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2 Em Busca das Tribos Perdidas de Israel Capitulo I. Edições Comunidade de Israel

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O Messias e as Tribos Perdidas

Judaísmo sempre viu na restauração das tribos perdidas um sinal identificador do Messias, uma condição sem a

qual nenhum

homem pode ser

proclamado como tal.

Estudassem os cristãos

todas as profecias relativas ao Messias e descobririam que a maior parte dos

crentes são israelitas.

Estudassem melhor os

judeus o exílio das tribos perdidas e descobririam que Yeshua é de fato o Messias prometido que trouxe Israel de volta a Adonay.

Afinal o que faz com que tantas centenas de milhões de “gentios” hoje leiam a Bíblia, tenham se voltado de seus ídolos mudos para contemplar o Elohim de Israel? O que faz com que tantos milhares de “gentios” busquem hoje aprender hebraico, guardar o shabat, celebrar as festas bíblicas, amar o Estado de Israel orando por ele protegendo sua existência?

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Estudassem os cristãos todas as profecias relativas ao Messias e descobririam que a maior parte dos crentes são israelitas. Estudassem melhor os judeus o exílio das tribos perdidas e descobririam que Yeshua é de fato o Messias prometido que trouxe Israel de volta a Adonay.

.

Mosaico das 12 tribos de Israel. De uma parede de sinagoga em Jerusalém. linha superior, direita para a esquerda: Rúben, Judá, Dan, Asher Médio: Simeão, Issacar, Naftali, José inferior: Levi, Zebulom, Gade, Benjamin). Autor: Ori229 Fonte: Wikimedia Commons – Wikipedia.

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Infelizmente os crentes tanto judeus como não judeus tem trabalhado na contramão da história. Os cristãos apesar de lerem que Yeshua foi enviado “somente às ovelhas perdidas da casa de Israel,” (Matytyahu/Mt 15:24) ensinam que ele veio de fato salvar os judeus, mas que estes não quiseram ser salvos e então ele decidiu salvar os gentios.

Os judeus por seu turno dizem que uma vez que Yeshua não acabou com o exílio das dez tribos, mas pelo contrário depois de seu nascimento também as duas tribos de Yehudah e Binyamin (Judá e Benjamim) foram levadas ao cativeiro isso prova que ele não é o Messias prometido. Em ambos os casos prevalece, porém a ignorância.

Os cristãos deveriam saber que a missão do Servo de Adonay é primeiramente restaurar as tribos de Yakov, logo trazer os desterrados de Israel e só então se voltar para a massa dos gentios para quem foi constituído luz. Yeshua não pode em momento algum ir além de sua missão. As Escrituras em lugar algum dizem que Yeshua veio com a missão de salvar os judeus, mas não podendo cumprir sua missão por que o coração deles era mais duro que seu desejo, se voltou então para salvar os gentios que tinham melhor coração. Isso é absurdo e contraria tudo o que os profetas

declararam acerca do Servo de Adonay:1

1

O judaísmo rabínico bem como o judaísmo caraita afirmam que o Servo mencionado em Yeshayahú é Israel e não o Messias e que os crentes messiânicos ignoram essa realidade para fazerem de Yeshua o Servo Sofredor. Isso é enganoso, e só pode ser crido por quem nunca leu todo o Sefer Yeshayahú ou por quem voluntariamente ignora seu conteúdo. Na verdade o Eterno se refere a cinco servos diferentes. O primeiro deles é o evediy Yeshayahú ou meu servo Yeshayahú (Yeshayahú/Isaías 20:3). O segundo mencionado é o Evediy l´Eliaquim Ben Hilquiahu ou “meu servo ELiaquim filho de Hilquias. (22:20). O terceiro é o David Evediy ou Meu servo David (37:55). O quarto é o Israel evediy ou meu servo Israel (40:8) O quinto é chamado simplesmente de evediy ou meu servo, (42:1) e não se refere a Israel. Isso se desprende claramente de sua própria missão. “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o

meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. Ele trará justiça às nações. ... as ilhas aguardarão a sua lei. ... Eu Yah te chamei em justiça; tomei-te pela mão, e te guardei; e te dei por pacto ao

povo, e para luz das nações.” Yeshayahú/Is 42:1-6. O servo em quem a alma de Adonay se compraz não é Israel por que Israel é uma nação pecadora que lhe não deu o prazer da obediência Adonay (1:1-6). O servo que trás justiça as nações não pode ser Israel pois esse pelas suas maldades foi vendido (50:1). Por último o servo não pode ser Israel, por que o próprio servo, foi dado como aliança ao povo (de Israel) e como luz dos gentios. Finalmente deve ser claro que o servo é o Maschiach a partir do próprio texto de Yeshayahú 49 que declara que ele deve restaurar as tribos de Yakov, tornar a trazer os preservados de Israel e ser luz para as nações. Ora, Israel não pode restaurar-se a si mesmo. O Servo deve proceder com prudência, o que contrasta com Israel que é o servo cego (incapaz de ver a luz) e surdo (incapaz de ouvir a verdade) como se vê em Yeshayahú/Is 42:19. Já o servo que trará luz as nações é o tsadik avediy ou Meu servo justo, um claro contraste com Israel como já foi visto.

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“Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das nações, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” Yeshayahú/IS 49:2.

Ai está a missão do servo enviado pelo Pai

com um poder

extraordinário. Ele veio para cumprir não a sua limitada vontade, mas a ilimitada vontade daquele que o enviou. Ele deve restaurar as tribos de Yakov. Portanto, nada poderia ser tão tonto como afirmar que ser descendente do povo eleito, que possuir o DNA Avraham, Ytzchak e Yakov e que ter como pai a um dos doze patriarcas é

coisa insignificante.

Yeshua nasceu da

semente de Avraham para salvar a semente de

Avraham. “Pois, na

verdade, não presta

auxílio aos anjos, mas sim

à descendência de

Avraham.” Ivrim/Hb 2:16. Ainda que como seu Pai Avraham acolha em seu seio tanto os nascidos em sua casa como aos que comprou por seu sangue, sua missão prioritária é salvar Israel.

Yeshua Veio Para Redimir a

Descendência de Avraham

Segundo a Promessa, o que

Inclui as Doze Tribos de Israel.

“Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das nações, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” Yeshayahú/IS 49:2. “Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Avraham.” Ivrim/Hb 2:16.

Avraham Sacrifica Ytzchak.

Laurent de La Hyre 1650 (1606–1656). Wikimedia Commons 3.0

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Claro que através do profeta foi dito que restaurar as tribos de Israel era uma missão pequena, que ele deveria fazer uma ainda maior que era trazer de volta os desterrados de Yakov. E então, para suplantar tudo isso ele viria a se tornar luz para os gentios. Nada faz supor que o Messias não dando conta de cumprir o que era pouco pudesse cumprir o que era muito. Se ele não desse conta de sua missão, não seria o Ungido de Adonay. Logo a premissa equivocada de que Yeshua não pode salvar seu próprio povo e então partiu para salvar os gentios é enganosa do princípio ao fim. Ele mesmo negou tal coisa quando disse:

“Depois de assim falar, Yeshua, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique; assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua há Maschiach, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra.” Yochanan/Jo 17:1-6.

Yeshua antes de iniciar a sua missão recebeu autoridade sobre toda a carne para dar vida eterna a todos aqueles que o Pai lhe deu. Ele louva a seu pai ao proclamar que cumpriu tão plena e cabalmente sua missão que aqueles do mundo que lhe haviam sido dados viram o nome do Pai e guardaram a sua palavra. Logo não é verdade que Yeshua não tendo podido salvar seu próprio povo se dedicou a salvar os que não eram seu povo, ainda que o Israel desterrado viesse a ser chamado de não povo, isso se devia apenas ao fato de haver perdido não só sua terra, mas também sua identidade. De uma vez por todas deveria ser claro que o Messias salvar gentios em lugar de judeus seria um desvio grave de sua missão, um fracasso em seu objetivo pessoal e em ultima instância uma derrota no próprio propósito daquele que o enviou. Yeshua só podia salvar os gentios, como de fato o fez, por que essa era sua missão adicional, não por que se tornou mais fácil fazer essa obra que salvar o seu próprio povo.

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Ora um soldado não pode depois de fracassar na missão para a qual foi enviado e criar uma missão para reparar seu próprio fracasso. Da mesma forma, um pai que se lança em águas agitadas para salvar seu filho jamais voltaria contente para a margem com outra criança enquanto filho é arrastado para o abismo pelas ondas encapeladas. Nossa resposta aos que imaginam que Yeshua foi enviado para fazer uma coisa e acabou se contentando em fazer outra não pode ser outra senão a sua própria palavra:

“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.” Yochanan/Jo 17:4.

Portanto fora com a infâmia de que o Messias não dando conta de cumprir a missão de salvar a seus próprios irmãos, filhos de Avraham como ele, criou para si outra missão salvando gentios em seu lugar. Que fique pois claro que gentios não foram salvos no lugar de Israel mas junto com Israel. Desde longa data o Maschiach era esperado para salvar a Israel e então revelar sua luz aos gentios.

A redenção envolve dois aspectos de uma mesma obra, primeiro o resgate de Israel e logo a salvação dos gentios. Mas infelizmente a agenda de Roma faz com que muitos cristãos raciocinem assim: “O Messias veio na verdade para salvar os judeus que eram seu próprio povo, mas eles não o receberam e ele assegura o triunfo de sua missão salvando os que não eram seu povo, os gentios.”

Roma tão sutil como enganosa empurrou esse conceito goela abaixo dos crentes supondo que inclusive essa seja uma cândida revelação das Escrituras. Como a maioria das igrejas tem ainda fortes elos teológicos amarrados à Sé de Roma eu gostaria de corrigir esse equívoco antes de prosseguir. É importante ressaltar que os grandes reformadores e seus colaboradores Martin Lutero (1483-1546) e Felipe Melanchton (1497-1560), Ulrico Zuinglio (1484-1531) e João Oecolampadius (1482-1531), João Calvino (1509-1564) e Theodore de Beza (1519-1605) tiveram êxito em conduzir o povo para fora das catedrais, para um lugar onde pudessem se sentir salvos por graça e livres da idolatria, mas não em conduzi-los para fora do romanismo.

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Sua missão designada pelo Todo-Poderoso não era a de levar o povo de volta para suas raízes, mas para a Bíblia como passo preparatório para a Reforma Radical que se supõe ter começado com Menno Simons (1496-1561), e que deveria avançar não só com o batismo de adultos, mas com o batismo por imersão como mais tarde propuseram os anabatistas, com a guarda do shabat como propuseram os batistas do sétimo Dia, com a celebração das festas como propôs a Igreja de Deus Universal e finalmente com a adoção de uma vida plenamente israelita como propõe o movimento das Duas Casas.

Reconhecemos que no que diz respeito à restauração de Israel a luz é progressiva e que cada progresso deve ser saudado, mas isso nos leva a admitir que os reformadores eram aquilo que proclamaram, católicos renovados. Uma reforma é sempre a melhora de alguma coisa deteriorada, e os reformadores modificaram a Igreja Cristã com a adição de alguns elementos originais, mas não a restauraram.

Lutero, Zuinglio e Calvino conduziram o povo para fora da idolatria e do legalismo das catedrais para uma adoração sem imagens e a salvação somente pela graça, mas não à restauração da primitiva fé.

Martin Lutero, Wikimedia Commons, Domínio Público.

Retrato de Zuinglio, Hans Asper (1499–1571), Wikimedia Commons, Domínio Publico.

João Calvino, Flemish school, Wikimedia Commons, Domínio Público

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Embora os reformadores admitissem que haviam sido feitas promessas incondicionais a Israel eles permaneceram com os mesmos conceitos de Roma de que a Igreja Cristã substituiu Israel. Lutero cria, porém que antes da volta de Yeshua, Israel se converterá uma nação cristã, uma vez que o próprio Maschiach profetizou que os filhos de Yerushalaim não o veriam mais até que dissessem:”Bendito o que vem em nome do Senhor.” Matytyahú/Mt 23:39 Esta declaração era vista por ele como sinal positivo dessa

conversão final ao cristianismo pregado na época.2 Já o reformador

de Genebra repudiava essa interpretação dizendo que em Matytyahú Yeshua se referiu não à salvação dos habitantes de Yerushalaim que o haviam rejeitado, mas à sua condenação final

junto com todos os que recusam sua graça.3

No entanto, apesar de errar grosseiramente na interpretação de Mateus 23:39, negando que ali esteja configurada uma promessa e entendendo a profecia como um juízo, Calvino parece ir além de Lutero ao admitir com base em Romanos 11 que Israel se converterá de tal sorte que terá proeminência sobre outros povos quando se

estabeleça o reino do Messias. 4 Ele se baseia na firme declaração:

“Não quero irmãos que ignoreis esse mistério que o endurecimento veio em parte a Israel até que o tempo dos gentios se complete, e logo todo o Israel será salvo.” Romanos 11:25-26

2“Como disse nosso Senhor (Mt 23:39): “Declaro-vos, pois, que desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito

o que vem em nome do Senhor.`- portanto é certo que, quando Jesus vier, o que será visível a todo o mundo, como o raio sai do oriente e brilha no ocidente, a quem todos os olhos, mesmo daqueles que o transpassaram e todas as famílias da terra verão (AP 1:7, Zac 12:10) -, que os judeus terão sido convertidos e se tornarão numa nação cristã... E além do mais, quando Pedro (at 3:19-21) exorta ao arrependimento e à conversão até aos tempos do refrigério vindos da persença do Senhor, assim parece-me fora de toda a dúvida que a conversão de Israel há de preceder a segunda vinda de Cristo.” Martin Luther in Lehre Von letzien Dingen, PP 71,72 citado por Charles Hodge na sua Teologia Sistemática, a Conversão dos Judeus, Editora Hagnos, São Paulo, 2001. página 1614.

3 "Em resumo, ele declara que Ele não virá a eles até que, tremendo à vista de Sua terrível majestade, devem exclamar: -

quando for tarde demais - que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus! E esta ameaça é dirigida todos os inimigos do Evangelho- mais especialmente para aqueles que falsamente professam Seu nome, enquanto rejeitam Sua doutrina ...” João Calvino, Comentário a Mateus 28:39.

4

“Muitos entendem isto como se referindo especificamente ao povo judeu, como se Paulo houvera dito que a religião lhes seria novamente restaurada como nos tempos de outrora. Todavia, entendo a palavra Israel para incluir e abranger todo o povo de Deus, da seguinte maneira: “Quando os gentios tiverem entrado, os judeus ao mesmo tempo, se converterão de sua apostasia à obediência da fé. A salvação de todo o Israel de Deus, o qual deve ser compreendido de ambos,( judeus e gentios), será então completada, mas isso se dará de tal forma que os judeus, o primogênito da família de Deus, ocupem o lugar de proeminência.” João Calvino, Romanos, Edições Paracletos, São Bernardo do Campo, SP – Brasil, 1997, pág, 409.

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Erra, porém Calvino ao ensinar que todo o Israel ali mencionado se refere não só a Israel, mas também aos gentios, bem como ao negar que o judaísmo, ou melhor, que o israelismo alguma vez será restaurado. Isso é em parte decorrente dos mesmos conceitos romanos de que Israel perdeu sua posição como nação, que foi substituído por um Israel espiritual chamado Igreja Cristã. Este conceito supõe sua base nas Escrituras e por isso vamos analisá-lo agora.

O texto a que o anti-semitismo faz referência é a introdução da do Sefer há-bessorat Yochanan (Livro do Evangelho de João). A base para tal disparate é a seguinte declaração:

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Elohim.”

O Problema aqui não é o texto em si, mas o fato de que o texto primeiro foi retirado do contexto para logo ser corrompido e interpretado fora do contexto, contrariamente a todas as antecipações proféticas, à revelia das promessas do Eterno e ignorando o próprio testemunho de Yeshua.

Quando a Bíblia é lida de acordo com uma agenda que leva em conta as promessas dos profetas e o contexto geral da narrativa de Yochanan ela revela coisa muito diferente da comum compreensão, daquela que Roma impôs a um mundo cristão guiado por caminhos antijudaicos.

Ela nos fala que Yeshua estava entre os homens do mundo, que o mundo inteiro com todos os seus homens foi feito por intermédio dele ou por causa dele, que os perdidos do mundo não o conheceram e que aqueles que o Pai lhe deu abraçaram a sua palavra e foram salvos por ele. Claro que a leitura segundo a agenda romana indica que Yeshua veio para seus irmãos judeus e que estes o rejeitaram e então ele abandonou Israel como nação. Leiamos então o texto em seu contexto e logo nos deteremos na sua revelação a partir das Escrituras:

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“Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Elohim; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Elohim.” Yochanan/Jo 1:9-13.

Somos informados que o Maschiach é a verdadeira luz que alumia a todo o homem. Ele mesmo disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Yochanan/Jo 8:12. E declarou ainda: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” Yochanan/Jo 9:5. Hoje, quando ele não está mais no mundo, as pequenas luzes que somos nós e cujo brilho aumenta ou diminui em virtude da nossa aproximação ou distanciamento da fonte de toda a luz continuam a brilhar para que o mundo não mergulhe em trevas espessas. Por essa razão Yeshua nos diz: “Vós sois a luz do mundo.” Matytyahú/Mt 5:14.

Bem, agora já sabemos que Yeshua é a luz do mundo, e que ligados a ele podemos ser luminares para inundar o mundo com os mesmos raios do sol da justiça, da bondade e da misericórdia que emanam do Criador. É evidente que nenhum de nós brilha como ele.

Somos a luz do mundo apenas na medida em que o Maschiach esteja em nós e que seu espírito opere em nós, pois se a comunhão dele com o Pai era plena e perfeita a nossa é relativa e imperfeita. No entanto já podemos nos aperceber de uma coisa, o contexto fala do mundo em geral e não de Israel em particular.

Em segundo lugar não podemos supor que as Escrituras estejam afirmando que todo o homem iluminado aqui referido seja cada ser humano da face da terra, homem ou mulher, justo ou ímpio, religioso ou pagão, crente ou ateu. Nesse caso ele teria de salvar a todos universalmente ou fracassaria na sua missão. Na verdade o termo todos pode significar o todo ou pode significar uma parte. Como veremos a seguir, todos, o mundo todo e todo o mundo são termos que se definem pelo contexto, e não pela expressão em si.

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Em Lucas 2:1 lemos que saiu um decreto de Cesar Augusto para que todo o mundo se alistasse, no entanto chineses e árabes, maias e astecas, incas e guaranis jamais se alistaram sob ordens de Cesar. O contexto é claro, a ordem para que todo o mundo se alistasse era referente aos habitantes das terras e países sob o domínio do Império Romano.

Em Yochanan Alef (1 João 5:19) lemos que o mundo inteiro jaz no maligno, e no entanto sabemos que não fazemos parte desse mundo por que somos de Elohim, e de seu filho Yeshua e que seu espírito habita em nós. Logo o mundo que jaz no maligno é o mundo daqueles que ainda não foram chamados à graça.

Em Yochanan Alef/1 João 2:2 lemos que Yeshua é a propiciação não só pelos nossos pecados, mas também de todo o mundo, e apesar disso sabemos que só o pecado dos crentes é expiado, pois Yeshua deu a sua vida pelas ovelhas, e não pelos que não são ovelhas. Isso nos leva a concluir que ele é a expiação dos pecados de todo o mundo que virá a ser chamado à graça, ainda que no presente isso este chamado ainda não tenha sido feito.

Ora o que ocorre com a palavra todos ocorre igualmente com a palavra mundo, onde pelo menos três sentidos diferentes podem ser dados ao mesmo vocábulo. Yeshua estava no mundo, o que significa que estava entre as pessoas que povoam o planeta. Logo é dito que o Mundo foi feito por meio dele, o que significa não apenas as pessoas, mas todo o planeta com seu conteúdo populacional. A seguir é dito que o mundo não o conheceu, mas uma vez que nós o conhecemos, segue-se que não somos parte desse mundo que o ignora.

Então o mundo que não o conheceu significa aquelas pessoas que não são o objeto da eleição ou escolha do Pai como o próprio Yeshua nos ensina ao orar: “Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; e eles conheceram que tu me enviaste.” Yochanan/Jo 17:25. É por isso mesmo que Yeshua disse: “Pai não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste.” Yochanan/Jo 17:9.

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Donde se conclui que o mundo que é objeto do amor de Elohim e pelo qual Yeshua morreu a fim de pagar sua culpa apagando seus pecados é um, e o mundo que não é objeto do amor do Pai nem da intercessão de seu filho Yeshua. Evidentemente que existe um mundo pelo qual Yeshua não morreu e cujos pecados não foram condenados nele a fim de que possa ser salvo. É justamente desse mundo pelo qual ele não morreu e que por conseguinte ainda é réus eterno de sua ira e justiça que Yochanan fala ao dizer: “O mundo inteiro jaz no maligno,” (Yochanan Alef/1 Jo 5:19).

Esse mundo que não foi amado pelo Eterno e nunca o será também não deve ser objeto de nosso amor razão pela qual recebemos a exortação: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo.” Yochanan Alef/1 Jo 2:15. Podemos estar seguros de que venceremos sobre esse conjunto de homens, mulheres e crianças com seu ódio, maldade contumaz e rebeldia eterna, como está escrito: “Todo aquele que nasce de Elohim vence o mundo.” Yochanan Alef/1 Jo 5:4.

Não pode haver dúvidas. Estes que nasceram de Elohim, formam um mundo aparte, um mundo de pessoas salvas que vive em meio a um mundo perdido que jaz no maligno. Este mundo eleito por graça em contraste com o mundo preterido pela mesma graça é alvo da obra do Messias sendo salvo para a glória eterna.

“Porque Elohim enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” Yochanan/Jo 3:17.

“Porque o pão de Elohim é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” Yochanan/Jo 6:33.

Logo mundo pode se referir ao nosso planeta como quando é declarado que “o mundo foi feito por ele,” ou quando é dito: “o campo é o mundo.” Mundo também pode ser o conjunto de pessoas e coisas perversas que existem nesse planeta pelas quais o Maschiach jamais intercedeu como fica evidente da declaração: “o mundo inteiro jaz no maligno.”

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E mundo pode significar o conjunto das pessoas salvas que foram dadas ao filho do homem e de quem ele tira o seu pecado como fica fácil se perceber da

declaração do profeta

precursor, ”eis o cordeiro de Elohim que tira o pecado do mundo,” (Yochanan/Jo 1:29). Bem, a partir daí fica fácil se aperceber que a declaração “o mundo não o conheceu” não se refere a Israel, cujos profetas anteciparam sua vinda e a almejaram e de onde Yeshua tomou seus discípulos e os enviou ao mundo para buscarem as ovelhas perdidas. O mundo que não o conheceu é o conjunto de homens israelitas ou não, que vivendo nesse mundo feito através dele, não reconhecerão jamais sua

soberania sobre eles. 5

É Roma que leva as pessoas a lerem uma coisa e a entender outra. O fato de que alguns judeus, edomitas e romanos tenham se ajuntado aos demais gentios em Yerushalaim contra o Maschiach não significa que Israel tenha sido rejeitado juntamente com os edomitas (jordanianos) ou os romanos que o executaram.

5

Ora Yeshua não esteve apenas entre os judeus. Esteve no mundo, passeou entre os Shomronim (samarintanos) que descendiam de Yakov, mas se haviam misturado com os gentios e não se consideravam e até hoje não se consideram judeus. Yeshua também esteve entre os fenícios ou libaneses de Tiro e Sidon. Yochanan/Jo 4 e Mateus 15:21. Sua mensagem atingiu não só os filhos de Israel, mas também os descendentes de Esav ou edomitas (Marcos 3:8), aos romanos (Matytyahú/Mt 8:13-15) gregos prosélitos (Yochanan/Jo 12:20). Assim como não só os judeus foram criados por intermédio dele, os seus que não o receberam eram o mundo.

A missão de Yeshua era salvar “o seu povo dos pecados deles,”

(Matytyahú 1:21) pois “conforme a promessa, levantou Elohim a Yeshua como Salvador de Israel.” (Atos 13:23) e tendo ele sido morto por comum conselho entre judeus e gentios o Pai o ressuscitou “para dar a Israel

arrependimento e remissão de pecado.” Atos 5:31.

Judeus Franceses da Idade Média Jewish Encyclopedia

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Quem afirma isso definitivamente não conhece as Escrituras, ignora o poder de Elohim para salvar e a sua imensa capacidade de amar. Desconhece o próprio espírito de Maschiach e incorpora antes o espírito de anti-Maschiach. Yeshua não fracassou por que o Judeu Caifás se uniu ao edomita Herodes para pedir ao romano Pilatos que o enviasse ao madeiro para ser morto pelos gentios. Pelo contrário, foi através dessa maquiavélica aliança que resultou no seu julgamento no qual foi achado inocente, e apesar disso entregue para ser executado que o imaculado filho de Elohim cumpre não somente as profecias que diziam isso a respeito dele, mas principalmente o plano da redenção que incluía a morte do inocente no lugar o culpado.

O antijudaísmo que considera os judeus malditos e Israel rejeitado por ter morto o Maschiach pela mão dos gentios é pois o fruto direto a ignorância de tudo o que as Escrituras dizem a respeito do Messias e de como o povo de Israel seria salvo por ele. Na verdade, as profecias antecipavam que os que finalmente seriam salvos pela obra do servo sofredor, primeiro o desprezariam e o veriam apenas como um homem ferido de Elohim antes de reconhecer que por seu sofrimento obtiveram a paz.

“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Elohim, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas YHWH fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. (Yeshayahú/Is 53:3-6)

Este será o cântico final de Israel que em sua cegueira primária rejeitou o Maschiach como o homem desprezado, o leproso, o ferido de Elohim. Eles finalmente se aperceberão que o castigo que lhes trouxe a paz esteve sobre ele. Reconhecerão então que os seus pecados foram postos sobre ele, que por causa de suas feridas eles foram sarados de seu pecado.

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A missão de Yeshua era salvar “o seu povo dos pecados deles,” (Matytyahú 1:21) e isso jamais poderia ser feito a menos que os filhos de Israel se ajuntassem com os gentios e o condenassem à morte. E esta morte não foi o instrumento final da rejeição de Israel como Roma e sua afiliadas afirmam erroneamente. Ao contrário, tendo ele sido morto por comum conselho entre judeus e gentios o Pai o ressuscitou “para dar a Israel arrependimento e remissão de pecado,” (Atos 5:31) e isso ocorreu exatamente “conforme a promessa,” pela qual “levantou Elohim Yeshua como Salvador de Israel.” (Atos 13:23)

Assim, judeus, edomitas, romanos e gentios em geral propiciaram o cumprimento das profecias que diziam que ele seria levado como ovelha para o matadouro e que o castigo de nossa paz estaria sobre ele para que pelas suas pisaduras Israel fosse sarado.

“Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Elohim e disseram: Adonay, tu que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há; que pela ruach há kodesh, por boca de nosso pai David, teu servo, disseste: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma, contra Adonay e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Yeshua , ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse.” Atos 4:24-28.

Não Yeshua não fracassou pelo fato de que nem todos os judeus creram em sua palavra, ou por que 2/3 da humanidade ainda perece em seus pecados adorando deuses segundo sua própria imaginação, prostrando-se diante dos altares da idolatria ou simplesmente negando que exista um Elohim Criador e Rei do Universo. Sim ele estava nesse planeta que com todos os seus homens foram feitos por meio dele, mas não foi conhecido por muitos. No entanto, aqueles que o receberam deu-lhes o poder de ser chamados filhos de Elohim não tendo nascido da vontade da carne (de seus pais), nem pela vontade do sangue (propensão genética para a obediência e nem pela vontade do varão (sua própria vontade), mas de Elohim.

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Yeshua tampouco fracassou por que judeus o entregaram aos gentios para ser executado, pelo contrário, ao fazer isso (judeus e gentios) estavam sem o saber propiciando sua própria redenção. Tanto é assim que ao expirar Yeshua diz: “Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34) É de se perguntar: que relação mantém com Yeshua aquela parte da Igreja que acredita que por terem enviado Yeshua para ser morto pelos romanos os judeus foram rejeitados quando o próprio Yeshua pediu ao Pai que os perdoasse? Também não deveria nos surpreender que parte dos judeus não aceitassem a Yeshua quando a profecia dizia isso.

“E Shimeon os abençoou, e disse a Miryam, mãe do menino: Eis que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição, sim, e uma espada traspassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Lucas 1:34-35.

As pessoas não se dão por conta das implicações de lerem as Escrituras pela agenda de Roma afirmando que hoje já não diferença alguma ser ou não ser judeu. Quando os crentes não atuavam movidos por essa agenda detestável a convicção era outra.

“Porque não me envergonho da bessorat (boas novas), pois é o poder de Elohim a para salvação de todo aquele que crê; primeiro do yehudi (judeu), e também do yevany (grego).” Romanos 8:16.

Por outro lado, antes de terminar esse tópico gostaria de dirigir umas palavras a nossos irmãos judeus, messiânicos ou não. É preciso que se leve em conta que Yah depois de perguntar ao Servo Sofredor se era pouco resgatar as tribos de Yakov o desafiou a pedir os gentios como herança.

Os judeus deveriam saber que esses gentios erguidos das trevas do paganismo, dos tempos em que sacrificavam seus filhos aos demônios para um tempo em que a cidade santa é amada por tantos povos e os profetas de Israel são lidos em 2300 línguas indicam um passado israelita e a presença da semente de Avraham espalhada entre as nações. Via de regra a maioria dos que amam a Israel procedem de Israel, ainda que não o saibam.

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Sobretudo os judeus deveriam saber que se o nome do homem por cujo meio tantos povos foram transformados e viram uma grande luz brotando de Israel através de seus profetas é Yeshua e graças seu poderoso nome descendentes de Israel e gentios estão deixando para trás o paganismo isso evidencia sua messianidade. Se o mundo hoje se ergue, inclusive para amar e proteger o Estado de Israel é por que a alma adormecida entre aqueles que até então são considerados apenas gentios tem estado a despertar. Sim, Yeshua cumpriu cabalmente sua missão, ergueu povos e mais povos da profundidade do paganismo onde estavam para uma maior proximidade da pureza e da palavra sagrada que declara que Israel é seu povo.

Ele veio para remir Yakov, para buscar as ovelhas perdidas da Casa de Israel e não seria o Maschiach se não o fizesse. O desafio aos crentes é descobrir: Somos israelitas ou gentios? Dezenas de igrejas procuraram responder essa questão à luz das promessas feitas nas Escrituras. A que mais se destacou foi a Igreja de Deus Universal fundada em 1934 por Herbert Armstrong (1892-1986) e que divulgou através de centenas de milhões de cópias de folhetos, livros e revistas periódicas que ingleses e outros povos da Europa do norte descendem das tribos perdidas.

O Kol Yisrael está em todo o mundo e sua busca

não pode ser limitada a uma raça, branca, negra

ou amarela ou a uma região específica do globo.

A Terra Vista da Apollo 17, Nasa, Mapa da Distribuição das Raças Pelo tom da pele, Wikimedia Commons 1.2. Domínio Público.

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Ora, Este grupo via a presença israelita nas nações europeias com ênfase na Inglaterra, daí uma de suas principais doutrinas é chamada de Israelismo Britânico. Armstrong muito contribuiu para que o povo britânico presente na Inglaterra e em suas vastas colônias onde o sol jamais se punha resgatasse a identidade perdida à séculos desde que Israel foi para o exílio e ao mesmo tempo de aproximasse da Torah cumprindo mandamentos tão evidentes como a perpetuidade das festas bíblicas.

No entanto havia uma limitação. Outros povos foram quase esquecidos pelo movimento israelita britânico limitando a extensão do êxito do grupo e a necessidade de resgatar a identidade de muitos outros povos. Armstrong parecia ignorar que o Kol Yisrael (todo o Israel) que será salvo se espalha entre todas as nações e procede de todos os povos, noutras palavras, o Kol Yisrael está em todo o mundo e sua busca não pode ser limitada a uma raça, branca, negra ou amarela ou a uma região específica do globo.

Apesar disso o movimento teve seu saldo positivo e a partir dele, veio a surgir o Movimento das Duas Casas bem como diversas congregações e ministérios herdeiros que passaram a ver a restauração de um Israel multinacional. Uma dessas herdeiras, a Igreja Cristã de Deus de New Acte, Austrália reformulou a posição concluindo que as tribos perdidas de Israel podem ser encontradas

em qualquer parte da terra, entre qualquer povo,

independentemente de sua origem e não somente da Grã Bretanha e colônias por ela criadas.

Segundo eles, não raro elas já estavam lá, muito antes dos ingleses as conquistarem, pois as tribos de Israel se espalharam pela terra de todo o mundo. Esse é um ponto que merece nossa atenção, pois de fato foi dito a Avraham que nele seriam benditas todas as nações da terra. Para Wad Cox, fundador da Igreja Cristã de Deus, herdeira do israelismo britânico como atrás foi dito, os sinais da herança abrahamica e de sua abençoada semente devem ser buscados muito além dos povos europeus onde se supõe estar Israel como Inglaterra, França ou Dinamarca,

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De fato há indicações de que a semente de Israel pode ser encontrada por todos os continentes independentemente da expansão e da presença britânica. Isso não desmerece o fato de que essa presença se fez sentir na Inglaterra ou mesmo em Portugal, ainda que nesse último caso se fale mais de judeus, benjamitas e levitas. Nosso Messias, Bendito seja seu nome desde agora e para sempre indicou claramente a que veio, buscar as ovelhas perdidas da Casa de Israel. Estas ovelhas não estavam de fato unidas ao judaísmo por ocasião de sua vinda, não estavam ligadas ao redil de Israel, antes viviam no mundo sem esperança e sem Elohim. Estavam perdidas em sua identidade, sem Torah, sem santidade. Estas pessoas foram designadas por Yeshua de as outras ovelhas a quem ele viria a buscá-las.

"E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, (“reunir”,Biblia Sagrada - Edições Paulinas) e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor." Yochanan 10:16.

Passados apenas alguns anos Yakov Tsadik (Tiago o Justo) iniciou sua epístola dirigindo-se às doze tribos dispersas (Yakov/Tiago 1:1), uma demonstração de que os enviados de Yeshua cumpriram cabalmente sua missão em buscar as ovelhas perdidas. Pouco tempo mais tarde, dando clara evidencia de que estas tribos seriam finalmente localizadas para que cada uma delas aportasse 12.000 de seus filhos para comporem os 144.000, a elite governante de Maschiach, Yochanan os vê reunidos sobre o Monte Tzion. (Apocalipse 7:4-8, 14:1). Não há pois a menor dúvida, as tribos dispersas de Israel voltarão a unir-se a Yehudáh e a Byniamin e o Maschiach governará sobre todas elas dando a seus doze apóstolos a autoridade de exercer o juízo sobre elas.

“E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel. Lucas 22:29-30

Assim, aguardamos o tempo da reunião dessas tribos pela mão potente do Messias. Que esse dia venha logo. Amén.

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