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Saúde mental na atenção básica. Orientações Gerais

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Academic year: 2021

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(1)

Saúde mental na atenção

básica

(2)

● No Brasil aproximadamente 12% da população tem alguma doença psiquiátrica

● A maior parte delas são crônicas, exibindo um padrão que pode ser constante ou em ciclos

(3)

● as doenças psiquiátricas afetam não só a vida da pessoa com a doença, mas também a de sua família, seu cônjuge e seus amigos.

(4)

Antes de dar qualquer diagnóstico

psiquiátrico é necessário que sejam

excluídas possíveis causas orgânicas

(5)

O paciente psiquiátrico

também tem outras

(6)

comorbidades clínicas em psiquiatria

- Nos EUA há uma perda potencial de 25 anos de vida

- Pacientes psiquiátricos recebem pouca atenção no que diz respeito a cuidados com a saúde

física

- Todos os transtornos mentais apresentam riscos de morte prematura

- Diabetes, síndrome metabólica, doenças coronarianas, doença pulmonar obstrutiva crônica são elevados

(7)

Doenças cardiovasculares

- 40 a 45% dos óbitos em pacientes

esquizofrênicos são devido a doenças cardiovasculares

- em pacientes com transtorno bipolar existe uma prevalência 5 vezes maior para doença

cardiovascular e 2,4 vezes para HAS

- a depressão é considerada fator de risco

independente para eventos cardíacos como doença coronariana, angina, parada cardíaca, IAM

(8)

- risco 4 vezes maior de AVC em pacientes depressivos

- transtorno de pânico tem 2 vezes mais chance de ter doença coronariana

(9)

Sir Henry Maudsley

“ O diabetes é uma

doença frequentemente presente em famílias onde também prevalece a insanidade”

(10)

Distúrbios metabólicos

- prevalência aumentada de obesidade e excesso de peso em pacientes psiquiátricos

- 14,5% de diabetes em esquizofrênicos na

Holanda, em comparação a 1,5% na população geral

- síndrome metabólica em pacientes psiquiátricos no Brasil foi de 29,4%

(11)

Tabagismo

- nos EUA, 41% nos transtornos psiquiátricos, contra 22,5% na população geral

- indivíduos com transtornos psiquiátricos

correspondem a 7% e consomem 34,1% dos cigarros - estudo em pacientes internados em Belo

Horizonte metade das mulheres e 72% dos homens se declararam fumantes

(12)

- na esquizofrenia a taxa de tabagismo é de 45 a 88%

- no bipolar de 55 a 75% - na depressão 40 a 60%

- o risco de depressão é maior em tabagistas

- consumo de cigarros acima de 20 por dia está associado a maior risco de agorafobia,

(13)

Doenças sexualmente transmissíveis

(14)

População Geral Esquizofrenia Expectativa de vida 76 anos

homens: 72 mulheres: 80

61 anos

homens: 57 anos mulheres: 65 anos Risco de morte por

suicídio

1% 10%

Risco de morte por doença cardiovascular

(15)

Conhecimentos básicos

para seguimento do

(16)

● paciente em tratamento psiquiátrico com quadro estável deve ter suas medicações continuadas

● evitar fazer troca dos medicamentos prescritos pelo psiquiatra

(17)

● sempre pergunte sobre a vontade de morrer ou suicidar-se, bem como sobre a vontade agredir ou matar alguém.

● sempre que possível fazer a entrevista com um familiar ou acompanhante

(18)

● em casos de ideação suicida, ideação homicida, auto e hetero agressividade contactar o SAMU - 192 - para avaliação de emergência

(19)

● paciente psicótico encaminhar para serviço psiquiátrico de referência, CAPS ou ASM de acordo com a gravidade e disponibilidade de vagas

(20)

“Os transtornos ansiosos e

depressivos são os mais frequentes na prática psiquiátrica e grande parte dos casos podem ter seus tratamentos feitos na atenção básica”Sir André Ventura

(21)

● nos transtornos de depressão e ansiedade

iniciar tratamento com um ISRS (fluoxetina 20mg ou sertralina 50mg), após o café da manhã ou

almoço, reavaliar em 1 mês, se melhora apenas parcial dobrar a dose e reavaliar em 2 meses, se o paciente mantiver sintomático encaminhar para serviço psiquiátrico de referência

(22)

● se após o início do tratamento o paciente

continuar piorando, encaminhar para psiquiatra ● caso haja remissão do quadro, e for o primeiro

episódio, manter a medicação na mesma dose em que houve a remissão, por um período de 2 anos, fazendo acompanhamento semestral, e depois

(23)

● Após segunda crise, manter a medicação por 3 a 5 anos

● Após a terceira crise manter a medicação para o resto da vida.

(24)

● Antidepressivos não viciam

● Não existe, até o momento, nenhum antidepressivo melhor que os outros

● Um determinado antidepressivo pode funcionar

para um paciente e não funcionar para outro com depressão “igual”

● As doses necessárias também variam de um paciente para o outro

(25)

● Os efeitos colaterais aparecem logo e costumam diminuir com o tempo

● não existe antidepressivo com melhora imediata, a melhora começa a ocorrer após 2 a 3 semanas. ● é muito importante que o paciente recupere-se

(26)

Serviços de psiquiatria em Barretos

● Ambulatório de Saúde Mental ● CAPS

(27)
(28)

Cuidando do paciente com

transtorno mental

(29)
(30)

Evitar fatores

(31)

Desencadeadores comuns incluem

● Acontecimentos de vida positivos ou negativos de grande tensão: (por exemplo, o nascimento de um bebê, uma promoção, a perda do emprego, o

(32)

● Ruptura de padrões do sono: (por exemplo, em razão de fadigas causadas por viagem ou de eventos sociais). Reduções no tempo de sono podem contribuir para desenvolver sintomas

maníacos ou hipomaníacos, e aumentos no tempo de sono ou de descanso podem, por vezes, levar a sintomas depressivos

(33)

● Ruptura da rotina: Um plano estruturado (por

exemplo, horas certas para deitar-se e acordar, atividades regulares e contatos sociais) pode ajudar a manter tanto os padrões de sono quanto os níveis habituais de energia

(34)

● Estimulação excessiva do exterior: (por

exemplo, desorganização, trânsito, barulho, luz, multidões, prazos no trabalho ou

(35)

● Estimulação excessiva pela própria pessoa: (por exemplo, estimulação de muitas atividades e

excitação quando a pessoa tenta alcançar objetivos desafiantes ou tomar substâncias excitantes como a cafeína, no café ou na

Coca-Cola, ou nicotina, em cigarros ou adesivos de nicotina)

(36)

• Abuso de álcool ou de drogas/substâncias entorpecentes.

• Interações pessoais conflituosas e estressantes

(37)

Orientação para

(38)

● Comunicar-se calmamente : não se comunicar com ela de modo muito emocional ou com um tom de

voz elevado, não reagir por impulso ao que ela possa dizer ou fazer

(39)

● Dar apoio não quer dizer concordar com o que a pessoa diz quando está doente. Pode-se aceitar que aquilo que a pessoa diz é muito real para ela (por exemplo, “Eu sei que está convencido a se despedir do emprego, mas eu não tenho tanta certeza de que isso seja uma boa ideia”)

(40)

● Validar seu sentimento por detrás do que estão dizendo pode ser uma forma de dar apoio (por exemplo, “Consigo ver que está cansado de seu trabalho, mas aguarde até se sentir melhor

(41)

● Ajudar a pessoa a procurar tratamento:

encorajar a pessoa a contatar o médico ou equipe médica de saúde mental

● Ajudar a pessoa a monitorizar a doença

● Se o tratamento demorar a surtir efeito, ou se a pessoa precisar experimentar novos

tratamentos, encoraje-a a ter perseverança e a não desistir

(42)

● Se a pessoa está preocupada com o estigma,

assegure-a de que ter o controle da situação e tomar a medicação para tratar uma doença não é algo de que se deva envergonhar.

● Tomar medicação é uma estratégia para enfrentar a doença, e não um sinal de fraqueza.

(43)

● Se a pessoa está preocupada em tornar-se dependente da medicação, então é preciso informá-la de que os únicos tipos de

medicamentos prescritos que podem criar

(44)

No caso de depressão

● Dizer-lhe que ela é importante e que se preocupa com ela

● Não obrigue a pessoa a falar ou a “acordar para a vida”

● Considere o risco de suicídio

(45)

● Não tente assumir o controle: Se verificar que a pessoa está fazendo as coisas de modo muito devagar, não se sobreponha nem faça tudo por ela

● Encoraje uma rotina diária sempre que possível ● Proporcione algum sentido de perspectiva

(46)

● Tenha em mente que aquilo que conforta uma pessoa não é necessariamente o que conforta outra

● Seja amável, paciente e atencioso com a pessoa, mesmo que seus atos não sejam recíprocos ou que aparentem não estar ajudando

(47)

● Não pare de dar apoio à pessoa apenas porque aparentemente ela não está melhorando,

apreciando ou retribuindo seus esforços.

Enquanto a pessoa estiver deprimida é difícil apreciar seja o que for. No entanto, ela poderá ainda necessitar de seu apoio

(48)

Na mania

● Ajudar a criar um ambiente calmo

● Tenha cuidado para não ser arrastado pelo humor maníaco ou hipomaníaco da pessoa

● Responda honesta, ponderada e sucintamente e evite entrar em longas conversas ou discussões com a pessoa

● Se a pessoa começar a discutir, tente não se envolver. Considere adiar a discussão

(49)

● Estabeleça limites para determinados comportamentos

(50)

● Diga à pessoa qual é o comportamento que o preocupa e faça um pedido de forma positiva para que ela tente evitar esse tipo de

comportamento no futuro. Mencione os benefícios que advirão para a pessoa, para você e para a família.

(51)

● Diga à pessoa que o comportamento dela

ultrapassou um limite pessoal e explique qual é esse limite e quais as consequências associadas à falta de respeito por ele. Também pode ajudar especificar os benefícios que advirão para

ambos se esse limite for respeitado. Se falar das consequências, tem de estar disposto a

(52)

● Peça à pessoa para não ter esse comportamento arriscado e fale dos benefícios que virão (por exemplo, se ela estiver hipomaníaca: “Eu

preferia que ficássemos em casa em vez de ir à festa, assim poderemos ter uma noite calma

(53)

● Estabeleça a ligação entre o humor bipolar dela e a ideia ou atividade arriscada

● Pergunte à pessoa se o que ela pensa sobre um determinado projeto não está sendo demasiado otimista a ponto de não ver os riscos ou as consequências negativas.

(54)

● Encoraje a pessoa a adiar a concretização de uma ideia arriscada até que ela se encontre bem, definindo um objetivo específico de

bem-estar (por exemplo, “Que tal esperar até o médico dizer que está com o humor estabilizado para pôr essa ideia em prática, ou até

conseguir dormir a noite toda durante uma semana?”)

(55)

Comportamento agressivo

● Nunca ponha em risco sua segurança ou a de

outros por receio de magoar os sentimentos da pessoa, uma vez que mais tarde ela poderá ficar aliviada por tê-la impedido de magoar aqueles de quem gosta.

(56)

● Aprenda a reconhecer os sinais de alerta de uma agressão iminente.

● Leve a sério todas as ameaças de violência, mesmo as mais casuais

(57)

● Determine precocemente como assegurar sua segurança e a de outros (por exemplo, tenha

fechaduras nos quartos, deixe a casa e vá pedir ajuda quando começarem a surgir os sinais de

(58)

● Retire objetos que possam ser utilizados como armas, no caso de a pessoa se tornar agressiva

(59)

Esquizofrenia

● Lembre-se que você não pode discutir com a pessoa em crise

● Lembre-se que a pessoa pode estar assustada com a própria perda de autocontrole

● Não manifeste irritação ou raiva ● Não grite

(60)

● Não seja sarcástico

● Reduza coisas que provoquem maior distração (desligue TV, rádios, luzes fluorescentes que piscam, etc)

(61)

● Peça a qualquer visitante casual para ir embora, quanto menos gente, melhor

● Evite o contato olho a olho de forma contínua ● Evite tocar a pessoa

(62)
(63)

Dificuldades do tratamento

Fatores que dificultam a adesão

(64)

● Ausência de reconhecimento da doença, tanto pelo doente quanto pela família

● Ausência de motivação para o tratamento ● Interpretação negativa dos resultados ● Relação negativa médico/paciente

● Ausência de suporte familiar ● Preconceito Social

(65)

● Falta de confiança nas orientações do médico (família pensa que sabe mais que o médico)

● Ausência de local ou materiais adequados para tratar o paciente.

(66)
(67)

Referências

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