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Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

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RELATÓRIO E CONTAS | 2005

Porto, Junho 2006

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Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

Praça da Liberdade, 92 4001-806 PORTO

Execução

Oficinas Gráficas do Banco de Portugal

Tiragem

160 exemplares ISSN 0874-1549

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Índice

Relatório de Actividade e Contas do Exercício de 2005

Relatório Anual

1. Introdução

2. Actividade do FGCAM

3. Informação sobre as Caixas do SICAM

4. Alterações no Enquadramento Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo 5. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2005

6. Síntese do Plano de Actividade do FGCAM para o ano 2006 7. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2005

Contas do Exercício de 2005

• Balanço em 31 de Dezembro de 2005

• Demonstração de Resultados de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2005

Anexos

I. Notas às Demonstrações Financeiras

II. Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2005

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Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

RELATÓRIO E CONTAS | 2005

Conforme disposto no artigo 21º do Decreto-Lei nº 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de Estado e das Finanças para aprovação o Relatório e Contas do Fundo referentes ao exercício de 2005 acompanhados do parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal. Os referidos Relatório e Contas do Fundo foram aprovados pelo Despacho nº 366/06/MEF do Senhor Ministro de Estado e das Finanças de 05 de Abril de 2006.

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1. INTRODUÇÃO

• O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) foi criado pelo Decreto-Lei nº 182/87, de 21 de Abril e viu o seu Regime Jurídico redefinido pelo Decreto-Lei nº 345/98, de 9 de Novembro, tendo sido estabelecidos os seguintes objectivos:

– garantir o reembolso, nos termos e condições legalmente definidos, de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo participantes no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), entidades que entregam anualmente ao FGCAM uma Contribuição de valor determinado nos termos de Aviso do Banco de Portugal (Aviso n.º 14/2003, de 23 de Dezembro). – promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar a liquidez e a solvabilidade das Caixas

participantes.

No âmbito do seu objecto, o FGCAM continuou em 2005 a conceder subsídios e empréstimos às instituições do Crédito Agrícola Mútuo e, em anos anteriores, adquiriu créditos e outros valores através da CREDIVALOR - Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S.A., em cujo capital o FGCAM detém uma participação de valor correspondente a 92%.

O FGCAM funciona no Banco de Portugal, que presta o necessário apoio técnico e material e é dirigido por uma Comissão Directiva, tendo como Presidente um Administrador do Banco de Portugal e dois Vogais, um nomeado pelo Ministério das Finanças e outro nomeado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. Ao Conselho de Auditoria do Banco de Portugal competem, nos termos legais, as funções de fiscalização do FGCAM.

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2. ACTIVIDADE DO FGCAM

No exercício de 2005 o FGCAM prosseguiu as acções de acompanhamento e assistência financeira ao Crédito Agrícola Mútuo dando continuidade à política seguida nos anos anteriores.

• As intervenções do Fundo traduziram-se em:

– Novos Empréstimos Subordinados a CCAM no valor global de 29 milhões de euros, a taxa de juro bonificada, por prazos entre 5 e 10 anos;

– Prorrogação de dois Empréstimos Subordinados anteriormente concedidos no valor global de 9,5 milhões de euros, por mais 6 anos;

– Subsídios no total de 1,3 milhões de euros, atribuídos:

– 1 milhão de euros a uma CCAM, respeitante à devolução da penalização no âmbito da assistência financeira a processo de fusão;

– 0,3 milhões de euros à FENACAM, associado à realização de auditorias a CCAM por solicitação do FGCAM.

• Em 31 de Dezembro de 2005 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo empréstimos concedidos pelo FGCAM no valor de 153,8 milhões de euros e aquisições de créditos e títulos de capital realizadas através da CREDIVALOR no montante de 27 e 60 milhões de euros respectivamente.

Até à data o FGCAM concedeu ao SICAM empréstimos no montante de 213 milhões de euros: 33,5 milhões à Caixa Central e 179,5 milhões a CCAM, tendo já sido reembolsados empréstimos por 20 CCAM no valor de 55,4 milhões de euros.

Periodicamente, em regra semestralmente, o FGCAM procede à análise e acompanhamento da evolução das CCAM beneficiárias da Assistência Financeira do Fundo e à avaliação do cumprimento dos objectivos fixados nos respectivos Planos de Recuperação, parte integrante dos Contratos de Assistência Financeira que consubstanciam a assistência concedida.

A Comissão Directiva continuou a acompanhar a actividade da CREDIVALOR, através do seu representante no Conselho de Administração, e a manter contactos com a Caixa Central com vista à desactivação da Sociedade.

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3. INFORMAÇÃO SOBRE AS CAIXAS DO SICAM

Porque na data de elaboração deste relatório não eram ainda conhecidas as contas consolidadas do SICAM, a análise foi feita a partir das contas da Caixa Central e das contas do conjunto das CCAM do SICAM.

Em 31 de Dezembro de 2005 o SICAM era constituído pela Caixa Central e por 112 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas, menos 8 do que no ano anterior, pela conclusão, no decorrer do exercício, de 6 processos de fusão e um de liquidação, envolvendo 14 CCAM e pela existência de um processo de fusão entre 2 CCAM iniciado em 2005 e em fase final de registo junto do Banco de Portugal.

3.1 Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo

De acordo com as contas apresentadas, a situação da Caixa Central era a seguinte em 31 de Dezembro de 2005: • O Activo Líquido da Caixa Central ascendia a aproximadamente 3,6 mil milhões de euros, mais 457 milhões de

euros do que em 31 de Dezembro de 2004, e tinha a seguinte composição:

– O Crédito sobre Clientes, no valor de 1,4 mil milhões de euros, representava 38% do total do Activo, sendo o valor do Crédito Vencido de 57 milhões de euros, mais 10 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2004. Das Provisões, no valor global de 48 milhões de euros, 35 milhões são Provisões para Crédito Vencido e correspondem a 62% do valor desse crédito, percentagem que em 31 de Dezembro de 2004 era de 67%. – A rubrica Aplicações em Títulos e Outros Activos, no valor de 1,3 mil milhões de euros, representava 35% do

Activo Líquido Total.

CAIXA CENTRAL (em 106 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Disponibilidades 155 400 -245

Outros Créditos sobre I.C. 688 301 387

Crédito sobre Clientes (Líquido) 1 365 1 301 6 4

Obrigações, Acções, O. Activos 1 259 1 018 241

Imobilizado Líquido 7 2 6 5 7

Contas de Regularização 3 6 3 3 3

ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 3 575 3 118 457

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– O valor do Crédito sobre Instituições de Crédito, 688 milhões de euros, registou um acréscimo de 387 milhões de euros relativamente a 2004.

• Em 31 de Dezembro de 2005 o Passivo da Caixa Central correspondia a 97% do Activo, ascendendo a 3,5 mil milhões de euros, valor superior em 446 milhões de euros ao registado em 31 de Dezembro de 2004.

– Os Recursos de Instituições de Crédito, no valor de 3,1 mil milhões de euros, representavam 91% do total do Passivo e correspondiam, quase na sua totalidade, 95%, a Recursos de Caixas associadas.

– A Dívida Subordinada ascendia a 66 milhões de euros, dos quais 33,5 milhões respeitam a empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM: 21,5 milhões de euros no quadro da participação da Caixa Central na operação de saneamento das CCAM da Região do Algarve e 12 milhões de euros no âmbito da intervenção da Caixa Central na operação de saneamento financeiro do Central Banco de Investimento.

CAIXA CENTRAL (em 106 euros)

PASSIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Depósitos de I.C. 3 135 2 718 417

Depósitos de Clientes 157 142 1 5

Resp. por Títulos e O. Passivos 2 9 1 2 1 7

Provisões 4 1 3 5 6

Contas de Regularização 3 4 3 9 - 5

Dívida Subordinada 6 6 7 0 - 4

PASSIVO TOTAL 3 462 3 016 446

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• O valor do Capital Próprio, 3% do Activo da Caixa Central, ascendia a 113 milhões de euros, mais 11 milhões do que em 31 de Dezembro de 2004.

O Capital Social, 218 milhões de euros, manteve o valor registado no final do ano 2004.

Os Resultados Transitados eram negativos em 117 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2005.

Em 2005, o Resultado Líquido do Exercício foi de 10 milhões de euros, valor semelhante ao registado em 2004.

CAIXA CENTRAL (em 106 euros)

CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Capital Social 218 218 0 Reservas 2 3 - 1 Resultados Transitados -117 -129 1 2 Resultado do Exercício 1 0 1 0 0 CAPITAL PRÓPRIO 113 102 1 1 Fonte: ProClarity

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• Análise do Resultado do Exercício da Caixa Central:

No ano 2005 o Produto Bancário ascendeu a 59 milhões de euros, valor superior em 3 milhões de euros ao registado em 2004, decorrente de um aumento dos Juros e Proveitos Equiparados, em 8 milhões de euros, superior ao aumento dos Juros e Custos Equiparados, em 5 milhões de euros.

Os Custos de Funcionamento, 30 milhões de euros, foram superiores em 5 milhões de euros aos de 2004 pelo aumento de 2 milhões de euros nos Custos com Pessoal e de 3 milhões de euros nos Fornecimentos e Serviços Externos. Em 2005, a dotação para Provisões foi de 21 milhões de euros, superior em 2 milhões de euros à registada em 2004.

O Resultado Corrente, 5 milhões de euros, e o Resultado Extraordinário, 9 milhões de euros (do qual se destacam as mais valias na realização de valores mobiliários de 10,3 milhões de euros e as perdas relativas a exercícios anteriores de 1,8 milhões de euros), foram decisivos para o Resultado Líquido apurado em 2005, 10 milhões de euros.

CAIXA CENTRAL (em 106 euros)

CONTA DE RESULTADOS Ano 2005 Ano 2004 Variação

Juros e Proveitos Equiparados 117 109 8

Juros e Custos Equiparados 7 9 7 4 5

– Contribuição para o FGCAM 0 0 0

Outros Resultados Correntes 2 1 2 1 0

PRODUTO BANCÁRIO 5 9 5 6 3

Custos de Funcionamento 3 0 2 5 5

– Custos com Pessoal 18 16 2 – Fornecimentos e Serviços Externos 12 9 3

Amortizações 3 3 0

Provisões 2 1 1 9 2

RESULTADO CORRENTE 5 9 - 4

RESULTADO EXTRAORDINÁRIO 9 1 8

RESULTADO DO EXERCÍCIO A/IRC 1 4 1 0 4

IRC 4 0 4

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1 0 1 0 0

CASH-FLOW LÍQUIDO DO IRC 3 4 3 2 2

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3.2 CCAM do SICAM

A análise da evolução das CCAM do SICAM foi efectuada com base no universo das Caixas pertencentes ao SICAM (com a excepção da Caixa Central) em 31 de Dezembro de 2005.

Em 31 de Dezembro de 2005 o somatório dos valores do Activo Líquido das CCAM participantes no SICAM1

ascendia a 9,1 mil milhões de euros, mais 634 milhões de euros do que o valor de 31 de Dezembro de 2004 referente às 119 CCAM então existentes, apresentando a seguinte composição:

• O Crédito sobre Clientes ascendia a 5,1 mil milhões de euros, representando 56% do Activo Líquido Total. O valor do Crédito Vencido, 419 milhões de euros, aumentou 26 milhões de euros e as respectivas Provisões, 311 milhões de euros, aumentaram 28 milhões de euros. O Crédito Vencido encontrava-se, assim, provisionado em 74%, mais 2 p.p. do que em Dezembro de 2004.

• O Crédito sobre Instituições de Crédito totalizava 3 mil milhões de euros, e correspondia, quase na totalidade, a Aplicações na Caixa Central, as quais representam 33% do total do Activo das CCAM e cerca de 86% do Passivo total da Caixa Central.

1 No final de 2005 encontrava-se em curso um processo de fusão envolvendo 2 CCAM. Apesar de já concretizada a escritura de fusão,

ainda não se encontrava concluído o processo de registo junto do Banco de Portugal. Na medida em que, com referência a 31-12-2005, as CCAM em causa já apresentaram as suas contas consolidadas, e dado que a informação apresentada neste Capítulo é de carácter contabilístico, optou-se por considerar, para este fim, a existência de 111 CCAM, à data de 31-12-2005.

CCAM DO SICAM (em 106 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Disponibilidades 338 310 2 8

Outros Créditos sobre I.C. 2 977 2 590 387

Crédito sobre Clientes (Líquido) 5 102 4 927 175

Obrigações, Acções, O. Activos 201 164 3 7

Imobilizado Líquido 386 381 5

Contas de Regularização 9 7 9 5 2

ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 9 101 8 467 634

(16)

• O valor das Disponibilidades era de 338 milhões de euros, representando 3,7% do Activo.

• O valor bruto das Aplicações em Imobilizado era de 611 milhões de euros e o das amortizações acumuladas de 225 milhões de euros. O Imobilizado Financeiro, com valor bruto de 228 milhões de euros, inclui participações no Capital Social da Caixa Central - 218 milhões de euros e na CREDIVALOR - 2 mil euros, e estava provisionado em 64 milhões de euros.

• A rubrica Aplicações em Títulos e Outros Activos ascendia a 201 milhões de euros e representava 2% do Activo Líquido Total.

O Passivo do conjunto das CCAM do SICAM ascendia a 8,3 mil milhões de euros, mais 562 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2004, e tinha a seguinte composição:

• Os Recursos de Clientes, que representam 96% do total do Passivo, ascendiam a 8 mil milhões de euros, mais 7% do que em 31 de Dezembro de 2004.

• O valor da Dívida Subordinada era de 166 milhões de euros, dos quais 120 milhões respeitam a Empréstimos Subordinados concedidos pelo Fundo às CCAM do SICAM.

O Capital Próprio do conjunto das CCAM do SICAM ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a 784 milhões de euros e a cobertura do Activo por Capitais Próprios era de 8,6%, mais 0,2 p.p. relativamente a 31 de Dezembro de 2004.

O acréscimo de Capitais Próprios foi de 72 milhões de euros, dos quais 39 milhões de euros correspondem ao reforço do valor das Reservas e 32 milhões de euros ao aumento no valor do Capital Social.

CCAM DO SICAM (em 106 euros)

PASSIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Depósitos de I.C. 2 5 - 3

Depósitos de Clientes 7 988 7 456 532

Resp. por Títulos e O. Passivos 3 0 3 4 - 4

Provisões 7 1 7 1 0

Contas de Regularização 6 0 5 6 4

Dívida Subordinada 166 133 3 3

PASSIVO TOTAL 8 317 7 755 562

(17)

No final do ano 2005, a composição dos Capitais Próprios era a seguinte:

• O montante do Capital Social ascendia a 655 milhões de euros; • Os Resultados Transitados eram negativos em 129 milhões de euros;

• O Resultado Líquido do Exercício, no montante de 77 milhões de euros, foi superior em 16 milhões de euros ao apurado no ano 2004.

CCAM DO SICAM (em 106 euros)

CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Capital Social 655 623 3 2 Reservas 181 142 3 9 Resultados Transitados -129 -114 -15 Resultado do Exercício 7 7 6 1 1 6 CAPITAL PRÓPRIO 784 712 7 2 Fonte: ProClarity

(18)

• A análise do Resultado do Exercício gerado pelo conjunto das CCAM do SICAM revela que:

O Produto Bancário ascendeu a 336 milhões de euros, menos 4 milhões do que em 2004, em resultado de o decréscimo de 6 milhões na Margem Financeira não ter sido compensado pelo aumento de 2 milhões nos Outros Resultados Correntes.

Os Custos com Pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos, 176 milhões de euros, registaram em 2005 um agravamento de 10 milhões de euros, aproximadamente 6%.

O reforço de Provisões de 50 milhões de euros, inferior em 22 milhões de euros ao registado no ano 2004, correspondeu à anulação líquida de 9 milhões de euros de Provisões para Crédito Vencido e de Cobrança Duvidosa e de 13 milhões de euros de Provisões para Aplicações Financeiras.

O Resultado Corrente, 96 milhões de euros, registou um acréscimo de 8 milhões de euros relativamente a 2004, em resultado de a anulação líquida de Provisões ter mais do que compensado a redução do Produto Bancário e o

CCAM DO SICAM (em 106 Euros)

CONTA DE RESULTADOS Ano 2005 Ano 2004 Variação

Juros e Proveitos Equiparados 403 404 - 1

Juros e Custos Equiparados 129 124 5

– Contribuição para o FGCAM 14 13 1

Outros Resultados Correntes 6 2 6 0 2

PRODUTO BANCÁRIO 336 340 - 4

Custos de Funcionamento 176 166 1 0

– Custos com Pessoal 101 97 4 – Fornecimentos e Serviços Externos 75 69 6

Amortizações 1 4 1 4 0

Provisões 5 0 7 2 -22

– Provisões para Crédito 49 58 -9 – Provisões para Aplic. Financeiras 1 14 -13

RESULTADO CORRENTE 9 6 8 8 8

RESULTADO EXTRAORDINÁRIO 0 - 8 8

RESULTADO DO EXERCÍCIO A/IRC 9 6 8 0 1 6

IRC 1 9 1 9 0

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 7 7 6 1 1 6

CASH-FLOW LÍQUIDO DO IRC 141 147 - 6

(19)

A Provisão para IRC foi de cerca de 19 milhões de euros, apesar da existência de Resultados Transitados negativos, uma vez que foi abandonado o regime de consolidação de contas para efeitos fiscais, pelo que deixou de ser possível deduzir os prejuízos gerados por algumas CCAM.

O conjunto das CCAM do SICAM registou, em 2005, um Resultado do Exercício de 77 milhões de euros, superior em 16 milhões de euros ao de 2004, dado o maior valor do Resultado Corrente e a inexistência de Resultados Extraordinários negativos relativamente ao verificado no ano anterior.

O Cash-flow do Exercício foi de 141 milhões de euros, valor inferior em 6 milhões de euros ao obtido no ano anterior.

(20)

• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 111 CCAM do SICAM (das quais 19 tinham Contrato de Assistência Financeira com o FGCAM), agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Activo Líquido em 31 de Dezembro de 2005.

VALOR DO ACTIVO LÍQUIDO

Nº de CCAM 6 2 1 2 8 2 0 1 4 2 2 111

Nº de CCAM com Result. Líq. Exercício 0 2 1 2 0 0 0 5

Nº de CCAM Assistidas 0 1 2 5 2 9 1 9

Activo Líquido* (106 euros) 1 6 3 0 4 8 6 9 8 8 201 8 2

Intervalo de variação máximo 19 40 59 80 99 412 412

mínimo 14 21 40 63 80 101 14

Capitais Próprios* (106 euros) 2 3 4 6 8 8 201 7

Intervalo de variação máximo 4 5 9 13 16 48 48

mínimo -2 1 -7 -5 -12 -17 -17

Nº de CCAM (% no Total de CCAM do SICAM) 5% 19% 25% 18% 13% 20% 100%

Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 1% 7% 15% 15% 13% 49% 100%

Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 1% 6% 15% 15% 13% 50% 100%

Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 2% 7% 19% 19% 15% 38% 100%

Crédito Total/Recursos Alheios* (%) 68% 63% 65% 67% 67% 67% 67%

Intervalo de variação máximo 88% 77% 85% 88% 88% 80% 88%

mínimo 53% 45% 30% 55% 48% 55% 30%

Crédito Total/Activo* (%) 59% 55% 59% 60% 59% 61% 60%

Intervalo de variação máximo 68% 67% 86% 86% 76% 72% 86%

mínimo 46% 40% 28% 48% 44% 53% 28%

Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 13% 8% 10% 10% 9% 6% 8%

Intervalo de variação máximo 23% 36% 39% 27% 25% 13% 39%

mínimo 3% 0,7% 0,2% 2% 2% 1% 0,2%

Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 50% 54% 55% 50% 54% 52% 52%

Intervalo de variação máximo 82% 72% 81% 71% 71% 65% 82%

mínimo 29% 40% 42% 31% 40% 26% 26%

Fonte: ProClarity * Valor médio por classe

111 CCAM DO SICAM - 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (106 euros)

Total CCAM [0;20[ [20;40[ [40;60[ [60;80[ [80;100[ 100

(21)

Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:

• O valor médio do Activo das 111 CCAM é de 82 milhões de euros e 6 CCAM têm Activo de valor inferior a 20 milhões de euros.

49 CCAM, 44% do total, têm Activo de valor entre 20 e 60 milhões de euros.

• As 6 CCAM com Activo inferior a 20 milhões de euros representam 5% do número total de CCAM e apenas 1% da captação de Recursos e da concessão de Crédito do SICAM, excluindo a Caixa Central. Este conjunto de CCAM é responsável por 2% do valor do Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM.

Das 5 CCAM que em 2005 apuraram Resultado do Exercício negativo, 2 são CCAM com Activo de valor inferior a 20 milhões de euros, que não beneficiavam da Assistência Financeira do FGCAM.

• As 22 CCAM com Activo superior a 100 milhões de euros representam 20% do número total de CCAM e detêm 49% dos Recursos de Clientes, 50% do Crédito do conjunto das CCAM do SICAM e 38% do total de Crédito Vencido.

Esta classe inclui a CCAM com mais elevado valor de Capital Próprio e a CCAM com maior insuficiência de Capital Próprio, respectivamente 48 e 17 milhões de euros.

9 destas CCAM têm Contrato de Assistência com o FGCAM, entre as quais a CCAM com maior insuficiência de Capital Próprio; 19% do total de Crédito Vencido do conjunto das CCAM do SICAM é detido por estas 9 CCAM com Contrato de Assistência Financeira.

• As CCAM com Activo entre 20 e 100 milhões de euros representam 75% do número total de CCAM do SICAM, detêm 50% dos Recursos captados, 49% do Crédito concedido e 60% do Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM. A este grupo pertencem as restantes 10 das 19 CCAM que têm Contrato de Assistência com o FGCAM.

• Em média, a taxa de transformação de Recursos captados em Crédito Concedido foi de 67%.

• Em relação aos indicadores Crédito Total / Recursos Alheios, Crédito Total / Activo e Crédito Vencido / Crédito Total os valores médios por classe são semelhantes (à excepção dos da classe de CCAM com menor valor do Activo), mas existe uma grande heterogeneidade dentro de cada classe. Os valores máximo e mínimo do indicador Crédito Vencido / Crédito Total ocorrem, simultaneamente, na classe correspondente a CCAM com Activo entre 40 e 60 milhões de euros.

• Os Custos de Funcionamento absorveram em média 52% do Produto Bancário das CCAM. Uma vez mais se verifica grande heterogeneidade dentro de cada classe, sendo na classe de CCAM com Activo inferior a 20 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de Funcionamento absorvem a maior percentagem do respectivo Produto Bancário e na classe de CCAM com Activo superior a 100 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de Funcionamento absorvem a menor percentagem do respectivo Produto Bancário.

(22)

111 CCAM DO SICAM – 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (106 euros)

Total CCAM

VALOR DO CAPITAL PRÓPRIO

0 [0;2,5[ [2,5;5[ [5;7,5[ [7,5;10[ 10

Nº de CCAM 7 1 6 3 0 1 7 1 6 2 5 111

Nº de CCAM com Result. Líq. Exercício 0 2 3 0 0 0 0 5

Nº de CCAM Assistidas 4 6 0 1 4 4 1 9

Capitais Próprios* (106 euros) - 7 2 4 6 9 1 8 7

Intervalo de variação máximo -1 2 5 7 10 48 48

mínimo -17 0 3 5 8 10 -17

Activo Líquido* (106 euros) 7 6 3 6 4 1 6 1 9 7 167 8 2

Intervalo de variação máximo 183 66 101 122 253 412 412

mínimo 16 14 15 31 46 63 14

Nº de CCAM (% no Total de CCAM do SICAM) 6% 14% 28% 15% 14% 23% 100%

Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 6% 6% 14% 12% 17% 45% 100%

Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 7% 6% 13% 11% 16% 47% 100%

Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 18% 11% 13% 11% 17% 30% 100%

Crédito Total/Recursos Alheios* (%) 65% 61% 63% 69% 63% 70% 67%

Intervalo de variação máximo 82% 77% 88% 88% 85% 88% 88%

mínimo 48% 44% 30% 53% 50% 56% 30%

Crédito Total/Activo* (%) 69% 57% 56% 61% 56% 61% 60%

Intervalo de variação máximo 86% 68% 67% 76% 71% 76% 86%

mínimo 54% 40% 28% 45% 44% 48% 28%

Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 20% 13% 8% 7% 8% 5% 8%

Intervalo de variação máximo 39% 25% 36% 14% 15% 9% 39%

mínimo 9% 3% 0,2% 2% 4% 1% 0,2%

Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 61% 59% 54% 51% 51% 51% 52%

Intervalo de variação máximo 81% 82% 70% 63% 71% 65% 82%

mínimo 52% 41% 29% 40% 40% 26% 26%

Fonte: ProClarity * Valor médio por classe

• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 111 CCAM do SICAM agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2005.

(23)

Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:

• O valor médio do Capital Próprio das CCAM é de 7 milhões de euros embora 48% do conjunto das CCAM do SICAM tivessem um Capital Próprio inferior a 5 milhões de euros.

• 7 CCAM tinham Capital Próprio Negativo, das quais 4 beneficiam de Contrato de Assistência com o FGCAM. As CCAM com Capital Próprio Negativo detinham 18% da carteira de Crédito Vencido do conjunto das CCAM do SICAM e apenas 7% do Crédito Total Concedido.

• As CCAM com Capital Próprio superior a 5 milhões de euros representam 52% do conjunto de CCAM do SICAM, detêm 74% dos Recursos captados e do Crédito Concedido e ainda 58% da carteira de Crédito Vencido. • As CCAM com Capital Próprio superior a 10 milhões de euros são apenas 25, 23% do total.

Da análise das informações referentes a 31 de Dezembro 2005 relativas ao conjunto das 111 CCAM do SICAM conclui-se que há indicadores que registam evolução favorável:

– aumento da cobertura do Crédito Vencido por Provisões específicas, mais 2 p.p.; – aumento em 11 M.€. do valor médio do Activo;

– aumento do Capital Social em 5%, 32 M.€.;

– aumento do Resultado do Exercício em 26%, 16 M.€.;

– redução, em 6, do número de Caixas com Resultado do Exercício negativo;

– redução em 47,8 M.€. do valor global da insuficiência em Capital Próprio, que ascendia a 62,6 M.€., em 31 de Dezembro de 2005, dada a exigência de Capital Social mínimo (1,496 M.€.) às CCAM, nos termos da Portaria n.º 1197/2000 do Ministério das Finanças.

Subsistem, porém, alguns problemas económicos e financeiros, dos quais se destacam os seguintes: – aumento do Crédito Vencido em 6,6%, 26 M.€.;

– aumento, em 0,3 p.p., do valor médio do indicador Crédito Vencido / Crédito Total, 7,7%; – redução do Produto Bancário em 1%, 4 M.€., e do Cash-flow em 4%, 6 M.€.;

(24)

4. ALTERAÇÕES NO ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

No ano 2005, registaram-se algumas alterações ao enquadramento jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, nomeadamente as decorrentes da publicação dos seguintes diplomas:

– Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2005, publicado em 28 de Fevereiro de 2005, que altera o Aviso n.º 12/92 relativo ao cálculo dos fundos próprios e ao rácio de solvabilidade das instituições de crédito, na sequência da adopção das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC). Através deste Aviso, foi adicionado um elemento positivo e um elemento negativo no cálculo dos fundos próprios.

– Aviso do Banco de Portugal n.º 9/2005, publicado em 24 de Junho de 2005, que altera o Aviso n.º 6/2003 e que introduz a obrigatoriedade de as instituições financeiras publicarem as suas demonstrações financeiras no Diário da

República. Apesar de esta alteração não ser aplicável às contas em base individual das CCAM do SICAM, é-o às

contas anuais consolidadas do SICAM.

– Avisos do Banco de Portugal n.os 13/2005 e 14/2005, publicados em 16 de Janeiro de 2006, que estabelecem

um regime contabilístico transitório comum para a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e para as CCAM pertencentes ao SICAM. Determinam que estas instituições possam continuar a elaborar as suas contas de acordo com as Instruções n.os 4/96 e 71/96 do Banco de Portugal, sendo que nesse caso a Caixa Central deverá,

adicionalmente, reportar os valores em base consolidada, relativos a 31 de Dezembro de 2005 e aos 4 trimestres de 2006, de acordo com as Normas de Contabilidade Adaptadas (NCA), bem como os fundos próprios e requisitos de fundos próprios. No exercício de 2007, a Caixa Central poderá reportar as contas em base consolidada de acordo com as NIC ou com as NCA, sendo que, caso opte por esta última opção, terá que recalcular, adicionalmente, para 31 de Dezembro de 2007, as contas consolidadas de acordo com as NIC.

(25)

5. ANÁLISE DAS CONTAS DO FGCAM DO EXERCÍCIO DE 2005

A contabilidade do FGCAM obedece ao Plano de Contas proposto pelo Departamento de Contabilidade do Banco de Portugal e aprovado pela Comissão Directiva do FGCAM.

5.1. Balanço em 31 de Dezembro de 2005

Em 31 de Dezembro de 2005 e conforme Balanço em anexo,

O Activo Líquido do Fundo ascendia a 209,6 milhões de euros, mais 12,8 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2004, e tinha a seguinte composição:

• As Imobilizações Financeiras atingiam o valor de 4,6 milhões de euros: • Participação no capital da CREDIVALOR : 46 mil euros

• “Empréstimos de Financiamento” à CREDIVALOR: 4.531 mil euros, dos quais • 3.360 mil euros sob a forma de Prestações Acessórias

• 1.171 mil euros sob a forma de Suprimentos

A participação no capital da CREDIVALOR e o valor dos “Empréstimos de Financiamento” prestados encontram-se totalmente provisionados.

FGCAM – ACTIVO EM 31 DE DEZEMBRO (em 103 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Imobilizações Financeiras (V. Líquido) 0 0 0

Imobilizações Financeiras (V. Bruto) 4 577 2 796 1 781

Provisões p/Imobilizações Financeiras 4 577 2 796 1 781

Empréstimos ao SICAM 153 840 130 033 23 807

Devedores e Credores Diversos 0 318 -318

Aplicações Livres 15 218 30 195 -14 977

Aplicações p/Garantia de Depósitos 40 000 36 000 4 000

Acréscimos e Diferimentos 534 275 259

ACTIVO BRUTO 214 169 199 617 14 552

(26)

• Os Empréstimos ao SICAM assumiam o valor global de 153,8 milhões de euros, mais 23,8 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2004.

No ano 2005 foram concedidos novos empréstimos, no valor global de 29 milhões de euros, e reembolsados empréstimos no montante de 5,2 milhões de euros.

• O valor das Aplicações Livres, 15,2 milhões de euros, está repartido em Depósitos à ordem e a prazo.

• As Aplicações para Garantia de Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM (nos termos e para os efeitos do art. 11º do Decreto-Lei nº 345/98) ascendiam a 40 milhões de euros, mais 4 milhões de euros do que no fim de 2004, e correspondem a aproximadamente 0,5% do valor médio dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM, no ano 2005, e abrangidos pela garantia do Fundo.

Estas aplicações têm assumido a forma de Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito. Os prazos de constituição desses depósitos estão compreendidos entre 3 a 6 meses e são escolhidos de forma a diversificar o risco e a maximizar a rendibilidade obtida.

Em 31 de Dezembro de 2005, o valor destas aplicações respeitava o mínimo fixado no artigo 11º do DL 345/98, correspondendo a cerca de 19% do valor do Activo Bruto do FGCAM.

FGCAM – RECURSOS PRÓPRIOS E PASSIVO EM 31 DE DEZEMBRO (em 103 euros)

RECURSOS PRÓPRIOS E PASSIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

RECURSOS PRÓPRIOS Contribuições 203 898 190 167 13 731 Reservas 6 577 6 417 160 Resultado Líquido -1 010 159 -1 169 209 465 196 743 12 722 PASSIVO Acréscimos e Diferimentos 127 7 8 4 9 127 7 8 4 9

(27)

Em 31 de Dezembro de 2005 os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 209,5 milhões de euros: • Contribuições2 de 203,9 milhões de euros, recebidas nos anos 1998 a 2005.

No ano 2005 o valor das Contribuições recebidas ascendeu a 13,7 milhões de euros. • Reserva Geral no valor de 6,6 milhões de euros.

O acréscimo de 159 mil euros no valor da Reserva Geral no ano de 2005 corresponde à transferência do Resultado do Exercício de 2004, conforme proposta de aplicação de resultados aprovada pela Tutela. • Resultado do Exercício de 2005, negativo em 1.010 mil euros.

O Resultado do exercício de 2005 corresponde a um decréscimo de 1.169 mil euros relativamente ao valor do exercício de 2004, conforme explicitado na análise da Demonstração de Resultados.

O Passivo ascendia, em 31 de Dezembro de 2005, a apenas 127 mil euros.

No exercício de 2005 registou-se, em termos globais:

• aumento do valor dos Recursos Próprios, em 12,8 milhões de euros; • aumento do valor do Activo em 12,8 milhões de euros:

• empréstimos ao SICAM: mais 23,8 milhões de euros;

• fundos afectos à Garantia de Depósitos: mais 4 milhões de euros; • valor dos Depósitos Livres: menos 15 milhões de euros.

Assim, a situação do FGCAM em 31 de Dezembro de 2005 era, em termos globais, a seguinte: • Passivo de valor diminuto;

• Recursos Próprios de 209,5 milhões de euros, aplicados em Empréstimos ao SICAM (153,8 milhões de euros), Depósitos em Instituições de Crédito (55,2 milhões de euros) e Outros Activos - Acréscimos de Proveitos (0,5 milhões de euros).

(28)

5.2. Demonstração de Resultados do Exercício de 2005

O Resultado Líquido do Exercício de 2005, negativo em 1.010 mil euros, foi obtido a partir de um Resultado Financeiro no valor de 624 mil euros, montante que se revelou insuficiente para a cobertura dos Subsídios concedidos, dado que as despesas de funcionamento do FGCAM foram de apenas 18 mil euros.

No exercício de 2005, os Proveitos líquidos do FGCAM ascenderam a 2.405 mil euros, rendimentos gerados pelas aplicações em Depósitos em I.C. e em Empréstimos a CCAM. A rendibilidade média, antes de IRC, das Aplicações Financeiras do FGCAM foi, no ano 2005, de 3,2% (a que corresponde uma rendibilidade líquida de 2,5%). Os Custos Financeiros, no montante de 1.781 mil euros, correspondem, exclusivamente, a Provisões constituídas para o valor dos “Empréstimos de Financiamento” concedidos à CREDIVALOR durante o ano 2005.

O valor dos Subsídios foi de 1.299 mil euros, correspondente ao subsídio atribuído a uma CCAM respeitante à devolução de penalização no âmbito da assistência financeira a processo de fusão e ao subsídio concedido à FENACAM pela realização das auditorias solicitadas a pedido do FGCAM.

FGCAM (em 103 euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 2005 Ano 2004 Variação

PROVEITOS FINANCEIROS (V. Líq.)

Juros Líq. Depósitos em I.C. 1 527 1 471 5 6

Juros Líq. Empréstimos ao SICAM 878 876 2

2 405 2 347 5 8

CUSTOS FINANCEIROS

Juros Empréstimos Obtidos 0 0 0

Provisões para Aplic. Financeiras 1 781 1 750 3 1

1 781 1 750 3 1 RESULTADO FINANCEIRO 624 597 2 7 Subsídios 1 299 425 874 Custos de Funcionamento 1 8 1 9 - 1 (FSE, Outros) 1 317 444 873 RESULTADO CORRENTE -692 153 -845 RESULTADO EXTRAORDINÁRIO -318 6 -324

(29)

As Despesas de Funcionamento, 18 mil euros, englobam Fornecimento e Serviços Externos e Outros Custos e Perdas Operacionais (emolumentos a pagar ao Tribunal de Contas), conforme discriminado no anexo às demonstrações financeiras.

Os Resultados Extraordinários foram negativos, em 318 mil euros, correspondendo, na totalidade, à anulação de penalização que era devida por uma CCAM.

Da análise comparativa das Contas referentes aos exercícios de 2005 e 2004 conclui-se que a diferença entre o Resultado apurado no ano 2005 e o do ano anterior, no montante de - 1.169 mil euros é explicada por:

• acréscimo de 874 mil euros no montante de Subsídios atribuídos em 2005; • menor valor do Resultado Extraordinário (menos 324 mil euros);

• maior valor das Provisões constituídas para aplicações financeiras (mais 31 mil euros) dado o aumento dos “Empréstimos de Financiamento” prestados à CREDIVALOR em 2005, provisionados na sua totalidade; não obstante se ter registado:

• acréscimo dos Proveitos Financeiros em 58 mil euros, sobretudo pelo aumento do valor médio do capital aplicado durante o ano;

• decréscimo em mil euros das Despesas de Funcionamento do FGCAM.

O Resultado apurado pelo FGCAM corresponde ao valor da Margem Financeira deduzido das Provisões constituídas e dos Subsídios concedidos, dado o valor pouco significativo dos Custos de Funcionamento.

A Margem Financeira tem sido essencialmente determinada pela remuneração das Aplicações em Instituições de Crédito, em média 1 p.p. acima da taxa Euribor.

As Provisões constituídas respeitam exclusivamente a financiamentos concedidos à CREDIVALOR.

A contabilização das Contribuições como Recurso Próprio faz com que o valor dos Subsídios anualmente concedidos e as Provisões constituídas sejam os factores determinantes do Resultado apurado.

A análise da evolução do valor dos Recursos Próprios do FGCAM permite concluir que:

– ao longo dos dezanove anos da sua existência, o FGCAM recebeu Contribuições no valor global de 334 milhões de euros;

– o valor da assistência financeira não reembolsável concedida ao Crédito Agrícola Mútuo e das transferências para a Credivalor nos anos 1987 a 2005 ascendeu a 171 milhões de euros.

Em 31 de Dezembro de 2005, os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 209,5 milhões de euros pelo que, no período de 1987 a 2005, o Fundo gerou 46,5 milhões de euros de excedente, isto é, proveitos que não foram absorvidos pelos seus custos de financiamento e de funcionamento.

(30)

5.3. A utilização dos Recursos do FGCAM

A análise da evolução do valor dos Recursos Próprios do FGCAM e da sua utilização revela que, ao longo dos dezanove anos da sua existência:

– o FGCAM recebeu Contribuições e Juros no valor global de 343 milhões de euros: – 111 milhões de euros de Contribuições entregues pelo Banco de Portugal; – 223 milhões de euros de Contribuições pagas pelo SICAM, dos quais:

– 31 milhões de euros pela Caixa Central – 192 milhões de euros pelas CCAM

– 9 milhões de euros de juros pagos pelo SICAM, no âmbito de assistência financeira concedida. – o SICAM recebeu do FGCAM 298 milhões de euros a título de assistência financeira:

– 45 milhões de euros de subsídios, dos quais 2 milhões concedidos à Caixa Central;

– 91 milhões de euros por compra de créditos e títulos de capital no âmbito de Contratos de Assistência Financeira a CCAM;

– 154 milhões de euros de empréstimos ainda não reembolsados, dos quais 34 milhões concedidos à Caixa Central, num total concedido de 157,5 milhões de euros;

– 8 milhões de euros de juros pagos pelo FGCAM ao SICAM. O valor dos Depósitos existentes, 55 M.€., corresponde:

– 44 M.€. à parte do valor total das Contribuições entregues pelo Banco de Portugal (111 M.€.) que não foi transferida para o SICAM;

– 11 M.€. à parte dos Proveitos Financeiros totais (55 M.€.) não absorvida pelas Despesas de Funcionamento (1 M.€.), pelos Custos Financeiros do FGCAM (8 M.€.), pelas Despesas de Financiamento da actividade corrente da CREDIVALOR (32 M.€.) e pelos Subsídios à FENACAM (3 M.€.).

Dos 55 milhões de euros de aplicações em Instituições de Crédito:

– 40 milhões são Aplicações para Garantia dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM e – 15 milhões são Aplicações Livres.

Em 31 de Dezembro de 2005 o valor médio dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM era de 8.134 milhões de euros, e o valor dos Depósitos Elegíveis estima-se em cerca de 8.000 milhões de euros, pelo que o valor do Rácio de Cobertura de Depósitos (quociente entre o valor total das Aplicações e o valor médio dos Depósitos elegíveis), em 31 de Dezembro de 2005, é de 0,7%, sendo de 0,5% a taxa de Cobertura efectiva (quociente entre o valor das

(31)

6. SÍNTESE DO PLANO DE ACTIVIDADE DO FGCAM PARA O ANO 2006

No ano 2006, e atendendo aos meios financeiros disponíveis, o FGCAM dará continuidade a acções de apoio ao saneamento financeiro do SICAM, sob proposta da Caixa Central e em articulação com o Banco de Portugal:

• Celebração de novos contratos de assistência financeira com CCAM, sempre que necessário à sua viabilização, em especial CCAM envolvidas em novos processos de fusão. Estima-se em 25 milhões de euros o valor dos Empréstimos a conceder em 2006.

• Atribuição de Subsídios ao CAM, em valor da ordem dos 0,5 milhões de euros.

O valor do apoio financeiro ao SICAM previsto para o ano 2006 incorpora pois a afectação de recursos do Fundo em valor da ordem dos 25,5 milhões de euros.

No ano 2006, e nos termos do Aviso n.º 14/2003 do Banco de Portugal, as Contribuições do SICAM, principal fonte de financiamento da actividade do FGCAM, deverão ascender a 13,7 milhões de euros, sendo de 0,20% a taxa contributiva de base.

Prevê-se que, com o objectivo de concluir as medidas já iniciadas com vista ao encerramento da actividade da sociedade, conforme as orientações oportunamente definidas pelo FGCAM, a intervenção financeira do FGCAM na CREDIVALOR venha a obrigar, no ano de 2006, à mobilização de montantes até 2,5 milhões de euros, que serão integralmente provisionados.

(32)

7. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE 2005

O Resultado do Exercício de 2005 foi negativo em 1.010.222 euros, valor que a Comissão Directiva propõe seja coberto por utilização de parte da Reserva Geral.

Porto, 8 de Março de 2006

A COMISSÃO DIRECTIVA

José António da Silveira Godinho Isabel Maria Forbes de Bessa Lencastre

(33)

CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2005

• Balanço em 31 de Dezembro de 2005

• Demonstração de Resultados de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2005

Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

(34)
(35)

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

O Director do Departamento de Contabilidade e Controlo

Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

(36)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005

O Director do Departamento de Contabilidade e Controlo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo A Comissão Directiva

(37)

ANEXOS

I. Notas às Demonstrações Financeiras

II. Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2005

(38)
(39)
(40)
(41)

NOTA 1 – IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS

A rubrica “Partes de Capital” regista a participação de 92% no capital social da CREDIVALOR – Sociedade Parabancária de Recuperação de Créditos, S.A., a qual corresponde a 9 200 acções de valor nominal de 5 euros cada, registadas ao valor de aquisição. Esta participação encontra-se totalmente provisionada.

A rubrica “Empréstimos de Financiamento” regista os créditos concedidos à CREDIVALOR sob a forma de Suprimentos e Prestações Acessórias:

(euros)

31-12-2005 31-12-2004

Prestações Acessórias 3 360 000 1 560 000

Suprimentos 1 171 000 1 190 000

Total 4 531 000 2 750 000

A rubrica de Suprimentos, apresenta, em relação a Dezembro de 2004, um decréscimo líquido de 19 000 euros, justificado pelo efeito conjugado de: (i) constituição, ao longo de 2005, de novos suprimentos na CREDIVALOR no montante de 2 031 000 euros, (ii) conversão de 1 800 000 euros em prestações acessórias com carácter de subordinação, que se manterão, enquanto necessárias, para que o capital da CREDIVALOR respeite as disposições em vigor, dando cumprimento ao previsto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais e (iii) devolução, por parte desta entidade, de suprimentos no valor de 250 000 euros. As Prestações Acessórias apresentam assim, face a Dezembro de 2004, um aumento correspondente a 1 800 000 euros. Refira-se ainda que os “Empréstimos de

Financiamento” também se encontram totalmente provisionados (ver Nota 12).

NOTA 2 – DÍVIDAS DE TERCEIROS

A rubrica “Devedores e Credores Diversos” apresenta, à data em análise, um saldo nulo (decréscimo absoluto de 317 984 euros), justificado pela anulação da dívida de uma CCAM. Esta anulação foi efectuada por contrapartida de Custos e Perdas Extraordinários, com reflexo na subrubrica “Correcções Relativas a Exercícios Anteriores” (ver Nota 13).

(42)

(euros)

Início - Fim Prazo 31-12-2005 31-12-2004

Empréstimos Concedidos às CCAM

Albergaria e Sever 2002 - 2010 8 anos 4 500 000 4 500 000 Alcobaça (*) 1996 - 2011 15 anos 17 956 724 -Alto Corgo e Tâmega 1995 - 2006 11 anos 1 995 192 1 995 192 Alto Guadiana (*) 1994 - 2011 17 anos 9 477 160 1 995 192 Área Metropolitana do Porto 1996 - 2011 15 anos 3 491 585 3 491 585 Bairrada e Aguieira 2005 - 2013 8 anos 16 000 000 -Baixo Vouga 2001 - 2009 8 anos 3 000 000 3 000 000 Beira Centro 1998 - 2008 10 anos 3 990 383 3 990 383 Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche 1996 - 2007 11 anos 6 484 373 6 484 373 Cantanhede e Mira 2002 - 2010 8 anos 500 000 500 000 Entre Tejo e Sado 1996 - 2014 18 anos 27 956 724 27 956 724 Lafões 1997 - 2007 10 anos 1 496 394 1 496 394 Moravis 2005 - 2015 10 anos 8 000 000 -Nelas e Carregal do Sal 2000 - 2006 6 anos 1 500 000 1 500 000 Norte Alentejano 1997 - 2005 - - 947 716 Região do Fundão e Sabugal 1997 - 2007 10 anos 1 995 192 2 992 787 Ribatejo Centro (*) - - - 17 956 724 Ribatejo Sul 1997 - 2005 - - 997 596 Salvaterra de Magos 2001 - 2007 6 anos 5 000 000 5 000 000 Silves 2004 - 2009 5 anos 2 000 000 2 000 000 Terras do Sousa, Basto e Tâmega 1999 - 2005 - - 1 000 000 Vale do Tavora 2000 - 2005 - - 1 250 000 Vale do Sousa e Baixo Tâmega 2005 - 2013 8 anos 5 000 000

-Vila Viçosa (*) - - - 7 481 968

120 343 727 96 536 634 Empréstimos Concedidos à Caixa Central

2000 - 2008 8 anos 7 696 800 7 696 800 2001 - 2009 8 anos 6 340 260 6 340 260 2002 - 2010 8 anos 7 459 134 7 459 134 2003 - 2011 8 anos 12 000 000 12 000 000 33 496 194 33 496 194 Total 153 839 921 130 032 828

A. Empréstimos concedidos no ano 2005

Bairrada e Aguieira 16 000 000

Vale do Sousa e Baixo Tâmega 5 000 000

Moravis 8 000 000

29 000.000 B. Empréstimos amortizados no ano 2005

Vale do Tavora (100% antecipado) 1 250 000

Ribatejo Sul (última tranche) 997 596

Região do Fundão (4ª tranche) 997 596

Norte Alentejano (última tranche) 947 716 Terras do Sousa, Basto e Tâmega (100%) 1 000 000

5 192 908 C. Variação do saldo da conta

(43)

NOTA 3 – DEPÓSITOS BANCÁRIOS

A rubrica “Depósitos Bancários” releva os depósitos à ordem e a prazo pelos seguintes montantes: (euros)

31-12-2005 31-12-2004

Depósitos à Ordem 118 214 545 369

Depósitos a Prazo 15 100 000 29 650 000

Total 15 218 214 30 195 369

NOTA 4 – APLICAÇÕES PARA GARANTIA DE DEPÓSITOS

De acordo com o disposto na primeira parte do n.º 1 do art.º 2º do Dec.-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, esta rubrica apresenta um montante de 40 000 000 euros (2004: 36 000 000 euros) relativo a aplicações, com prazo médio de 3 meses, que servem de garantia dos depósitos constituídos nas CCAM participantes no FGCAM.

NOTA 5 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

(euros) 31-12-2005 31-12-2004 Acréscimos de Proveitos Juros a Receber De Depósitos Bancários 130 586 91 318 De Empréstimos Subordinados 216 300 165 790

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 186 514 18 135

Total 533 400 275 243

Acréscimos de Custos

De IRC sobre Aplicações de Capitais 63 420 21 891

De IRC sobre Juros de Empréstimos Subordinados 32 445 24 868

De outros Acréscimos de Custos 31 375 31 033

Total 127 239 77 792

Relativamente à rubrica “Acréscimos de Custos”, o montante de 31 375 euros, registado em “Outros acréscimos de custos”, refere-se a (i) 15 517 euros, que transitam de 2004, relativos à especialização da estimativa de emolumentos a pagar ao Tribunal de Contas pela apreciação das contas anuais do exercício de 2003, os quais não foram ainda pagos no exercício de 2005 e (ii) 15 858 euros, registados no mês de Dezembro de 2005, por contrapartida de “Outros Custos e Perdas Operacionais”, referentes à especialização de emolumentos pela apreciação das contas de 2004 (ver Nota 11).

(44)

NOTA 6 – CONTRIBUIÇÕES

A rubrica “Contribuições” regista, desde o início de 1998, as contribuições entregues ao FGCAM por: (euros)

Banco de Portugal 78 411 349 78 411 349 –

Caixa Central 14 737 753 14 587 130 150 623

CCAM Associadas 110 748 743 97 168 481 13 580 262

Total 203 897 845 190 166 960 13 730 885

NOTA 7 – RESERVA GERAL

A rubrica “Reserva Geral” registou, no ano de 2005, um acréscimo de 159 418 euros resultante da aplicação do Resultado Líquido do exercício de 2004.

NOTA 8 – SUBSÍDIOS AO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

Regista os subsídios concedidos a uma CCAM, em Abril de 2005, pelo montante de 1 036 054 euros e à FENACAM – Federação Nacional das CCAM, CRL, em Dezembro de 2005, pelo valor de 262 500 euros, correspondente à comparticipação nos custos de auditorias efectuadas a CCAM por solicitação do FGCAM.

NOTA 9 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nesta rubrica encontra-se incluído:

(euros)

31-12-2005 31-12-2004

Despesas com Contencioso e Notariado – 312

Seguros de acidentes pessoais – 441

Deslocações e Estadas 2 364 3 102

Total 2 364 3 855

Recebidas no exercício de 2005 31-12-2005 31-12-2004

(45)

NOTA 10 – IMPOSTOS

Regista o custo relativo ao IRC sobre rendimentos de aplicações de capitais:

(euros)

31-12-2005 31-12-2004

IRC à taxa de 15% - Juros de empréstimos a CCAM 154 979 154 587

IRC à taxa de 20% - Juros Aplicações de Capitais

De Depósitos Bancários 150 992 143 536

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 230 849 224 304

Total 536 820 522 427

NOTA 11 – OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS

Regista a estimativa do valor dos emolumentos, a pagar ao Tribunal de Contas, pela apreciação da Conta de Gerência de 2004 (ver Nota 5).

NOTA 12 – CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS

Os “Custos e Perdas Financeiros” apresentam a seguinte decomposição:

(euros)

31-12-2005 31-12-2004

Provisões para Imobilizações Financeiras 1 781 000 1 750 000

Serviços Bancários 41 296

Total 1 781 041 1 750 296

O montante reconhecido em “Provisões para Imobilizações Financeiras” refere-se ao reforço da Provisão para “Empréstimos de Financiamento” à CREDIVALOR (ver Nota 1).

NOTA 13 – CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS

A Dezembro de 2005 o montante desta rubrica refere-se, na totalidade, a “Correcções Relativas a Exercícios

(46)

NOTA 14 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS

Os “Proveitos e Ganhos Financeiros” apresentam a seguinte decomposição:

(euros)

31-12-2005 31-12-2004

Juros Obtidos

De Depósitos Bancários 754 960 717 679

De Empréstimos Subordinados 1 033 193 1 030 578

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 1 154 246 1 121 521

(47)

II. INFORMAÇÃO SOBRE A CREDIVALOR - Exercício de 2005

Empresa maioritariamente participada pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (92% do Capital)

(48)
(49)

1. ACTIVIDADE DA CREDIVALOR NO ANO 2005

A CREDIVALOR - Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S.A. foi constituída na sequência da autorização conferida pela Portaria 6/93 (2ª Série) da Presidência do Conselho de Ministros e Ministério das Finanças publicada em 7 de Janeiro de 1993.

Em 31 de Dezembro de 2005, a participação do FGCAM no capital da Sociedade ascendia a 46 mil euros (92%) e o valor acumulado dos Suprimentos prestados e das Prestações Acessórias efectuadas pelo Fundo era de 1.171 mil euros e 3.360 mil euros, respectivamente. Estes valores encontram-se integralmente provisionados.

Durante o ano de 2005, a actividade da CREDIVALOR continuou a ser desenvolvida em articulação com o FGCAM e a Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo, tendo consistido, essencialmente, na realização de acções tendentes à resolução dos processos de crédito e à venda de imóveis adquiridos ao SICAM em operações de saneamento financeiro, bem como na concretização de medidas conducentes à contenção dos custos de funcionamento da empresa com vista à sua desactivação a curto prazo.

Entre as medidas adoptadas com vista à redução dos custos de funcionamento, destacam-se a mudança das instalações e da sede da empresa, e a redução, em três unidades durante o ano 2005, do número de funcionários, os quais passaram a integrar os Quadros da Caixa Central de Crédito Agrícola.

No ano 2005 a actividade de recuperação de crédito foi da ordem dos 593 mil euros, dos quais 212 mil euros no âmbito de Processos de Assistência Financeira.

(50)

2. CONTAS DA CREDIVALOR DO EXERCÍCIO DE 2005

Em 31 de Dezembro de 2005 o Activo Líquido da CREDIVALOR ascendia a 3 milhões de euros, de cuja composição se destacam:

– 110 mil euros de Depósitos em I.C.;

– 28,5 milhões de euros de Créditos adquiridos a CCAM, provisionados em 99,8% do seu valor;

– 9,7 milhões de euros de Outros Activos, provisionados em 71%, correspondentes a imóveis recebidos em processos de recuperação de créditos.

No ano 2005 o Activo Líquido da CREDIVALOR registou um decréscimo de 624 mil euros determinado, essencialmente, pela redução em:

– 78 mil euros do valor das Disponibilidades;

– 30 mil euros do valor do Imobilizado Líquido, decorrente, essencialmente, da alienação de equipamentos obsoletos e diverso mobiliário;

– 500 mil euros do valor líquido de Outros Activos, valor determinado, sobretudo, pela alienação de 2 imóveis adquiridos em processos de recuperação de créditos, 250 mil euros, e pelo reforço de Provisões,

CREDIVALOR (em 103 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

Disponibilidades 110 188 -78

Aplicações I.C. 0 0 0

Crédito sobre Clientes (Líq.) 4 5 4 7 - 2

Valor Bruto 28 529 31 519 -2 990 Provisões 28 484 31 472 -2 988 Imobilizado (Líq.) 1 4 4 4 -30 Valor Bruto 477 759 -282 Amortizações 463 715 -252 Outros Activos (Líq.) 2 788 3 288 -500 Valor Bruto 9 761 9 481 280 Provisões 6 973 6 193 780 Contas de Regularização 2 0 3 5 -15 ACTIVO BRUTO 38 898 41 982 -3 084 ACTIVO LÍQUIDO 2 978 3 602 -624

(51)

– 2 mil euros do valor líquido do Crédito sobre clientes, valor resultante da recuperação parcial de créditos, no valor de 593 mil euros, e da anulação de créditos considerados irrecuperáveis, no valor de 2.396 mil euros, e da consequente anulação e utilização de Provisões no montante global de 2.989 mil euros.

Em 31 de Dezembro de 2005, o Passivo da CREDIVALOR ascendia a 2,2 milhões de euros, sendo: – 1,2 milhões de euros de “Débitos para com I.C.”, suprimentos efectuados pelo FGCAM;

– 0,2 milhões de euros de Débitos a CCAM por aquisições de Crédito no âmbito da Área Negocial (no ano 2005 os reembolsos de empréstimos das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo ascenderam a 1,3 milhões de euros);

– 0,8 milhões de euros de Outros Passivos, Provisões e Contas de Regularização.

CREDIVALOR (em 103 euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31 Dez. 2005 31 Dez. 2004 Variação

CAPITAL PRÓPRIO 738 6 8 670

Capital Social (V. Realiz.) 5 0 5 0 0

Passivos Subordinados (a) 3 360 1 560 1 800

Reservas 0 0 0

Resultados Transitados -1 541 -860 -681

Resultados do Exercício -1 131 -682 -449

PASSIVO 2 240 3 534 -1 294

Débitos para com I.C. (b) 1 171 1 190 -19

Débitos a clientes 224 1 561 -1 337

Outros Passivos 511 641 -130

Provisões 243 1 7 226

Contas de Regularização 9 0 125 -35

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2 978 3 602 -624

(a) Prestações Acessórias, por conversão, pelo FGCAM, de parte dos Suprimentos prestados (b) Suprimentos prestados pelo FGCAM

(52)

O valor do Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2005, 738 mil euros, decorre: – do valor do prejuízo do Exercício de 2005, -1,1 milhões de euros; – do montante dos Resultados Transitados, -1,5 milhões de euros e

– do valor dos Passivos Subordinados, 3,3 milhões de euros, correspondente a prestações acessórias efectuadas pelo FGCAM com contrato de subordinação, por conversão de parte do montante de Suprimentos prestados à CREDIVALOR.

No ano de 2005 a CREDIVALOR apurou um Resultado do Exercício negativo de 1.131 mil euros.

A Margem Financeira foi negativa em 8 mil euros, superior em 2 mil euros relativamente a 2004. A diminuição dos custos financeiros não foi suficiente para evitar a determinação de uma Margem Financeira negativa, dada a inexistência de Aplicações Financeiras no ano 2005 e, consequentemente, de proveitos financeiros associados.

Os Custos de Funcionamento (Custos com Pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos) ascenderam a 1,1 milhões de euros, menos 292 mil euros do que no ano 2004, dadas as medidas implementadas com vista à respectiva redução.

CREDIVALOR (em 103 euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 2005 Ano 2004 Variação

Juros e Proveitos Equiparados 6 2 7 -21

Juros e Custos Equiparados 1 4 3 7 -23

MARGEM FINANCEIRA - 8 -10 2

Custos com Pessoal 654 929 -275

Fornecimentos e Serviços Externos 446 463 -17

Amortizações do Exercício 2 9 4 4 -15

Impostos 5 2 7 -22

Constituição/Reforço de Provisões 1 036 3 6 1 000

Outros Custos de Exploração 1 4 0 1 4

Total de Custos de Exploração 2 184 1 499 685

Outros Proveitos de Exploração 455 647 -192

Anulação de Provisões 593 204 389

Resultado Extraordinário 1 4 -24 3 8

Total de Ganhos 1 061 827 234

(53)

O valor dos Outros Proveitos de Exploração (constituídos essencialmente por lucros em alienação de bens e recuperação de créditos, juros e despesas) não foi suficiente para contrabalançar o ainda relativamente elevado valor dos Custos de Funcionamento que, conjugado com a constituição líquida de Provisões e a Margem Financeira negativa, determinou um Resultado do Exercício negativo.

Desde a constituição da CREDIVALOR, o FGCAM transferiu para a sua participada 123 milhões de euros a título de Capital e Suprimentos, tendo estes últimos sido posteriormente utilizados, em grande parte, para conversão em Prestações Acessórias e para cobertura de Resultados Transitados negativos.

Dos 123 milhões de euros entregues à CREDIVALOR, 91 milhões destinaram-se a cobrir intervenções no âmbito de Contratos de Assistência Financeira e 32 milhões a adquirir activos a instituições do SICAM, fora do âmbito de Contratos de Assistência Financeira, a pagar juros associados a débitos às CCAM, bem como a financiar a actividade corrente da CREDIVALOR.

(54)

3. ACTIVIDADE DA CREDIVALOR EM 2006

Espera-se que sejam concluídas durante o ano de 2006 as negociações com a Caixa Central relativas à desactivação da Sociedade. Enquanto se mantiver em funcionamento, a CREDIVALOR continuará a desenvolver a sua actividade na área da recuperação de créditos, privilegiando a renegociação das dívidas antes do recurso à acção judicial para a cobrança coerciva dos créditos.

(55)

PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA

DO BANCO DE PORTUGAL

(56)
(57)

PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA DO BANCO DE PORTUGAL

Em conformidade com as disposições aplicáveis do RGICSF - Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e com o disposto nos artigos 20º e 21º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, o Conselho de Auditoria do Banco de Portugal emite o seu parecer acerca do Relatório e Contas do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), referentes ao exercício de 2005.

As demonstrações financeiras do FGCAM foram elaboradas tendo em atenção o estipulado no artigo 19º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, sobre a organização do plano de contas do FGCAM. Este tem por base o Plano Oficial de Contabilidade com os ajustamentos implícitos à natureza específica da actividade do FGCAM. O FGCAM tem por objecto garantir, dentro dos limites fixados, o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM’s) suas associadas, bem como promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições com vista à defesa do Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro de 2005, o SICAM era constituído pela CCCAM e por 112 CCAM’s suas associadas.

O Conselho de Auditoria, no desempenho das suas competências, acompanhou o funcionamento do FGCAM, através da documentação periodicamente remetida pela Comissão Directiva, complementada por informações e esclarecimentos pontuais considerados necessários para o desenvolvimento da sua acção.

Durante o exercício findo, o FGCAM continuou com a sua política de acompanhamento e assistência financeira ao SICAM, de que se destaca a concessão de empréstimos subordinados a taxa de juro bonificada e subsídios diversos. Em 2005, as intervenções do FGCAM traduziram-se na concessão de novos empréstimos subordinados no valor de 29 milhões de euros, a taxa de juro bonificada, por prazos entre 5 e 10 anos; prorrogação de dois empréstimos subordinados anteriormente concedidos no valor global de 9,5 milhões de euros, por mais 6 anos; atribuição de um subsídio de 0,3 milhões de euros à FENACAM – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, FCRL, associado à realização de auditorias a CCAM’s por solicitação do FGCAM e de um subsídio de 1 milhão de euros a uma CCAM, respeitante à devolução da penalização no âmbito da assistência financeira a processo de fusão.

Em 31 de Dezembro de 2005, estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo empréstimos concedidos pelo FGCAM no valor de 153,8 milhões de euros (120,3 milhões de euros às CCAM’s e 33,5 milhões de euros à CCCAM) e aquisições de crédito e títulos de capital, através da Credivalor, nos montantes respectivamente de 27 e 60 milhões de euros.

As aplicações efectuadas pelo FGCAM, para garantir o reembolso dos depósitos constituídos na CCCAM e nas CCAM’s suas associadas, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2º e no artigo 11º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, atingiram os 40 milhões de euros, de forma a que essas aplicações correspondam a aproximadamente 0,5% do valor médio dos depósitos constituídos no âmbito do SICAM e abrangidos pela garantia do FGCAM. Estas aplicações têm assumido a forma de depósitos a prazo em instituições de crédito, sendo os prazos compreendidos entre 3 a 6 meses e são escolhidas de forma a diversificar o risco e maximizar a rendibilidade obtida.

(58)

No que concerne à participação no capital da Credivalor – Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S.A., e de acordo com o mencionado em anteriores pareceres, no que respeita à operação de redução do capital social da mesma, a Comissão Directiva do FGCAM deliberou a subscrição de 9.200 acções de valor nominal de 5 euros cada, totalizando 46.000 euros e representando 92% do capital social da Credivalor, S.A., tendo esta participação sido integralmente provisionada por contrapartida de custos do exercício.

O saldo de empréstimos de financiamento refere-se integralmente à Credivalor, totalizando 4,531 milhões de euros e encontrando-se integralmente provisionado (prestações acessórias com carácter de subordinação no montante de 3,360 milhões de euros e suprimentos no montante de 1,171 milhões de euros).

A Comissão Directiva continuou a acompanhar a actividade da Credivalor, através do seu representante no Conselho de Administração e a manter contactos com a Caixa Central com vista à desactivação da sociedade.

Os recursos próprios do FGCAM ascendem a 209,5 milhões de euros, incluindo as contribuições do Banco de Portugal, da CCCAM e das CCAM’s associadas no montante de 203,9 milhões de euros, a reserva legal geral de 6,58 milhões de euros e o resultado do exercício de 2005, negativo em 1,01 milhões de euros.

O resultado líquido do exercício foi negativo em 1.010.221,61 euros, montante que a Comissão Directiva propõe seja transferido na totalidade para Reserva Geral.

Com base na análise efectuada, tendo presentes as considerações anteriores e o relatório do Departamento de Auditoria do Banco de Portugal, o Conselho de Auditoria nada tem a objectar à aprovação do Relatório e Contas do FGCAM referentes ao exercício de 2005, bem como à proposta de aplicação de resultados, apresentados pela Comissão Directiva.

Lisboa, 28 de Março de 2006

O CONSELHO DE AUDITORIA

Emílio Rui da Veiga Peixoto Vilar Rui José da Conceição Nunes

Modesto Teixeira Alves José Vieira dos Reis

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