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FRANCISCANOS NA ESCOLA REUNIDA SÃO PEDRO DE DOURADOS, SUL DE MATO GROSSO (UNO) ( )

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FRANCISCANOS NA ESCOLA REUNIDA SÃO PEDRO DE DOURADOS, SUL DE MATO GROSSO (UNO) (1968-1977)

BRAZIL, Maria do Carmo. /UFGD1 BORBA, Marcel dos S. /UFGD2 VALDEZ, Fanny S. / UFGD / Capes3

Introdução.

O presente trabalho tem o propósito de contribuir para ampliação do conhecimento concernente ao campo História da Educação em Mato Grosso, em geral, e do atual Estado de Mato Grosso do Sul. Pretende-se dimensionar a influência dos franciscanos na Escola Reunida São Pedro, Distrito de Vila São Pedro. Serão buscadas abordagens, considerações e estudos voltados para a História das Instituições Educacionais (HIE). O limite temporal inicia no ano de 1968, data que encontramos indícios sobre as primeiras preocupações com a regularização do referido estabelecimento escolar na região. O arco temporal alcança o ano 1977, momento em que a escola se deslocou do espaço paroquial, até então assentado nos terrenos da matriz da Paróquia São Pedro Apóstolo, e se instalou no atual prédio, na Vila São Pedro, construído pela prefeitura, o qual se encontra ali em funcionamento até os dias atuais.

A Escola Reunida São Pedro, tende-se a envolver com o movimento franciscano no Mato Grosso, pois o período proposto marca a presença desses freis franciscanos na paroquia onde se encontrava a escola. Busca-se a relação da Escola Reunida São Pedro, com a cidade de Dourados. Com esta abordagem tende-se a discutir relação entre a instalação dessa instituição educacional e o processo de ocupação, a expansão e a dinâmica social do distrito, na região da Grande Dourados. A partir daí muitas questões fora levantada sobre a expansão educacional no referido espaço; as singularidades do cotidiano escolar em ambiente rural; bem como as características da cultura escolar desenvolvida na Escola Reunida São Pedro.

A dinâmica da ocupação desse espaço liga-se à política desenvolvida por Vargas ainda no Estado Novo (1937-1945) assentada nas questões territoriais e na implementação de

1Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação da FAED/UFGD. E-mail: mc.2708@hotmail.com 2 Discente (aluno especial) no Programa de Pós-Graduação em Educação da FAED/UFGD. E-mail:

marcelborba88@gmail.com

3 Discente no Programa de Pós-Graduação em Educação da FAED/UFGD. E-mail:

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estratégias capazes de promover a “integração nacional”. O discurso do Governo Vargas caracterizava-se pelo estímulo ao progresso do país através de ações que visavam “ocupar” e “proteger” as fronteiras Oeste do Brasil. A obra A Nova Política do Brasil, (1938-1944) de autoria de Getúlio Vargas, pontuando as linhas políticas expressas na Constituição do Estado Novo e as Conferências e discursos pronunciados pelo próprio presidente e por políticos envolvidos com a construção da "integração nacional" revelam a essência do pensamento estratégico que conduziu o programa de povoamento para o oeste nas décadas de 30, 40 e 50. O espírito de unidade nacional manifestava-se de forma latente nas propostas de Vargas, conforme se observa no seguinte trecho de um de seus discursos:" O sertão, o isolamento, a falta de contato são os únicos inimigos terríveis para a integridade do país". (Schwartaman, 1982, p. 21).

Para analisar a participação dos vários atores sociais presentes nesse processo recorreremos ao conceito de “prática de espaço” desenvolvido por Michel de Certeau (1996). Nesse particular, cabe também propor uma inter-relação entre história, memória e identidade, isso impõe definir os conceitos que serão utilizados. Para melhor entender, buscaremos inicialmente a compreensão de memória utilizada por Maurice Halbwachs, estudioso das memórias sociais (coletivas) cuja contribuição foi diferenciar história e memória e, também enfatizar o caráter social desta última.

Dessa forma, pesquisar a história de instituições escolares em consonância com as mudanças políticas educacionais é, sem sombra de dúvidas, redescobrir o cotidiano das escolas que formam a história mato-grossense e acima de tudo, compreender a própria concepção da Escola Reunida São Pedro para o seu tempo.

A escola reunida e os franciscanos.

Situada no antigo Núcleo Colonial de Dourados, no município de Dourados, no então sul do Mato Grosso, a Escola Reunida São Pedro tem a sua relevância, porque, dos 8 distritos que compõe a região, apenas três deles foram estudados no âmbito educacional e acadêmico: o Distrito de Picadinha, o Distrito de Vila Vargas e o Distrito de Indápolis. Portanto, explicitar as questões políticas, sociais e religiosas que modificaram a estrutura educacional no âmbito regional e nacional, com objetivo de contribuir para o avanço da pesquisa histórica que

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envolve a educação na região. Há inúmeras pretensões de enfatizar as formas de ensino presente na cidade de Dourados/MT para o período, além da influência dos franciscanos dentro do campo territorial que tinha como base a Paróquia São Pedro Apostolo.

Para discutir a influência da ordem franciscana na história da educação na região, recorreremos primeiramente ao livro do frei Knob (1988), em sua obra faz um relato minucioso da chegada e das realizações da missão em terras mato-grossenses. Esta obra escrita a partir do olhar da ordem religiosa, é de suma importância para a presente investigação na medida que seu autor discorre sobre o cotidiano dos agentes sociais que se movimentaram no distrito e na instituição escolar. Evidentemente que essa obra será utilizada à luz dos conceitos de práticas e representações, ou seja, será analisada como representações sociais.

Além da crônica de Knob, como suporte referencial citaremos Marin, que em suas teses, dissertações, livros produzidos sobre tema, nos leva a analisar sobre os franciscanos. Considerando inicialmente alguns pontos discutidos por Marin (2012) é possível afirmar que as primeiras reflexões sobre a vinda dos franciscanos alemães para Mato Grosso datam de 1936, oriunda de uma situação política complexa, proveniente da expansão do nazismo. Com receio dos efeitos políticos do regime totalitário sobre a ordem religiosa, muitos frades e missionários católicos foram enviados para a “Terra de Missões”. A Província de Turíngia, Alemanha, ao avaliar o crescimento quantitativo de frades rumo ao sul e interior brasileiro, estimulou o espírito missionário da ordem.

Os estudos desenvolvidos por Elton Castro Rodrigues dos Santos (2014, p. 11) sobre Escolas Reunidas esclarece que essa modalidade foi criada pelo Regulamento da Instrução Pública Primária de 1927 e tiveram sua implantação a partir da década de 1930. Entre outros com objetivo de compreender o momento histórico do Regulamento (1927) e as condições possíveis que mantiveram essa modalidade no sul de Mato Grosso até o limiar da década de 1970.

Para discorrer sobre a permanência das Escolas Reunidas na região de Dourados em plena década de 1960, buscaremos primeiramente as explicações históricas sobre essa modalidade de ensino no país e na região. Segundo Santos (2014), as Escolas Reunidas foram criadas no estado de São Paulo, como uma modalidade escolar que tinha sua organização espacial e curricular baseada nas normativas que regiam os grupos escolares, a proposta da

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escola reunida era para ser provisório, mais aos poucos foram incorporados por causa da demanda popular dos bairros e vilas da cidade de São Paulo. O modelo reunido composto por escolas isoladas. De acordo com o Artigo 33 do Regulamento da Instrução Pública Primária de 1927, estabelecia que para se constituir como “Escolas Reunidas” seriam necessárias que fosse mantido o funcionamento, no mínimo de três classes, com uma média 15 e 45 alunos, caso contrário, retornariam à condição de escolas isoladas. No caso de excederem ao número de 8 classes, se transformariam em grupos escolares. Então esta modalidade estaria entre as escolas isoladas e os grupos escolares. Interessante estar ressaltando que as escolas reunidas se espalharam por todo Mato Grosso, sendo importante no desenvolvimento educacional do estado, a exemplo do estado de São Paulo, evidentemente que alcançou a região de Dourados de forma um pouco mais tardio. Segundo SANTOS (2014, p. 98)

[...] transitoriedade não fez que a escola reunida perdesse sua importância no cenário educacional de Mato Grosso, tendo em vista que essa modalidade foi a segunda maior, perdendo somente para o número de escolas isoladas, e se fazendo presente em todos os municípios mato-grossense, pois não demandava a construção de ostentosos prédios e extenso número de funcionários, por vezes funcionava e prédios alugados, adaptados ao cotidiano escolar, podendo ainda ser instaladas em distritos e vilas do estado, diferentemente dos grupos escolares que eram extremamente urbanos.

Quando se pensa a problemática da pesquisa, percebe-se a realidade da Escola Reunida São Pedro, situada em um distrito que tinha um número de alunos, que adequava-se a normativa de uma escola reunida, e oferecia a esses alunos educação parecida com os grupos escolares, dando oportunidade de uma educação igual aos centros urbanos.

Portanto, para dar conta dessa discussão, tomei como ponto de partida os estudos realizados por Santos (2014), principalmente seu livro “Escolas Reunidas: na sedimentação da escola moderna em Mato Grosso (1927- 1945)”. Nesta investigação constam análises sobre a modalidade “escola reunida”, existente no interior do sistema educacional.

Esperamos que com a compreensão do nível de funcionamento das escolas reunidas em Mato Grosso, a partir de trabalhos como do prof. Elton Castro possamos analisar o processo de criação, expansão e esgotamento desse modelo na região da Grande Dourados. Para justificar nosso recorte temático, tomamos como ponto de partida três trabalhos significativos, já

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realizados no Programa de Pós Graduação em Educação da UFGD, quais sejam: a) a Dissertação de Mestrado intitulada “História da disciplina de Biologia Educacional no Curso de Magistério da Escola Dom Bosco de Indápolis, Distrito de Dourados/MS (1977-2000)”, defendida no ano de 2012 por Rozângela Soares Grangeiro Borges, sob orientação da Prof° Dr. Alessandra Furtado; b) A Dissertação de Mestrado intitulado “Educação Rural em Dourados: A Escola Geraldino Neves Correa ( 1942-1982), defendida no ano de 2014 por Clovis Irala, sob orientação da Profª. Drª. Alessandra Cristina Furtado; c) a Dissertação de Mestrado “Grupo Escolar Presidente Vargas, Dourados-MT: a escola primária urbana/rural em tempos de mudanças no ensino elementar brasileiro (1963-1974)” de autoria de Wilker Solidade da Silva (2015), orientado pela Profª. Drª Maria do Carmo Brazil,

Na primeira dissertação mencionada, Borges (2012) analisou a história da disciplina de Biologia Educacional, no Curso de Magistério da Escola Estadual Dom Bosco do Distrito de Indápolis, na perspectiva da Nova História Cultural, que se faz pela Cultura Escolar, Currículo e História das Disciplinas Escolares. Na segunda, Irala (2014) discorreu sobre o ensino rural primário no Sul Mato Grosso, com destaque para a história da Escola Geraldino Neves Corrêa, do Distrito da Picadinha, no município de Dourados, no período de 1942 a 1982. Nesta pesquisa o autor analisou processo de instalação e funcionamento no distrito da Picadinha, com destaque para o perfil de seu quadro discente e corpo docente e, ainda, analisando a sua organização curricular.

Na terceira dissertação, Silva (2015), examinou a escola primária urbana/rural o ensino rural na região da Grande Dourados, entre os anos de 1963 e 1974. A pesquisa elegeu o Grupo Escolar Presidente Vargas, situado no Distrito de Vila Vargas, como objeto de estudo. O autor analisou a inserção e funcionamento da referida escola na região, bem como o diálogo dos agentes educacionais com a comunidade a que este estava vinculado. A pesquisa expõe as políticas educacionais brasileiras que traçaram um modelo de escola a simbolizar o conceito de moderno para o ensino nacional, e como a interpretação do olhar para a instituição escolar apresentou diversas perspectivas à medida que se alterava os rumos das políticas públicas. Além disso, o autor examinou a instituição escolar em questão no contexto Colônia Agrícola Nacional de Dourados – CAND, política criada ainda no Governo Vargas durante o Estado Novo, e que alcançou a região de Dourados a partir do ano de 1954.

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O Município de Dourados também já foi Distrito, pertencia a Ponta Porã, mas se emancipou em 20 de dezembro de 1935, com áreas desmembradas do Município de Ponta Porã, por decreto nº 30 de 20/12/1935, do então Governador do Estado, Sr. Mário Corrêa da Costa. Implantado o Município de Dourados, criaram-se ao longo dos anos outros distritos que depois se tornaram novos municípios. O município de Dourados é constituído de nove (8) distritos: Guaçu, Indápolis, Itaum, Panambi, Picadinha, São Pedro, Vila Formosa e Vila Vargas, a finalidade desses distritos foi criar divisão territorial administrativa rural, concentrava famílias que diretamente vivem do campo, pois esses distritos facilitava o dia a dia dessas pessoas, que não precisaria se deslocar a cidade para resolver pequenas pendências.

Deste modo, o referente trabalho visa estabelecer relações entre esse cenário do surgimento da cidade de Dourados com o processo “ocupação” da região de sul de Mato Grosso, bem como as suas conexões com o processo de instrução primária nesta região.

A construção de uma identidade histórica.

Parte das opções teóricos-metodológicos, busca-se Justino de Magalhães (1999) que propõe a construção da identidade histórica de uma dada instituição em suas múltiplas dimensões, ou seja, discutir sua dinâmica, enquanto sistema educativo, considerando o contexto histórico da comunidade e a região na qual foi instalada. Também Saviani (2005, p. 30), pauta nessa direção na medida em que defende que para se fazer história de instituição escolar é necessário considerar as suas práticas. Segundo Saviani, toda instituição “é por definição, uma unidade de ação, um sistema de práticas.”

Além disso, a abordagem investigativa de Sanfelice (2006), compreende o estudo das instituições escolares a partir das relações entre as particularidades das escolas com o cenário mais geral da educação brasileira. Deste modo, uma das conclusões que pretende-se chegar é a presença franciscana no surgimento e no funcionamento da Escola Reunida São Pedro tendo como base as interações entre as singularidades da escola e contexto político, econômico e educacional do brasileiro.

Também é recorrente o conceito de cultura escolar dado por Dominique Julia, senão vejamos trecho do artigo “A cultura escolar como objeto histórico”, Dominique Julia (2001, p. 10):

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[...], poder-se-ia descrever a cultura escolar como um conjunto de normas que definem conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar, e um conjunto de práticas que permitem a transmissão desses conhecimentos e a incorporação desses comportamentos; normas e práticas coordenadas a finalidades que podem variar segundo as épocas (finalidades religiosas, sócio políticas ou simplesmente de socialização).

Em Dominique Julia (2001) está sendo analisado o material empírico disponível e arrolado sobre a escola, envolvendo documentos oficiais, livro de frequência, cadernos, livros didáticos, registros com fotos de alunos e servidores, atas entre outros, cuja síntese reflete-se nos modos de pensar e de agir largamente difundidos no interior de nossas sociedades, além de contribuir para formar representações que os agentes tem sobre a sua posição social.

O surgimento da Escola Reunida São Pedro se deu no final da década de 1960, no bojo da construção do “novo espaço” por agentes que migraram para a região periférica de Dourados. Entendemos que esse espaço social surgiu a partir da ação humana que o criaram, que o inventaram. Daí a necessidade de propor uma análise sobre a história da Escola na região envolvendo a inter-relação entre história, memória e identidade.

Para Halbwachs a memória não é espontânea ou unificada naturalmente. Ela é construída conforme os sentidos subjetivos dos indivíduos que rememoram suas ações sociais. Podemos inferir a partir daí, no caso do nosso objeto de análise – “Franciscanos na Escola Reunida São Pedro ” - que a rememoração pode ser desenvolvida por “guardiões da memória”, entendidos tanto como pessoas que participaram do processo de colonização do espaço e da institucionalização da escola, quanto pela administração pública, colonos migrantes, ou pela ação destes atores na constituição de lugares da memória – monumentos, comemorações, festas, tão bem definidos por Jacques Le Goff (1992). No entanto, cabe ressaltar, segundo Le Goff que estudar memórias sociais implica em abordar a história e as temporalidades.

No componente documental da pesquisa, os dados oficiais existentes nos órgãos ligados às atividades da Escola Reunida São Pedro, sendo estes estaduais e/ou municipais que nortearam o trabalho, sendo Centro de Documentação Regional (CDR) localizado na FCH - Universidade Federal da Grande Dourados, o qual reúne acervos oriundos da Delegacia Regional de Educação, como também documentos cedidos voluntariamente por pesquisadores que se esforçam nesta perspectiva histórica arrolamento e preservação de fontes históricas sobre o sul de Mato Grosso.

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O trabalho tem seu advento a partir da análise do Livro de Tombo da Paróquia São Pedro Apóstolo, este livro traz relatos de todas as atividades desenvolvidas na paróquia desde de sua fundação em 1955 até o ano de 2012. Este livro se encontra-se para consulta na secretária da Paroquia São Pedro, localizado no distrito da Vila São Pedro para o manuseio. Trata-se de uma fonte que exige cuidado e preservação na medida em que encontra-se em processo de degradação natural.

Uma pequena conclusão

Como a pesquisa ainda em andamento, algumas conclusões ainda está por vim, mais o importante é ressaltar a proposta de pesquisar e refletir sobre a relevância histórica da influência dos franciscanos na Escola Reunida São Pedro, situada no Antigo Núcleo Colonial de Dourados, no município de Dourados, no então sul do Mato Grosso. Tendo como delimitação espacial a Escola Reunida São Pedro, principal referência no ensino primário do período, na região da Vila São Pedro. Para tanto, no processo da pesquisa almejo explicitar as questões políticas que modificaram a estrutura educacional no Brasil.

Na sequência, há inúmeras pretensões de enfatizar as formas de ensino presente na cidade de Dourados/MS para o período, buscando na análise a influência dos franciscanos na região da paróquia São Pedro Apostolo, não deixando de lado o diálogo com a política educacional do período.

Algumas questões basilares estão norteando a pesquisa, já citado na introdução do trabalho, no qual até o fim desta trajetória, deve ser respondido com grande almejo: qual a importância de se estudar as instituições escolares no Brasil, no Mato Grosso do Sul e em Dourados entre as décadas de 1960 e 1970? Quem eram os professores, diretores, funcionários, alunos? Qual a importância do ensino primário, para o cidadão da época, naquela região? Qual a influência dos franciscanos na escola?

Muitas perguntas e muitas respostas irão aparecer ao longo desta pesquisa que almeja contribuir para um campo de conhecimento dentro da História das Instituições Escolares. Dessa forma, pesquisar a história de instituições escolares em consonância com as mutações políticas educacionais é, sem sombra de dúvidas, redescobrir o cotidiano das escolas que formam a

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história sul-mato-grossense e acima de tudo, compreender a própria concepção da Escola Reunidas São Pedro para o seu tempo.

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Referências

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