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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Rafael Aldair Görgen

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS

2018

(2)

Rafael Aldair Görgen

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, Área de clínica médica e cirúrgica de grandes Animais, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Orientador: Profº. Med. Vet. Dr. Felipe Libardoni

Ijuí, RS 2018

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Rafael Aldair Görgen

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, Área de clínica médica e cirúrgica de grandes animais, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário.

Aprovado em 09 de Junho de 2018:

______________________________________

Felipe Libardoni, Dr. (UNIJUÍ)

(Orientador)

____________________________________

Maria Andréia Inkelmann, Dra. (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2018

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus que me permitiu tudo isso acontecer, ао longo de minha vida, е não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode ter.

Em especial agradeço aos meus pais Aldair e Suelise pelo amor, incentivo e apoio, que não mediram esforços e batalharam para que eu pudesse alcançar este objetivo de me formar. Ao meu irmão Ricardo e Minha Cunhada Carine que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nas minhas decisões.

Agradecer ao meu amigo e irmão Patric Pedroso Rossner, hoje está lá no céu me acompanhando e me guiando, você que fez parte na minha formação, que me passou todo seu conhecimento em Medicina Veterinária. Agradeço também a todos os meus amigos que me ajudaram e incentivaram nessa caminhada.

Ao meu orientador Profº. Med. Vet. Dr. Felipe Libardoni, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções е incentivos.

Agradeço a Agropecuária 3J por ter me recebido para realização do estágio e ao médico veterinário Diego Rafael Renz, por me auxiliar e repassar o seu conhecimento nesse período.

À Instituição pelo ambiente criativo е amigável que proporciona. Agradeço а todos os professores por me proporcionar о conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação profissional.

(5)

Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos!

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA – ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE GRANDES

ANIMAIS

AUTOR: RAFAEL ALDAIR GÖRGEN ORIENTADOR: FELIPE LIBARDONI

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, na Agropecuária 3J, localizada na cidade de Augusto Pestana - RS, no período de 1 de fevereiro a 1 de março de 2018, totalizando 150 horas. A supervisão do estágio ficou a cargo do Médico Veterinário Diego Rafael Renz e sob a orientação do professor Médico Veterinário Doutor Felipe Libardoni. O estágio teve como o principal objetivo relacionar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas com a prática, adquirindo conhecimentos técnicos através da rotina acompanhada. Nesse período foram realizadas diversas atividades, tais como o acompanhamento e auxílio em atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, exames reprodutivos, vacinação e aplicação de medicamentos, sendo estes descritos nas tabelas deste relatório. Além disso, serão descritos e discutidos dois casos clínicos, sendo um de Tristeza Parasitaria Bovina e outro de Abomasopexia Com Acesso Pelo Flanco Esquerdo Em Bovino, manejo reprodutivo, nutricional, preventivo e sanitário e manejos gerais.

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ABSTRACT

REPORT OF THE CURRICULAR STAGE SUPERVISIONED IN VETERINARY MEDICINE

AUTHOR: RAFAEL ALDAIR GÖRGEN ADVISOR: FELIPE LIBARDONI

The Supervised Curricular Internship in Veterinary Medicine was carried out in the area of Clinical and Surgery of Large Animals, in Agropecuária 3J, located in the city of Augusto Pestana - RS, from February 1 to March 1, 2018, totaling 150 hours. The supervising of the stage was in charge of the Veterinarian Doctor Diego Rafael Renz and under the direction of the veterinary professor Doctor Felipe Libardoni. The main objective of the internship was to relate the knowledge acquired in theoretical classes to practice, acquiring technical knowledge through an accompanying routine. During this period, several activities were carried out, such as follow-up and assistance in clinical care, surgical procedures, reproductive exams,

vaccination and medication application, which are described in the tables in this report. In addition, two clinical cases will be described and discussed, one of Bovine Parasitic Sadness and the other one ofAbomasopexia With Left Flank Access In Cattle, reproductive,

nutritional, preventive and sanitary management and general management

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018. ...13 Tabela 2 – Atendimentos clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de

março de

2018...13 Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de

março de

2018...13 Tabela 4 – Atividades relacionada à reprodução, tratamentos reprodutivos e protocolos de sincronização de cio em fêmeas bovinas durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018...14 Tabela 5 – Atendimentos e manejo sanitário acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018...14 Tabela 6 – Atendimentos e manejo preventivo acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018 ...15 Tabela 7 – Outros atendimentos durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018...15

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LISTA DE ABREVIATURAS

% Portcento

® Marca Registrada bpm Batimentos por minuto cm Centimetros

DA Deslocamento de Abomaso

DAD Deslocamento de Abomaso a Direita DAE Deslocamento de Abomaso a Esquerda

ECSMV Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária G Gramas h Horas Kg Quilogramas mg Miligramas mL Mililitros mm Milímetros

mpm Movimentos por minuto nº Numero

ºC Graus Célsius RS Rio Grande do Sul

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1- Anexo 2 -

Bula Diclofenaco J.A® Bula Terramicina®/LA Anexo 3 - Bula Ganaseg® 7%

Anexo 4 - Bula Pradotectum Antitóxico® Anexo 5 - Bula Kinetomax®

Anexo 6 - Bula CB-30 TA® Anexo 7 - Bula Anestesico L® Anexo 8-

Anexo 9 -

Bula Ceftiomax® Bula Flumax®

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 13

3 RELATO DE CASO ... 16

3.1 TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA... 16

3.1.1 Introdução ... 16 3.1.2 Metodologia ... 17 3.1.3 Resultados e discussão ... 18 3.1.4 Conclusão ... 21 3.1.5 Referências ... 21 4 RELATO DE CASO ... 23

4.1 ABOMASOPEXIA COM ACESSO PELO FLANCO ESQUERDO EM BOVINO... 23

4.1.1 Introdução ... 23 4.1.2 Metodologia ... 24 4.1.3 Resultados e discussão ... 26 4.1.4 Conclusão ... 29 4.1.5 Referências ... 29 5 CONCLUSÃO ... 32 ANEXOS ... 33

(12)

12

1 INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado na Agropecuária 3J, a qual inicialmente em 1999 fora inaugurada como Agronegócios Sallet e vindo a se tornar então em 2010 a atual Agropecuária 3J, atuando no ramo de comercialização de equipamentos agrícolas e pecuários, ferragens, insumos para lavoura, rações para as mais diversas espécies animais, medicamentos e assistência Médico Veterinária, com sede no município de Augusto Pestana, RS, possuindo também como filial a cerealista 3J, que se designa ao recebimento e comercialização de grãos, estando localizada na cidade de Itacurubi, RS. Com o estágio foi possível atuar nas áreas de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes animais no período de 1 de fevereiro a 1 de março de 2018, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Diego Rafael Renz e sob a orientação do professor Médico Veterinário Doutor Felipe Libardoni.

A escolha em realizar o estágio com Médico Veterinário Diego Rafael Renz foi devido amplo atendimento nas áreas de bovinocultura leiteira, corte e equinos, tendo a possibilidade de acompanhar atendimentos clínicos e cirúrgicos, e manejos sanitários em diferentes espécies.

O principal objetivo do estágio foi relacionar com o conhecimento adquirido durante a graduação sendo possível pôr em prática, além da troca de experiências com profissional e pessoal, decorrendo do acompanhamento e condutas dos casos clínicos atendidos durante o período do estágio. O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é de crucial importância na formação acadêmica, sendo possível relacionar a teoria e a prática.

Neste relatório serão descritos dois casos clínicos, sendo o primeiro um caso de Tristeza parasitária bovina em fêmea bovina da raça Holandesa e o segundo um Deslocamento de abomaso a esquerda em uma fêmea bovina da raça Holandesa.

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13

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais. As principais atividades realizadas serão apresentadas na Tabela 1. As descrições de cada atividade realizada estão especificadas nas Tabelas 2, 3, 4, 5 e 6.

Tabela 1 – Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Resumo das Atividades Total %

Atendimentos clínicos 25 6,6

Atendimentos cirúrgicos 39 10,3

Atividades relacionadas à reprodução 92 24,4

Atendimentos Preventivos e Sanitários 220 58,4

Outros atendimentos 1 0,3

Total 377 100

Tabela 2 – Atendimentos clínicos durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimentos Espécie Total %

Suspeita fratura de pelve Bovina 1 5

Auxílio ao parto Bovina 1 5

Limpeza do globo ocular (miíases) Bovina 1 5

Atonia ruminal Bovina 1 5

Infecção uterina Bovina 2 8

Suspeita tristeza parasitaria bovina Bovina 4 16

Coleta de sangue Equina 14 56

Total 24 100

Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimentos Espécie Total %

Deslocamento de abomaso à esquerda Bovina 1 2,6

Retirada de papiloma Equina 1 2,6

Castração Equina 3 7,7

Descorna Bovina 15 38,4

Castração Bovina 19 48,7

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14 Tabela 4 – Atividades relacionada à reprodução acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimento Espécie Total %

Protocolo de inseminação artificial (Sincrocio®) Bovina 6 5,4

Palpação retal Bovina 87 94,6

Total Bovina 92 100

Tabela 5 – Atendimentos e manejo sanitário acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimento Espécie Total %

Aplicação de Ganaseg®7% Bovina 1 8,33

Aplicação de Diclofenaco® Bovina 1 8,33

Aplicação de Pradotectum® Bovina 1 8,33

Aplicação de Sorbus® Bovina 1 8,33

Aplicação de Maxican® Bovina 1 8,33

Aplicação de Propilenoglicol® Bovina 1 8,33

Aplicação de Catosal® b12 Bovina 2 16,6

Aplicação de Glicose Bovina 2 16,6

Aplicação de Terramicina® Bovina 2 16,6

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15 Tabela 6 – Atendimentos e manejo preventivo acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimento Espécie Total %

Vacinação para carbúnculo (Fortress-7®) Bovina 9 4,4

Vacinação para Tristeza parasitária bovina

(Enfrent®) Bovina 9 4,4

Vacinação para Brucelose (Brucelina B-19®) Bovina 20 9,6 Vacinação para diarreia viral bovina/ rinotraqueite

infecciosa bovina (Bovigen Reprototal®) Bovina 170 81,6

Total 208 100

Tabela 7 – Outros atendimentos durante o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Agropecuária 3J LTDA, Augusto Pestana, RS no período de 1 fevereiro a 1 de março de 2018.

Procedimento Espécie Total %

Curativo região do boleto Equina 1 50

Necropsia Bovina 1 50

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3 RELATO DE CASO

3.1 TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA

3.1.1 Introdução

A Tristeza parasitária bovina (TPB) é uma doença de alta mortalidade e morbidade na bovinocultura brasileira, causando problemas sanitários e econômicos aos produtores, pois também causa redução drástica na produção de carne e leite (SACCO, 2001). De acordo com Farias (2006) a TPB é a união de duas enfermidades causadas por agentes etiológicos distintos, como a Babesia (babesiose) e a Anaplasma (anaplasmose).

A anaplasmose é causada por uma bactéria intraeritrocitária da ordem Rickettsialies, da família Anaplasmataceae, do gênero Anaplasma. Esta acomete bovinos, ovinos, caprinos e búfalos, em que as espécies mais comumente envolvidas nos casos de bovinos são A. marginale,

A. centrale. Ela não é uma doença contagiosa, e, sua transmissão ocorre através dos carrapatos

(Boophilus, Dermacentor, Rhipicephalus, Ixodes, Hyalomma e Ornithodoros), após se alimentar de um hospedeiro infectado. Em algumas regiões esta doença também pode disseminar-se na forma mecânica através da picada de insetos hematófagos (moscas). Kahn (2008) relata que podem ocorrer casos de transmissão transplacentária, estando associada com a infecção aguda. Ainda, pode ocorrer inoculação do agente através de agulhas, materiais de descorna ou até mesmo materiais cirúrgicos contaminados. Os sinais clínicos dessa enfermidade podem se manifestar de três formas: hiperaguda, aguda e crônica, podendo causar anemia, icterícia, febre que pode chegar até 41ºC, fadiga, taquipneia, lacrimejamento, diarreia, anorexia e perda de peso (VIDOTTO e MARANA, 2001).

Já a Babesiose bovina é causada por um protozoário intraeritrocitário do gênero

Babesia. As principais espécies no Brasil são Babesia bovis e Babesia bigemina tendo como

único vetor biológico o carrapato Boophilus microplus (BAZAN, 2008). A transmissão pode ocorrer de forma transovariana em fêmeas do carrapato. Parasitas podem ser transmitidos por meio de inoculação sanguínea, de forma mecânica por meio de insetos hematófagos ou através de procedimentos cirúrgicos e de forma rara a intra-uterina (KAHN, 2008). Os sinais clínicos baseiam-se no surgimento de febre acima de 42ºC, hemoglobinúria, anemia, icterícia e esplenomegalia.

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17 Para obter o diagnóstico devem ser levados em consideração os sinais clínicos e lesões observadas durante a necropsia. Contudo o diagnóstico definitivo se dá através de exames laboratoriais, tais como hemograma e esfregaço sanguíneo para identificação do agente em hemácias que estão sendo parasitadas (CORREA et al., 2006).

Devido a importância da TPB, o objetivo deste relato foi descrever um caso em uma vaca da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado na Agropecuária 3J do curso de Medicina Veterinária da UNIJUÍ.

3.1.2 Metodologia

Durante o Estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado um atendimento de uma fêmea bovina da raça Holandesa, não prenhe, com aproximadamente 48 meses de idade e peso estimado de 500 kg. Na anamnese o proprietário relatou que o animal apresentava-se apático e não estava se alimentando. No entanto notou-se que a fêmea estava ingerindo bastante água.

Ao realizar o exame físico evidenciou-se que o animal apresentava sinais de apatia e cansaço. Para realização do exame clínico geral o animal foi contido em canzil, sendo mensurado os parâmetros como: a ausculta pulmonar que apresentou uma frequência respiratória de 80 movimentos por minuto, frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto, a temperatura retal apresentava-se aumentada com 40,5ºC, as mucosas do animal estavam com coloração pálida e ictéricas.

Diante da anamnese e dos sinais clínicos foi diagnosticado tristeza parasitária bovina, e para o tratamento foi realizado a aplicação de Diclofenaco J.A® (Diclofenaco Sódico na dose de 1,20 mg/Kg), com volume de 10ml via intramuscular, dose única, Terramicina® 50 ml via intramuscular, dose única, Ganaseg®7%, 30 ml via intramuscular, sendo administrado em uma dose e Pradotectum Antitóxico® na dose de 40 ml via intramuscular e 30 ml a cada 24 horas durante dois dias.

Transcorridos 3 dias foi realizada uma nova visita na propriedade, sendo possível uma nova avaliação do animal, o qual já apresentava uma melhora significativa. Foi feita uma nova mensuração da temperatura retal que ainda permanecia elevada com 39,5ºC, foi administrado mais uma dose de Diclofenaco J.A®, e Kinetomax®, com volume de 40 ml por via intramuscular, dose única. Após 7 dias ao entrar em contato com o produtor o mesmo relatou que o animal apresentava-se bem.

(18)

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3.1.3 Resultado e Discussão

De acordo com Oliveira et al. (2006) a tristeza parasitária bovina é causada pela união da Anaplasmose e da Babesiose, sendo estas doenças transmitidas principalmente através do carrapato. Casos clínicos da enfermidade geram grande impacto para a pecuária leiteira, levando a perda de peso, redução na produção de leite, aumento da mortalidade e a queda da natalidade. A Babesia é transmitida apenas pelo carrapato Boophilus microplus, já a Anaplasma também pode ser transmitida por ele, mas pode acontecer de uma forma mecânica, através da picada de um inseto hematófagos, exemplo moscas, mutucas e mosquitos. O animal pode ter a presença do carrapato, mas não manifestar a doença (SACCO, 2001).

Na ocorrência de TPB, destacam-se alguns fatores predisponentes, tais como: raças europeias (são mais suscetíveis que as zebuínas), idade (relacionada a bovinos acima de 10 meses), o transporte dos animais podem levar ao stress que afetam o sistema imunológico, e, ao inserir animais em uma região endêmica e que são originários de áreas livres (CORREA et al., 2006). Em relação ao caso descrito a raça e stress foram considerados fatores predisponentes a ocorrência desta enfermidade, pois a fêmea era da raça Holandesa e a idade confere com a descrição do autor, sendo acima de 48 meses.

Feitosa (2008), descreve que devemos avaliar parâmetros vitais, em que são consideradas normais frequência cardíaca de 60-80 bpm, respiratório 10-30 mpm, temperatura corporal 37,8-39,2 ºC. Associado a isso, o exame das mucosas é de grande importância na semiologia, pois tem correlação direta com o hematócrito do animal, onde normalmente ela está rosa clara e brilhante, ou se o animal está com doença hepática ou hemólise a mucosa vai estar ictérica e pálida; quando apresentar hipoperfusão ou anemia. Os locais ideais para realização deste exame são mucosas ocular, nasal, vulvar e anal. De acordo com a anamnese apresentada pelo proprietário e o exame clínico, a fêmea estava apática, ictérica, não se alimentava, ingeria muita água, seus parâmetros fisiológicos estavam todos acima dos fisiológicos, apresentando taquicardíaca, taquipneia e hipertermia.

Correa (2006), expõe que os principais sinais clínicos de um animal com TPB são hipertermia, frequência cárdica e respiratória, redução dos movimentos ruminais, anemia, icterícia, redução ou parada na produção de leite, o animal apresenta-se prostrado e pode demostrar sinais nervosos característico na Babesia bovis devido a ocorrência de lesões cerebrais. No caso acompanhado a fêmea manifestou parâmetros fisiológicos alterados, estava apática, apresentava palidez, não se alimentava e houve uma redução na produção de leite,

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19 porém suspeitou-se que o caso era somente de Anaplasma. Já no caso de Babesia bovis esta pode ser caracterizada por manifestar sinais nervosos devido as lesões cerebrais, causando incoordenação motora, andar cambaleante, movimentos de pedalagem e agressividade. Outro sinal característico é a hemoglobinúria, porém este sinal não foi observado no caso descrito.

Sacco (2001) expõe que, para obter o diagnóstico desta patologia devem ser analisados os sinais clínicos apresentados pelo paciente, e a confirmação baseia-se na descoberta do agente etiológico através do esfregaço sanguíneo, ou se não for possível é feito através dos sinais clínicos. Neste caso o diagnóstico de tristeza parasitária bovina foi realizado através dos sinais clínicos, contudo o recomendado seria a solicitação de exame laboratorial para a confirmação do diagnóstico de Anasplasmose ou Babesiose.

Outra forma de diagnóstico é através das lesões observadas na necropsia, onde coletam-se porções do cérebro, rins e fígado que são enviados para o laboratório de histopatologia na forma resfriada ou fixado em formalina (FARIAS et al., 2006). Quando se trata de Anaplasmose encontram-se lesões características de animais com anemia, normalmente a carcaça apresenta-se pálida e ictérica, o sangue encontra-apresenta-se de uma forma mais viscosa, o baço aumentado e flácido, já o fígado pode manifestar coloração laranja-ameralado. Entretanto na Babesiose é verificado o aumento e consistência friável do baço, o fígado aumentado, rins congestos e nota-se anemia, a urina do animal pode aprenota-sentar-nota-se avermelhada (hemoglobinúria), o cérebro e o coração podem apresentar congestão ou hemorragias petequeais (KAHN, 2008).

O tratamento para TPB baseia-se de forma específica para babesiose com drogas oriundas da diamidina e para anaplasmose o uso de antibióticos a base de oxitetraciclinas. Caso não tenha o diagnóstico confirmatório do agente causador, utilizam-se os dois fármacos descritos anteriormente ou pode optar-se pelo uso do dipropionato de imidocarb que age em ambas patologias (KIKUGAWA, 2009). No presente caso o tratamento inicial foi indicado para ambas as patologias por não ter a confirmação da causa.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) podem ser utilizados no tratamento por atuarem reduzindo dor e febre, tal como o Diclofenaco, que é um anti-inflamatório e um analgésico de alta potência usado na dose de 1mg/kg (TASAKA, 2010). Devido a fêmea apresentar uma temperatura acima dos padrões fisiológicos foi administrado na dose1,2mg/kg no volume de 10 ml intramuscular sendo absorvido de forma rápida, irá atingir o pico de concentração plasmática de 10 a 30 minutos após sua aplicação, é metabolizado e eliminado através da excreção urinaria e biliar, caso o paciente não apresentar uma melhora pode ser administrado novamente após 3 dias da primeira aplicação.

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20 De acordo com Viana (2014) antimicrobianos são recomendados no tratamento de TPB, tais como a tetraciclina, de amplo espectro agindo em bactérias Gram negativas e positivas, certas espécies de micoplasma, tambémriquétsias e protozoários. O tratamento pode ser na dose 20mg/kg a cada 8h via oral ou 10 mg/kg a cada 12h por via intramuscular, a Terramicina LA® não deve ser administrada mais de 10 ml no mesmo local pois pode formar edema e coloração amarelado no local de aplicação. Ainda, as tetraciclinas devem ser prescritas via intramuscular 5mg/kg diários em um período de 4 a 5 dias, já as formulações de longa ação são administradas em dose única 20mg/kg. Neste caso foi administrado em dose única o volume de 50 ml, por tratar-se de um fármaco de longa duração, estando de acordo com o autor.

Além disso, o fármaco Ganaseg®7% (Diaceturato de Diminazeno) é indicado, em uma única dose, que tem efeito rápido diminuindo os efeitos da tristeza parasitária bovina. A dose recomendada é de 3 a 5 mg/kg de peso vivo via intramuscular (VIANA, 2014). O mesmo foi feito na fêmea bovina sendo administrado um volume de 30 ml em uma única dose.

Adicionalmente também foi prescrito Pradotectum Antitóxico®, um antitóxico que

contem vitaminas B1, B2, complexos de aminoácidos, minerais e glicose pode ser usado em casos de anemias, excelente em auxiliar na recuperação da tristeza parasitária bovinana dose de 20 a 100ml intramuscular, endovenosa ou intraperitoneal, coincidindo com a descrição da bula foi prescrito um volume de 40 ml intramuscular inicialmente, o restante sendo aplicado a cada 24 horas um volume de 30 ml por dois dias, para dar suporte na regeneração hepática.

Farias (2006) e Pizarro e Ferreira (2011) descrevem de outra forma o tratamento para TPB, que seria pelo uso de derivados diamidina na dose 3 a 3,5mg/kg do peso vivo via intramuscular, podendo ser administrado em dose única para B.bigemina, já para B.bovis o recomendado é de 2 a 3 aplicações a cada 24h. O Imidocarb® é um antiparasitário usado em casos de Babesia em dose única via subcutânea 1,2mg/kg e para Anaplasmose na dose 2,4 a 3 mg/kg.

Passados três dias, no retorno a propriedade para avaliação, foi verificando uma melhora lenta no quadro clínico do paciente. Por isso, foi realizado uma avaliação dos parâmetros fisiológicos no qual a temperatura ainda apresentava acima do normal, sendo prescrito Kinetomax® (Enrofloxacina) no qual é um antibiótico denominado quinolonas de segunda

geração, sendo de amplo espectro que proporciona uma rápida absorção e recuperação dos animais em dose única, (GÓRNIAK, 2011). Foi administrado neste caso, um volume de 40 ml via intramuscular em dose única, juntamente com o Diclofenaco® na mesma dose utilizada no

(21)

21 Oliveira et al. (2006) explica que a profilaxia da TPB está ligada aos fatores ambientais, ao agente infecciosos e ao próprio animal, que incluem ações como uso da vacina contra carrapato, ou contra os agentes causadores da TPB. O controle pode ser feito com uso de quimioterápicos que irão agir contra os agentes causadores. O controle deve ser feito nos meses mais quentes do ano, realizando de 3-6 banhos com intervalos de 21 dias ou 4 aplicações pour-on com um intervalo de 30 dias. Cpour-ontudo o cpour-ontrole de TPB deve ser sempre profilático mas nem sempre é possível ser realizado. O tratamento com uso de quimioterápicos se torna oneroso, por ser sempre um grande número de animais afetados. Para se ter uma notável profilaxia e controle deve-se ter orientação e acompanhamento de um médico veterinário (SACCO, 2001).

3.1.4 Conclusão

A Tristeza Parasitária Bovina é uma enfermidade causada por parasitas, com alta incidência no Brasil, que afeta a bovinocultura em geral causando prejuízos econômicos, podendo levar a morte do animal. Por isso o recomendado para confirmação da doença, é o diagnóstico laboratorial verificando se o quadro é de Babesiose, Anaplasmose, ou TPB, evitando futuras ocorrências. O tratamento instituído foi eficaz porém, foi lento devido o estado clínico da paciente.

3.1.5 Referências

BAZAN et al., Babesiose Bovina. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano VI, nº 11, julho de 2008, ISSN: 1679-7353.

FARIAS N. A. Tristeza Parasitária bovina. In: CORREA et al., Doenças de Ruminantes e

Equinos. São Paulo-SP, v. 2, cap.1, p. 19- 162, 2006.

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4 RELATO DE CASO

4.1 ABOMASOPEXIA COM ACESSO PELO FLANCO ESQUERDO EM BOVINO

4.1.1 Introdução

Com o passar dos anos a atividade leiteira vem crescendo e, com isso, buscam-se melhores resultados e retorno econômico aos produtores. Devido a isso, tem-se buscado a seleção de uma genética adequada melhorando o rebanho produtivo leiteiro (LAMBERT, 2010). Contudo a seleção genética aliada ao manejo nutricional, que favorecem a melhoria da produção leiteira, podem tornar mais frequente o desenvolvimento de algumas enfermidades, como por exemplo o deslocamento de abomaso (DA) (SANTAROSA, 2010).

O DA é uma alteração responsável pela maioria das cirurgias realizadas no abdômen de vacas leiteiras, podendo acometer bovinos de qualquer idade e sexo, ocorrendo deslocamento tanto à esquerda (DAE) quanto à direita (DAD), com ou sem torção abomasal (SILVA, et al., 2017). Normalmente o deslocamento do mesmo ocorre para o lado esquerdo, mas pode deslocar-se também para o lado direito. Esse DAE decorre devido as desordens não fatais do gado leiteiro de alta produção durante as seis primeiras semanas após o parto. Vacas não gestantes podem favorecer o deslocamento, pós-parto, atonia abomasal decorrente da alimentação rica em grãos, hipocalcemia, o útero gravido também pode ocasionar o deslocamento. Já o DAD acomete 15% dos bovinos, em que o abomaso pode estar distendido, deslocado dorsalmente e rotacionado no seu eixo mesentérico, e estes casos normalmente ocorrem em vacas leiteiras após o parto de bezerros (GERLBERG, 2009).

As causas do deslocamento de abomaso podem estar associadas ao manejo alimentar, tal como a alteração brusca com uma dieta alta em concentrado e baixa em volumoso que é fornecida a vaca no período pós-parto, e também as doenças que podem levar a atonia do abomaso contribuindo a ocorrência do deslocamento. Como sinais clínicos os animais apresentam diminuição na produção de leite e apetite, e em casos mais graves pode ocorrer o óbito do animal (LAMBERT, 2010).

Os sinais clínicos do DA tanto para direita quanto para esquerda incluem ainda anorexia total ou parcial, caquexia, desidratação, distensão abdominal, ausência de fezes, cetonúria e na auscultação o som do “ping” metálico geralmente ao longo de uma linha traçada no lado esquerdo desde a tuberosidade coxal até o cotovelo característico desta patologia, verificando a posição anormal do abomaso (GERLBERG, 2009 e JONES et al., 2000).

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24 O diagnóstico normalmente é direto, baseado nos sinais clínicos associado a auscultação/ percussão do abdômen. Deve-se também levar em consideração a descrição relatada pelo proprietário, e, caso não seja auditivo o “ping”, o paciente pode apresentar outras enfermidades, como hipocalcemia, hipoglicemia, hipocalemia, cetonemia, cetolactia e cetonúria leve (OGILVIE, 2000).

O tratamento para deslocamento de abomaso direito ou esquerdo baseia-se em recolocar o órgão em seu local anatômico. Essa correção pode ser por intervenção física ou cirúrgica, onde a forma física é caraterizada pela rolagem do bovino. Porém pode ocorrer recidivas nessa técnica (SARTO, 2013).

Portanto, o tratamento cirúrgico é a forma mais adequada para corrigir o deslocamento, e a técnica de escolha varia de acordo com a conduta do médico veterinário, em que as técnicas cirúrgicas a serem adotadas são Abomasopexia no flanco esquerdo, Omentopexia no flanco direito, Abomasopexia paramediana direita e Fixação percutânea paramediana direita com pino de madeira (SILVA et al., 2017 e OGILVIE, 2000).

Devido a importância dessa patologia em bovinos de leite, o objetivo deste relato é descrever um caso de Deslocamento de Abomaso a Esquerda, no pós-parto de uma vaca da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária (ECSMV).

4.1.2 Metodologia

Foi realizado um atendimento clínico, no município de Augusto Pestana-RS, de uma fêmea bovina da raça Holandesa, no período pós-parto, com 6 anos de idade e peso corporal aproximado de 620 kg, apresentando um escore de condição corporal bom.

Para o exame clínico geral, foi realizada a contenção física da vaca no canzil, onde foi possível evidenciar apenas um movimento ruminal por minuto. Ao ser realizada a percussão entre o 12ª e 13ª espaço intercostal e na fossa paralombar esquerda auscultou-se o som característico de “ping” metálico, sendo visualizado um aumento de volume no abdômen nessa região. Realizou-se ainda a auscultação no lado direito na mesma região anatômica onde não se evidenciou sons anormais, nem aumento de volume.

Diante da anamnese e exame clínico foi diagnosticada a patologia de deslocamento de abomaso à esquerda, onde a conduta do Médico Veterinário foi de optar pela correção cirúrgica através da técnica de Abomasopexia pelo flanco esquerdo.

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25 Na preparação do local do procedimento cirúrgico, foi efetuada a higienização com água e sabão na região da fossa paralombar esquerda, em seguida realizou-se tricotomia ampla nesta região e antissepsia com cloreto de aquil dimetil benzil amônio (CB30®). Para a anestesia local foi utilizada a técnica paravertebral em L invertido, com o uso de Anestesico L®, (cloridrato de lidocaína 2% e epinefrina 0,002g) no volume de 100 mL, dividido em três camadas.

A abomasopexia foi antecedida por uma laparatomia com incisão da pele, músculo oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso do abdômen e peritônio. A partir da incisão do peritônio, foi executada a inspeção dos órgãos na cavidade abdominal, no qual observou-se o abomaso deslocado. Então com o auxílio de uma agulha e um fio nylon nº 3 (0,80 mm) foi efetuado um ponto (sutura) no abomaso tipo Sultan. Em seguida, com o auxílio de uma agulha 40x16 e um equipo foi retirado o gás produzido no abomaso e assim reposicionando o mesmo para o assoalho da cavidade abdominal, sendo passado o fio de nylon nº 3 (0,80 mm) na cavidade abdominal para o meio externo e fixado o abomaso através de um ponto no mesmo com o fio de nylon nº3 (0,80 mm) e na região externa do abdômen foi utilizado um botão para fixar o mesmo em seu local anatômico.

Após o abomaso ser reposicionado, realizou-se a sutura das três camadas separadamente, sendo que o peritônio e o músculo abdominal transverso, em sutura contínua simples usando categute cromado nº 4, músculos abdominais externos e interno e subcutâneo suturados com contínua simples e categute nº 4. Na pele foi utilizada sutura em wolff e fio não absorvível nylon nº 3 (0,80 mm).

Como pós-operatório instituiu-se a terapia com Ceftiomax® (cloridrato de ceftiofur 53,5 mg/ml), utilizando a dose de 1,70 mg/Kg no volume de 20 mL, por via intramuscular, por um periodo de cinco dias, ainda foi administrado Flumax® (megluminato de flunixina 5,0g) utilizando a dose de 1.2 mg/Kg no volume de 15 ml por via intramuscular por período de três dias.

Recomendou-se ao produtor que durante o pós-operatório fosse fornecido ao animal somente alimentos volumosos, tais como forragens verdes e feno. A vaca deveria ficar sem receber alimento concentrado na primeira semana pós cirúrgico e após este período fosse reintroduzido a dieta de concentrado de forma gradativa.

Na visita a propriedade, 15 dias depois da cirurgia, foram retirados os pontos de pele e realizada uma avaliação da condição clínica do animal. A vaca retornou a sua dieta alimentar normal e sua produção leiteira tinha retornado à normalidade.

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4.1.3 Resultado e Discussão

O deslocamento de abomaso (DA) é uma enfermidade que ocorre com frequência no trato gastro intestinal dos ruminantes, e compreende a maior casuística em cirurgias abdominais em vacas de leite de alta produção (MOTTA et al., 2014). Esta patologia tem origem metabólica, que pode estar ligada a vários fatores predisponentes, como por exemplo, manejo, nutrição inadequada, entre outros. Esta enfermidade causa prejuízos econômicos aos produtores devido à queda na produção de leite e custo utilizado no tratamento (CARNESELLA, 2010). No caso vivenciado durante o ECSMV, a propriedade era de alta produção leiteira, a vaca apresentou deslocamento de abomaso para a esquerda, sendo realizado a correção cirúrgica.

De acordo com Jones et al. (2000), o DA tem maior probabilidade de ocorrência em vacas leiteiras de idade avançada, correlacionado ao fornecimento de ração contendo altos níveis de concentrado ao invés de volumosos. Silva (2017) reforça que, o balanço energético negativo, uma alimentação pobre em fibras e rica em concentrados, mudanças bruscas na alimentação na fase de transição, idade, sexo, raças com profundidade corporal também podem influenciar a ocorrência desta patologia

Os sinais clínicos podem variar de acordo com cada caso, onde o animal pode manifestar apatia, anorexia total ou moderada, timpanismo ruminal de leve a severo, a motilidade pode estar ausente ou diminuída, na ausculta observa-se som de líquido ao baloteamento do flanco direito e som metálico ‘ping’ à percussão, as fezes estão diminuídas em volume, e pastosas ou liquefeitas, na palpação da fossa paralombar esquerda o rúmen não está palpável, já o abomaso se estiver dilatado pode ser sentido (SANTAROSA, 2010 e OLGILVIE, 2000). Já os parâmetros fisiológicos no caso de Deslocamento de Abomaso, não sofrem nenhuma alteração (REBHUN, 2000). Os sinais evidenciados no caso relatado estavam de acordo com as citações dos autores, não foi observado nenhuma alteração nos padrões fisiológicos, a paciente apresentou movimento ruminal diminuído, na percussão e ausculta verificou-se o som do “ping” metálico no 12ª e 13ª intercostal e na fossa paralombar esquerda, verificou o aumento no abdômen.

O tratamento do deslocamento pode ter variações de acordo com a conduta do médico veterinário e o estado do paciente, que pode variar de leve a severo. Basicamente são duas as formas de realizar o tratamento: uma seria a clínica que constitui na correção dietética e do desequilíbrio hídro-eletrolítico ou a técnica de rolamento, a outra o tratamento cirúrgico que consiste nas técnicas de Abomasopeixia, Omentopexia, piloropexia e piloro-omentopexia

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27 (CÂMARA, AFONSO e BORGES, 2011). Perante a anamnese e os exames clínicos foi diagnosticado deslocamento de abomaso à esquerda. A conduta do médico veterinário foi a escolha da técnica cirúrgica de abomasopexia pelo flanco esquerdo. Esta técnica proporciona a vantagem de oferecer uma fixação direta do abomaso até a parede corpórea ventral, a cirurgia é realizada com o animal em estação, a conduta escolhida estava de acordo com a descrição dos autores (TURNER e McILWRAITH, 2002).

De acordo com Carnesella (2010) o local da cirurgia deve estar asséptico. O paciente é posicionado em pé (estação), em seguida é realizado a tricotomia do flanco direito, mas no caso relatado foi efetuado o acesso pelo flanco esquerdo, pela característica do deslocamento. O paciente é contido, logo após é feito o bloqueio anestésico e por último é feito a antissepsia do local da tricotomia. A antissepsia é feita no local onde vai ser realizado o procedimento cirúrgico e o médico veterinário também faz sua antissepsia. Turner e McILWRAITH (2002), descreve que após a tricotomia, higienização e antissepsia, o animal está preparado para o procedimento, sendo este procedimento realizado pelo médico veterinário. No caso acompanhado a higienização foi realizada com água e sabão, após foi efetuada a tricotomia ampla, já na antissepsia foi usado cloreto de aquil dimetil benzil amônio (CB30®) sendo este somente um desinfetante. Ressalta-se que poderia ter sido utilizado iodo neste procedimento, uma vez que é um antisséptico e desinfetante.

Massone (2011) expõe que a realização da anestesia em L invertido é realizada aproximadamente 3 a 4 cm de rebordo costal e dois dedos abaixo das apófises transversas, onde se introduz uma agulha 20x20 que servirá de guia para outra de calibre 150x10 em sentido caudal. Neste procedimento o uso da Lidocaína proporciona uma anestesia moderada, com alto poder de penetração e proporciona pouca vasodilatação. Para bloqueio infiltrativo muscular pode ser utilizada a concentração de 0,5 a 1%. No caso relatado foi realizado o bloqueio em L invertido com auxílio do fármaco Lidocaína na concentração de 2% mas como na descrição do autor poderia ter sido usado uma concentração mais baixa, sendo 2% mais indicado na técnica peridural (MASSONE, 2011).

No caso acompanhado por Motta et al. (2014) o procedimento cirúrgico ocorreu da seguinte maneira: primeiramente foi realizada uma incisão de pele, músculo oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso do abdome e peritônio, e após realizada a inspeção do abdômen sendo verificado o abomaso deslocado a sua posição fisiológica. O mesmo procedimento descrito por Motta, foi realizado pelo médico veterinário no caso acompanhado durante o estágio sendo possível verificar o abomaso deslocado.

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28 Após a incisão e verificado o abomaso, é realizada uma sutura com 8 a 12 cm contínua simples ou entrecruzada com caprolactam polimerizado, náilon ou polipropileno na inserção do omento maior. Estas suturas atravessam a submucosa sendo estendidas o fio de cada lado da linha de sutura, onde após é feito o esvaziamento do abomaso com auxílio de uma agulha de calibre 12 e uma tubulação de borracha dorsal ao abomaso, lembrando que o abomaso não pode ser esvaziado antes de ser realizado os pontos de suturas pois poderá ser afastado da incisão.

Na porção cranial é inserido uma agulha grande reta ou curva em forma de S, passando na parede corporal interna caudal ao processo xifoide, com o auxílio do dedo indicador apoia-se a agulha e com os dedos laterais arredam-apoia-se as vísceras da parede, o estagiário faz compressão sobre a parede do abdômen no local, realizando uma suave tração esvaziando o abomaso e posicionando-o para sua posição fisiológica, firma-se a sutura do abomaso contra o assoalho do abdômen e dá um nó (amarra) as extremidades do fio fixando o abomaso na sua posição anatômica, a incisão da laparotomia pelo flanco é fechada de forma rotineira (HENDRICKSON, 2010 e TURNER e McILWRAITH, 2002).

A técnica utilizada pelo médico veterinário foi com a utilização de um fio tipo naylon o mesmo sendo descrito na literatura, porém foi realizado uma sutura no abomaso do tipo Sultan, para o esvaziamento do abomaso neste caso foi usado uma agulha 40x12 com auxílio de um equipo ao invés de tubo de borracha, na fixação do abomaso na região externa foi usado um botão posicionando na sua forma anatômica. A literatura descreve que a fixação do mesmo pode ser realizada na forma de um nó, amarrado de uma forma firme para que não se desprenda.

Ao final da cirurgia, a laparotomia exploratória é suturada em camadas, sendo o peritônio ligado ao musculo transverso do abdome suturado com fio de naylon usando a sutura continua festonada, a segunda camada em sutura simples contínua festonada aproximando o musculo oblíquo abdominal externo ao músculo oblíquo abdominal interno, e pôr fim a pele suturada com pontos simples separados com naylon (MOTTA et al., 2014).

Após o reposicionamento do abomaso, a laparotomia pelo flanco foi suturada em três camadas, primeira e segunda camada com categute cromado, já a terceira camada na pele com o fio não absorvível naylon. As suturas da laparotomia em três camadas estavam de acordo com a descrição da literatura, porém neste caso foi somente utilizado o fio não absorvível na última camada, este proporciona maior duração, baixa reação tecidual e baixa ocorrência a infecções.

De acordo com Henrdrickson (2010) o uso do fio categute em suturas possibilita menos reação tecidual e tem maior força tênsil, ele pode ser encontrado na forma simples ou cromado.

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29 Motta et al. (2014) relatou um caso, no qual foi instituído o protocolo pós-operatório de antibióticoterapia, com uso de cloridrato de ceftiofur 5mg/kg intramuscular em um período de 7 dias, juntamente com uso de um anti-inflamatório não esteroidal e analgésico flunixin meglumine 1,1mg/kg intravenoso por 5 dias ambos a cada 24 horas e dipirona 5mg/hg intravenoso por 5 dias a cada 12 horas.

O pós-operatório instituído pelo médico veterinário foi semelhante com o caso relatado pelo autor, porém, foi ajustada a dose, período e via de administração, sendo prescrito o ceftiofur na dose 1,70 mg/kg, já o flumax na dose 1,2 mg/kg ambos foram receitados em dias consecutivos e administrados pela via intramuscular, porém não foi indicado dipirona no caso acompanhado. Passando-se 15 dias do procedimento cirúrgico foi realizado a avaliação do paciente e feita a retirada dos pontos. De acordo com Roriz (2010) o prognóstico pós cirúrgico para deslocamento de abomaso esquerdo é bom, mas pode ocorrer casos esporádicos fatais. Neste caso o prognóstico foi favorável e o animal retornou à produção normal de leite.

Cabe ainda ressaltar que a profilaxia desta enfermidade deve ser feita através da identificação dos fatores que predispõem a ocorrência desta sendo a principal causa o manejo nutricional do rebanho. Devemos impedir o excesso de peso no final da gestação, evitar um balanço energético negativo, proporcionando uma dieta adequada, fornecer aos animais uma fonte de fibra adequada ao rúmen, também deve-se proteger o animal para que não ocorra uma acidose ruminal pelo incremento da ingestão de grãos neste período. Também devemos ter o cuidado nas doenças que ocorrem no período pós parto sendo estas metrite, mastite, retenção de placenta etc, estas patologias podem levar a ocorrência desta patologia (CARDOSO, 2004).

4.1.4 Conclusão

Conclui-se que diagnóstico é baseado inteiramente na anamnese detalhada, presença de sinais clínicos e na auscultação característica desta patologia o ‘ping’ metálico. Com base nisso o tratamento foi cirúrgico usando a técnica de Abomasopexia pelo flanco esquerdo e teve uma resposta satisfatória no pós-operatório.

4.1.5 Referências

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5 CONCLUSÃO

A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, proporcionou um amplo conhecimento prático, onde foi possível unir as informações adquiridas durante a graduação.

Devemos preconizar sempre o bem-estar dos animais estando eles a campo ou em clínicas veterinária, levando em conta ética a decisões a serem tomadas perante eles.

O estágio permite que o acadêmico (estagiário) aprenda e realize atividades, estas acompanhadas pelo profissional da área, vivenciando a realidade dos produtores rurais, sendo possível relacionar o conhecimento do dia-a-dia junto aos conhecimentos adquiridos nas aulas.

Cada estágio realizado durante a graduação tive a sorte de conviver com profissionais excelentes, onde tiveram a paciência e disponibilidade do tempo em ensinar e explicar, quando tinha alguma dúvida. Tudo o que foi realizado e aprendido durante os estágios com certeza ira auxiliar no futuro da minha profissão.

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Anexo 5- Bula Kinetomax®

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Referências

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