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ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE BABESIA E ANAPLASMA BOVINA

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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE BABESIA E ANAPLASMA BOVINA

GIARETTON, Camila¹ E-mail: camilagiaretton@gmail.com

POZZEBON, Camile Luize¹ E-mail: camile_05@hotmail.com

ZARPELLON, Diane Maria¹ E-mail: zarpellond@yahoo.com.br

MENESES KOSSMANN, Denison¹ E-mail: denisonkm@hotmail.com

RANGHETTI, Álvaro²

E-mail: alvaro.biologia2004@hotmail.com

ARRUDA, Tiago Zart de² E-mail: tiagoarruda@ideau.com.br

FACCIN, Ângela² Email: angefaccin@gmail.com

OLIVEIRA, Franciele de² Email: francieleoliveira@ideau.com.br

ROSÉS, Thiago²

Email: veterinarioroses@gmail.com

RITTER, Filipe²

Email: veterinária@ideau.com.br

¹ Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 4 2016/1 – Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

² Docentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 4 2016/1 – Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: Objetivou-se analisar a presença da rickettsia Anaplasma marginale e dos protozoários Babesia bovis e B. bigemina, causadores do conjunto Tristeza Parasitária Bovina (TPB). Foram avaliados 61animais de quatro propriedades do interior do Município de Paulo Bento/RS e observados os sinais clínicos de todos os animais do rebanho (vaca, touro e bezerro) posteriormente coletou-se amostras de sangue da veia coccígea. As mesmas foram levadas ao laboratório de Bioquímica, para a realização de esfregaço delgado sanguíneo, corado com Kit Panótico Rápido. Após o preparo das lâminas foram observadas ao microscópio óptico, onde se encontrou provável presença de protozoários e rickettsia parasitando eritrócitos. O que foi confirmado com a comparação em atlas e literatura de sua forma e características. Conhecendo o histórico clínico das propriedades e os sinais apresentados pelos animais pode-se chegar ao diagnóstico.

Palavras-chave: carrapato, bovino, tristeza parasitária.

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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2 ABSTRACT: This study aimed to analyze the presence of rickettsia Anaplasma and Babesia bovis and B.

bigemina protozoa, causing the whole Sadness Parasitic Bovina (TPB). We evaluated the 61animais four inside the property of the Municipality of Paulo Bento / RS and clinical signs of all herd animals (cow, bull and calf) later collected Samples of blood from the coccygeal vein. They have been brought to the biochemistry laboratory, to perform blood thin smear stained with Kit Panotic Fast. After preparation of the slides were observed under an optical microscope, where it was found probable presence of protozoan and rickettsial parasite of red blood cells. What has been confirmed with the comparison in atlases and literature of their shape and characteristics. Knowing the clinical history of the properties and the signs shown by the animals can make the diagnosis

Keywords: tick, bovine, parasitic sadness.

1 INTRODUÇÃO

O Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo, com cerca de 212,3 milhões de cabeças, sendo o segundo colocado no ranking mundial, apenas atrás da Índia (IBGE 2014). Atualmente a bovinocultura Brasileira enfrenta várias dificuldades, devido às enfermidades infecciosas e parasitárias, que acometem os rebanhos diminuindo a produtividade dos animais podendo até causar a morte destes e, consequentemente, prejuízo aos produtores (CAMILLO, 2009).

A Tristeza Parasitária Bovina (TPB), é uma doença infecciosa e parasitária que é composta por duas enfermidades bem conhecidas: a babesiose, também conhecida como Febre do Texas, causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina, os quais se multiplicam no interior de eritrócitos maduros. Pode ser dividida em Babesia pequena (B.bovis) e Babesia grande (B.bigemina), transmitida aos animais através do carrapato dos bovinos Rhipicephalus (Boophilus microplus), sua diferenciação ocorre pela análise microscópica (ANTUNES 2008). A anaplasmose bovina é uma infecção causada pela rickettsia Anaplasma marginale, tem como principal transmissor o carrapato Rhipicephalus, também pode ocorrer por insetos hematófagos e materiais de uso veterinário contaminado. Na fase aguda da infecção é observada parasitando eritrócitos (VIDOTTO 2001). Os animais parasitados apresentam menor produtividade, como queda na produção de leite, perda de peso e danos ao couro (KIKUGAWA 2009).

Ambas são manifestadas, clinicamente, por febre, anemia, hemoglobinúria, icterícia, falta de apetite, pelo arrepiado. Em casos mais graves podem ocorrer alterações gastrointestinais, como diarreia, levando a esplenomegalia, hepatomegalia, podendo levar à morte (FARIAS 2001).

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Segundo Farias (2001) o período de incubação da Babesia spp, varia de 7 a 10 dias, no entanto o da A. marginale é superior a 20 dias. Deve-se, salientar o fato de que B. bovis é inoculada no bovino por larvas do carrapato a partir do primeiro dia de parasitismo, e B.

bigemina somente começa a ser inoculada pelo estágio ninfal, a cerca de oito dias após a fixação das larvas. Por isso, ao serem introduzidos bovinos não imunes em uma propriedade infestada por carrapatos com Babesia spp, surgem os primeiros casos de TPB, 7-10 dias após, causados por B. bovis (inoculado pelas larvas) e, 15 a 20 dias após, ocorrem os casos de babesiose por B. bigemina. Portanto, os casos mais tardios de babesiose por B. bigemina podem coincidir com os primeiros casos de anaplasmose.

Objetivou-se analisar a presença da rickettsia A. marginale e dos protozoários B.bovis e B. bigemina, causadores do conjunto Tristeza Parasitária Bovina.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Animais avaliados

Os animais avaliados pertenciam a quatro propriedades do interior do município de Paulo Bento, RS, onde ocorreram casos de TPB com prevalência de carrapato no último ano;

nas propriedades foram avaliados os sinais clínicos (Figura 1) de todos os animais do rebanho (vaca, touro e bezerro), como a grande maioria apresentava sinais clínicos optou-se por coletar de todos os animais sendo 61 animais, destes 42 apresentavam sinais clínicos mais acentuados.

Figura 1: Observação da mucosa ocular e mucosa vaginal. Fonte: Zarpellon, D. 2016. Getúlio Vargas/RS

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2.2 Coleta das amostras

As coletas foram realizadas utilizando tubos para coleta sanguínea; puncionando a veia coccígea (Figura 2). Durante a coleta foram encontrados animais com grande quantidade de carrapatos, onde foram coletados e mantidos em um tubo imersos em álcool 70% para posterior estudo destes protozoários. Ao término do procedimento as coletas foram levadas ao laboratório de bioquímica, para a realização de esfregaço sanguíneo.

Figura 2: Coleta de amostra sanguínea da veia coccígea bovina. Fonte Giaretton. C. 2016. Getúlio Vargas/RS

2.3 Avaliações das amostras

A preparação do esfregaço sanguíneo, panótico rápido, se deu com a preparação das extensões sanguíneas, consistindo no preparo da lâmina (Figura 3), mantendo a mesma na posição horizontal entre o polegar e o indicador, onde foi colocada uma pequena gota de sangue na extremidade, com outra lâmina em ângulo de 45° sobre a superfície da primeira de modo que a gota de sangue se espalhasse pela borda, após, realizando um movimento uniforme, formando uma camada delgada de sangue, deixando secar em temperatura ambiente (HILL, 1965).

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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 5 Figura 3: Esfregaço sanguíneo. Fonte: Giaretton, C 2016. Getúlio Vargas/RS.

Após a secagem submergiram as lâminas primeiramente no recipiente da solução número 1, mantendo um movimento contínuo de cima para baixo durante 5 segundos, deixando escorrer bem; submergiram na solução 2 repetindo os movimentos de cima para baixo durante 5 segundos após escorreram novamente e repetiram o procedimento com a solução 3 (figura 4), feito isso lavou-se com água deionizada, esperou-se secar naturalmente na posição vertical para que fosse possível a observação no microscópico óptico com aumento de 1000x, utilizando óleo de imersão (HILL,1965).

Figura 4: Preparo das lâminas com esfregaço delgado de sangue. Fonte: Meneses. D. 2016 Getúlio Vargas/ RS

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3 RESULTADOS E ANÁLISE

Foram coletadas amostras sanguíneas de 61 animais, destes 50% apresentaram sinais clínicos e presença de parasitas intraeritrocitários (tabela 1). A seleção dos animais para coleta teve como base o diagnóstico clínico, que de acordo com Cavalcante (2007), e analisando o histórico clínico dos animais a enfermidade possui características do complexo TPB.

Tabela 1: Indíce de animais parasitados por propriedade:

Propriedades Total de rebanho

S.C aparente, sem presença de

parasita.

Animais sem incidência

Parasitados

1 17 3 5 9

2 12 4 1 7

3 13 2 5 6

4 19 1 8 10

Fonte: Pozzebon, C. 2016. Getúlio Vargas/RS.

Fato esse que se confirmou em diagnóstico laboratorial direto através de esfregaço sanguíneo delgado, corados pelo método Panótico Rápido (Giemsa), onde foi possivel a observação e identificação dos agentes parasitários intraeritrocitários. De acordo com comparações aos achados no esfregaço sanguíneo e os estudos de Kessler (1998), chegamos a conclusão que os eritrócitos apresentavam-se parasitados por Babesia bovis (Figura 5), Babesia bigemina e Anaplasma Marginale.

Figura 5: Lâminas parasitadas com Babesia bovis. Fonte: Pozzebon, C. 2016. Getúlio Vargas/RS.

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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 7 Segundo Kessler (1998), a B. bovis se apresenta em forma de um pequeno anel ou de pêra, medindo de 1,0 a 2,5 micrômetros, em esfregaços sanguíneos, nos casos positivos, os capilares apresentam-se repletos de eritrócitos parasitados por B. bovis. Em casos negativos, os capilares aparecem vazios, visualizando-se apenas os núcleos das hemácias. A B. bigemina é mais pleomorfa, sendo encontrados trofozoítos em forma de anel, em forma amebóide (no processo de divisão) e piriforme (no final da divisão) com 2,5 a 4,0 micrômetros de comprimento. O A. marginale, como as demais rickettsias, apresenta-se como uma pequena esfera de cor violeta escura ou preta, localizada na margem interna dos eritrócitos, sendo estas, características compatíveis com as observadas nas lâminas (Figura 6).

Figura 6: Lâminas parasitadas com B.bigemina (A) e Anaplasma marginale (B). Fonte: Meneses, D. 2016.

Getúlio Vargas/RS.

A maioria dos animais apresentava infestações de carrapatos ou entraram em contato com o mesmo, pois as propriedades em que foram realizadas as coletas tiveram prevalência de carrapato ou ainda enfrentavam altos índices de parasitismo no rebanho, (Figura 7) por ser no período de clima favorável, para a reprodução do mesmo, com a ocorrência de casos de babesiose e até a perda de animais.

Todas as propriedades realizavam tratamento preventivo com sal mineral homeopático, e outros métodos de controle do vetor; estes não apresentaram resultados positivos até o momento, pois segundo Carmo (2002) é necessário que seja feito um tratamento de 12 - 36 meses para que ocorra a eliminação por completo do ciclo. Em relação aos demais carrapaticidas usados, provavelmente está ocorrendo resistência, pelo fato dos produtores não

A B

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terem, um controle estabelecido de aplicações e vida útil dos mesmos, surgindo cepas resistentes (SANTOS 2005).

Figura 7: Animal com infestação de carrapato. Fonte: Zarpellon, D. 2016. Getúlio Vargas/ RS

O índice de maior prevalência foi analisado, numa das propriedades onde ocorrem com frequência compra e venda de animais, quando comparado às demais propriedades onde não há intensa movimentação do rebanho, tendo em vista que segundo Correa (2001) animais recém-introduzidos em uma região endêmica são suceptíveis à enfermidade, tanto aqueles oriundos de áreas livres, quanto os oriundos de outras áreas enzoóticas.

De acordo com Osaki et. al. (2002) o diagnóstico das babesioses geralmente é feito com base nos sinais clínicos e na observação dos parasitas no interior das hemácias em esfregaços delgados de sangue corados pelo Giemsa (kit panotico rapido). Porém, a B. bovis, mesmo na fase aguda tende a apresentar baixa parasitemia, o que dificulta o seu diagnóstico por exame de esfregaço sanguíneo, este fato pode explicar o caso dos animais em que se encontravam, com sinais clínicos porem não foi observado parasitas intraeritrocitários.

Sacco (2001) cita que as babesias são transmitidas aos bovinos exclusivamente pelo carrapato Boophilus microplus e que a transmissão do Anaplasma também se dá pelo mesmo, porém, pode acontecer mecanicamente através da picada de insetos hematófagos (moscas, mutucas e mosquitos). Os animais jovens apresentam uma imunidade não específica aos agentes da TPB até aproximadamente 7 a 10 meses de idade. Em locais onde as condições climáticas permitem a presença do carrapato durante praticamente todo o ano, os agentes da

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TPB são continuamente inoculados nos animais a partir do nascimento, quando são mais resistentes, permitindo que estes não adoeçam e desenvolvam uma imunidade específica. No diagnóstico direto foi observado que bezerros com idade inferior ou igual há 10 meses apresentaram sinais da doença e inclusive encontrava-se com parasitemia do vetor, estes, porém pertenciam a propridade em que realiza intensa movimentação de animais, isso pode ser devido a entrada de cepas novas na propriedade.

A TPB é um dos problemas sanitários que causa maior prejuízo econômico na pecuária bovina, que corresponde a altos índices de mortalidade e morbidade, com significativa redução na produção de carne e/ou leite, aborto e menor fertilidade nos animais afetados e altos custos com tratamentos e manejos especiais (CORDEIRO, 2014). Fato este relatado em 50% das propriedades utilizadas neste trabalho de pesquisa, com ocorrência de morte, aborto, infertilidade e diminuição na produção de leite.

A região Sul do Brasil apresenta invernos mais rigorosos, com temperaturas mínimas mais baixas que as demais áreas do país, isso faz com que a populações de carrapatos se encontre baixas nesta época do ano. Sendo que em temperaturas abaixo de 20°C, os ovos postos pelas teleóginas não apresentam infecção pelas babesias, pois ocorre inibição da multiplicação desse agente no carrapato (GONÇALVES, 2000).

Segundo Bazan (2008), o tratamento deve ser feito com base em dados sorológicos e históricos de casos clínicos, a vacinação anual de bezerros é uma ação para prevenir a enfermidade quando houver exposição aos hemoparasitas. Se houver uma proporção de adultos em riscos de babesiose de acordo com a informação sorológica, também recomenda- se uma vacinação no primeiro ano. Entretanto, os riscos de reações clínicas em bovinos adultos são maiores que nos terneiros. Mesmo que existam vacinas contra a babesiose bovina, especialmente para uso em áreas endêmicas, os fármacos ainda representam um papel fundamental para o tratamento de casos clínicos de TPB, e, mesmo em algumas situações, na profilaxia da enfermidade.

Sabe-se que os animais Bos taurus apresentam maior susceptibilidade à infestação por carrapatos quando comparado aos animais Bos indicus. Dessa forma, em animais de raças cruzadas, quanto maior a proporção de Bos taurus no cruzamento, maior a susceptibilidade deste rebanho ao carrapato (SILVA 2007).

Em relação à babesiose, ainda não se sabe ao certo qual a influência da raça no nível de infecção pelo hemoparasita, estudos mostram que animais taurinos apresentando maior

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susceptibilidade à infecção (JONSSON et al., 2008). Foi verificada maior resistência a babesiose em animais zebuínos e animais cruzados (Bos taurus x Bos indicus), quando comparado aos animais taurinos puros.

A forma correta de combater as infestações de carrapato varia de acordo com a época do ano. No período úmido e quente, há condições propícias para o desenvolvimento cíclico dos carrapatos ao campo. No período seco, há maior percentual de carrapato nos animais que ficam no campo (SILVA et al 2011).

Uma alternativa de controle e prevenção do carrapato é a rotação de pastagens, a qual consiste na retirada dos animais das mesmas até que todas, ou pelo menos a maioria das larvas, sejam eliminadas por causas naturais. Um bom descanso seria em torno de 40 dias na primavera/verão e 60 dias no outono/inverno. A implantação de lavoura, apesar de ser utilizada com o objetivo de recuperação ou renovação de pastagens, é uma prática que indiretamente auxilia o controle do carrapato. A queima e a aplicação de acaricida nas pastagens hoje são alternativas pouco recomendáveis por causarem grandes danos à fauna e flora e, na maioria das vezes, não são práticas e até mesmo antieconômicas (EMBRAPA 2002).

4 CONCLUSÃO

A partir das análises da doença, pode-se concluir que os protozoários e rickettsia achados nas lâminas, associados com os sinais clínicos apresentados pelos animais em comparação com a literatura, confirma o complexo TPB. Esta constitui um dos principais fatores limitantes para o melhoramento da produtividade da bovinocultura causando prejuízos econômicos, se não prevenida e ou diagnosticada a tempo de realizar o tratamento pode ocorrer à morte do animal.

5 REFERÊNCIAS

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BAZAN, C; Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária – Babesiose bovina, nº 11, 2008. Disponível em: www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br;

CAMILLO, G; Eficiência in vitro de acaricidas sobre carrapatos de bovinos no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.2, p.490-495, 2009;

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CAVALCANTE, G, G. Aspectos clínicos e epidemiológicos das infecções por Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale em bezerros da raça Nelore no Estado de São Paulo. Botucatu- SP, 2007;

CORDEIRO. M; A importância do diagnóstico laboratorial para confirmação da Tristeza Parasitária Bovina; 2014;

EMBRAPA. Circular técnica: Controle de surtos de Tristeza Parasitária bovina.

(publicado em junho de 2002). Disponivel em: www.cppsul.embrapa.br/unidade/publicacoes:

download/69; 2002;

FARIAS N.A; Tristeza parasitária bovina, Ed: Doenças de ruminantes e eqüinos; 2001;

GONÇALVES, P. M; Epidemiologia e controle da tristeza parasitária bovina na região sudeste do Brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 1, p. 187-194, 2000;

HILL, L; The rational use of dyes in biology. London; 1965;

IBGE; Rebanho bovino brasileiro cresce e chega a 212,3 milhões de cabeças de gado;

Disponivel em: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/10/rebanho-bovino- brasileiro-cresce-e-chega-a-212-3-milhoes-de-cabecas-de-gado; 2014;

JONSSON, N. N; Productivity and health effects of anaplasmosis and babesioses on Bos indicus cattle and their crosses, and the effects of differing intensity of tick control in Australia. Vet. Parasitol. v. 155, p. 1-9, 2008;

KESSLER. H.R; Livro Embrapa diagnóstico parasitológico da TPB; 1998;

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