Vidas Secas ,
de Graciliano Ramos
Vidas Secas ,
de Graciliano Ramos:
www.graciliano.com.br
POR ELE MESMO
http://www.graciliano.com.br/grporelemesmo.html
Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas.
Casado duas vezes, tem sete filhos.
Altura 1,75.
Sapato n.º 41.
Colarinho n.º 39.
Prefere não andar.
Não gosta de vizinhos.
Detesta rádio, telefone e campainhas.
Tem horror às pessoas que falam alto.
Usa óculos. Meio calvo.
Não tem preferência por nenhuma comida.
Não gosta de frutas nem de doces.
Indiferente à música.
Sua leitura predileta: a Bíblia.
Escreveu "Caetés" com 34 anos de idade.
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados.
Gosta de beber aguardente.
É ateu. Indiferente à Academia.
Odeia a burguesia. Adora crianças.
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz.
Gosta de palavrões escritos e falados.
Deseja a morte do capitalismo.
Escreveu seus livros pela manhã.
Fuma cigarros "Selma" (três maços por dia).
É inspetor de ensino, trabalha no "Correio do Manhã".
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo.
Só tem cinco ternos de roupa, estragados.
Refaz seus romances várias vezes.
Esteve preso duas vezes.
É-Ihe indiferente estar preso ou solto.
Escreve à mão.
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio.
Tem poucas dívidas.
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas.
Espera morrer com 57 anos.
VIDAS SECAS
“Lançado originalmente em 1938, é o romance em que o mestre Graciliano — tão meticuloso que chegava a comparecer à gráfica no momento em que o livro entrava no prelo, para checar se a revisão não haveria interferido em seu texto — alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa.
O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.” [www.graciliano.com.br]
Edições:
Última edição brasileira: 112ª (2010)
Editado também
na Espanha (em catalão), desde 2010 na Argentina, desde 1958
na Polônia, desde 1950
na República Tcheca, desde 1959 na Rússia, desde 1961
na Itália, desde 1961 em Portugal, desde 1962
nos Estados Unidos, desde 1965 em Cuba, desde 1964
na França, desde 1964
na Alemanha, desde 1965 na Dinamarca, desde 1966 na Romênia, desde 1966 na Hungria, desde 1967 na Bulgária, desde 1969 em Flamengo, desde 1971 na Espanha, desde 1974 na Turquia, desde 1985 na Suécia, desde 1993 na Holanda, desde 1998
“O que sou é uma espécie de Fabiano, e seria Fabiano completo se a seca
houvesse destruído a minha gente, como V. muito bem reconhece. ”
Graciliano Ramos
(apud CANDIDO, 1992, p. 8)