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LUCRO REAL VERSUS LUCRO PRESUMIDO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES SELECIONANDO A OPÇÃO MENOS ONEROSA

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LUCRO REAL VERSUS LUCRO PRESUMIDO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES SELECIONANDO A OPÇÃO MENOS ONEROSA

REAL PROFIT VERSUS ASSUMED PROFIT: CASE STUDY IN A TRANSPORT COMPANY SELECTING THE LESS CHEAP OPTION

Jaqueline Soldera, Nádia Cristina Castilhos, Uiliam Hahn Hahn Biegelmeyer, Maria Emília Camargo

RESUMO

As informações levantadas pela contabilidade são elementos necessários para a tomada de decisão com maior qualidade, o que acarreta resultado mais eficaz. Os principais tipos de tributos cobrados hoje são: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social (PIS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O objetivo do artigo é demonstrar o comparativo entre uma apuração de resultados dos tributos, pelo regime de Lucro Real versus Lucro Presumido. Os procedimentos metodológicos foram embasados em uma pesquisa bibliográfica e aplicação de estudo de caso em empresa da cidade de São Marcos RS, a qual atua no mercado de transporte rodoviário de cargas. No trabalho realizado temos um comparativo onde foi encontrada uma porcentagem de lucro estimado onde a carga tributária fica igual nos regimes de tributação de Lucro Real e Lucro Presumido. Também se identificou a possibilidade da empresa migrar para o Simples Nacional, comparando com a folha de pagamento. Através deste artigo observa-se a necessidade de um bom planejamento com o intuito de reduzir o pagamento de impostos. Concluiu-se que a melhor escolha para a empresa é optar pelo regime tributário de Lucro Real.

Palavras Chave: Lucro Real; Lucro Presumido; Tributos.

ABSTRACT

The information brought by accounting is a necessary element for decision making with higher quality, bringing more effective results. The main types of taxes charged today are: Corporate Income Tax (IRPJ), Contribution to Social Security Financing (COFINS), Social Integration Program (PIS), Tax on Circulation of Goods and Services Provision (ICMS), Tax on Services (ISS), Social Contribution on Net Income (CSLL) and Tax on Industrialized Products (IPI). The objective of the monograph is to demonstrate a comparison between a calculation of tax results, by the Real Profit versus Presumed Profit regime. The methodological procedures were based on a bibliographical research and application of a case study at the company, based in São Marcos, which operates in the cargo road transportation market. In the work we have a comparison where an estimated percentage of profit was found where the tax burden is equal in the tax regimes Real Profit and Presumed Profit. It was also identified the possibility of the company migrating to the National Simples compared to the payroll. Through this work shows that it takes good planning to reduce the payment of taxes. Concluding that the best choice of the company is to opt for the tax regime of Real Profit.

Keywords: Real profit; Presumed profit; Taxes.

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INTRODUÇÃO

A contabilidade é de fundamental importância para as tomadas de decisões gerenciais. Sua finalidade principal é coletar, registrar os fatos contábeis praticados nas empresas, demostrando sua real situação patrimonial, econômica e financeira, de acordo com as normas de contabilidade e com seus princípios.

As informações levantadas pela contabilidade são elementos necessários para a tomada de decisão com maior qualidade, produzindo um resultado mais eficaz. A informação é um dado processado de forma mais completa para sua empresa, o que vai auxiliar nas tomadas de decisões. A contabilidade traz seus relatórios contábeis que evidenciam a importância do conhecimento.

Com a intenção de consolidar-se no mercado e enfrentar a concorrência, as empresas procuram alternativas para reduzir seus custos e obter maiores lucros. O maior obstáculo de quem abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas também o desconhecimento dessa carga.

Neste trabalho é possível mostrar para as pessoas a importância da informação quanto aos impostos a serem pagos, quando pretendem constituir uma empresa. O empreendedor precisa estar atento a qual o tipo de tributação que estarão enquadradas. É de total importância os contadores das empresas estarem atualizados. Eles precisam ter um bom planejamento tributário, antes de qualquer coisa e um bom senso planejador. Existem alternativas legais válidas para todas as empresas.

Os principais tipos de tributos cobrados hoje são: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social (PIS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Neste contexto, o presente estudo terá o seguinte tema: Lucro Real versus Lucro Presumido - um estudo de caso sobre as formas mais satisfatórias de tributação em uma prestadora de serviço no ramo do transporte.

Empresários e contadores estão em constante busca por alternativas que possam minimizar o desembolso de pagamento de tributos. Isso acaba acontecendo nas empresas porque a carga tributária é alta, afetando o desenvolvimento econômico e financeiro. O valor dos tributos representa uma parte significativa no faturamento da empresa. Nesse contexto, os empresários esperam de seus contadores um estudo profundo que traga formas de tributações mais viáveis, com a orientação de vantagens e desvantagens que cada regime de tributação oferece.

Esta empresa vem atuando desde 2001 neste mercado, sendo que nos primeiros anos ela trabalha pelo sistema de tributação Simples Nacional. Com o passar dos anos, seu faturamento foi crescendo e a empresa passou a trabalhar pelo lucro presumido. Já a partir do ano de 2015, a empresa passou a ser tributada pelo regime do Lucro Real. Esta empresa tem a matriz no estado do Rio Grande do Sul, na cidade de São Marcos e, filiais em Gurupi (TO) e Xinguara (PA).

Em razão disso, a questão norteadora do trabalho será: qual a forma mais satisfatória de tributação para uma empresa de porte médio, no ramo de prestação de serviço de transportes, com matriz em São Marcos (RS) e filiais em Gurupi (TO) e Xinguara (PA)?

O objetivo deste trabalho é analisar e identificar a melhor forma de tributação para uma empresa prestadora de serviço no ramo do transporte.

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A partir do objetivo geral deste presente trabalho, elaborou-se os seguintes objetivos específicos.

a) Conhecer as formas de tributação;

b) Quais as vantagens e desvantagens de cada regime de tributação;

c) Identificar o regime tributário mais vantajoso para empresa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo aborda conceitos da Contabilidade e Regimes de Tributação de Pessoa Jurídica para uma melhor compreensão do estudo a fim de definir termos técnicos.

A definição de Contabilidade, apontado por Fabretti (2005), é a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade.

CONTABILIDADE

A contabilidade pode ser resumida como a escrituração dos atos e fatos ocorridos nas entidades e a informação gerada referente à atual situação econômico-financeira das entidades para auxiliar os gestores nas tomadas de decisões, bem como mensurar o real valor de seu patrimônio. Válido salientar que a contabilidade não é uma ciência exata, mas sim uma ciência social aplicada (GOUVEIA,1975).

Segundo Sá (2008), a contabilidade, em seu conceito científico, precisa ser lógica, despida de subjetividade e isenta de efeitos de mero consenso grupal ou regional, tudo isto impõe a exigência de uma “ordem” ou “organização”.

A contabilidade estabelece em sua parte teórica, os princípios e regras de condutas a serem seguidas pelos profissionais da área contábil, assim padronizando procedimentos por eles adotados.

Segundo Ferreira (2004), a contabilidade em perspectiva teórica, pode ser definida como “a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessárias ao controle, à exposição e à análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações”.

A contabilidade através de seus relatórios contábeis evidencia a importância da informação e do conhecimento de usuários das empresas de serviços contábeis, para buscar o sucesso. Sendo de fundamental importância que o usuário do serviço contábil e os gestores, administradores e empresários das empresas passem a utilizar a informação contábil nas decisões diárias dos negócios, sendo que, para isto, devem estar cada vez mais capacitados para dar respostas aos questionamentos e estes devem confiar mais nas informações geradas sobre o seu negócio nos contextos internos e externos.

Contabilidade Gerencial

Na concepção de Iudícibus (2009) a contabilidade gerencial se caracteriza com um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis, já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços, ambos colocados numa perspectiva diferente, em um grau de detalhe mais analítico ou uma forma de apresentação e classificação

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diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo de decisão.

Conforme Ricardino (2005), a contabilidade gerencial é um conjunto de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, o qual é disponibilizado para que grupos de pessoas com objetivos comuns, voltadas à gestão da empresa, possam receber informações que permitam planejar, avaliar e controlar o emprego de recursos próprios ou de terceiros, com vistas a atingir uma determinada meta. Todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil que, feitos “sob medida”, servem para que a administração utilize- os na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, e que recaem na contabilidade gerencial.

Contabilidade Financeira

A Contabilidade Financeira tem quatro demonstrações financeiras, sendo elas: balanço patrimonial, demonstrações de resultado do exercício, demonstrações das mutações do patrimônio líquido e de lucros ou prejuízos acumulados e demonstrações das origens e aplicações de recursos.

Contabilidade Financeira é o processo de geração de demonstrativos financeiros para os públicos interno e externo, como analistas, credores e autoridades. Esse processo é limitado por autoridades governamentais que definem padrões, regulamentações e impostos a serem pagos e recolhidos, isso de acordo com ATKINSON ET AL. (2008).

Contabilidade Tributária /Fiscal

A contabilidade tributária está ligada diretamente aos tributos da legislação fiscal. Segundo Fabretti (2006), a contabilidade é a área de aplicação das ciências contábeis que tem o objetivo de apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social, para conciliar a geração de tributos de uma determinada empresa ou entidade. Sendo assim, para atingir os objetivos é preciso estudar, registrar e controlar os fatos administrativos que produzem mutações patrimoniais e obtendo resultado econômico positivo ou negativo (lucro ou prejuízo).

Ainda conforme Fabretti (2006), é o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da legislação e contabilidade tributária de forma adequada. Fabretti (2006) ainda complementa que o resultado deve ser certo, visto que a contabilidade demonstra a situação do patrimônio e o resultado do exercício de maneira clara e precisa. Na contabilidade podemos contar com um conjunto de técnicas para controlar o patrimônio das empresas, mediante a aplicação das normas e procedimentos próprios, interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das entidades, através de relatórios contábeis.

De acordo com Marion (2009), “a contabilidade como Instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa”. Todas as movimentações possíveis de mensuração momentânea, são registadas pela contabilidade, os dados são registrados em forma de relatório e entregue aos interessados em saber a real situação da empresa.

Uma das aplicabilidades da contabilidade, ao controlar o patrimônio é permitir analise sobre a tributação, e abrir recursos para alternativas viáveis de redução legal dos encargos tributários.

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Para Fabretti (2009), “a contabilidade tributária tem por objetivo aplicar práticas, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada”. A contabilidade tributária está relacionada aos tributos e a legislação fiscal, e tem como finalidade a apuração com exatidão do resultado tributável de determinado exercício fiscal, bem como cuidar da emissão, escrituração e registro dos documentos fiscais, com base na legislação apropriada.

Tributos

Cada empresa, antes de começar as suas atividades, tem que ter o conhecimento dos principais impostos pagos pelos seus sócios proprietários. É de suma importância os contadores das empresas estarem atualizados sobre a incidência dos impostos. Os principais tipos de impostos cobrados hoje são: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social (PIS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segue quadro n° 1 que demonstra os principais impostos e suas respectivas alíquotas.

Quadro 1 – Tipos de Tributação

Tributação Lucro Real Lucro Presumido

IRPJ 15% 1,2% (8% x 15%)

CSLL 9% 1,08% (12% x 9%)

PIS 1,65% 0,65%

COFINS 7.6% 3%

ICMS 18% 18%

ISS 2% a 5% 2% a 5%

IPI Tabela TIPI Tabela TIPI

Fonte (Autores 2018)

Imposto de Renda

O Imposto de Renda é um tributo federal no qual, o valor anual descontado do rendimento do trabalhador ou da empresa é entregue ao governo federal. O cálculo do tributo tem por base uma nova riqueza produzida pelo contribuinte, seja por fruto de trabalho, capital ou ambos. Conforme a Lei n° 9430 de 27 de dezembro de 1996, o imposto de renda das pessoas jurídicas é determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado em apurações trimestrais.

CSLL

A CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) é um tributo federal que incide sobre todas as Pessoas Jurídicas (PJ) domiciliadas no Brasil. Todas as empresas devem pagar a CSLL, de acordo com o modelo de tributação para fins de recolhimento do Imposto de Renda.

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Segundo Pinto (2011), aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, mantidas à base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor.

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é um dos tributos mais representativos para a arrecadação fiscal, pois envolve um grande número de contribuintes em diferentes modelos de tributação.

PIS

O Programa de Integração Social é um tributo federal que tem como principal objetivo o financiamento para o pagamento de abono, seguro-desemprego e participação na receita bruta das entidades ou órgãos. As empresas enquadradas no regime geral (não optantes pelo simples nacional) obedecem ao princípio da não- cumulatividade, ou seja, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores, pelo mesmo ou outro Estado ou Distrito Federal. A alíquota geral do PIS não cumulativo é de 1,65%.

A contribuição PIS foi instituída com a justificativa de motivar a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Na prática, consiste em um programa de transferência de renda, possibilitando melhor distribuição da renda nacional.

COFINS

Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social é um tributo federal, os quais os contribuintes são pessoas jurídicas de direito privado na sua generalidade. Existe a exceção das empresas pequenas e microempresas, que optam pelo regime Simples Nacional, (regime estabelecido pela Lei Complementar 123 de 2006). A alíquota geral do COFINS não cumulativa é de 7,6%.

O cálculo do tributo COFINS é feito de acordo com todas as receitas da pessoa jurídica em questão, independentemente do tipo de atividade exercida ou a classificação atribuída às receitas de contabilidade. Esse cálculo tem como fundamento o faturamento mensal e a totalidade das receitas.

ICMS

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um imposto estadual, no qual incide sobre os mais variados tipos de serviços prestados no âmbito nacional. Imposto brasileiro que incide sobre a movimentação de mercadorias em geral. O ICMS incide sobre diversos tipos de serviços, como telecomunicação, transporte intermunicipal e interestadual, importação e prestação de serviços, entre outros. A alíquota geral do ICMS não cumulativa é de 18%.O fato de o ICMS ser um tributo de competência estadual resulta que em cada Estado tenha a sua legislação própria relativa ao tributo. O problema é que as mercadorias circulam não apenas dentro de um único estado, sendo que, muitas vezes, os estados de origem e de destino possuem alíquotas e obrigações acessórias diferentes. Essa é uma das principais razões do alto grau de complexidade operacional desse tributo segundo REZENDE (2010, p.79).

O ICMS é regulado pela Lei Complementar nº 87, redigida em 1996 e conhecida como Lei Kandir. O ICMS é por determinação constitucional, um imposto

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não cumulativo, ou seja, do imposto devido em cada operação, é abatido o valor pago na operação anterior.

ISS

O Imposto sobre Serviço é um tributo de competência do Distrito Federal e dos municípios. O ISS é recolhido tanto pela prestação de serviços por parte de empresas, assim como é recolhido também por profissionais autônomos devidamente cadastrados junto aos órgãos competentes. O valor arrecadado será destinado sempre ao município no qual o serviço foi prestado, ainda que a empresa ou profissional específico tenham seu cadastro realizado em outro município ou estado. O ISS é regulado pela Lei Complementar n°116/2003 e manteve a regra de competência do artigo 12 do Decreto-Lei n° 406/68, embora tenha ampliado as exceções a essa regra. A alíquota cobrada pelo ISS é estabelecida pelo município onde, normalmente, varia entre 2% e 5% sobre o trabalho realizado, de acordo com o segmento de atuação do prestador de serviço ou do profissional autônomo.

IPI

O Imposto sobre Produtos Industrializados é um tributo de esfera de competência federal. Os contribuintes deste imposto são o importador, o industrial, o comerciante ou o arrematador, dependendo de cada caso. As características do IPI são facilmente identificadas no artigo 153 e seus incisos. A incidência do IPI sobre os produtos poderá ocorrer em três momentos: desembaraço aduaneiro do produto importado; saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado; arrematação do produto apreendido ou abandonado, quando ocorrer leilão. O IPI, não incide sobre produtos industrializados que têm como destino a exportação. Esse tributo também não é cumulativo, ou seja, não são cobradas duas vezes no caso de produtos que passam por mais de uma indústria antes de chegar ao consumidor final.

SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO

A legislação tributária brasileira possibilita que as empresas façam a opção de qual a forma de tributação deseja que sejam aplicadas em seus negócios. É um sistema que define a cobrança de imposto de cada empresa, que é determinado de acordo com a quantidade de arrecadação.

É preciso estar sempre atento aos cálculos, verificando o faturamento da empresa e o tipo de negócio. É necessário atenção em todas as áreas de seu negócio para assim, escolher o regime tributário.

Lucro Real

Lucro Real é a forma mais completa de apuração do Imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, direcionado a todas as pessoas jurídicas por obrigatoriedade prevista na legislação vigente, segundo Rodrigues (2009, p.33).

Lucro real é conhecido como um conceito fiscal não econômico. Pensando no conceito econômico, o lucro e o resultado positivo.

De acordo com Fabretti (2009), o regime de Tributação do Lucro Real é escolhido para as empresas de altos custos de operação ou com pequenas margens

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de lucro, pois reduz o valor dos seus impostos. A apuração pelo lucro real pode ser realizada trimestralmente ou anualmente.

Lucro Presumido

O lucro presumido é outra forma de tributação, mais simplificada para determinar a base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real. O imposto de renda é devido trimestralmente.

Para Rodrigues (2009), “base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta”.

No entanto, o cálculo feito nesse tipo de tributação é feito em cima do faturamento da empresa, a partir do segmento de atuação. Sendo assim a legislação fixa os seguintes percentuais para o Lucro Presumido descritos no quadro 2

Quadro 2- Alíquota

Atividade Alíquota

Revenda de combustíveis e gás natural; 1,6%

Vendas em geral, transporte de cargas, atividades de imobiliárias, serviços hospitalares;

industrialização para terceiros com recebimento do material e demais atividades não

especificadas que não sejam prestação de serviços 8%

Transporte que não seja de cargas e serviços em geral 16%

Serviços profissionais que exijam formação técnica ou acadêmica — como advocacia e engenharia —, intermediação de negócios, administração de bens móveis ou imóveis,

locação ou cessão desses mesmos bens, construção civil e serviços em geral.

32%

Fonte: Portal Tributário (2018)

O Lucro Presumido é obtido através da apuração das receitas. Trata-se de uma forma simplificada de encontrar o lucro aproximado das empresas que são tributadas por esta modalidade. Para determinar o Lucro Presumido no trimestre é aplicado de acordo com a atividade desenvolvida por cada empresa.

Lucro Arbitrário

De acordo com Rodrigues (2009), “o arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pelas autoridades tributárias ou pelo contribuinte”.

Segundo Fabretti (2009, p.202), o lucro arbitrado é uma faculdade do fisco, prevista para os casos em que a pessoa jurídica não mantém escrituração na forma das leis comerciais e fiscais; deixa de elaborar as respectivas demonstrações financeiras;

tem sua escrituração desclassificada pela fiscalização; optou indevidamente pela tributação com base no lucro presumido ou ainda, se não mantém arquivo de documentos. Em qualquer dessas hipóteses, o fisco poderá arbitrar o lucro, cujas regras de arbitramento estão tornando-se cada vez mais severas.

A autoridade tributária pode fixar o lucro arbitrado por um percentual sobre a receita bruta, com base no valor do ativo, do capital social do patrimônio líquido, da folha de pagamento dos empregados, das compras, do aluguel das instalações ou do lucro líquido auferido com calendários anteriores, segundo FABRETTI (2009).

Simples Nacional

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Este tipo de tributação é mais aplicável nas microempresas e empresas de pequeno porte. Ele tem como características: ser facultativo, irretratável para todo o ano calendário, ter disponibilidade às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para a constituição do crédito tributário, é necessário apresentação de declaração única ou simplificada de informações sócio econômica e fiscal. Conforme a Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 o Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação.

Segundo Pinto (2011), conforme Lei Complementar 123/2006, para a pessoa jurídica que iniciar a atividade no próprio ano calendário da opção, os limites para as microempresas e para as empresas de pequeno porte deverão ser proporcionais ao número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano calendário.

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO LUCRO REAL VERSUS LUCRO PRESUMIDO O planejamento consiste na tomada da decisão sobre o que fazer em cada caso, antes de a ação ser necessária sobre o aspecto formal. Planejar consiste em simular o futuro desejado e estabelecer previamente o que é necessário para conseguir atingir os objetivos.

Planejar é escolher entre duas ou mais opções, qual é a melhor forma de tributação, qual irá refletir melhores resultados para a entidade, ou seja, de forma preventiva mediante uma análise minuciosa antes de cada operação realizada.

2.3.1. Elaboração do Planejamento

O que os administradores das empresas almejam é obter o sucesso. Para isso, é de fundamental importância ter uma contabilidade “bem-feita”’ e um bom planejamento tributário. É muito importante o planejamento tributário para a tomada de decisão da empresa. Este tem como objetivo a economia de tributos e assim tentar buscar alternativas para reduzir, legalmente, o pagamento de tributos. É uma forma permitida de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo.

O planejamento tributário exige antes de qualquer coisa um bom senso do planejador. Existem alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que podem ser inviáveis para as médias e pequenas empresas, dando o custo das operações necessárias para execução desse planejamento.

Para Fabretti (2009), não existe mágica ou milagre em planejamento tributário e precisa-se avaliar muito bem o que deve ser feito. Uma maneira de reduzir a carga fiscal, é ter um bom planejamento tributário, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões a serem tomadas, sendo elas estratégicas no ambiente corporativo.

De acordo com Oliveira (2004, p. 38) entende-se planejamento tributário como um estudo prévio dos fatos administrativos de determinada decisão gerencial objetivando uma alternativa menos onerosa para o contribuinte.

E fundamental um bom planejamento para o sucesso empresarial. Trata-se de uma ferramenta importantíssima para que as empresas possam decidir e tenham uma orientação de quais ações a organização deve tomar, tanto no ambiente interno quanto externo.

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2.3.2. Apuração Lucro Real

Na apuração do lucro real, pode-se escolher entre fazer a apuração anual ou trimestral, que seja manifestado pelo pagamento da 1°quota, mediante DARF, sendo que a legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano calendário, segundo o Artigo 13, Lei 9.718/98. Está obrigado a apurar o lucro real, conforme o Artigo 14 da Lei 9.718/98. Por isso, é fundamental uma análise bem detalhada de qual é a melhor e mais eficiente forma de tributação para cada empresa, antes do pagamento da 1° quota do imposto, pois se a empresa optar pelo lucro real (anual ou trimestral) não poderá modificar no ano-calendário para o Lucro Presumido e vice-versa.

2.3.3. Apuração Lucro Presumido

A apuração do Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o lucro (CSLL). A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 e 528 do Regulamento do Imposto de Renda.

Como no Lucro Real, tem algumas obrigatoriedades a serem cumpridas no Lucro Presumido. Isso também está presente no Artigo 44 e Artigo 45.

O imposto é apurado trimestralmente, tendo seus períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. A opção pelo Lucro Presumido se manifesta a partir do pagamento da primeira quota do imposto devido.

O lucro Presumido é determinado mediante a aplicação sobre a receita bruta de vendas de mercadorias, produtos ou prestações de serviço.

METODOLOGIA

A pesquisa pode ser considerada parte da vida do ser humano, abrindo sempre novas perspectivas em cada trabalho realizado, agregando o conhecimento e desenvolvendo explicações.

Para Marconi e Lakatos (2006), a metodologia de pesquisa pode ser definida como uma ferramenta importante, contribuindo com a resolução de problemas coletivos. Em relação a uma das características da pesquisa, podendo até encaixar- se como uma das primeiras etapas, concorda com o autor no conhecimento técnico, sistemático e exato. Durante o processo o pesquisador se baseia em estudos já feitos por teóricos anteriores e pesquisas, com o objetivo de ter a certeza do método a ser analisado e se realmente está com o delineamento correto. Classifica-se a pesquisa por natureza aplicada e, sendo assim, este trabalho está sendo feito, movido à necessidade de contribuir para o conhecimento e buscando soluções para problemas concretos. A técnica escolhida para desenvolver este estudo é a quantitativa, a qual se enquadra melhor a esta pesquisa e com a finalidade de tratar não apenas dados numéricos, mas também a teoria, uma ligação entra as duas abordagens.

Essa é técnica usada para aprofundar os conhecimentos, assim podendo analisar e criar uma base de conhecimento maior, para escolher a melhor tributação para cada empresa, e entender, porque as empresas escolhem um tipo de tributação e não outro.

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Quanto à forma de abordagem, Gil (2001) diz que a pesquisa pode ser classificada como qualitativa por que: busca traduzir em números, opiniões e informações para mensurá-los; a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas; o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento chave; é descritiva; os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente; o processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Ou quantitativa, considera que há um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Em pesquisa quantitativa, a fim de comprovar as hipóteses, os recursos da estatística dirão se os resultados obtidos são significativos ou meros frutos do acaso. Ajuda na obtenção de confiança para a decisão sobre os resultados.

A pesquisa exploratória tem como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias. Tendo em vista a formulação de problemas mais preciosos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.

Segundo Gil (2001), esse tipo de pesquisa tem o objetivo de apresentar menor rigidez no planejamento, pois são planejadas com objetivo de proporcionar uma visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.

Na pesquisa descritiva, realiza-se o estudo, a análise, o registro a interpretação dos fatos. Sua finalidade é observar e analisar os fenômenos ou sistemas técnicos segundo BARROS E LEHFELD (2007).

O processo descritivo visa à identificação, registro, características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser entendido como estudo de caso, onde após a coleta dos dados, é realizada uma análise das relações entre as variáveis para uma posterior determinação de efeitos resultantes em uma entidade, segundo PEROVANO (2014).

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo, a fim de permitir conhecimento amplo e detalhado. De acordo com Yin (2001), estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas.

Primeiramente foi feito um levantamento bibliográfico, buscando informações e documentos, na busca de conhecimento do planejamento tributário e das modalidades de tributações, seguindo livros e artigos científicos.

Para Manzo (1971) a bibliografia pertinente “oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”.

Em um segundo momento, vai ser feito um estudo de caso em uma empresa prestadora de serviço de transporte, com o objetivo de analisar qual seria a melhor opção ou por determinação legal, de qual tributação escolher sendo elas.

a) Lucro Real

b) Lucro Presumido.

c) Lucro Arbitrado;

d) Simples Nacional.

A análise dos dados é através de um comparativo da empresa trabalhando no Regime Lucro Real e Lucro Presumido. E o período foi dois anos, 2016 e 2017.

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ANALISE DE DADOS

A empresa atua desde 2001 neste mercado, sendo que os primeiros anos ela trabalha pelo sistema de tributação Simples Nacional, com o passar dos anos seu faturamento foi crescendo e a empresa passou a trabalhar pelo regime do lucro presumido. O quadro de funcionários hoje possui 15 colaboradores. A partir do ano de 2015 a empresa passou a ser tributada pelo regime do Lucro Real. Esta empresa tem a matriz no Rio Grande do Sul, na cidade de São Marcos e filial em Gurupi (TO) e Xinguara (PA).

Segundo a administração da empresa, não pode escolher o sistema de tributação, Simples Nacional devido ao faturamento ser elevado. Sendo assim será feito um comparativo entre Lucro Real e Lucro Presumido. No Lucro Real temos os seguintes tributos sendo, o Imposto Renda (IR) 15%, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 9%, Programa de Integração Social (PIS) de 1,65%, Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de 7,6%, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 18%, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) que pode variar 2% a 5%, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) seguindo a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).

Enquanto no lucro Presumido temos as seguintes alíquotas sendo, o Imposto de (IRPJ) de 1,2% (8% x 15%), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 1,08% (12% x 9%), Programa de Integração Social (PIS) de 0,65%, Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de 3%, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 18%, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) que pode variar 2% a 5%, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) seguindo a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).

Na Tabela 1 são evidenciadas as Demonstrações dos Resultados dos Exercícios, no sistema de tributações Lucro Real e Lucro Presumido dos anos de 2016 e 2017.

Tabela 1- Demonstração do Resultado dos Exercícios Demonstração do Resultado do

exercício Ano 2016

(Lucro Real)

Ano 2016 (Lucro Presumido)

Ano 2017 (Lucro Real)

Ano 2017 (Lucro Presumido) Prestação de Serviço 5.124.002,76 5.124.002,76 6.266.262,18 6.266.262,18

Deduções - - - -

Faturamento Base de Cálculo

PIS/COFINS 5.124.002,76 5.124.002,76 6.266.262,18 6.266.262,18 (-) PIS s/faturamento -84.546,04 -33.306,01 -103.026,60 -40.730,70 (-) COFINS s/ Faturamento -389.424,21 -153.720,08 -474.546,77 -187.987,86

(-) Deduções -473.970,25 -187.026,09 -577.573,37 -228.718,56 Receita Líquida 4.650.032,51 4.936.976,67 5.688.688,81 6.037.543,62 Insumos com direto a credito de

PIS e COFINS -5.136.600,51 -5.136.600,51 -6.106.870,03 -6.106.870,03

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PIS 1,65% 84.753,91 - 100.763,36 -

COFINS 7,6% 390.381,64 - 464.122,12 -

Insumo Líquidos -4.661.464,96 -5.136.600,51 -5.541.984,55 -6.106.870,03 Lucro Bruto -11.432,45 -199.623,84 146.704,26 -69.326,41 Custos e Despesas sem crédito -1.128.116,13 -1.128.116,13 -775.345,85 -775.345,85

Despesas Tributárias /

Financeiras -114.310,62 -114.310,62 -204.402,98 -204.402,98 Receitas Financeiras 6.105,26 6.105,26 4.601,74 4.601,74 (-) Recuperação de Despesas 493.708,30 493.708,30 579.367,69 579.367,69

(-) Outras despesas

recuperadas - - - -

Receita na Venda do Ativo

Imobilizado - - 197.300,00 197.300,00

(-) Custo do ativo Imobilizado

Vendido - - -25.707,51 -25.707,51

Resultado antes do IR -754.045,64 -942.237,03 -77.482,65 -293.513,32

IR - -61.488,03 - -75.195,14

Adicional do IR - -34.992,02 - -44.130,09

CSLL - -55.339,22 - -67.675,63

Prejuízo do Exercício -754.045,64 -1.094.056,30 -77.482,65 -480.514,18 Fonte: Autores 2018

Na tabela 1 temos a comparação entre os anos de 2016 e 2017, na primeira coluna, estão localizadas as contas, a segunda coluna contém a apuração do Lucro Real do ano de 2016 com um prejuízo de R$ 754.045,64, na terceira coluna contem a apuração do Lucro Presumido do ano de 2016, com um prejuízo de R$

1.094.056,30. Seguindo com analise na quarta coluna contem a apuração do Lucro Real do ano de 2017 com um prejuízo de R$ 77.482,65 e finalizando na quinta coluna um Lucro de R$ 480.514,18.

Na tabela abaixo, mostra qual sistema de tributação, Lucro Real ou Lucro Presumido é menos oneroso no ano de 2016.

Tabela 2 – Comparativo Tributário 2016

2016 Lucro real Lucro Presumido Diferença

IR 0,00 -61.488,03 61.488,03

Adicional do IR 0,00 -34.992,02 34.992,02

CSLL 0,00 -55.339,22 55.339,22

PIS a pagar 207,87 -33.306,01 33.513,88

(14)

COFINS a pagar 957,43 -153.720,08 154.677,51

Total 1.165,30 -338.845,36 340.010,66

Fonte: Autores 2018

As alíquotas do sistema de tributação Lucro Presumido são menores que no Lucro Real, porém no sistema de tributação Lucro Real a empresa tem crédito de PIS e COFINS sendo assim os valores dos tributos ficam mais baixos como evidenciado na tabela 2. Os tributos mostram diferença de valor de um sistema tributário para o outro é o PIS a pagar que no ano de 2016, no Lucro Presumido seria gasto R$ 33.306,01, se a empresa estiver no regime do Lucro Real teria um saldo credor de 207,87 já o COFINS a pagar a diferença chega a R$ 154.677,651 sendo que no Lucro Real o valor é um saldo credor de R$ 957,43 e no Lucro Presumido fica saldo devedor de R$153.720,08.

Cabe ressaltar que o saldo credor de PIS no valor de R$ 207,87 e do COFINS de R$ 957,43 ocorre devido aos valores de gastos com insumos que geram credito dessas contribuições serem maior do que o valor do faturamento do período.

A seguir, a Tabela 3 mostrará os valores apurados no ano de 2017, nos sistemas de tributação, Lucro Real e Lucro Presumido.

Tabela 3 – Comparativo Tributário 2017

2017 Lucro Real Lucro Presumido Diferença

IR 0,00 -75.195,14 75.195,14

Adicional do IR 0,00 -44.130,09 44.130,09

CSLL 0,00 -67.675,63 67.675,63

PIS a pagar -2.263,24 -40.730,70 38.467,46

COFINS a pagar -10.424,65 -187.987,86 177.563,21

Total -12.687,89 -415.719,42 403.031,53

Fonte: Autores 2018

No ano de 2017 o sistema mais satisfatório também é o Lucro Real, ficando com uma diferença de R$ 403.031,53 a menos que no Lucro Presumido. A Empresa tem vantagens em estar no Lucro Real, pois paga menos impostos, se estivesse no sistema de tributação Lucro Presumido gastaria mais.

Os tributos PIS e COFINS chamam atenção, pois no sistema de tributação Lucro Real a empresa gastou R$ 12.687,89 aonde se ela estivesse no sistema de tributação Lucro Presumido teria gasto R$ 415.719,42. Na tabela acima mostra que no Lucro Real foi gasto R$ 10.424,65 aonde se a empresa tivesse optado por Lucro Presumido teria pagado R$ 187.987,86.

No sistema de tributação Lucro Real é preciso um Lucro Fiscal acima de R$

605.135,30 no ano de 2016.

Tabela 4 – Provisão de Lucro sobre o Faturamento 2016

Faturamento R$ 5.124.002,76

Base Presumida de IR R$ 409.920,22 Lucro Fiscal R$ 605.135,30 11,81%

IR R$ 61.488,03 IR R$ 90.770,30

(15)

Adicional R$ 34.992,02 Adicional R$ 54.513,53 Base Presumida de CS R$ 614.880,33 Lucro R$ 605.135,30

CSSL R$ 55.339,23 CSSL R$ 6.535,46

Total R$ 151.819,29 R$ 151.819,29

Fonte: Autores 2018

Sendo analisada a tabela 4, a empresa, foi realizado uma projeção de lucro fiscal para igual a carga tributária nos regimes de lucro real e presumido com um faturamento é de R$ 5.124.002,76. Caso a empresa tivesse apurado um lucro fiscal de 11,81% no ano 2016 os tributos estudados ficariam iguais em R$ 151.819,29. Se o lucro for maior a melhor opção e o lucro presumido enquanto que o lucro sendo menor que R$ 605.135,30 a empresa paga menos tributos no regime do lucro real.

Tabela 5 – Provisão de Lucro sobre o Faturamento 2017

Faturamento R$ 6.266.262,18

Base Presumida de IR R$ 501.300,97 Lucro Fiscal R$ 740.034,04 11,81%

IR R$ 75.195,15 IR R$ 111.005,11

Adicional R$ 44.130,10 Adicional R$ 68.003,40 Base Presumida de

CSSL R$ 751.951,46 Lucro R$ 740.034,04

CS R$ 67.675,63 CS R$ 7.992,37

Total R$ 187.000,88 R$ 187.000,88

Fonte: Autores 2018

Na tabela 5 temos um lucro estimado de R$740.034,04 sobre um faturamento de R$6.266.262,18 para que a carga tributária fique igual no valor de R$ 187.000,88.

Se o lucro fiscal for menor que 11,81% a melhor opção do sistema tributário é o Lucro Real, caso essa porcentagem seja maior o melhor sistema é o Lucro Presumido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste artigo, foram apresentados conceitos importantes para a utilização da contabilidade nas tomadas de decisões gerencias. Os dados coletados, registrados aos fatores contábeis praticados na empresa, demostrando a real situação patrimonial, econômica e financeira, de acordo com as normas de contabilidade e com seus princípios. O maior obstáculo de quem abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas também o desconhecimento dessa carga bem como suas opções de regime tributário, e tem intenção de se consolidar no mercado e enfrentar a concorrência.

Foi possível mostrar, que as empresas devem estar sempre informadas sobre os tributos que tem a pagar. Precisam estar atentas a qual tipo de tributação, podem se enquadrar. É de total importância o contador da empresa estar atualizado. Ele precisa ter um bom conhecimento em planejamento tributário. Seguindo esse

(16)

contexto, foram levantados os regimes de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional, sendo tratado cada um com suas normas. Foi realizado um comparativo, de qual a melhor modalidade de tributação . Identificando a forma mais satisfatória de tributação para uma empresa média no ramo da prestação de serviço, uma transportadora com matriz em São Marcos (RS) e filiais em Gurupi (TO) e Xinguara (PA).

A legislação tributária brasileira possibilita que as empresas façam a opção de qual a forma de tributação deseja que seja aplicada em seus negócios. Sendo preciso estar sempre atento aos cálculos, verificando o faturamento da empresa, e o tipo de negócio, é necessário atenção em todas as áreas de seu negócio para assim, escolher o regime tributário. Com relação aos regimes tributários, observou- se que, entre os regimes existentes: Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional, O único que a empresa em estudo não pode se enquadrar devido seu faturamento é o Simples Nacional, que é maior que o valor que a legislação permite para esse regime.

Os tributos que foram estudados foram: PIS, COFINS, IR, CSLL, os quais pode se observar que no Lucro Real apresenta os menores valores de recolhimento em relação aos Regimes Tributário do Presumido. Com a devida apuração dos resultados e a constatação, através de um bom planejamento em reduzir o pagamento de impostos a melhor escolha é optar pelo regime tributário do Lucro Real.

Observando-se as tabelas 4 e 5 temos comparativo e chegamos à mesma porcentagem de 11,81% com um crescimento no Lucro Fiscal de R$134.898,74 amais do ano de 2016 pra 2017.

A empresa não pode optar pelo regime tributário Simples Nacional devido ao seu faturamento. Mas fazendo uma média, as alíquotas dos regimes tributários Lucro Real ficam com uma diferença de 8,89% a menos que no regime Simples Nacional, levando em consideração a alíquota mínima do Simples Nacional como mostra a tabela abaixo.

Tabela 6 – Diferença de Alíquota do Lucro Real e do Simples Nacional

Prestação de Serviço 5.124.002,76

Total de Tributos 338.845,36

Percentual de tributos sobre a Prestação de Serviço 6,61%

Alíquota do Simples Nacional (Anexo V) 15,50%

Diferença 8,89%

Fonte: Autores 2018

Sendo assim, comprovou-se em primeiro lugar que a forma mais vantajosa para a empresa é o Lucro Real em segundo lugar o Lucro Presumido e fazendo um comparativo entre o Regime Lucro Real e Simples Nacional, se a empresa tiver uma Folha Mensal menor que R$131.763,62 a melhor escolha é o Lucro Real e se for maior que este valor o melhor é o regime Simples Nacional.

Tabela 7 – Comparativo entre Lucro Real e Simples Nacional com Folha de Pagamento

Prestação de Serviço anual 5.124.002,76

Total de Tributos 338.845,36

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Percentual de tributos sobre a Prestação de Serviço 6,61%

Alíquota do Simples Nacional 15,50%

Diferença 8,89%

Folha Mensal 131.763,62

28,8% INSS 37.947,92

Carga Tributária com Folha Anual 794.220,40

% Carga Tributária com Folha sobre Faturamento 15,50%

Fonte: Autores 2018

Como sugestões para trabalhos futuros pode ser realizar uma avaliação da folha de pagamento, avaliação sobre o ICMS devido pela empresa e outras obrigações assessórias como, por exemplo, declarações, GIA, e-Sped, entre outras.

Independentemente do tamanho da empresa, pequeno, médio ou grande porte, um bom Planejamento Tributário é essencial para se obter sucesso nos negócios, na tomada de decisão da empresa, chegando a um resultado confiável.

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