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ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO: PERSPECTIVAS DE INTERLOCUÇÃO INTERDISCIPLINAR ENTRE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E ARQUIVOLOGIA

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XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB 2013)

GT 1: Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação

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ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO: PERSPECTIVAS DE INTERLOCUÇÃO INTERDISCIPLINAR ENTRE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E

ARQUIVOLOGIA

Francisco Lopes de Aguiar – USP Nair Yumiko Kobashi – USP

Resumo

Discussão das possibilidades de interlocução interdisciplinar entre Ciência da Informação e

Arquivologia a partir dos postulados institucionalizados no subcampo “Organização e Representação do Conhecimento (ORC)”. No referencial teórico, utiliza-se como ponto de partida para compreender as especificidades que envolvem a ORC, a apresentação da delimitação dos conceitos Organização da Informação, Organização do Conhecimento, Representação da Informação e Representação do Conhecimento. Utiliza-se na metodologia o Discurso do Sujeito Coletivo – DSC como aporte para a organização, sistematização e análise dos dados coletados. Como resultado da investigação, espera-se obter uma síntese das principais contribuições teórico-conceituais e metodológicas advindas da ORC como possibilidade de serem internalizadas nos processos e sistemas da Organização e Representação da Informação Arquivística (ORIA).

Palavras-chave: Organização e Representação do Conhecimento. Interdisciplinaridade. Arquivologia. Ciência da Informação. Organização e Representação da Informação Arquivística.

Abstract

The article discusses the possibilities for interdisciplinary dialogue between Archival Science and Information Science from the postulates institutionalized in the subfield "Organization and Knowledge Representation (ORC)." In the theoretical framework is used as a starting point to understand the specificities of the ORC, the definition of Organization, the Organization of Knowledge, Representation Information and Knowledge Representation. The Collective Subject Discourse - DSC is used as a methodological approach in order to organize systematize and analysis of the collected data. As a result of this research is expected to summarize the main contributions of ORC as a possibility to be internalized in the processes and systems of the Organization and Representation of Information in Archives (ORIA).

Keywords: Organization and Knowledge Representation. Interdisciplinarity. Archival Science. Information Science. Organization and Representation of Information in Archives.

1 INTRODUÇÃO

A Organização e Representação da Informação Arquivística (ORIA) por ser um

problema de investigação recente investigado na área da Arquivologia, requer melhor

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os fundamentos e princípios que regem a Organização e Representação da Informação

Arquivística, por não terem incorporado as contribuições advindas da Teoria da Classificação

e da Teoria do Conceito, desenvolvidas pela área da Ciência da Informação (CI). Nessa

perspectiva, Esteban Nabarro (1995) propõe uma aproximação da gestão documental

arquivística com os princípios e concepções do subcampo de estudos Organização e

Representação do Conhecimento (ORC), para fortalecer os fundamentos teóricos, conceituais

e metodológicos dos processos de organização e tratamento da informação arquivística,

especificamente as atividades de classificação arquivística. Partimos da perspectiva de que o

arcabouço epistemológico e teórico-metodológico constituído no subcampo Organização e

Representação do Conhecimento (ORC), área tradicional da agenda de pesquisa da Ciência da

Informação, poderá se constituir em uma área de diálogos interdisciplinares entre

Arquivologia e Ciência da Informação. A Organização e Representação do Conhecimento

oferece contribuições como a Teoria do Conceito, a Teoria da Classificação e a Análise

Documentaria, cuja construção se inspirou na Filosofia, em teorias linguísticas e na Teoria

Geral da Terminologia. Nesse sentido concordamos com Esteban Navarro (1995) ao afirmar

que a “Organização do Conhecimento apresenta-se como uma plataforma de integração das

ciências documentais”. Acredita-se que o diálogo pode contribuir para o fortalecimento da institucionalização do conhecimento arquivístico e possibilita, igualmente, que a Ciência da

Informação compreenda e internalize as especificidades da Arquivologia. Pretende-se, com

esta pesquisa, responder às seguintes questões: A ORC, enquanto subcampo da Ciência da

Informação é um espaço de interlocução interdisciplinar de conhecimentos com a

Arquivologia? Quais referenciais teórico-conceituais e metodológicos, desenvolvidos pela

ORC, poderão contribuir para melhor fundamentar os processos da Organização e

Representação da Informação Arquivística (ORIA)? Ao identificar e sistematizar os possíveis

pontos de contato do arcabouço teórico-metodológico da ORC e ORIA acreditamos poder

contribuir para fortalecer as bases do diálogo interdisciplinar e ampliar a “intensidade das

trocas” entre os dois campos. Os objetivos centrais da presente pesquisa em andamento são identificar, analisar e sistematizar os discursos dos pesquisadores da Arquivologia acerca das

possibilidades de interlocução interdisciplinar entre Ciência da Informação e Arquivologia e

também analisar criticamente, a partir da literatura da área, os subsídios

teórico-metodológicos da ORC que poderão melhor orientar os fundamentos da Organização e

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para oferecer respostas aos problemas de pesquisa acima apresentados, serão

analisados os discursos dos pesquisadores da Arquivologia, com a finalidade de apreender as

percepções acerca da possibilidade de interlocução interdisciplinar entre Arquivologia e CI, a

partir, especificamente, dos fundamentos da ORC, além de um estudo crítico da literatura

sobre ORC no âmbito da CI e Arquivologia. Para a análise dos conteúdos discursivos dos

atores sociais (pesquisadores da área da Arquivologia) adotaremos a abordagem metodológica

proposta por Lefèvre – O Discurso do Sujeito Coletivo. “[...] uma proposta de organização de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos de depoimentos, artigos de jornal, matérias de

revistas semanais, cartas, papers, revistas especializadas, etc” (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2005, p.15-16).

A abordagem metodológica proposta pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC)

facilitará a organização dos dados, a sistematização e a análise das respostas, pois consiste em

uma estratégia de categorização que não separa os discursos individuais dos discursos

coletivos. Esses discursos expressam o pensamento da coletividade na qual o sujeito

individual está inserido, exprimem o que o grupo pensa e como pensa.

3 A INSTITUCIONALIZAÇÃO SOCIAL E COGNITIVA DA ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

A Organização e Representação do Conhecimento (ORC) enquanto problemática de

pesquisa da agenda da Ciência da Informação e Biblioteconomia, vem sendo discutida por

diversos autores, em âmbito internacional e nacional. Segundo Pinho (2006, p.9-12) as

contribuições teórico-conceituais, metodológicas e pragmáticas remontam desde o século XV,

aos empreendimentos desenvolvidos por diversos autores (GESNER, 1545; NAUDÉ, 1643;

PANIZZI, 1839-1841; HARRIS, 1870; DEWEY, 1870-1876; CUTTER, 1837-1903; OTLET,

1905; BLISS, 1929, 1933; RANGANATHAN, 1933). Ainda destacam-se as contribuições de

Sorgel (1971) e Dahlberg (1973). No Brasil, pode ser destacado o Grupo Temma (grupo de

pesquisa fundado em 1987, na ECA-USP) que reúne pesquisadores vinculados à ECA/USP e

à UNESP-Marília sobre os estudos de ORC. O desenvolvimento e a institucionalização

científica da área Organização e Representação do Conhecimento (ORC), no Brasil, tem sua

principal comunidade científica integrada ao Grupo de Trabalho Organização e representação

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Teorias, metodologias e práticas relacionadas à organização e preservação de documentos e da informação, enquanto conhecimento registrado e socializado, em ambiências informacionais tais como: arquivos, museus, bibliotecas e congêneres. Compreende, também, os estudos relacionados aos processos, produtos e instrumentos de representação do conhecimento (aqui incluindo o uso das tecnologias da informação) e as relações inter e transdisciplinares neles verificadas, além de aspectos relacionados às políticas de organização e preservação da memória institucional. (ANCIB, 2012)

Na busca pela institucionalização social perante a comunidade científica internacional,

durante a realização dos ENANCBs em 2005, 2006, 2007 foi criado o capítulo brasileiro da

International Society for Knowledge Organization (ISKO) – sociedade científica internacional, formada por capítulos nacionais. Os objetivos principais da ISKO- Brasil são:

 Promover a pesquisa, o desenvolvimento e aplicações de sistemas de organização conceituais do conhecimento que promovam o estudo dos aspectos filosóficos e semânticos da estrutura do conhecimento;

 Proporcionar os meios de comunicação e redes em organização do conhecimento para os seus associados; e,

 Funcionar como ponto de rede entre instituições nacionais e internacionais que trabalham com questões relacionadas à organização conceitual e à dinâmica do conhecimento. (ISKO-BRASIL, 2012)

Diante do exposto, pode-se afirmar que a configuração do campo da ORC no Brasil

desenvolve-se e institucionaliza-se, socialmente e cognitivamente por possuir elementos

estruturais que sustentam a operacionalização da sua práxis científica através de redes de

profissionais, comunidade científica e canais de publicação e compartilhamento de

conhecimentos produzidos.

3.1 INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO: OBJETOS DA ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

Em face do que foi exposto, percebe-se que para melhor compreender as

especificidades teórico-conceituais que envolvem o campo da Organização e Representação

do Conhecimento no âmbito da Ciência da Informação, faz-se necessário delimitar

conceitualmente as concepções e abordagens em torno da Informação; Conhecimento;

Organização da Informação (OI); Organização do Conhecimento (OC); Representação da

Informação (RI) e Representação do Conhecimento (RC). Na presente pesquisa adota-se a

contribuição teórico-conceitual acerca da noção da informação e do conhecimento abordado

por Fogl (1979) que afirma que:

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e fenômenos da realidade objetiva na consciência humana);

2. o Conhecimento é o conteúdo ideal da consciência humana;

3.a Informação é uma forma material da existência do conhecimento;

4. a Informação é um item definitivo do conhecimento, expresso por meio da linguagem

natural ou outros sistemas de signos percebidos pelos órgãos e sentidos;

5. a Informação existe e exerce sua função social por meio de um suporte físico;

6. a Informação existe objetivamente fora da consciência individual e independente dela,

desde o momento de sua origem.

Para finalizar esta seção, assumimos o posicionamento de Bräscher e Café (2010,

p.88) que adotam a abordagem conceitual de informação e conhecimento defendida por Fogl

(1979) para melhor orientar as questões que envolvem a Organização e Representação do

Conhecimento, conforme salientam abaixo:

A partir do conceito de Fogl (1979) sobre informação e conhecimento, apresenta-se nesse trabalho uma proposta conceitual preliminar para as áreas de organização da informação (OI), organização do conhecimento (OC), representação da informação (RI) e representação do conhecimento (RC). Essa proposta apóia-se no pressuposto de que informação e conhecimento são conceitos distintos e, portanto, OI e OC, e RI e RC, também o são.

3.1.1 ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

A Organização da Informação (OI) no domínio da Ciência da Informação pode ser

compreendida como uma série de atividades processuais com a finalidade de descrever

intelectualmente conteúdos documentais para serem representados nos sistemas de

recuperação da informação. Na perspectiva da CI a Organização da Informação (OI) é

abordada sob dois aspectos: “enquanto espaço investigativo que fornece os pressupostos teóricos e metodológicos do tratamento da informação, e enquanto atividade operacional

inerente ao fazer profissional relativo ao tratamento da informação” (CAFÉ, SALES, 2010,

p.116). Lima e Álvares (2012, p.35) afirmam que o principal objetivo da Organização da

Informação (OI) é possibilitar a recuperação e o acesso à informação por meio da estruturação

dos elementos de organização do conhecimento. Segundo Fogl (1979) a descrição de

conteúdos documentais tem por objeto o primeiro dos três elementos da informação propostos

por Fogl – o conhecimento. A descrição física, por sua vez, direciona-se ao terceiro elemento - o suporte da informação. O segundo elemento – a linguagem – permeia os dois tipos de descrição. (Bräscher, Café, 2010, p.91). Pelo exposto por Fogl é possível dizer que existem

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informacionais e outra orientada pelos pressupostos da Organização do Conhecimento (OC)

que trata de organizar e explicitar as relações conceituais de um domínio de conhecimento.

3.1.2 ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

Para Dahlberg (2006, p.12) a Organização do Conhecimento (OC) é a “ciência que

estrutura e organiza sistematicamente unidades do conhecimento (conceitos) segundo

elementos de conhecimento (características) inerentes e a aplicação desses conceitos e classes

de conceitos ordenados a objetos/assuntos”. Barité (2001, p.41) sintetiza a Organização do Conhecimento como segue:

O objeto de estudo da Organização do conhecimento é – a nosso juízo – o conhecimento socializado, e como disciplina dá conta do desenvolvimento de técnicas para a construção, gestão, uso e avaliação de classificações científicas, taxonomias, nomenclaturas e linguagens documentais. De outra parte, traz metodologias de uso e recuperação por linguagem natural. É esta visão integral do conhecimento, em que se associam as classificações filosóficas ou científicas do saber com as classificações destinadas à organização de documentos em bibliotecas, arquivos e outras unidades de informação que abre maiores perspectivas para um importante desenvolvimento disciplinar e interdisciplinar no âmbito da Biblioteconomia e Documentação (BARITÉ, 2001, p.41)

“Dentre seus limites de atuação, tenta responder a como se representa o conhecimento;

se as áreas do conhecimento são representadas da mesma maneira o que pode ser

representado; e se tudo pode ser representado”. (LIMA; ALVARES, 2012, p.27). Segundo Tennis (2008) na Organização do Conhecimento (OC) existem três tradições teóricas que

orientam o desenvolvimento e evolução da área:

 Tradição epistemológica, que trata de (i) como delimitar o universo de conhecimento que deve ser representado e organizado (ii) como definir e distinguir o conhecimento, informação e documento;

(iii) conciliar a tradição positivista (a do conhecimento estruturado naturalmente) e tradição pragmática (a do conhecimento estruturado de acordo com necessidades e interesses) e (iv) de como conciliar organização do conhecimento, como discutido por filósofos e outros cientistas e organização do conhecimento, com o praticado no ambiente da ciência da informação;

 Tradição teórica, que trata de (i) caminhos teóricos a seguir para delimitar a área coberta pela organização do conhecimento; (ii) que teorias constroem a organização do conhecimento; (iii) como acontece a interdisciplinaridade na área; (iv) aspectos da terminologia e (v) modelos e estruturas de organização do conhecimento;

 Tradição metodológica, que trata de: (i) métodos que devem ser considerados e priorizados; (ii) aspectos culturais e éticos da organização do conhecimento e (iii) garantia de qualidade das ferramentas e produtos da área. (TENNIS 2008 apud LIMA; ALVARES, 2012, p. 40-41)

Miranda (1999), por sua vez, compreende a Organização do Conhecimento enquanto

disciplina científica, inter e transdisciplinar, que tem a finalidade de qualificar a gestão e a

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informação/documentação e museus.

Barité (2001, p.42-53) aponta dez premissas básicas que justificam o status científico e

intelectual da Organização do Conhecimento (OC):

1. o conhecimento é um produto social, uma necessidade social e um dínamo social;

2. o conhecimento se realiza a partir da informação e ao socializar se transforma em informação;

3. a estrutura e a comunicação do conhecimento formam um sistema aberto;

4. o conhecimento deve ser organizado para seu melhor aproveitamento individual e social;

5. existem muitas formas possíveis de organizar o conhecimento;

6. toda organização do conhecimento é artificial;

7. o conhecimento registra sempre em documentos, como conjunto organizado de dados disponíveis, e

admite usos indiscriminados;

8. o conhecimento se expressa em conceitos e se organiza mediante sistemas de conceitos;

9. os sistemas de conceitos se organizam para fins específicos, funcionais ou de documentação;

10. as leis que regem a organização de sistemas de conceitos são uniformes e previsíveis, e se aplicam por

igual a qualquer área disciplinar.

3.2REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Representação “tem sido empregada, no âmbito ocidental, como uma forma de apreender um objeto ou conceito, tratando-se de uma significação, simbolização ou referência a uma coisa

distinta de si mesma, estabelecendo uma relação com aquilo que se representa ou substitui” (SAN SEGUNDO MANUEL, 2003, p. 395 apud PINHO, 2006, p.25). Dodebei (2002, p.28)

afirma que a representação é compreendida por objetos e propriedades. Sendo os objetos

“coisas que queremos representar”, enquanto que as propriedades são “as características dessas coisas” (DODEBEI, 2002, p. 28).

Cordeiro (1996) considera que a representação da informação é “um processo redutor da informação” (CORDEIRO, 1996 apud FURGERI, 2006). Nessa mesma direção, Leão

(2006) levanta os seguintes questionamentos “por que representar, se representar implica em reduzir, condensar, em resumir? Por que representar, se representações são

uma espécie de cópia, de substituição, de cópia, de limitação...? Por que optar pela redução,

pela perda de detalhes por aquilo que “apenas” simboliza o todo?” (LEÃO, 2006, p.8).

Do ponto de vista pragmático, a redução e síntese da informação por meio de

representações, justifica-se pelo crescimento cada vez maior de objetos informacionais que

circulam socialmente. Sendo assim, a representação é um mecanismo indispensável para

operacionalizar e garantir a eficiência funcional da recuperação através de sistemas e

(8)

3.3REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

Para Lima e Alvares (2012, p.33) “Representar o conhecimento é uma tentativa de se

apropriar dos elementos informacionais existentes nas estruturas e processos mentais que

compõem o conhecimento individual, para que o saber possa ser socializado”. Vickery (1986) destaca que a representação do conhecimento é objeto antigo de pesquisa na área

A representação do conhecimento é uma questão que preocupa a Documentação desde sua origem. O problema agora é relevante em muitas outras situações além dos documentos e índices. A estrutura de registros e arquivos de bases de dados; a estrutura de dados nos programas de computador; a estrutura sintática e semântica da linguagem natural; a representação do conhecimento em inteligência artificial; os modelos de memória humana: em todos esses campos é necessário decidir como o conhecimento pode ser representado de forma que estas representações possam ser manipuladas. (VICKERY, 1986, p. 145)

Para Dahlberg (2006) a representação do conhecimento pode ser compreendida

[...] como a estrutura lógica da representação conceitual e, também, o resultado da identificação de conceitos por termos determinados em função da terminologia utilizada. A esse respeito, entendemos que a representação do conhecimento em nossa área possui dois aspectos distintos: o resultado da representação de conteúdo pela identificação de conceitos e a representação da estrutura lógica do conhecimento. Este último, como resultado da atividade de Organização do Conhecimento. (DAHLBERG, 2006 apud FUJITA, 2008)

A Representação do Conhecimento (RC) materializa-se nos Sistemas de Organização

do Conhecimento (SOC), construídos artificialmente para auxiliar as atividades de gestão e

recuperação do conhecimento registrado, servindo de interfaces comunicativas entre

produtores e utilizadores da informação. Manifestam-se por meio de sistemas de classificação,

taxonomias, tesauros, dicionários, etc. Segundo Hodge (2000) os Sistemas de Organização do

conhecimento (SOC)

englobam todos os tipos de instrumentos usados para organizar a informação e promover o gerenciamento do conhecimento. Incluem os esquemas de classificação que organizam materiais em nível geral (como livros em estantes), cabeçalhos de assunto que provêm acesso mais detalhado e listas de autoridade que controlam versões variantes de chaves de acesso à informação (nomes geográficos e nomes de pessoas). Incluem, ainda, esquemas menos tradicionais, tais como redes semânticas e ontologias.

4 ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO DOMÍNIO DA

ARQUIVOLOGIA

As abordagens teórico-conceituais e metodológicas que orientam a Organização e

Representação da Informação Arquivística (ORIA) diferem das abordagens utilizadas no

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assunto consubstanciados nos conteúdos documentais, isto é expressam, através de assuntos,

as diversas manifestações do saber humano. No domínio da Arquivologia, o foco da

organização e representação da informação é expresso pelas características estruturais,

orgânicas e funcionais que circunscrevem a informação arquivística. Destacam-se os

conceitos da “proveniência e da organicidade” enquanto princípios teórico-conceituais para orientar os fundamentos metodológicos da Organização e Representação da Informação

Arquivística (ORIA). O princípio da proveniência vincula e fixa na informação arquivística a

estrutura e o contexto ao seu produtor, já a organicidade reflete a estrutura, funções e

atividades da entidade produtora ou acumuladora.

Representar a informação arquivística significa o mesmo que descrevê-la? Leão

(2006) afirma que o conceito de descrição tem evoluído ao longo da história social dos

arquivos, ao afirmar que “a descrição parece ter perdido, progressivamente, o objetivo apenas de prestar conta dos acervos à instituição custodiadora, buscando então

facilitar a recuperação dos documentos e de prover o acesso à Informação a um público

cada vez mais amplo” (LEÃO, 2006, p.20). Complementa essa ideia, afirmando que “o propósito da descrição tem sido o de criar a representação dos documentos que sirva à

perpetuação da memória da sociedade, de prover evidência, [...] consulta [...] significação [...]

esclarecendo as relações de contexto e a relação interna do documento” (LEÃO, 2006, p.20).

García Marco (1995, p.115) aponta a “descrição documental e arquivística” como “la

designación de las tarefas de representación documental para facilitar el acceso a los

fondos de un archivo há sido denominada descripción”. A descrição, ao incorporar o

“princípio da proveniência”; a “ordem natural dos documentos” e o “respeito aos fundos”

preconiza a ideia de representação, ao considerar no processo de descrição a representação

do contexto de produção do documento e suas relações funcionais, orgânicas e estruturais,

intermediadas pelas representações documentárias – produtos documentários para possibilitar a organização, acesso e recuperação de conteúdos documentais. Ou

seja, o resultado da descrição é materializado pelas linguagens (guias, catálogos,

inventários, vocabulários controlados e tesauros funcionais que refletem e representam as

ações, atividades e funções de uma instituição, pessoa física ou jurídica. Pode-se aferir que o

processo de descrição se apoia nas teorias da representação e nos princípios da Classificação e

na Análise Documentária com o objetivo de sintetizar volumes de informação através de índices

e resumos - se materializa mediante os instrumentos de representação documentária. É por meio

da descrição e da classificação que a informação do documento arquivístico é representada.

(10)

(HAGEN, 1998)

a teoria da representação é a de que enquanto os arquivos originais devem ser necessariamente armazenados na estante numa determinada ordem e localização física [...], as representações dos originais podem ser multiplicadas e armazenadas em qualquer ordem e em qualquer lugar que seja considerado útil (ROUSSEAU, COUTURE, 1994 apud HAGEN, 1998, p.3).

Em síntese a Organização e Representação da Informação Arquivística (ORIA) é

realizada a partir das operações de identificação, classificação e descrição. A Classificação

Arquivística pode ser dois tipos: funcional e estrutural. Ambas refletem as relações

funcionais, orgânicas e estruturais da informação arquivística. O que se representa não é a

relação de saberes de campos do conhecimento, mas sim a relação de saberes e fazeres

inerentes às atividades de uma instituição jurídica ou pessoa física, evidenciados na

materialidade de seus documentos.

5 INTERLOCUÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE CIÊNCIA DA

INFORMAÇÃO E ARQUIVOLOGIA

Em busca de reconhecimento científico, segundo Silva et al (1999), a Arquivologia

tem empreendido esforços para dialogar com diversos campos do conhecimento para

intercambiar métodos e técnicas para melhor fundamentar seu arcabouço epistemológico.

Segundo esses autores, no mundo contemporâneo, não se pode defender abordagens

teórico-metodológicas ancoradas no “paradigma patrimonialista e custodial”.

As grandes mudanças evocadas pelas técnicas da Documentação, o desenvolvimento e

o imperativo tecnológico, aliadas ao surgimento do fenômeno documental no período

pós-guerra, de certo modo, influenciou a Arquivologia a reposicionar-se diante dessa nova

concepção: do fenômeno documental ao informacional. Passou a empenhar-se em

desenvolver reflexões de cunho teórico e assumir uma postura frente à problemáticas

demandadas pela Arquivologia, em especial, frente ao fenômeno da informação e suas

interfaces com a Ciência da Informação.

No final da década de 80 se nota um esforço por parte de alguns pesquisadores da

Arquivologia e da CI em construir um diálogo extradisciplinar e interdisciplinar a partir do

fenômeno informacional, isto é, ao afirmarem que ambas as áreas trabalham com o mesmo

objeto: a informação registrada.

Diante desse contexto, a Arquivologia vê-se obrigada a re(significar) seus postulados,

clarificar melhor seu objeto de estudo, métodos de investigação e quadros teóricos,

(11)

Assim podemos dizer que os empreendimentos para melhor compreender seu objeto

de estudo – a informação arquivística e/ou orgânica, inaugura possibilidade de interlocuções interdisciplinares com a CI a partir da área da ORC.

Segundo Marques e Rodrigues (2007) “as relações entre a Arquivística e a Ciência da Informação, apesar de bastante próximas, não têm uma concepção consensual por parte dos estudiosos das duas áreas, sobretudo quando consideradas no âmbito da

interdisciplinaridade”.

Para Jardim e Fonseca, por exemplo, ainda que a informação seja contemplada pelas duas disciplinas – a partir das suas diferentes propriedades e especificidades quanto à produção, uso e disseminação – o território disponível para o intercâmbio teórico e prático mostra-se extremamente vasto. Assim, para esses autores, suas relações não são claras, tampouco interdisciplinares e estão em vias de se estabelecerem em níveis pluridisciplinares (JARDIM; FONSECA, 1995, p. 41-49 apud MARQUES, RODRIGUES, 2007).

Concordamos com Marques e Rodrigues (2007) quando afirmam que

os vínculos institucionais dos cursos de graduação em Arquivologia, a formação dos seus docentes e a produção científica com temáticas relacionadas com a Arquivística se entrecruzam, configurando o seu campo científico (disciplinar e extradisciplinar). Nessa perspectiva, entendemos que a autonomia da Arquivística não é definida por limites fechados, mas por fronteiras entreabertas. Afinal, essa auto-afirmação ainda se encontra em formação e os diálogos dessa disciplina com outras não colocam em risco a sua identidade: ao contrário, ratificando nossa hipótese, subsidiam-na. Parece-nos que o campo disciplinar e o extradisciplinar são dois lados da mesma moeda, ou seja, do seu campo científico.

Para melhor exemplificar a atual configuração da Arquivologia no Brasil, as autoras

(MARQUES, RODRIGUES, 2007, p.11) sistematizam as seguintes considerações:

1) a predominância da formação/titulação de docentes em Ciência da Informação; 2) que todos os Cursos de Graduação em Arquivologia que estão vinculados a algum departamento, o estão em departamentos de Ciência da Informação/Documentação; 3) que quatro desses Cursos de Arquivologia compartilham o mesmo espaço institucional com Programas de Pós-graduação em Ciência da Informação;

4) a presença simultânea de professores nos Cursos de Graduação em Arquivologia e nesses Programas;

5) e que há uma produção científica relacionada à Arquivística nos Programas de Pós-graduação em Ciência da Informação, concluímos, [...], que a formação diversificada do quadro docente dos cursos de Arquivologia parece impulsionar um intenso diálogo interdisciplinar no nível da pós-graduação entre as duas disciplinas e as pesquisas voltadas para a Arquivística no Brasil, que convergem, majoritariamente, para a Ciência da Informação.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresenta as possibilidades de diálogo entre Ciência da

Informação e Arquivologia a partir do arcabouço conceitual e metodológico institucionalizado

(12)

que os postulados teórico-conceituais e metodológicos da ORC poderão contribuir

significativamente para o desenvolvimento de reflexões acerca das operações da Classificação

e Descrição – funções matriciais do pensar e fazer arquivístico. Em suma a aproximação entre ORC e ORIA poderá contribuir para aprofundar o instrumental teórico-conceitual e

metodológico dos processos e sistemas de organização e representação da informação

arquivística, contribuindo, simultaneamente, para um pensar crítico da CI sobre seus objetos e

métodos. Procura-se com essa aproximação verificar a possibilidade de desenvolvimento de

um novo referencial para a ORIA, visto que as contribuições advindas da Teoria da

Classificação e Teoria do Conceito apresentam-se de modo muito incipiente na teoria

arquivística.

Nesse sentido a interlocução interdisciplinar a partir dos referenciais da ORC

apresenta-se promissoras ao apoiar-se das contribuições advindas da filosofia, teoria da

classificação, teoria do conceito e estudos linguísticos - elementos constituintes para subsidiar

instrumental teórico-metodológico nas ações de organização, representação e recuperação da

informação e do conhecimento institucionalizados nos sistemas de recuperação da informação

arquivística.

A identificação, análise e sistematização do discurso coletivo dos pesquisadores da

Arquivologia e da Ciência da informação acerca da ORC como espaço interlocutor entre CI e

Arquivologia são consideradas, nesta pesquisa em andamento, pontos de partida que podem

balizar as ações interdisciplinares entre as duas áreas de conhecimento. Com efeito, a

consolidação de campos do saber pode ser obtida por meio de diálogos sobre objetos e

processos que atravessam diferentes áreas de conhecimento. A Organização do conhecimento

e da informação pode contribuir para a construção de conhecimento efetivamente

interdisciplinar e qualificar as ações das duas áreas em prol do acesso efetivo à informação.

REFERÊNCIAS

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(13)

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