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LEPROSE DO CAFEEIRO SE ESPALHA, EM NOVAS REGIÕES. J.B. Matiello e S.R. Almeida, Engs Agrs MAPA-Procafé.

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Academic year: 2022

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LEPROSE DO CAFEEIRO SE ESPALHA, EM NOVAS REGIÕES.

J.B. Matiello e S.R. Almeida, Engs Agrs MAPA-Procafé.

A leprose é uma doença que atinge, principalmente, as folhas e frutos de cafeeiros. Ela é causada por um vírus, o qual é transmitido pelo ácaro da leprose, o Brevipalpus phoenicus.

As lesões da leprose aparecem nos frutos verdes, na fase de sua granação. São irregulares e deprimidas, de cor inicialmente marron bem claro (cor de ferrugem) e depois chegam a quase negras, em função de ataques de fungos sobre a lesão (Colletotrichum etc) podendo, nos períodos úmidos, apresentar uma massa de esporos (brancos) de fungos saprófitas. Também aparecem lesões amareladas nos frutos maduros. Com forte ataque de leprose a maioria dos frutos verdes passa diretamente para secos.

Nas folhas aparecem lesões de 2 tipos: umas pequenas como pontos amarelos, outras na forma de anéis amarelados e manchas irregulares acompanhando as nervuras, associadas a necroses claras que aparecem na face inferior das folhas, junto às lesões, sobre a nervura principal, o que acelera a desfolha, bastante significativa nas plantas dos focos mais atacados. Esta desfolha ocorre de dentro para fora no pé de café, que parece ficar oco. Os ramos finos também apresentam lesões.

Até 1991-92 só se conhecia a doença virótica chamada de mancha anular, apresentando manchas nas folhas, com anéis cloróticos ou zonas amarelas irregulares ao longo das nervuras, e os frutos, especialmente quando maduros, mostravam manchas amarelas circulares e em baixo relevo. A doença ficava restrita a poucas folhas e em certas plantas, sem qualquer importância econômica.

A caracterização da doença como leprose foi feita após a constatação de sintomatologia nova, especialmente sobre os frutos verdes e as necroses sobre nervuras das folhas, alem de grande desfolha e prejuízos econômicos significativos. O nome surgiu devido à semelhança quanto aos sintomas, ao agente causal e ao mesmo transmissor em relação à leprose dos citrus.

A região do Alto Paranaiba-MG , onde a leprose foi, inicialmente, caracterizada, é considerada uma área de maior ataque da doença, porem ela tem se expandido para as diversas regiões cafeeiras. Volta e meia constata-se a leprose causando prejuízos em novas regiões, em muitas delas os próprios técnicos e, naturalmente, os produtores, ainda desconhecem a doença.

Na presente nota técnica destaca-se uma condição de ataque severo de leprose na região do Jequitinhonha, em Minas e na região da Baixa Mogiana, em São Paulo. O significativo ataque da doença, conforme constatado nessas regiões, no ciclo agrícola 2010-11, deve estar ligado a fatores causadores de desequilíbrio na população do ácaro transmissor, como o clima muito seco e o uso de defensivos, que provocam aumento na população dos ácaros vetores.

Com aumento da temperatura o ataque se agrava, talvez por isso, variedades como mundo novo e icatu, onde o sol entra mais na copa das plantas, apresentam maior ataque.

Para o controle de doença, principalmente nos focos mais atacados, deve-se combater o ácaro transmissor, usando aplicações de acaricidas específicos, sendo 2 épocas importantes. No pós-colheita, para redução da população, em um período em que as plantas apresentam menor enfolhamento, e, assim, a aplicação pode atingir melhor o interior dos cafeeiros. Outra aplicação deve ser feita em dez-janeiro, para proteção da folhagem e frutos.

À esquerda lesão necrótica da leprose no verso da folha, sob as lesões e na nervura. À direita lesão típica da leprose em fruto verde, Tambau-SP

Referências

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