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TRANSFIGURAÇÕES. Obra protegida por direitos de autor ANTONIO FEIJ6 --_C><X>' CO I~lBR A. 9 - Largo da Sé Velha-lO

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ANTONIO FEIJ6

TRANSFIGURAÇÕES

CO~rJ·M\'L,\ÇÕC. . - . \ \I0RTL DO IDEAl .. PA;\TIIEI .\10. - (:;SI'It~. 'GE: ETLR. 'A. -AIIAS\'ERCS.

SACERDOS .\1 \G. USo - ESBOÇO ll'EPopí A

--_C><X>'

COI~lBRA

CE;\TRAL DE José DIOGO PIRES, IWITOR

9- Largo da Sé Velha- lO

(2)

• \.\'J'V.'I//() FEIJO

TRANSFIGURAÇÕES

tUSII"" Ç()I'S,-A !Il()~n. 00 lO ... 1'10., '·IJl;IUIO,-1 !WIIYSGE t:rPK"IA. - AII"SVJ'RI,;S .

.... (;MII.OOS 'IIAOSIIS.-l/.StlI>ÇO o"n·o,':..+.

COIMBRA

LIVRARIA ClõSTflAt. OE JO~" Dlono PIRF'1, LOITOR

U-Lo.~ <.ln Si-V('lho-1Q

(3)

(4)

PREFACIO

r.~plica-fc cm poucas palavl'as a intenção que me levou a calleceionar cne livro. Quiz archivar, num volume, os vertos cfcriptos dos 18 aos 22 annas,

que mais accentuadamcntc reprcfcntaffcrn aS phaft.!s percorridas na evolução philofophica do meu cfpi~ rito.

Dou-os ii publicidade. como documentos, apenas, rormando uma cfpceie d'auto-biographia, a hiíloria da minha intclligcncia alargando-rc gradualmente, pelo clludo, na comprchcnfuo das modernas ver da-des (cicntific'ls.

J)'uhi as fucccfllvas lranlfiJ.!w·(JfjÕçS do Sentimento artifticn fnb a inOucncia de divcrfas crenças phil~

(5)

-"

l'lphica .. , dddc o pdíimifmo dI! Schopenhauer c

L

c~pardi,

(l

~randc

p'lda da InftliciJ.Jde. úte ,IS

dnu\nn.,:-.largaml.!ntc prudol madJ-; cl \ Uf::unt) CunHe

c I krbl!r\ ~pl.'nccr.

(6)

CONTEMPLAÇOES

Ptwdul VeOWHllull ,,1118fVeni tcmpit

LSOI'''RI)I.

I.e ('(nlr rontenl, JC lU i, mont(. lur l~ montagne O'ulI ]'011 ptl.lt contcrnl,ler lo \'llIe til 800 .mpl~ur,

1I0plllll, IU,",IIn8U. purgltoil'ê'. enfer. bagn., Oi! toule (,normltlo tleurll comme une Deur.

CII. IhUIIHLAIRP.,

P

d

,'

.

poimet

"'I

pro'lI- tp dogUfl.

A luz da madrugada cfbate-fc no azul...

Ao placido correr das nevoas para o fui.

o venlo, cfgucdclhando a cOma das florcRas,

diffunclc pelo cfpaço o aroma das gicttas,

um aroma rUblil, myl1criofo c bom ...

Efplendida harmonia: a luz, a côr c o ComI

(7)

,

o'), Tr: \1I'l...M,:lll::S

QUI.' IIllIllCnf.1 .dacridJd ... clll lnda fi Natureza I Do arroio que (crpca ao (rdco da clc\'cfa, dI) mont\! 'lU ... recorta ii \aRidào do ar, ao Jirio mais perfeito. ii rofa mais yulga!". ludo faud.l c canta o dcfpcrtar da ,ida ...

No horilOntc fumiu-fr.: a noile O':cp,wQI·idn ... Como fl.:cha ... do.' luz (urgindo os arrcbocs,

na florcRa em rumôr C;lntam o!'> rou><inocs ...

I:: dia nado. O foi ddlaca·f ... no oriento.! como o Illho

r

...

bril d um bcbado dOI'mente ...

. \m. fnrrifll' de luz. ao beijo crcador da madrugada, ac()!,da n Natureza cm 110r. Por tllda .1 pJrtc ri lutla, ii lud.l fecundante! Todo dic dclbord.u' de fci"l luxurianh! no ctcrnlJ cLn:ul.lr do fanl:{'Ul' ,"c~dal,

todo dle Irrodiar da \ Ida unin:rfal,

( .. z-nu.., r..:nfJI" a nós, flmplc~ mort,les que fomos.

-cm jilcn~lO, afliHindo ao rebentar dos gomos

num tmpeto de força c dc visor fcbril-fc para nt)~ não rurge o dplcndororo ,abril, fc n:1U h'l pMól nú:lo cto.:rna!> pril1l3\"crus

(8)

CO:\TE\\PI \C;Un,

Quem. na:. :.urea" manhas do enio, contemplar

as fulva .. e\plofOes da aurora a ddpontar

como chuva de luz banhando a terra inteira,

rente-fe remoçar das luétas, da canccira

d'cRa vida cruel; e o triftc coração

dilata-fe lambem num cxtafis pa(rflO.

Oh

c

...

.tod\! N.\tureza I oh boa mãe t Eu cuido

que a forç:\ que te nutre

e

luminofo nu ido

que produz it alegria, os fonhos c o prazer.

roi quem d\.!lI o forrifo aos labias da mulher,

quem deu â cotovia a matinal garganta,

perfumes ao luar, tanta bcllcza, tanta,

quc eu lan~o-me de mjo cm plena adoração I

Em todo cne efplcndor dilato o coração.

Quero cfqucccr a dôr. quero cfmagar o tedio.

fugir das t\.!ntaçõcs ao lumioofo arredio.

e apagar da memoria a larga cicatriz

do -'Lil que j,i lançou fundirrima raiz,

.\\as quando julgo achar antidOlO ao tormento,

quando julgo encontrar :\ paz do efquccimento.

cuja lima acerada clel'namente roe

o peito da criança e o coração do heroe,

l

(9)

comI) dlrophe de luz J(ravad.l no Infinito.

Com ;J força tenaz que ~r<l O" !trnndes fcilo~

dcrl'Oquci, dcfirui, minei fJ~ pn!conccito~.

c nlldal ..:nmn fe forre um ~Iadiadnr antigo.

fiz \ncillar. cair dos thronos o Inimigo, curpi cum Juvenal nos ccrares romanos, e para dCrT'ubar os ultimas tyrannu~

fiz dcutar no mundo a gargalhnda (ria

d etTe Ilomem-Voltaire, o athlcta da Ironia !'I

o

doce rolkler da aurora viva c (rerea

dava ao quadro rombrio a cM mais pittorerca.

nólS lt"radaçfJel; da luz que os mundos incencléa,

banhandn clTn fi~ura cnranha d cpopca

-com a cabrça er~uida c com a enxada ao h

ombro-parada a contemplar, com a mudez do ;.t(lombro, no!'> chuveiros de luz do foi que fe Ic\'anta,

a ~aturcza inteira-o mar, o ceu, a plaot<l ...

o

.\thlcta continuava a hinori .. avcntul'eira

-uSe um momento rcpairo â rambra da palmeira,

fe paro a contemplar m, tUl'bilhões afirrH.'s,

(10)

t:"lJoçn O'EPOrÉA-o UO~E\I

17

impavidos batendo o exercito dos ventos.

cidades, capitaes, cftalua"i, monumentos.

deixando cm toda ii parte indicio::. da pa(1'agem ... E muitas vezes tomQ um impcto fclvagem.

produzo ao caminhar dcfolaçêJc5i funeRas, e vou como um tufão a derrocar floreftas, as nord\as do crime aonde o vicio medra, rohufio c virl:)inal como um titan de pedra t

. • b

Na gucrra que travCl, guerra que tanto arfom ra,

venci a Natureza e dominei a fombra. Se a terra não produz c a N'oite barbariza,

n penna reconftru(! e a enxada fertiliza.

O'eft,l!' força .. , que fáo ae; glorias que cnnobreço. brotou a rcfultantc immenfa do Progreffol

Com ellas combati o mundo antigo e triftc,

enchi de lu~ c amor tudo o que vive e cxifte

fob o cafto doce! azul da immcnridade ...

V cnci a cfcuridão, venci a tempeftadc

arrancando-lhe ao feio o raio deftruidor. .. Tomei o Penfamcnto, enchi-o de fulgor. dei fórma á concepção como um veftido d'aço,

e ii machina partiu fu~mettendo o cfpaço!

Como um ranho febril, rdampago veloz,

1

(11)

18 f:!;noço D'EPOPtA,-O IIO~lIc\\

faço do.! polo a poJo ou\·ir a minha voz,

3travcfTando o cfpaço t: utra\'c{Yando as ondas onde ",lo chega a luz e onde não chcs-am rondas.

Ag'Onirci, luelei, raffri. andei de raftros,

mas hoje encaro o ecu marcando o rumo aos afiros,

lo! com as naus humilho as tumultuarias vagns t

Não me fazem parar lamentação c pragas, nem dcrcanço ao vencer as ultimas contendas. O meu dcnino é como o do Judeu das lendas

caminhar, caminhar no mundo eternamente ...

o

Porvir não decora a cftrophc do Prefentc!

E na grande attracção profunda, irrcfiftivcl, para o Dcfconhccido c para o Inacccffivcl, linto que d.:nlro cm mim um qu.id fc elabora. que me: ha de arrebatar cm pavilhões d'aurora

aos mundos do Porvir, tão proximo dos ecu ... ,

(12)

Dcus!JI-INOI

CE

PQg. Pllt' .. "\.IO ••••• • • • • • • • • • • ••• • • • • • • • • • • • • • , . . . lU Co .. ri ItI·t .... ÇUf8 •••••.••..• , .•••.••.•••••••••••••..•• A ,\lORfL DO IUf<\I... ...•... 7 PA:>ITln:15.ltO ••••••••••••••••••••••••.•••.•• • • • • , •••••• 'S ESI'uY,>;o,~ En:R'IA .••.• •...•..•.••• _ ..•. _, •...•. " ••. " l i " I I UI\'EIU'S . . . • • • • • • • • • • • ••• •• ••••••.•• ••••• . . . } I S,l.C"RI>Oot MAr.~'H'~ " .... . . ,.. . . . •••••••• 1 S E"llóÇo o'Epol·r" ..•...•.

...

.9

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Referências

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