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Aula 15. Noções de Direito Constitucional Ordem Social TJ MG Prof. Nathalia Masson. 1 de 34 Prof. Nathalia Masson Aula 15

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Aula 15

Noções de Direito Constitucional – Ordem Social

TJ MG

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Sumário

SUMÁRIO ... 2

ORDEM SOCIAL ... 3

(1)RECADO INICIAL ... 3

(2)INTRODUÇÃO ... 3

(3)DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO (ARTS.226 A 230,CF/88) ... 5

(A)DA FAMÍLIA ... 5

(B)DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO JOVEM ... 8

(C)DO IDOSO ... 10

(4)QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA ... 15

(5)OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR ... 18

(6)MAIS QUESTÕES PARA TREINAR ... 27

(7)RESUMO DIRECIONADO ... 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 34

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ORDEM SOCIAL

(1) Recado Inicial

Lembre-se que esta aula foi produzida para o concurso do TJ MG, banca IBFC, sendo datada de setembro de 2022. Como o conteúdo de Direito Constitucional é o que mais se altera no mundo jurídico (em razão das constantes mudanças legislativas e, em especial, das incessantes novas decisões do STF), não desperdice seu tempo ou arrisque sua aprovação estudando um material desatualizado.

Busque sempre a versão oficial da aula no site do nosso curso!

(2) Introdução

Você deve se lembrar, futuro servidor do TJ MG, que nosso documento constitucional é dividido em títulos.

Justamente o Título VIII é dedicado com exclusividade à “Ordem Social”. Isso diferencia nossa atual Constituição das anteriores que, desde a Constituição de 1934, incluíam a ordem social no título referente à ordem econômica.

Esse título VIII vai do artigo 193 ao 232 e é dividido em oito capítulos que tratam dos mais variados e diferentes temas (o capítulo I, introdutório, trata das disposições gerais). Ali temos:

(i) seguridade social;

(ii) educação, cultura e desporto;

(iii) ciência, tecnologia e inovação;

(iv) comunicação social;

(v) meio ambiente;

(vi) família, criança, adolescente, jovem e idoso;

(vii) e, índios.

Abaixo um esquema1 que permitirá uma visão panorâmica da estrutura do capítulo:

1. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1577.

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Segundo muito bem coloca a doutrina, “algumas dessas matérias nada têm de sociais e não possuem qualquer relação entre si, exceto o fato de evidenciarem, ainda mais, a prolixidade da Constituição”2.

Pois bem. O capítulo I desse Título, traz uma disposição geral, em um único artigo, que é o 193:

“A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais”.

Observe o esquema abaixo:

2. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 6ª ed. São Paulo: Método, 2012, p. 1041.

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Como o seu edital cobrou os temas servidor do TJ MG, veremos, nos itens seguintes, de que forma a proteção constitucionalmente engendrada para cada um dos diferentes institutos que compõem a ordem social contribui para a concretização desses objetivos.

(3) Da família, da criança, do adolescente, do jovem e do idoso (arts.

226 a 230, CF/88) (A) Da Família

Por ser uma instituição fundamental para o pleno desenvolvimento do indivíduo, a família é protegida de forma especial por nossa Constituição que, em seu art. 226 a considera a base da sociedade civil (“art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”).

Mas quero que você saiba, meu caro aluno, que nosso texto constitucional, quando usou a palavra “família”, não limitou sua formação a casais heteroafetivos constituídos a partir de formalidades cartorárias, por celebração civil ou religiosa. Família é um conceito mais amplo! Veja o § 3º do art. 226, no qual reconhecemos que a união estável entre homem e mulher também é entidade familiar (“§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”). O que você deve concluir disso? Que a família é uma instituição que pode se formar por vias diferentes do casamento civil.

Assim, vejamos quais são as entidades familiares reconhecidas textualmente pela Constituição. Temos:

(a) família formal ou matrimonial (art. 226, §§ 1º e 2º): na qual a união entre o homem e a mulher é fixada em casamento, civil, ou religioso com efeitos civis (“art. 226, § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei”);

(b) família informal (art. 226, § 3º): decorrente da união estável entre um homem e uma mulher ou entre pessoas do mesmo sexo;

(c) família monoparental (art. 226, §§ 4º): cuja formação se dá entre um dos pais e seus descendentes (“§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”).

Entenda uma coisa, futuro servidor do TJ MG: muito embora essas tipologias de família que foram constitucionalizadas serem as mais comuns, é importante destacar que não existe um rol fechado de espécies, já que a dinâmica social produz os mais diversos tipos de relações familiares,

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numa multiplicidade que o legislador jamais será capaz de contemplar em sua totalidade.

Por isso, o STF – baseando-se em princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) – reconheceu3 a qualquer pessoa o direito fundamental à orientação sexual, proclamando, por isso mesmo, a plena legitimidade jurídica da união homoafetiva como entidade familiar. Estendeu, pois, às uniões entre pessoas do mesmo sexo, o mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de sexo distinto, concluindo que todos têm o direito fundamental de constituir uma família, não sendo relevante, para tanto, sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Diante disso, o CNJ editou a Resolução nº 175/2013 determinando, em seu art. 1°, que “É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo”.

Podemos concluir que o termo “família” atualmente designa uma instituição privada, voluntariamente construída por pessoas adultas, pouco importando se a constituição da relação foi formal ou informal, ou se envolveu casais heterossexuais ou homossexuais.

Dando continuidade ao nosso estudo sobre a família, é bom lembrar que o princípio da igualdade, que orienta toda a ordem constitucional vigente, também está presente nas relações familiares. Nosso legislador constituinte, quando elaborou a Constituição, estabeleceu que os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos de forma equiparada entre homem e mulher (art.

226, § 5º: “§ Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”), sendo o planejamento familiar, que possui fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, de livre decisão do casal. O Estado deve, no entanto, propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, sendo vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas (art. 226, § 7º: “Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”). O Estado não pode, por isso, realizar o chamado ‘controle de natalidade”, impedindo que uma determinada família tenha mais de um filho, por exemplo.

O tratamento baseado na isonomia alcançou também os vínculos de filiação, tornando

3. No julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da relatoria do Ministro Carlos Ayres Britto.

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proibida quaisquer designações discriminatórias relativas aos filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, estando também garantidos a eles os mesmos direitos e qualificações. Não se pode mais falar em ‘filhos legítimos’ (porque gerados no seio de um casamento formal) e ‘filhos bastardos’ (fruto de relacionamentos amorosos extraconjugais). Todos são filhos da mesma forma, com os mesmos direito, não sendo possível o estabelecimento de qualquer diferenciação entre eles.

Apesar de estabelecida a condição de igualdade entre homens e mulheres pela Constituição (art. 5º, I), esta muitas vezes não se verifica na prática e principalmente no cenário das relações domésticas e familiares, onde mulheres sofrem violência engendrada por pessoas – em sua maioria homens – integrantes das suas relações íntimas. Diante deste cenário, o legislador constituinte conferiu ao Estado o dever de assegurar a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações (art. 226, § 8º).

Nesse contexto, foi editada a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) que, ao trazer mecanismos que buscam coibir a violência no âmbito das relações familiares, efetiva o texto constitucional. E muito embora alguns tenham sustentado a sua inconstitucionalidade sob o argumento de tratar-se de legislação de cunho discriminatório, o STF, no julgamento conjunto da ADC 19 e da ADI 4424, afastou4 tal tese para declará-la constitucional. A mulher, do mesmo modo que o idoso, a criança e o adolescente, encontra-se em condição de hipossuficiência, justificando-se, por isso, o tratamento distinto e a proteção especial conferida pelo ordenamento jurídico.

Outra providência legislativa que se destaca no intuito de coibir a violência nas relações domésticas e familiares é a Lei n° 13.104/2015, que alterou o art. 121 do Código Penal para nele incluir o chamado crime de feminicídio. Trata-se de uma nova forma qualificada do delito de homicídio, apenado com reclusão de 12 a 30 anos e inserido no rol de crimes hediondos. Esse novo tipo penal pressupõe violência baseada em razões da condição de sexo feminino que, segundo a legislação, ocorre quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher (art. 121, VI, § 2ª, CP).

Noutro giro, vale destacar que a Constituição Federal estabeleceu que o casamento é civil e gratuita a sua celebração (art. 226, § 1º), assegurando ao casamento religioso efeitos civis, nos termos da lei (art. 226, § 2º).

Como não existe religião oficial na República Federativa do Brasil (nosso Estado é laico, lembre-se disso), devem ser atribuídos efeitos civis ao casamento celebrado por líder de qualquer

4. ADC 19/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, noticiado no Informativo 654, STF.

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religião ou crença, em inequívoca efetivação da liberdade de crença, culto e religião constitucionalmente consagrada (art. 5º, VI, CF/88).

Essa questão, contudo, ainda não foi apreciada pelo Supremo Tribunal Federal. Existem, todavia, dois julgados que merecem destaque, originários de Tribunais de Justiça5, como o da Bahia (MS 34.739- 8/2005, j. 10.03.2006) e o do Rio Grande do Sul (AC 70003296555, 8ª C. Cív., Rel. Des. Rui Portanova, j.

27.06.2002), reconhecendo efeitos civis aos casamentos realizados em centro espírita e em terreiro, respectivamente.

Para fecharmos esse primeiro item, vou destacar que a partir da EC n° 66/2010 não se exige qualquer lapso temporal para o divórcio. Na sua redação original (de 1988), o art. 226, § 6º, da CF/88, estabelecia que o casamento civil podia ser dissolvido pelo divórcio tão somente “após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos”. Certo é que a EC n° 66/2010 facilitou sobremaneira a dissolução do casamento pelo divórcio.

(B) Da criança, do adolescente e do jovem

Quando olhamos para a história das políticas de atenção à criança e ao adolescente no Brasil, notamos que sempre houve um predomínio de medidas assistencialistas e correcionais repressivas, pois eles eram considerados objeto de proteção ou correção, e não sujeitos de direitos, ignorando, por completo, sua condição de pessoas em condição peculiar de desenvolvimento.

No entanto, nossa Constituição de 1988, no entanto, dispensou tratamento inovador às crianças e aos adolescentes ao consagrar a chamada doutrina da proteção integral, que os considera sujeitos de direitos e deveres. Vale frisar que, posteriormente, com o advento da EC n° 65/2010, o jovem passou também a ser considerado como sujeito merecedor de especial proteção.

Assim, nossa carta constitucional enuncia, em seu art. 227, ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Tratam-se de direitos fundamentais peculiares aos indivíduos protegidos pela norma, que se prestam a garantir seu pleno desenvolvimento, e devem ser assegurados por todos.

5. LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 16 ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 1218 e 1219.

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Nos termos do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), podemos definir a criança como sendo a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquela com idade entre doze e dezoito anos de idade. Ambos são merecedores de proteção constitucional especial, que envolverá os seguintes aspectos:

(a) idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII – que determina ser proibido o trabalho noturno, o perigoso ou o insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

(b) garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

(c) garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;

(d) garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;

(e) obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

(f) estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;

(g) programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.

Como já citamos no item anterior, referente à família, uma importante inovação da Constituição de 1988 quanto aos filhos, refere-se à vedação de qualquer forma de discriminação entre eles. Os havidos da relação do casamento ou de relação fora dele, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias entre os filhos – tanto no aspecto sucessório quanto nos assentamentos civis.

Quanto à proteção ao jovem, estipulou a Constituição (art. 227, § 8º) que a lei deverá estabelecer: (i) o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; bem como (ii) o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.

Ainda determina o texto constitucional (art. 228) serem penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial (do ECA). Adotou o constituinte o critério biológico para considerar que o indivíduo menor de dezoito anos não tem plena capacidade de

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entender seus atos, logo não pode ser por eles responsabilizado. Alguns autores6 veem nessa regra uma garantia individual protegida como cláusula pétrea (ou seja, uma determinação constitucional tão importante que não pode ser objeto de uma proposta de emenda que seja tendente a aboli-la ou restringi-la).

O fato é que o Brasil, ao prever responsabilização penal possível somente a partir dos dezoito anos, adotou a regra que prevalece na maioria dos países. Conforme registra a doutrina7, “a idade fixada, para efeito de responsabilidade penal, em diversos países, é a seguinte: Haiti – 14 anos; Índia, Paquistão, Honduras, El Salvador, Iraque – 15 anos; Birmânia, Filipinas, Ceilão, Hong Kong, Bélgica, Nicarágua, Israel – 16 anos; Malásia, Polônia, Grécia, Costa Rica – 17 anos; Brasil, Tailândia, Áustria, Luxemburgo, Dinamarca, Finlândia, França, Suíça, (ex) Iugoslávia, Peru, Uruguai, Turquia – 18 anos; EUA – há variação de critérios nos diversos Estados-membros da Federação, pois adotam entre 16, 17, 18, 19 e 21 anos.

Percentualmente, a variação de idade, nos diferentes países é a seguinte: 14 anos (0,5%); 15 anos (8,0%);

16 anos (13,0%); 17 anos (19%); 18 anos (55,0%); 19 anos (0,5%); e, 21 anos (4,0%)”.

Por fim, e com base no princípio da solidariedade e reciprocidade nas relações familiares, determina a Carta Maior que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade (art. 229).

(C) Do idoso

No art. 230 nossa Constituição traz normas protetivas ao idoso. De acordo com esse dispositivo, a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

No intuito de regulamentar essa proteção especial foi editado o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). Inicialmente (em seu art. 1º) a lei determina, por critério etário, que idosas são as pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos. Não podemos esquecer, todavia, que para fins da

6. Citamos a posição de SILVA, José Afonso. Comentário Contextual à Constituição. 3ª edição. São Paulo, 2007, p. 862:

“Concordamos com René Ariel Dotti quando concebe a inimputabilidade como ‘uma das garantias fundamentais da pessoa humana, embora topograficamente não esteja incluída no respectivo Título II da Constituição que regula a matéria. Trata-se de um dos direitos individuais inerentes à relação do art. 5°, caracterizando assim uma cláusula pétrea. Consequentemente a garantia não pode ser objeto de emenda constitucional visando à sua abolição para reduzir a capacidade penal em limite inferior de idade – 16 anos, por exemplo, como se tem cogitado. A isso se opõe a regra do § 4°, IV, do art. 60 da CF’”. No mesmo sentido: NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 6ª ed. São Paulo: Método, 2012, p. 1.082.

7. CUNHA JÚNIOR, Dirley. Curso de direito constitucional. 6ª ed. Salvador: Juspodivm, 2012, p. 1.484, apud SOARES, Orlando.

Comentários à constituição da república federativa do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1991, p. 734.

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obtenção da gratuidade nos transportes coletivos, considera-se idoso o indivíduo com mais de sessenta e cinco anos de idade8, e para fins de aposentadoria compulsória no serviço público, os com mais de setenta ou setenta e cinco anos9 (“compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar”). Veja o esquema abaixo:

Em seguida (art. 4º), prevê a lei que nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, deverão ser punidos na forma da lei. Enuncia, ainda, ser dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso, sendo que inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica. Impõe também como dever de todo cidadão comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação ao idoso que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.

Acho importante também destacar que o estatuto do idoso fixa um sistema de garantias absolutas para os idosos, que envolve (conforme art. 3º):

(i) atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;

(ii) preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;

(iii) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;

(iv) viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais

8. Art. 230, § 2º, CF/88.

9. Art. 40, II, CF/88.

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gerações;

(v) priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;

(vi) capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;

(vii) estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;

(viii) garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.

(ix) prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

Por fim, o texto constitucional ainda prevê que os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

É importante agora, estimado aluno, responder algumas questões para entender como esse tema poderá ser cobrado em sua prova:

Questões para fixar

[IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção - Adaptada] Julgue a assertiva sobre os Direitos dos Adolescentes:

São penalmente imputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Comentário:

O item deverá ser marcado como falso! Conforme previsão do art. 228, CF/88, são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Gabarito: Errado [INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Auxiliar Perícia Médico-Legal] É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Nesse âmbito, o direito à proteção especial do adolescente e do jovem abrangerá o(s) seguinte(s) aspecto(s):

A) idade mínima de 13 anos para admissão ao trabalho.

B) garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica.

C) obediência aos princípios da dilação, da excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade.

D) estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei,

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ao acolhimento, sob a forma de curatela, de criança ou adolescente órfão ou abandonado.

E) programas de prevenção e atendimento especializado ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins, excluindo o atendimento à criança.

Comentário:

Excelente questão! Nossa resposta encontra-se na letra ‘b’, pois o art. 227, § 3º, IV, CF/88, determina que o direito a proteção especial abrangerá a garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica.

Vejamos o porquê de os demais itens serem incorretos:

- Letra ‘a’: O direito a proteção especial abrangerá a idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII (art. 227, § 3º, I, CF/88).

- Letra ‘c’: O direito a proteção especial abrangerá a obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade (art. 227, § 3º, V, CF/88).

- Letra ‘d’: O direito a proteção especial abrangerá o estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado (art. 227, § 3º, VI, CF/88).

- Letra ‘e’: O direito a proteção especial abrangerá programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins (art. 227, § 3º, VII, CF/88).

Gabarito: B [NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A vulnerabilidade social de determinados grupos é detalhadamente protegida pelo sistema constitucional estabelecido em 1988.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:

A) Segundo a redação constitucional, a entidade formada por apenas um dos pais e seus descendentes é uma categoria especial semifamiliar, haja vista a falta de um homem ou de uma mulher como condição básica da existência familiar completa.

B) Nos termos da Constituição, o planejamento familiar é um dever estatal inerente às instituições públicas competentes para a intervenção social nessa seara, a fim de serem evitados problemas populacionais.

C) A adoção é um procedimento de livre exercício particular, sendo vedada a assistência estatal, exceto para a adoção por parte de estrangeiros.

D) A Constituição da República prevê o dever de estabelecimento, por lei, de um plano nacional de juventude, política pública a ser articulada entre as esferas estatais e cuja duração será decenal.

E) A Constituição estabelece formalmente o dever dos pais de assistir, criar e educar os filhos menores, porém não existe obrigação constitucional para que os filhos maiores ajudem ou amparem os pais na velhice ou carências – em que pese tal dever tenha sido estabelecido por legislação infraconstitucional.

Comentário:

Caro aluno, pode assinalar a letra ‘d’ como correta, pois está de acordo com o disposto no art. 227, § 8º, II,

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CF/88.

A letra ‘a’ não pode ser assinalada, visto que entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes (art. 226, § 4º, CF/88).

A letra ‘b’ também é falsa, pois fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

A letra ‘c’ também está equivocada. Conforme preceitua o art. 227, § 5º, CF/88, a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

Por fim, a letra ‘e’ também não pode ser assinalada, visto que o art. 229, CF/88, determina que os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Gabarito: D

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(4) Questões resolvidas em aula

QUESTÃO 01

[IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção - Adaptada] Julgue a assertiva sobre os Direitos dos Adolescentes:

São penalmente imputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

QUESTÃO 02

[INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Auxiliar Perícia Médico-Legal] É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Nesse âmbito, o direito à proteção especial do adolescente e do jovem abrangerá o(s) seguinte(s) aspecto(s):

A) idade mínima de 13 anos para admissão ao trabalho.

B) garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica.

C) obediência aos princípios da dilação, da excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade.

D) estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de curatela, de criança ou adolescente órfão ou abandonado.

E) programas de prevenção e atendimento especializado ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins, excluindo o atendimento à criança.

QUESTÃO 03

[NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A vulnerabilidade social de determinados grupos é detalhadamente protegida pelo sistema constitucional estabelecido em 1988. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:

A) Segundo a redação constitucional, a entidade formada por apenas um dos pais e seus descendentes é uma categoria especial semifamiliar, haja vista a falta de um homem ou de uma mulher como condição básica da existência familiar completa.

B) Nos termos da Constituição, o planejamento familiar é um dever estatal inerente às instituições públicas competentes para a intervenção social nessa seara, a fim de serem evitados problemas populacionais.

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C) A adoção é um procedimento de livre exercício particular, sendo vedada a assistência estatal, exceto para a adoção por parte de estrangeiros.

D) A Constituição da República prevê o dever de estabelecimento, por lei, de um plano nacional de juventude, política pública a ser articulada entre as esferas estatais e cuja duração será decenal.

E) A Constituição estabelece formalmente o dever dos pais de assistir, criar e educar os filhos menores, porém não existe obrigação constitucional para que os filhos maiores ajudem ou amparem os pais na velhice ou carências – em que pese tal dever tenha sido estabelecido por legislação infraconstitucional.

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GABARITO

1 – F 2 – B 3 – D

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(5) Outras questões: para treinar

(A) QUESTÕES IBFC QUESTÃO 01

[PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª Classe] A Constituição Federal, no capítulo “Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso”, assegura a gratuidade dos transportes coletivos urbanos para os:

A) Maiores de sessenta e cinco anos, independentemente do sexo.

B) Maiores de sessenta anos, independentemente do sexo.

C) Homens maiores de sessenta e cinco anos e as mulheres maiores de sessenta anos.

D) Homens maiores de sessenta anos e as mulheres maiores de cinquenta e cinco anos.

E) Maiores de cinquenta e cinco anos, independentemente do sexo.

QUESTÃO 02

[IBFC - 2013 - MPE-SP - Analista de Promotoria II] Considerando a disciplina constitucional para a proteção da família, da criança, do adolescente, do jovem e do idoso, assinale a opção CORRETA:

A) Aos maiores de sessenta anos é garantida a gratuidade dos transportes rodoviários e aéreos.

B) Entende-se como entidade familiar a comunidade formada apenas pela união entre o homem e a mulher.

C) O direito a proteção especial do adolescente e do jovem compreende a proibição de trabalho urbano e rural aos menores de 18 anos.

D) A lei estabelecerá o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.

E) Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em unidades terapêuticas de saúde ou em abrigos de caridade para albergue de necessitados.

(19)

(B) QUESTÕES VUNESP QUESTÃO 01

[VUNESP - 2018 - Prefeitura de Pontal - SP – Procurador] Estabelece a Constituição Federal que a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado, e por isso:

A) o casamento religioso não tem efeito civil, nos termos da lei.

B) programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem não admitem a participação de entidades não governamentais.

C) a entidade familiar é formada por ambos os pais, seus ascendentes e descendentes.

D) será assegurada a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

E) o planejamento familiar é decisão do casal, mas as instituições oficiais podem proibir a paternidade irresponsável.

QUESTÃO 02

[VUNESP - 2016 - UNESP - Assistente Administrativo I] No que se refere à Ordem Social, e conforme norma constante na Constituição Federal, julgue a assertiva:

Os programas de amparo aos idosos serão executados nos centros sociais de assistência à saúde e, excepcionalmente, em seus lares a critério do médico e do fisioterapeuta responsáveis pelo paciente.

QUESTÃO 03

[VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe] Assinale a alternativa que está de acordo com o disposto na Constituição Federal a respeito da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso:

A) São civil e penalmente inimputáveis os menores de vinte e um anos, sujeitos às normas da legislação especial.

B) O casamento é civil e gratuita a celebração, mas o casamento religioso não terá efeito civil

C) Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

(20)

D) A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de brasileiros natos e naturalizados, vedada a adoção por estrangeiros.

QUESTÃO 04

[VUNESP - 2013 - FUNDAÇÃO CASA - Médico do Trabalho] A Constituição Federal consigna que:

A) o casamento civil, havendo filhos adolescentes, não poderá ser dissolvido pelo divórcio.

B) os filhos, havidos da relação do casamento, terão direitos diferentes daqueles oriundos de relações espúrias.

C) será vedada a adoção de adolescente por casais estrangeiros.

D) a lei assegurará às crianças a gratuidade nos transportes coletivos urbanos.

E) a lei estabelecerá o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens.

QUESTÃO 05

[VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] O artigo 226 da Constituição Federal, com seus parágrafos, fixa os elementos gerais atinentes à família, considerada base da sociedade e que deve receber especial proteção do Estado. Com relação a essa disposição constitucional, é correto afirmar que:

A) o casamento é civil e gratuita a celebração.

B) o casamento religioso nunca tem efeito civil.

C) para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável superior a cinco anos de duração como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento

D) o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos, exigências expressamente previstas na Constituição Federal.

(21)

GABARITO COMENTADO

(A) QUESTÕES IBFC QUESTÃO 01

[PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª Classe] A Constituição Federal, no capítulo “Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso”, assegura a gratuidade dos transportes coletivos urbanos para os:

A) Maiores de sessenta e cinco anos, independentemente do sexo.

B) Maiores de sessenta anos, independentemente do sexo.

C) Homens maiores de sessenta e cinco anos e as mulheres maiores de sessenta anos.

D) Homens maiores de sessenta anos e as mulheres maiores de cinquenta e cinco anos.

E) Maiores de cinquenta e cinco anos, independentemente do sexo.

Comentário:

Podemos assinalar a alternativa ‘a’ como nosso gabarito, em conformidade com o disposto no §2º do art. 230 da Constituição Federal de 1988: “aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos”.

QUESTÃO 02

[IBFC - 2013 - MPE-SP - Analista de Promotoria II] Considerando a disciplina constitucional para a proteção da família, da criança, do adolescente, do jovem e do idoso, assinale a opção CORRETA:

A) Aos maiores de sessenta anos é garantida a gratuidade dos transportes rodoviários e aéreos.

B) Entende-se como entidade familiar a comunidade formada apenas pela união entre o homem e a mulher.

C) O direito a proteção especial do adolescente e do jovem compreende a proibição de trabalho urbano e rural aos menores de 18 anos.

D) A lei estabelecerá o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.

E) Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em unidades terapêuticas de saúde ou em abrigos de caridade para albergue de necessitados.

(22)

Comentário:

Vejamos cada uma das assertivas:

- letra ‘a’: incorreta. “Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos” – art. 230, §2º, CF/88;

- letra ‘b’: incorreta. “Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes” – art. 226, §4º, CF/88;

- letra ‘c’: incorreta. “O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: I –idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII” – art. 227, §3º, I, CF/88; “Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos” – art.

7º, XXXIII, CF/88;

- letra ‘d’: correta, nos exatos termos do art. 227, §8º, II, CF/88, sendo, portanto, o nosso gabarito.

- letra ‘e’: incorreta. “Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares” – art. 230, §1º, CF/88.

(B) QUESTÃO 01

[VUNESP - 2018 - Prefeitura de Pontal - SP – Procurador] Estabelece a Constituição Federal que a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado, e por isso:

A) o casamento religioso não tem efeito civil, nos termos da lei.

B) programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem não admitem a participação de entidades não governamentais.

C) a entidade familiar é formada por ambos os pais, seus ascendentes e descendentes.

D) será assegurada a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

E) o planejamento familiar é decisão do casal, mas as instituições oficiais podem proibir a paternidade irresponsável.

(23)

Comentário:

Podemos assinalar a letra ‘d’ como nossa resposta, pois está de acordo com o art. 226, § 8º, da CF/88:

“O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”.

Vejamos o porquê de as demais alternativas estarem equivocadas:

- Letra ‘a’: Assertiva incorreta. O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei (art. 226, § 2º, CF/88).

- Letra ‘b’: Assertiva incorreta. O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais (art. 2227,

§ 1º, CF/88).

- Letra ‘c’: Assertiva incorreta. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes (art. 226, § 4º, CF/88).

- Letra ‘e’: Assertiva incorreta. Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas (art. 226, § 7º, CF/88).

QUESTÃO 02

[VUNESP - 2016 - UNESP - Assistente Administrativo I] No que se refere à Ordem Social, e conforme norma constante na Constituição Federal, julgue a assertiva:

Os programas de amparo aos idosos serão executados nos centros sociais de assistência à saúde e, excepcionalmente, em seus lares a critério do médico e do fisioterapeuta responsáveis pelo paciente.

Comentário:

Marcou a assertiva como falsa? A Constituição Federal determina que os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares (art. 230, § 1º, CF/88).

QUESTÃO 03

[VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe] Assinale a alternativa que está de acordo com o disposto na Constituição Federal a respeito da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso:

(24)

A) São civil e penalmente inimputáveis os menores de vinte e um anos, sujeitos às normas da legislação especial.

B) O casamento é civil e gratuita a celebração, mas o casamento religioso não terá efeito civil

C) Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

D) A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de brasileiros natos e naturalizados, vedada a adoção por estrangeiros.

Comentário:

Marcou a letra ‘c’ com facilidade? Como já vimos, o art. 229, CF/88, determina que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

A letra ‘a’ não pode ser assinalada, pois são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial (art. 228, CF/88).

No que tange a letra ‘b’, também é falsa. De acordo com o art. 226, § 2º, CF/88, o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

A letra ‘d’ também está equivocada, pois a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros (art. 227, § 5º, CF/88).

QUESTÃO 04

[VUNESP - 2013 - FUNDAÇÃO CASA - Médico do Trabalho] A Constituição Federal consigna que:

A) o casamento civil, havendo filhos adolescentes, não poderá ser dissolvido pelo divórcio.

B) os filhos, havidos da relação do casamento, terão direitos diferentes daqueles oriundos de relações espúrias.

C) será vedada a adoção de adolescente por casais estrangeiros.

D) a lei assegurará às crianças a gratuidade nos transportes coletivos urbanos.

E) a lei estabelecerá o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens.

(25)

Comentário:

Caro aluno, pode assinalar a letra ‘e’ como correta, pois está de acordo com o disposto no art. 227, § 8º, I, CF/88.

Vejamos o porquê de as demais alternativas estarem erradas:

- Letra ‘a’: assertiva incorreta. A Constituição Federal determina, sem nenhuma ressalva, que o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio (art. 226, § 6º, CF/88).

- Letra ‘b’: assertiva incorreta. Conforme preceitua o art. 227, § 6º, CF/88, os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

- Letra ‘c’: assertiva incorreta. A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros (art. 227, § 5º, CF/88).

Letra ‘d’: assertiva incorreta. Conforme previsão constitucional, aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos (art. 230, § 2º, CF/88).

QUESTÃO 05

[VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] O artigo 226 da Constituição Federal, com seus parágrafos, fixa os elementos gerais atinentes à família, considerada base da sociedade e que deve receber especial proteção do Estado. Com relação a essa disposição constitucional, é correto afirmar que:

A) o casamento é civil e gratuita a celebração.

B) o casamento religioso nunca tem efeito civil.

C) para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável superior a cinco anos de duração como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento

D) o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos, exigências expressamente previstas na Constituição Federal.

Comentário:

Já sabemos que, por força do art. 226, § 1º, CF/88, o casamento é civil e gratuita a celebração. Sendo assim, não nos resta alternativa a não ser marcar como correta a letra ‘a’.

(26)

Vejamos o porquê de as demais assertivas estarem falsas:

- Letra ‘b’: Alternativa incorreta. Conforme o art. 226, § 2º, CF/88, o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

- Letra ‘c’: Alternativa incorreta. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (art.

226, § 3º, CF/88). Nesse sentido, a Constituição Federal não exige um tempo mínimo para que a união estável seja reconhecida como entidade familiar.

- Letra ‘d’: Alternativa incorreta. O item trouxe a redação anterior da Constituição Federal, que foi modificada pela EC 66/2010. Atualmente, nos termos do art. 226, § 6º, temos que o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, independentemente de comprovação de lapso temporal de separação judicial ou de fato.

(27)

(6) Mais questões para treinar

QUESTÃO 01

[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Superior]

A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue o item a seguir, considerando a legislação pertinente:

É dever estatal, explícito na Constituição Federal, a instituição de programas de prevenção e atendimento especializado para portadores de deficiência física, sensorial ou mental.

QUESTÃO 02

[FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica] À luz do que dispõe a Constituição Federal:

A) são penalmente inimputáveis os menores de vinte e um anos, sujeitos às normas da legislação especial.

B) os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos, e estes, independentemente de sua idade, têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

C) a lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

D) a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, sendo vedada a sua efetivação por parte de estrangeiros.

E) os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em abrigos e casas de recolhimento.

(28)

GABARITO COMENTADO

QUESTÃO 01

[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Superior]

A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue o item a seguir, considerando a legislação pertinente:

É dever estatal, explícito na Constituição Federal, a instituição de programas de prevenção e atendimento especializado para portadores de deficiência física, sensorial ou mental.

Comentário:

Item correto! Conforme determina o art. 227, § 1º, II, CF/88, o Estado promoverá a criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.

QUESTÃO 02

[FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica] À luz do que dispõe a Constituição Federal:

A) são penalmente inimputáveis os menores de vinte e um anos, sujeitos às normas da legislação especial.

B) os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos, e estes, independentemente de sua idade, têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

C) a lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

D) a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, sendo vedada a sua efetivação por parte de estrangeiros.

E) os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em abrigos e casas de recolhimento.

(29)

Comentário:

Marcou a letra ‘c’ com facilidade? Como já vimos, o art. 227, § 2º, CF/88, determina que “a lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência”.

A letra ‘a’ não pode ser assinalada, pois são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

No que tange a letra ‘b’, também é falsa. De acordo com o art. 229, CF/88, “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.

A letra ‘d’ também está equivocada, pois a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

Também não podemos assinalar a letra ‘e’, visto que 0s programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares (art. 230, § 1º, CF/88).

(30)

(7) Resumo direcionado

Ordem Social

Introdução

- O Título VIII da CF/88 é dedicado com exclusividade à “Ordem Social”.

- Esse título VIII vai do artigo 193 ao 232 e é dividido em oito capítulos que tratam dos mais variados e diferentes temas (o capítulo I, introdutório, trata das disposições gerais). Ali temos:

(i) seguridade social;

(ii) educação, cultura e desporto;

(iii) ciência, tecnologia e inovação;

(iv) comunicação social;

(v) meio ambiente;

(vi) família, criança, adolescente, jovem e idoso;

(vii) e, índios.

(31)

Da família, da criança, do adolescente, do jovem e do idoso

Da Família

- Por ser uma instituição fundamental para o pleno desenvolvimento do indivíduo, a família é protegida de forma especial por nossa Constituição que, em seu art. 226 a considera a base da sociedade civil.

- Nosso texto constitucional, quando usou a palavra “família”, não limitou sua formação a casais heteroafetivos constituídos a partir de formalidades cartorárias, por celebração civil ou religiosa. Família é um conceito mais amplo!

- Família é uma instituição que pode se formar por vias diferentes do casamento civil.

- Assim, temos:

(a) família formal ou matrimonial: na qual a união entre o homem e a mulher é fixada em casamento, civil, ou religioso com efeitos civis;

(b) família informal: decorrente da união estável entre um homem e uma mulher ou entre pessoas do mesmo sexo;

(c) família monoparental: cuja formação se dá entre um dos pais e seus descendentes.

- Muito embora essas tipologias de família que foram constitucionalizadas serem as mais comuns, é importante destacar que não existe um rol fechado de espécies, já que a dinâmica social produz os mais diversos tipos de relações familiares, numa multiplicidade que o legislador jamais será capaz de contemplar em sua totalidade.

- Por isso, o STF reconheceu a qualquer pessoa o direito fundamental à orientação sexual, proclamando, por isso mesmo, a plena legitimidade jurídica da união homoafetiva como entidade familiar. Estendeu, pois, às uniões entre pessoas do mesmo sexo, o mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de sexo distinto, concluindo que todos têm o direito fundamental de constituir uma família, não sendo relevante, para tanto, sua orientação sexual ou identidade de gênero.

- Podemos concluir que o termo “família” atualmente designa uma instituição privada, voluntariamente construída por pessoas adultas, pouco importando se a constituição da relação foi formal ou informal, ou se envolveu casais heterossexuais ou homossexuais.

- Dando continuidade ao nosso estudo sobre a família, é bom lembrar que o princípio da igualdade, que orienta toda a ordem constitucional vigente, também está presente nas relações familiares. Nosso legislador constituinte, quando elaborou a Constituição, estabeleceu que os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos de forma equiparada entre homem e mulher, sendo o planejamento familiar, que possui fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, de livre decisão do casal.

- O tratamento baseado na isonomia alcançou também os vínculos de filiação, tornando proibida quaisquer designações discriminatórias relativas aos filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, estando também garantidos a eles os mesmos direitos e qualificações.

(32)

Da Família

Da criança, do adolescente e

do jovem

- Apesar de estabelecida a condição de igualdade entre homens e mulheres pela Constituição (art. 5º, I), esta muitas vezes não se verifica na prática e principalmente no cenário das relações domésticas e familiares, onde mulheres sofrem violência engendrada por pessoas – em sua maioria homens – integrantes das suas relações íntimas.

- Nesse contexto, foi editada a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) que, ao trazer mecanismos que buscam coibir a violência no âmbito das relações familiares, efetiva o texto constitucional.

- Outra providência legislativa que se destaca no intuito de coibir a violência nas relações domésticas e familiares é a Lei n° 13.104/2015, que alterou o art. 121 do Código Penal para nele incluir o chamado crime de feminicídio.

- O casamento é civil e gratuita a sua celebração, assegurando ao casamento religioso efeitos civis, nos termos da lei.

- Como não existe religião oficial na República Federativa do Brasil, devem ser atribuídos efeitos civis ao casamento celebrado por líder de qualquer religião ou crença.

- A partir da EC n° 66/2010 não se exige qualquer lapso temporal para o divórcio.

- Nossa Constituição de 1988 dispensou tratamento inovador às crianças e aos adolescentes ao consagrar a chamada doutrina da proteção integral, que os considera sujeitos de direitos e deveres. Vale frisar que, posteriormente, com o advento da EC n°

65/2010, o jovem passou também a ser considerado como sujeito merecedor de especial proteção.

- Nossa carta constitucional enuncia ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Tratam-se de direitos fundamentais peculiares aos indivíduos protegidos pela norma, que se prestam a garantir seu pleno desenvolvimento, e devem ser assegurados por todos.

- Determina o texto constitucional (art. 228) serem penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial (do ECA). Adotou o constituinte o critério biológico para considerar que o indivíduo menor de dezoito anos não tem plena capacidade de entender seus atos, logo não pode ser por eles responsabilizado.

- Com base no princípio da solidariedade e reciprocidade nas relações familiares, determina a Carta Maior que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

(33)

Do idoso

- A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

- No intuito de regulamentar essa proteção especial foi editado o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). Inicialmente (em seu art. 1º) a lei determina, por critério etário, que idosas são as pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos.

- A texto constitucional ainda prevê que os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

(34)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2017.

BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019.

MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 41ª ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2018.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

Referências

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