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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA EDUARDO SKAFF SANTANA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

EDUARDO SKAFF SANTANA

GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM, DO GRUPO PRETO, NO INVERNO, EM UBERLÂNDIA-MG

Uberlândia – MG Julho – 2015

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EDUARDO SKAFF SANTANA

GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM, DO GRUPO PRETO, NO INVERNO, EM UBERLÂNDIA – MG

Trabalho de conclusão de curso Apresentado ao curso de Agronomia Da Universidade Federal de

Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. Dr. Maurício Martins

Uberlândia – MG Julho – 2015

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EDUARDO SKAFF SANTANA

GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM, DO GRUPO PRETO, NO INVERNO, EM UBERLÂNDIA – MG

Trabalho de conclusão de curso Apresentado ao curso de Agronomia Da Universidade Federal de

Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo

Banca Examinadora

________________________________ __________________________________

Engº. Agr. Beliza Queiroz Vieira Machado Engº. Agr. Marco Aurélio Neiva dos Santos Membro da Banca Membro da Banca

________________________________

Prof. Dr. Maurício Martins

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RESUMO

O Feijão é um alimento de suma importância no mundo inteiro e é uma grande fonte de proteínas, vitaminas e ferro. No Brasil é a leguminosa mais consumida além de ser símbolo da gastronomia brasileira. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os genótipos de feijoeiro comum, do grupo preto, com relação aos seus valores de cultivo e uso, na época de inverno, em 2013. O experimento foi conduzido na fazenda experimental Água Limpa em Uberlândia-MG, e as características avaliadas foram: vagens por planta; grãos por vagem; massa de 100 grãos; produtividade e plantas finais. O delineamento experimental foi feito em blocos ao acaso, com 12 tratamentos e três repetições, totalizando 36 parcelas. Os devidos tratamentos foram: BRS CAMPEIRO, BRS ESPLENDOR, BRS ESTEIO, BRS VALENTE, CNFP 11978, CNFPMG 11-06, CNFPMG 11-08, CNFPMG 11-18, CNFPMG 11-21, OURO NEGRO (testemunha), VP-30, VP-31. Cada parcela do experimento foi caracterizada por 4 linhas com 4 metros cada, com espaçamento de 0,50 m, totalizando 8,0 m² de área, no entanto foram utilizadas somente as duas linhas centrais da parcela, totalizando uma área útil de 4 m². Para a análise estatística foi utilizado o teste de Scott-Knott a 5%

de probabilidade. Os tratamentos não tiveram diferença significativa para as variáveis: vagens por planta, grãos por vagem, produtividade e plantas finais. Em relação a massa de 100 grãos, houve diferença significativa, onde os genótipos BRS Campeiro, CNFPMG 11-08,CNFPMG 11-18, BRS Esteio, Ouro Negro, CNFPMG 11-21, e VP-31 apresentaram as maiores médias, em relação aos demais tratamentos, mas não diferenciaram entre si.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 6

2. REVISÃO LITERÁRIA... 8

3. MARERIAL E METODOS...11

3.1 LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO...11

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS...11

3.3 INSTALAÇÃO E CONDUÇÃO...11

3.4 CARACTERISTICAS ANALISADAS...12

3.5 ANÁLISE ESTATISTICA...12

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...13

4.1 NÚMERO DE VAGENS POR PLANTA...13

4.2 NÚMERO DE GRÃOS POR VAGEM...14

4.3 MASSA DE 100 GRÃOS...15

4.4 PRODUTIVIDADE...17

4.5 PLANTAS FINAIS...18

5. CONCLUSÃO...19

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...20

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1. INTRODUÇÃO

O feijão é um dos alimentos mais consumidos no mundo, sendo que seu consumo diário está entre 50 a 100 g por dia/pessoa contribuindo com 28% de proteínas e 12% de calorias ingeridas.

Portanto, como alimento básico e sob o ponto de vista quantitativo, o feijão é considerado um alimento proteico, embora seu conteúdo calórico, mineral e vitamínico não possa ser desprezado.

Na alimentação dos brasileiros, o feijão é a principal fonte de proteína, seguido em importância, pela carne bovina e pelo arroz. Além desses atributos é uma cultura de grande expressão sócio econômica no Brasil (LAJOLO et al., 1996).

O gênero Phaseolus possui mais de 50 espécies, dentre as quais se encontra o feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.), que é o mais utilizado no Brasil. Há uma infinidade de cultivares, que se diferenciam quanto à cor das flores, hábito de crescimento, porte, ciclo de vida, cor das vagens e por fim, cor, formato e tamanho das sementes. Dentre essas cultivares estão algumas do grupo preto, grupo este que é o mais popular nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo (QUINTELA, 2005).

De acordo com o tipo, 10% do consumo é de grãos pretos, 85% do tipo carioca e 5% de outros tipos de grãos (SERAGUSA, 2013).

O feijão possui como característica uma boa adaptação em diversos tipos de solo e clima, e traz muitas vezes boa rentabilidade ao produtor. Pode ter crescimento determinado e indeterminado podendo ser semeado em três épocas diferentes no ano: época das águas, seca, e inverno. No melhoramento buscam-se cultivares mais produtivas, menos sensíveis aos estresses bióticos e abióticos, e com características que atendam às exigências dos mercados consumidores (EMBRAPA, 2005).

Antigamente, o feijão era cultivado como uma cultura de subsistência por pequenos produtores, porém nas ultimas décadas a produção sofreu diversas mudanças e cada vez mais produtores tecnificados vêm entrando no mercado, essas técnicas visam aumentar a produção brasileira, que atualmente apresenta concentração de 45% na época das águas, 42% na época da seca e 13% na safra de inverno (AGRIANUAL, 2003).

Através das pesquisas de melhoramento nos últimos dez anos foram registrados: aumento de 41% na produtividade, a área plantada foi reduzida em 21% e houve um acréscimo de 12% na produção.

Além de todos os benefícios do melhoramento é importante frisar que a semente melhorada é o principal insumo para aumentar a produtividade, sendo que este aumento pode chegar a 40%, uma

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vez que contém toda a carga genética determinando a produtividade máxima da lavoura (YOKOYAMA; STONE, 2000)

O experimento teve por objetivo avaliar características agronômicas dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto no inverno em Uberlândia MG.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

O feijoeiro é uma cultura que pertence à ordem Rosales, família Fabacea, gênero Phaseolus, e espécie Phaseolus vulgaris L. (VILHORDO, 1996). É um dos alimentos mais antigos do mundo existindo relatos do seu cultivo em países como o Egito e a Grécia. Sua disseminação pelo mundo ocorreu por diversos fatores, entre eles as guerras, já que este alimento era altamente consumido pelos guerreiros da época. Dados mais recentes indicam que existiram dois centros primários de domesticação: Mesoamericano e o Sul do Andes (ZIMMERMANN; TEIXEIRA, 1996).

Entre os maiores produtores destacam-se: Índia (4.470.000 t.), Mianmar (3.721.950 t), Brasil (3.435.370 t), China (1.583.498 t) e Estados Unidos (899.610 t), que juntos representam aproximadamente 80% da produção mundial de feijão comum(FAO, 2011).

No estado de Minas Gerais, a área semeada foi de 393.622 há, onde a produção chegou a 582.958 t, com uma produtividade de 1.481 kg/ há. Os maiores produtores foram: Unaí (112.650 t), Paracatu (36.900 t) e Guarda-Mor (27.180 t) (IBGE, 2011)

É uma cultura altamente difundida em várias regiões, e é produzida por pequenos, médios e grandes produtores, sendo cultivada em diversos tipos de solo, clima, e sistemas de produção tais como solteiro, consorciado ou intercalado com outras espécies (YOKOYAMA et al., 1996).

Os locais onde mais se consomem este produto são: Américas (41,4%), seguindo-se a Ásia (34,2%), a África (18,6%), a Europa (3,8%) e a Oceania (0,1%) (DE PAULA JUNIOR, 2008), e é uma importante fonte nutricional para mais de 500 milhões de pessoas na América Latina e África (FAO, 2011). Além de sua importância nutricional, a cultura emprega muita mão-de-obra durante seu ciclo.

Segundo Vieira (1967), é possível explorar a cultura do feijoeiro em três diferentes épocas de semeadura no mesmo ano. A primeira safra ou safra "das águas", cujo plantio é feito de agosto a novembro com predominância na região sul; a segunda safra ou safra "da seca" é realizada de janeiro a março, abrangendo a maioria dos estados produtores, e por último a terceira safra ou safra "de inverno", de abril a julho, realizada nas regiões centro oeste, sudeste e nordeste. Apesar do aumento do cultivo da época da seca e de inverno, a maioria dos produtores ainda realizam a semeadura na época das águas.

Alguns fatores são entraves para uma maior produção, como por exemplo pragas, doenças, variações climáticas e oscilações de mercado. O excesso de chuva na época das águas causa problemas ao produtor, principalmente no momento da colheita. A falta delas por outro lado também é um grande problema já que a lavoura não tolera bem a seca.

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A incidência de plantas infestantes no local também afeta o rendimento da cultura. O período crítico de competição dessa leguminosa situa-se entre 15 a 30 dias após a emergência da cultura, sendo que após este período as espécies invasoras não afetam diretamente a produtividade (VIEIRA, 1998)

Em relação à adubação, segundo Parra e Miranda (1980), para a garantia de uma boa produção devemos priorizar elementos como cálcio, magnésio, fósforo, nitrogênio e potássio, recomendando-se a adubação com os macronutrientes no sulco de plantio, ao lado e abaixo da semente. Considerando-se a baixa fertilidade da maioria dos solos de cerrado, é natural que as plantas cultivadas sem adubação complementar não tenham condições de sobrevivência e morram precocemente.

Cada região do país possui uma preferência por uma coloração de grão. Segundo Rava et.

al(2003) o consumo de feijão preto no brasil é de 17% , mesmo assim, o grupo carioca é difundido em todo território nacional, o grupo preto é o segundo, seguido pelo feijão caupi, que possui maior aceitação no Nordeste (YOKOHAMA et al., 1996).

O ponto de colheita pode ser definido através da sua coloração. Quando vagens chegam a uma cor amarelo-palha, os grãos se encontram em uma umidade entre 18-22 %, podendo chegar a 14-16 % após bateção e banação (THUNG; OLIVEIRA, 1998).

Para ter menos perdas na colheita, devemos sempre priorizar uma boa regulagem de colhedoras e optar por cultivares adaptadas a colheita mecânica. Essa adaptação é caracterizada por:

altura superior a 50 cm; porte ereto do tipo I ou II; resistência ao acamamento; ramificação compacta com três ou quatro ramificações primárias, cujo ângulo de inserção seja agudo positivos; vagens concentradas sobre o ramo principal e sobre os 2/3 superiores da planta; vagens indeiscentes com 6 a 8 cm de comprimento; maturação uniforme e boa desfolha natural por ocasião da colheita (SIMONE et al., 1992)

Sobre a produtividade ela está intimamente ligada ao número de vagens por planta, número de grãos por vagem e massa de grãos, que são, portanto, variáveis importantes na seleção de genótipos produtivos (COSTA et al., 1983; COIMBRA et al., 1999).

O melhoramento genético tem grande importância na produção atual de feijão, a simples substituição de cultivares tradicionais por cultivares melhoradas tem demonstrado ser um dos fatores que mais contribuem para o aumento da produtividade da cultura, 40% em média, além de ser mais fácil de adotar, pois não onera custos de produção nem modifica o sistema tradicional de cultivo (VIEIRA et al., 1992).

O Programa Nacional de Melhoramento Genético do Feijoeiro é coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão, gerando populações e linhagens com características de interesse agronômico, como

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produtividade, arquitetura de planta, precocidade, tolerância a estresses bióticos e abióticos e qualidade nutricional e funcional do grão. Este germoplasma com variabilidade genética ampla irá alimentar as várias unidades que dão suporte ao programa visando desenvolver cultivares melhoradas produtivas, adaptadas às diferentes regiões produtoras e estáveis, permitindo assim manter a competitividade e sustentabilidade do feijoeiro comum no agronegócio brasileiro (EMBRAPA, 2008).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

Este experimento faz parte dos ensaios de Valor Cultivo e Uso (VCU), parceria da Embrapa Arroz e Feijão e a Universidade Federal de Uberlândia, que tem como objetivo comparar genótipos de feijoeiro comum do grupo preto, analisando a adaptabilidade em diversas regiões e visando o lançamento de novos materiais no mercado.

3.1. Localização do Experimento

O presente experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Água Limpa, pertencente a Universidade Federal de Uberlândia, em Uberlândia-MG, na safra de inverno, com as seguintes coordenadas: latitude 19º 05’ 09’’ S, e longitude 48º 21’ 04” W, a uma altitude de 802 metros.. Teve inicio no dia 11/07/2013 e término dia 31/10/2013.

3.2. Delineamento experimental e tratamentos

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), que teve 12 tratamentos e 3 repetições, totalizando 36 parcelas. Os tratamentos foram: BRS Campeiro, BRS Esplendor, BRS Esteio, BRS Valente, CNFP 11978, CNFPMG 11-06, CNFPMG 11-08, CNFPMG 11-18, CNFPMG 11-21, VP-30, VP-31 e a testemunha foi Ouro-Negro.

As parcelas do experimento foram constituídas por 4 linhas de 4 metros cada e espaçadas em 0,50 m resultando em uma área total de 8 m², no caso, foram utilizadas somente as duas linhas centrais, portanto uma área útil de 4 m².

3.3 Instalação e Condução

No preparo do solo, foram feitas uma aração e uma gradagem, além de uma escarificação através de um escarificador com hastes.

A adubação de semeadura foi feita com o formulado 04-20-20, distribuindo 400 kg por há no sulco. Vinte dias após a semeadura foi realizada a primeira adubação de cobertura, aplicando-se 200 kg de sulfato de amônia por há. Dez dias depois, já com as plantas de feijão no estágio V4, foi aplicado mais 200 kg por há deste mesmo adubo.

A semeadura ocorreu dia 11/07/2013, manualmente, a uma profundidade de cinco centímetros, semeando 15 sementes por metro linear, totalizando 60 sementes por linha e 240 sementes por parcela.

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Para evitar a grande incidência de insetos pragas na área, foram aplicados 400 g por há de Acefato, que é um inseticida e acaricida organofosforado que possui um excelente efeito contra mosca-branca. Já em relação às plantas infestantes, foi feita uma capina manual 20 dias após a emergência das plantas de feijoeiro.

A irrigação foi por aspersão, com bailarinas, na proporção de 5 mm de água por dia, com o objetivo de atender a demanda da cultura.

A avaliação e a colheita do experimento foram feitas no dia 31/10/2013, analisando somente as duas linhas centrais de cada parcela. As plantas foram arrancadas e ensacadas para fazer a bateção e depois o peneiramento para retirar as impurezas.

3.4. Características Avaliadas

 Número de vagens por planta: nas duas linhas centrais da parcela foram contadas as vagens de 5 plantas aleatoriamente e depois utilizada a média de vagens por planta.

 Número de grãos por vagem: nas duas linhas centrais de cada parcela foram coletadas 10 vagens aleatoriamente, depois disso foi realizada uma média do número de grãos por vagem para cada parcela.

 Produtividade: manualmente foram arrancadas as plantas das duas linhas centrais de cada parcela, as vagens foram trilhadas e os grãos peneirados para tirar as impurezas, limpos, pesados e medida a umidade. A seguir, o peso obtido foi transformado para o equivalente em kg.ha-1, a uma umidade uniformizada para 13%.

 Massa de 100 grãos: foram pesados oito repetições de 100 grãos de cada parcela e uniformizados para 13 % de umidade, depois disso, foi realizada a média.

 Plantas Finais: foram contadas o número de plantas na área útil que se mantiveram até o final do ciclo.

3.5. Análise estatística

As médias avaliadas foram submetidas à análise de variância, com a aplicação do teste de F, e para comparação das médias, foi utilizado o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1. Resumo das análises de variância para vagens por planta, grãos por vagem, massa de 100 grãos, plantas finais e produtividade na avaliação dos genótipos de feijoeiro comum, do grupo preto, no inverno, em Uberlândia – MG.

Causas da

Variação G. L.

QM Vagens

por Planta

Grãos por vagem

Massa de 100 grãos

Plantas

Finais Produtividade

Genótipos 11 6,08111ns 0,71444ns 6,14899* 39,7645ns 580392,5504ns Blocos 2 0,6544 0,147778 0,444444 3,256944 11616,051344 Erro 22 7,773232 0,367172 1,777778 32,37815 292378,05184 Total 35

C.V. (%) 18,07 10,58 5,49 12,86 15,95

(*) significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; ns - não significativo ; C.V(%) - Coeficiente de variação.

Através desta tabela podemos observar que para número de vagens por planta, número de grãos por vagem, plantas finais e produtividade não houve diferença significativa entre os genótipos avaliados. Já para a massa de 100 grãos houve diferença significativa a 5% de probabilidade.

4.1. Número de vagens por planta

De acordo com a tabela 2, observamos que não houve diferença significativa entre os genótipos para a característica em questão, segundo o teste Scott-Knott. No presente trabalho, a maior média foi do genótipo CNFP 11978.

Marsiglia em 2003, trabalhando com feijão preto em Uberlândia-MG, também não verificou diferença significativa em relação ao número de vagens por planta.

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Tabela 2. Médias de números de vagens por planta dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto avaliados em ensaio de VCU em Uberlândia MG na safra de inverno de 2013.

Genótipos Médias Comparação Relativa (%)

CNFP 11978 17,33 a 117

CNFPMG 11-06 17,06 a 115

BRS VALENTE 16,60 a 112

BRS ESPLENDOR 16,33 a 110

CNFPMG 11-18 16,27 a 110

BRS CAMPEIRO 16,00 a 108

VP-31 15,94 a 108

OURO NEGRO* 14,80 a 100

VP-30 13,93 a 94

BRS ESTEIO 13,86 a 94

CNFMG 11-08 13,53 a 91

CNFPMG 11-21 13,46 a 91

Médias seguidas pela mesma letra diferem estatisticamente pelo teste de Scott-knot a 5% de probabilidade; * genótipo usado como testemunha.

4.2. Número de grãos por vagem

Através da tabela 3, observa-se que os genótipos não diferiram estatisticamente ente si pelo teste de Scott-Knott. Na comparação relativa o genótipo BRS Esteio apresentou a maior média, 17%

a mais que a testemunha Ouro-Negro. Os genótipos BRS Esteio, CNFPMG 11-21, BRS Esplendor e CNFP 11978 tiveram médias superiores a testemunha.

Silva (2010) avaliando genótipos de feijoeiro comum do grupo preto no inverno, também relatou que os genótipos não diferiram significativamente para número de grãos por vagem.

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Tabela 3. Médias de grãos por vagem dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto avaliados em ensaio de VCU em Uberlândia MG na safra de inverno de 2013.

Genótipos Médias Comparação Relativa (%)

BRS ESTEIO 6,73 a 117

CNFPMG 11-21 6,17 a 107

BRS ESPLENDOR 6,17 a 107

CNFP 11978 5,83 a 101

OURO NEGRO* 5,77 a 100

BRS CAMPEIRO 5,67 a 98

CNFPMG 11-06 5,67 a 98

CNFPMG 11-18 5,67 a 98

VP-30 5,66 a 98

CNFPMG 11-08 5,53 a 96

VP-31 5,10 a 88

BRS VALENTE 4,87 a 84

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-knot a 5% de probabilidade; * genótipo usado como testemunha.

4.3. Massa de 100 grãos

Analisando a tabela 4 podemos constatar que houve diferença significativa para a variável massa de 100 grãos, onde as cultivares BRS Campeiro, CNFPMG 11-08, CNFPMG 11-18, BRS Esteio, Ouro Negro, CNFPMG 11-21 e VP-31 apresentaram as maiores médias. Apesar de não haver diferença significativa a cultivar BRS Campeiro obteve 5% a mais que a cultivar Ouro Negro.

Parreiras (2013) observou que para massa de 100 grãos houve diferença estatística na avaliação de genótipos de feijoeiro comum do grupo preto, no inverno, em Uberlândia-MG;

Lima (2010), avaliando genótipos de feijoeiro comum do grupo preto na seca, observou diferença significativa em sua análise estatística em que a cultivar Ouro Negro apresentou maior massa de 100 grãos.

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Tabela 4. Médias de massa de 100 grãos em gramas, dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto avaliados em ensaio de VCU em Uberlândia MG na safra de inverno de 2013.

Genótipos Médias Comparação Relativa

BRS CAMPEIRO 26,33 a 105

CNFPMG 11-08 25,67 a 103

CNFPMG 11-18 25,67 a 103

BRS ESTEIO 25,33 a 101

OURO NEGRO* 25,00 a 100

CNFPMG 11-21 24,67 a 99

VP-31 24,33 a 97

CNFPMG 11-06 23,67 b 95

VP-30 23,67 b 95

CNFP 11978 23,00 b 92

BRS VALENTE 23,00 b 92

BRS ESPLENDOR 21,33 b 85

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-knot a 5% de probabilidade; * genótipo usado como testemunha.

4.4 Produtividade

De acordo com a tabela 5 as cultivares não diferiram entre si em relação à produtividade. A cultivar BRS Esteio foi a que apresentou melhor desempenho, produzido 34% a mais que a testemunha Ouro Negro. O pior rendimento foi da cultivar CNFPMG 11-18 que produziu 15% a menos que a testemunha.

Em experimento realizado por Marsiglia (2003) em Uberlândia-MG, avaliando genótipos de feijoeiro comum do grupo preto, na época de inverno, em relação a produtividade, os genótipos VP8 (3.435 kg ha-1), VP1 (3.293 kg ha-1), Vi 5700P (3.142 kg ha-1) e Vi 5500P (3.058 kg ha-1), superior a média Estadual (1.100 kg ha-1) para o período de inverno, porém não verificou diferença significativa em relação a número de vagens por planta.

Lima (2010), em seu experimento com genótipos de feijoeiro comum do grupo preto em Uberlândia-MG, não observou diferença estatística na produtividade.

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Tabela 5. Médias de produtividade (Kg) dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto avaliados em ensaio de VCU em Uberlândia MG na safra de inverno de 2013.

Genótipos Médias (Kg/há) Comparação Relativa (%)

BRS ESTEIO 4409,70 a 134

BRS CAMPEIRO 3739,95 a 114

BRS ESPLENDOR 3621,11 a 110

BRS VALENTE 3523,70 a 107

CNFPMG 11-21 3499,79 a 107

VP-30 3430,11 a 104

CNFPMG 11-08 3401,48 a 104

OURO NEGRO* 3282,78 a 100

CNFPMG 11-06 3083,42 a 94

CNFP 11978 3062,44 a 93

VP-31 2822,57 a 86

CNFPMG 11-18 2801,78 a 85

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knot a 5% de probabilidade; * genótipo usado como testemunha.

4.5. Plantas Finais

Observando a tabela 6, pode-se observar que não houve diferença estatística em relação as cultivares analisadas, sendo que a cultivar Ouro Negro, apresentou o menor desempenho em relação as demais. A cultivar CNFPMG 11-21 apresentou o maior número de plantas finais, chegando a 30%

a mais que a testemunha.

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Tabela 6. Médias de números de plantas finais dos genótipos de feijoeiro comum do grupo preto avaliados em ensaio de VCU em Uberlândia MG na safra de inverno de 2013.

Genótipos Médias Comparação relativa (%)

CNFMG 11-21 49,67 a 130

CNFMG 11-18 48,67 a 127

BRS VALENTE 47,00 a 123

VP-30 46,67 a 122

BRS ESPLENDOR 46,33 a 121

CNFMG 11-08 44,67 a 117

CNFMG 11-06 44,16 a 115

BRS ESTEIO 43,67 a 114

CNFP 11978 41,67 a 109

BRS CAMPEIRO 40,67 a 106

VP-31 39,33 a 103

OURO NEGRO* 38,33 a 100

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-knot a 5% de probabilidade; * genótipo usado como testemunha.

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5. CONCLUSÕES

Para a massa de 100 grãos as cultivares BRS Campeiro, CNFPMG 11-08, CNFPMG 11-18, BRS Esteio, Ouro Negro, CNFPMG 11-21 e VP-31 apresentaram os melhores desempenhos diferindo estatisticamente das demais.

Analisando a produtividade, apesar de não haver diferença significativa entre os genótipos, a cultivar BRS Esteio foi a que mais se destacou produzindo 34% a mais que a testemunha. Essa cultivar obteve maior rendimento também no número de grãos por vagem, 17% a mais que a testemunha Ouro Negro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EMBRAPA. Melhoramento de feijão na Embrapa trigo, 2008. Disponível em: Acesso em 14 mar.

2011.

FERREIRA, R. J. Competição de cultivares de feijoeiro comum, do grupo preto, na época das águas, em Uberlândia-MG. 2008. 22 f. Monografia (Graduação em Agronomia), Universidade Federal de Uberlândia.2008.

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Marsiglia,R.O.M. Avaliação de genótipos de feijoeiro comum, do grupo preto, no inverno em Uberlândia-MG.2003. . Monografia (Graduação em Agronomia), Universidade Federal de Uberlândia.2008.

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Referências

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