DIREITOS À SAÚDE E AO TRATAMENTO
3º Encontro de ONGs e Associações de
Pacientes Saúde Brasil
Núcleo Regional de Atendimento e Fiscalização de São Paulo
Diretoria de Fiscalização
ANS
PRECEITOS CONSTITUCIONAIS
PRECEITOS CONSTITUCIONAIS
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Sa
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ú
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de Suplementar
de Suplementar
Operadoras Operadoras (empresas) (empresas) Livre atuação • Legislação do tipo societário • Controle deficiente Atuação controlada • Autorização de funcionamento • Regras de operação sujeitas àintervenção e liquidação
• Exigência de garantias financeiras • Profissionalização da Gestão
Antes da regulamenta
Antes da regulamentaççãoão Depois da regulamentaçDepois da regulamentaçãoão
Assistência Assistência à à sa saúúde e de e acesso acesso (produto) (produto) Livre atuação • Livre definição da cobertura assistencial • Seleção de risco • Exclusão de beneficiários • Livre definição de carências • Livre definição de reajustes • Modelo centrado na doença • Ausência de sistema de informações • Contratos nebulosos Atuação controlada
• Qualificação da atenção integral à saúde
• Proibição da seleção de risco
• Proibição da rescisão unilateral dos contratos
• Definição e limitação das carências • Reajustes controlados
• Sem limites de internação
• Modelo de atenção com ênfase nas ações de promoção à saúde e
prevenção de doenças.
• Sistemas de informações como insumo estratégico.
LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
9
Dispõe sobre os planos privados de assistência à
saúde.
9
Disciplina legal da atuação das pessoas jurídicas de
direito privado que operam planos de assistência à
saúde (Operadora de planos de saúde).
9
Atividade de assistência suplementar à saúde –
atividade privada de relevância pública.
9
Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar.
9
Função de regulação, normatização, controle e
fiscalização das atividades que garantam a
assistência suplementar à saúde .
LEI Nº 9.961, DE 28 DE JANEIRO DE 2000
LEI Nº 9.961, DE 28 DE JANEIRO DE 2000
ANS – FINALIDADE INSTITUCIONAL
Promover a defesa do interesse público na
assistência suplementar à saúde, regulando as
operadoras setoriais, inclusive quanto às suas
relações com prestadores e consumidores,
contribuindo para o desenvolvimento das ações de
saúde no país.
REGULAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR
Atividade estatal de controle, normatização e
fiscalização da conduta dos agentes econômicos da
assistência suplementar à saúde, exercida de modo
permanente, sistemático e ponderado, para promover
os interesses públicos específicos e a garantia do
direito fundamental correspondente.
CONCEITO
PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS:
9 estabelecer normas e procedimentos para autorização
de funcionamento das OPS;
9 estabelecer mecanismos para recuperação financeira
das OPS em dificuldade financeira;
9 autorizar reajustes dos planos individuais;
9 fiscalizar as atividades das OPS e aplicar as penalidades
cabíveis.
ALGUNS NÚMEROS DO
MERCADO DE SAÚDE
Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 12/2007
Nota: O termo ”beneficiário” refere-se a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo.
PLANOS NOVOS PLANOS ANTIGOS
% Total Individual Coletivo % Total Individual Coletivo Não
informado
72,4 34.918.150 7.056.323 27.861.827 27,6 13.285.971 2.438.910 7.994.807 2.852.254
TOTAL DE BENEFICIÁRIOS: 48.204.121
SITUAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS POR SEGMENTAÇÃO
ASSISTENCIAL
VÍNCULOS POR SEGMENTAÇÃO ASSISTENCIAL
Assist. méd. com ou sem odontologia
Assist. exclusivamente odontológica
39.093.313 81,1% 9.110.808 18,9%
Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 12/2007
Total NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE
48.204.121 3,1% 13,2% 66,5% 12,7% 4,5%
Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 12/2007
Nota: O termo ”beneficiário” refere-se a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo.
SITUAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS NOS PLANOS DE SAÚDE
COBERTURA
CONTRATOS ANTIGOS:
•
Previsão Contratual - Art. 25 da Lei 9656/98
CONTRATOS NOVOS OU ADAPTADOS :
•
Art. 10 e 12 da Lei 9656/98
•
ROL DE PROCEDIMENTOS
SEGMENTAÇÃO DOS PLANOS
ODONTOLÓGICO
AMBULATORIAL HOSPITALAR HOSP. C/ OBSTETRÍCIA PLANO REFERÊNCIA
9
O Rol de Procedimentos e eventos em saúde constitui
a referência básica para cobertura mínima obrigatória
da atenção à saúde nos planos privados de assistência
a saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999
e naqueles adaptados conforme a Lei nº 9.656/98;
9
de acordo com a Lei 9.961/00, é competência da ANS
elaborar e atualizar o ROL;
Rol de Procedimentos: defini
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ão, caracter
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sticas
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principais e atualiza
9
garante cobertura de todas as doenças listadas na
Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde da OMS,
respeitadas as segmentações contratadas e as
exigências mínimas estabelecidas no art. 12 da Lei
9656/98;
9
compreende todas as ações necessárias à prevenção
da doença, à recuperação, manutenção e à
reabilitação da saúde, observados os termos da Lei e
do contrato firmado entre as partes.
Rol de Procedimentos: defini
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sticas
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principais e atualiza
• Resolução CONSU n.º 10/98
¾ Vigência: nov/1998 a dez/2000
• RDC n.º 41/00
¾ Vigência: dez/2000 a mai/2001
• RDC n.º 67/01
¾ Vigência: maio/2001 a set/2004
• RN n.º 82/04
¾ Vigência: set/2004 a 01/04/2008
• RN n.º 167/08
¾ Vigência: a partir de 02 de abril de 2008.
Rol de Procedimentos: defini
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sticas
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principais e atualiza
9
A RN 167/2008 atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde para cobertura assistencial nos planos privados
de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de
janeiro de 1999 e fixa as diretrizes de Atenção à Saúde;
9
Estabelece que o ROL poderá ser revisto a qualquer tempo,
segundo critérios da ANS.
RN 167
9 atenção multiprofissional;
9 integralidade das ações, respeitando a segmentação
contratada;
9 incorporação de ações de Promoção da Saúde e Prevenção de
Riscos e Doenças, bem como de estímulo ao parto natural;
9 uso da epidemiologia para monitoramento da qualidade das
ações e gestão em saúde.
RN 167
9
Os procedimentos necessários ao tratamento das
complicações clínicas e cirúrgicas decorrentes de
procedimentos não cobertos têm cobertura
obrigatória quando constarem do Rol
de
Procedimentos e Eventos em Saúde, respeitadas as
segmentações e os prazos de carência e Cobertura Parcial
Temporária – CPT.
9
As OPS poderão oferecer cobertura maior do que a
mínima obrigatória prevista no ROL, dentre elas, atenção
domiciliar e assistência farmacêutica, inclusive medicação
de uso oral domiciliar que substitua a terapia em regime
hospitalar ou ambulatorial de cobertura obrigatória.
RN 167
9 Na Saúde suplementar, estão asseguradas cobertura de todas
as especialidades médicas, assim reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina – CFM.
9 cobertura de um acompanhante para crianças e adolescentes
menores de 18 anos, idosos a partir do 60 anos de idade e portadores de necessidades especiais (Decreto 3298/99, que regulamenta a Lei 7853/89), conforme indicação do médico assistente.
RN 167
9 tratamentos para redução de peso em clínicas de
emagrecimento, spas, clínicas de repouso e estâncias hidrominerais;
9 clínicas para acolhimento de idosos e internações que não
necessitem de cuidados médicos em ambiente hospitalar;
9 transplantes, à exceção de córnea, rim, bem como do
transplante autólogo de medula óssea;
9 consultas domiciliares.
RN 167
9 Medicamentos e produtos para a saúde importados não
nacionalizados: são aqueles produzidos fora do território nacional e sem registro vigente na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Cobertura opcional.
9 Medicamentos para tratamento domiciliar: são aqueles que
não requerem administração assistida, ou seja, não necessitam de intervenção ou supervisão direta de profissional de saúde habilitado ou cujo uso não é exclusivamente hospitalar, podendo ser adquiridos por pessoas físicas em farmácias de acesso ao público e administrados em ambiente externo ao de unidade de saúde (hospitais, clínicas, ambulatórios e urgência e emergência); urgência e emergência). Cobertura opcional.
RN 167
9 6 sessões/consultas de nutrição, terapia ocupacional e
fonoaudiologia por ano;
9 12 sessões de psicoterapia por ano, que poderão ser
realizadas tanto por psicólogo como por médico devidamente habilitado, conforme indicação do médico assistente;
9 procedimentos para anticoncepção, tais como inserção de
DIU (inclusive o dispositivo), Vasectomia e Ligadura tubária;
9 procedimentos cirúrgicos por videolaparoscopia
(apendicectomia, colecistectomia,biópsias etc): esta técnica é menos invasiva do que as técnicas a céu aberto;
RN 167
9 remoção de pigmentos de lente intraocular com Yag Laser,
procedimento este que evita que se faça uma nova cirurgia somente para a remoção dos pigmentos após a operação de catarata;
9 mamotomia, que consiste em uma biópsia de mama a vácuo,
com um corte menor;
9 tratamento cirúrgico da Epilepsia;
9 tratamento pré-natal das hidrocefalias e cistos cerebrais; 9 transplantes autólogos de medula óssea;
9 mamografia digital (com diretriz de utilização);
RN 167
9 Diversos exames laboratoriais, tais como análise de DNA para
diversas doenças genéticas, fator V Leiden, análise de mutação, hepatite B - teste quantitativo, hepatite C – Genotipagem, HIV – Genotipagem e Dímero D, todos estes de acordo com diretriz de utilização;
9 Cobertura de no mínimo um acompanhante indicado pela
mulher, em acomodação adequada, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato;
9 dermolipectomia para correção de abdome em avental após
tratamento de obesidade mórbida (com diretriz de utilização);
9 Diminuição do grau para cirurgia refrativa, conforme Diretriz.
RN 167
Foram estabelecidas diretrizes de utilização para procedimentos que:
9 São de muito alto custo;
9 Poderiam ser utilizados de forma indiscriminada; 9 Têm legislação ou normatização específica.
Diretrizes de utiliza
A FISCALIZAÇÃO
REATIVA
FISCALIZAÇÃO REATIVA – NURAF.SP
2007
Nº de demandas recebidas:
2.111
Nº de ofícios emitidos:
5945
Nº de diligências “in loco”
realizadas:
123
Nº de autos lavrados:
519
Nº de arquivamentos:
2202
Os agentes, especialmente designados pela ANS, para o exercício das atividades de fiscalização e nos limites por ela estabelecidos, têm livre acesso às operadoras, podendo requisitar e apreender processos, contratos, manuais de rotina operacional e demais documentos, relativos aos planos de saúde.
Caracteriza-se como embaraço à fiscalização a obstrução, imposição de dificuldade ou impedimento por qualquer meio, o exercício da atividade fiscalizadora da ANS, sujeitando-se à sanção de advertência ou multa de R$ 50.000,00.
FISCALIZAÇÃO
A FISCALIZAÇÃO
- INDÍCIOS DE INFRAÇÃO À LEI (OU AO CONTRATO)
- DILIGÊNCIAS (OFÍCIO OU “IN LOCO”)
- APURAÇÃO
- AUTO DE INFRAÇÃO OU ARQUIVAMENTO
- JULGAMENTO
- PROCEDENTE OU IMPROCEDENTE
Punitivos: aplicação de penalidades:
• Advertência;
• Multa pecuniária;
• Suspensão do exercício do cargo;
• Inabilitação para exercício do cargo;
• Cancelamento de autorização e alienação de carteira.
Consensuais: possibilitar o ajustamento da conduta:
• Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta
CENTRAL DE RELACIONAMENTO ANS – 0800-7019656
Núcleo Regional de Atendimento e Fiscalização de São Paulo Rua Bela Cintra, 986 – 5º andar – Jd. Paulista
São Paulo – SP