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O Psicólogo no SUS

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Academic year: 2021

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O Psicólogo no SUS

Disciplina: Psicologia e Saúde Coletiva

(2)

Atuação do Psicólogo (a) no SUS

Nem sempre a Psicologia fez interface com a saúde pública como faz hoje.

O potencial de trabalho que hoje os psicólogos demonstram no

campo da saúde pública

foi, de maneira muita clara, um dos desdobramentos do movimento da reforma sanitária no Brasil.

A psicologia no contexto do SUS (Sistema Único de Saúde) é claramente uma novidade histórica, resultante de um longo processo de consolidação da reforma psiquiátrica brasileira, que vem se consolidando nos últimos 20 anos, impulsionada pelo formato distribuído de atenção em saúde previsto com o advento do SUS.

Zurba, 2011

(3)

Atuação do Psicólogo (a) no SUS

À medida que as práticas psicológicas deslocam seu olhar para as políticas públicas de saúde, assistimos a consolidação de um novo paradigma disciplinar.

Este novo paradigma tem impactado as reformas curriculares da graduação e refletido nos modelos de projeto de extensão e pesquisa do campo da Psicologia, focando modos de intervenção mais populares e de inserção sócio comunitária.

Zurba, 2011 (pg.21)

(4)

Década de 1990

Durante a década de 90 estava muito claro que o fazer psicológico não estava mais contido apenas às paredes dos consultórios particulares.

Após a Constituição brasileira (1988): afirmação da saúde como direito de todo cidadão, traduzido na implantação do SUS, cujos princípios básicos são a universalização do acesso, a integralidade da atenção e a equidade.

As práticas psicológicas contemporâneas foram profundamente afetadas pelo ingresso do fazer psicológico nas políticas públicas de modo geral, especialmente no contexto da saúde.

As políticas públicas passaram a contratar um número expressivo de

psicólogos no Brasil, a prática profissional que antes era majoritariamente

formada por uma legião de profissionais liberais, passa a ser expressivamente

composta por profissionais contratados em cargos públicos: principalmente

postos de saúde e Centros de Atenção Psicossocial - CAPS (Zurba, 2011).

(5)

Psicologia na atenção primária à saúde

As ações de saúde desenvolvidas na atenção primária à saúde representam um esforço para que a proposta do Sistema de Saúde brasileiro se consolide e se torne mais eficiente, no sentido de fortalecer os vínculos entre profissionais e usuários, assim como efetivar o acesso universal, integralidade no cuidado e assistência à população.

É neste cenário complexo de possibilidades e desafios da Atenção Primária à Saúde que o Psicólogo vem contribuindo com seu saber e fazer, tanto na organização como no acolhimento das ações de saúde.

Moré, Azevedo e Stortiin Zurba, (2011)

(6)

Psicologia na atenção primária à saúde

“o psicólogo é um profissional promotor do vínculo, por excelência, e seu trabalho e sua respectiva efetividade terão uma relação direta com a

construção desse vínculo, seja com os usuários, famílias, grupos, comunidade ou com a própria equipe de saúde da qual faz parte (Moré et al. 2007).”

Nessa perspectiva a criação dos Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF), como política pública nacional de apoio à ESF, evidenciou pontos de potencial presença do Psicólogo, principalmente, no que tange à sua participação como profissional de Saúde Mental.

Moré, Azevedo e Stortiin Zurba, (2011, pg. 57)

(7)

Ações do psicólogo na atenção básica, presentes nos princípios do SUS

Integralidade da atenção;

Planejamento local de saúde junto com a participação popular;

Promoção de saúde e inserção na área da abrangência;

Interdisciplinaridade;

Ações coletivas entre equipe e comunidade.

Moré, Azevedo e Stortiin Zurba, (2011)

(8)

Possibilidades de ações concretas do psicólogo na atenção básica

1)

Participação nos programas de promoção/prevenção;

2)

Atividades de psicodiagnósticos e acompanhamento dos diferentes distúrbios da personalidade;

3)

Acompanhamento psicológico grupal, familiar, de casal, crianças, adolescentes, adultos e idosos;

4)

Atendimento grupal operativo ou pedagógico-informativo;

5)

Atendimentos comunitário-domiciliares;

6)

Intervenção de rede, ou seja, trabalho junto ao grupo de pessoas significativas para suporte a pessoas ou famílias em crise;

7)

Referência como atendimento e acompanhamento dos pacientes psiquiátricos da comunidade e às suas famílias e/ou às instituições.

Moré, Azevedo e Stortiin Zurba, (2011)

(9)

Interdisciplinaridade

Interdisciplinaridade, ocorre em meio a situações em que há algum tipo de interação entre duas ou mais disciplinas que se comunicam, que tentam aproximar seus discursos, ambicionando uma transferência de conhecimentos.

É estratégia fundamental para o trabalho no NASF, já que categorias isoladas são restritas para lidar com todas as demandas apresentadas pelos sujeitos em sofrimento.

O conhecimento geral sobre o fazer do psicólogo e o reconhecimento de sua importância nas equipes de saúde potencializam o trabalho interdisciplinar.

É imprescindível aos profissionais da Psicologia mostrar-se ao outro, divulgar seu modo de trabalhar, compartilhar com as equipes as leituras que faz do que observa, assim como as dificuldades que encontra.

Vieira e Oliveira (pg. 112) in Zurba, (2011)

(10)

Estratégias do fazer do psicólogo para a promoção de saúde

A promoção de saúde é uma das prioridades da Atenção Básica e do SUS, e o psicólogo que procura se inserir na saúde pública necessita reformular suas práticas neste sentido.

O conceito/estratégia da Promoção de Saúde, quando bem explicitados seus objetivos e horizontes, nos ajuda a pensar em ações concretas construídas a partir das necessidades da própria comunidade, o que diminui ao mesmo tempo a necessidade de um “manual” da prática do profissional em Atenção Básica, como também evita a ineficiente transposição do modelo da clínica tradicional para o SUS.

Rotolo e Zurba (2011) estudo teórico e

capacitação técnica

desenvolvimento o de uma visão e um compromisso

político de transformação da

realidade

Promoção de Saúde

(11)

Psicologia na Atenção Secundária à Saúde

O Psicólogo na atenção secundária atua nos seguintes serviços oferecidos pelo SUS:

Aconselhamento para HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis;

Centros de referência em saúde do trabalhador;

Serviços de reabilitação;

Centro de Referência em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa;

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

(12)

Psicologia na atenção terciária à saúde

A atenção á saúde de nível terciário designa um conjunto de procedimentos que envolvem alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar a população acesso a serviços mais qualificados.

As principais áreas que compõem este nível de atenção são os procedimentos cirúrgicos em geral e assistência a pacientes portadores de doenças crônicas.

Barros et al., 2014

Alta Complexidade ATENÇÃO TERCIÁRIA

(13)

Psicologia na atenção terciária à saúde

Psicologia Hospitalar é o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital.

O psicólogo hospitalar seria aquele que reúne esses conhecimentos e técnicas para aplicá-los de maneira coordenada e sistemática, visando à melhora da assistência integral do paciente hospitalizado, sem se limitar, por isso, ao tempo específico da hospitalização.

O trabalho do psicólogo na atenção terciária é especializado no que se refere, fundamentalmente, ao restabelecimento do estado de saúde do doente ou, ao menos, ao controle dos sintomas que prejudicam seu bem-estar, sendo um dos pontos principais para a promoção de saúde neste nível de atenção.

Barros et al., 2014

Atuação Psicólogo do

Atenção Terciária

à Saúde

Psicologia

Hospitalar

(14)

Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde Publica: Atuação do psicólogos

A atual estratégia de institucionalização e fortalecimento da Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), com o objetivo de

“integrar

a rede de serviços do SUS, voltados para a assistência e a vigilância, para o desenvolvimento das ações de Saúde do

Trabalhador”

(Ministério da Saúde, 2002).

Essa estratégia deu-se, principalmente, por meio de incentivo financeiro aos municípios e estados para a criação de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs), que devem desempenhar a função de suporte técnico, de coordenação de projetos e de educação em saúde para a rede do SUS da sua área de abrangência.

O psicólogo não tem inserção obrigatória nessas equipes, mas está entre os profissionais de saúde que podem integrá-las. No entanto, o que se tem observado na prática é que a maioria dos CERESTs implantados tem optado pela inclusão do psicólogo em suas equipes.

CREPOP, 2008

(15)

Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde Publica: Atuação do psicólogos

A área de atenção à saúde dos trabalhadores insere-se no campo das práticas em saúde coletiva, e o psicólogo poderá deparar-se com as questões do processo saúde-doença em sua relação com o trabalho.

A saúde do trabalhador solicita um olhar que busque formas de atuação que possibilitem operacionalizar a noção de atenção à saúde – o que inclui ações de prevenção primária, assistência e promoção da saúde.

A Saúde do Trabalhador configura um campo de saber e de práticas que demandam da Psicologia uma atuação sobre o trabalho e sobre as estruturas e processos que o organizam, a partir do locus dos serviços públicos de saúde.

CREPOP, 2008

(16)

Vídeo

Referências técnicas para atuação do psicólogo no âmbito da saúde pública – Saúde do trabalhador

https://www.youtube.com/watch?v=aGizywfyVIM

(17)

Referências Bibliográficas

Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) Saúde do Trabalhador no âmbito da Saúde Pública: referências para a atuação do(a) psicólogo(a) / Conselho Federal de Psicologia (CFP). Brasília, CFP, 2008.

http://crepop.pol.org.br/wp-content/uploads/2010/11/saude_do_trabalhador_COMPLETO.pdf BARROS, Ana Raquel Holanda; CRUZ, Yrismara Pereira; SILVA, Flaviane Cristine Troglio.

DISCUTINDO A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ATENÇÃO TERCIÁRIA. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, Vol. 2, Nº 6, Ano 2, 2014.

http://interfaces.leaosampaio.edu.br/index.php/revista-interfaces/article/view/163/135

ZURBA, Magda do Canto (organizadora). Psicologia e saúde coletiva /– Florianópolis : Tribo da Ilha, 2011. 240 p.

http://psicologia.paginas.ufsc.br/files/2012/06/Miolo_Psicologia-e-Saude.pdf

Referências

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