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ESTADO DO AMAZONAS CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS GABINETE DO VEREADOR PROFESSOR BIBIANO

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Academic year: 2021

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ESTADO DO AMAZONAS CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS

GABINETE DO VEREADOR PROFESSOR BIBIANO

Rua Padre Agostinho Caballero Martin, 850 – São Raimundo – Cep: 69027-020 – Manaus Gabinete nº 09 Fone: 3303-2872 – E-mail: professor.bibiano@cmm.am.br

PROJETO DE LEI N.º 215/2013

“DISPÕE sobre a necessidade de assistência psicológica e social nos estabelecimentos educacionais integrantes do Sistema de Educação do município de Manaus e dá outras providências.”

Art. 1º As escolas integrantes do Sistema de Educação do município de Manaus disporão necessariamente de atendimento especializado em psicologia e assistência social, com o objetivo de diagnosticar, prevenir e trabalhar os diversos problemas do cotidiano escolar que dificultam o processo de ensino-aprendizagem.

Parágrafo único. O atendimento de que trata o caput abrangerá aos docentes e discentes de todas as séries da educação básica e do ensino fundamental.

Art. 2º O Poder Executivo Municipal regulamentará as normas, procedimentos, e demais ações necessárias à aplicação desta Lei.

Art. 3º As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotações próprias, consignadas no orçamento vigente.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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JUSTIFICATIVA Da Legalidade e juridicidade da Proposição

Preliminarmente, cabe destacar que na esteira da análise de constitucionalidade, legalidade, juridicidade, a Propositura vem ao encontro dessas exigências, porque seu objeto está contido na competência concorrente dos entes federados, conforme preceitua a Constituição Federal:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

(...)

IX – educação, cultura, ensino e desporto.

Outrossim, estabelece a Constituição Federal em seu art. 30, inciso I, in verbis: Art. 30 compete aos Municípios:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

Referida norma constitucional foi reproduzida na Lei Orgânica do Município de Manaus, em seu art. 8º, inciso I, que dispõe:

Art. 8º compete ao Município:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

Dessa forma, não se pode falar em vício de iniciativa na competência prevista no art. 59, inciso II, da Lei Orgânica do Município de Manaus, uma vez que o PROJETO NÃO CRIA CARGOS, não adentra na organização administrava, pois a posterior regulamentação pelo Poder Executivo é que será responsável pela efetividade da Lei, em respeito à competência.

Registre-se também que, projetos semelhantes e inspiradores desse que ora se apresenta, tramitam em outros entes federativos, como por exemplo, o Projeto de Lei nº

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1270/2011, de autoria do deputado Federal José Guimarães, na Câmara dos Deputados; Projeto de Lei n.º 642/2004 de autoria do deputado estadual Souza Santos do Estado de São Paulo, esse inclusive com pareceres favoráveis nas Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Finanças. Isso mostra que não há impedimento constitucional, legal ou vício de iniciativa.

No tocante ao assunto, o Ministro DIAS TOFFOLI na relatoria do Agravo regimental no recurso extraordinário n. 290.549, Rio de Janeiro, julgamento em 28-2-2012, Primeira Turma, DJE de 29-3-28-2-2012, que versa sobre Lei de iniciativa parlamentar a instituir programa municipal denominado “rua da saúde”, entendeu em sua decisão inexistência de vício de iniciativa a macular sua origem, senão vejamos:

(...)

Há de se convir, entretanto, que, nesses três primeiros artigos, a Lei Municipal nº 2621/98, de modo algum detalhou a executoriedade de sua realização, claramente deferida para a atividade regulamentatória.

(...)

Verifica-se que o acórdão impugnado afastou a alegada inconstitucionalidade dos artigos 1º, 2º e 3º da Lei municipal nº 2.621/98 com base em uma interpretação sistemática desses dispositivos, (...). Afirmou ainda que o que ocorreu foi a previsão

de um programa social, cuja execução depende de

regulamentação a ser, ao seu tempo, implementada. (grifo nosso)

(...)

A leitura das normas desse diploma legal, apontadas como representativas dessa violação, a tanto não autorizam, na medida em que a criação do programa instituído por meio dessa lei apenas tinha por objetivo fomentar a prática de esportes em vias e logradouros públicos, tendo ficado expressamente consignado nesse texto legal que “a implantação, coordenação e acompanhamento do programa ficará a cargo do órgão competente do Poder Executivo” (...)

Desta feita, a presente proposição não invade a esfera de competência privativa do Prefeito Municipal, tendo em vista que a inclusão do psicólogo e assistente social nos quadros da Secretária Municipal de Educação ficará a cargo do Chefe do Poder Executivo regulamentar a matéria.

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Acerca do tema, mister se faz também trazer a baila, o entendimento do Ministro Eros Grau na relatoria da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.394-8 proposta pelo Governo do Estado do Amazonas, que trata do teste de paternidade e maternidade para atender a interesses de pessoas reconhecidamente carentes, o Ministro sustenta em seu voto que:

“Afasto, dede logo, a alegada inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa, já que, ao contrário do afirmado pelo requerente, a lei atacada não cria ou estrutura qualquer órgão da Administração Pública local. Também não procede a alegação de que qualquer projeto de lei que crie despesa só poderá ser proposta pelo Chefe do Executivo”. As hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão previstas, em numerus clausus, no artigo 61 da Constituição do Brasil, dizendo respeito às matérias relativas ao funcionamento da Administração Pública, notadamente no que se refere a servidores e órgãos do Poder Executivo. Não se pode ampliar aquele rol, para abranger toda e qualquer situação que crie despesas para o Estado-membro, em especial quando a lei prospere em beneficio da coletividade.” Da Conjuntura local e a respectiva demanda:

O ambiente escolar convive cotidianamente com inúmeras situações desafiantes oriunda da realidade social que impactam profundamente o equilíbrio do processo educacional, de forma a envolver diretamente educadores, gestores escolares e demais envolvidos na atividade educacional. A cada dia os profissionais da educação são desafiados pelas várias demandas trazidas pelos alunos, sendo obrigados a dar respostas para os quais não estão preparados, porque são situações que fogem de sua capacitação, reclamando a intervenção dos profissionais especializados – o psicólogo e assistente social.

Todos os desafios que assolam o ambiente escolar acabam por ter impacto direto na qualidade da educação com repercussão na motivação dos educadores, na dedicação dos alunos, dentre outras situações. Portanto, dotar o espaço escolar de assistência psicológica e social oferecerá com certeza mecanismos para educadores, gestores, alunos, famílias e todos os envolvidos no processo, a fim de oferecerem soluções mais apropriadas aos desafios cotidianos e melhoria na educação.

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Para tanto regular a assistência social e psicológica na escola – com a presença dos profissionais psicólogos (as) e assistentes sociais obviamente – é perseguir o aperfeiçoamento da educação e dotar o espaço escolar de capacidade para desenvolver seu trabalho de ensino-aprendizagem, entendendo o convívio das relações grupais, as relações de equipe, a construção da turma enquanto grupo, bem como o desenvolvimento humano para melhor compreender a dinâmica familiar-social dos alunos.

A proposta terá, dentre suas diversas atribuições, atuar de maneira educativa, crítica e reflexiva, desenvolvendo ações voltadas para os alunos da escola e seus familiares, considerando a realidade socioeconômica e cultural da comunidade onde vivem.

Dessa forma, muitos problemas poderão ser detectados, tais como a vulnerabilidade às substâncias ilícitas, atitudes e comportamentos violentos, fatores preocupantes nas escolas brasileiras.

Cumpre destacar que nos dias de hoje, meninos e meninas são destruídos em detrimento da dependência química e da violência, e a escola, na maioria das vezes, é um solo privilegiado para se entender e neutralizar esses fenômenos.

Vale ressaltar que essa proposta sinaliza que a escola não se limita somente à educação formal nas salas de aula, mas exerce um papel fundamental na formação cidadã dos educandos, contemplando um conjunto de atividades desempenhadas dentro e fora dela.

Saliente-se que os educadores não são preparados academicamente, tampouco dispõem de tempo e condições para enfrentar e solucionar situações de alta complexidade como a falta de diálogo/comunicação entre escola e família, carência afetiva, consumo de drogas, gravidez precoce, exploração sexual, violência domestica, dificuldades de aprendizagem, dentre outras situações.

Nessa perspectiva é que os profissionais de Psicologia e Serviço Social vem criar as possibilidades de construir uma ponte que permita interligar a família, a comunidade e a escola com a intenção de suprir as necessidades de toda a comunidade escolar, tendo em vista que os profissionais da educação não conseguem dar conta, sozinhos, dos problemas sociais, afetivos e culturais dos alunos.

Desse modo, a escola como espaço de construção do conhecimento sistematizado, de integração e inclusão social, não pode se eximir em receber e tentar

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solucionar os problemas apresentados por alunos com algum tipo de necessidade especial, seja ela comportamental ou de aprendizagem.

Para reforçar essa tese, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que trata do rendimento escolar, atribui as escolas a responsabilidade de desenvolver ações para recuperar os aluno com baixo rendimento, muitas vezes causados por problemas que vão além da capacidade intelectual do professor ou qualquer outro servidor em diagnosticar a situação, conforme disciplina o art. 12, incisos V e VI, in verbis:

Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas

comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor

rendimento;

VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;

O referido artigo só reforça a necessidade das escolas terem profissionais especializados para identificar e solucionar os problemas de rendimento visando à qualidade do ensino.

Assim, constata-se que o Psicólogo e Assistente Social apresenta-se como uma necessidade URGENTE para atender às inúmeras e complexas demandas que convergem para a escola, influenciando no processo educativo e na formação de cidadãos e cidadãs aptos a atuarem na construção de uma sociedade mais justa.

Portanto, verifica-se que esta iniciativa agrega valor às ações sócio-educacionais e contribui significativamente na proteção psicossocial e no desenvolvimento saudável das nossas crianças, adolescentes e jovens. Por essas razões apresento a presente Proposta de Lei, esperando contar com apoio dos Nobres Pares para sua tramitação e aprovação.

Referências

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