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Psicol. Esc. Educ. vol.17 número1

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Academic year: 2018

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Editorial

Desde cedo, assumi meu interesse pela educação por acreditar no valor do conhecimento e do processo criativo do ensino-aprendizagem como alavanca para o desenvolvimento da sociedade e da cultura (Maria Helena Novaes, citado por Alencar, 2008)

A Psicologia está de luto, pois perdeu, nos últimos meses, três personagens importantes para a consolidação e avanço da Psicologia, especialmente na educação: Maria Helena Novaes, Samuel Pfromm Neto e Yvonne Alvarenga Gonçalves Khouri. Pesquisadores, professores, orientadores e atuantes na defesa da proissão, com certeza esses expoentes deixarão saudades. As palavras sábias de Novaes constituem um legado para a área e, como ela, também entendemos que o conhecimento cientíico é imprescindível para o desenvolvimento da sociedade.

Além da tristeza que está nos acometendo, também estamos, na área de Psicologia Escolar e Educacional, convivendo com discussões sobre a implantação do serviço de psicologia e serviço social na escola, conforme propõe o PL 3688/2000. No inal do ano passado tivemos uma audiência pública na Câmara dos Deputados – Comissão de Educação – para argumentar sobre a importância deste PL; neste ano de 2013 já foram três sessões para votação que não foram concluídas, assim como ocorreu mais uma audiência pública em junho de 2013. Psicólogos, proissionais do Serviço Social e da educação de forma geral, dirigentes municipais, estaduais e federais estão convidados a fortalecer essa reivindicação da área, em busca de contribuir para a socialização do conhecimento. Entendemos que a atuação da Psicologia no âmbito da educação somará esforços para que tenhamos, além do acesso de todos os estudantes à escola, acesso também a uma educação de qualidade em prol da emancipação humana.

Neste primeiro semestre de 2013 também tivemos o lançamento das Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica, pelo Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas – CREPOP, do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Psicologia. O documento foi elaborado pela comissão composta pelos seguintes psicólogos: Marilene Proença Rebello de Souza, Carmem Silvia Rotondano Taverna, Iracema Nemo Cecílio Tada, Marilda Gonçalves Dias Facci, Raquel Souza Lobo Guzzo, Marisa Lopes Rocha e da técnica regional do CREPOP Ana Gonzatto. Tal material certamente icará na história, marcando uma concepção crítica de atuação da Psicologia na área de Educação.

Como podemos observar, o ano tem sido de efervescência, de grande luta em prol da Psicologia e da Educação. A todo instante são necessários debates, com a comunidade, acerca das especiicidades da área escolar, que tem como norte auxiliar no processo ensino-aprendizagem. Tem-se que fortalecer a importância da escola para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, desmistiicar preconceitos sobre as crianças da classe trabalhadora que não têm acesso igualitário ao conhecimento e, principalmente, opor-se ao esvaziamento da teoria, que ocorre e teima em se fortalecer na sociedade. Autores como Pfromm Neto, Novaes e Yvone Khouri foram proissionais que se fundamentaram em teorias, que se apropriaram do legado da humanidade para produzir seus conhecimentos, e que, contrariamente à defesa atual do não conhecimento, defenderam o aprendizado daquilo que já foi produzido pelos homens.

Nessa linha de socializar os conhecimentos produzidos, neste número da revista os leitores encontrarão temáticas relacionadas à atuação dos psicólogos na escola, educação especial, relação ensino-aprendizagem, afetividade, moradia estudantil, indisciplina, tarefas escolares e demais assuntos pertinentes à área de Psicologia e Educação.

Desejamos a todos uma boa leitura.

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