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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO

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Academic year: 2021

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E

PARTICIPANTES DO MERCADO

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mapas mentais da certificação CPA 10 são disponibilizados gratuitamente no

nosso site. Para acessar as nossas redes sociais, basta clicar nos ícones

disponibilizados.

Tenho a alegria e satisfação de apresentar a mais nova edição do livro

digital CPA 10 - Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado, para

ajudar nossos estudantes e profissionais a conquistar sua certificação no

intuito do seu desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional.

 

A obra compreende o módulo 1 da avaliação e foi totalmente revisada e

está totalmente adequada para os alunos que gostariam de realizar a

certificação no ano de 2021, sendo constantemente atualizada afim de

garantir que os conteúdos propostos estejam de acordo com o conteúdo

programático cobrado na avaliação.

Espero que este trabalho colabore com o seu sucesso profissional e seja um primeiro passo para caminhadas ainda maiores.

Bruno Santos - Especialista de investimentos CEA

Dica Importante:

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Introdução ao Sistema Financeiro Nacional ... 5

Agentes do Sistema Financeiro Nacional ... 7

Subsistema Normativo ... 7

Agentes Normativos ... 8

- Conselho Monetário Nacional (CMN) ... 8

Agentes supervisores ...9

- Banco Central do Brasil (BACEN) ... 10

- Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ... 12

- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) ... 14

- Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) ... 15 Agentes Operadores ... 18 - Carteiras Bancárias ... 18 - Tipos de bancos ... 19 - Bancos Comerciais ... 19 - Bancos de Investimentos ... 19 - Bancos Múltiplos ... 20

- Outros tipos de bancos ... 20

Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários ... 21

Tesouro Nacional ... 22

- Como os títulos públicos são negociados? ... 22

- Remuneração dos Títulos Públicos Federais ... 23

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B3 - Brasil, Bolsa e Balcão ... 24

- Como negociar na B3? ... 24

Clearing Houses ... 25

- Sistemas de Liquidação, Custódia e Compensação no Brasil ... 25

Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) ... 26

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Em resumo, o SFN é uma combinação de instituições públicas e privadas, regras e órgãos reguladores responsáveis por facilitar transações financeiras no mercado e atuar como intermediador entre os agentes superavitários e deficitários. Pode-se citar duas funções do Sistema Financeiro Nacional

• Prestação de serviços de gerenciamento de recursos • Intermediação financeira

Prestação de serviços de gerenciamento de recursos

Esses serviços são os responsáveis por facilitar (e muito) o dia a dia, tanto do governo quanto das pessoas em geral. Prova disso, é que somente devido à existência deles que é possível realizar pagamentos de contas sem sair de casa, recolher tributos de forma eficiente, armazenar economias em lugares seguros, transferir recursos, utilizar meios de pagamentos variados, etc.

Isso posto, é possível citar algumas das principais vantagens que o SFN proporciona através da prestação de serviços e gerenciamento de recursos:

• Serviço de custódia de bens, valores e títulos;

• Sistema de pagamentos para arrecadação de tributos e transferência de recursos; • Variedade em meios de pagamento (cartões de crédito, cheques, etc);

• A possibilidade de contratação de seguros para viagens, automóveis, vida, saúde, entre outros.

Intermediação Financeira

Imagine que você é uma pessoa que mora no Sul do país, entende tudo sobre mecânica, é apaixonado pelo ramo e tem como objetivo construir e abrir sua própria

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oficina/loja. Contudo, não possui renda o suficiente para abrir o próprio negócio, logo, vê a necessidade de recorrer a um empréstimo.

Ao mesmo tempo, do outro lado do país, existe uma pessoa que tem renda de sobra e opta por armazená-la em um banco, o que a faz receber juros por isso. Como será possível, então, achar uma solução para que o dinheiro seja emprestado entre duas pessoas que não se conhecem e se encontram de lados opostos do país?

É nesse momento que acontece a intermediação financeira, veja só:

Ao depositar dinheiro em sua conta poupança, o agente superavitário – que tem dinheiro sobrando –, recebe juros por isso. O banco, então, empresta esse dinheiro ao agente deficitário e recebe juros por esse empréstimo. Dessa forma, as três partes saem ganhando, uma vez que você conseguiu abrir seu negócio, o banco lucrou e a pessoa com renda sobrando recebeu juros.

Após a leitura anterior, você deve estar se perguntando “mas como, no meio dessa intermediação financeira, o banco lucra?”. É simples, através do spread, ou seja, através da diferença de taxas de captação e de empréstimo (empresta com mais juros do que capta).

Entenda bem: o banco paga uma taxa de juros para quem empresta dinheiro a ele, seja através de investimentos de renda fixa ou depósitos na poupança. Ao mesmo tempo, cobra taxas de juros maiores para emprestar o mesmo dinheiro.

Após essa exposição, é facilitada a compreensão da ideia de que a intermediação financeira se trata da atividade de captar recursos dos agentes superavitários, mediante uma contrapartida, e disponibilizá-los para os agentes deficitários, mediante a cobrança de taxas de juros. Nesse contexto, com a necessidade de capacidade operacional e especialização para lidar com as duas partes, os intermediários financeiros regularmente inseridos no SFN são de grande relevância, pois:

• Por lidar com um grande número de agentes lhes é permitida uma economia de escala nos custos operacionais básicos e, ainda, conseguem oferecer condições de liquidez com maior flexibilidade;

• Podem oferecer maior diversificação nos investimentos, uma vez que seu porte os disponibiliza acesso a produtos e possibilidades que um agente superavitário não encontraria por conta própria;

• Têm acesso a informações econômicas importantes, como relatórios econômicos, balanços, cadastros de crédito, planos de negócios, entre outros;

• Têm credibilidade em termos de confiança, pois são regulados e supervisionados, o que deixa os agentes superavitários mais tranquilos em relação a aplicação de seus recursos;

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• Através da Lei da Usura, esses intermediários são permitidos emprestar para um maior número de agentes deficitários sem prejudicar a relação risco-retorno.

Uma vez compreendida a função do SFN, é possível partir para uma análise da sua estrutura. Portanto, é possível nomear todos os participantes e suas respectivas funções dentro do sistema. Nesse contexto, os participantes são divididos em subsistemas: subsistema normativo e subsistema de intermediação (ou operativo).

O subsistema normativo é composto, de forma geral, por órgãos de supervisão e órgãos normativos, ao passo que o subsistema operativo é formado por instituições voltadas para realização de funções do SFN.

O subsistema normativo é formado por órgãos de fiscalização, regulação e autorregulação. Nesse contexto, é preciso salientar que a regulação é composta por heterorregulação e autorregulação, de modo que a primeira é realizada por um agente externo ao espaço regulado e a segunda é realizada por um agente que está inserido no espaço regulado. Assim, a heterorregulação é executada pelo Estado enquanto a autorregulação é executada por agentes privados.

Esse subsistema tem como objetivos:

• Criar normas e políticas com a finalidade de regular a conduta dos agentes do Sistema Financeiro Nacional.

• Realizar a fiscalização desses agentes, assegurando o cumprimento das normas e políticas elaboradas.

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Existem 3 agentes normativos no Sistema Financeiro Nacional, o Conselho Monetário Nacional, O Conselho Nacional de Seguros Privados e o Conselho Nacional de Previdência Complementar. Entre esses, o único exigido na CPA 10 é o Conselho Monetário Nacional, que visa formular as políticas de crédito, câmbio, capitais e moeda.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595/1964 e é

composto por três integrantes: O Presidente do conselho, que é o Ministro da Economia, o Presidente do Banco Central e o Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

O CMN é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, ou seja, a autoridade máxima dentro do SFN. Além disso, é responsabilidade do CMN estabelecer normas e diretrizes das políticas cambial, monetária e creditícia e de captais, com o objetivo de manter a moeda e o desenvolvimento econômico estáveis.

Ainda, é importante salientar que, como órgão normativo, sua função é a de

deliberar sobre o que deve ser feito – apenas dá as ordens, não age em momento algum. Ademais, como órgão normativo máximo do Sistema Financeiro Nacional, tem a função de conduzir o SFN através de atos normativos chamados de Resoluções.

Reuniões do Conselho Monetário Nacional: As reuniões tem previsão de acontecer com uma frequência de uma vez ao mês, mas, em casos excepcionais pode-se determinar que as reuniões tenham outra frequência.

Algumas responsabilidades do CMN são:

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• Definir meta de inflação;

• Criar regras para as instituições financeiras.

É comum ouvir falar sobre as resoluções do CMN. Essas resoluções são atos normativos publicados no site do Banco Central. Nesse contexto, o CMN se utiliza da equipe do BACEN como secretariado para fazer valer seus atos normativos.

O CMN formula as políticas:

De Capitais: Delibera sobre a captação de recursos de terceiros como ações e debêntures (tópicos futuros).

Da Moeda: Adapta as condições dos meios de pagamento às reais condições da economia. Portanto, normatiza sobre a injeção ou retirada de dinheiro da economia. Além disso, busca a estabilidade da moeda determinando a meta de inflação.

De Câmbio: Delibera sobre as movimentações internacional de capitais.

De Crédito: Disciplina o Crédito sobre todas as formas, modalidades e operações.

São responsáveis por verificar se as instituições estão seguindo as normativas propostas pelos agentes normativos. Os agentes supervisores das funções do Conselho Monetário Nacional são:

• Banco Central (BACEN): responsável pela supervisão das políticas de crédito, moeda e câmbio.

• Comissão de Valores Mobiliários (CVM): responsável pela supervisão das políticas de capitais.

• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): é um agente supervisor das políticas normatizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados que trata sobre seguros, resseguros, previdência complementar aberta e capitalização.

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Existe também um outro agente no Sistema Financeiro Nacional que pode ser classificado com um agente supervisor, que é a ANBIMA, entretanto, existem algumas diferenças entre a ANBIMA e os demais agentes como falaremos em um dos tópicos a seguir. Por fim, existe também a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), que por não ser tema da CPA 10, não está na lista.

Banco Central do Brasil (BACEN)

O BACEN é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, possui personalidade jurídica e patrimônio próprios. É formado por um total de 9 membros, sendo 1 presidente e 8 diretores.

As atribuições do BACEN são:

Suas atribuições são concentradas em supervisionar a política monetária, cambial e creditícia. Essas atribuições, na prática, se subdividem em:

• Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; (redesconto é o empréstimo concedido pelo Banco Central do Brasil para as instituições financeiras)

• Receber recolhimentos de compulsórios (Compulsório é um percentual dos depósitos que o banco dispõe para honrar seus compromissos financeiros, esse percentual é determinado pelo Conselho Monetário Nacional, mas quem recolhe é o Banco Central, em caso de necessidade o Banco Central devolve esse montante para cumprir compromissos futuros).

• Emitir papel-moeda, dentro das condições do Conselho Monetário Nacional; (Compete ao Banco Central do Brasil emitir papel-moeda, mas a sua fabricação é de responsabilidade da Casa da Moeda).

• Executar políticas monetárias para cumprir a meta de inflação;(As principais políticas monetárias são recolhimento compulsório, Redesconto Bancário, Open Market e Operação na Taxa Básica de Juros) – Eles serão abordados com mais profundidade no módulo 3 – Políticas Monetárias

• Determinar, via Comitê de Política Monetária (COPOM), a meta da taxa de juros de referência para operações de 1 dia (Taxa Selic) (Os títulos públicos são o principal parâmetro do custo do dinheiro na economia, sendo referência para o custo dos empréstimos das instituições financeiras e viabilidade de projetos como um todo)

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• Conceder autorização de funcionamento para instituições financeiras;(O BACEN é responsável por autorizar, fiscalizar e punir as instituições financeiras em casos de descumprimento das normativas impostas supervisionadas por ele.)

• Gerir o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB - Sistema que possibilita as transações financeiras no mercado brasileiro).

• O BACEN é responsável por executar aquilo que é definido previamente pelo CMN. O Conselho Monetário Nacional define a meta de inflação, o BACEN trabalha para atingir essa meta, repetindo essa lógica para várias outras tarefas.

Documentos normativos do BACEN:

Por fim, é relevante que sejam citados os documentos normativos que o Banco Central utiliza para supervisionar e fiscalizar o mercado. Entretanto, antes disso, é importante destacar que existem duas nomenclaturas para esses documentos, uma antiga e uma nova, portanto é interessante que ambas sejam conhecidas:

Nomenclatura Antiga:

• Circulares: por esses atos o BACEN pode regulamentar as normais das resoluções do CMN ou criar normas para o SFN, ambos por delegação do CMN;

• Cartas circulares: servem para sanar dúvidas recorrentes sobre as disposições normativas;

• Comunicados: o objetivo dos comunicados é divulgar deliberações ou informações sobre a área de atuação do BACEN.

Nomenclatura Nova:

• Resolução BCB: antigas Circulares.

• Instruções Normativas BCB: antigas Cartas Circulares.

• Resoluções Conjuntas e Instruções Normativas Conjuntas: são equivalentes aos atos normativos construídos em conjunto com outra autoridade.

É sabido, então, que o BACEN irá fiscalizar e verificar se as instituições financeiras estão agindo de acordo com as normas impostas a elas, isso dentro dos

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o mercado de capitais?”, bom, é nesse momento que será apresentada a CVM, Comissão de Valores Mobiliários.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Criada pela Lei 6.385/1976, a CVM é um órgão do governo cuja responsabilidade é regular e fiscalizar o mercado de capitais do Brasil. Assim como o BACEN, a CVM também é uma autarquia federal ligada ao Ministério da Economia que possui personalidade jurídica e patrimônio próprios, porém, é importante destacar que, diferentemente do BACEN, grande parte das tarefas executadas pela CVM vêm de atribuições legais criadas pela própria CVM, uma vez que nela há autoridade administrativa independente e ausência de subordinação por hierarquia.

Quanto à administração da CVM, essa se dá por 5 pessoas, sendo 1 presidente e 4 diretores, todos nomeados pelo Presidente da República, perante aprovação do Senado Federal. A CVM é responsável por uma série de fatores importantes – que serão listados logo abaixo –, mas vale destacar que suas atribuições podem ser resumidas a um único propósito, o de proteger o investidor. Ao longo da lista de responsabilidades você poderá perceber que, no fundo, todas elas visam trazer um ambiente com cada vez mais segurança para o investidor, de modo a estimular o mercado de capitais.

As atribuições da CVM são:

• Estimular a formação de poupança e investimento em valores mobiliários;

• Trabalhar para que haja um funcionamento com eficiência e regularidade do mercado de capitais;

• Assegurar e fiscalizar o funcionamento das bolsas de valores, do mercado de balcão, das bolsas de mercadorias e futuros;

• Fiscalizar empresas de capital aberto e fundos de investimento;

• Assegurar o acesso público a informações tempestivas e de qualidade;

• Investigar e punir de forma efetiva os descumprimentos à regulação do mercado de Valores Mobiliários

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• Proteger os Investidores nos mercados de capitais, fraude e manipulações nos Valores Mobiliários, atos ilícitos de acionistas controladores e administradores de carteira de investimentos; emissões fraudulentas e outras situações que possam prejudicar o investidor.

A CVM pode exercer uma série de Punições, dentre elas:

• Advertência • Multa

• Suspensão • Inabilitação • Cassação

Entendendo o que são Valores Mobiliários

Segundo a Lei 6375 Art 2º são:

I – As ações, partes beneficiárias e debêntures, os cupões desses títulos e os bônus de subscrição;

II – Os certificados de depósito de valores mobiliários;

III – Outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades anônimas, a critério do Conselho Monetário Nacional. Parágrafo único

Excluem-se no regime desta Lei: I – os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal; II – os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures.

Em outras palavras, valores mobiliários são aqueles papéis de captação de recursos que o investidor disponibiliza como capital de risco para um empreendimento. Por exemplo, são valores mobiliários: ações, cotas de fundos, debêntures, entre outros.

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Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)

A SUSEP é uma autarquia federal, criada pelo Decreto-lei 73, de 21/11/1966, vinculada ao Ministério da Economia e é responsável por realizar o controle e fiscalização dos mercados de seguro, resseguro, previdência complementar aberta e capitalização. Esse órgão é formado por 1 superintendente e 4 diretores, chamados de conselho diretor e nomeados pelo Presidente da República.

Assim como a CVM, a SUSEP também possui um papel de proteção ao investidor, porém, o objetivo da SUSEP é supervisionar os mercados de capitalização, previdência e seguros privados, de modo que, no momento em que o cliente opte por investir em produtos incluídos nesses mercados, esteja fazendo-o em um produto seguro e devidamente regulamentado.

Atribuições da SUSEP

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;

• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; • Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; • Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;

• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;

• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;

• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas;

• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados.

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Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e

de Capitais (ANBIMA)

Dentro do Subsistema Supervisor existe um agente um pouco diferente do habitual. Tanto a SUSEP, BACEN e CVM têm leis que estabelecem funções dentro do Sistema Financeiro Nacional, já a ANBIMA é uma associação de instituições financeiras sendo autorreguladora, o que significa que ela não tem poderes de obrigar com que as instituições financeiras realizem a aderência de seus códigos, mas pode punir as instituições que aderem os códigos e não os cumprem. Assim, o principal objetivo da ANBIMA é promover a ética e transparência nas funções exercidas no mercado.

Criada em 2009, com a fusão da ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimentos e a ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, a ANBIMA tem 4 compromissos:

Autorregular – O modelo de autorregulação conduzido pela ANBIMA é privado e voluntário, com base em regras objetivas, criadas para o mercado e que visam seu desenvolvimento. Assim, as regras são transcritas na forma de códigos de autorregulação e melhores práticas, de modo que, inclusive, instituições não associadas à ANBIMA podem aderir. Por fim, uma área técnica é responsável pela fiscalização do cumprimento – ou não – do código por parte das instituições, pela educação, orientação e auxílio em processos avaliados pelos conselhos de autorregulação.

Educar – A ANBIMA acredita na transformação do mercado através da capacitação dos profissionais e investidores, portanto, o compromisso de educar é originado dessa forma. Assim, com ações de educação, objetiva-se a ampliação do acesso, por parte dos investidores, a programas educacionais e materiais que contribuam para o desenvolvimento dos mercados. Simultaneamente, com ações de certificação, objetiva-se a capacitação de profissionais de modo que esses impactem positivamente na multiplicação de informação e boas práticas.

Informar – A associação tem um quadro sobre fundos de investimentos e séries estatísticas sobre os mercados de fundos de investimentos. Assim, a ANBIMA é reconhecida como a principal fonte de informações sobre os segmentos de mercado representados pela mesma, divulgando e produzindo uma série de estudos, rankings, estatísticas, relatórios, referências de preços, referências de índices, entre outros. Além disso, disponibiliza diversas ferramentas de consulta com o objetivo de auxiliar os associados e, também, o mercado.

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Representar – A associação participa de diversos fóruns e grupos consultivos sobre temas permanentes e emergenciais, além de fóruns de apoio para as instituições participantes no âmbito jurídico e tributário. Assim, com o objetivo de representar a pluralidade de seus associados de forma eficaz, mais de mil profissionais de instituições associadas participam de comitês, subcomitês e grupos de trabalho. Ainda, são nos fóruns que originam-se propostas de melhoria nas normas de mercado e são enviadas sugestões aos órgãos reguladores. Além disso, esses grupos também formulam regras que integram os códigos de autorregulação e propõem boas práticas de negócios.

Os códigos de regulação e melhores práticas contêm procedimentos que devem ser seguidos, complementando as normas da CVM, na prática as instituições podem ou não aderir aos códigos. Essa aderência representa um comprometimento com as melhores práticas do mercado financeiro. Existem, atualmente, 9 códigos que cobrem grande parte das atividades dos setores representados pela ANBIMA:

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Administração de Recursos de Terceiros.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento.

Os códigos acima são os únicos exigidos na prova de certificação da CPA-10.

Os demais códigos são:

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Ofertas Públicas.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais.

• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de Instrumentos de Terceiros,

• Código ABVCAP | ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Mercado FIP e FIEE.

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Dinâmica de Autorregulação da ANBIMA

A dinâmica de funcionamento da ABNIMA é definida segundo os seguintes procedimentos:

I. Os associados definem as regras

Significa que através da utilização de comitês de representação e da Diretoria os associados discutem acerca das regras que melhor condizem com seus objetivos. Além disso, existem as audiências públicas, com o mesmo propósito, porém abertas para todos os interessados. Após definidos, acontece a publicação dos códigos e, posteriormente, revisões contínuas. É importante destacar que todos os associados estão sujeitos às regras presentes nos códigos, assim como as instituições que optarem por aderir aos mesmos.

II. A área técnica supervisiona

É necessário que exista fiscalização acerca do cumprimento das regras por parte das instituições participantes, logo, a área de Supervisão da ANBIMA se encarrega dessa atividade. Com essa finalidade, é utilizado o Sistema de Supervisão de Mercados (SSM), que é uma plataforma eletrônica muito útil para as instituições financeiras em termos de acompanhamento de status de suas obrigações a respeito da autorregulação da ANBIMA, além de possibilitar o envio de documentos, agendamento de supervisões e realização do processo completo de adesão aos códigos.

III. Uma comissão especializada acompanha

As comissões têm o papel de orientar as atividades da área de Supervisão. Para que isso ocorra de maneira eficiente, cada código é acompanhado por uma comissão, formada por profissionais capacitados naquela temática específica.

IV. Um conselho independente julga

Cada código possui um conselho soberano na apreciação dos casos de regulação. Esse conselho é misto, composto, em maioria, por profissionais indicados por instituições do mercado externas à ANBIMA e, em menor parte, por profissionais conectados aos associados.

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São as instituições que lidam diretamente com o público, no papel de intermediário financeiro, fiscalizadas pelos agentes supervisores e normatizadas pelos agentes normativos. É possível ainda subclassificar essa categoria, alguns agentes operadores podem ser classificados também como Agentes Especiais. Os agentes especiais tem essa nomenclatura por terem participação direta do governo federal e por isso funcionam como intermediadores das políticas do Conselho Monetário Nacional. Por fim, alguns exemplos são o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal em que o governo Federal é sócio majoritário (tem a maioria das ações).

Carteiras Bancárias

Para que seja definido “banco” de uma forma geral, é possível dizer que são instituições financeiras especializadas na intermediação financeira entre agentes superavitários e deficitários e na custódia desse dinheiro.

Essas instituições também prestam serviços para os clientes (investimentos, saques, entre outros). Todos os bancos têm, como supervisor, o BACEN, que executa sua função em prol de manter o pleno funcionamento do Sistema Financeiro Nacional, de modo que as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional continuem sempre a ser cumpridas. Definido o que são, de fato, os bancos, iremos entender qual o mecanismo utilizado por eles para obter lucro. Como explicado no texto sobre Sistema Financeiro Nacional, a intermediação financeira feita pelo banco transfere recursos de um agente para o outro.

Nesse processo, o agente deficitário – que está pegando dinheiro emprestado – paga uma taxa de juros pelo empréstimo, ao passo que, o agente superavitário – que empresta dinheiro para o banco – irá receber uma taxa de juros, em relação a esse capital investido. É nesse momento que entra o spread, que é a diferença entre a taxa que o banco paga para quem o empresta dinheiro e a taxa que o banco paga, para emprestar o mesmo valor, a quem está precisando desse recurso.

Apenas a título de curiosidade, o spread do Brasil é um dos maiores do mundo, devido a questões como inadimplência elevada, baixa poupança interna, entre outros.

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Tipos de bancos

Nessa seção, vamos listar os tipos de bancos (ou carteiras bancárias), juntamente de suas respectivas características. É importante ter esse conhecimento, não somente para adquirir sua certificação financeira, mas também, para ter um leque mais vasto de opções e economizar tempo na hora de procurar um serviço específico.

Bancos Comerciais

Os bancos comerciais são instituições financeiras – públicas ou privadas. Nos bancos comerciais é possível realizar operações de transferência, rentabilidade e captação de recursos. Em outras palavras, é possível realizar investimentos, solicitar empréstimos e transferir dinheiro para alguém. Por fim, segue uma lista com as principais funções dos bancos comerciais:

• Captação de recursos através de depósito à vista (conta corrente);

• Captação de recursos através de depósitos a prazo, como CDB e Letra Financeira; • Aplicação de recursos através de desconto de títulos;

• Abertura de crédito simples em conta corrente: cheque especial; • Operações de câmbio, crédito rural e comércio internacional;

• Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos públicos, entre outros.

Bancos de Investimentos

Esses bancos – como o nome sugere – são focados em investimentos e na concessão de crédito à longo e médio prazo, principalmente para empresas. As principais funções dos bancos de investimentos são:

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• Administração de fundos de investimentos;

• Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting);

• Conceder empréstimo para fins de capital de giro; • Financiamento de capital de giro e capital fixo;

• A subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários; • A distribuição de valores mobiliários

• Os depósitos interfinanceiros;

• Os repasses de empréstimos externos.

Bancos Múltiplos

Esse tipo de banco opera múltiplas carteiras, sendo que uma delas, obrigatoriamente deve ser comercial ou de investimentos. A vantagem é que, apesar de esse tipo de banco poder operar com um CNPJ para cada carteira, no final, publica o balanço apenas no CNPJ do banco múltiplo.

Outros tipos de bancos

Existem, ainda, algumas modalidades de bancos um pouco desconhecidas pela maior parte das pessoas, mas que prestam serviços, também, relevantes para o sistema financeiro. Essas modalidades são:

• Sociedades de Crédito imobiliário (SCIs): essas instituições são focadas em conceder crédito para financiamentos imobiliários. Podem captar recursos por meio de contas poupança, cédulas hipotecárias, letras imobiliárias, recursos de financiamento ou repasse estrangeiros e brasileiros.

• Sociedade de Crédito Financiamento e Investimentos (SCFIs): são instituições privadas, também conhecidas como “financeiras”, que trabalham fornecendo empréstimos e financiamentos para aquisição de serviços, bens e capital de giro. • De desenvolvimento: definido por lei, esse banco deve ser público e tem como objetivo desenvolver a economia do país. Dessa forma, trabalham com o fornecimento de recursos a médio e longo prazos para programas e projetos com potencial de desenvolvimento.

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• De arrendamento mercantil: em resumo, esses bancos fazem leasing. Essa operação é semelhante a uma locação, na qual o arrendador, banco ou sociedade de arrendamento mercantil, que é o dono do bem, assina um contrato para que o arrendatário, cliente, utilize o bem por um período determinado de tempo. No final desse prazo, é opcional se o arrendatário irá ou não comprar o bem arrendado.

As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) ou Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) são chamadas apenas de corretoras, por ser claramente mais simples. Até 2009 as distribuidoras não podiam operar na bolsa de valores como as corretoras, e quando eram autorizadas, atuavam com restrições, porém, a partir dessa data ambas exercem as mesmas funções.

As corretoras têm, como principal atividade, realizar a intermediação de títulos e valores mobiliários, executam ordens de compra e venda de ativos para os seus clientes – pois o investidor não tem acesso direto à bolsa. Através dessas instituições financeiras, podem ser negociadas, por exemplo, debêntures, ações e contratos derivativos, porém, não é possível negociar títulos públicos. Além disso, podem: • Disponibilizar informações de análise de investimentos.

• Operar em bolsas de valores, mercadorias e futuros por conta própria ou de terceiros. • Realizar subscrição de títulos e valores mobiliários no mercado.

• Exercer funções de agente fiduciário.

• Trabalhar na instituição, organização e administração de clubes e fundos de investimento.

• Realizar emissão de certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias e debêntures.

• Trabalhar na intermediação de operações de câmbio.

• Executar a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. • Exercer a realização de operações compromissadas.

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Por fim, o Banco Central, juntamente da Comissão de Valores Mobiliários, fiscaliza as atividades dessas corretoras. Dessa forma, caso haja irregularidade, essas instituições financeiras estarão sujeitas a punições.

É importante destacar que o principal responsável pela fiscalização das instituições financeiras é o Banco Central, isso inclui as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, apenas em casos específicos essa regulação se dá por outro agente.

O Tesouro Nacional é, basicamente, o caixa do país, é composto com o somatório dos valores referentes aos impostos, taxas e lucros das empresas em que o governo tem participação. Assim, todos os impostos pagos pelos cidadãos ao longo do ano vão para lá.

Uma vez em posse desses recursos, é dever do Tesouro devolver esse valor em forma de suprimento às necessidades de cada Estado, seja em forma de recursos para educação, saneamento, saúde, segurança, entre outros.

No primeiro tópico, falamos sobre o Sistema Financeiro Nacional e como ele era importante como intermediador dos agentes superavitários e deficitários, acontece que o Tesouro Nacional emite titulos públicos para financiar as atividades do governo federal, participando assim como agente deficitário.

Como os títulos públicos são negociados?

Os títulos públicos federais são negociados de duas formas:

A primeira é através de uma plataforma chamada Tesouro Direito, nele apenas as pessoas físicas podem comprar e vender os títulos públicos federais, sendo que a recompra é garantida e o valor de compra é limitada em até 1 milhão de reais por mês. A segunda é através dos DEALERS, tema da nossa próxima aula, os DEALERS são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional que compram atuam tanto na compra desses títulos em mercado primário como na negociação desses títulos no mercado secundário.

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Remuneração dos Títulos Públicos Federais

A remuneração desses títulos pode ser dada de três formas:

• Prefixado: Remuneração definida na compra, exemplo 10% ao ano.

• Posfixado: Tem rendimento atrelado a um índice, quando esse índice varia a remuneração varia também, um exemplo é o Tesouro Selic que remunera a taxa Selic, quando essa taxa sobe a remuneração sobe também.

• Híbridos: A remuneração híbrida tem componente tanto pré fixada qunto pós fixada, um exemplo são os títulos IPCA+ que remuneram a o índice IPCA mais uma taxa fixa, exemplo: IPCA + 4%, na parcela pós fixada é o IPCA e a parcela pré fixada são os 4%.

As nomenclaturas dos títulos serão discutidas no módulo 6: Instrumentos de Renda Fixa e Renda Variável, esta foi apenas uma pequena introdução.

Os dealers são instituições financeiras – credenciadas pelo Tesouro Nacional – que têm como objetivo incentivar o desenvolvimento do mercado primário e secundário de títulos públicos. Existem, atualmente, 12 dealers sendo eles 9 bancos e 3 corretoras (de 01/04/2020 a 31/07/2020).

Existe uma análise de desempenho de cada uma dessas instituições, que acontece a cada 6 meses. Essas análises consistem na avaliação da participação em ofertas públicas e no mercado secundário de títulos públicos, sendo que as instituições que, por sua vez, possuírem o pior desempenho, serão substituídas.

Além disso, os dealers além de terem participação ativa no processo de compra e venda de títulos públicos, são usados pelo BACEN como instrumentos da política monetária para realização do Open Market em que o Bacen controla a quantidade de dinheiro na economia, se quiser tirar dinheiro da economia (reduzir a liquidez), ele pode vender títulos públicos e se quiser colocar dinheiro da economia (aumentar a liquidez) ele pode comprar títulos públicos.

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Enquanto o Tesouro Direto é uma plataforma para a negociação de títulos públicos federais para pessoas físicas, os dealers negociam tanto no mercado primário comprando os títulos do Tesouro Nacional quando no mercado secundário – revendem os títulos para pessoas jurídicas. Os Delares eram a única forma de comprar títulos públicos federais diretamente antes do ano de 2002 quando surgiu a plataforma do Tesouro Direto.

A B3 é uma empresa de capital aberto (tem ações negociadas na própria bolsa de valores), e é a única bolsa de valores sobrevivente no Brasil, trabalhando com multi-ativos e multi-mercados (algumas bolsas ao redor do mundo se especializam na negociação de apenas um segmento de ativos, não é o caso da B3).

Surgiu com a fusão de duas empresas, a BM&FBovespa e a CETIP e atua como um dos principais intermediadores na negociação de títulos e valores mobiliários. A B3 tem o objetivo de proporcionar um ambiente seguro para agentes superavitários e deficitários, algumas das suas principais atribuições são:

• Atuar como Central Depositária: Faz a guarda dos títulos como ações, títulos de renda fixa privada e derivativos, realizando o registro do título com seu respectivo proprietário, disponibiliza o Canal Eletrônico do Investidor (CEI) para que os investidores possam acompanhar seus investimentos.

• Atuar como Câmara de Compensação e Liquidação: Também denominados Clearing Houses, são responsáveis pelo repasse dos ativos para os novos adiquirentes além de realizar o crédito proveniente da negociação desses títulos.

• Atuar como Contra-Parte: Significa que a B3 cumpre as negociações mesmo que uma das partes não venha a fazer e posteriormente cobra do agente que não cumpriu com o acordado.

Como negociar na B3?

Para negociar na B3 é necessário ter uma conta em uma corretora de títulos e valores mobiliários, não é possível negociar sem que haja esse intermediador, a corretora executa as ordens de compra e venda dos pregões através de disparos eletrônicos

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para a B3. Uma das formas de negociação de ativos é através do Home Broker, plataforma de negociação de ativos financeiros pela internet oferecido pelas corretoras para conectar seus clientes ao pregão eletrônico.

Os sistemas e câmaras de liquidação e compensação, chamados frequentemente apenas de Clearings, têm a função de diminuir os riscos advindos de liquidação nas operações financeiras. Em outras palavras, uma Clearing busca agir em prol de que os investidores tenham seus ganhos recebidos, assim como garantir que operações de compra e venda sejam liquidadas da maneira correta, de modo a obedecer aos prazos e as condições pré-estabelecidas.

Para que fique mais compreensível, entenda que os títulos comprados e vendidos diariamente existem somente de maneira eletrônica – chamados de escriturais. Dessa forma, a existência das Clearing Houses se faz necessária, pois são elas quem vão se certificar de que um título comprado por um investidor seja devidamente posto em seu nome.

Sistemas de Liquidação, Custódia e Compensação no Brasil

Existem dois sistemas diferentes que têm a função de custodiar e liquidar as transações dos investidores, esses sistemas são:

• Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC): Esse sistema é encarregado de guardar, ou custodiar, e liquidar os Títulos Públicos Federais que são negociados nos mercados de balcão e interbancário.

• Clearing da B3: A clearing da B3 tem as tarefas de realizar a liquidação e custódia de ativos negociados no ambiente da bolsa e, também, realizar o registro de derivativos e títulos de renda fixa no mercado de balcão e, por fim, registrar títulos públicos negociados através do tesouro direto. Pode-se citar então: Ações, Derivativos, Commodities, Títulos de Renda Fixa Privada, Títulos Públicos Federais negociados exclusivamente via Tesouro Direto.

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Regido pela Lei 10.214, o Sistema de Pagamentos Brasileiro, o SPB, pode ser resumido como o conjunto de mecanismos, sistemas e instituições como bancos e corretoras que estão ligados ao processo e liquidação de operações de transferência de fundos, assim como de operações com valores mobiliários, moeda estrangeira e ativos. Através desse sistema – que é operado pelo BACEN – é que é possível fazer com que transferências interbancárias de fundos sejam liquidadas em tempo real.

Diferentemente do SFN, o SPB não possui uma hierarquia, pois funciona como uma rede de instituições interconectadas, regulamentadas, vigiadas e supervisionadas pelo BACEN. Dentre as principais organizações da estrutura do SPB, se destacam: • Bancos • Corretoras • Clearing Houses • Centrais de Custódia • Bolsa de Valores

Participantes do SPB

O sistema de pagamentos brasileiro de que trata esta Lei compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com a transferência de fundos e de outros ativos financeiros, ou com o processamento, a compensação e a liquidação de pagamentos em qualquer de suas formas.

Integram o sistema de pagamentos brasileiro, além do serviço de compensação de cheques e outros papéis, os seguintes sistemas, na forma de autorização concedida às respectivas câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação, pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, em suas áreas de competência:

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II. De transferência de fundos e de outros ativos financeiros;

III. De compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários;

IV. De compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros; e

V. Outros, inclusive envolvendo operações com derivativos financeiros, cujas câmaras ou prestadores de serviços tenham sido autorizados na forma deste artigo.

Para finalizar, é possível perceber que o SPB trabalha para que exista um sistema de confiança, forte e sólido de forma a incentivar a utilização das mais diferentes formas de pagamento sem receio. É dessa forma que o SPB possibilita a transferência de recursos financeiros, assim como processamento e liquidação de pagamentos em geral.

Referências

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