Revista de Biologia e Ciências da Terra
ISSN: 1519-5228
revbiocieter@yahoo.com.br
Universidade Estadual da Paraíba Brasil
de Mendonça Júnior, Antonio Francisco; Paula Braga, Alexandre; Costa Campos, Milton César; Barbosa de Andrade, Rodrigo
Avaliação da composição química, consumo voluntário e digestibilidade in vivo de dietas com diferentes níveis de feno de maniçoba (Manihot glaziovii Muell. Arg.), fornecidas a ovinos Revista de Biologia e Ciências da Terra, vol. 8, núm. 1, primer semestre, 2008, pp. 32-41
Universidade Estadual da Paraíba Paraíba, Brasil
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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 8 - Número 1 - 1º Semestre 2008
Avaliação da composição química, consumo voluntário e digestibilidade in vivo de
dietas com diferentes níveis de feno de maniçoba (Manihot glaziovii Muell. Arg.),
fornecidas a ovinos
Antonio Francisco de Mendonça Júnior1, Alexandre Paula Braga2, Milton César Costa Campos3, Rodrigo Barbosa de Andrade1
RESUMO
O objetivo deste estudo foi determinar a composição química das dietas com níveis crescentes (0, 50 e 100%) de feno de maniçoba, avaliar o efeito dos diferentes níveis de inclusão, sobre o consumo dos nutrientes e digestibilidade in vivo. Utilizaram-se 12 ovinos machos, durante um período de 19 dias. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e quatro repetições. O feno de maniçoba apresentou 87,41% de matéria seca, 90,14% de matéria orgânica, 9,39% de extrato etéreo, 17,58% de proteína bruta, 40,38% de fibra em detergente neutro, 34,73% de fibra em detergente ácido e 10,29% de lignina. Os consumos de matéria seca, matéria orgânica e dos constituintes da parede celular, com exceção da fibra em detergente neutro, não foram afetados pelo aumento na concentração de feno de maniçoba na dieta. Os consumos de extrato etéreo e proteína bruta apresentaram um aumento significativo com a adição do feno de catingueira na dieta. Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica das dietas não foram afetados pela inclusão do feno de maniçoba. No entanto, observou-se redução para o extrato etéreo, e fibra em detergente neutro, aos níveis de 50 e 100% de substituição. Já o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta, apresentou um aumento ao nível de 5% de significância com a inclusão deste feno na dieta. Logo, por se tratar de uma alternativa alimentar de fácil adoção aliado ao seu baixo custo de produção, pode ser utilizada, como suplementação estratégica nos períodos de menor disponibilidade de forragens.
Palavras-chave: Alternativa alimentar, digestibilidade in vivo, Manihot glaziovii, pequenos
ruminantes, suplementação estratégica.
Evaluation of the chemical composition, Intake and in vivo digestibilidade of the diets
with different levels of maniçoba hay (Manihot glaziovii Muell. Arg.), fed to sheep
ABSTRACTTwelve male castrated sheep were used during a period of 19 days to determine the chemical composition, intake and in vivo digestibility of diets with increasing levels (0, 50 and 100%) of maniçoba hay. A completely randomized experimental design with three treatment and four replications was used. Maniçoba hay presented a 87.41% dry matter, 90.14% organic matter, 9.39% ether extract, 17.58% crude protein, 40.38% of fiber in neutral detergent, 34.73% acid detergent fiber and 10.29% of lignine. The intakes of dry matter, organic matter and cell wall components, except the neutral detergent fiber, were not affected with the increment of maniçoba hay in the diet. The intakes of ether extract and crude protein presented a significant increase with the addition of this hay in the diet. The coefficients of digestibility of the dry matter, organic matter of the diets were not affected for the inclusion of the maniçoba hay. However, reduction was observed for the ether extract, neutral detergent fiber. Already for the digestibility coefficients related to the crude protein, these increased significant with the inclusion of the maniçoba hay.
Keywords: Alternative feed, in vivo digestibility, Manihot glaziovii, small ruminant, supplementation strategic.
1 INTRODUÇÃO
A região semi-árida brasileiro apresenta
predominância de vegetação de
Savana-estépica, caracterizada por formações xerófilas, lenhosas, decíduas, e em geral espinhosa, com
presença de plantas suculentas e áfilas
(Alcoforado Filho et al., 2003). De acordo com Jacomine, (1996) esta região apresenta clima semi-árido muito quente ou BSw´h de Köppen
(1936), com precipitações pluviométricas
médias anuais entre 400 e 600 mm, com chuvas irregulares e concentradas em 2 a 3 meses do ano.
Essa irregularidade de distribuição de
chuvas, com períodos de estiagem prolongados reflete em baixa produtividade dos rebanhos manejados em regime de pastejo (Almeida et al
2006). Por outro lado a composição
vegetacional da região apresenta-se como uma
importante fonte de alimentação para os
rebanhos desta região, chegando a participar com mais de 70% da dieta de ruminantes domésticos (Matos et al., 2006).
Essa vegetação é bem diversificada, com
muitas espécies forrageiras formando três
estratos: herbáceo, arbustivo e arbóreo. Em termos de grupos de espécies botânicas, as monocotiledôneas e as dicotiledôneas herbáceas
perfazem acima de 80% da dieta dos
ruminantes, durante as águas. Porém, à medida que a estação seca progride com ela também avança a disponibilidade de folhas secas de árvores e arbustos (Araújo et al. 2001).
Algumas dessas espécies se destacam pela capacidade de produção, adaptação às
condições edafoclimáticas, além de suas
qualidades nutritivas e palatabilidade (Soares, 2000). Nesse contexto a maniçoba (Manihot
glaziovii Muell. Arg.) apresenta-se como uma
planta de ampla capacidade adaptativa,
difundida em quase todo o semi-árido brasileiro, vegetando em diversos tipos de solo e relevo. Possui grande resistência a períodos de seca prolongados, por apresentar raízes com grande capacidade de reserva (Silva et al., 2000).
Apesar de apresentar características
favoráveis para desenvolvimento e manutenção no semi-árido nordestino, à maniçoba por sua vez possui um fator limitante no que diz
respeito à perda precoce de sua folhagem após a frutificação, no final do período chuvoso, o que preconiza a sua conservação neste período, em que há abundância de forragem na caatinga (Salviano e Nunes, 1989) o que pode ser feito na forma de feno ou silagem, sendo que estas formas de conservação permitem o uso de forrageiras nativas que apresentam limitações quanto à ingestão in natura (Castro, 2004).
A maniçoba, como as demais plantas de
gênero Manihot, apresentam em sua
composição química quantidades variáveis de glicosídeos cianogênicos, que ao hidrolisarem-se e mediante a ação da enzima linamarahidrolisarem-se, dão origem ao ácido cianídrico (Araújo et al., 2004). Este ácido quando ingerido em quantidade
superior a 2,4 mg.kg-1 de peso vivo, poderá
provocar sua intoxicação (Souza et al., 2006). Entretanto o ácido cianídrico é facilmente volatilizado quando a planta é triturada e submetida à desidratação natural pela ação dos raios solares e do vento (Araújo & Cavalcanti 2002).
A análise químico-bromatológica dos
alimentos é, sem dúvida, o primeiro passo para a sua avaliação, todavia torna-se necessário o conhecimento da quantidade de cada nutriente que o animal tem condição de utilizar, que é
obtida medindo-se a digestibilidade dos
alimentos, que é a capacidade de permitir que o animal utilize os seus nutrientes, sendo esta uma característica inerente ao alimento e não ao animal (Silva & Leão, 1979).
Assim como, o consumo de alimento é primordial para nutrição, pois determina o nível de nutrientes ingeridos e, portanto, a resposta e função do animal (Van Soest, 1994). De modo que, diversas espécies da caatinga, tem se tornado objeto de estudo nos últimos anos, onde pesquisas relevantes têm sido desenvolvidas. No entanto, não tem havido uma preocupação em determinar as quantidades máximas que devem ser oferecidas aos animais.
Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química, os coeficientes
de digestibilidade in vivo e o consumo
voluntário de dietas com diferentes níveis de feno de maniçoba, na região de Mossoró, Rio Grande do Norte.
2 MATERIAL E MÉTODOS
A região de Mossoró apresenta clima
predominantemente semi-árido, segundo a
classificação de Köppen (1936), do tipo BSw´h seco muito quente, com a estação chuvosa
concentrada entre o verão e o outono,
apresentando uma estação seca de 8 a 9 meses, com regime de chuvas irregulares. De acordo com Amorim & Carmo Filho (1983), esta região apresenta precipitação anual em torno de 674
mm, com temperatura média de 27,40o C e
umidade relativa do ar de 68,90%. A região é dominada por caatinga hiperxerófila, mais seca, mais densa e de maior porte arbóreo e arbóreo-arbustivo.
O experimento foi instalado e conduzido no
Departamento de Ciências Animais, na
UFERSA, nas coordenadas 5o11’ de Latitude
Sul e 37o20’ de longitude Oeste. Para as análises
químicas e bromatológicas, foram coletadas
amostras compostas da planta, além de coleta de material botânico para identificação.
Utilizaram-se doze carneiros mestiços, com o propósito de avaliar o consumo voluntário e a digestibilidade in vivo do feno da maniçoba. Os
animais, todos machos, castrados, foram
pesados, no início e no final do experimento, apresentando peso vivo médio inicial de 18,75 kg e peso vivo médio final de 19,71 kg. Os animais foram sorteados para os tratamentos e alojados em gaiolas de metabolismo equipadas com cochos, bebedouros e receptores de fezes e urina, onde permaneceram por 19 dias. As dietas foram compostas de feno de catingueira (Manihot glaziovii Muell. Arg.) e feno de Tifton (Cynodon spp.).
A composição químico-bromatológica dos fenos foi determinada no Laboratório de
Nutrição Animal da UFERSA, segundo
procedimentos descritos por Silva & Queiroz (2002) e encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1 - Composição químico-bromatológica dos fenos de maniçoba e tifton, em porcentagem da matéria seca.
Composição química (%) Parâmetros Avaliados Maniçoba Tifton Matéria seca (%) 87,41 87,11 Matéria orgânica (%) 90,14 92,33 Matéria mineral (%) 9,86 7,67 Extrato etéreo (%) 9,39 1,56 Proteína bruta (%) 17,58 5,89 Proteína disgestível (%) 11,12 3,09
Energia bruta (kcal/kg MS) 4809 4280
Energia digestível (kcal/kg MS) 2340,06 2258,56
Fibra em detergente neutro (%) 40,38 79,60
Fibra em detergente ácido (%) 34,73 32,80
Celulose (%) 24,44 27,64
Hemicelulose (%) 5,65 46,80
Lignina (%) 10,29 5,16
Carboidratos totais (%) 63,17 84,88
Carboidratos não fibrosos (%) 22,79 5,28
Foram avaliadas as variáveis de consumo e digestibilidade: matéria seca, matéria orgânica, extrato etéreo, proteína bruta, energia bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido.
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com três níveis de substituição: 0, 50 e 100% de feno de maniçoba e quatro repetições para cada tratamento. As análises estatísticas foram realizadas com o
auxílio do programa/SAS (2000), por meio do
qual se submeteram todos os dados à análise de
variância. Cada período experimental teve duração de 19 dias, constituído de período de adaptação e período de coleta.
O período de adaptação teve duração de 14 dias, com o intuito de adaptar os animais às
novas condições de ambiente, manejo e
alimentação, como também proporcionar
excreção total do resíduo da alimentação anterior. Nesta fase, os animais receberam água e sal mineral, à vontade. O feno de maniçoba foi
adicionado à ração de forma gradativa
Durante a fase de adaptação, efetuou-se o ajuste da oferta, proporcionando 20% de sobras para todos os animais. O período de coleta teve duração de cinco dias e compreendeu a coleta total de fezes, bem como amostragem diária do material ofertado e das sobras, por animal. Diariamente as rações experimentais foram pesadas com base no consumo do dia anterior, fornecidas em duas porções diárias, as 7 e as 16 h. Na ocasião, foram feitas as pesagens e anotações das quantidades de sobras e fezes,
tomando-se quantidades de amostras
correspondente a 10% do total diário para posterior análise da composição química e bromatológica, segundo metodologia de Silva & Queiroz (2002).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As dietas experimentais e seus
respectivos valores da composição químico-bromatológica contida na matéria seca são apresentados na Tabela 2. O teor de matéria seca encontrado para o feno de maniçoba no presente trabalho foi inferior ao obtido por Barros et al. (1990) e Araújo et al. (2004), estes apresentaram valores na ordem de 93,30 e 91,00%, respectivamente, resultados que pode ser atribuído ao fato de que neste estudo trabalhou-se apenas com o feno das folhas enquanto aos autores acima trabalharam com o
feno da planta inteira.
Tabela 2. Composição química das dietas experimentais com diferentes níveis de feno de maniçoba, em substituição ao
feno de tifton.
Parâmetro Nível de inclusão (%)
0% 50% 100% Matéria seca (%) 87,11 87,26 87,41 Dados expressos em % MS Matéria orgânica (%) 92,33 91,24 90,14 Matéria mineral (%) 7,67 8,77 9,86 Extrato etéreo (%) 1,56 5,47 9,39 Proteína bruta (%) 5,89 11,74 17,58 Proteína digestível (%) 3,09 7,29 11,12
Energia bruta (kcal/kg MS) 4280 4544 4809
Energia digestível (kcal/kg MS) 2258,56 2253,82 2340,06
Energia metabolizável (kcal/kg MS)* 1852,02 1848,14 1918,85
Fibra em detergente neutro (%) 79,60 59,90 40,38
Fibra em detergente ácido (%) 32,80 33,76 34,73
Celulose (%) 27,64 26,03 24,44
Hemicelulose (%) 46,80 26,14 5,65
Lignina (%) 5,16 7,73 10,29
Carboidratos totais (%) 84,88 74,02 63,17
Carboidratos não fibrosos (%) 5,28 14,12 22,79
* Estimada a partir da energia digestível (ED), considerando que a energia metabolizável corresponde a 82% da ED (ARC, 1980).
A proteína bruta verificada neste trabalho para o feno de maniçoba (Tabela 2) foi de 17,58%, superior ao valor encontrado por Araújo et al. (2004) quando estudaram o consumo voluntário e o desempenho de ovinos submetidos a dietas contendo diferentes níveis deste feno. Já Santana et al. (2008), encontraram 14,35%, na composição química da silagem de maniçoba, sendo este inferior, ao apresentado neste estudo.
As variações referentes ao teor de proteína bruta podem ser explicadas pela diferença dos estados fenológicos na confecção dos fenos. De
acordo com Araújo Filho et al. (1998), o estrato lenhoso da caatinga sofre flutuações no valor nutritivo ao longo do ano.
A composição do feno de maniçoba do presente estudo apresentou um teor de extrato etéreo relativamente alto (Tabela 2), quando comparado com os obtidos por Matos et al. (2006), apresentando valores na casa de 2,84% para maniçoba in natura e 3,96% para silagem. Este também foi superior a 8,30% encontrado por Barros et al. (1990) em pesquisa realizada com o intuito de avaliar o valor nutritivo da maniçoba para pequenos ruminantes. Segundo
Vasconcelos (1997), a elevada concentração deste material na dieta animal pode provocar efeitos deletérios sobre os microrganismos do rúmen, principalmente, para animais da espécie ovina.
Os teores correspondentes à fração fibrosa da planta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, celulose, hemicelulose e
lignina (Tabela 2) foram inferiores, aos
observados por Barros et al. (1990) para mesma forrageira, de maneira que, observa-se uma tendência que pode estar relacionada com o emprego de materiais distintos quanto a sua fenofase.
Os dados referentes ao consumo de
nutrientes são apresentados na Tabela 3.
Observa-se que as dietas não influenciaram os consumos de matéria seca e matéria orgânica expressos em g/dia, os quais apresentaram valores médios de 845,83; 912,78 e 960,55 g/dia, para os diferentes níveis de substituição
do feno de tifton pelo de maniçoba,
respectivamente.
Tabela 3. Consumo de matéria seca, matéria orgânica,
extrato etéreo e proteína bruta de feno de maniçoba e respectivos coeficientes de variação (CV).
Níveis de Inclusão
Parâmetros 0% 50% 100% CV
Matéria seca
g/dia 845,83a 912,78a 960,55a 6,92 g/Kg0,75 93,87a 101,30a 100,60a 6,91
% PV 5,01 5,40 5,36
Matéria organica
g/dia 780,95a 832,82a 865,83a 6,99 g/Kg0,75 86,67a 92,43a 96,09a 6,96
% PV 4,62 4,93 5,12 Extrato etéreo g/dia 13,19c 49,93b 90,20a 2,93 g/Kg0,75 1,46c 5,54b 10,01a 2,95 Proteína bruta g/dia 49,82c 107,15b 159,67a 3,93 g/Kg0,75 5,53c 11,89b 17,69a 3,90 Proteína digestível g/dia 26,13c 60,08b 100,80a 3,41 g/Kg0,75 2,90c 6,67b 11,19a 3,37 Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente (P<0,05) pelo teste de Tukey.
Os consumos de matéria seca calculados em grama por unidade de tamanho metabólico por
dia (g/kg PV0,75) e em % PV, também não foram
afetados significativamente pelas dietas e
apresentaram valores médios de 98,59 g/kg PV0,75 e 5,26% PV. Tais valores se mostraram semelhantes aos encontrados por Silva et al.
(2007) e Barros et al. (1997), que verificaram
consumo médio de 100,05 g/kg PV0,75 e 4,3%
PV; 90,2 g/kg PV0,75 e 3,9% PV,
respectivamente, ao fornecerem feno de
maniçoba para ovinos. Considerando que a necessidade de consumo de matéria seca de 51,02 g/kg0,75 dia para a manutenção de ovinos com peso vivo médio de 25 kg (NRC, 1985), observa-se que o fornecimento que o feno de maniçoba satisfaz essa exigência.
De acordo com Forbes (1995), o consumo apresenta relação positiva com o peso corporal em animais em fase de crescimento. Desta maneira os valores encontrados em % PV
corroboram com esta afirmação, sendo
correspondentes aos descritos pelo NRC (1985) que sugerem consumo entre 4,3 e 5,0% PV.
De acordo com a Tabela 3, o consumo do extrato etéreo da dieta, apresenta um aumento significativo à medida que se eleva o nível de substituição do feno de tifton pelo de maniçoba. Esse comportamento deve-se, provavelmente, aos teores apresentados na composição das dietas (Tabela 2).
Os níveis de feno de maniçoba na dieta influenciaram o consumo de proteína bruta expresso em g/kg0,75 PV (Tabela 3), indicando
um aumento médio de 5,0 g/kg0,75 para cada
nível de substituição. Apesar disto, os consumos
diários observados em todos os níveis
apresentaram-se acima das exigências mínimas de mantença para ovinos com peso vivo de aproximadamente 25 kg, que é de 31,8 g/dia (NRC, 1985).
Os dados indicam que os consumos de proteína bruta nos níveis 0% (49,82 g/dia), 50% (107,15 g/dia) e 100% (159,67 g/dia) (Tabela 3). Portanto, com base nessas informações, todos os níveis superaram as exigências em termos de proteína bruta, com ênfase para o nível 100%. Para o consumo da proteína
digestível, observou-se o mesmo
comportamento verificado para o da proteína bruta.
De acordo com a NRC (1985), as exigências mínimas de mantença para ovinos com 25 kg de
peso vivo é de 2,47g/kg0,75 de proteína
digestível. Os animais que receberam rações com 0, 50 e 100% de feno de maniçoba
apresentaram um consumo de proteína
digestível, na ordem de, 2,90; 6,67; e 11,19
portanto, a 117,41; 270,04 e 453,03% das exigências para mantença (Tabela 3).
Os dados relativos ao consumo dos
constituintes da fração fibrosa, exceto lignina, expressos em gramas por dia (g/dia) e em
gramas por unidade tamanho metabólico
(g/kg0,75), com base na porcentagem de matéria seca, encontram-se na Tabela 4.
Tabela 4. Consumo de fibra em detergente neutro e fibra
em detergente ácido de feno de maniçoba e respectivos coeficientes de variação (CV).
Níveis de Inclusão
Parâmetros 0% 50% 100% CV
Fibra em detergente neutro
g/dia 673,28a 546,76b 366,06c 9,08 g/Kg0,75 74,72a 60,68b 40,63c 9,07
Fibra em detergente ácido
g/dia 277,43a 308,15a 314,85a 6,73 g/Kg0,75 30,79a 34,19a 34,94a 6,75
Celulose
g/dia 233,87a 237,60a 221,56a 7,33 g/Kg0,75 25,95a 26,37a 24,59a 7,33
Hemicelulose
g/dia 395,98a 238,60b 51,22c 12,27 g/Kg0,75 43,95a 26,48b 5,68c 12,29 Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente (P<0,05) pelo teste de Tukey.
Observou-se efeito decrescente para o
consumo da fibra em detergente neutro. O máximo consumo desse constituinte ocorreu no nível 0% de feno de maniçoba. Este resultado pode ser explicado pela maior concentração de parede celular no nível 0% de substituição, o que, naturalmente, proporcionou maior ingestão
de deste constituinte na dieta e,
conseqüentemente, menor consumo na dieta com 100% de feno de maniçoba. A fibra em detergente neutro na dieta com 0% de feno de catingueira foi de 79,60% contra 40,38% na dieta com nível mais alto deste (Tabela 2).
As frações menos digestíveis da parede celular, ou seja, celulose e lignina, como porcentagem da fibra em detergente neutro, correspondem a 34,72 e 6,48, respectivamente, no nível 0% de feno de maniçoba, contra 60,52 e 25,48 no nível 100% (Tabela 4).
Naturalmente, a hemicelulose, fração
normalmente mais digestível da parede celular,
mostrou comportamento inverso, ou seja,
correspondeu a 58,79 e 13,99% da fibra em detergente neutro do nível 0 para o nível 100% de substituição, respectivamente (Tabela 4).
Com base nesses dados, pode-se afirmar que o baixo consumo da fração fibra em detergente neutro do feno de maniçoba pode estar relacionado com o tipo de material ofertado, em que folhas e galhos finos eram misturados à ração, provocando maior rejeição de material mais lignificado.
Na Tabela 5, encontram-se os resultados de consumo de energia bruta, energia digestível e energia metabolizável, expressos em kcal/dia e kcal/kg0,75.
Tabela 5. Consumo de energia bruta, energia digestível e
energia metabolizável de feno de maniçoba e respectivos coeficientes de variação (CV).
Níveis de Inclusão
Parâmetros 0% 50% 100% CV
Energia bruta
Kcal/dia 3620,16b 4147,72a 4359,61a 6,54 Kcal/kg0,75 401,77b 460,32a 483,83a 6,55
Energia digestível
Kcal/dia 1910,37a 2057,26a 2121,38a 6,84 Kcal/kg0,75 212,01a 228,32a 235,43a 6,84
Energia Metabolizável
Kcal/dia 1566,50a 1686,97a 1739,53a 6,83 Kcal/kg0,75 173,85a 187,22a 193,05a 6,84 Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente (P<0,05) pelo teste de Tukey.
Considerando o consumo de energia bruta, observou-se efeito significativo entre os níveis 0% e 100% de substituição do feno de tifton pelo feno de maniçoba (Tabela 5).
Para o consumo de energia digestível, expresso em kcal/kg0,75, verificaram-se valores médios de 212,01; 228,32; e 235,43, nos níveis
0, 50 e 100% de feno de maniçoba,
respectivamente. A exigência média de energia
digestível para mantença de ovinos com
aproximadamente 25 kg de peso vivo, segundo
NRC (1985), é de 199 kcal/kg0,75. De acordo
com essa informação, verifica-se ganhos de energia digestível na ordem de 13,01; 29,32; e
36,43%, para os diferentes níveis de
substituição, respectivamente (Tabela 5).
A energia metabolizável apresentou consumo médio de 1664,33 kcal/dia. As análises de variância não evidenciaram efeito significativo no consumo, com o incremento dos níveis de feno de maniçoba na dieta (Tabela 5).
Observando-se as médias referentes ao
consumo de energia metabolizável nos
diferentes níveis de substituição, têm-se que, as dietas com maior proporção de volumoso apresentaram menor concentração de energia metabolizável (Tabela 2), provavelmente em
virtude do teor mais elevado de fibra em detergente neutro.
Os coeficientes de digestibilidade aparente de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e energia bruta expressos
em percentagem, são apresentados/na/Tabela/6.
Tabela 6. Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca, matéria orgânica, extrato etéreo, proteína bruta,
fibra em detergente neutro e ácido e energia bruta de feno de maniçoba. Níveis de Inclusão
Parâmetros 0% 50% 100% CV
Matéria seca 56,78a 54,82a 53,38a 3,97
Matéria orgânica 57,63a 56,42a 56,08a 4,38
Extrato etéreo 34,37a 22,73b 22,08b 13,49
Proteína bruta 52,42b 62,11a 63,24a 4,22
Fibra em detergente neutro 59,10a 51,63b 46,42b 5,61
Fibra em detergente ácido 43,82a 36,57a 34,09a 15,08
Energia bruta 52,76a 49,59a 48,66a 5,24
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente (P<0,05) pelo teste de Tukey.
Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica não foram influenciados pelos níveis de inclusão do feno de maniçoba (Tabela 6).
Com relação à digestibilidade do extrato etéreo, observou-se decréscimo, à medida que se aumentou o feno de maniçoba nas rações, sendo que a maior digestibilidade foi encontrada no tratamento com 100% de tifton, diferindo estatisticamente do nível que contemplava o ingrediente maniçoba em sua composição.
Desta maneira os animais que receberam dietas com maiores proporções do feno de maniçoba (Tabela 3), mesmo ingerindo maiores quantidades de extrato etéreo, não digeriram
eficientemente este componente. Segundo
Vasconcelos (1997), os ovinos apresentam maior sensibilidade a níveis mais altos de extrato etéreo na ração. O mesmo autor afirma também que, os lipídeos podem também afetar a digestibilidade da fração fibrosa, por formarem camadas sobre a superfície de contato das
mesmas, impedindo o maior ataque dos
microrganismos.
A Tabela 6 evidencia um efeito crescente na digestibilidade da proteína bruta à medida que
se incrementa maniçoba na dieta. Os
coeficientes variaram de 52,42 a 63,24% para as dietas com 0 e 100% de feno de maniçoba, respectivamente. Estudos realizados por Silva et al. (2007), verificaram efeito contrário quanto a esses coeficientes, o mesmo efeito também foi observado por Araújo et al. (2000).
Tais resultados podem ser explicados quando se observa os alimentos utilizados nas rações, evidenciando que estes autores substituíram uma fonte de concentrado pelo feno de maniçoba, aumentando, portanto o teor de fibra da dieta, corroborando com afirmação feita por
Van Soest (1985) o qual alega que, a
digestibilidade do alimento é influenciada pelo conteúdo e pelo tipo de fibra, o mesmo autor também evidencia que, a fração fibra em
detergente neutro do concentrado é
potencialmente mais digestível que a de
forrageiras. Informação esta que elucida as diferenças apresentadas nestes trabalhos. Estas podem vir explicar também o aumento na digestibilidade do feno da maniçoba em relação ao de tifton.
As frações fibra em detergente neutro e fibra
em detergente ácido apresentaram valores
médios de digestibilidade de 52,38 e 38,16%, respectivamente, e foi maior para a dieta com 0% de feno de maniçoba e menores para aquelas com 50 e 100% deste (Tabela 6). Este fato pode estar associado aos acréscimos dos teores de lignina das dietas, que, segundo Minson (1990), pode resultar em decréscimo da digestibilidade e, por último, ao acréscimo do conteúdo de lipídeos nos tratamentos que continham feno de maniçoba em sua composição.
Zeoula et al. (1994), estudando os parâmetros de fermentação e o grau de degradabilidade ruminal da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro de fenos de leguminosas e
gramíneas em ovinos alimentados com dois níveis de lipídeos (3,7 e 7,8%), verificaram maior potencial da fibra em detergente neutro degradável no rúmen dos animais alimentados com a ração que apresentava menor teor de lipídeos, fato que pode ser evidenciado no presente estudo.
Para tanto, o feno de maniçoba ao apresentar menor teor de fibra em detergente neutro em sua composição e também menor digestibilidade desta, proporcionou um melhor aproveitamento da energia bruta. Assim, Cardoso et al. (2000) julgam que, a quantidade ideal de fibra em detergente neutro na dieta não está definida e pode variar de acordo com o nível de produção animal e do tipo de forragem utilizada.
A digestibilidade da energia bruta não foi
influenciada pelas dietas, esta apresentou
coeficiente médio de 50,34% (Tabela 6). Porém o teste de médias revelou mesmo que de forma
não significativa uma diminuição na
digestibilidade à medida que se aumentou a participação de feno de maniçoba na dieta. Para a dieta com 100% de feno de maniçoba, obteve-se coeficiente de digestibilidade obteve-semelhante ao de 46,4% observado por Barros et al. (1990) quando este avaliou o valor nutritivo do feno de maniçoba para caprinos e ovinos.
Quando se efetuou o aumento na proporção de feno de maniçoba na dieta, este ocasionou a diminuição nas concentrações de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido, o
que favoreceu o aumento da densidade
energética da dieta, o que não se refletiu como esperado na digestibilidade da energia bruta, mesmo que esta tenha apresentando resultados satisfatórios, quando comparados com trabalhos supramencionados.
4 CONCLUSÕES
O incremento do feno de maniçoba favoreceu o consumo voluntário e a digestibilidade da proteína, além de elevar a densidade energética da dieta.
O feno de maniçoba apresentou valor nutritivo, que permite considerá-lo alimento alternativo, com elevado potencial substitutivo de fontes protéicas tradicionais.
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Recife, PE. e-mail: dear-jr@hotmail.com
2
Professor Associado do Depto. de Ciência Animais, UFERSA, Mossoró, RN.
3
Aluno de Doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) UFRPE, Bolsista da FAPEAM. Prof.
do Instituto de Agricultura e Ambiente da UFAM. Rua 29 de agosto, 786, Centro, Humaitá (AM) CEP 69.800-000.