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Comunicação, mídias e aulas de professores em formação: que pesquisas compartilhar?

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Academic year: 2018

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C O M

.

U N I C A Ç Ã O , M i D I A S E A U L A S D E P R O F E S S O R E S E M zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-F O R M A Ç A O :

QUE PESQUISAS

COMPARTILHAR?'

(COMMUNICATION,

MASS-MEOIA ANO CLASSES 8Y TEACHERS IN

TRAINING:

edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAW H A T R E S E A R C H S H O U L D B E S H A R E D ? )

R E S U M O

N a s e s c o l a s d e E d u c a ç ã o I n fa n t i l , F u n d a m e n t a l ,

M é d i a ( E d u c a ç ã o B á s i c a ) , o s p r o fe s s o r e s p r e c i s a m c o n

-t a r c o m o p o r t u n i d a d e s d e a p r e n d e r a d e s e n v o l v e r p r o

-j e t o s p e d a g ó g i c o s u s a n d o c o n j u n t o s d e t e c n o l o g i a s d e

c o m u n i c a ç ã o n a s a u l a s c o m o s a l u n o s . A o m e s m o t e m

-p o , d e v e m a p r e n d e r a a n a l i s a r c r i t i c a m e n t e a s q u a l i d a

-d e s -d a s fo r m a s - c o n t e ú -d o s p r e s e n t e s n a s " t r a n s m i s s õ e s "

c o m m i d i a s e n a c o m u n i c a ç ã o e s c o l a r c o m o u m t o d o .

E s s a s p r á t i c a s p o d e m s e r a p r e n d i d a s e m a ç õ e s d e e d u

-c a ç ã o i n i c i a l ( n o s c u r s o s d e g r a d u a ç ã o ) e c o n t í n u a d e

p r o fe s s o r e s ( e m s e r v i ç o n a s e s c o l a s b á s i c a s ) . E d e v e m

s e r c o m p a r t i l h a d a s e m g r u p o s d o c e n t e s d e e s t u d o s o u

p e s q u i s a s i n t e g r a n d o - s e a o s s a b e r e s d e s u a s e x p e r i ê n

-c i a s p r o fi s s i o n a i s . E m p a í s e s c o m o o B r a s i l , e s p e r a - s e

q u e e s s e s s a b e r e s c o m u n i c a c i o n a i s d a e x p e r i ê n c i a d e

p r o fe s s o r e s l e v e m e m c o n s i d e r a ç ã o , c o m r e s p o n s a b i l i d a

-d e , t a n t o o s a s p e c t o s t r a d i c i o n a i s q u a n t o o s m o d e r n o s ,

c o m p o n e n t e s d e n o s s a m u l t i c u l t u r a l a t i n o - a m e r i c a n a ,

r e o r g a n i z a n d o - o s e m i n t e r a ç õ e s s i g n i fi c a t i v a s , c o m v i s

-t a s a u m e x e r c í c i o d e c i d a d a n i a c o n t e m p o r â n e a . N e s t e

t e x t o s ã o e x p l i c i t a d a s a l g u m a s i d é i a s s o b r e e s s a s q u e s

-t õ e s c o m b a s e e m a u t o r e s b r a s i l e i r o s e e s t r a n g e i r o s .

Palavras-chave: tecnologias e conteúdos de comunica-ção escolar; educacomunica-ção de educadores/as comunicadores/ as pesquisas compartilhadas entre professores/as comunicadores/as.

A B S T R A C T

T e a c h e r s n e e d t o c o u n t o n o p p o r t u n i t i e s t o l e a r n t o

d e v e l o p p e d a g o g i c a l p r o j e c t s w i t h t h e i r s t u d e n t s , a p p l y i n g

s e t s o f t e c h n o l o g i e s o f c o m m u n i c a t i o n , i n t h e i r c l a s s r o o m

MARIA FELISMINDA DE REZENDE E FUSARI2

a t t h e k i n d e r g a r t e n , e l e m e n t a r y a n d h i g h s c h o o l s . A t

t h e s a m e t i m e , t h e y n e e d t o l e a r n t o a n a l y z e t h e q u a l i t y

o f fo r m s a n d o f c o n t e n t s p r e s e n t i n t h e m e d i a

t r a n s m i s s i o n s a s w e l l a s i n t h e c o m m u n i c a t i o n c a r r i e d

o u t b y t h e p a r t i c i p a n t s o f t h e s c h o o l i n g c o m m u n i c v a t i o n

a s a w h o l e . T h e s e p r a c t i c e s c a n b e l e a r n e d t h r o u g h

a c t i o n s o f p r e - s e r v i c e e d u c a t i o n ( d u r i n g t h e u n d e r

g r a d u a t e c o u r s e s ) a n d c o n t i n u i n g e d u c a t i o n (ins e r v i c e

i n t h e s c h o o l s ) . A n d t h e y m u s t b e s h a r e d i n t e a c h e r

s t u d y o r r e s e a r c h g r o u p s i n t e g r a t i n g t h e m t o t h e

k n o w l e d g e o ft h e i r p r o fe s s i o n a l e x p e r i e n c e s . I n c o u n t r i e s

s u c h a s B r a s i l , t h a t t e a c h e r e x p e r i e n c e c o m m u n i c a t i o n

k n o w l e d g e i s s u p p o s e d t o b e t a k e n i n t o c o n s i d e r a t i o n

b o t h t r a d i t i o n a l a n d u p - t o - d a t e a s p e c t s , c o m p o n e n t s o f

o u r L a t i n A m e r i c a n m u l t i c u l t u r e r e s p o n s i b l y ,

r e o r g a n i z i n g t h e m i n m e a n i n g fu l i n t e r a t i o n s , v i e w i n g

t h e c o n t e m p o r a r y c i t i z e n s h i p p r a c t i c e . S o m e i d e a s a b o u t

t h e s e i s s u e s b a s e d o n B r a z i l i a n a n d fo r e i g n a u t h o r s a r e

e x p r e s s e d i n t h i s c o n t e x t o

Key-words: technologies and contents of schooling communication; communicator educator education in schools; researches shared by communicatos educators.

"Reafirmo que este uso do ciberespaço não se desenvolve automaticamente pela presença de equipamentos materiais mas que ele exige igual-mente uma profunda reforma das mentalidades, dos modos de organização e dos costumes polí-ticos." (...) "Estou profundamente convencido quep e r m i t i r a o s s e r e s h u m a n o s c o n j u g a r s u a s i m a g i n a ç õ e s e s u a s i n t e l i g ê n c i a s a s e r v i ç o d o

d e s e n v o l v i m e n t oe d a e m a n c i p a ç ã o d a s p e s s o a s

é o melhor uso possível das tecnologias

numé-ricas" (PIERRE LÉVY, 1997: 224; 255)3FEDCBA

I Versão reelaborada do texto apresentado no Simpósio "Novas abordagens da comunicação na escola: a sala de aula como processo

comunicacional" durante o IX ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino - realizado de 4 a 8 de maio de 1998 em Águas de Lindóia-SP.

2 Professora e Pesquisadora na Faculdade de Educação da USP, curso de Pedagogia e Pós-Graduação em Educação; áreas: "Arte,

Educação Escolar e Formação de Professores" e "Meios de Comunicação, Educação Escolar e Formação de Professores". e-rnail: mfdrefus@ usp.br; marefusari@uol.com.br; telefax: (011) 864.8013.

J As traduções de citações originais, neste trabalho, são minhas.

E D U C A Ç Ã O E M D E B A T E ' F O R T A L E Z A · A N O 2J • N Q 3 7 • p. 1 3 9 - 1 4 9 1 9 9 9 • 139

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I N T R O D U Ç Ã O zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Há sempre práticas de "transmissões" culturais e interações comunicacionais realizadas por diversos comunicadores nas escolas de educação básica (infan-til, fundamental, média). Dentre esses comunicadores encontram-se: os professores, os alunos crianças, jo-vens - além de adultos em cursos supletivos existentes no Brasil -, os pais de alunos, os produtores de produ-tos de comunicação como livros, imagens, áudios, audiovisuais, telas informáticas etc. Essas pessoas en-volvidas nos processos de comunicação escolar in-cluem ou excluem informações sobre o mundo da natureza, da cultura, suas histórias, suas qualidades referentes à vida de cidadãos e necessárias (ou não) para a criação de uma sociedade mais justa, mais de-mocrática nos países em que vivem.

O fato de esses diversos comunicadores, em ações de educar para a cultura e para a vida contemporânea, incluírem ou excluírem informações nesses âmbitos e em seus meios de comunicação (mídias), significa que eles praticam decisões, escolhas a partir de seus sabe-res, experiências, mentalidades, costumes, modos de posicionar-se e organizar a vida em uma sociedade de direitos e obrigações que devem ser democráticas. E é por causa das práticas e idéias escolhidas pelos profes-sores, alunos, pais, produtores de mídias e tomadas presentes nos conteúdos de suas múltiplas "transmis-sões" e interações comunicacionais, vivenciadas ao longo dos processos de educação, que não basta con-tarmos apenas com tradicionais e novos equipamen-tos de comunicação nas aulas das escolas e nem só com o domínio de saberes técnicos sobre essas máquinas. Também não podem ser aceitas, nos cursos escolares, apenas grandes quantidades de transmissões de quais-quer informações via tecnologias, sem garantias de tem-po, espaço, ritmo para alunos e professores atuarem como sujeitos inteligentes, sensíveis elaboradores de seus saberes, a partir de suas histórias culturais e compromissadas com a humanização de qualidade em suas cidades.

Por isso, entrelaçados aos saberes técnicos so-bre equipamentos e tecnologias de comunicação é im-portante os educadores escolares, comunicadores que são, conhecerem melhor e sabererem transformar (quan-do for ocaso) os teores e os intuitos das práticas e teo-rias deedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAc o m u n i c a ç ã o h u m a n a v i a c u l t u r a d a s m i d i a s ' ,

em ação nos projetos pedagógicos das escolas em que trabalham. Para aprender a realizar tais entrelaçamen-tos, esses profissionais necessitam ter a oportunidade de participar de competentes ações de educação inicial

(em cursos de graduação) e contínua (em serviço nas escolas) de professores/as comunicadores/as, incluin-do práticas de interculturalidade com os alunos, de gestão e de pesquisa da comunicação escolar com os muitos meios de comunicação disponíveis e a serem disponibilizados.

Ajudar a pensar e praticar transformações neces-sárias no projeto pedagógico em desenvolvimento por professores em suas aulas, com alunos de Educação Básica, envolvendo produção sociocultural de comu-nicação com textos verbais, visuais, sonoros, audio-visuais - informatizados ou não - é um dos objetivos deste texto. Acreditando nas possibilidades de conhe-cimentos de professores sobre qualidades na produção de Comunicação Humana na Educação Escolar, ao usar conjuntos de m e i o s d e c o m u n i c a ç ã o (mídias), outro objetivo é o de enfatizar a necessidade de superar reducionismos de entendimento nessa área e de bus-car caminhos dep e s q u i s a s a s e r e m d e s e n v o l v i d a s d u -r a n t e p -r o j e t o s d e e d u c a ç ã o i n i c i a l e c o n t í n u a d e

p r o fe s s o r e s c o m u n i c a d o r e s c o m s e u s a l u n o s , s o b r e

q u e s t õ e s d o m u n d o d a n a t u r e z a e d a c u l t u r a , usando redes de mídias.

De modo responsável com alunos e professores cidadãos, na busca de exercitar suas cidadanias em uma

n o v a m o d e r n i d a d e , é importante os educadores apren-derem a articular, com melhor qualidade, por exem-plo, as transmissões de uma c o m u n i c a ç ã o v i r t u a l ,

informatizada com as de uma a t u a l - mesmo que tradi-cional e/ou moderna, portanto híbrida, como é o caso do Brasil - existente em "territórios" de salas de aula, cidades, países. Algumas idéias sobre essas questões são explicitadas neste texto com base em autores bra-sileiros e estrangeiros que trabalham nessa área, sem a pretensão de estar esgotando aqui as discussões so-bre esses assuntos.

Para favorecer um desenvolvimento cultural dos alunos e professores cidadãos, e um entendimento so-bre a emancipação humana nas cidades em que vivem devemos buscar uma contribuição de usos inteligentes, sensíveis também das telecomunicações, da internet como nos assinala Lévy na epígrafe colocada no início deste texto. Mas, este mesmo autor nos adverte em seu livro C y b e r c u l t u r e ,que: "A perspectiva aqui projetada não incita de jeito nenhum a deixar o território para se perder no 'virtual', nem que um dos dois 'imite' outro, mas sobretudo a utilizar o virtual para habitar melhor ainda o território, para tornarem-se cidadãos por intei-ro. Nós 'habitamos' todos os meios com os quais estamos em interação, Nós habitamos (ou habitaremos) portanto o ciberespaço da mesma maneira que a cidade

4 Um entendimento sobre articulações entre meios de comunicação (mídias) e suas culturas pode ser aprofundado a partir de textos

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geográfica e como uma parte importante de nosso am-biente global de vida.". (1997: 239)

Na plural idade de "transmissões culturais habi-tadas" e existentes nos diversos espaços geográficos

e virtuais, incluem-se, necessariamente, práticas deedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAc o

-m u n i c a ç ã o h u m a n a . Em seu livro T r a n s m e t t r e , Debray

(1997:24) insiste que: "Refletir sobre o 'transmitir' esclarece o 'comunicar', mas não o inverso. ( ...) Me-diação não é a mídia. ( ...) Transmissão, sim, mas de que? ( ... ) Oq u e m da transmissão é motor em relação

ao seu o q u e . "

Para esse autor, toda mídia contém um c o r p o

d u p l o , concretizando o "o que" da transmissão criada

por um conjunto de "quens", ou seja, de pessoas envol-vidas no seu produto e produção. Para ajudar-nos a co-nhecer melhor o que está sendo transmitido por qualquer um dos meios de comunicação e assim esclarecermos a comunicação humana com eles, Debray assinala que nas mídias estão presentes pelo menos dois aspectos: a) de um lado a "instrumentação" ou "matéria organi-zada" (M.O.) por pessoas, incluindo-se os "agenciado-res de comunicação" nos quais encontram-se "aquilo que revela o m o d o s e m i ó t i c o (tipo de signo utilizado:

texto, imagem ou som), od i s p o s i t i v o de difusão (line-ar, radial, interconectado) e de s u p o r t e físico (pedra, madeira, papiro, papel, ondas), assim que os m e i o s d e

t r a n s p o r t e dos homens e das mensagens (caminhos,

veículos, infra-estruturas, redes etc )"; e b) de outro lado, a " i n s t i t u i ç ã o " , o u " o r g a n i z a ç ã o m a t e r i a l i z a d a "

(O.M.) por essas pessoas produtoras, nas mídias pro-duzidas por elas, e materializadas também por seus usu-ários, ambos os grupos de pessoas consideradas como "agenciadores comunitários", que realizam "as diver-sas formas de coesão unindo os operadores humanos de uma transmissão (ou mais exatamente impostos a eles pela natureza material dos signos e dos dispositi-vos utilizáveis em função do estágio de desenvolvimento semiótico)." (Debray, 1997: 30,157). Dentre os "agen-ciadores comunitários" corporizados nas diversas mídias, o autor inclui os institutos, academias, colégi-os, diretores, p r o fe s s o r e s .

Por essas razões, podemos dizer, por exemplo, que fazem parte "dos corpos" de um programa de TV, de áudio, de vídeo, de tela de "quadro de giz", de texto de livro, jornal, revista, de tela informática, dentre ou-tros, utilizadas em nossas aulas na escola básica, duas facetas da transmissão e a serem melhor estudadas para compreendermos, no caso, o processo de comunicação e informação escolares em andamento: a) a faceta dos signos, das fo r m a s m a t e r i a i s - que não são

neutras-organizadas por pessoas produtoras desses meios de comunicação e veiculados por elas ou por outros (em outras palavras, professores e alunos podem não ter organizado as formas e signos das mídias que estejam

usando nas aulas, mas participam do "corpo" das mes-mas ao escolhê-Ias como formes-mas sígnicas para veicu-lação nas aulas ... e ao mobilizarem produção de suas próprias mídias articuladas a elas ... e a serem transmi-tidas nas aulas) e b) a faceta dos significados, dos c o n

-t e ú d o s m a t e r i a l i z a d o s refletindo os aceitos nos grupos

humanos, institucionais a que pertencem os produtores das mídias e transmitidos nas mesmas por meio de seus sentimentos, ideários, convicções - também não neu-tros. Além disso, de diversas maneiras, fazem parte dessa faceta, os significados dos grupos culturais aos quais as pessoas usuárias dessas mídias pertencem, 'em seu movimento de posicionar-se e de transmitir suas próprias elaborações frente aos significados das mes-mas (dizendo de outra maneira, professores e alunos podem não ser os transmissores dos conteúdos, das con-vicções culturais, institucionais dos produtores coloca-dos nas mídias em uso nas suas aulas mas, certamente, participam desse corpo de significados ao posicionarem-se frente a eles, aceitando-os ou contrapondo-se a eles, por meio de suas próprias convições, experiências, ela-borações de significados, histórias culturais, familia-res, entendimentos sobre escola, sobre conhecimentos humanos ...etc ).

Trata-se, portanto, de uma complexa trama de "transmissões" de múltiplas origens de idéias, senti-mentos, práticas humanas, incorporadas aos diversos meios de comunicação, inclusive aos selecionados para uso, nas escolas e que deve ser melhor estudada, pesquisada por nós, educadores comunicadores. Por isso, do ponto de vista do processo de comunicação e educação, é inaceitável reduzir possibilidades de os pro-fessores e alunos produzirem comunicação, deixando-os apenas a "assistir transmissões", por exemplo, de diversos vídeos, slides, programas de TV uns atrás dos outros,ocupando-lhes todos os tempos das aulas, sem garantir-lhes outros momentos e espaços para sentí-Ias, analisá-Ias e desenvolverem, por meio de ativida-des instigantes, as suas próprias "transmissões" articuladas àquelas. Ao estudarmos, individual e cole-tivamente, essa trama transmissional podemos nos ajudar a compreender, interferir, transformar uma comunicação escolar - que deve ser da melhor quali-dade intercultural- pois sua finalidade é a de ajudar a aprender e a exercitar uma cidadania contemporânea a partir da híbrida cultura latino-americana.

Acreditamos que uma aprendizagem sensível, re-flexiva de educadores comunicadores no e sobre o pro-cesso de transmissões escolares com mídias, em cujas formas-conteúdos esses profissionais, de um modo ou outro, incluem-se como "agenciadores da comunicação" e "agenciadores comunitários", precisa se dar de modo competente. Isso porque, nesta entrada do século XXI,

para muitos dos habitantes de países, de ''territórios''FEDCBA

(4)

como os da América Latina, nos quais se encontram os "territórios" escolares de educação básica, ainda continua urgente uma construção de nova modernidade.

Ao refletir sobreedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAm o d e r n i d a d e e e d u c a ç ã o ,

Rodri-gues (1992: 11O) nos lembra que o ser humano brasilei-ro, o latino-americano, deve ser preparado para participar deste mundo, para viver a Modemidade. "Mais ainda: deve ser preparado para se apossar e usar tudo o que se constituir como expressão superior e mais avançada do processo civilizatório.FEDCBAOque quero dizer com isto? Pre-parar o indivíduo para a Modernidade não é ajustá-lo às limitações que porventura estejam presentes nas frontei-ras do seu local de nascimento. Isto porque, como vi-mos, na Modernidade o cidadão não é cidadão de aldeia, não se encontra circunscrito a uma fronteira física ou nacional. Cada qual é cidadão do mundo; logo, só o será plenamente se puder participar do conjunto das conquis-tas da civilização." A educação básica pode contribuir para isso por meio, por exemplo, de suas produções de transmissões e comunicação de informações - não neutras - em/sobre as conquistas culturais referentes a Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte, Educação Física, dentre outras, articulando-se no currículo escolar de crianças e adolescentes, com uma base comum, nacional mas, também com uma parte diversificada que atenda especificidades regionais, lo-cais, grupais e individuais dos alunos.

As contradições da modernidade na América Latina e seus problemas de possibilitar a todas as pes-soas a realização dos projetos de e m a n c i p a ç ã o , e x p a n

-s ã o , r e n o v a ç ã o , d e m o c r a t i z a ç ã o humanas são discutidas

por Néstor Garcia Canclini (1990, 1997). Esse autor analisa as idas e vindas da modernidade em nosso con-tinente latino-americano assinalando que, neste final de século XX, não devemos entender a pós-modernidade como uma nova tendência substituindo o tradicional e o moderno, mas sim, como uma r e o r g a n i z a ç ã o d e t r ê s

a s p e c t o s c u l t u r a i s : das nossas tradições que ainda

per-manecem; misturadas com a nossa modernidade que chegou para alguns mas ainda não chegou para todos; e misturadas a nossos projetos "evolucionistas" que hegemonizaram o século XX, favoreceram moderna-mente poucas pessoas e carecem do questionamento pós-moderno.

Como profissionais da educação escolar é im-portante tomarmos consciência que praticamos comple-xas "transmissões" produzindo comunicação com alunos vivendo em "chãos dos territórios" latino-americanos, de culturas híbridas, onde hoje se mistu-ram, então, tradições-modernidades-pós-modernidades e nos quais circulamos nossos sonhos e realizações de cidadania contemporânea, de uma nova m o d e r n i d a d e a s e r r e o r g a n i z a d a p o r u m a p ó s - m o d e r n i d a d e como nos lembra Canclini (1997).

Essas ações de comunicação e educação são motivos para aprendermos sobre nossa participação cultural, via transmissões em m ú l t i p l o s m e i o s d e c o

-m u n i c a ç ã o verbais, visuais, sonoros, audiovisuais

(informatizados e não). Dentre essas mídias, com seu "corpo" composto por forma-conteúdo, encontramos hoje o ciberespaço/cibercultura, viabilizando-se por meio de computadores, mas por enquanto, neste início de século XXI, disponível apenas para uma parcela da população. É preciso democratizar essa possibilidade comunicativa não apenas em sua faceta "forma" mas também na faceta "conteúdo", ambas com qualidade humanizadora de cidadãos na América Latina. "O ciberespaço (que chamamos também de 'rede') é o novo meio de comunicação que emerge da interconexão mun-dial de computadores. O termo designa não somente a infra-estrutura material da comunicação numérica, mas igualmente o oceânico universo de informações que ele abriga assim como os seres humanos que aí navegam e o alimentam. Quanto ao neologismo cibercultura, ele designa aqui o conjunto de técnicas (materiais e inte-lectuais), as práticas, as atitudes, os modos de pensar e os valores que se desenvolvem conjuntamente ao cres-cimento do ciberespaço." (Lévy, 1997: 17)

As transmissões, via telecomunicação ou comu-nicação a distância, que podemos fazer uns para os ou-tros sobre o que sentimos, pensamos a respeito dos lugares e tempos em que vivemos transformam-se em virtualidades "habitadas" a partir de nossas atualidades latino-americanas, também "habitadas", pois, como nos diz Martín-Barbero (1996:32,33): "a cidade já não é só um 'espaço ocupado' ou construído mas também um

e s p a ç o c o m u n i c a c i o n a l que conecta entre si seus

di-versos territórios e os conecta com o mundo" ( ...) mas, "o que constitui a força e a eficácia da c i d a d e v i r t u a l ,

com os fluxos informáticos e as imagens televisivas, não é o poder das tecnologias em si mesmas mas sua capacidade de acelerar - de ampliar e aprofundar - ten-dências estruturais de nossa sociedade."

Como não queremos acelerar tendências injus-tas, não democráticas, não emancipatórias da vida hu-mana em nossa sociedade latino-americana e sim reverter esse quadro, essa paisagem, é importante apren-dermos melhor a produzir nossas transmissões de in-formações e nossas comunicações favorecendo as cidades atuais e virtuais de nosso país em conexões com o mundo. A comunicação e educação escolares, por meio de seu projeto político-pedagógico, têm sua parte de colaboração a dar para construir essa paisa-gem. Na afirmação de Canclini (1990:233; 1997:23), para conseguirmos essa construção contemporânea, mo-derna é necessário que as presenças de m o d e r n i s m o s

(5)

deedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAm o d e r n i z a ç ã o (como a realização de um processo

socioeconômico) sejam menos injustas, menos defi-cientes.

Para superarmos injustiças e deficiências que per-manecem na vida de muitas pessoas em nossas cidades e meios rurais, esse autor nos instiga, então, via nos-so trabalho profissional - neste canos-so, o de profesnos-sores comunicadores na escola básica, na escola superior -a -ajud-armos -a construir um-a m o d e r n i d a d e na América Latina que conte com uma r e o r g a n i z a ç ã o p ó s m o d e r

-n a , ou seja, que leve em consideração nossos

"cruza-mentos socioculturais em que o tradicional e o moderno se misturam", que possibilite uma "reformulação radi-cal das relações entre tradição e modernidade, entre culto, popular e massivo que vá muito além do que busca o mercado", que garanta elaborações de "um pen-samento mais aberto para abarcar as interações e integrações entre os níveis, gêneros e formas da sensi-bilidade coletiva" bem como de "identidades coleti-vas, em articulação do nacional e do estrangeiro". Em outras palavras, afirma CancIini em seu livro C u l t u r a s

H í b r i d a s (1997:309): "Os sentidos das tecnologias se

constroem conforme os modos pelos quais se institucio-nalizam e se socializam." ( ...) "a reorganização dos ce-nários culturais e os cruzamentos constantes das identidades exigem investigar de outro modo as ordens que sistematizam as relações materiais e simbólicas entre os grupos."

A construção de práticas, atitudes, modos de pen-sar, valores na cultura latino-americana, em suma, de umap r a x i s d e c o m u n i c a ç ã o c o m m i d i a s e m p a í s e s d e

c u l t u r a s h í b r i d a s , requer cada vez melhorar qualidades

nas transmissões que alunos e professores mobilizam em suas "ambiências" de escolas de educação básica-públicas e privadas - e nos remete, então, à formação de educadores que aí exercem sua profissão na Educa-ção e ComunicaEduca-ção Escolares.A

T R A N S M I S S Õ E S E C O MU N I C A Ç Ã O C O M M i D I A S

N A E D U C A Ç Ã O B Á S I C A A J U D A N D O A C R I A R NOVA

MODERNIDADE: P O R U MA E D U C A Ç Ã O D E

P R O F E S S O R E S E A L GU N S R E D U C I O N I S MO S A

S U P E R A R

No Brasil, é preciso organizarmos uma compe-tente educação de professores que experimentem e sai-bam melhor sobre transmissões ec o m u n i c a ç ã o e s c o l a r

com as "formas-conteúdos" integrantes dos meios de comunicação verbais, visuais, sonoros, audiovisuais e de suas conexões. Em um projeto formador dep r o fe s

-s o r e -s c o m u n i c a d o r e -s necessitamos de práticas que

pos-sibilitem a esses profissionais educarem-se em dois momentos que devem interligar-se: o de sua formação

i n i c i a l como professores comunicadores com mídias

-quando alunos em cursos de Pedagogia, Licenciaturas, Institutos Superiores de Educação, Escolas Médias/ Magistério - conectado ao de sua formação c o n t í n u a

como professores comunicadores com mídias, já em serviço - ou seja, enquanto profissionais trabalhando com alunos, também comunicadores, em escolas de educação infantil, fundamental, média nas diversas ci-dades do país.

Para professores conhecerem melhor sobre "transmissões" e comunicacão com mídias é preciso su-perarmos práticas reducionistas existentes em alguns dos cursos nos quais eles aprendem apenas a valorizar técnicas dos meios de comunicação, ou a considerar esses meios comunicativos como simples "recursos", "tecnologias", "ferramentas" de ''transmissão audio-visual", ou a acreditar que, por exemplo, vídeos, pro-gramas de TV, de rádio, telas informáticas têm poderes autônomos e auto-suficientes nas aulas com seus alu-nos. Para além disso, uma educação profissional de

pro-fessores comunicadores escolares com textos verbaisFEDCBA,

sonoros, visuais, audiovisuais deve possibilitar que eles aprendam continuamente a: perceber, discutir qualida-des, tanto dos poderes técnicos, estéticos e quanto dos de significação presentes nas diversas mídias, consi-deradas em seus aspectos "formas-conteúdos"; e obser-var, com sensibilidade e responsabilidade, as escolhas de "transmissões culturais", por alunos e professores comunicadores ajudando a transformar, interferir no exercício de realizações emancipatórias, culturais, re-novadoras, democráticas na sociedade. A formação de "educomunicadores" como sugere Soares (1995:44) requer "uma reflexão contextualizada sobre a comuni-cação na sociedade contemporânea. Uma reflexão que supere o inócuo deslumbramento frente às novas e sem-pre mutantes tecnologias."

Por essas razões, educadores comunicadores es-colares, no mundo contemporâneo, têm o direito de saber melhor sobre c o m u n i c a ç ã o h u m a n a m i d i a t i z a d a

e sobre a sua gestão nos cursos e aulas. Além dessas competências, esses educadores têm o direito de saber

m e t a c o m u n i c a ç ã o , de aprender a praticar estudos,

pes-quisas sobre comunicação e educação escolares com mídias, no mundo atual e virtual, ou seja, de "saber que sabem, porque e como saber mais" sobre essa ciência social e suas estéticas, o que requer uma "reflexão me-tódica em processo" como nos aponta Vieira Pinto (1979) em Ciência e Existência.

As ações de pesquisar e produzir novos conheci-mentos emc i ê n c i a d a c o m u n i c a ç ã o com mídias na

edu-cação escolar básica (infantil, fundamental e média) e na educação profissional inicial e contínua de seus pro-fessores, ainda nos fazem enfrentar qualidades defici-entes a serem superadas nas práticas simbólicas com

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tecnologias de comunicação (modernismos) e nos pro-cessos socioeconômicos a serem democratizados (mo-dernização) existentes na maioria de nossas escolas públicas. Superar tais deficiências é um objetivo im-portante porque a utilização de novas tecnologias de comunicação nas escolas deve garantir qualidades nas transmissões e nas comunicações mais compromissadas

com a criação de uma novaedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAm o d e r n i d a d e explicitadas,

por exemplo, com a posse, pelos alunos, de conheci-mentos necessários para sua vida contemporânea.

Uma das sugestões para professores comunica-dores superarem esses reducionismos é o de, individu-al e coletivamente, praticarem e anindividu-alisarem criticamente seus projetos político-pedagógicos nas escolas, com diversas tecnologias de comunicação e informação, observando se essas ações ajudam efetivamente seus alunos a:

a p r e n d e r e m a aprender c o n h e c i m e n t o s , r e -p e r t ó r i o s sobre cultura geral para uso na vida, o que inclui saberes (não neutros) de Lín-gua Materna - Português -, Arte, Educação Fí-sica, Língua Estrangeira, Ciências da Natureza, Ciências da Sociedade - História, Geografia, Comunicação Humana -, Matemática etc;

a p r e n d e r e m a j a z e r trabalhos individualmen-te e em colaboração com outras pessoas, pra-ticando serviços, qualificações profissionais com esses e outros conhecimentos de cultura geral incluindo habilidades reflexivas;

a p r e n d e r e m atitudes, valores no conhecimen-to de si próprio, de outras pessoas, praticando um viver juntos com os outros, no desenvolvi-mento de projetos cooperativos culturais, sociais, de cidadania;

a p r e n d e r e m a s e r m a i s h u m a n o s , m e l h o r e s

cidadãos inteligentes, sensíveis, estéticos, re-flexivos, criativos, responsáveis por sua pes-soa e também pelo coletivo das pespes-soas nos grupos, no país e nas relações com os outros (Delors, Jacques / UNESCO, 1996)

Uma outra superação urgente quanto ao entendi-mento de educadores comunicadores sobre a produção social dec i ê n c i a d a c o m u n i c a ç ã o e s c o l a r c o m m i d i a s ,

no mundo contemporâneo, refere-se a uma deficiente conceituação a respeito de processos comunicacionais propriamente ditos. Ou seja, há muitos educadores que ainda fundamentam seus usos de tecnologias da co-municação - inclusive as novas e informatizadas - em um ultrapassado e linear modelo comunicativo, siste-matizado no início do século XX, no qual apenas a "transferência de informação" de um emissor para um receptor (proposta sobretudo por Shannon, C. & Weaver,

W., nos Estados Unidos, em 1949, a p u d Wolf, 1985) dava conta das ações e pesquisas a respeito do chama-do "sistema geral de comunicação".

Há alguns professores iniciantes e também mais experientes, atuando nas escolas com novas tecnologias de comunicação nas aulas, mas que continuam não as-sumindo, com consistência e responsabilidade, práti-cas de transmissões multidirecionais ou seja, oriundas não só das mídias mas também de outras fontes como, por exemplo, das reflexões dos professores e alunos. Contraditoriamente, há muitos professores cornuni-cadores, trabalhando com novas mídias mas que afir-mam ainda o seguinte: "eu j át r a n s m i t i esse assunto para

os alunos, p a s s a n d o um programa de TV nas aulas e,

portanto, eles já sabem"; ou, "eu já d e i essa aula para

os alunos, conseqüentemente eles devem ter aprendi-do"; "eu p a s s e i um vídeo sobre tais assuntos para os alunos, eles já aprenderam"; "esses temas, jáp a s s e i para os alunos via os computadores da escola, eles já interagiram com eles e considero que já os sabem"; "tal vídeo foi uma excelente ferramenta de transmissão de tal tema na aula que eu dei" etc. Nessas afirmações fica evidente a ênfase recaindo mais em um dos pólos do processo de comunicação, ou seja, no pólo dos emisso-res/professores ou, então, no pólo das ferramentas/ mídias, e bem menos no pólo dos alunos/recepção ati-va, comunicadora e também produtora de transmissões sobre o mundo. Em afirmações como essas, de raiz his-tórica eFEDCBAa->ser superada, falta um consistente entendi-mento e prática de produção de um processo de comunicação por inteiro, incluindo diversas transmis-sões de informações das mídias mas não só, pois exis-tem as transmissões produzidas pelos professores, pelos alunos, por suas famílias sobre questões da natureza, da cultura, do mundo.

Um entendimento da prática de comunicação, mesmo com novas mídias, mas vinculada apenas a esse modelo teórico tradicional e em uso por professores, desde o início do século XX, deve ser superado por in-corporação (ou seja, não deve ser de todo abandonado mas aperfeiçoado, melhorado, transformado). Esse modelo de comunicação, mais tradicional, é incomple-to pois centra-se na eficiência mais mecânica e mate-mática do processo comunicacional acreditando que a

c o m u n i c a ç ã o h u m a n a c o m p l e t a ocorre quando 1) um

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incorpo-ram historicamente esse modelo tradicional de comu-nicação, mesmo usando novas mídias, o que é insus-tentável nesse início do século XXI.

Ora, desde o início dos anos 60, estudos sobre comunicação humana (dentre outros, os de Eco,U., 1962,1964,1968; Wolf,M., 1985/87; Martín-Barbero,J., 1987) têm mostrado que não há apenas "transferên-cia ou transmissão de informação", por parte de um emissor, ou grupo de emissores, por meio de "ferramen-tas, intrumentos, recursos" para outras pessoas rece-berem e assim sarece-berem. Esse entendimento linear é inaceitável. Isso porque as pessoas do pólo recepção, não são simples "receptáculos" mas, sim, sujeitos comunicacionais, também elaboradores e

transmisso-res de informações,edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAi n t e r a g e n t e s com as informações a

eles transmitidas incluindo a história das elaboradas por eles. Nessas interações incluem-se, então, as transmis-sões praticadas por eles- com outras informações que compõem seu cotidiano de histórias culturais, informa-cionais e as informações que, por sua vez, são elabora-das e transmitielabora-das por eles próprios.

Além disso, os "textos", ou seja, as mídias que se encontram entre as pessoas recebedoras e as pesso-as emissorpesso-as, veiculando sentimentos, idéias em orga-nizações verbais, visuais, sonoras, audiovisuais (incluindo as informatizadas) não são apenas "ferra-mentas ou instrumentos/recursos ou aparelhos". São mais que isso, são significações materializadas por al-guém em l i n g u a g e n s h u m a n a s , tecidas em t e x t o s que

expressam cultura e existência mobilizados de diversas maneiras por quem os produz, os veicula, os recebe, os transforma.

Como nos ensina Martín-Barbero (1987), na América Latina é preciso acrescentar ao estudo dos meios de comunicação o das m e d i a ç õ e s com os mesmos; e,

em uma outra publicação sua de 1995 (p.39,40) ele res-salta: "a recepção não é somente uma etapa no interior do processo de comunicação, um momento separável, em termos de disciplina, de metodologia, mas uma espé-cie de um outro lugar, o de rever e repensar o processo inteiro da comunicação." ( ...) Em outras palavras suas, "a recepção não é apenas uma e t a p a do processo de

comunicação.FEDCBAÉ um l u g a r novo, de onde devemos re-pensar os estudos e a pesquisa de comunicação."

Para Serrano (1989:59,60) é preciso replanejar os estudos sobre a construção da visão de mundo, por crianças e jovens, porque nessa construção cultural participam os "textos" dos meios de comunicação com suas "influências, transferências, transmissões" de in-formações mas não só, pois nem influências nem infor-mações são autônomas no processo comunicacional. A comunicação com mídias na educação constitui-se, sim, de um universo mais amplo de interações sociais de múltiplas fontes, transmissões e ações, de "tradições

misturadas a modernidade e a pós-modernidade que ain-da não chegou para todos na América Latina". Énessa ambiência que inserem-se as práticas interativas, transformadoras, responsáveis de professores comuni-cadores com alunos, também comunicomuni-cadores e, de am-bos frente a conhecimentos sobre a natureza e a cultura incluindo os "textos", as mídias que por sua vez eles mesmos produzem.

Em seu livro C y b e r c u l t u r a , Lévy (1997:74-75) afirma, como outros autores, a importância de estudar-mos asd i m e n s õ e s d a c o m u n i c a ç ã o mas em suas

rela-ções as quais não reduzem-se apenas a mídias, nem a modalidades perceptivas, nem a linguagens, nem a codificação. Mas constituem-se, principalmente em pro-dutos e produções das relações entre os elementos da informação - ou seja, do d i s p o s i t i v o i n fo r m a c i o n a l - e

de relações entre os participantes da comunicação- ou seja, do d i s p o s i t i v o c o m u n i c a c i o n a l .

Para esse autor, as r e l a ç õ e s e n t r e e l e m e n t o s d e

i n fo r m a ç ã o apresentam-se em categorias como as

se-guintes: mensagens de estrutura linear (textos clássi-cos, música, filmes); mensagens de estrutura em rede (dicionários, hiperdocumentos); mundos virtuais (a in-formação é o espaço contínuo, o explorador ou seu re-presentante são imersos nesse espaço); fluxos de informações. Asr e l a ç õ e s e n t r e o s p a r t i c i p a n t e s d a c o

-m u n i c a ç ã o apresentam-se em três categorias: o

dispo-sitivo u m - t o d o s , em estrela (imprensa, rádio, televisão);

o dispositivo u m - u m , em rede (correio, telefone), o

dis-positivo t o d o s - t o d o s (conferências eletrônicas, sistemas de aprendizagem ou de trabalho cooperativo, mundos virtuais multiparticipantes, WWW-"World Wide Web"-"Teia de Âmbito Mundial"). As produções da Ciência da Comunicação Escolar com mídias, praticada por educadores, precisam apresentar essas duas dimensões da comunicação de um modo mais articulado e voltado à construção de uma modernidade ainda necessária na América Latina. Esses elementos de informação e de comunicação aparecem com que características nos projetos e processos pedagógicos de comunicação es-colar com mídias?

Acreditamos, em suma, que é importante os pro-fessores em formação inicial e contínua praticarem processos de transmissões e de comunicação em aulas da Escola Básica em que os meios de comunicação ver-bais, visuais, sonoros, audiovisuais sejam trabalhados como "textos" contendo significados, produzidos por alguém e interpretados por espectadores e usuários/alu-nos, além de conectados à demandas culturais e sociais dos sujeitos comunicadores nos "lugares e tempos" geográficos e virtuais em que vivem. Para isso, as mídias não podem ser considerados simples "recursos", "ins-trumentos", "auxiliares ilustradores", "ferramentas neu-tras" na comunicação e transmissões que se dão nas

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aulas. Em outras publicações minhas (Maria Fusari, 1994, 1995) desenvolvo um pouco mais a história des-ses "reducionismos" que vinculam-se a práticas e teo-rias mais tradicionais da Ciência da Comunicação, a serem superadas, mas que ainda constam, em nosso país, de ações, textos e transmissões assumidas por alguns dos educadores responsáveis por disciplinas como Didática, Metodologias de Ensino, Recursos Audio-visuais - ou Multimeios, ou Tecnologia Educacional-componentes de cursos de Pedagogia, Licenciaturas, Escolas Médias - Magistério, CEFAMs - Centros Edu-cacionais de Formação e Aperfeiçoamento do Magisté-rio - Escolas Normais.

Acreditamos que muitos dosedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAp r o fe s s o r e s ,por sua vez, e d u c a d o r e s d e p r o fe s s o r e s , trabalhando nesses

cursos de graduação acima arrolados, devem conhecer melhor as diversas pesquisas e o patamar em que se encontra a atual Ciência da Comunicação Humana' -incluindo usos de tradicionais e modernos meios de comunicação - e ajudar a superar idéias tradicionais, reducionistas nesta área que ainda vigoram em muitas práticas de ensino em escolas de educação básica. Po-dem colaborar também para que essas escolas contem com Midiatecas ou C e n t r o s d e D o c u m e n t a ç ã o e I n fo r -m a ç ã o e com ações em que esses professores comunicadores contemporâneos, em aulas com alunos nas escolas, assumam uma prática profissional durante a qual haja reflexão mais competente sobre Comunica-ção Escolar com Novas Tecnologias de InformaComunica-ção.

Para isso, com o intuito de colaborar na constru-ção de uma nova m o d e r n i d a d e na América Latina, re-organizada e reencantada por uma pós-modemidade, precisamos buscar caminhos para praticar p e s q u i s a s -fo r m a ç ã o i n i c i a l e c o n t í n u a d e p r o fe s s o r e s c o m u n i

-c a d o r e s ,realizando articulações culturais dos meios de comunicação disponíveis hoje, em transmissões suas e dos alunos sobre o mundo, nas diversas aulas de esco-las de educação infantil, fundamental, média.A

P EsaUISAS-FORMAÇÃO I N I C I A L E C O N T i N U A

D E P R OF E S S O R E S C O MU N I C A D O R E S C O M

M i D I A S E M A U L A S C O M A L U N O S D E E S C O L A S

D E E D U C A Ç Ã O B Á S I C A : E M B U S C A D E

C A M I N H O S C O MP A R T I L H A D O S

Para produzirmos ciência da comunicação com mídias, envolvendo pesquisas com alunos de escola bá-sica e na formação de seus professores é importante

tomarmos como pontos de partida diferenciadas ações de observar e analisar o conjunto de mídias e ac u l t u r a

das mesmas que esses participantes já conhecem e usam nas escolas e fora delas, em seus cotidianos, e, tam-bém, ost e o r e s das transmissões sobre o mundo e a vida que com elas praticam. Desses conjuntos de mídias em uso, em muitos casos, já fazem parte, como dissemos, as mais modernas como rádio, televisão, vídeo, compu-tador e suas "redes", seus "fluxos" mas, contraditoria-mente, os t e o r e s , as qualidades das transmissões e da comunicação praticadas se mostram muitas vezes pré-modernas, tradicionais, conservadoras com relação a humanização contemporânea.

Enfoques e perguntas de pesquisas podem ser fei-tas pelos pesquisadores, considerando-se que as trans-missões e a comunicação que veiculamos nas aulas, por meio de suportes e aparelhos visuais, sonoros, audio-visuais, são mídias de significados, de idéias requerendo transmissões resignificadas frente a elas e outras mídias realizadas pelos professores e alunos comunicadores. Algumas perguntas, como as seguintes, podem compor nossas investigações nessa área: que teor, que qualidade cultural, emancipatória humana têm as transmissões tanto das mídias quanto nossas praticadas com e a partir das mesmas nos ''tempos e espaços" de nossas aulas? Como podemos melhorar as transmissões praticadas com mídias em nossa comunicação escolar, estudá-Ias, nos informar mais sobre elas, pesquisá-Ias e materializá-Ias de modo

compartilhado em múltiplos textos verbais, icônicos,FEDCBA

~

sonoros, cênicos tornados objetos de novas transmissões e modos de difusão?

Quanto aos processos formadores de professo-res, esses trabalhos e pesquisas em Comunicação e Edu-cação devem enfocar aspectos referentes a suas duas interfaces articuláveis em um c o n t i n u u m : que caracte-rísticas e problemas, por exemplo, sobre as questões explicitadas no parágrafo anterior, têm apresentado os projetos de educação profissional, para os meios de comunicação, junto a p r o fe s s o r e s c o m u n i c a d o r e s i n i c i a n t e s ? E c o m p r o fe s s o r e s c o m u n i c a d o r e s m a i s e x p e

-r i e n t e s trabalhando em escolas? C o m o e c o m q u e fi n a l i d a d e s incluem-se nesses projetos as histórias e ex-periências desses professores com culturas das mídias? Que transformações apresentam? Que possibilidades de aperfeiçoamento os professores iniciantes e em servi-ço manifestam aos e n t i r , p e n s a r e e s t a r j u n t o s entre si e com os alunos no conhecimento, nas t r a n s m i s s õ e s

atuais e virtuais sobre as cidades e o mundo em que habitam? Outras perguntas de pesquisa podem ser

fei-5 Um conhecimento mais aprofundado sobre pesquisas e teorias da Comunicação Humana pode ser conseguido em análises de

publicações corno as de Wolf, M. (1987) T e o r i a s d a C o m u n i c a ç ã o ; Martín-Barbero, J. (1987) D e l o s M e d i o s a I a s M e d i a c i o n e s :

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TV articulamos a mídia rádio e outras, inclusive as informatizadas, escolhidos pelos professorandos a par-tir de suas pesquisas com alunos freqüentando escolas de educação básica - regular ou supletiva -, considera-dos sujeitos de conjuntos e culturas das mídias. Em grupos, os professorandos-pesquisadores organizam e desenvolvem, também, aulas-pesquisa de atuação com esses alunos espectadores, freqüentando escolas de edu-cação infantil, fundamental, média articulando televi-são a uma outra ou mais mídias. Isso porque a maioria dos alunos presentes nas aulas de Educação Básica são da geração do audiovisual e do computador e praticam outros modos de compreender o mundo, a linguagem, a cultura (como nos alertam BabinFEDCBA& Kouloumdjian,

1989, e Babin, 1991). Desde 1995, iniciamos um pro-cesso de incluir nessa trama de pesquisa-formação, um uso da Internet, em que os professorandos de

Pe-dagogia experimentam colocar na mídiaedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAc i b e r e s p a ç o /

c i b e r c u / t u r a alguns aspectos dos estudos sobre

televi-são, telespectadores e educação escolar básica realiza-dos anteriormente por eles". Ainda falta muito o que aprender nesse processo de pequisa-formação inicial de professores comunicadores com mídias e voltado a con-tribuições que favoreçam a e m a n c i p a ç ã o de alunos e

professores brasileiros, latino-americanos. Falta orga-nizarmos agrupamentos em redes comunicacionais e en-contros periódicos para compartilharmos e produzirmos esse modo de pesquisa-formação de professores comunicadores com mídias; falta desenvolvermos mais pesquisas-formação transdisciplinares articulando sa-beres da competência profissional de professores comunicadores com mídias, compreendendo seus pro-cessos de conscientização e de autonomização.

Não pretendemos neste texto, aprofundar questões referentes a esses e outros caminhos de pes-quisas em c i ê n c i a d a c o m u n i c a ç ã o c o m m i d i a s , na

especificidade da educação escolar básica, e volta-das à formação de professores comunicadores-pes-quisadores. Uma das convicções que compartilhamos nesse âmbito de práticas e de pesquisas-formação so-bre transmissões e comunicações nas escolas de Edu-cação Básica existentes em cidades de híbridas culturas latino-americanas como as do Brasil, é a de que "a criação de redes coletivas de trabalho consti-tui, também um dos fatos decisivos de socialização profissional e de afirmação de valores próprios da profissão docente." (Nóvoa, 1992:26). Por isso, que-remos aqui deixar indicada a necessidade de encon-trarmos caminhos para compartilharmos melhor as

nossas produções científicas e práticas nessa área da Comunicação Escolar com tecnologias de comuni-cação e informação, ainda tão carente dessa produ-ção em nosso país.A

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8 Esse trabalho nessa disciplina da FE USP, "Educação e Meios de Comunicação" vem, desde 1995, desenvolvendo-se de modo

integrado com a disciplina "Teoria do Ensino" ( profa. Elza Garrido até 1997 e, em 1998, profa. Vani Kenky), componente do currículo de Pedagogia até 1998, o que nos tem proporcionado um aperfeiçoamento importante. Em 1999, com a mudança do currículo de Pedagogia, outras disciplinas nessa área aparecem como eletivas para os alunos-professorandos e outras integrações,

certamente. serão realizadas dando continuidade a esse modo de educação inicial de professores comunicadores com mídias.

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