequar possíveis condições desfavoráveis por meio da tecnologia.

No estado de Sergipe, é possível identificar algumas correlações entre os usos do solo que são

favoráveis com o perfil climático de cada zona do estado (Figura 2).

O desenvolvimento de culturas economicamente atrativas, demanda condições climáticas favoráveis, especialmente precipitação, bem distribuída durante o ano associada a pouca amplitude térmica. Essas condições favorecem o desenvolvimento saudável das culturas, demandando menor investimento em medidas artificiais de controle térmico-pedológico-hídrico

No estado de Sergipe, condições climáticas favoráveis à agricultura são encontradas nas zonas próximas ao litoral, com precipitação anual bem distribuída, poucos meses de seca e baixa amplitude térmica. Entretanto, a agricultura não é a atividade socioeconômica predominante ao longo do litoral sergipano, sendo justificado não pelas condições climáticas, mas pela estrutura morfo- pedológica.

O litoral norte de Sergipe é uma das zonas do estado com a menor quantidade de estabelecimentos agropecuários com agricultura permanente e/ou temporária (Figura 3), em muito devido às extensas morfologias características do ambiente litorâneo (dunas, campos arenosos, cordões litorâneos, zonas intercordões), compostas por solos arenoquatzosos com elevada facilidade de drenagem, pouca disponibilidade de nutrientes, baixa retenção de umidade e elevado déficit hídrico devido a elevada macroporosidade

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Figura 2: Cobertura do solo do estado de Sergipe – 2020 Fonte: MAPBIOMAS, 2022.

Org: Autores, 2022.

Os municípios com maior proporção de estabelecimentos agropecuários com agricultura, estão concentrados no setor sudeste e centro sul do estado de Sergipe, com destaque para o município

de Lagarto, como único território com mais de 1000 estabelecimentos com produção de lavouras permanente e/ou temporária, conforme dados do censo agropecuário de 2017/2018.

Figura 3: Quantitativo de estabelecimentos agropecuários com produção de lavoura permanente e/ou temporária por município – Sergipe

Fonte: Censo agropecuário, 2017/2018.

Org: Autores, 2022.

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Além das condições climáticas mais propícias para o cultivo, a zona climática do sul e centro-sul de Sergipe são compostas por solos com maior grau de desenvolvimento, relativamente mais adequados a determinados cultivos, condicionado pela zona climática com maior incidência de precipitação durante o ano e a morfoestrutura geologicamente mais antiga e com

morfologias convexo-côncavas e planas, o que reflete em uma maior atuação dos processos pedogenéticos. Nessa região são encontrados Argissolos Vermelho-Amarelo, Argissolo Amarelo, Latossolo Amarelo e Planossolo Háplico (Figura 4).

Figura 4: Unidades pedológicas de Sergipe Fonte: IBGE, 2022.

Org: Autores, 2022.

Na região centro-oeste de Sergipe há o predomínio do Neossolo Litólico, solos com baixo grau de desenvolvimento, geralmente associado a estruturas morfológicas elevadas e declivosas, com características físico-químicas derivadas diretamente do material de origem, sendo um solo com baixo potencial para a produção de lavouras.

A textura dos solos é uma propriedade crucial para o cultivo de lavouras, pois condicionam o tipo de drenagem e a atuação dos processos pedogenéticos. Na região centro-sul do estado, onde estão concentrados o maior número de estabelecimentos com produção de agricultura, predominam solos com textura média, onde os níveis de areia, silte e argila se mantêm equilibrados ou pouco destoantes.

Na região da Planície Deltaica do rio São Francisco, assim como em todo a faixa litorânea do estado, predominam solos de composição mais arenosa, onde os processos de drenagem são

facilitados pela macroporosidade do solo, contribuindo para a menor disponibilidade hídrica sobre o solo e o baixo teor de nutrientes disponíveis para o cultivo, a exemplo do Neossolo Quartzarênico.

O desenvolvimento da agricultura em solos com essas características, é restrito a cultivos adaptados às suas condições climático- pedológicas, a exemplo do coco-da-baía, uma das principais culturas na faixa litorânea do estado, com uma produção em torno de 85 mil toneladas em 4 mil estabelecimentos agropecuários (IBGE, Censo agropecuário, 2017/2018).

De acordo com os dados compilados pela EMBRAPA, do Censo Agropecuário de 2017/2018, os principais cultivos de lavoura permanente em Sergipe, além do coco-da-baía, é a laranja, com 166 mil toneladas produzidas no período de referência, sendo o 4º maior produtor de laranja do país no referido período. Para os cultivos

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de lavoura temporária, destacam-se a cana-de- açúcar com 1,8 milhão de toneladas e o milho em grão, com 158 mil toneladas (IBGE, Censo

agropecuário, disponível em

https://censoagro2017.ibge.gov.br/templates/cens o_agro/resultadosagro/pdf/se.pdf).

Em alguns casos a produção agrícola encontra-se associada à produção pecuária, aproveitando-se de áreas adjacentes aos cultivos, da maior facilidade logística por alimento para os

animais e também pelas condições climáticas favoráveis.

Conforme os dados do Censo agropecuário 2017/2018, a produção de animais está concentrada na região centro-oeste e noroeste do estado, que, de acordo com o mapeamento dos territórios de planejamento do estado de Sergipe, são, respectivamente, o território do centro-sul sergipano e do alto sertão sergipano (Figura 5).

Figura 5: Estabelecimentos agropecuários com produção pecuária por município em Sergipe Fonte: Censo agropecuário, 2017/2018.

Org: Autores, 2022.

O território do alto sertão sergipano é notadamente uma das regiões com o maior quantitativo de produção pecuária do estado, com destaque para a produção de bovinos, que, no período de referência do censo agropecuário 2017/2018, foram comercializados 138.554 bovinos (Santos, Costa, 2020).

As condições climáticas características dessa região, com longos períodos secos, precipitação escassa e concentrada durante o inverno, associado a elevadas temperaturas e elevada variabilidade térmica, não representam condições favoráveis para a produção pecuária, especialmente devido ao consumo de água e alimentação dos animais, sobretudo pela limitação de cultivos que resistem às condições climáticas impostas.

Uma das soluções encontradas pelos produtores, foi complementar a alimentação dos bovinos com a palma forrageira (SANTOS, COSTA, 2020), cultivo com grande demanda no alto sertão sergipano, justamente para complementar a alimentação bovina nos períodos de pouca disponibilidade de alimentos, viabilizando a produção em condições climáticas desfavoráveis.

A maior parte da produção pecuária de Sergipe está em regiões mais distantes do litoral.

Embora o litoral sergipano possua condições climáticas mais favoráveis para a produção agropecuária, a dinâmica de valorização do ambiente litorâneo para urbanização e para o turismo de sol e praia, desenha um cenário de concentração das atividades administrativas do

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estado e de áreas turísticas em torno do ambiental praial.

O principal centro urbano de Sergipe é sua capital, Aracaju, situada no litoral centro, onde estão concentradas grande parte do setor terciário do estado, como comércio, sedes de empresas, hospitais, escolas, universidades, órgãos públicos administrativos e serviços em geral.

A pequena extensão do litoral sergipano, cerca de 163 km, não representa grandes barreiras para o deslocamento de pessoas e recursos dos municípios litorâneos para a capital e vice-versa, ponto que reflete no baixo grau de adensamento urbano no restante do litoral, o qual é utilizado, principalmente, para atividades turísticas, especialmente o litoral sul sergipano, como as praias da Caueira, do Abaís e a praia do Saco.

Outro ponto que impacta a dinâmica do litoral, refere-se a tradição agropecuária das regiões mais interioranas do estado, a exemplo de Lagarto, Itabaiana, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória e muitos outros, compostos por redes logísticas estruturadas, com escoamento para todo o território estadual e interestadual.

Esses fatores refletem nas manchas urbanas do estado como visto da figura 2, onde o território de Aracaju apresenta a maior concentração urbana do estado, frente ao seu perfil de concentração do setor de serviços.

No período de 2 décadas, poucas foram as mudanças de cunho estrutural sobre o uso e cobertura do solo em Sergipe, de acordo com os dados de percentual sobre área total do estado pelo Mapbiomas (Figura 6).

Figura 6: Gráficos das áreas, em percentual, de uso e cobertura do solo de Sergipe nos de 2000 e 2020.

Fonte: Adaptado de Souza, et al., 2020.

Org: Autores, 2022.

A agricultura e a pastagem permanecem como atividades socioeconômicas predominantes no territorio sergipano, com aumento mais expressivo para a agricultura, podendo ser reflexo das políticas de incentivo à produção agrícola nas últimas duas décadas, especialmente sobre a agricultura familiar decorrentes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) com expressivos aumentos na oferta de crédito nas últimas décadas.

Em contraponto, a redução percentual de 7% das áreas de cobertura vegetal denuncia a expansão das áreas de agricultura, pastagem e áreas urbanizadas sobre coberturas naturais, comprometendo a biodiversidade nas regiões centrais do estado de Sergipe

Considerações finais

As propriedades climáticas são fatores cruciais para a humanidade, visto que condicionam as atividades socioeconômicas, favorecendo ou dificultando sua materialização na paisagem. No entanto, é necessário ressaltar que condicionar não significa, necessariamente, determinar. Embora as condições climáticas em determinada região não sejam favoráveis à uma atividade socioeconômica específica, não significa dizer que sua realização é inviável. O desenvolvimento tecnológico contemporâneo cria possibilidades para adaptar ou condicionar atividades outrora inviabilizadas pelos condicionantes climáticos ou ambientais.

De acordo com Diniz, Medeiros, Cunha (2014) o estado de Sergipe é composto por 4 zonas climáticas, que variam de acordo com a duração do período seco em meses, divergindo de até 2 meses de seca na zona litorânea, até 8 meses de seca no território do alto sertão sergipano.

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De modo geral, a precipitação no território sergipano é concentrada durante o inverno, reduzindo sua duração à medida que se afasta da zona costeira, frente aos efeitos da continentalidade.

A continentalidade é um dos fatores centrais que justificam as variações climáticas de Sergipe. À medida que se afasta do litoral, a precipitação se torna mais escassa, restrita ao período do inverno, entre 4 a 3 meses, destacando- se o período de maio a julho. A isso, associa-se a maior variabilidade da temperatura, com temperaturas acima de 27ºC no verão e abaixo de 22ºC no inverno.

Embora a zona litorânea apresente as melhores condições para atividades como agricultura e pecuária, a atual dinâmica de produção do espaço atrelada a fatores culturais e socioeconômicos, desenham um cenário de baixa densidade agropecuária no litoral sergipano, predominando a expansão da malha urbana de Aracaju, que vem extrapolando seus limites territoriais para municípios vizinhos; atividades relacionadas ao turismo sobre a faixa litorânea sul, paralelamente a coleta da mangaba e de mariscos;

e as atividades artesanais e a carcinicultura ao longo da faixa litorânea norte de sergipana.

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