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O ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental no Ceará

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Academic year: 2018

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EDUCAÇÃO EM DEBATE

Prof. Pe. Brendan

Colernan McDonald*

JIHGFEDCBA

o

VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

e n s i n o

r e l i g i o s o

n a s e s c o l a s

p ú b l i c a s

d e e n s i n o

f u n d a m e n t a l n o C e a r á

PONMLKJIHGFEDCBA

I

; B C H - U F C

I

Resumo

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

E s t e a r t i g o a p r e s e n t a u m a a n á l i s e d a s c o n s e q ü ê n c i a s d a i m p l e m e n t a ç ã o d a L e i d e D i r e t r i z e s e B a s e s n a E d u c a ç ã o , e s p e c i fi c a m e n t e , d o a r t i g o 33 d a L e i N° 9.394 d e 2 0 d e d e z e m b r o d e 1996, s o b r e oE n s i n o R e l i g i o s o n a s e s c o l a s p ú b l i c a s d e E n s i n o F u n d a m e n t a l n o E s t a d o d o C e a r á . A p r e s e n t a oso b j e t i v o s d o E n s i n o R e l i g i o s o p a r a o JO. e 2 ° . c i c l o s . M o s t r a a i m p o r t â n c i a d o E n s i n o R e l i g i o s o ea s q u a l i fi c a ç õ e s a c a d ê m i c a s e p e s s o a i s q u e u m ( a ) p r o fe s s o r ( a ) d e s t a d i s c i p l i n a n e c e s s i t a . E s c l a r e c e a s d i fe r e n ç a s e n t r e E n s i n o R e l i g i o s o : c o n fe s s i o n a l c a t e q u é t i c o ; c o n fe s s i o n a l ; i n t e r c o n fe s s i o n a l e i n t e r - r e l i g i o s o . F i n a l m e n t e , o fe r e c e a l g u n s p r i n c í p i o s e i d e a i s p a r a u m a a u l a de E n s i n o R e l i g i o s o .

P a l a v r a s - c h a v e : e n s i n o r e l i g i o s o , l e g i s l a ç ã o e d u c a c i o n a l , fo r m a ç ã o d e p r o fe s s o r e s .

Abstract

The teaching of religion in fundamental education in the public schools of Ceará

T h i s a r t i c l e p r e s e n t s a n a n a l y s i s o f t h e c o n s e q u e n c e s o f t h e i m p l e m e n t a t i o n o f t h e B a s i c L a w s a n d . D i r e c t i v e s i n e d u c a t i o n , a n d e s p e c i a l l y t h o s e r e l a t e d t o a r t i c l e 33 o f L a w N° 9.394 o f t h e 2 0t h

. o f D e c e m b e r , 1 9 9 6

c o n c e r n i n g t h e t e a c h i n g o f r e l i g i o n a t e l e m e n t a r y l e v e I i n p u b l i c s c h o o l s i n t h e S t a t e o f C e a r á . T h e a r t i c l e d i s c u s s e s t h e o b j e c t i v e s fo r t h e t e a c h i n g o f r e l i g i o n i n t h e fi r s t a n â s e c o n d c y c l e s o f e l e m e n t a r y e d u c a t i o n . I t g o e s o n to s h o w t h e i m p o r t a n c e o f t e a c h i n g r e l i g i o n i n t o d a y ' s w o r l d a n â i n d i c a t e s t h e q u a l i fi c a t i o n s n e c e s s a r y fo r t h e p r o fe s s i o n a l t e a c h e r o f r e l i g i o n . I t e x p l a i n s t h e d i ffe r e n c e b e t w e e n fo u r c a t e g o r i e s o f r e l i g i o u s t e a c h i n g : c a t e c h e t i c a l c o n fe s s i o n a l , c o n fe s s i o n a l , i n t e r c o n fe s s i o n a l a n d i n t e r - r e l i g i o u s . F i n a l l y t h e a r t i c l e o ffe r s s o m e s u g g e s t i o n s fo r t h e t e a c h i n g o f r e l i g i o n i n t h e c l a s s r o o m .

K e y w o r d s : r e l i g i o u s t e a c h i n g , e d u c a t i o n a l l e g i s l a t i o n , t e a c h e r fo r m a t i o n .

• Doutor (Ph.D.) em Educação, em Psicologia e em Teologia. É professor titular e chefe do departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Ceará.

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A Lei N° 9.475, de 22 de julho de 1997 deu uma nova redação ao artigo 33 da Lei N° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabe-leceu as diretrizes e bases da educação nacional, tendo sido publicada no Diário Oficial No. 139, Seção 1, 4". feira, Brasília, em 23 de julho de 1997. Devido à sua importância gostaria de apresentar a referida lei integralmente. A redação é a se-guinte:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1° - O art. 33 da lei N° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 33 - O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação bási-ca do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Funda-mental, assegurado o respeitoPONMLKJIHGFEDCBAà diversidade cul-tural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer for-mas de proselitismo.

1°- Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.

2° - Os Sistemas de ensino ouvirão enti-dade civil, constituída pelas diferentes denomi-nações religiosas, para a definição dos conteú-dos do Ensino Religioso.

Art. 2° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 22 de julho de 1996, 176° da In-dependência e 109° da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza

O presente artigo pretende fazer uma apre-ciação do conteúdo da referida lei e das conse-qüências pedagógicas que podem advir dela no campo do ensino religioso

Este escritor percebe cinco itens importan-tes nesse artigo. São os seguinimportan-tes:

a) O ensino religioso agora é parte inte-grante da formação básica do cidadão.

Por-tanto, as escolas públicas de Ensino Funda-mental são obrigadas a oferecer a disciplina Ensino Religioso.

b) Além de ser uma disciplina obrigatória para as escolas públicas de Ensino Fundamen-tal, as referidas escolas são obrigadas a ofere-cer a disciplina dentro dos horários normais das escolas. É uma pena que algumas escolas coloquem a disciplina Ensino Religioso no último horário do dia, porque, embora legí-timo, a disciplina sendo facultativa para o alu-no, o mesmo não se sente obrigado a cursá-Ia.

c) O ensino religioso é obrigado a respeitar a diversidade cultural religiosa do Brasil, sen-do vedadas quaisquer formas de proselitismo. Portanto, o professor não pode induzir seus alunos a aceitar sua própria crença religiosa específica.

d) O Conselho de Educação do Ceará já indi-cou os conteúdos do Ensino Religioso no Es-tado do Ceará e estabelec.eu normas para a habilitação e admissão de professores da

dis-ciplina. Brevemente, esses conteúdos serão atuaJizados.

e) O Conselho de Educação do Ceará tem que ouvir a entidade civil chamada Conselho de Orientação de Ensino Religioso do Ceará (CONOERCE) para a definição dos conteú-dos do Ensino Religioso no Estado do Ceará..

A Lei agora concebe o ensino religioso como um processo que antecede e independe de qualquer opção por uma denominação religi-osa específica. Portanto, a Lei não apresenta o ensino religioso como ecumênico, nem como inter-religioso, mas como algo que antecede a opção religiosa que se fará na família, na paró-quia ou na comunidade religiosa. Obviamente, isso poderá fortalecer um espírito ecumênico e um diálogo respeitoso religioso. Portanto, pro-fessores de Ensino Religioso precisam evitar, no processo escolar, qualquer sectarismo. As esco-lhas religiosas dos alunos devem ser preservadas e respeitadas. Cabe à escola pública de Ensino Fundamental agora ajudar os educandos a vive-rem mais conscientes e plenamente suas esco-lhas entre as várias denominações religiosas e a respeitarem as diferentes opções de seus

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lhantes. Basicamente, os professores de Ensino Religioso têm que conduzir com inteligência, conhecimento e carinho os educandos nos cami-nhos do saber, do sentir, do criar, de encontrar-se, enfim, com a natureza, consigo mesmo, com os outros e, especialmente, com Deus.

Talvez seja útil aqui uma breve explicação sobre a diferença entre ecumenismo, diálogo inter-religioso e diálogo religioso. A maioria das igrejas evangélicas não gosta da palavra "ecume-nisrno" (embora a palavra tenha sido cunhada pelos evangélicos no sul dos Estados Unidos da

Américal), porque, para eles, a palavra significa um retornoPONMLKJIHGFEDCBAà Igreja de Roma, que não é o caso. Para a Igreja Católica, a palavra "ecumênico" sig-nifica a aproximação, a cooperação, a busca fra-terna da superação das divisões entre as Igrejas Cristãs como, por exemplo, a Católica, os Orto-doxos e as Evangélicas, etc. A Igreja Católica entende por diálogo inter-religioso o contato e o relacionamento respeitoso com grupos não-cris-tãos como, por exemplo, religiões de origem afri-cana e indígena, religiões orientais, judaísmo, islamismo, hinduísmo, etc. Para facilitar o diá-logo entre as Igrejas Cristãs no Ceará, o Conse-lho de Orientação de Ensino Religioso no Es-tado, resolveu usar o termo "diálogo religioso" como um termo aceitável a todos.

O Conselho de Orientação de Ensino Re-ligioso do Estado do Ceará tem uma ótima equi-pe de equi-peritos no campo do Ensino Religioso. Esta equipe é composta de: Luíza de Teodoro Vieira (Membro do Conselho de Educação do Ceará), Irmã Maria Montenegro (Responsável pelo En-sino Religioso na SEDUC), ]aefson Rodrigues de Souza (Coordenador do Ensino Religioso no ICRE), Karina Golignas de Carvalho, Maria Aparecida Furtado Pinto e Rubens Nascimento da Luz, todos conhecidos peritos e autores na área de ensino religioso. Lembrando que até a presente data todas as igrejas representadas no CONOERCE são cristãs. O Conselho de Orien-tação de Ensino Religioso do Estado do Ceará junto com os já mencionados peritos elaboraram alguns princípios norteadores para o ensino reli-gioso no Ceará. Segue agora um resumo destes princípios que brevemente serão atualizados:

a) Ensino religioso tem como fundamento o caráter ontológico do ser humano de busca do transcendente. Suas fontes de conteúdos e suas formas de expressão são de natureza an-tropo Iógico-cul tu ral;

b) Ensino religioso, como parte integrante do processo de desenvolvimento humano, tem em vista a educação integral das pessoas;

c) Ensino religioso elabora e desenvolve seus conteúdos a partir da história dos próprios educandos, das pessoas e comunidades com que se relacionam, da sociedade em que vi-vem, do povo e do mundo em geral;

d) A revelação extraordinária de Deus - que constitui o ato fundante e o centro da religião ao qual se adere pela fé - acontece para os cristãos ern Iesus Cristo. Esta revelação é para o Ensino Religioso e a Educação uma fonte indispensável de luz e energia espirituais, de explicitação de sentido para a vida. Por isso, o ensino religioso, de inspiração cristã, faz uso constante dos livros sagrados da Bíblia;

e) A religião é a socialização de atitudes e expressões religiosas, assim como a fé cristã é a adesão pessoal a Deus e à vivência comuni-tária do Evangelho de Jesus Cristo. O ensino religioso, por isso, cultiva a convivência, a solidariedade social e os compromissos dali decorrentes. Também dispõe e encaminha para a participação numa comunidade de fé;

f) O ensino religioso e a catequese se

distin-guem e, ao mesmo tempo, conservam entre si uma complementaridade. São diferentes quan-to ao objetivo, à linguagem, ao méquan-todo, aos agentes e ao conteúdo. O lugar próprio do ensino religioso é a escola e o da catequese, a comunidade de fé.

g) O ensino religioso tem linguagem própria. Recorre à simbologia, às dinâmicas e às vári-as técnicvári-as de comunicação. Faz uso de linguajar simples e popular.

h) O ensino religioso é ensino e como tal se insere no sistema de ensino e na escola; está sujeito à didática e à pedagogia da mesma.

i) As denominações confessionais são cha-madas a acompanhar e a apoiar o ensino re-ligioso nas escolas. Do ponto de vista estrita-mente confessional, cabe-lhes orientá-Io en-quanto diz respeito aos membros de suas igrejas, respeitando sempre a autonomia das escolas.

Fonte: Documento do Conselho de Educação do Ceará mimeografado, junho, 1998).JIHGFEDCBA

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ÉzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApossível oferecer o perfil dofa) professor (a) de Ensino Religioso. Antes de tudo, este(a)

professor(a) deverá ter consciência de que tra-balha no Brasil, onde um verdadeiro laboratório de multiplicação e mistura de culturas o cerca por todos os lados. Por isso, ota) professor(a) de Ensino Religioso deverá ter abertura para a alteridade, isto é, precisa respeitar o posicio-namento religioso de seus alunos, até mesmo a situação individual de cada um. OCA) professor (a) de Ensino Religioso deverá ter abertura para verificar a atual situação de mudança de para-digmas (isto é, modelos ou padrões). Para o ta )

professor(a) de Ensino Religioso ser compe-tente, deverá ter conhecimentos específicos so-bre o fenômeno religioso e áreas afins, e sobre o diálogo com as diversas áreas do saber. Hoje a Lei exige que o ta ) professor(a) seja portador(a) de Licenciatura Plena em Ciências da Religião, com habilitação específica em Ensino Religioso. Esta licenciatura deve ajudar os acadêmicos da área a adquirir uma competência nas ciências re-ligiosas e também no campo técnico-pedagógico-profissional. OCA) professor(a) de Ensino Reli-gioso deve ter ou adquirir a capacidade de escu-tar e dialogar com seus alunos. O método de Ensino Religioso só pode ser dialógico. O teste-munho de vida d o ta ) próprio(a) professor(a) é de enorme importância nesta área. Seu exemplo falará bem mais alto que suas palavras. OCA) professor(a) de Ensino Religioso deverá prestar atenção especial à dimensão humano-afetiva. Fatores como respeito, acolhida, ternura e soli-dariedade etc. são exigidos neste campo de edu-cação mais do que em outras áreas. Pode-se di-zer que é a partir do relacionamento educador

(a)-educando(a) que se estabelece o clima de permanência e de aprendizagem do educando (a) na escola. No Ensino Religioso este relaciona-mento é fundamental, principalmente pelo cará-ter forrnativo, hurnanista, religioso e cultural deste componente curricular, bem como pelo fato de o Ensino Religioso ser considerado faculta-tivo para o aluno.

A maioria dos peritos em ensino religioso, embora não haja unanimidade aqui neste item, enfatiza a importância dota) professor(a) de Ensino Religioso a aprofundar sua fé. Eles afir-mam que somente uma pessoa que vive ou tenta viver sua fé pode transmitir o sentimento neces-sário para despertar e cultivar a religiosidade do (a) educando(a). Viver a fé significa, não só uma

vida interior de oração e de cumprimento de de-veres religiosos, como um cuidado permanente de combater seus próprios preconceitos, de abrir-se àaceitação do diferente, e até mesmo do anta-gônico, de estar atento à realidade de seus alu-nos e à sua individualidade, seus problemas e seus valores, suas virtudes e defeitos, suas poten-cialidades e possibilidade (cf. Pesquisa sobre en-sino religioso realizada em 1998, ICRE, Forta-leza, Ceará). Nas palavras de Dom Aloísio Lorscheider, Arcebispo Metropolitano de Apare-cida em São Paulo: deve-se "procurar a prática da justiça, da solidariedade, da comunhão, da paz, e da liberdade". OCA) professor(a) de Ensi-no Religioso deve reunir condições para esco-lher textos que as crianças possam ler, fazê-Ias gostar de ler, levá-Ias a conversar sobre o que lêem, a se reconhecerem nas novas idéias com as quais entram em contato. As mais simples histó-rias infantis contêm sabedoria. O (A) professor(a) de Ensino Religioso deve reunir condições para transformar suas aulas em momentos de aven-tura e alegria.

É

óbvio que o ta ) docente de Ensi-no Religioso precisa evitar o mau-humor, a tris-teza, o pessimismo, os preconceitos, os julgamen-tos, a hipocrisia e qualquer tipo de "baixaria". É

de grande importância que o (a) docente no campo do Ensino Religioso seja capaz de conviver com pessoas de culturas e credos diferentes e com elas estabelecer diálogo fraterno. Finalmente, ota) docente na área do Ensino Religioso deve reunir condições de trabalhar em equipe.

Há pessoas que questionam a importância de ensino religioso numa sociedade pluralista, materialista, hedonista e consumista, onde o in-dividualismo e o agnosticismo crescem diaria-mente. Porém, há segmentos de educadores e intelectuais que defendem sua importância. Numa perspectiva sociológica ou antropológica mais ampla, a importância do Ensino Religioso talvez possa ser resumida nos seguintes pontos:

a) É um processo de educação da dimensão da religiosidade dos educandos, no plura-lismo da escola pública, para ajudar a dar uma resposta pessoal a Deus e a descobrir o sen-tido para a existência;

b) O ensino religioso fornece elementos para o desenvolvimento integral da pessoa humana em formação e em progresso permanente;

c) O ensino religioso deve integrar, entre os valores da vida, a espiritualidade na vida pes-soal, por ser esta uma dimensão própria da

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humanidade, sem a qual fica incompleto qual-quer processo educativo. Dentro dos parâ-metros da antropologia filosófica, a dimen-são transcendental, a vocação plena do ho-mem, é uma das mais importantes dimen-sões do homem;

d) Dentro do ensino religioso, a axiologia está sempre presente, isto é, o aluno está sem-pre estudando valores éticos, algo de enor-me importância. Assuntos como: tolerância, solidariedade, honestidade, respeito mútuo, justiça, liberdade, paz, união, direitos huma-nos, cidadania, etc., deverão ser abordados. Muito ligado a este conjunto de valores en-contramos os problemas da violência, das drogas, da criminalidade, da desestruturação da família, etc.;

e) Dentro do ensino religioso há lugar para a abordagem dos grandes problemas de cunho existencial, como por exemplo: Quem sou eu? Para onde vou? Há uma existência além da morte? etc.;

o

O ensino religioso poderá ajudar os alu-nos a respeitarem a religiosidade como um dado da herança histórica do ser humano e, mais especificamente, um dado da cultura do povo brasileiro e nordestino;

g) O ensino religioso, conduzido com inteli-gência, conhecimento e carinho, deve ajudar os educandos a encontrar-se consigo mesmos, com os outros com a natureza e com Deus ou com o Divino. É a dimensão transcendental;

h) O ensino religioso poderá preparar os que crêem, para uma melhor vivência de sua fé,

qualquer que seja sua congregação, igreja, cen-tro ou prática religiosa;

i) O ensino religioso para os cristãos, que compõem mais de 90% dos brasileiros, en-sinará uma ética baseada nos princípios bí-blicos, na crença em Deus e em Jesus, Deus feito homem. Embora aqui, mais uma vez temos que lembrar que qualquer forma de proselitismo é proibida pelo artigo 33 da LDB. Em outras palavras, somos obrigados a levar em consideração alunos de igrejas ou seitas não-cristãs;

j) Do ponto de vista sociológico, o ensino religioso dá continuidade ao trabalho

inicia-do na família, lembraninicia-do que a família é a primeira educadora no campo da religião, já que promove o encontro, o diálogo e a aber-tura. Neste sentido ajuda a acordar para a cons-ciência de valores transcendentais;

k) Do ponto de vista psicológico, o ensino religioso pode contribuir para a integração da personalidade.PONMLKJIHGFEDCBAÉum estímulo ao trabalho dos valores ou à axiologia. Fortalece a di-mensão volitiva no sentido de querer ou de-sejar o bom;

I) Do ponto de vista ético-moral pode abrir um campo magnífico para a formação da cons-ciência e ajudar a amadurecer jovens no cami-nho das opções ou escolhas, oferecendo ele-mentos ou critérios de juízo. Pode contribuir ao crescimento da liberdade e da autonomia na medida em que oferece elementos ou pon-tos referenciais para a conduta de vida;

m) Do ponto de vista pedagógico, pode favo-recer o conhecimento e respeito mútuo entre as várias religiões e culturas. Fornece subsídi-os para uma educação moral equilibrada, que é uma necessidade inadiável na sociedade atu-al. Todos concordam que a educação cívica é uma conseqüência natural da educação reli-giosa. Obviamente, o ensino religioso facilita a reflexão sobre Deus (a dimensão transcenden-te), sobre o próximo (a dimensão humana), sobre a natureza (a dimensão ecológica) e so-bre a própria pessoa. Quando bem conduzido, o ensino religioso é capaz de iniciar o aluno no raciocínio filosófico e metafisico. Porém, é im-portante lembrar que há pessoas sérias contrá-rias ao ensino religioso nas escolas públicas porque elas acreditam que a religião é prática de fé e não um discurso de conhecimento.

Hoje, uma pessoa querendo fazer parte do quadro permanente do magistério federal, esta-dual ou municipal precisa ser portadora de di-ploma de Licenciatura em Ensino Religioso. Nor-malmente, o (a) aluno (a) terá no seu histórico final um mínimo de 160 créditos (2400 horas/ aula), 100 dos quais (1.500 horas/aula) nas áre-as temáticáre-as e 40 (600 horas/aula) nas áreas de apoio pedagógico, incluindo-se nestes os 20 cré-ditos correspondentes à Monografia. Caso não existam profissionais devidamente licenciados, o sistema de ensino poderá preencher os cargos de professores com profissionais portadores de

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ploma de Especialista em Ensino Religioso (carga horária mínima de 360 horas/aula), desde que sejam portadores de diploma em outra licencia-tura; bacharéis na área da religiosidade, com com-plementação exigida pelo MEC, desde que te-nham cursado disciplina na área temática de Teo-logia Comparada, no total de 120 horas/aula. O . professor, obviamente, precisa demonstrar

capa-cidade de atenderPONMLKJIHGFEDCBAà pluralidade cultural e reli-giosa brasileira, sem proselitismo.

Atualmente, aqui no Ceará, o CONOERCE, juntamente com o Conselho de Educação do Ceará, estão no processo de atualizar os obje-tivos e o currículo do Curso de Licenciatura Ple-na em Ciências da Religião. Na opinião dos pe-ritos já mencionados neste artigo e membros do CONOERCE, os objetivos do Curso de Licen-ciatura em Ciências da Religião devem:

a) possibilitar ao profissional de Ensino Re-ligioso o referencial teórico-metodológico que possibilite a leitura e a interação crítica e cons-ciente do fenômeno religioso pluralista atual;

b) habilitar o profissional de Ensino Reli-gioso para o pleno exercício pedagógico, atra-vés da busca da construção do conhecimento, a partir de categorias, conceitos, práticas e in-formações sobre o fenômeno religioso e suas conseqüências socioculturais no universo pluralista da educação;

c) qualificar o profissional de Ensino Reli-gioso, pelo acesso ao conhecimento e à com-preensão do fenômeno religioso presente em todas as culturas, para o exercício pedagógico no âmbito social, cultural, antropológico, fi-losófico, ético, pedagógico, científico e reli-gioso na escola;

d) possibilitar aos profissionais de Ensino Religioso o acesso aos direitos previstos nas legislações específicas do magistério.

O presente escritor gostaria de apresentar um modelo do currículo do Curso de Licencia-tura Plena em Ciências Religiosas ou Ensino Re-ligioso que ele aprova.

É

o seguinte:

Esta proposta curricular, ao meu ver, é um avanço sobre o currículo que foi aprovado pelo CONOERCE e o Conselho de Educação do Ceará mais ou menos seis anos atrás. Naquela época, a distinção entre Teologia e Ensino Religioso não era tão clara quanto hoje. Houve um avanço tam-bém na prática de ensino da disciplina. No antigo currículo, houve dois estágios supervisionados, mas, sem orientação adequada para seu funcio-namento. No currículo citado, que será analisado pelas autoridades competentes brevemente, a prá-tica do ensino de Licenciatura em Ensino Religio-so, deverá ocorrer prioritariamente na rede públi-ca, com possibilidade de vir a acontecer na rede privada de ensino. Será subdividida em dois se-mestres: Estágio Supervisionado em Ensino Reli-gioso I, no 7° semestre, e Estágio Supervisionado em Ensino Religioso 11, no 8° semestre, com 10 créditos ambos, totalizando 300 horas/aula.

As atividades do 7°. semestre com 10 cré-ditos consistirão, em um primeiro momento, como fundamentação teórica e legal, colocando em discussão o objetivo da disciplina e resga-tando nos alunos a concepção de estágio. Num segundo momento, construir-se-á com o grupo, um projeto de estágio para interagir efetiva-mente na realidade educacional, através das prá-ticas do cotidiano de Ensino Religioso como um todo, e da sala de aula, em particular na Edu-cação Infantil e nas séries de 1a à 4a do Ensino

Fundamental.

Há mais uma notável diferença entre o an-tigo currículo e este que está sendo apreciado agora. No antigo, uma monografia foi exigida. Neste cur-rículo, os estágios supervisionados, já menciona-dos, deverão ser finalizados com a apresentação de relatório sobre as etapas desenvolvidas e não através da apresentação de uma monografia.

(7)

CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM ENSINO RELIGIOSOVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A T e u

Formação Temãticas

L i t e r a t u r a O b r i g .

o

H o r a / a u l a C r é d i t o s L í n g u a

PortueuesaPONMLKJIHGFEDCBA

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M e t o d o l o g i aJIHGFEDCBA P r o d u ç ã o d o

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O b r i g o

c o n h e c i m e n t o

~~~e~~sSad e O b r i g o

O b r i g o

12 14 8 6

o

60

o

I n f o r m á t i c a e E d u c a ç ã o O b r i g o

SUBTOTAL DA FORMAÇAO GERAL

F i l o s o f i a n a

Educação O b r i g o

O b r i g o

O b r i g o

O b r i g o

O b r i g o

O b r i g o

O b r ig o

O b r i g o

o 30 30 60 180 60 60 60 180 90 60 60 60 60 60 120 120 90 90 180 60 90 60

I n f o r m á t i c a

12

SUBTOTAL DA FORMACAO BASICA

Episremo-lo g ia d o

Fenômeno Relieioso

Formação

SUBTOTAL DA FORMAÇÃO EPISTEMOLÓCICA

Obng.

u

P s i c o l o g i a d a

Educação

<

U

S o c i o l o g i a

P s i c o l o g i a e

Tradições Relielosas

C u l t u r a

Reliaiosa

F i l o s o f i a

< C u lt u r a s e

T r a d i ç õ e s

R e lig io s a s

D i d á t i c a

12

H i s t ó r i a e

T r a d i ç õ e s

Rellaiosas

F i l o s o f i a d a s T r a d i ç õ e s

Reliaíosas

S o c i o l o g i a e T r a d i ç õ e s

Reliaiosas

H is tó r iad a s

~a~~:~~Vs~

e O b r i g o

11 Textos

s"grodos I e Obril-11

Hermenêe-t i a d u E 5 a 1 t u r a s

5.a2rodos

•...

T e o l o g i a

Compondt

o

E t h o s

1 6 1 6

C r é d i t o s -S e m e s t r e

Caracrcrnuca

VII

O b r i g o

11 11I IV V VI

12

VIII 1200

H o r H J a u l a

60 60

12

P s i c o l o g i a

do Dcscnwl-vinento

Obrlg. 60

Psicologia

d a A p r c n d i· z.atem

O h r ig . 60

Étican o E n s i n o

R~1ii o s o

P s i c o l o g i a C R c l i g i t l s i ·

dadc

S c n i n á r i o

de Inteuracão

Obrigo

O b r i g o

60 30

H i s t ó r i a

T e o I O ! i a n u

~~g~l. Obrig, 11.11I

Étican a s T r a d i ç õ e s

R~1ii o s a s

Arcas Tcmâticas

T r u h a th o

Monogrã-f i c o

O h r ig .

10 10 300

6 U so 60 80 Créditos 4

D i l o c i p l i n a s

F u n d a m e n to s

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Religioso

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Ensino

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Estrutura e

Funcion. d a E d u c a ç ã o B á s i c a

20

Pur adigmas Educacionais

enE n s in o

R e lig io s o

P a r a d ig m a s

Educacio-n a i s

60

P a r a d i g m a

doER

SUBTOTAL DA FORMA ÃO PEDAGÓGICA TOTAL GERAL DO CURSO DE UCENCIA11JRA PLENA 20

EM ENSINO REUGIOSO 22 20 20 20 20 14 20 IR 22 900 2460 1M

(8)

Devido ao fato que atualmente há um con-siderável número de professores portadores de Licenciatura Plena em Ciências da Religião com Habilitação em Ensino Religioso, será importante

pensar na abertura de Cursos de Pós-GraduaçãodcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

L a t o S e n s u em Ensino Religioso - Curso de

Es-pecialização em Ensino Religioso. O objetivo de um curso dessa natureza será possibilitar um aprofundamento teórico e metodológico na te-mática do Ensino Religioso tendo em vista me-lhor capacitar profissionais para atuarem no campo educacional, bem como no diálogo cultu-ral ecumênico e inter-religioso. Cursos de Espe-cialização em Ensino Religioso deverão receber profissionais com formação pedagógica, interes-sados em atuar no ensino religioso nas escolas públicas e particulares, além de lideranças co-munitárias e religiosas interessadas em apro-fundar a reflexão sobre a temática da religião, do diálogo inter-religioso e do ecumenismo. Um curso de especialização deve ser de 360 horas/ aula, no mínimo, com o número de vagas limi-tadas a 25 ou 30 pessoas.

Seria relativamente fácil montar um Curso de Especialização em Ensino Religioso em dois módulos, como os seguintes:

• Módulo I - Fundamentos do ensino religioso escolar - 150 horasPONMLKJIHGFEDCBA

* Introdução ao ensino religioso

* Filosofia da religião

* Didática

*Tradições religiosas

* Epistemologia do ensino religioso escolar

* Sociologia da religião

* Psicologia e religiosidade

* Antropologia da religião

* Metodologia do ensino religioso escolar • Módulo 11- Aprofundamento sistemático - 210

horas

* Metodologia da pesquisa

* Manifestações religiosas contemporâneas

* História das narrativas sagradas

* A arte e o ensino religioso escolar

* Paradigmas educacionais e ensino religioso escolar

* Cultura religiosa no Ceará

* Ética e religiosidade

*Tradições religiosas no Brasil

* Seminários de pesquisa

* Monografia (Trabalho de conclusão de curso)

No momento, há certas dificuldades em encontrar um corpo docente para cursos desta natureza aqui no Ceará. Portanto, através do sis-tema de módulos, existe a possibilidade de con-vidar doutores e mestres desta área de outras partes do Brasil para participar de cursos aqui, no Ceará. No sul do país e em São Paulo há um considerável número de professores qualificados para lecionar em Cursos de Especialização em Ensino Religioso.

Em 1998, o Grupo de Estudo e Redação composto de membros do Conselho de Educação do Ceará, do CONOERCE e alguns peritos no assunto, elaborou os objetivos gerais do Ensino Religioso para o 1° e 2° ciclos do ensino público fundamental no Estado do Ceará. Brevemente, estes objetivos serão atualizados e o presente autor acredita que vale a pena tomar conheci-mento dos mesmos que serão usados como base para os novos e modificados objetivos. Segue um resumo deste precioso trabalho:

Objetivos gerais no 1°. ciclo:

1. Perceber a si mesmo e aos outros como obras de Deus, que é Amor. Cada filho do Amor de Deus é original, não se repete e tem a semente desse Amor dentro de seu espírito. 2. Perceber o corpo como instrumento de c0-municação e relacionamento com o OUITOS e

com o mundo.

3. Identificar em tudo o que temos e que nos rodeia, o dom de Deus e a nossa participação humana no uso desses dons (natureza x cul-tura). Valorizar a natureza, sua beleza e ne-cessidade para a vida.

4. Descobrir a vida como valor máximo de um Deus que confia em nós, para respeitar uns aos outros, para dar afeto, para construir essa vida de modo harmonioso e feliz juntos. 5. Identificar (por exemplos do que se vive, do que se vê, do que se lê, do que se ouve) o valor da ajuda mútua, da generosidade (saber dar e receber), da construção da felicidade.

6. Conhecer Jesus, como nos mostra a Bíblia. Interpretar a grandeza do amor de Deus que se manifesta na sua vinda, na sua missão. 7. Aprender com Jesus de Nazaré a vivenciar a experiência humana: alegria, sofrimento, tra-balho, convivência ...

8. Assumir a importância de nossa resposta de amor à proposta amorosa de Deus.

55

(9)

Obs.: Obviamente se tiver alunos de reli-giões não-cristãs esses objetivos têm que ser adaptados.

No decorrer do 1°. ciclo, fase das "opera-ções concretas" (segundo a psicogenética), a cri-ança pode e deve desenvolver:

a) capacidade de transformação do real em ações interiorizadas e sistematizá-Ias;

b) capacidades de representar (no desenho, nos gestos, nas palavras, nos sons) o que já adquiriu na ação;

c) capacidade de reconhecer valores e regras estabelecidos de fora para dentro (daí os er-ros ou acertos dos professores nessa fase se-rem definitivos para toda a vida da criança); d) capacidade de perceber as contradições en-tre as regras e valores apresentados e o exem-plo do comportamento de quem dita as re-gras (tlrealismo moral": mais do que nunca, um exemplo nessa fase vale mais que mil pa-lavras) ;

e) capacidade de ampliar seu campo afetivo, de relação familiar para as relações com o

gru-po com que convive na escola e no brinquedo;PONMLKJIHGFEDCBA f) capacidade de exercitar a cooperação, a troca,

de "com-viver", enfim. Objetivos gerais no 2° ciclo:

Nesse ciclo é preciso continuar a construir: a) a experiência e a reflexão sobre a partici-pação, o respeito recíproco e a tolerância (aceitar o outro como ele é);

b) a capacidade de tentar compreender os pon-tos de vista diferentes dos seus, deixar de se considerar dono de verdades absolutas; c) a capacidade de propor regras e respeitá-Ias, aprendendo a comparar, analisar e tomar decisões, sabendo encontrar estratégias de resolução em situações problemáticas;

d) a capacidade de se organizar em grupos, onde as regras podem ser transformadas caso seja necessário para o bem geral do grupo;

Continuam válidas as recomendações pe-dagógicas quanto ao uso intensivo da leitura (so-bretudo a leitura lúdica, mas agora também, a leitura de textos de conhecimentos organiza-dos), das atividades artísticas, dos recursos de informação que estejam ao alcance dos alunos.

Quanto aos "encontros religiosos", foi sugerido temas como:

1. Perceber a natureza como nossa casa, a ne-cessidade de cuidar dela e preservá-Ia e o ser humano integrado nesse conjunto da criação de Deus.

2. Perceber a responsabilidade sobre o que pertence a todos, e por todos deve ser cuida-do: natureza, equipamentos públicos, luga-res públicos, objetos pessoais, alheios e coletivos. Ver em tudo o fruto do sagrado tra-balho humano, prolongamento do trabalho criador de Deus.

3. Despertar para o valor das relações afetivas no desenvolvimento e na construção da feli-cidade de todo o ser humano.

4. Despertar para a responsabilidade de VI-VER. Perceber a VIDA como valor máximo a ser respeitado.

5. Descobrir que o pecado é o NÃO-À-VIDA, segundo o plano de Deus.

6. Descobrir que esse não-à-vida prejudica o relacionamento com Deus, impedindo de se crescer no amor. Suas conseqüências afetam, portanto, a comunidade e ajudam a aumen-tar o sofrimento no mundo.

7. Conhecer o mundo que Jesus quer: o mun-do com Verdade, Amor e Justiça, vivimun-dos com sinceridade e persistência.

8. Conhecer melhor as mensagens de Jesus, no texto bíblico, ou o equivalente para outras igrejas não-cristãs.

9. Procurar textos que coincidam com a men-sagem bíblica, no mundo da informação (li-vros, revistas, TV, Internet, etc.).

10. Aprender a meditar sobre a vida de Jesus: Ele que sofreu a injustiça, perdoou, salvou, venceu a morte e vive ressuscitado também em

nós. A vida vence a morte, o bem vence o mal.VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s

Gostaria de fazer minhas as palavras da Irmã Lurdes Caron, Assessora da CNBB - Setor Ensino Religioso. Segundo ela: "percebe-se que em várias Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, o Ensino Religioso salvaguarda a fi-delidade aos princípios constitucionais de liber-dade religiosa e respeito pelos diferentes credos, numa convivência pacífica entre as diversas ma-nifestações religiosas que compõem a pluralidade

(10)

étnica e cultural da nação brasileira". Nas Secre-tarias Estaduais e Municipais de Educação, em que a equipe técnico-pedagógica também se pre-ocupa com o Ensino Religioso, facilita a sua im-plantação de forma pedagógica. Porém, onde há rotatividade da equipe ou ausência dela, nos Sis-temas de Ensino, essa disciplina é caracterizada como um apêndice do currículo e elemento eclesial.PONMLKJIHGFEDCBAÉ preciso, ainda, intensificar um traba-lho que favoreça o reconhecimento do profissio-nal do Ensino Religioso como tal. Constata-se a inclusão do Ensino Religioso no projeto político pedagógico da escola e nos concursos públicos, promovidos pelas SEE e SME. Esses, ao mesmo tempo em que se constituem avanços, tornam-se desafios devidos à carência de habilitação do

profissional de Ensino Religioso.VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B i b l i o g r a f i a C o n s u l t a d a

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Referências

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