TROCAS GASOSAS 1. EM SERES MULTICELULARES
Todos os seres vivos, que realizam respiração aeróbia:
► utilizam O2 do meio ambiente ► libertam CO2 para o ambiente
Os organismos:
► Terrestres – obtêm o O2 do ar atmosférico
► Aquáticos – através do O2 que se encontra dissolvido na água
(e não do O2 da molécula de H2O)
As trocas gasosas são realizadas através de superfícies respiratórias. O volume de O2 que um ser vivo necessita depende:
► do seu volume/tamanho/número de células ► da sua taxa de respiração
celular/metabolismo celular
A quantidade de O2 que penetra no organismo depende: ► da área superficial
► da espessura da sua superfície respiratória
2. NAS PLANTAS
As plantas que habitam o meio aquático realizam todas as trocas gasosas por difusão, através da sua superfície corporal.
As plantas que colonizaram o meio terrestre, necessitam de mecanismos que evitem a dessecação/desidratação, por isso apresentam:
► cutícula (cera impermeável que reduz as perdas de água, mas
dificulta as trocas gasosas)
► estomas (que efetuam as trocas gasosas com o meio externo)
2.1 ESTOMAS
Nas espécies em que o n.º de estomas é reduzido → as trocas gasosas são auxiliadas por lentículas (poros que substituem os estomas e que permitem as trocas gasosas) ao longo do caule.
Plantas aquáticas ↓
precisam de perder água do organismo:
► os estomas são abundantes
em toda a superfície emersa da planta
► permanecem abertos a
maior parte do dia
Plantas terrestres ↓
não podem perder água ↓
folhas podem ter câmaras estomáticas (que terminam no estoma)
Plantas terrestres ↓
não podem perder água ↓
os estomas estão abertos apenas durante a noite
↓
sem a influência das altas temperaturas diurnas:
► as plantas fazem trocas gasosas ► evitam perdas excessivas de
água por transpiração a água eliminada pela transpiração
mantém-se na cavidade ↓
criando humidade à volta do estoma ↓
“convencendo-o” de que o meio externo está saturado de vapor de
água (mesmo em locais secos) ↓
assim, a planta:
► não perde água ► evita o stress hídrico
Localizam-se na epiderme inferior das folhas e, em menor número, em pecíolos (caules jovens e até partes florais (pétalas)
São constituídos por 2 células guarda/estomáticas, que limitam uma abertura (ostíolo).
As células guarda:
► apresentam cloroplastos
► a parede é +espessa do lado do ostíolo do
que do lado oposto
► são rodeadas por outras células epidérmicas ► controlam a abertura e fecho dos estomas
Fatores que influenciam abertura / fecho dos estomas:
3. NOS ANIMAIS
As células animais necessitam de um fornecimento permanente de O2 e nutrientes, garantido pelos
sistemas de transporte. No caso dos gases, o O2 é
transportado desde a superfície respiratória até às células, e o CO2 faz o percurso inverso.
As trocas gasosas são realizadas por um conjunto de estruturas que integram o sistema respiratório: as superfícies respiratórias – local onde se realiza a difusão de gases entre o organismo e o meio envolvente
Existe uma grande diversidade de superfícies respiratórias que depende:
1. da história evolutiva do ser vivo 2. do ambiente* em que o
organismo vive
3. do tamanho* e estrutura corporal do organismo
3.1 Diversidade de estruturas respiratórias…
… tendo em conta o AMBIENTE do ser vivo
3.2 De que modo se fazem as trocas gasosas ?
3.3 Qual a superfície respiratória ?
Traqueias – insetos
Tegumento/Superfície corporal – minhoca, hidra, planária, lombriga, rã
Brânquias – peixes
Pulmões (alvéolos pulmonares) – anfíbios, repteis, aves e mamíferos)
4. MECANISMO DE CONTRACORRENTE
Água (rica em O2) → entra pela boca → circula em contracorrente (sentidos
opostos) relativamente ao sangue (rico em CO2) da rede de capilares ► água (rica em O2) → banha as brânquias → encontra sangue arterial
(rico em O2)
► água (rica em CO2) → sai das brânquias → encontra sangue venoso
(rico em CO2)
Nota:
+ eficácia das trocas gasosas porque ocorre difusão do O2 da água para o