ENEVA Divulga Resultados do Terceiro Trimestre de 2017
EBITDA ajustado do 3T17 cresce 16% com aumento da geração e otimização de custos fixos
Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2017 - ENEVA S.A. (BM&FBOVESPA: ENEV3, GDR I: ENEVY) divulga hoje os resultados para o terceiro trimestre findo em 30 de setembro de 2017 (3T17). As informações a seguir são apresentadas de forma consolidada de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, exceto onde especificado em contrário.1Destaques do 3T17
Geração líquida total de 3.573 GWh, com aumento de 14%, resultante de maior despacho médio
Volume de vendas de gás cresce 9% com despacho térmico de 99,5%, refletindo sazonalidade esperada
do despacho das usinas do Parnaíba
Disponibilidade de Itaqui supera a requerida contratualmente pelo 2º trimestre consecutivo
Bem-sucedida estratégia de hedge mitiga impactos das penalidades por indisponibilidade (ADOMP)
Crescimento de 16% no EBITDA ajustado do 3T17 vs 3T16, que atingiu R$ 371 milhões
Investimentos no 3T17 atingem R$ 78,7 milhões, com destaque para o desenvolvimento dos campos de
Gavião Caboclo e Gavião Azul e a perfuração de poços exploratórios nos PADs de Morada Nova, Angical
e Araguaína
Posição de caixa consolidada de R$ 689,7 milhões, com redução contínua de alavancagem (dívida
líquida/EBITDA de 3,5x)
Em setembro, a Parnaíba Gás Natural S.A. arrematou 5 blocos exploratórios na Bacia do Parnaíba
durante a 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo;
Em outubro, a ENEVA concluiu oferta pública de ações, levantando R$834,5 milhões em recursos
primários através da emissão de 75.862.069 novas ações ordinárias.
1
3T17 e 9M17: Pecém II – resultado apresentado via Equivalência Patrimonial nas demonstrações consolidadas.
3T16 e 9M16: resultado proforma consolidado, considerando participação de 100% na Parnaíba Gás Natural, 100% na
Parnaíba B.V. e Pecém II apresentado por Equivalência Patrimonial.
Principais Indicadores (R$ MM) 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
Receita Operacional Líquida 858,3 624,8 37,4% 1.789,3 1.530,5 16,9% EBITDA Ajustado (trimestre) 371,3 320,0 16,0% 844,2 746,4 13,1% EBITDA Ajustado (últ. 12 meses) 1.236,5 1.034,4 19,5% 1.236,5 1.034,4 19,5% Resultado Líquido ajustado 56,9 (16,7) N/A 38,6 (131,8) N/A Investimentos 78,7 62,0 26,9% 210,4 - N/A Fluxo de Caixa Livre do Acionista 16,3 56,7 -71,3% (91,1) 69,5 N/A Fluxo de C aixa Operacional C ontábil 93,0 184,2 -28,3% 332,4 354,5 5,6% Dívida Líquida (R$ Bilhões) 4,3 4,5 -5,5% 4,3 4,5 -5,5% Dívida Líquida/EBITDA ajust ult. 12m 3,5 4,4 -20,9% 3,5 4,4 -20,9%
Eventos do 3T17 e Eventos Subsequentes
Descontratação de Parnaíba II através do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits
(MCSD) de Energia Nova
Em julho, a usina de Parnaíba II participou do MCSD de Energia Nova A-0, descontratando 250 MW médios
de seus CCEARs referentes ao LEN A-3 de 2011, no período de julho a dezembro de 2017. A energia foi
recontratada pelo mesmo período no Ambiente de Contratação Livre – ACL a um preço aproximadamente
40% superior.
Concluída a 1ª Fase da Reorganização da Estrutura Societária com a Incorporação da BPMB pela
PGN
A controlada BPMB Parnaíba S.A. foi incorporada à PGN em 31 de agosto de 2017, com redução de tributos
estimada em R$ 6,7 milhões em 2017 e R$ 3,4 milhões ao ano de 2018 em diante.
Eneva arremata 5 blocos na 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis - ANP
A Eneva, através de sua subsidiária integral, Parnaíba Gás Natural S.A., arrematou 5 blocos exploratórios
na Bacia do Parnaíba durante a 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), realizada em 27 de setembro de 2017. Os blocos arrematados, com área total de
13.509 km
2, foram PN-T-117, PN-T-118, PN-T-119, PN-T-133 e PN-T-134.
O valor total do bônus de assinatura ofertado foi de R$ 2,7 milhões, e o investimento mínimo estimado pela
ANP para os 5 blocos é R$ 55,4 milhões, com prazo de 6 anos para execução.
Conforme indicado no mapa abaixo, os ativos complementam o portfólio da companhia na Bacia do Parnaíba,
que já conta com sete campos, sete Planos de Avaliação de Descoberta (PADs), e sete blocos oriundos da
13ª Rodada.
Eneva conclui oferta pública de ações
A Eneva concluiu, em 20 de outubro, a oferta pública de distribuição primária e secundária de ações, no
valor total de R$ 876.206.892,00, sendo R$ 834.482.759,00 em recursos primários para a Companhia. O
preço por ação foi fixado em R$ 11,00, com base no resultado do procedimento de coleta de intenções de
investimento (“Bookbuilding”). Foram emitidas 75.862.069 (setenta e cinco milhões oitocentos e sessenta
e dois e sessenta e nove) novas ações ordinárias. O capital social da Companhia foi elevado para R$
8.862.843.387,01, representado por 314.990.499 ações ordinárias.
A distribuição secundária de ações correspondeu à 3.793.103 ações ordinárias de emissão da Companhia.
Os acionistas vendedores foram o Banco BTG Pactual S.A., o Itaú Unibanco S.A., o Ice Focus EM Credit
Master Fund Limited e a Uniper Holding GmbH.
Estrutura Acionária após a oferta pública de ações
(20 de outubro de 2017)
ENEVA liquida antecipadamente dívida de Parnaíba II, no valor de R$ 391 milhões
Em 11 de outubro, a controlada Parnaíba II Geração de Energia S.A. realizou a liquidação antecipada do
saldo devedor atualizado da Cédula de Crédito Bancário celebrada em 13 de janeiro de 2017, com a Caixa
Econômica Federal (CEF), no valor de R$391,0 milhões.
1. Visão geral
A ENEVA é uma empresa integrada de energia, com negócios complementares em geração de energia
elétrica e exploração e produção de hidrocarbonetos no Brasil. Se posiciona como referência no setor de
energia, mediante a adoção pioneira no país do modelo reservoir-to-wire. A ENEVA conta com um parque
térmico de 2,2 GW de capacidade instalada (67% gás natural e 33% carvão mineral), equivalente a 5% da
capacidade térmica instalada nacional. Além disso, é a segunda maior operadora de gás natural do Brasil,
com uma capacidade de produção de 8,4 milhões de m³ por dia. A Companhia opera 40.166 km² de áreas
por meio de contratos de concessão
2para exploração e produção de hidrocarbonetos, na Bacia do Parnaíba,
situada predominantemente no estado do Maranhão.
O Complexo Parnaíba é o empreendimento pioneiro do modelo reservoir-to-wire (R2W) no Brasil. A geração
de energia pelas usinas termoelétricas é abastecida diretamente pelos campos de gás natural situados nas
suas adjacências. O Complexo Parnaíba é composto pelas usinas (i) Parnaíba I; (ii) Parnaíba II; (iii) Parnaíba
III; e (iv) Parnaíba IV, e pelas subsidiárias fornecedoras de gás natural (i) PGN e (ii) BPMB. Em 31 de agosto
de 2017, a controlada BPMB Parnaíba S.A. foi incorporada à PGN.
Os principais segmentos de negócios da Companhia estão descritos a seguir.
2
Os contratos de concessão dos blocos da rodada 14, realizada em setembro de 2017, têm assinatura prevista para o
Complexo Parnaíba
O Complexo Parnaíba possui capacidade total instalada de 1,4 GW, onde quatro usinas térmicas geram
energia a partir do gás produzido nos campos em suas adjacências na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. O
Complexo está interligado ao Subsistema Norte de produção e transmissão de energia do Sistema Interligado
Nacional (SIN). O complexo Parnaíba divide-se em:
1.1.
Geração Térmica a Gás Natural
Neste segmento a Companhia atua na geração de energia elétrica a gás natural com contratos de
Comercialização de Energia Elétrica no Mercado Regulado – CCEAR e um contrato de comercialização de
Energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL. Este segmento é composto pelas controladas (i) Parnaíba
I Geração de Energia S.A., (ii) Parnaíba II Geração de Energia S.A., (iii) Parnaíba III Geração de Energia
S.A., e (iv) Parnaíba IV Geração de Energia S.A..
Empreendimento Localização Capacidade
total Combustível % ENEVA Receita fixa anual * Ambiente de Contratação Data de término do PPA
UTE Parnaíba I MA,
Subsistema N 676 MW Gás natural 100% R$ 560 MM Regulado dez/27
UTE Parnaíba II MA,
Subsistema N 519 MW Gás natural 100% R$ 476 MM Regulado abr/36
UTE Parnaíba III MA,
Subsistema N 176 MW Gás natural 100% R$ 124 MM Regulado dez/27
UTE Parnaíba IV MA,
Subsistema N 56 MW Gás natural 100% - Livre dez/18
*Todos os números anuais das receitas fixas têm como data de referência novembro/2016
1.2.
Upstream (E&P)
A Companhia atua na exploração e produção (E&P) de hidrocarbonetos em uma área sob concessão de
aproximadamente 40 mil km² na Bacia do Parnaíba, Estado do Maranhão. Atualmente a Companhia possui
capacidade de produção de gás natural de 8,4 milhões de m³ por dia, que é totalmente destinada para
abastecimento do complexo termoelétrico também de propriedade da ENEVA. Este segmento é composto
pelas controladas (i) Parnaíba Gás Natural S.A., e (ii) BPMB Parnaíba S.A.. A BPMB Parnaíba S.A. foi
incorporada à PGN em 31 de agosto de 2017.
Concessões de E&P na Bacia do Parnaíba
3Campos de Gás Natural
Rodada Campo Área (km²)
9 Gavião Azul 64
9 Gavião Real 152
9 Gavião Branco 269
9 Gavião Branco Norte 12
9 Gavião Vermelho 66
9 Gavião Caboclo 66
9 Gavião Preto 261
Áreas Exploratórias
Rodada Bloco Área (km²)
9/2007 PN-T-48 1.455 9/2007 PN-T-49 616 9/2007 PN-T-67 1.177 9/2007 PN-T-85 1.118 9/2007 PN-T-102 964 13/2015 PN-T-101 2.964 13/2015 PN-T-69 3.067 13/2015 PN-T-87 3.067 13/2015 PN-T-84 3.065 13/2015 PN-T-103 3.062 13/2015 PN-T-146 3.053 13/2015 PN-T-163 3.050 14/2017 PN-T-117 2.103 14/2017 PN-T-118 3.058 14/2017 PN-T-119 3.059 14/2017 PN-T-133 2.229 14/2017 PN-T-134 3.059 40.166
1.3.
Geração Térmica a Carvão
Neste segmento a Companhia atua na geração de energia elétrica à carvão mineral importado com contrato
de Comercialização de Energia Elétrica no Mercado Regulado – CCEAR. Este segmento é composto pela
controlada integral Itaqui Geração de Energia S.A. e pela Pecém II Geração de Energia S.A., cujo controle é
3
Os contratos de concessão dos blocos da rodada 14, realizada em setembro de 2017, têm assinatura prevista para o
compartilhado (50/50) com a Uniper. Os resultados de Pecém II Geração de Energia S.A. são contabilizados
via Equivalência Patrimonial.
Itaqui, com capacidade instalada de 360 MW, está localizada no estado do Maranhão, interligada ao
Subsistema Norte de produção e transmissão de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Pecém II tem capacidade instalada de 365 MW e está localizada no estado do Ceará, interligada ao
Subsistema Nordeste de produção e transmissão de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Empreendimento Localização Capacidade
total Combustível % ENEVA Receita fixa anual * Ambiente de Contratação Data de término do PPA
UTE Itaqui MA,
Subsistema N 360 MW
Carvão
importado 100% R$ 399 MM Regulado dez/26
UTE Pecém II CE, Subsistema
NE 365 MW
Carvão
importado 50% R$ 358 MM Regulado dez/27
*Todos os números anuais das receitas fixas têm como data de referência novembro/2016
1.4.
Comercialização
Neste segmento o Grupo atua na comercialização de contratos de energia no Ambiente de Contratação Livre
(ACL) registrados na CCEE. Este segmento é composto pela controlada indireta ENEVA Comercializadora de
Energia Ltda..
2. Desempenho Operacional
Dados operacionais 3T17 2T17 1T17 4T16 3T16 2T16 1T16 Parnaíba I Disponibilidade (%) 81,7% 63,2% 97,1% 93,3% 82,9% 94,7% 89,1% Despacho (%) 99,2% 17,0% 9,0% 92,0% 90,0% 92,0% 77,0% Geração líquida (GWh) 1154,4 234,0 145,0 1233,0 1053,0 1264,0 1,0Receita Variável - Total (R$/MWh)1 110,7 108,0 129,5 104,7 120,6 87,6 91,8 Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 112,9 110,7 133,8 104,2 100,4 78,4 91,5
Parnaíba II
Disponibilidade (%) 95,2% 84,8% 94,9% 93,3% 95,6% N/A N/A
Despacho (%) 99,9% 35,0% 54,0% 100,0% 100,0% N/A N/A
Geração líquida (GWh) 1028,5 364,0 503,0 1009,0 1033,0 N/A N/A
Receita Variável - Total (R$/MWh)1 107,4 24,8 71,1 44,5 44,0 0,0 0,0
Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 74,9 67,3 67,3 65,7 62,4 N/A N/A
Parnaíba III
Disponibilidade (%) 82,1% 63,0% 100,0% 84,0% 83,3% 87,3% 93,6%
Despacho (%) 99,5% 0,0% 0,0% 69,0% 44,0% 52,0% 67,0%
Geração líquida (GWh) 305,8 2,0 0,0 246,0 171,0 195,0 235,0
Receita Variável - Total (R$/MWh)1 182,5 177,2 0,0 183,0 168,4 188,5 162,7
Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 203,0 182,4 182,4 176,1 169,1 169,1 169,1
Parnaíba IV
Disponibilidade (%) 39,1% 0,0% 0,0% 0,0% 59,2% 78,7% 78,4%
Despacho (%) 100,0% 23,0% 30,0% 100,0% 100,0% 84,0% 62,0%
Geração líquida (GWh) 38,7 0,0 0,0 0,0 64,0 80,0 62,0
Receita Variável - Total (R$/MWh)1 - - -
-Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 89,0 89,0 89,0 89,0 82,5 N/A N/A
Itaqui
Disponibilidade (%) 98,0% 96,5% 88,3% 54,9% 72,8% 70,5% 86,8%
Despacho (%) 99,5% 16,0% 4,0% 82,0% 89,0% 68,0% 71,0%
Geração líquida (GWh) 685,8 90,0 21,0 246,0 457,0 416,0 454,0
Receita Variável - Total (R$/MWh)1 147,9 115,7 128,5 162,8 108,9 103,4 105,4
Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 163,2 130,3 145,5 142,9 105,7 97,4 102,4
Pecém II
Disponibilidade (%) 53,0% 88,3% 96,0% 98,6% 98,6% 96,7% 95,2%
Despacho (%) 99,4% 83,0% 84,0% 30,0% 51,0% 91,0% 86,0%
Geração líquida (GWh) 359,7 534,0 512,0 218,0 366,0 626,0 595,0
Receita Variável - Total (R$/MWh)1 174,0 136,7 150,1 163,3 112,5 118,2 127,7
Receita Variável C C EAR - C VU2
(R$/MWh) 168,3 131,6 149,7 146,6 110,3 101,5 107,2
Parnaíba Gás Natural - E&P
Produção (Bi m³) 0,6 0,1 0,2 0,6 0,6 0,4 0,3
Reservas remanescentes (Bi m³)3 17,7 18,4 17,6 17,7 18,5 17,1 N/A 1 3T17 - C VU : (Receita Variável+Receita do Mercado de C urto Prazo) /Geração Liquida do Trimestre
2 C VU regulatório atualizado 3
Complexo Parnaíba
2.1.
Geração Térmica a Gás Natural
No 3T17, a Companhia gerou 2.527 GWh (geração líquida) no Complexo Parnaíba, com um despacho médio
ponderado pela capacidade de 99,5% (vs geração líquida de 2.321 GWh e despacho médio de 88,4% no
3T16).
A disponibilidade das usinas do complexo no trimestre foi afetada por paradas planejadas para a instalação
de tie-ins e realização de modificações nas instalações de coleta e tratamento de gás, para recebimento dos
gasodutos dos campos de Gavião Caboclo e Azul. Durante o 3T17, Parnaíba I e III ficaram paradas de 28
de agosto a 10 de setembro. Parnaíba IV reiniciou operações em setembro.
2.2.
Upstream (E&P)
No 3T17, a Companhia produziu 0,63 bilhão de m³ de gás natural, atendendo ao despacho das termelétricas
do Complexo Parnaíba. Em 30 de setembro de 2017, as reservas remanescentes certificadas 2P eram de
17,7 bilhões de m³.
Exploração e Desenvolvimento
O desenvolvimento dos campos de Gavião Caboclo (GVC) e Gavião Azul (GVA) está em curso,
apresentando taxa de progresso físico de 95% e 85%, respectivamente. De acordo com o planejado, o
primeiro gás foi produzido em 1
ode novembro de 2017.
No 3T17, foram adquiridos 832 km de dados sísmicos nas concessões das rodadas 9 e 13.
PADs: foi dada continuidade à campanha de perfuração nos PADs de Morada Nova, Angical e Araguaína.
2.3.
Geração Térmica a Carvão
No 3T17, Itaqui gerou 686 GWh, com um despacho médio de 99% (vs geração líquida de 457 GWh e
despacho médio de 89% no 3T16).
Pelo segundo trimestre consecutivo, a disponibilidade da usina superou a requerida em seus Contratos de
Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs).
No mesmo período, Pecém II gerou 360 GWh, com despacho médio de 99% (vs geração líquida de 366 GWh
e despacho médio de 51% no 3T16).
Campanha Sísmica (km)
120
300
300
300
300
300
300
300
300
310
233
289
1.432
Abr
Dez
Jul/17
720
Mar
Nov
Set
1.200
Out
Jan/18
Fev
Mai
Jun/18
Ago
Previsão Fase B
Previsão Fase A
Previsão Fase C
A disponibilidade de Pecém II no trimestre foi afetada por uma parada planejada de manutenção/overhaul
de 22 de junho a 10 de agosto.
3. Desempenho Econômico e Financeiro
O EBITDA consolidado ajustado de forma a excluir eventos não recorrentes alcançou R$ 371,3
milhões no 3T17, comparados aos R$ 320,0 milhões verificados no 3T16. O maior despacho das
usinas do Complexo Parnaíba refletiu-se no crescimento das vendas de gás no segmento de
Upstream (0,63 bilhão de m
3no 3T17 vs 0,58 bilhão de m
3no 3T16), que aliado à otimização
de custos fixos nos segmentos de geração, resultou em elevação de 16% no EBITDA ajustado
DRE Consolidado 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 858,3 624,8 37,4% 1.789,3 1.530,5 16,9% C ustos Operacionais (537,8) (372,2) 44,5% (1.053,9) (982,1) 7,3% Depreciação e amortização (109,9) (122,1) -10,0% (250,0) (322,2) -22,4% PC LD + Poços secos (9,6) (15,2) -36,8% (20,1) (47,3) -57,4% Despesas Operacionais (82,1) (77,8) 5,6% (220,8) (183,8) 20,1% Depreciação e amortização (11,2) (16,9) -33,9% (32,6) (22,8) 43,0% EBITDA 369,0 328,9 12,2% 817,2 757,0 8,0%
Outras receitas/despesas (9,9) 84,1 N/A (9,8) 13,0 N/A Resultado Financeiro Líquido (122,3) (171,7) -28,8% (410,6) (515,8) -20,4% Equivalencia Patrimonial (6,2) (9,6) -35,2% (16,4) (21,7) -24,4%
EBT 100,0 77,5 29,0% 77,7 (159,9) N/A
Impostos C orrentes e Diferidos (44,5) (16,2) 175,3% (74,9) 4,9 N/A Participações Minoritárias 0,3 0,6 -53,3% 1,2 2,3 -45,8% Resultado Líquido 55,7 61,9 -9,9% 4,0 (152,7) N/A
EBITDA ajustado 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
EBITDA 369,0 328,9 12,2% 817,2 757,0 8,0%
Ajustes não-recorrentes 2,3 (8,9) N/A 27,0 (10,5) N/A C ustos trabalhistas 2,9 1,2 141,7% 10,5 5,3 98,1% C onsultorias de reestruturação (0,6) 0,7 N/A 2,6 0,7 271,4% C ustos relacionados a RJ - 1,4 N/A - 5,8 N/A Bônus - - N/A - (4,0) N/A Ajustes timesheet Pecém II - - N/A 3,4 - N/A Stock Options - - N/A 10,5 - N/A Reversão de aluguel Açu - - N/A - (6,1) N/A Receita referente a 2015 - (12,2) N/A - (12,2) N/A EBITDA Ajustado 371,3 320,0 16,0% 844,2 746,4 13,1%
Margem EBITDA ajustado 43% 51% 47% 49%
Resultado Líquido ajustado 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Resultado Líquido 55,7 61,9 -9,9% 4,0 (152,7) N/A Ajustes não-recorrentes 1,2 (78,5) N/A 34,5 20,9 64,9%
Ajustes EBITDA 2,3 (8,9) N/A 27,0 (10,5) N/A PC LD (1,1) - N/A 9,2 25,8 -64,2% Impairment Açu e MPX C hile - - N/A - 75,3 N/A Perdão mútuo OGX - (69,6) N/A - (69,6) N/A Ajustes timesheet Pecém II - - N/A (1,7) - N/A Resultado Líquido Ajustado 56,9 (16,7) N/A 38,6 (131,8) N/A
do 3T17 vs 3T16. A recontratação de 250 MWm de Parnaíba II teve impacto de R$ 28,9 milhões
e assim também contribuiu positivamente para o EBITDA consolidado.
Cabe também ressaltar a bem-sucedida estratégia de hedge das penalidades por
indisponibilidade (ADOMP), que resultou em reduções dos custos líquidos de compensação por
indisponibilidade (resultado líquido das operações de hedge) de R$15,7 milhões em Itaqui e
R$10,2 milhões nas usinas do Complexo Parnaíba.
Em Itaqui, apesar da ampliação da margem fixa com redução dos custos fixos de O&M e pequena
redução na margem negativa unitária (R$/MWh) no despacho, a margem total foi negativamente
impactada dado o maior volume de energia gerado.
No acumulado do ano, o EBITDA consolidado ajustado de forma a excluir eventos não
recorrentes atingiu R$ 844,2 milhões, com crescimento de 13,1% em relação aos 9M16, reflexo
dos contínuos esforços para redução de custos e despesas.
Merece destaque também a melhoria do resultado líquido, face à redução da alavancagem da
Companhia e às quedas verificadas na taxa de juros e no IPCA. A razão dívida líquida
consolidada/EBITDA dos últimos 12 meses alcançou 3.5x ao final de setembro de 2017.
3.1.1. Fluxo de Caixa Consolidado
Notas: (1) Pecém II é apresentado via Equivalência Patrimonial; (2) considera despesas com juros no valor de R$133,2 MM (3T17), R$131,1 MM (3T16), R$384,2 MM (9M17) e R$323,8 (9M16).
O fluxo de caixa operacional da Companhia no 3T17 atingiu R$ 93,0 milhões, com redução de
49,5% em relação ao valor reportado no 3T16. Apesar do crescimento significativo do EBITDA,
o fluxo de caixa operacional foi impactado negativamente pelo aumento do saldo de contas a
receber, resultante da aceleração do despacho no trimestre de 2017.
A ENEVA encerrou o 3T17 com uma posição de caixa consolidada de R$ 689,7 milhões, incluindo
depósitos vinculados referentes aos contratos de financiamento da Companhia.
Fluxo de Caixa Livre (R$MM) 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
EBITDA ENEVA 369,0 328,9 12,2% 817,2 757,0 8,0%
(+) Var.C apital de Giro (143,9) (22,0) 554,1% (87,6) (95,4) -8,2%
(+) Impostos 1,1 8,4 -86,9% (14,5) 18,2 N/A
(+) Var.Outros ativos e passivos - - - 1,5 (1,5) N/A
Fluxo de Caixa Operacional 226,2 315,3 -28,3% 716,6 678,3 5,6%
(+) Juros (133,2) (131,1) 1,6% (384,2) (323,8) 18,7%
Fluxo de Caixa Operacional Contábil 93,0 184,2 -49,5% 332,4 354,5 -6,2% Fluxo de C aixa de Investimento (63,4) (40,7) 55,8% (198,9) (186,2) 6,8% Fluxo de C aixa da Dívida (13,3) (86,8) -84,7% (224,6) (98,8) 127,3% Fluxo de Caixa para Acionista 16,3 56,7 -71,3% (91,1) 69,5 N/A
Posição de Caixa Total 512,0 463,5 10,5% 512,0 463,5 10,5%
3.2.
Desempenho Econômico-Financeiro por Segmento
Complexo Parnaíba
3.2.1. Geração Térmica a Gás Natural
Esse segmento é composto pelas controladas Parnaíba I Geração de Energia S.A., Parnaíba II
Geração de Energia S.A., Parnaíba III Geração de Energia S.A., Parnaíba IV Geração de Energia
S.A. e Parnaíba Geração e Comercialização de Energia S.A..
No 3T17, a receita operacional líquida do segmento de geração térmica a gás natural
apresentou crescimento de 32,9% quando comparada ao mesmo período do ano anterior,
totalizando R$ 578,7 milhões, composta por:
•
Receita bruta fixa de acordo com os Contratos de Comercialização de Energia no
Ambiente Regulado (CCEARs) no montante de R$ 223,7 milhões, com redução de 14,1%
em relação ao mesmo período do ano anterior. A redução da receita fixa, apesar do
DRE - Térmicas à Gás (ACR) 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Receita Operacional Bruta 644,6 485,0 32,9% 1.381,4 1.133,7 21,8%
Receita Fixa 223,7 260,4 -14,1% 806,5 577,8 39,6%
Receita Variável 420,9 224,6 87,4% 508,6 554,7 -8,3%
C C EAR 194,1 159,8 21,4% 284,8 443,4 -35,8%
Mercado de curto prazo 226,9 64,8 250,3% 223,9 111,3 101,1% Lastro (FID) 40,0 (0,1) N/A 52,3 1,3 4007,9%
Hedge ADOMP 23,9 - N/A 13,9 - N/A
Recontratação Parnaíba II 98,4 - N/A 98,4 - N/A
Outros 64,5 64,8 -0,5% 59,2 110,0 -46,2%
Deduções sobre a Receita Bruta (65,9) (49,5) 33,2% (142,0) (116,5) 21,9%
Receita Operacional Líquida 578,7 435,5 32,9% 1.239,4 1.017,2 21,8%
Custos Operacionais (437,9) (298,2) 46,9% (841,4) (742,4) 13,3%
Custo Fixo (117,3) (85,2) 37,6% (341,3) (244,2) 39,8%
Transmissão e encargos regulatórios (18,5) (19,5) -5,0% (58,3) (53,9) 8,1%
O&M (22,8) (28,2) -19,0% (67,2) (83,5) -19,5%
Arrendamento fixo UTG (49,7) (49,7) 0,0% (149,1) (140,5) 6,2%
Outros (26,2) 12,2 -314,0% (66,6) 33,7 -297,5%
Custo Variável (292,0) (183,3) 59,3% (414,1) (405,9) 2,0%
Gás Natural (195,4) (162,9) 20,0% (280,6) (368,8) -23,9%
Arrendamento variável UTG (37,0) (14,5) 154,3% (48,9) (40,8) 19,8%
Outros (2,4) (0,9) 160,3% (3,4) 9,4 N/A
Lastro (FID) (33,4) (4,6) 629,3% (44,1) (7,3) 505,2%
Hedge ADOMP (11,3) - N/A (11,3) - N/A
Indisponibilidade (ADOMP) (12,5) (0,3) 3615,1% (25,8) 1,6 N/A Depreciação e amortização (28,7) (29,7) -3,2% (86,1) (87,2) -1,3% PCLD - - N/A - (5,2) N/A Despesas Operacionais (9,2) (8,6) 7,1% (25,3) (27,7) -8,7% SG&A (8,7) (8,5) 2,4% (23,7) (27,4) -13,3% Depreciação e amortização (0,5) (0,1) 382,4% (1,5) (0,3) 386,2% EBITDA 160,8 158,6 1,4% 460,3 329,4 39,7%
Ajustes não-recorrentes - (12,2) N/A - (12,2) N/A
EBITDA Ajustado 160,8 146,4 9,9% 460,3 317,2 45,1%
reajuste contratual anual pelo IPCA, ocorrido em novembro de 2016, resultou da
descontratação de 250MWm de Parnaíba II no período de julho a dezembro de 2017,
através do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), com redução
equivalente da receita bruta fixa no montante de R$ 55,1 milhões;
•
Receita bruta variável contratual (CVU, como definido no CCEAR) de R$ 194,1 milhões,
referente ao despacho das usinas contratadas no ambiente regulado (vs R$ 159,8
milhões no 3T16), conforme tabela abaixo.
Cabe ressaltar que
Parnaíba II iniciou em
junho seu período de inflexibilidade, conforme previsto no CCEAR da usina. Durante o
período declarado de inflexibilidade, a usina não recebe receita variável quando
despachada). No 3T16, Parnaíba II ficou inflexível em apenas 50% de sua capacidade e
recebeu receita variável no valor de R$ 36,8 milhões;
Despacho
3T17
3T16
Parnaíba I
99%
90%
Parnaíba II
100%
100%
Parnaíba III
99%
44%
•
Receita bruta variável referente à recontratação de 250 MWm de Parnaíba II no ACL, no
valor de R$ 98,4 milhões;
•
Receita bruta referente à recomposição do lastro - FID e à liquidação do excedente de
energia gerada no mercado de curto prazo no montante de R$ 40 milhões;
•
Receita bruta referente a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$ 23,9 milhões;
•
Receita bruta de R$ 42,5 milhões referente à liquidação no mercado de curto prazo de
energia adquirida para cobrir o contrato de comercialização de energia de Parnaíba IV;
•
Impostos e encargos sobre a receita bruta, no valor de R$ 65,9 milhões.
Os custos operacionais do segmento, excluindo depreciação e amortização, totalizaram R$
409,2 milhões (vs R$ 268,5 milhões), impactados principalmente por:
Custo variável:
(i)
aumento de R$ 32,6 milhões nos custos de combustível (gás natural), que no
trimestre totalizaram R$ 195,4 milhões, decorrente do maior despacho no 3T17 vs
3T16;
(ii)
aumento de R$ 22,4 milhões nos custos variáveis de arrendamento relacionados aos
contratos de suprimento de gás, que no trimestre totalizaram R$ 37,0 milhões;
(iii)
aumento de R$ 40,1 milhões nos custos com energia comprada para a recomposição
de lastro – FID (baseado na média móvel dos últimos 60 meses, referência agosto
de 2016), que no 3T17 totalizaram R$ 44,7 milhões, com contrapartida equivalente
na receita conforme mencionado acima;
(iv)
custos referentes a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$ 11,3 milhões;
(v)
aumento de R$ 12,2 milhões nas penalidades para compensação por
indisponibilidade (ADOMP).
Custo fixo:
(i)
redução de R$ 5,4 milhões ou 19,0% nos custos fixos de Operação & Manutenção,
resultante principalmente da renegociação dos custos de seguros;
(ii)
receita (contabilizada como redutor de custo) referente ao contrato de
arrendamento da usina Parnaíba IV com a Kinross, no montante de R$ 15,6 milhões
no 3T17 (vs R$ 11,4 milhões no 3T16);
(iii)
custos contabilizados no 3T17 referentes à aquisição de energia no mercado de curto
prazo para cobrir o contrato de comercialização de energia de Parnaíba IV, no valor
de R$ 19,3 milhões
(iv)
Reembolso de custo de compra de energia pago à Kinross, relativo ao contrato de
Parnaíba IV, no valor de R$ 25 milhões.
As despesas operacionais (SG&A) no 3T17 totalizaram R$ 8,7 milhões, em linha com o valor
reportado no 3T16.
No 3T17, o EBITDA ajustado do segmento de geração a gás natural alcançou R$ 160,8 milhões,
com crescimento de 9,9% quando comparado ao valor registrado no 3T16, positivamente
impactado por: (i) recontratação de Parnaíba II, que mais do que compensou os efeitos da maior
alocação de inflexibilidade vs 3T16; e (ii) bem-sucedida estratégia de hedge de penalidades por
indisponibilidade.
A redução verificada na margem EBITDA ajustada vs 3T16 justifica-se, não apenas pela maior
geração, dado que as usinas tendem a ser neutras ao despacho, repassando a margem variável
ao segmento de Upstream, mas também pelo fato de que, no 3T16, foram contabilizados R$ 18
milhões referentes ao recálculo de receitas de períodos anteriores, conforme a resolução ANEEL
n
o658. Adicionalmente, como parte do acordo de geração por substituição entre PGN e Parnaíba
I, houve uma redução do arrendamento variável da UTG, no valor de R$ 8,5 milhões.
3.2.2. Upstream (E&P)
Este segmento é composto pelas controladas Parnaíba Gás Natural S.A. (PGN) e BPMB Parnaíba
S.A.. A BPMB Parnaíba S.A. foi incorporada à PGN em 31 de agosto de 2017.
No 3T17, o segmento de Upstream registrou receita operacional líquida de R$252,3 milhões,
vs R$204,3 milhões reportados no 3T16. A produção de gás natural no período foi de 0,63 bilhão
de m
3(vs. 0,58 bilhão de m
3no 3T16) impactando a receita variável do Upstream, que no
trimestre totalizou R$ 240,3 milhões (vs. R$ 181,4 milhões no 3T16).
Os custos operacionais do segmento de upstream, excluindo depreciação e amortização,
totalizaram R$ 43,3 milhões no 3T17, com aumento de 18,3% em relação ao mesmo trimestre
do ano anterior, em função do aumento do volume de produção de gás natural.
As despesas operacionais (SG&A) caíram 50,1%, em consequência, principalmente, da
redução das despesas com pessoal, materiais e seguros, resultantes de (i) migração de
atividades de suporte e administrativas para a ENEVA Controladora, com consequente
transferência de pessoal, objetivando capturar sinergias resultantes da integração da PGN com
a ENEVA; e (ii) intensificação das atividades exploratórias com consequente maior alocação
relativa de despesas na rubrica Despesas de Exploração.
Adicionalmente, a intensificação da campanha exploratória resultou no aumento das despesas
com exploração e poços secos
4, que no 3T17 alcançaram R$ 29,8 milhões.
4
Todos os gastos de exploração são despesas quando incorridos, exceto os gastos aplicados a poços
exploratórios que resultam em descoberta de reservas provadas. Os gastos de perfuração de poços
exploratórios são inicialmente ativados como “obras em andamento”, até que se conheça o resultado do
poço, momento no qual os gastos tornam-se despesas ou são permanentemente ativados.
DRE - Upstream (R$MM) 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
Receita Operacional Bruta 296,9 241,4 23,0% 512,1 597,8 -14,3%
Receita Fixa 54,8 58,2 -5,9% 165,3 157,5 4,9%
Receita Variável 240,3 181,4 32,5% 340,9 434,2 -21,5%
Outros 1,8 1,8 -2,8% 6,0 6,1 -2,3%
Deduções sobre a Receita Bruta (44,6) (37,1) 20,1% (72,4) (78,1) -7,4%
Receita Operacional Líquida 252,3 204,3 23,5% 439,7 519,7 -15,4%
Custos Operacionais (98,0) (104,6) -6,3% (182,6) (269,8) -32,3% Participações Governamentais (25,0) (22,5) 10,9% (39,5) (45,9) -13,9% C usto do gás vendido (17,1) (12,1) 69,4% (44,2) (46,9) -5,9% Depreciação e Amortização (49,9) (68,0) -26,7% (92,5) (169,0) -45,3% Outros (6,0) (2,0) 36,4% (6,5) (8,1) -19,4% Despesas Operacionais (39,1) (35,8) 9,2% (72,5) (88,0) -17,6%
Despesas com Exploração (29,8) (18,7) 59,5% (46,2) (38,9) 18,8%
Depreciação e Amortização (1,3) (1,1) 24,2% (2,4) (5,3) -55,4% SG&A (8,0) (16,1) -50,1% (23,9) (43,8) -45,4% EBITDA 166,4 133,0 25,1% 279,5 336,2 -16,9% Ajustes não-recorrentes Poços Secos 10,7 15,2 -29,4% 10,9 24,2 -54,9% EBITDA Ajustado 177,1 148,2 19,5% 290,4 360,3 -19%
O EBITDA ajustado do 3T17 atingiu R$ 177,1 milhões, com crescimento de 19,5% em relação
ao 3T16, impactado pelo crescimento das vendas de gás natural e consequente aumento da
receita variável, resultante do maior despacho das usinas.
3.2.3. Geração Térmica a Carvão
Esse segmento é composto pela controlada Itaqui Geração de Energia S.A e Pecém II Geração
de Energia S.A.. Os resultados de Pecém II, cujo controle é compartilhado (50/50) com a Uniper,
são contabilizados via Equivalência Patrimonial e são apresentados separadamente.
A receita operacional líquida de Itaqui no 3T17 apresentou crescimento de 73,1% quando
comparada ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 244,3 milhões, composta por:
•
Receita bruta fixa de acordo com o CCEAR no montante de R$ 99,8 milhões, com
aumento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido,
principalmente, ao reajuste contratual anual pelo IPCA, ocorrido em novembro de 2016;
DRE - Itaqui 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Receita Operacional Bruta 271,9 156,9 73,3% 526,4 448,2 17,4%
Receita Fixa 99,8 92,5 7,9% 301,3 277,6 8,5%
Receita Variável 172,1 64,4 167,3% 225,0 170,6 31,9%
C C EAR 112,8 48,3 133,7% 125,9 134,5 -6,4%
Mercado de curto prazo 59,2 16,1 268,3% 99,1 36,0 175,0% Lastro (FID) 28,9 8,9 224,9% 67,3 13,9 384,5%
Hedge ADOMP 30,3 - N/A 30,3 - N/A
Outros 0,1 7,2 -98,9% 1,6 22,2 -93,0%
Deduções sobre a Receita Bruta (27,6) (15,8) 74,9% (53,4) (45,2) 18,3%
Receita Operacional Líquida 244,3 141,1 73,1% 472,9 403,1 17,3%
Custos Operacionais (226,8) (119,7) 89,5% (388,1) (353,4) 9,8%
Custo Fixo (24,3) (26,9) -9,7% (84,0) (93,0) -9,7%
Transmissão e encargos regulatórios (5,3) (5,1) 4,3% (15,8) (14,6) 8,7%
O&M (18,9) (21,8) -13,1% (68,2) (77,3) -11,8% Outros (0,0) - N/A (0,0) (1,2) -99,2% Custo Variável (171,3) (68,5)149,9% (230,0) (195,8) 17,5% C ombustível (111,5) (58,6) 90,5% (129,3) (172,3) -25,0% Outros (5,4) (3,0) 81,8% (13,5) (13,2) 2,5% Lastro (FID) (24,2) (7,1) 240,2% (57,4) (11,9) 381,0%
Hedge ADOMP (11,5) - N/A (11,5) - N/A
Indisponibilidade (ADOMP) (18,6) 0,1 N/A (18,3) 1,7 N/A Depreciação e Amortização (31,3) (24,3) 28,9% (75,3) (65,8) 14,3%
Despesas Operacionais (3,7) (4,1) -8,8% (11,7) (14,9) -21,5%
SG&A (3,7) (4,1) -10,6% (11,7) (14,8) -20,8%
Depreciação e Amortização (0,1) 0,0 N/A (0,0) (0,1) -93,7%
EBITDA 45,1 41,6 8,4% 148,4 100,7 47,4%
Ajustes não-recorrentes - PC LD
PC LD (1,1) - N/A (1,1) - N/A
EBITDA Ajustado 44,0 41,6 5,7% 147,2 100,7 46,2%
•
Receita bruta variável contratual (CVU, como definido no CCEAR) de R$ 112,8 milhões
(vs R$ 48,3 milhões no 3T16), referente ao despacho da usina. A elevação da receita
variável contratual foi motivada pelo maior despacho da usina (99% no 3T17 vs 89%
no 3T16), aliado ao maior preço do carvão no mercado internacional (CIF ARA API#2);
•
Receita bruta referente à recomposição do lastro – FID, no montante de R$ 28,9 milhões
(vs R$ 8,9 milhões no 3T16);
•
Receita bruta referente a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$30,3 milhões;
•
Impostos e encargos sobre a receita bruta, no valor de R$ 27,6 milhões.
Os custos operacionais, excluindo depreciação e amortização, apresentaram aumento de
104,9%, totalizando R$ 195,5 milhões, impactados principalmente por:
Custo variável:
(i)
aumento de R$ 55,4 milhões nos custos de carvão, diesel, água, químicos e
disposição de cinzas (que no 3T17 totalizaram R$ 116,9 milhões vs R$ 61,5 milhões
no 3T16), decorrente do maior despacho no 3T17 vs 3T16, e da elevação do preço
do carvão no mercado internacional;
(ii)
aumento de R$ 17,1 milhões nos custos com energia comprada para a recomposição
de lastro – FID (baseado na média móvel dos últimos 60 meses, referência agosto
de 2016), que no 3T17 totalizaram R$ 24,2 milhões (vs R$ 7,1 milhões no 3T16),
com contrapartida na receita conforme mencionado acima;
(iii)
custos referentes a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$11,5 milhões;
(iv)
aumento de R$ 18,7 milhões nas penalidades para compensação por
indisponibilidade (ADOMP).
Custo fixo:
(i) redução de 13,1% nos custos fixos de Operação & Manutenção, resultante do insourcing
de serviços antes terceirizados.
As despesas operacionais (SG&A), excluindo depreciação e amortização, no 3T17 totalizaram
R$ 3,7 milhões, apresentando queda de 10,6% em relação ao 3T16, resultado da redução das
despesas com serviços de consultoria e administrativas.
No 3T17, o EBITDA ajustado de Itaqui, de forma a excluir impactos não-recorrentes, alcançou
R$ 44,0 milhões, um crescimento de 5,7% quando comparado ao valor registrado no 3T16. A
margem EBITDA foi de 18%, impactada negativamente pelo maior despacho no trimestre.
Embora as iniciativas em curso para o aumento da eficiência operacional da usina tenham se
refletido, não apenas na disponibilidade verificada, mas também na redução, ao longo do
trimestre, da margem negativa unitária, o maior nível de despacho no 3T17 pressionou
negativamente a margem EBITDA.
Cabe ressaltar, entretanto, que o impacto do ADOMP no trimestre foi em grande parte
neutralizado pela operação de hedge realizada.
Pecém II (Equivalência Patrimonial)
A Companhia registrou um resultado negativo de Equivalência Patrimonial no montante de R$6,2
milhões, impactado principalmente pelo prejuízo incorrido por Pecém II. Em 30 de setembro de
2017, a ENEVA detinha uma participação de 50% em Pecém II.
A análise a seguir considera 100% de Pecém II.
A receita operacional líquida de Pecém II no trimestre apresentou crescimento de 31,2% em
relação ao 3T16, totalizando R$151,5 milhões, composta por:
•
Receita bruta fixa de R$ 90,1 milhões, com aumento de 8,0% em relação ao mesmo
período do ano anterior, devido principalmente ao reajuste contratual anual pelo IPCA,
ocorrido em novembro de 2016;
•
Receita bruta variável contratual (CVU, como definido no CCEAR), referente ao despacho
da usina, de R$ 70,6 milhões (vs R$ 42,1 milhões no 3T16). A elevação da receita
DRE - Pecém II 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Receita Operacional Bruta 169,4 129,3 31,0% 516,5 463,0 11,6%
Receita Fixa 90,1 83,4 8,0% 270,3 250,3 8,0%
Receita Variável 79,4 45,9 72,9% 246,2 212,8 15,7%
C C EAR 70,6 42,1 67,5% 221,9 170,1 30,5%
Mercado de curto prazo 8,8 3,8 133,2% 24,3 42,7 -43,0% Lastro (FID) 5,9 1,3 349,1% 5,9 5,3 10,0%
Hedge ADOMP 3,8 - N/A 3,8 - N/A
Outros (0,9) 2,5 N/A 14,6 37,3 -60,8%
Deduções sobre a Receita Bruta (17,9) (13,8) 29,4% (54,7) (49,1) 11,3% Receita Operacional Líquida 151,5 115,5 31,2% 461,8 413,9 11,6%
Custos Operacionais (114,7) (90,3) 27,0% (362,2) (315,5) 14,8%
Custo Fixo (26,1) (27,9) -6,2% (78,1) (75,4) 3,6%
Transmissão e encargos regulatórios (7,0) (6,8) 2,2% (20,3) (20,0) 1,3%
O&M (19,2) (21,0) -8,9% (57,8) (55,4) 4,4%
Custo Variável (64,4) (43,3) 48,6% (220,0) (183,1) 20,2%
C ombustível (51,6) (38,7) 33,4% (198,5) (171,7) 15,6%
Outros (5,8) (5,4) 8,1% (15,8) (14,0) 12,7%
Lastro (FID) (4,9) (0,5) 872,2% (5,6) (0,5) 1021,1%
Hedge ADOMP (1,6) - N/A (1,6) - N/A
Indisponibilidade (ADOMP) (0,5) 1,2 N/A 1,5 3,1 -52,4% Depreciação e Amortização (23,9) (19,1) 24,9% (64,0) (55,2) 15,9% Despesas Operacionais (3,4) (4,0) -14,2% (7,2) (12,9) -44,3% SG&A (3,3) (3,9) -15,1% (6,9) (12,7) -45,7% Depreciação e Amortização (0,1) (0,1) 35,8% (0,3) (0,2) 49,0% EBITDA 57,4 40,4 42,0% 156,8 140,9 11,3% Ajustes não-recorrentes PC LD - - N/A - 1,8 N/A EBITDA Ajustado 57,4 40,4 42,0% 156,8 140,9 11,3%
variável contratual foi motivada pelo maior despacho da usina (99% no 3T17 vs 51%
no 3T16), aliado ao maior preço do carvão no mercado internacional (CIF ARA API#2);
•
Receita bruta referente à recomposição do lastro – FID, no montante de R$ 5,9 milhões
(vs R$ 1,3 milhões no 3T16);
•
Receita bruta referente a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$3,8 milhões;
•
Impostos e encargos sobre a receita bruta, no valor de R$ 17,9 milhões.
Os custos operacionais, excluindo depreciação e amortização, totalizaram R$ 90,9 milhões,
um aumento de 27,6% em relação ao 3T16; atribuído principalmente a:
Custo variável:
(i)
aumento de 30,4% dos custos de carvão, diesel, água, químicos e disposição de
cinzas, que no trimestre totalizaram R$ 57,4 milhões, impactados pelo maior
despacho no 3T17, pela elevação do preço internacional do carvão e pelo aumento
de R$ 1,2 milhão nos custos de água, devido ao Encargo Hídrico Emergencial
instituído pelo Governo do Estado do Ceará em setembro de 2016;
(ii)
aumento de R$ 4,4 milhões nos custos com energia comprada para a recomposição
de lastro – FID (baseado na média móvel dos últimos 60 meses, referência agosto
de 2016), que no 3T17 totalizaram R$ 4,9 milhões (vs R$ 0,5 milhões no 3T16),
com contrapartida na receita conforme mencionado acima;
(iii)
custos referentes a operações de hedge de custos de compensação por
indisponibilidade (ADOMP), no valor de R$ 1,6 milhão;
(iv)
aumento de R$ 1,7 milhão nas penalidades para compensação por indisponibilidade
(ADOMP).
Custo fixo: (i) redução de R$1,9 milhões nos custos fixos de Operação & Manutenção.
As despesas operacionais (SG&A) no 3T17 totalizaram R$ 3,4 milhões, com redução de
15,1% em relação ao valor reportado no 3T16.
No 3T17, o EBITDA ajustado de Pecém II alcançou R$ 57,4 milhões, com crescimento de
42,0% quando comparado ao valor registrado no 3T16. A margem EBITDA atingiu 38%, 3 p.p.
superior à verificada no mesmo período do ano anterior.
3.2.4. Comercialização
Este segmento é composto pela controlada indireta ENEVA Comercializadora de Energia Ltda.
A receita operacional líquida do segmento de comercialização no 3T17 alcançou R$ 142,8
milhões, 4,5x superior à receita registrada no 3T16 (R$ 31,3 milhões), face ao significativo
aumento no volume de energia comercializada, que atingiu 1.274.514 MWh (vs 556.089 MWh
no 3T16) e do PLD médio, que foi de R$435,3/MWh (vs R$115,7/MWh no 3T16).
Os custos operacionais seguiram a mesma tendência, alcançando R$ 135,0 milhões,
refletindo, principalmente, a elevação de R$ 99,3 milhões dos custos com energia comprada
para revenda.
O EBITDA Ajustado foi de R$ 6,5 milhões, contra R$ 5,9 milhões negativos no 3T16, refletindo
a significativa ampliação das margens de comercialização.
3.2.5. Holding & Outros
Este segmento é composto pelas holdings ENEVA S.A. e ENEVA Participações S.A., além das
subsidiárias criadas para o desenvolvimento de projetos.
Os custos e despesas operacionais do segmento, excluindo depreciação e amortização,
totalizaram R$ 19,6 milhões, com aumento de 15,7% em relação ao valor reportado no 3T16,
DRE - Comercializadora
3T17 3T16 % 9M17 9M16 %(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 142,8 31,3 356,7% 251,8 69,6 261,8% Custos Operacionais (135,0) (36,5) 269,4% (256,6) (97,8) 162,5% Energia Elétrica C omprada para Revenda (134,9) (35,6) 278,6% (246,1) (70,4) 249,4% Outros (0,0) (0,9) N/A (10,5) (27,3) -61,5% Despesas Operacionais (1,3) (0,6) 121,7% (3,1) (0,5) 508,7% Depreciação e Amortização (0,0) (0,0) 133,7% (0,0) (0,0) 118,4% EBITDA 6,5 (5,9) N/A (7,9) (28,7) -72,4% Ajustes não-recorrentes - - N/A 10,4 20,1 -48,5% EBITDA Ajustado 6,5 (5,9) N/A 2,5 (8,6) N/A
% Margem de EBITDA ajustado 5% -19% 1% -12%
DRE - Controladora e Outros 3T17 3T16 % 9M17 9M16 %
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida
0,2
3,3
-94,3%0,3
9,8
-96,6% Custos Operacionais (0,0) (3,9) -99,5% (0,1) (7,5) -99,2% Despesas Operacionais (20,3) (13,6) 49,6% (81,4) (37,6) 116,3% SG&A (19,5) (13,0) 50,5% (79,6) (35,7) 123,0% Depreciação e Amortização (0,8) (0,6) 29,2% (1,8) (1,9) -8,0% EBITDA (19,4) (13,7) 41,9% (79,4) (33,4) 137,7% Ajustes não-recorrentes 2,3 3,2 -29,1% 25,3 76,9 -67,2% EBITDA Ajustado (21,7) (16,9) 28,3% (104,6) (110,3) -5,2%-impactados, principalmente pela alocação dos custos corporativos da PGN na holding Eneva
após a fusão (+R$6 milhões), com consequente redução do G&A do segmento de Upstream
em 50,1%.
3.3.
Resultado Financeiro Consolidado
No 3T17, a ENEVA registrou um resultado financeiro líquido negativo no valor de R$122,3
milhões, contra um resultado também negativo de R$171,7 milhões no mesmo período do ano
passado.
O resultado foi impactado, principalmente, pela queda dos índices que corrigem os contratos de
financiamento da Companhia, contribuindo para uma redução das despesas financeiras oriundas
dos contratos de financiamento e debêntures. O CDI médio, principal indexador da dívida
consolidada da Companhia, caiu de 14,1% a.a. no 3T16 para 9,2% a.a. no 3T17. A TJLP foi
reduzida de 7,5% a.a. no 3T16 7,0% a.a. no 3T17. Já a inflação medida pelo IPCA, que no 3T16
foi de 1,0%, apresentou redução para 0,6% no 3T17.,
4. Investimentos
Os investimentos consolidados no 3T17 totalizaram R$78,7 milhões, comparados aos R$62,0
milhões verificados no mesmo período de 2016. Do total dos investimentos no 3T17
destacam-se (i) o dedestacam-senvolvimento dos campos de Gavião Caboclo e Gavião Azul; (ii) a perfuração de
poços exploratórios em Morada Nova e Angical; (iii) a implantação do sistema de captação e
tratamento de água do Rio Mearim no Complexo Parnaíba; (iv) programas de eficiência
destinados a aumentar a disponibilidade operacional de Itaqui (revitalização da torre de
resfriamento); e (v) a aquisição de estoque de peças sobressalentes para atividades de
manutenção em Itaqui.
Dos R$ 78,7 milhões investidos, aproximadamente 79% foram destinados a atividades de E&P.
Resultado Financeiro (R$MM)
3T17 3T16 % 9M17 9M16 %Receitas Financeiras 33,8 43,3 -21,9% 89,3 140,1 -36,3% Variações Monetárias 1,3 0,3 403,8% 1,3 42,8 -96,9% Rendas 13,9 16,6 -15,9% 50,2 47,5 5,7% Rendas de partes relacionadas 6,6 9,5 -29,9% 22,8 26,3 -13,2% Outros 11,9 17,0 -30,0% 15,0 23,6 -36,5% Despesas Financeiras (156,0) (215,0) -27,4% (499,9) (655,9) -23,8% Variações monetárias (1,4) (1,7) -15,9% (26,1) (14,0) 86,5% Encargos de dívidas (113,6) (148,4) -23,4% (360,4) (437,5) -17,6% C usto Debentures (18,8) (48,6) -61,4% (69,0) (134,2) -48,6% Outros (19,0) (15,9) 19,8% (42,2) (68,2) -38,1% Juros sobre Provisão de Abandono (0,8) (0,9) -6,9% (2,7) (3,8) -29,4% Variação C ambial (2,2) 0,4 N/A 1,1 1,8 -41,1% Despesas Partes Relacionadas (0,2) - N/A (0,6) - N/A Resultado Financeiro Líquido (122,3) (171,7) -28,8% (410,6) (515,8) -20,4%
Capex (R$MM)
3T17
YTD 2017
Geração: carvão (Itaqui)
8,5
11,5
Geração: gás
6,6
11,7
Upstream
62,2
181,9
Outros
1,4
5,2
Total
78,7
210,3
O investimento da ENEVA em Pecém II foi de R$ 12 milhões (valor já ajustado pela participação
da ENEVA, de 50%).
5. Endividamento
Em 30 de setembro de 2017, a dívida bruta consolidada totalizava R$ 5,0 bilhões, com redução
de 3,5% em relação ao final de 2016. Desse total, 3% está denominado em moeda estrangeira.
O custo nominal médio ponderado da dívida era de 11,8% a.a. e prazo médio de vencimento de
4,3 anos.
A dívida bruta consolidada não inclui a dívida de Pecém II, que no final do 3T17 totalizava R$
1,1 bilhão.
Perfil da Dívida Bruta Consolidada
4.28
3T174.3
2T175. 0
3T165.6
Libor
3%
Pré
4%
TJLP
32%
IPCA
7%
CDI
55%
11.8% 11.9% 14.1%Prazo Médio (anos)
Perfil Dívida - %
Cústo Médio - %
3T17 2T17
Evolução da Dívida Bruta (R$ milhões)
A posição de caixa consolidada da Companhia ao final do trimestre era de R$ 689,7 milhões
(incluindo R$ 175,2 milhões em depósitos vinculados). A dívida líquida consolidada ao final do
3T17 totalizava R$ 4,3 bilhões, equivalente a uma relação dívida líquida/EBITDA ajustado dos
últimos 12 meses de 3,5x.
Considerando a participação da ENEVA em Pecém II (50%), a relação dívida líquida/EBITDA
ajustado dos últimos 12 meses, ao final do 3T17, seria de 3,6.
Impacto da Oferta Pública Primária de Ações no Endividamento da Eneva
Conforme mencionado anteriormente, a Eneva concluiu em outubro uma oferta pública de ações,
tendo levantado R$ 806,0 milhões em recursos primários, líquidos de comissões e despesas. No
mesmo mês, foi feita a liquidação antecipada da dívida de Parnaíba II junto à Caixa Econômica
Federal, no montante de R$ 391 milhões. Os impactos estimados no endividamento da
Companhia e cronograma de amortização da dívida bruta são apresentados abaixo:
Cronograma de Vencimento da Dívida Consolidada
(R$ milhões)
Obs: Posição consolidada de caixa inclui disponibilidades + títulos e valores mobiliários + depósitos vinculados a financiamentos.
Em 31 de setembro de 2017
Pós-oferta
Dívida Líquida Consolidada
(R$ bilhões)
Dívida Líquida
Consolidada/EBITDA
últimos 12 meses
(R$ bilhões)
6. Mercado de Capitais
O Capital Social da ENEVA em 30 de setembro de 2017 era composto por 239.128.430 ações
ordinárias, das quais 100,0% estavam em circulação. A Eneva concluiu, em 20 de outubro,
oferta pública de distribuição primária e secundária de ações, no valor total de R$
876.206.892,00, sendo R$ 834.482.759,00 em recursos primários para a Companhia. O preço
por ação foi fixado em R$ 11,00, com base no resultado do procedimento de coleta de intenções
de investimento (“Bookbuilding”). Foram emitidas 75.862.069 (setenta e cinco milhões
oitocentos e sessenta e dois e sessenta e nove) novas ações ordinárias. O capital social da
Companhia foi elevado para R$ 8.862.843.387,01, representado por 314.990.499 ações
ordinárias.
A distribuição secundária de ações correspondeu à 3.793.103 ações ordinárias de emissão da
Companhia. Os acionistas vendedores foram o Banco BTG Pactual S.A., o Itaú Unibanco S.A., o
Ice Focus EM Credit Master Fund Limited e a Uniper Holding GmbH.
O preço da ação da ENEVA no final do terceiro trimestre de 2017 era de R$15,55, apresentando
uma valorização de 14,3% na comparação com 30 de junho de 2017. Em igual intervalo, o
Índice Bovespa (Ibovespa) e o Índice de Energia Elétrica (IEE) valorizaram 18,1% e 8,4%,
respectivamente. Nos últimos 12 meses, as ações da ENEVA valorizaram 19,7%, o Ibovespa
subiu 27,3% e o IEE valorizou 13,8%. O valor de mercado da Companhia no final do 3T17 era
de R$ 3.718,4 milhões. O volume financeiro médio negociado no 3T17 foi de R$ 0,2 milhão.
3T17
2T17
3T16
12 meses
Volume (MM)*
0,011
0,018
0,068
0,017
Volume financeiro (R$MM)*
R$ 0,2
R$ 0,3
R$ 0,8
R$ 0,2
C otação por ação (fechamento)
R$ 15,55
R$ 13,61
R$ 12,99
R$ 15,55
Valorização da ENEV3
14,3%
-6,1%
12,0%
19,7%
Valorização do IEE
8,4%
-4,7%
17,9%
13,8%
Valorização do Ibovespa
18,1%
-3,2%
13,3%
27,3%
N° de ações 30/09/2017
239.128.430
Valor de mercado (R$MM)
R$ 3.718,4
N° de ações a partir de 05/10/2017
314.990.499
Valor de mercado (R$MM)
R$
3.716,9
*M édia DiáriaComposição Acionária
A ENEVA é uma companhia listada no Segmento Novo Mercado desde o seu IPO em 2007.
Atualmente, não possui acordo de acionistas em vigor. A composição acionária em 20 de outubro
de 2017, data do encerramento da oferta pública, é apresentada abaixo:
Perfil de Ações em Circulação
20 de outubro de 2017
80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 3 0 / 0 6 / 1 7 0 7 / 0 7 / 1 7 1 4 / 0 7 / 1 7 2 1 / 0 7 / 1 7 2 8 / 0 7 / 1 7 0 4 / 0 8 / 1 7 1 1 / 0 8 / 1 7 1 8 / 0 8 / 1 7 2 5 / 0 8 / 1 7 0 1 / 0 9 / 1 7 0 8 / 0 9 / 1 7 1 5 / 0 9 / 1 7 2 2 / 0 9 / 1 7 2 9 / 0 9 / 1 7Performance Mercado de Capitais - 3T17 30/06/2017 = 100
IBOV ENEV3 IEEX
14,3% 18,1% 8,4% R$/ação 30/06/2017 13,61 29/09/2017 15,55 60 70 80 90 100 110 120 130 140 3 0 / 0 9 / 1 6 3 1 / 1 0 / 1 6 3 0 / 1 1 / 1 6 3 1 / 1 2 / 1 6 3 1 / 0 1 / 1 7 2 8 / 0 2 / 1 7 3 1 / 0 3 / 1 7 3 0 / 0 4 / 1 7 3 1 / 0 5 / 1 7 3 0 / 0 6 / 1 7 3 1 / 0 7 / 1 7 3 1 / 0 8 / 1 7 3 0 / 0 9 / 1 7
Performance Mercado de Capitais - 12M 30/09/2016 = 100
IBOV ENE V3 IEE X
R$/ação 30/09/2016 12,99 29/09/2017 15,55 19,7% 27,3% 13,8%
82,0%
18,0%
Nacional
Estrangeiro
1,8%
98,2%
Individuais
Institucionais
Conferência de Resultados do 3T17
Sexta-feira, 10 de novembro de 2017
14h00 (Horário de Brasília) / 11h00 (EUA ET)
Números de acesso no Brasil
+55 11 3193-1001
+55 11 2820-4001
Número de acesso no EUA
+1 646 828-8246 ou +1 786 924-6977
Senha: ENEVA
Contatos da ENEVA
Relações com Investidores:
+55 21 3721-3030
ri@eneva.com.br
ANEXOS
DRE - 3T17 (R$MM)
Geração: Gás Upstream Eliminações entre Segmentos Total Geração: Carvão Comercialização Holding e Outros Eliminações entre Segmentos TotalReceita Operacional Bruta 644,6 296,9 (296,9) 644,6 271,9 157,8 0,2 (139,2) 935,3 Deduções da Receita Bruta (65,9) (44,6) 63,2 (47,2) (27,6) (15,0) (0,0) 12,9 (77,0) Receita Operacional Líquida 578,7 252,3 (233,6) 597,4 244,3 142,8 0,2 (126,3) 858,3 Custos Operacionais (437,9) (98,0) 233,6 (302,3) (226,8) (135,0) (0,0) 126,3 (537,8) Depreciação e amortização (28,7) (49,9) - (78,6) (31,3) - - - (109,9) PC LD + Poços secos - - - - - - - (9,6) (9,6) Despesas Operacionais (9,2) (39,1) - (48,3) (3,7) (1,3) (20,3) (8,5) (82,1) Depreciação e amortização (0,5) (1,3) - (1,8) (0,1) (0,0) (0,8) (8,5) (11,2) EBITDA 160,8 166,4 (0,0) 327,2 45,1 6,5 (19,4) - 369,0 Ajustes não-recorrentes - 10,7 - 10,7 (1,1) - 2,3 (9,6) 2,3 EBITDA ajustado 160,8 177,1 (0,0) 337,9 44,0 6,5 (17,1) - 371,3 Outras receitas/despesas (1,8) (0,1) - (1,9) (2,9) (0,4) 16,9 (21,5) (9,9) Resultado Financeiro Líquido (53,0) (33,8) - (86,8) (34,7) 0,0 (0,8) - (122,3) Equivalência Patrimonial - (6,2) 6,2 - - - 68,1 (74,4) (6,2) EBT 76,8 75,1 6,2 158,1 (23,8) 6,1 64,0 (104,3) 100,0 Impostos C orrentes e Diferidos (17,0) (26,8) - (43,8) - (0,8) - - (44,5) Participações Minoritárias - - - - - - - 0,3 0,3 Resultado Líquido 59,7 48,3 6,2 114,3 (23,8) 5,3 64,0 (104,1) 55,7
DRE - 3T16 (R$MM) Geração: Gás Upstream Eliminações entre Segmentos Total Geração: Carvão Comercialização Holding e Outros Eliminações entre Segmentos Total
Receita Operacional Bruta 485,0 241,4 (241,1) 485,3 156,9 34,4 3,6 (14,9) 665,3 Deduções da Receita Bruta (49,5) (37,1) 63,9 (22,7) (15,8) (3,2) (0,3) 1,4 (40,6) Receita Operacional Líquida 435,5 204,3 (177,2) 462,7 141,1 31,3 3,3 (13,6) 624,8 Custos Operacionais (298,2) (104,6) 177,2 (225,6) (119,7) (36,5) (3,9) 13,6 (372,2) Depreciação e amortização (29,7) (68,0) - (97,7) (24,3) - (0,1) - (122,1) PC LD + Poços secos - (15,2) - (15,2) - - - - (15,2) Despesas Operacionais (8,6) (35,8) - (44,4) (4,1) (0,6) (13,6) (15,1) (77,8) Depreciação e amortização (0,1) (1,1) - (1,2) 0,0 (0,0) (0,6) (15,1) (16,9) EBITDA 158,6 133,0 (0,0) 291,6 41,6 (5,9) (13,5) 0,0 328,9 Ajustes não-recorrentes (0,0) (8,9) - (8,9) - (0,0) - - (8,9) EBITDA ajustado 158,6 148,2 (0,0) 306,7 41,6 (5,9) (13,5) 0,0 320,0 Outras receitas/despesas (0,0) 69,6 - 69,6 (0,5) 0,9 (8,3) 22,4 84,1 Resultado Financeiro Líquido (67,7) (51,8) - (119,5) (39,1) 0,6 (13,8) - (171,7) Equivalência Patrimonial - - - - - - 11,5 (21,1) (9,6) EBT 61,1 81,8 (0,0) 142,8 (22,2) (4,4) (24,9) (13,9) 77,5 Impostos C orrentes e Diferidos (14,1) (2,1) - (16,2) - - 0,0 - (16,2) Participações Minoritárias - - - - - - - 0,6 0,6 Resultado Líquido 46,9 79,7 (0,0) 126,6 (22,2) (4,4) (24,9) (13,3) 61,9
DRE - 9M17 (R$MM)
Geração: Gás Upstream Eliminações entre Segmentos Total Geração: Carvão Comercialização Holding e Outros Eliminações entre Segmentos TotalReceita Operacional Bruta 1.381,4 512,1 (512,0) 1.381,6 526,4 279,7 0,4 (222,1) 1.965,9 Deduções da Receita Bruta (142,0) (72,4) 98,6 (115,8) (53,4) (27,9) (0,0) 20,5 (176,6) Receita Operacional Líquida 1.239,4 439,7 (413,4) 1.265,8 472,9 251,8 0,3 (201,5) 1.789,3 Custos Operacionais (841,4) (182,6) 413,4 (610,7) (388,1) (256,6) (0,1) 201,5 (1.053,9) Depreciação e amortização (86,1) (92,5) - (178,5) (75,3) - - 3,8 (250,0) PC LD + Poços secos - - - - - - - (20,1) (20,1) Despesas Operacionais (25,3) (72,5) - (97,7) (11,7) (3,1) (81,4) (26,9) (220,8) Depreciação e amortização (1,5) (2,4) - (3,9) (0,0) (0,0) (1,8) (26,9) (32,6) EBITDA 460,3 279,5 (0,0) 739,8 148,4 (7,9) (79,4) (3,8) 817,2 Ajustes não-recorrentes - 10,9 - 10,9 (1,1) 10,4 - 6,9 27,0 EBITDA ajustado 460,3 290,4 (0,0) 750,7 147,2 2,5 (79,4) 3,1 844,2 Outras receitas/despesas (0,1) 0,1 - (0,0) (3,0) (0,4) (19,0) 12,7 (9,8) Resultado Financeiro Líquido (173,4) (113,9) - (287,3) (108,7) 1,1 (15,7) - (410,6) Equivalência Patrimonial - (6,2) 6,2 - - - 107,8 (124,3) (16,4) EBT 199,2 64,6 6,2 270,0 (38,5) (7,3) (8,0) (138,5) 77,7 Impostos C orrentes e Diferidos (52,9) (21,3) - (74,1) - (0,8) - - (74,9) Participações Minoritárias - - - - - - - 1,2 1,2 Resultado Líquido 146,3 43,3 6,2 195,8 (38,5) (8,0) (8,0) (137,2) 4,0