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Políticas públicas e fatores de risco para o câncer cervical: vulnerabilidades de um grupo de mulheres trabalhadoras

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Academic year: 2021

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Políticas públicas e fatores de

66

risco para o câncer cervical:

vulnerabilidades de um grupo

de mulheres trabalhadoras

Brenda Freitas Pontes

UFF

Mariana Tavares da Silva

UFF

Sthefany Suzana Dantas da Silveira

UFF

Belisa Maria Santos da Silva

UFF

Mara Dayanne Ramos Alves de

Cerqueira UNESA

Jane Baptista Quitete

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Palavras-chave: Câncer do Colo do Útero, Papilomavírus Humano, Saúde Sexual e

Reprodutiva, Saúde da Mulher, Promoção da Saúde.

RESUMO

Introdução: O câncer de colo uterino está relacionado à infecção por subtipos

oncogê-nicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), sendo considerado um problema de saúde pública. Objetivo: Identificar as vulnerabilidades para o câncer de colo do útero de mulhe-res trabalhadoras participantes do evento Outubro Rosa. Método: Relato de experiência sobre os resultados de ação de cuidado realizada no Centro de Distribuição das lojas RENNER. Ação de saúde vinculada ao projeto de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), CAAE nº: 93546617.3.0000.5243.

Resultados: Identificamos fatores de risco mais prevalentes: uso de contraceptivo oral

(55,2%), sexarca precoce <15 anos (20,7%), multiparidade (17,2%), múltiplos parceiros (13,8%), infecção por HPV (10,3%) e tabagismo (6,9%). Observamos um número con-siderável de mulheres que nunca realizaram o exame Papanicolaou e não realizaram a imunização contra o HPV. Conclusão: Os resultados apontam para uma importante reflexão sobre o cuidado oferecido às mulheres, entendidas não apenas como sujeitos de cuidado no processo de adoecimento, mas protagonistas nas práticas de educação e promoção da saúde.

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INTRODUÇÃO

O papilomavírus humano (HPV) é considerado um problema de saúde pública devido ao papel etiológico do vírus HPV sobre o câncer de colo uterino, sendo esse tipo de câncer, o segundo tumor mais reincidente entre as mulheres no mundo e a quarta causa de óbito por câncer no âmbito da população feminina. São consequências da infecção por HPV cerca de 90% dos casos de câncer do colo do útero (WHO, 2014). No Brasil, em 2020, são esperados 16.590 casos novos, com um risco estimado de 12,6 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2020). Tendo em vista a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, que define à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” as políticas públicas são de extrema relevância.

O Brasil foi um dos países pioneiros na introdução do exame citopatológico para fim do diagnóstico do câncer do colo do útero. As políticas públicas em relação ao câncer de colo do útero vêm sendo desenvolvidas desde meados dos anos 80. Inicialmente as cam-panhas eram feitas com estratégias especificas e abrangendo um número limitado de pes-soas. A primeira estratégia do ministério da saúde foi iniciada em 1997 denominada Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo Uterino (PNCCCU). Nos anos subsequentes foi desenvolvido pelo INCA Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), um projeto em fase com foco na oferta do exame Papanicolaou em que passou por fases de aperfeiçoamento e evolução em assuntos relacionados ao colo de útero como método ver e tratar, permitindo o tratamento logo após a visualização do colo do útero, por meio da colposcopia (INCA, 2018).

Em 1998 intensificaram-se o chamado programa viva mulher. Em 1999 e 2000 hou-ve a estabilização contando com direitos gerais em que as ações foram incorporadas no SUS. No ano de 2002 fomentou-se o programa ampliando a cobertura em todo o país com ações de rastreamento do câncer de colo de útero. (INCA, 2018) O sucesso das ações de rastreamento deve-se aos seguintes fatores: informar e mobilizar a população e a sociedade civil organizada; alcançar a meta de cobertura da população alvo; garantir acesso a diag-nóstico e tratamento; garantir a qualidade das ações; monitorar e gerenciar continuamente as ações (INCA, 2016).

O câncer de colo uterino está relacionado à infecção por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano). Os vírus são de DNA circular de 8000 pares de bases e fita dupla, têm no máximo seis genes precoces (envolvidos na replicação viral) e dois genes tardios (envolvidos na formação de capsídeos). O capsídeo é icosaedro, possui um diâmetro de aproximadamente 60nm e não apresenta revestimento por envelope lipídico. (BUCK et al., 2008) O vírus infecta os epitélios podendo ocasionar neoplasias ou persistir de forma assintomática. Os HPVs abrangem mais de 180 tipos diferentes de vírus, dentre eles

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15 têm altas propriedades oncogênicas (BERNARD et al., 2010). Os HPV-16 e o HPV-18 representam cerca de 70% dos cânceres cervicais. A incidência anual de casos de câncer de colo do útero é de aproximadamente 500 mil casos. O câncer do colo do útero é respon-sável por 311 mil óbitos por ano. O diagnóstico precoce e o rastreamento são estratégias para detecção precoce (WHO, 2007).

As lesões precursoras pelo HPV são classificadas baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais benignas e lesões intraepiteliais de baixo grau sendo elas tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108 e alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de alto grau e, especialmente, nos carcinomas tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 (BRASIL. 2019).

A relação do vírus HPV com o câncer de colo de útero teve início em 1949 com a introdução do exame Papanicolau pelo patologista George Papanicolaou (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010). O câncer do colo do útero é descrito pela replicação desor-denada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância. As principais categorias invasoras são: o carcinoma epidermóide (representa 90% dos casos) e o adenocarcinoma. (INCA, 2020) As infecções pelo HPV são evidenciadas no trato genital feminino por verru-gas latentes, transitórias, persistentes e benignas, lesões escamosas de baixo e alto grau e câncer cervical (BRASIL, 2016). Os programas de triagem de citologia cervical reduziram significativamente as taxas de câncer do colo do útero nas últimas décadas.

O Consultório de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense de Rio das Ostras, inaugurado em 2017, é um cenário de inovação pedagógica para o ensino, pesquisa e extensão em saúde da mulher, tendo como prioridade a realização de atividades práticas destinadas ao aprimoramento do acadêmico de enfermagem e atendimento à população local, inclusive a comunidade acadêmica (discentes, docentes, técnico-administrativos e terceirizados). O objetivo deste trabalho é identificar as vulnerabilidades para o câncer de colo do útero das mulheres participantes do evento Outubro Rosa.

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência sobre o evento Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense, Campus Rio das Ostras, realizado no mês de outubro de 2019, tendo como programação: 05/10 no Terreiro de Umbanda

Casa das Almas; 08/10 Grupo de Gestante de Vida; 10 e 31/10 na UFF Campus Rio das Ostras; e, 17/10 no Centro de distribuição das lojas RENNER, localizado no município do Rio de Janeiro.

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O grupo de trabalho contou com a participação de 03 docentes do Curso de Enfermagem e 06 discentes do Curso de Graduação em Enfermagem. A ação extensionista se propôs a realizar exame clínico das mamas, coleta de exame papanicolaou, anamnese em saúde sexual e reprodutiva, avaliação em saúde (aferição de pressão arterial e glicemia capilar, circunferência abdominal, mensuração de peso e estatura para o cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), solicitação de exames complementares (Ultrassonografia das mamas, ma-mografia, citopatologia oncótica da cérvice uterina, Ultrassonografia transvaginal), enca-minhamento para atualização do cartão vacinal, rodas de conversa, e práticas integrativas complementares (constelação familiar e auriculoterapia na redução do estresse).

Os discentes participaram de todas as etapas necessárias para a realização do evento: planejamento das atividades, elaboração e reprodução dos impressos, levantamento dos materiais educativos (banners, álbum seriado, prótese peniana, pelve feminina de acrílico, preservativos femininos e masculinos, mamas de tecido), levantamento dos equipamentos para atendimento (luvas de procedimento, álcool gel, esfignomanômetro, estetoscópio, ba-lança antropométrica, fita métrica, maca para exame clínico, mesa e cadeira), organização dos espaços de atendimento, atendimento ao público e compilação dos resultados).

Esta atividade acadêmica está vinculada ao Projeto de Pesquisa intitulado: Saúde Sexual e Reprodutiva das Usuárias do Consultório de Enfermagem do Campus Universitário da Universidade Federal Fluminense Rio das Ostras, autorizado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), CAAE nº: 93546617.3.0000.5243.

RESULTADOS

Neste manuscrito apresentaremos somente os resultados relativos à ação realizada no Centro de distribuição da RENNER. Neste cenário, a compilação dos dados, extraídos das fichas de anamnese revela que 68 mulheres realizaram a consulta de enfermagem com vistas ao rastreamento do câncer do colo do útero, e 95 mulheres participaram das rodas de conversas.

Foram temas abordados nas rodas de conversa: planejamento reprodutivo, sexualidade feminina: visibilidade e vulnerabilidade, infecções sexualmente transmissíveis, promoção e proteção à saúde da mulher sobre câncer de mama e câncer de colo de útero.

A caracterização das mulheres atendidas apresentada no Quadro 01 evidencia algu-mas variáveis que foram selecionadas intencionalmente para composição deste manuscrito. Na consulta de enfermagem, foram atendidas 68 mulheres. Quanto a idade, verificou--se a maior proporção de mulheres entre 20 a 39 anos de idade (54 registros; 86%), que se declararam cis gênero (62; 98,4%), heterossexuais (60; 95,2%), solteiras (46; 73%), naturais da cidade do Rio de Janeiro (54; 85,6%), com ensino médio completo (43; 68%),

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evangélicas (24; 39%), tendo empate entre a cor autodeclarada branca (20; 32%) e parda (20, 32%). (Quadro 01).

Quadro 01.Caracterização das mulheres atendidas no evento Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem, realizado no Centro de Distribuição da RENNER, Rio de Janeiro, Brasil, 2019.

Variáveis N %

Idade

- 10 a 19 anos (adolescente) 6 9%

- 20 a 39 anos (adulto jovem) 54 86%

- 40 a 59 anos (meia idade) 3 5%

- 60 anos ou mais (idoso) 0 0,0

Identidade de gênero - Cisgênero 62 98,4% - Não declarado 1 1,6% - Transgênero 0 0,0 - Gênero fluido 0 0,0 - Não binário 0 0,0 Orientação sexual - Heterossexual 60 95,2% - Homossexual 1 1,6% - Bissexual 2 3,2% - Pansexual 0 0,0 - Assexual 0 0,0 Naturalidade - Rio de Janeiro (RJ) 54 85,6% - São Paulo (SP) 1 1,6%

- Rio Grande do Norte (RN) 1 1,6%

- Não declarado 7 11,2% Estado civil - Solteira 46 73% - Casada 14 22,2% - União estável 1 1,6% - Divorciada 1 1,6% - Viúva 1 1,6% Cor autodeclarada - Amarela 5 8% - Branca 20 32% - Parda 20 32% - Preta 17 27% - Não declarada 1 1% Religião - Não 20 33% - Católica 11 17& - Espírita 2 3% - Judaica 0 0 - Protestante 2 3% - Evangélica 24 39%

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Variáveis N % - Umbanda 2 3% - Testemunha de Jeová 1 1% - Não declarada 1 1% Escolaridade - Analfabeta 0 0 - Fundamental incompleto 0 0 - Fundamental completo 0 0 - Médio incompleto 4 6% - Médio completo 43 68% - Superior incompleto 11 18% - Superior completo 4 6% - Não declarado 1 2%

No quadro 02 são apresentados os fatores de risco câncer de colo do útero. Neste observamos que alguns fatores de risco são mais prevalentes como: uso de contraceptivo oral (55,2%), sexarca precoce <15 anos (20,7%), multiparidade (17,2%), múltiplos parceiros (13,8%), infecção por HPV (10,3%) e tabagismo (6,9%).

Quadro 02.Fatores de risco para Câncer do Colo do Útero nas mulheres atendidas no evento Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem, realizado no Centro de Distribuição da RENNER, 2019.

Fatores de risco para o câncer de colo do útero: n %

- Tabagismo 2 6,9%

- Múltiplos parceiros 4 13,8%

- Baixa escolaridade 0 0%

- Sexarca precoce <15 anos 6 20,7%

- Multiparidade 5 17,2%

- Uso de contraceptivo oral 16 55,2%

- Infecção por HPV 3 10,3%

- Imunossupressão 0 0%

No quadro 03 observamos o alarmante dado que 25,4% das mulheres atendidas nunca realizaram o exame Papanicolaou.

Quadro 03.Ano da realização do último Papanicolaou das mulheres atendidas no evento Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem, realizado no Centro de Distribuição da RENNER, 2019.

Ano da realização do último Papanicolaou n %

- Nunca fez 17 25,4% - 2019 13 19,4% - 2018 18 26,9% - 2017 13 19,4% - 2016 5 7,5% - 2014 1 1,5%

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DISCUSSÃO

FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Uso de contraceptivo oral

A análise da relação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco de de-senvolvimento do câncer de colo de útero ainda é deficiente. No entanto, Bedin, Gasparin e Pitilin (2017) explicam que os contraceptivos orais utilizados de maneira isolada não possuem efeitos sobre o desenvolvimento de lesões cervicais. Contudo, em mulheres infectadas pelo HPV, a pílula anticoncepcional pode atuar aumentando a suscetibilidade ao desenvolvimento de lesões de alto grau.

Além disso, mulheres que fazem o uso de anticoncepcional visando unicamente o im-pedimento da gravidez, renunciam ao uso de métodos de barreira e prevenção de contato, aumentando o risco de exposição a diversas infecções sexualmente transmissíveis, inclusive o HPV (OKAMOTO et al., 2016).

Neste estudo, 55,2% das participantes relatou o uso de contraceptivos orais.

Sexarca precoce <15

A sexarca precoce é considerada um fator de risco para o câncer do colo de útero e pode gerar complicações. De acordo com estudos, cerca de 17,1% das mulheres que apre-sentaram HPV, tiveram o início da atividade sexual antes ou durante os 15 anos de idade (AYRES et al., 2017).

Martins et al. (2017) explicam que, durante a adolescência, a anatomia da cérvice do colo uterino feminino ainda não está em completa formação. Com isso, o desenvolvimento de infecções sexualmente transmissíveis neste período provoca precocemente o desenvol-vimento de alterações e lesões em mucosas cervicais.

Neste estudo, 20,7% das participantes possuíam este fator de risco.

Multiparidade

Pesquisas e estudos de casos e controles demonstram a multiparidade como um fator de risco para o câncer de colo uterino (ABREU et al, 2018). Fatores nutricionais e hor-monais são considerados para associação entre a multiparidade e câncer de colo uterino, uma hipótese seria a redução da resposta imune-humoral contra o HPV durante a gestação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Um estudo realizado pela International Agency for Research on Câncer (IARC) com 1.853 gestantes e 255 controles mostrou que mulheres que tenham

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tido um número acima de 6 gestações possuem um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer de colo uterino em relação as nulíparas.

Neste estudo, 17,2% das participantes possuíam este fator de risco.

Múltiplos parceiros

A conduta sexual tem ligação direta a exposição de diversos tipos de papilomavírus, estudos fazem coligação dos fatores com a incidência de câncer de colo uterino. A ex-posição ao risco sendo maior aumenta consequentemente a possibilidade de infecção, mulheres que possuem mais de um parceiro (a) apresentam maior viabilidade de con-tagio e transmissão. Em nosso estudo 13,8% relataram ter múltiplos parceiros (as) se-xuais. É possível associar fatores sociais tais como, o início precoce da vida sexual sem proteção (RODRIGUEZ et al., 2018).

Infecção por HPV

Historicamente, a associação do vírus HPV ao câncer de colo uterino deu-se a partir da introdução do exame papanicolaou para detectar a doença e alterações celulares pré-ma-ligna. (BORGES et al., 2018). Através de pesquisas realizadas pelo infectologista alemão Harold zur Hausen, afirmou-se que o papilomavírus humano tipo 16 (HPV16), ligado ao HPV18, representava 70% das biópsias realizadas em pacientes com câncer de colo uteri-no. Tais descobertas foram altamente relevantes para estratégias de prevenção da doença (DOGANTEMUR et al., 2020).

Os vírus do HPV pertencem à família Papillomaviridae, gênero Papilomavírus. O ge-noma é constituído por dupla hélice de DNA circular e apresenta aproximadamente 8.000 pares de bases (BORGES et al., 2018). Pesquisas apontam a identificação de mais de 200 tipos de HPV, sendo de alto ou baixo risco oncogênico. As lesões precursoras pelo HPV classificadas de baixo risco oncogênico são os tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108 e alto risco oncogênico tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. A infecção pelo HPV tem sido descrita sob três formas de apresentação: latente, subclínica e clínica (BRASIL, 2019).

A transmissão do HPV se dá através do contato direto com a lesão, pele ou mucosa infectada, é considerada uma infecção sexualmente transmissível que está incluído contato oral-genital, genital-genital ou manual-genital. Também pode ocorrer a transmissão vertical que se dá através da gestação ou no momento do parto (BRASIL, 2019).

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Tabagismo

O vício em nicotina cada vez mais vez sendo estudado e declarado com um gran-de potencial para ocasionar ou corroborar com diversas doenças. O fumo está intrinsi-camente ligado ao grau de escolaridade e da classe socioeconômica que o indivíduo está inserido. Ao longo dos anos e a implementação de medidas educativas tem apre-sentado resultados. Nos homens brasileiros, a prevalência de tabagismo declinou de 43,3% em 1989 para 18,9% em 2013 e, entre as mulheres, respectivamente de 27,0% para 11,0% (7,8). Contudo, o tabagismo permanece sendo um relevante fator de risco, sendo o tempo de exposição e a quantidade diária de cigarros agravantes da situação. (SECRETARIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE, SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE, 2020).

O impacto é destoante entre os sexos. Para homens, 35% das mortes e 33% dos eventos por doenças são atribuíveis ao tabagismo, e, em mulheres, correspondem a 19% e 24%, respectivamente. Outro dado alarmante é que 33,6% das mortes por outros cânceres (descartando pulmão) tem o tabagismo como fator agravante. (PINTO et. al, 2017).

Neste estudo 6,9% das participantes declararam que são fumantes.

Baixa escolaridade

A baixa escolaridade é a realidade de muito brasileiros, segundo o Ministério da Educação ela é caracterizada por menos de 8 anos de estudo, ou seja, o indivíduo possui ensino fundamental incompleto. Esse indicador além de influenciar de forma negativa em diversos aspectos também prejudica a conscientização de que cada pessoa é um agente promotor de saúde para si mesmo e para coletividade (NASCIMENTO, 2014).

Além disso, como o maior desencadeador do CA uterino é o HPV, e sua transmissão é por via sexual, a educação configura-se como uma poderosa aliada, uma vez que o uso de preservativos pode evitar a infecção. Logo, a falta de conhecimento sobre a doença e hábitos de profilaxia contra esta representam um dos principais fatores de risco para mulheres em todo Brasil (CAVALCANTE et al., 2014). Sendo assim, segundo Melo et al. (2017) dentre os aspectos sociodemográficos, o grau de escolaridade revelou ser um fator de maior risco para que as mulheres sejam acometidas pelo câncer de colo uterino. Ademais, estatistica-mente, mulheres com baixa escolaridade possuem até quatro vezes mais chances de serem acometidas por lesões de alto grau do HPV.

Portanto, é notório que a educação em saúde é essencial para a prevenção desse tipo de câncer. Assim, a equipe de saúde como um todo deve conscientizar a popula-ção, por meio de ações educativas permanentes, com o intuito de promover e prevenir o

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câncer de colo uterino, educando as mulheres quanto à importância do uso de preserva-tivos, da realização dos exames preventivos e o papel da própria mulher na sua saúde e bem-estar (CAVALCANTE et al., 2014). Neste estudo nenhuma das participantes possuíam este fator de risco.

Imunossupressão

A imunossupressão ou imunodepressão é a atenuação das reações imunológicas do organismo decorrente da indução medicamentosa ou agentes imunoterápicos (INCA, 2020). Dessa forma, as mulheres imunologicamente suprimidas apresentam maior risco para infec-ção pelo papilomavírus humano (HPV) que é a principal causa de câncer de colo de útero. Além disso, é reconhecido que a imunodepressão causa maior suscetibilidade ao HPV apresentando ainda maior probabilidade de infecção persistente (LEON, 2016). No entanto, em nosso estudo nenhuma das participantes relatou este fator de risco.

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

O câncer de colo de útero (CCU), que está estreitamente relacionado às regiões menos desenvolvidas e com os baixos níveis socioeconômicos, demanda a formulação de estraté-gias de controle como a organização e o desenvolvimento de serviços de saúde, métodos de formulação de políticas públicas e mobilização da sociedade (BARBOSA et al., 2016)

O rastreamento do câncer do colo de útero consiste em buscar em pessoas saudá-veis, indícios de um possível surgimento da doença. É uma tecnologia da atenção primária de baixo custo e alta eficiência, e os profissionais atuantes nesse nível devem conhecer o método, a periodicidade e a população-alvo de recomendação, sabendo ainda orientar e encaminhar para tratamento as mulheres de acordo com os resultados dos exames e asse-gurar a continuidade do atendimento (BRASIL, 2016).

O exame citopatológico é de baixo custo, eficaz, seguro, de fácil realização e, em geral, bem aceito pela população feminina, além de ser amplamente ofertado em Unidades Básicas de Saúde (OLIVEIRA et al., 2018). O exame citopatológico detecta o câncer de colo uterino em fase pré-maligna ou incipiente, nestas fases o tratamento ocorre de forma mais simples, tendo em vista que sua taxa de mortalidade está fortemente ligada ao diagnóstico tardio e em fases avançadas, é de suma importância o diagnóstico precoce (SILVA et al., 2018).

No Brasil, recomenda-se o rastreio através do exame citopatológico para mulheres entre 25 a 64 anos que tem ou tiveram vida sexual ativa (OLIVEIRA et al., 2018). Essa faixa etária encontra-se em consonância com a OMS (Organização Mundial da Saúde) por ser o grupo que manifesta maior incidência de lesões percussoras do câncer de colo de útero (TIENSOLI; FELISBINO-MENDES; VELASQUEZ-MELENDEZ, 2018). É recomendada a

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realização de dois exames com intervalo anual e, se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada três anos (BRASIL, 2016).

Mulheres obtendo resultado negativo em rastreamento citológico entre 50 e 64 anos revelam uma diminuição de 84% no risco de desenvolver um carcinoma invasor entre 65 e 83 anos, comparado às mulheres não rastreadas (BRASIL, 2016). Em relação às mulheres com mais de 65 anos de idade e que nunca foram rastreadas, deve-se se realizar dois exa-mes com intervalo de um a três anos. Caso ambos os exaexa-mes resultarem negativos, estas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais (SILVA et al., 2018).

O câncer da cérvice uterina, na maioria dos casos, evolui de forma lenta sendo per-feitamente possível sua detecção nos estágios iniciais. Além disso, dentre todos os tipos de câncer é um dos que apresenta maiores potenciais de prevenção e cura, tendo um bom prognóstico quando diagnosticado e tratado precocemente (SILVA et al., 2018). Contudo, para que o papanicolau tenha efetividade é necessário que a taxa de cobertura seja superior a 80% (OLIVEIRA et al., 2018).

O enfermeiro está inserido diretamente no cuidado à mulher em todos os níveis de atenção, por isso é necessário atentar-se para a importância da detecção precoce do câncer de colo de útero, já que a coleta do exame citopatológico configura-se como uma das suas atribuições bem como a assistência integral à saúde da mulher (SILVA et al., 2018).

Assim, a enfermagem conquista cada vez mais espaço e credibilidade como ciên-cia, profissão e prática social, buscando sempre inovar na promoção do cuidado ao ser humano, visando melhorar a qualidade das intervenções no processo de saúde doença (BARBOSA; LIMA, 2017).

Fazendo uso de diversos métodos e/ou estratégias é possível atingir resultados mais satisfatórios. Em nosso trabalho fazemos o uso constante de intervenções cognitivas e so-ciais. A primeira tem o intuito de fornecer informações a respeito da prevenção do CCU e esclarecer possíveis conceitos errôneos (MELO et al., 2019).

As intervenções sociais carregam a participação de enfermeiros como agentes promo-tores de saúde e mudanças no sistema de rastreamento para o CCU, podendo ser realiza-das com o auxílio de pessoas da comunidade, cabendo à enfermagem realizá-las de forma direta ou indireta, utilizando atividades educativas, oferecendo informações ou visitando a comunidade, com o objetivo de aumentar a adesão ao exame de rastreamento do CCU, ou indiretamente por meios de outros profissionais, como técnico em enfermagem ou agentes comunitários de saúde (SOARES; SILVA, 2016).

No que se refere a oferta do exame Papanicolau é imprescindível que haja junto a esta ação o esclarecimento e informação as mulheres sobretudo na fase da adolescência sobre a relevân-cia do exame para detecção precoce do câncer do colo uterino, bem como sobre a etiologia de

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todas as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HPV. Sendo assim será promovida uma melhor qualidade de vida através da educação em saúde (SILVEIRA et al., 2016). Podemos citar como um dos fatores da demora ou não comparecimento das mulheres para realização do exame preventivo a maneira como o profissional de saúde acolhe a usuária, relacionado a este fato o profissional deve levar em consideração a mulher como um ser único, respeitando sempre suas crenças e levando em conta os fatores biopsicossociais. (MELO et al., 2019).

Dessa forma, a educação em saúde configura-se como uma estratégia para alterar a conduta e manter a saúde das pessoas. Logo, é uma prática social realizada pelos profis-sionais com o intuito de formar consciência crítica nos indivíduos, tornando-os mais reflexi-vos sobre os seus problemas de saúde. Portanto, as estratégias educativas desenvolvidas pelos enfermeiros são métodos valiosos para atender as demandas de saúde da população (OLIVEIRA et al., 2018); (SOARES; SILVA, 2016).

IMUNIZAÇÃO COMO MEDIDA DE PROTEÇÃO AO CÃNCER DE COLO DO ÚTERO

A vacinação é um método de grande relevância, custo-benefício e eficácia que tem como objetivo evitar e prevenir a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos. Em 2014 ini-ciou-se através do Sistema Único de Saúde a vacinação gratuita para meninas de 9 a 14 anos, faixa etária escolhida pela alta produção de anticorpos e menor probabilidade de terem sido exposta ao vírus. Atualmente existem duas vacinas registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme que protege contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline, que protege contra HPV 16 e 18 (INCA, 2018). Essas vacinas possuem a proteína L1 do capsídeo viral e são produzidas por tecnologia recombinante com intuito de obter partículas análogas virais dos tipos 16 e 18 (ZARDO et al., 2014).

É representado um relevante papel pela vacinação na prevenção de doenças e na estabilidade e manutenção da saúde pública. Estudos demostram eficácia na prevenção de lesões pré-cancerígenas (POMFRET; GAGNON, GILCHRIST, 2011). Os programas de pre-venção de câncer do colo do útero são importantes na diminuição da incidência de doenças e sua mortalidade quando o diagnóstico é feito nos estágios iniciais da doença. Países que implementaram as vacinas profiláticas no calendário vacinal obtiveram redução viral de até 90% (ZARDO et al., 2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apontam para uma importante reflexão sobre o cuidado oferecido às mulheres, entendidas não apenas como sujeitos de cuidado no processo de adoecimento,

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mas protagonistas nas práticas de educação e promoção da saúde. Revela a importância das políticas públicas em saúde no sentido da prevenção e promoção a saúde da população através dos serviços públicos oferecidos tendo em vista a saúde como um direito de todos e dever do Estado. Sendo assim, foi uma experiência importante para os acadêmicos e docen-tes da Enfermagem ao passo que ampliou as conexões ensino-aprendizagem-assistência.

REFERÊNCIAS

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