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PROCESSO CIVIL DRA. JAQUELINE MIELKE SILVA PONTO 1: EXECUÇÕES

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PROC. CIVIL

PONTO 1: EXECUÇÕES

PONTO 2: a) INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO, TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS PONTO 3: b) PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A EXECUÇÃO PROVISÓRIA, LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

INC. II, ART. 475-L

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CPC – INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO: este inciso II está desatualizado, pois em 2006 o art. 618

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CPC foi alterado, ou seja, as características da certeza, liquidez e exigibilidade não são mais características do título executivo, mas sim da obrigação nele corporificada. O que deverá ser líquida, certa e exigível é a obrigação corporificada no título e não propriamente o título. (rompe com a tradição)

1 Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

2 Art. 618. É nula a execução:

I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível (art. 586); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

II - se o devedor não for regularmente citado;

III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos do art. 572.

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§1º art. 475-L CPC – contempla uma hipótese de inexigibilidade da obrigação corporificada no título diante de inconstitucionalidades. Este parágrafo positivou a tese da relativização da Coisa julgada. Este parágrafo assemelha-se ao Art. 741

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, §único CPC. Por que o parágrafo relativizou a CJ? Nos termos desse parágrafo e também do artigo 741, §único CPC, mesmo após a produção da chamada coisa soberanamente julgada o devedor poderá arguir a inexigibilidade da obrigação corporificarão do título se o STF tiver havido a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo legal que tiver ensejado a sua condenação. Há entendimentos, inclusive de ministros do STF, Celso de Mello, por exemplo, pela inconstitucionalidade deste agir. Há quem entenda, pela inconstitucionalidade, pois violam a CJ, entretanto, não existe declaração de inconstitucionalidade destes dispositivos legais, em nível de controle concentrado; logo, ainda são aplicados estes dispositivos legais.

§1º do art. 475-L À LUZ DO CONTROLE CONCENTRADO: em sede de controle concentrado, a regra que nós temos é de que a declaração de inconstitucionalidade vai produzir efeitos ‘erga omnes’ e ‘ex tunc’, ou seja, a norma de acordo com a regra será retirada do sistema desde o seu nascedouro, consequentemente se a declaração de inconstitucionalidade for pronunciada, em sede de controle concentrado, o devedor poderá se valer da previsão do referido artigo, pois a norma foi retirada do sistema.

EXCEÇÃO DO CONTROLE CONCENTRADO: a lei 9868/99 permitiu que o STF modulasse os efeitos em sede de controle concentrado, ou seja, o STF por 2/3 dos votos de seus membros em sede de controle concentrado, mas ‘ex nunc’, ou seja, a norma será retirada do sistema a partir de determinada data ou a partir da declaração de inconstitucionalidade. Em ocorrendo esta segunda hipótese se o STF modular a norma e tiver retirado do sistema após o TJ o devedor não poderá se valer da previsão do §1º do art. 475-L CPC.

3 Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) II - inexigibilidade do título;

III - ilegitimidade das partes;

IV - cumulação indevida de execuções;

V – excesso de execução; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

Vll - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz.

Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Redação pela Lei nº 11.232, de 2005)

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CONTROLE DIFUSO: a regra que nós temos é de que os efeitos da declaração de inconstitucionalidade se dará ‘inter partes’, ou seja, a declaração de inconstitucionalidade não atingirá terceiros, logo o devedor não poderá se valer da regra do §1º. Entretanto, o STF em alguns casos tem agregado efeitos ‘erga omnes’ em sede de controle difuso. A decisão precursora está inserida na Reclamação 4335 (denominada de mutação constitucional ou abstrativização do controle difuso), que julgou a progressão de regime nos crimes hediondos.

INC. III ART. 475-L – PENHORA INDEVIDA OU ERRO DE AVALIAÇÃO: exemplo _ a penhora de um bem impenhorável, excesso de penhora, erro de avaliação (avaliação que não reflete o valor de mercado do bem).

INC. IV ART. 475-L – ILEGITIMIDADE DE PARTE: pode ser arguida também a ausência das demais condições da ação, falta de possibilidade jurídica do pedido e falta de interesse, pois ambas podem ser levantadas de ofício pelo magistrado. Art. 267, §3º

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CPC.

INC. V ART. 475-L – EXCEÇO DE EXECUÇÃO – estudamos quando vimos o efeito suspensivo parcial.

INC. VI ART. 475-L – CAUSAS EXTINTIVAS DA OBRIGAÇÃO COMO PAGAMENTO A NOVAÇÃO A PRESCRIÇÃO, desde que supervenientes à sentença, do contrário há preclusão.

NATUREZA DA DECISÃO QUE APRECIAR A IMPUGNAÇÃO: há 3 possibilidades; 1ª a impugnação poderá ser acolhida para que a execução seja extinta, ocorrendo esta hipótese o provimento terá natureza de sentença e consequentemente o recurso cabível será o de apelação. 2ª hipótese é a rejeição da impugnação. Se a impugnação é rejeitada há mera resolução de questão incidente e consequentemente o provimento terá natureza de decisão interlocutória e o recurso cabível será o agravo de instrumento. 3ª hipótese é quando a impugnação é parcialmente acolhida, nesse caso, como a execução não é extinta o provimento terá natureza interlocutória, sendo o recurso cabível o agravo de instrumento.

TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS: ART. 475-N

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do CPC.

4 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I - quando o juiz indeferir a petição inicial;

Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

5 Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

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INC. I – ART. 475-N – TRATA DE 3 TIPOS DE SENTENÇA:

_ SENTENÇAS QUE RECONHECEM OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER: são cumpridas de acordo com o artigo 461

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CPC.

_SENTENÇAS QUE RECONHECEM OBRIGAÇÃO DE COISA CERTA OU INCERTA: são cumpridas de acordo com o artigo 461-A

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CPC.

I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

IV – a sentença arbitral; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

6 Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

7 Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

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_ SENTENÇAS QUE RECONHECEM OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO: são cumpridas de acordo com o artigo 475-J

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e seguintes do CPC.

INC. I, art. 475-J, CPC – não usa mais o verbo ‘condenar’, mas usa o verbo

‘reconhecer’. Evidentemente que as sentenças condenatórias continuam sendo títulos executivos. Em razão do inc. I do ART. 475-N, CPC, utilizar o verbo ‘reconhecer’ muitos autores começaram a afirmar algo que o ministro Teori já afirmava a muito tempo, de que as sentenças declaratórias também são títulos executivos. Começaram com esse entendimento porque quando a doutrina define a declaratória, utiliza o verbo ‘reconhecer’. Esta tese é aplicada no âmbito do Direito Tributário e Bancário. Exemplo desta tese: devedor ajuíza contra credor uma ação revisional, ou seja, o credor pretende que o devedor lhe pague R$100, mas o devedor quer pagar apenas R$ 30,, aí o devedor ajuíza para pagar esta importância. O magistrado ao julgar a revisional, julga procedente reconhecendo que a dívida é de R$ 30,, acolhendo a tese do devedor. Será que o credor conseguirá executar a sentença da ação revisional ou terá que ajuizar uma ação de cobrança? 1ª posição: de acordo com esta posição o credor poderá executar esta sentença, por ser possível a execução de declaração, pois houve o reconhecimento dos R$ 30,, esta tese tem muitos simpatizantes por economia processual. Esta tese tem sido acolhida pelo STJ.

§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.(Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

8 Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

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2ª posição: é contra a tese. Sob os seguintes argumentos: A) de que as sentenças declaratórias não precisam de execução, elas não estão sujeitas a uma execução, pois a finalidade delas, como já abordado em aula, é apenas trazer certeza ao mundo jurídico. B) a segunda posição não admite que o credor possa executar sentença na qual o autor é o devedor. Se o credor quiser executar no mesmo processo deverá fazer uma reconvenção, caso não reconvenha deverá ajuizar ação autônoma.

INC. II DO ART. 475-N CPC – DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO: faz coisa julgada no cível tornando certa a obrigação de reparar o dano. Em contrapartida, a sentença penal absolutória, via de regra, não faz coisa julgada no cível, ou seja, o sujeito poderá ser absolvido no crime e condenado no cível, entretanto em algumas hipóteses a sentença penal absolutória faz coisa julgada no cível, por exemplo, se for reconhecida a tese de negativa de autoria, ou ainda, se reconhecida à inexistência do fato, faz coisa julgada.

A sentença penal condenatória, transitada em julgado, é título executivo apenas em relação ao autor do fato típico. Não é título executivo em relação a terceiros que também tenham responsabilidade civil, mas que não participaram do contraditório da ação penal ela não é título executivo. Por exemplo, acidente de transito em que o motorista está dirigindo veículo de propriedade da empresa para qual trabalha, enquanto trafegava com o veículo atropela alguém que vem a falecer. Quem é réu na ação penal? O motorista, mas a empresa tem responsabilidade civil pelo dano. Mas como só ele participa do contraditório a sentença condenatória só é título executivo em relação ao motorista, pois a empresa não participou do contraditório. Contra terceiros que também tenham responsabilidade civil a única alternativa será o ajuizamento de uma ação civil ‘ex delicto’ (ação de reparação de danos). Contra o autor do fato típico, os sucessores da vítima terão duas opções: 1ª aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e executar a sentença. Não há nenhum problema dos sucessores da vítima aguardarem o TJ da ação penal, pois durante esse prazo não flui prazo prescricional.

Art. 200

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CC. 2ª opção: poderão não aguardar o resultado da ação penal e ajuizar a ação de reparação civil. Pode haver ação penal tramitando contra o autor do fato típico e a vítima ou seus sucessores resolverem não esperar a solução da ação penal. Será que o juízo cível é obrigado a suspender a tramitação da ação cível em razão da ação penal? Não, art. 110

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CPC.

O juiz, se não suspender e julgar a ação cível primeiro que a ação penal, condenando o réu a pagar os prejuízos sofridos e a sentença transitar em julgado; e após a produção da coisa soberanamente julgada, o juízo criminal absolve o réu por negativa de autoria. O que valerá? 1ª posição – Araken de Assis entende que deve prevalecer a primeira coisa julgada, em razão de ela ter se formado primeiro. 2ª posição – ministro Teori Savascki e Humberto Theodoro Junior – segundo estes, deverá prevalecer o ilícito penal e se o sujeito não foi autor não será condenado a pagar perdas e danos. Se o réu já pagou a indenização, caberá ação de repetição de indébito para reaver o valor pago.

9 Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

10 Art. 110. Se o conhecimento da lide depender necessariamente da verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no andamento do processo até que se pronuncie a justiça criminal.

Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias, contados da intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, decidindo o juiz cível a questão prejudicial.

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Se o magistrado julga ação cível primeiro, mas improcedente e posteriormente condena o réu no crime. O que valerá? Araken diz que vale a improcedência do cível e o ministro Teori diz que vale o crime com reparação no cível.

De acordo com alteração no CPP em 2008 o magistrado, na sentença penal condenatória, deve fixar o valor mínimo dos danos. Em sendo fixado o valor mínimo do dano à execução será SEMPRE definitiva, pois não há execução provisória EM SENTENÇA PENAL. Paralelamente à execução deste valor mínimo a parte prejudicada poderá liquidar essa sentença penal, em sede de liquidação a parte prejudicada poderá buscar outros danos ou mesmo buscar aumentar o valor mínimo. (na prática, por precisar de dilação probatória e não ser cabível no juízo penal quanto a matéria cível, os juízes não têm arbitrado). A parte que se sentir prejudicada poderá buscar outros danos em sede de liquidação ou aumentar o valor mínimo, ou seja, a liquidação da sentença penal poderá tramitar com a execução desse valor mínimo.

INC III, art. 475-N, CPC – SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE TRANSAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO mesmo que verse sobre matéria não posta em juízo.

Este inciso permite que as partes transacionem e conciliem em objeto diverso do que foi pedido, inclusive em valor a maior. Se a sentença homologatória vier a ser descumprida a execução poderá se dar em valor a maior.

INC. IV, TRATA DA SENTENÇA ARBITRAL: único dos títulos judiciais que não está sujeito à chancela do poder judiciário. No tocante a sentença arbitral, a arbitragem não vingou muito por não fazer parte da nossa cultura. É cobrado em concurso onde cai Direito Internacional.

INC. V – TRATA DO ACORDO EXTRAJUDICIAL, judicialmente homologado.

Quando as partes fazem um acordo elas têm 2 opções: 1ª fazer acordo por escritura pública (na forma de título extrajudicial e não submetê-lo a homologação judicial). Nesta primeira hipótese se o acordo vier a ser descumprido, a execução será de título extrajudicial. Vai seguir as regras do livro II e não as estudadas no caso. 2ª opção: revestir o acordo ou não da forma de título extrajudicial e submetê-lo a homologação. Em ocorrendo a 2ª hipótese, havendo descumprimento a execução será judicial (cumprimento de sentença). EXTRAJUDICIAL É MAIS BENÉFICA, POIS EMBARGOS AO DEVEDOR É MUITO MAIS AMPLO DO QUE A IMPUGNAÇÃO.

INC. VI - SENTENÇA ESTRANGEIRA HOMOLOGADA PELO STJ: a homologação de sentença estrangeira é condição de eficácia da mesma no Brasil. Sem homologação, a sentença estrangeira não produz efeitos, por conseguinte, não poderá ser exigida.

INC. VII – FORMAL E CERTIDÃO DE PARTILHA EM RELAÇÃO AOS

HERDEIROS SUCESSORES E INVENTARIANTE: quais formais e certidões de partilha

são títulos executivos? Duas posições: 1ª Araken de Assis – interpreta literalmente o

dispositivo, segundo este herdeiro, sucessor e inventariante só temos em inventário e

arrolamento, logo os formais, que são títulos executivos, são os extraídos em inventários e

arrolamentos. 2ª posição – ministro Teori – existe outros formais, que não somente os de

inventário e arrolamentos, por exemplo, formais de partilha de divórcios, separações,

dissolução de união estável e dissolução de sociedade.

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Parág. ÚNICO ART. 475-N – nos termos deste parágrafo, na execução de sentença penal arbitral e estrangeira o devedor não é intimado para pagar em 15 dias, mas é CITADO (para evitar nulidade). Nesse caso é ação ou incidente? De acordo com entendimento dominante, nestes 3 casos a execução ou cumprimento de sentença tem natureza de ação, logo será desencadeada através de petição inicial. Caso seja ação, qual o rito? Posição minoritária entende que deve seguir o rito do livro II (da execução dos títulos extrajudiciais), pois contempla ação de execução e consequentemente o devedor irá embargar a execução. 2ª posição que é dominante entende que deve seguir o rito do livro I (art. 475-J e seguintes) que consequentemente o devedor irá impugnar, pois sentença penal e estrangeira são títulos judiciais e, portanto, o legislador não quis incluir no rito do livro II e sim no livro I.

EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA DE TÍTULOS JUDICIAIS: ARTS.

475-I

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, §1º E ART. 475-O

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CPC.

11 Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo.(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

12 Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação. (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

§ 3o Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal: (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

I – sentença ou acórdão exeqüendo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) III – procurações outorgadas pelas partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

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LITERALIDADE DO ART. 475-I CPC – é definitiva a execução de uma sentença transitada em julgado e será provisória a execução de uma sentença quando pendente de julgamento um recurso recebido apenas no efeito devolutivo. O referido artigo trata de sentença simples.

_ SENTENÇA PENAL, ARBITRAL E ESTRANGEIRA: a execução é SEMPRE definitiva. Estes 3 títulos jamais serão executados provisoriamente.

PROVIMENTOS ANTECIPATÓRIOS: a execução destes é sempre provisória, porque os mesmo podem ser revogados.

ASTREINTES: de acordo com a jurisprudência mais recente do STJ a execução de astreintes pode ser tanto definitiva quanto provisória, independe da existência de transito em julgado.

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A EXECUÇÃO PROVISÓRIA (MIN. TEORI)

1º - A execução provisória se processa do mesmo modo que a execução definitiva. É cumprimento de sentença. O devedor irá impugnar. Há algumas diferenças se compararmos com a execução definitiva. A execução provisória também é desencadeada por requerimento, mas este deverá estar instruído com traslado de peças elencadas no §3º do art. 475-O, CPC. (a carta de sentença foi revogada art. 589

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CPC).

2º - Na execução provisória não há incidência de multa prevista no art. 475-J CPC. Há decisão do pleno sobre essa matéria. Só incide em sede de execução definitiva.

3º - Tanto em sede de execução definitiva, quanto em sede de execução provisória é possível alienação de bens em hasta pública e o levantamento de depósito em dinheiro, entretanto em sede de execução provisória, via de regra, a alienação de bens e o levantamento de dinheiro são condicionados a prestação de caução que poderá ser real ou fidejussória. Em duas hipóteses o magistrado pode dispensar a caução: 1ª hipóteses – nas execuções de alimentos com valor de até 60 salários mínimos o magistrado pode dispensar a caução se o alimentando demonstrar a condição de necessitado. _ os alimentos que o legislador refere-se são tanto os decorrentes de parentesco quanto os devidos em razão de atos ilícitos (indenizatórios). 2ª hipótese – não é por ser credor de alimentos que o legislador presumiu a condição necessitado do alimentando, deve haver a prova da condição de necessitado. Essa prova é feita através de declaração IR, comprovante de salário, etc.

3ª em sendo negado seguimento ao RESP ou REXT, estando pendente de julgamento o um agravo contra negativa de seguimento, neste caso, o magistrado pode dispensar a caução para alienar bens e levantar bens na execução provisória. Entretanto, neste mesma hipótese, se o magistrado vislumbrar que o devedor possa sofrer dano grave de difícil e incerta reparação poderá exigir a caução.

IV – decisão de habilitação, se for o caso; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere necessárias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

13 Art. 589. A execução definitiva far-se-á nos autos principais; a execução provisória, nos autos suplementares, onde os houver, ou por carta de sentença, extraída do processo pelo escrivão e assinada pelo juiz. (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)

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4º inc II art. 475-O, CPC – RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTERIOR SE O PROVIMENTO QUE ESTIVER SENDO EXECUTADO VIER A SER REVOGADO. Se já tiver havido venda de bens, será que desfaz a venda? Não é possível desfazê-la. De acordo com entendimento dominante se já houver venda, não será desfeita. O direito de terceiro adquirente será preservado. Eventual direito do devedor, neste caso, vai se resolver em perdas e danos, que serão apurados através de liquidação nos próprios autos.

5º PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO CREDOR: de acordo com entendimento dominante a responsabilidade civil do credor, em sede de execução provisória é de natureza objetiva. Credor que promove a venda de bens, que levanta dinheiro, quando ainda há recurso pendente de julgamento assume o risco de causar prejuízo ao devedor. Eventuais prejuízos que o devedor sofra em razão de execução provisória serão liquidados nos próprios autos.

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: a liquidação não tem mais a natureza de ação, mas incidente, é fase. Arts. 475-A

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e 475-H

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do CPC. 3 razões: 1ª - a liquidação é desencadeada por requerimento, se fosse ação não seria requerimento, e sim petição inicial. 2ª - a parte contrária à liquidação é intimada a falar sobre ela. Se fosse ação seria citada. 3ª – o recurso cabível da decisão que julgar a liquidação é o agravo de instrumento, logo a maioria diz que a decisão é interlocutória.

_ LEGITIMAÇÃO PARA DESENCADEAR UMA LIQUIDAÇÃO: tem legitimidade tanto o credor quanto o devedor. Embora não seja comum quanto ao devedor, mas pode ter interesse para encerrar o processo.

_ MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO:

 POR ARTIGOS: sempre que houver a necessidade de se provar fato novo. Há duas espécies de fatos que são considerados novos; fato novo ocorrido após a sentença e fato, que é velho, mas que deixou de ser provado na fase de conhecimento, mas ainda sim considerado novo.

14 Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua liquidação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 1o Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu advogado. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas ‘d’ e ‘e’ desta Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

15 Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

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 ARBITRAMENTO: desencadeada sempre que for da natureza da obrigação ou se assim o magistrado determinar na sentença, ou seja, se não precisar provar fato novo e precisar apurar determinado valor a liquidação seguirá por arbitramento.

Problema: magistrado na sentença determina que a liquidação seja por arbitramento ou vice-versa (por artigos), sentença transita em julgado, na hora de liquidar a parte se da conta que não é liquidação por arbitramento e sim por artigos, por exemplo. Nesse caso, será possível o desencadeamento de liquidação em modalidade diversa daquela determinada na sentença? Será que a parte do dispositivo que fixar a modalidade de liquidação transitará em julgado materialmente? S 344

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STJ. De acordo com esta súmula é possível o desencadeamento de liquidação diversa que o determinado na sentença. Pode se afirmar que parte aquela parte do dispositivo que fixar a modalidade de liquidação não transita em julgado materialmente, mas apenas formalmente, pois possível sua modificação.

 SENTENÇAS QUE DEPENDEM DE CÁLCULOS ARITIMÉTICOS (próxima aula)

16 Súm 344 - A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.

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