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A música como auxilio no desenvolvimento das atividades físicas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A MÚSICA COMO AUXILIO NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES FÍSICAS

JOMAR KACZMAREK DE ALMEIDA

Santa Rosa, RS. 2013

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JOMAR KACZMAREK DE ALMEIDA

A MÚSICA COMO AUXILIO NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES FÍSICAS

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Educação Física da UNIJUÍ -campus Santa Rosa, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel e Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Prof.Dr. Leomar Tesche

Santa Rosa, RS. 2013

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico a todos que acreditam em Deus, como único e Trino que nos dá forças infinitas, força essa que me iluminou nas escritas em todos os momentos. Também dedico a minha família, que me afaga sempre nos momentos difíceis, dando total apoio para a realização do mesmo e por entenderem tendo paciência, durante a realização deste trabalho. Igualmente dedico ao Dr Professor Tesche que sempre soube corrigir a escrita, sugerindo mais articulação dos pensamentos, tentando melhorá-los.

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AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar minha gratidão a Deus, criador da vida, proporcionando saúde e capacidade para a realização deste trabalho; a minha família pelo apoio nas horas difíceis, fortalecendo meus objetivos. Agradeço também a UNIJUÍ pelo comprometimento com seus cursos; aos colegas de sala, pelos momentos de solidariedade e principalmente ao professor orientador Leomar Tesche pela sua disponibilidade, suas preocupações para estar atendendo e colaborando na realização deste trabalho, meu sincero obrigado.

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RESUMO

A música e a atividade física propõem formas diferenciadas de se movimentar, apresentando um novo paradigma, influente e motivador que torna as atividades mais prazerosas. O objetivo deste estudo é favorecer a aprendizagem interdisciplinar, utilizando-se da música como um recurso na valorização das habilidades físicas e motivação para execução do movimento. A metodologia contempla pesquisa bibliográfica, que acentua a Música e a Educação Física de uma forma interdisciplinar, expondo a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem, permitindo a escuta e a apreciação de maneira ativa e reflexiva. Assim, apresenta-se a música como um grande destaque no trabalho do profissional de Educação Física, tornando possível novas alternativas de mudanças positivas. Contudo, fica o desejo de incorporá-la cada vez mais às práticas corporais como ferramenta pedagógica útil, estimulando e motivando a criação e a vivência de novos movimentos corporais apresentando elementos construtivos como o ritmo, a melodia e a harmonia determinando o movimento corporal.

Palavras-chave:

Música, atividade física, Educação Física: ferramenta pedagógica, prática educativa corporais.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 7

1. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS ATIVIDADES FÍSICAS ... 9

1.1 O SER HUMANO E AS ATIVIDADES FÍSICAS ... 10

1.2 MÚSICA E A VALORIZAÇÃO DA EXPRESSIVIDADE ... 11

2. A LINGUAGEM MUSICAL INOVANDO AS ATIVIDADES FÍSICAS. ... 13

3. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, O TRABALHO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM A MÚSICA E A ATIVIDADE FÍSICA. ... 15

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INTRODUÇÃO

O presente estudo evidencia a importância da música nas atividades físicas, pela qual o professor busca na música uma nova forma de aprender e fazer com prazer, através da capacidade de organizar ações de movimentos, assessorando, desafiando e orientando o processo da execução das atividades físicas.

O trabalho parte do desejo de conhecer melhor as possibilidades de favorecer as atividades físicas uma vez que, partindo da sensibilidade, da criatividade e da emoção. Esse desejo surgiu, ao perceber que os estudantes quando se reúnem, jogam, cantam, ouvem músicas de vários estilos para demonstrar o que estão sentindo e seus movimentos são sempre voltados para o ritmo da música.

As atividades físicas têm como objeto o movimento humano, e a Educação Física inserida neste processo buscam constantemente melhorias e avanços no seu campo, colocando-se a música como sua aliada.

A Educação Física propõe formas diferenciadas de habilidades do movimento, para ser explorado o espaço no mundo em que vivemos, explorando e aproveitando os recursos do seu meio para facilitar a aprendizagem do educando. É aí que se destaca a música como auxiliar neste processo estimulando o indivíduo de maneira ativa e reflexiva atenção na realização dos movimentos. Deste modo a música poderá servir de motivadora e auxiliar no cumprimento de algumas funções como: expressar emoções, proporcionar prazer estético, simbolizar ideias e, unir pessoas de crenças, construir regras e condutas sociais, comunicar, educar, recrear e instigar determinada reação física. Quando incorporada às práticas corporais se torna ferramenta pedagógica útil, estimulando e motivando a criação e a vivência de novos

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movimentos corporais apresentando elementos construtivos como o ritmo, a melodia e a harmonia contribuindo para a determinação do movimento corporal.

O principal objetivo deste estudo consiste em proporcionar e suscitar um novo paradigma envolvente entre a música e as atividades físicas, considerando a linguagem expressiva e motivadora da prática da Educação Física, para obter melhor resultado, como forma de conhecimento e qualidade de vida dos indivíduos, aproveitando o ritmo para compreender sua trajetória cultural ressignificando-a nas práticas expressivas de corporeidade.

A metodologia para o presente trabalho foi desenvolvida através de pesquisa bibliográfica, de cunho explicativo, onde será desenvolvida a partir de material publicado.

O primeiro capítulo abordará a importância da música nas atividades físicas, como elemento facilitador que poderá proporcionar melhorias na participação, emoção, prazer e motivação na execução dos exercícios, valorizando o desenvolvimento das inteligências múltiplas e a expressividade do movimento.

No segundo capitulo, explicita-se a ideia de que a linguagem musical poderá inovar as atividades físicas, fazendo-se necessário despertar o interesse dos alunos nas atividades, construindo uma parceria entre a música e a Educação Física.

A música como contribuinte para o desenvolvimento cognitivo é o assunto desenvolvido no terceiro capítulo, voltado para a melhoria da prática educativa, uma aliada no trabalho do professor.

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1. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS ATIVIDADES FÍSICAS

A música está buscando seu espaço inovador nas aprendizagens, pode ser vista como um elemento didático facilitador do conhecimento. Vinculada a Educação Física, ela proporciona melhorias no aspecto das atividades físicas, fazendo-se indispensável sua utilização nas escolas, envolvendo o ensinar e o aprender; tanto pela grande influência que ela tem nas aprendizagens como também por ser considerada um excelente meio para desenvolver a expressão, o equilíbrio, a autoestima e a integridade do ser humano. Segundo Berchem (apud KRZESINSKI e CAMPOS, 2006, p.115) “a música é a linguagem que se traduz em forma sonora capaz de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento entre som e o silêncio”.

A melodia musical, permite a expressão dos sentimentos, uma linguagem que está inserida na vida das pessoas desde o nascimento até a morte como parte integrada a cultura, da civilização, da natureza e todas as situações de vida, garantindo a oportunidade de acesso aos cidadãos à arte como linguagem expressiva e, também, como forma de conhecimento, oferecendo condições de compreensão sobre o que ocorre no plano da expressão e no plano do significado, permitindo uma inserção social de forma mais ampla através da interação com todas as linguagens artísticas, influenciando diretamente nas atividades físicas, onde ela funciona como elemento motivador e de estímulo para o desenvolvimento da expressão de percepção e criação são como elementos deste processo.

As atividades físicas, geralmente, têm caráter voltado para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades, tais como: percepção auditiva, imaginação, coordenação motora, memorização, socialização, expressividade, percepção espacial, entre outras.

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Conforme Dutra (1994, p.17). A música, envolve aspectos motor, dinâmico, sensorial, afetivo, mental e espiritual do ser, não só colabora no desenvolvimento de todas as suas faculdades, como contribui para a formação de sua personalidade individual”.

Os professores de Educação Física, necessitam de aprofundamento no estudo dos ritmos em relação as atividades para que as mesmas venham a capacitar no sentido de que quando requisitadas de forma prática possam dar contribuição na realização da atividade de maneira correta ajustando a atividade com o ritmo da música. Sendo assim, a musicalidade apresenta-se hoje como um desafio para os educadores e educandos, que buscam transformações da educação, pela participação, uma vez que ambos são sujeitos da aprendizagem, que constroem seus conhecimentos, compreendendo-se dentro de um processo de integração que está ligado ao passado, mas que pode ser melhorado a partir de cada convivência e experiência, buscando a realização e a transformação social através da emoção e do prazer de uma melhor qualidade de vida através da atividade física.

1.1 O SER HUMANO E AS ATIVIDADES FÍSICAS

O ser humano como um todo necessita de atividades físicas para viver com saúde e harmonia, elas sempre estiveram presentes nas escolas, no lazer, na saúde e nas manifestações da humanidade em todas as épocas e especialmente na era tecnológica que estamos vivendo, na qual as pessoas trabalham sentadas muitas vezes por horas na frente do computador e necessitam de exercícios, de movimentar o corpo para viverem melhor. Neste sentido busca-se debusca-senvolver na escola atividades prazerosas que deem motivação para a sua realização em sintonia com a música, uma vez que a mesma pode dar significado gradativo e positivo aos movimentos e sua evolução. “A atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso" (CASPERSEN et alii,1985).

O indivíduo, na sua preocupação com o corpo, precisa estar alerta para o fato de que saúde e longevidade veem acompanhadas de qualidade de vida, tanto no presente como no futuro. A atividade física é uma aliada imprescindível para alcançar uma boa forma física e sua prática deve ser desenvolvida de uma forma prazerosa e contínua ao longo de toda a vida, tanto das crianças, como dos jovens e dos adultos.

A atividade física exige exercícios bem planejados, realizados para benefícios aos praticantes e têm seus benefícios positivos no desempenho intelectual e na qualidade de vida,

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tornando-se mais prazerosa quando realizada no acompanhamento musical. O som vai beneficiando a prática de movimento que acontece naturalmente, pois, a música, vai envolvendo o mexer com o corpo, o brincar com o corpo, de uma forma positiva e espontânea.

De tal modo a presença da música nas diversas formas de expressão do corpo envolve justificativa e desempenhos característicos dentro de cada contexto que esteja inserida, inclusive nas suas formas de relação pedagógicas, didáticas e, sobretudo, curriculares, o importante, no entanto é que se cultive o movimento, a espontaneidade, valorizando o indivíduo na sua expressividade, liberdade e motivação da continuidade dos exercícios.

1.2 MÚSICA E A VALORIZAÇÃO DA EXPRESSIVIDADE

A expressividade e as atividades físicas estão interligadas à música, pois ela permite uma constante mudança de movimentação, comportamento e estratégia. Com as canções, busca-se o desenvolvimento da liberdade de expressão, quebrando a dor, o cansaço e a monotonia da repetitividade dos movimentos, defendendo a interação, o desafio e o auxílio no ensinar e no aprender com o corpo. Sobre isto Valin, 2007 afirma que:

De acordo com Tame (1984), a música pode afetar a energia muscular, elevar ou diminuir os batimentos cardíacos, influenciar na digestão. Csikszentmihalyi (1192) afirma que uma das funções da música é dirigir a atenção do ouvinte para padrões adequados a um determinado estado de ânimo, além de afastar o tédio e a ansiedade. A música nas atividades é utilizada no sentido de motivar a continuidade dos exercícios físicos ou de distrair o praticante de estímulos não prazerosos como cansaço, dor ou até tenção psicológica.

Contudo, a música permite a troca de movimentos, o ritmo, ela pode ser o marca passo das atividades para aumentar ou diminuir os movimentos. Ela contempla e exige um trabalho complexo referente à integração, principalmente quando envolve formação e trabalho coletivo, é uma maneira diferente de ajudar, dar possibilidades aos alunos de criarem, dando novos significados a educação Física na escola.

O objetivo da escola centra-se no propósito do aluno aprender, e os educadores precisam encontrar um caminho que torne possível o gosto pelas aprendizagens, do contrário, se ele não aprender se negar a fazer as atividades, complica o trabalho escolar, que somente flui quando há participação e envolvimento dos alunos. Assim, o trabalho educativo, se estampa nos saberes, desenvoltura e ações dos alunos nas disciplinas. Por isso (GARDNER, 1995, p. 14) conceitua inteligência como "a capacidade para resolver problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais

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ou comunitários". A teoria de Gardner pontua talentos e habilidades mentais diferentes que em seu estudo ele chama de Inteligências Múltiplas.

Cada indivíduo possui inteligências, em nível e em combinações diversas. Segundo Gardner (1995, p. 21) a princípio estão compostas em sete: “inteligência musical, corporal-cinestésica, lógico-matemática, lingüística, espacial, interpessoal e intrapessoal”. A inteligência corporal-cinestésica está relacionada com o movimento físico e com o conhecimento do corpo. É a habilidade de usar o corpo para expressar uma emoção,dança e linguagem corporal ou praticar um esporte. Segundo GARDNER a inteligência corporal-cinestésica pode ser observada em atores, atletas, mímicos, artistas circenses e dançarinos profissionais. A inteligência musical é diferenciada pela habilidade de reconhecer sons e ritmos, gosto em cantar, acompanhar ou tocar um instrumento musical.

Os escritos de Gardner (1995) enfatizam ainda que as inteligências fazem parte da herança genética humana, que se manifestam em determinado grau em todos os indivíduos, independente da educação ou apoio cultural, porém precisa de ocasiões para explorar e desenvolvê-la. Assim, a escola deve respeitar as habilidades de cada um, e também propiciar o contato com atividades que trabalhem as outras inteligências, permitindo que as atividades que desenvolvidas na escola nas aulas de educação Física possam utilizar mais do que uma inteligência, no caso deste estudo especialmente a musica.

Sendo assim, entende-se que uma agrega a capacidade de perceber, discriminar, transformar e expressar sons, incluindo sensibilidade ao ritmo, tom ou melodia e a outra completa por estar relacionada ao conhecimento do corpo e ao movimento físico, traduzindo-se na capacidade de expressar ideias e sentimentos, a prática de esporte e a dança compondo linguagens corporais com habilidades que expressam emoções.

Reforçando as ideias de Gardner,1995, igualmente defende-se a necessidade de realização de um trabalho integrado entre a música e a Educação Física nas aprendizagens, envolvendo ações interdisciplinares a serem planejadas conjunta e colaborativamente como elemento inovador das atividades físicas.

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2. A LINGUAGEM MUSICAL INOVANDO AS ATIVIDADES FÍSICAS.

No âmbito escolar, musicalizar é proporcionar aos indivíduos ferramentas básicas para a compreensão e a utilização da linguagem musical. No que diz respeito ao processo de musicalização, há a construção do conhecimento musical que objetiva despertar e desenvolver o gosto pela música, estimulando e contribuindo com a formação global dos seres humanos.

Sendo assim, considera-se importante construir uma parceria entre a Música e a Educação Física, visando o desenvolvimento integral do aluno renovando e inovando as atividades físicas de crianças e jovens, para que as mesmas tenham um novo espaço nas aprendizagens dos alunos e dos seres humanos em geral, tornando-se um desafio na construção de uma sociedade em transformação, um processo de desenvolvimento que permite a expressão, a participação e a manifestação das ideias voltadas para a cidadania e ao atendimento da realidade escolar, atendendo as necessidades e possibilidades de cada ser humano. Ainda de acordo com Saviani 2000, (p.40).

[...] a educação integral do homem (...) é uma educação de caráter desinteressado que, além do conhecimento da natureza e da cultura envolve as formas estéticas, a apreciação das coisas e das pessoas pelo que elas são em si mesmas, sem outro objetivo senão o de relacionar-se com elas. Abre-se aqui todo um campo para a educação artística que, portanto, deve integrar o currículo das escolas. E, nesse âmbito, sobreleva, em meu entender, a educação musical. Com efeito, a música é um tipo de arte com imenso potencial educativo já que, a par de manifestações estéticas por excelência (...) apresenta-se como um dos recursos mais eficazes na direção de uma educação voltada para o objetivo de se atingir o desenvolvimento integral do ser humano.

Entretanto, entende-se que o professor, utilizando a música como recurso didático consequentemente trabalhará o ritmo como facilitador da execução das atividades motoras, estará preparando o aluno para o novo, para um mundo em construção, que exige novos paradigmas na sua formação tanto pessoal, social e também profissional.

A palavra ritmo vem do grego rythmos que significa fluidez. A palavra vem do grego rhythmos, que significa movimento compassado (www.dicio.com.br/ritmo/). De acordo com Willems, 1970, p.18, músico e educador suíço, “o ritmo é um elemento de vida e, particularmente, de vida fisiológica, cuja origem prática se acha no corpo humano”. Nesse

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caso, conceber o ensino da música através do ritmo tem a sua razão de ser, entendido como elemento de vida, que pode revelar emoções, sensações e sentimentos, proporcionando expressão corporal na atividade física.

De acordo com o exposto acima, o ritmo pode ser entendido como um processo dinâmico que traz na sua essência a interação, palavra chave no trabalho do profissional de Educação Física. É a interação, que na sua integridade, cultiva a capacidade de ensinar e aprender, de fazer acontecer. Como afirma Pavlovic (1987):

A música adequada dá ritmo ao movimento, amplitude e leveza ao corpo. As vibrações musicais provocam vibrações corporais. A música tonifica, exalta, alivia. Num animado murmúrio geral libertam-se a timidez e as frustrações e, levado pela corrente musical, o participante deixa-se invadir por extraordinárias sensações corporais. A música faz com que se esqueça um pouco o corpo e as suas fraquezas, com que se purifique pela beleza um gesto em particular, participando ao máximo da aula.

Qualquer trabalho que possibilite o incentivo à criatividade da pessoa exige esforço e competência. Nesta perspectiva, atividade física não é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável, pode ser a base da atividade intelectual criativa e dinâmica.

Há uma grande escada, no processo de crescimento do movimento, precisa-se haver muita determinação e segurança para conseguir êxito. É com muita paciência e comprometimento que muitos educadores conseguem realizar trabalhos maravilhosos com atividades físicas, ligadas às experiências musicais fazendo com que ambas possibilitem a ampliação das formas de expressão e de entendimento do mundo em que vivem. Mesmo assim, percebe-se que alguns professores que trabalham o movimento, deixam de utilizar a linguagem musical nas suas atividades, desconhecendo a importância de seu papel, considerando ainda como tema desconhecido e pouco abordado. Conforme Becker 1989, p.36: “Para poder cantar, é preciso querer cantar, e para querer cantar é necessário acreditar em tudo o que a música em geral e o canto podem dar à criança”.

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3. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, O TRABALHO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM A MÚSICA E A ATIVIDADE FÍSICA.

A música contribui para o desenvolvimento cognitivo, favorecendo a recepção de informações, de modo espontâneo, e a internalização das mesmas, de um modo muito significativo. Com base no pensamento de que todos podem ser musicalizados, acredita-se que há uma grande vontade de melhorar a prática educativa. E isso poderá tornar-se realidade se começar esse aprendizado desde a Educação Infantil, com muita criatividade, para que cada vez mais possa tornar-se prazeroso. A alegria vivida e incorporada na infância se acenderá como mágica nas outras fases do desenvolvimento do ser humano. Conforme Dutra (1994, p.17): “A educação através da música, envolvendo os aspectos dinâmico, sensorial, afetivo, mental e espiritual do ser, não só colabora no desenvolvimento de todas as suas faculdades, como contribui para a formação de sua personalidade individual”.

Se o professor de Educação Física, envolver a música como elemento central no desenvolvimento do seu trabalho, com certeza, fará manter vivo o poeta que existe dentro de cada um, porque as mesmas estão ligadas a uma forma de comunicação que promove interação, alegria, descontração, expressão e muito movimento e consequentemente estará proporcionando uma metodologia diferente da tradicional, como afirma Ostetto, 2004, p.57.

A possibilidade de um cotidiano prazeroso, criativo, colorido, musical, dançante, repleto de movimento, aventura e trocas dependerá, em muito, das possibilidades do adulto, da relação que estabelece com as diferentes linguagens, do seu repertório cultural.

Desenvolver a expressão humana significa manifestar palavras e muito melhor ainda, expressá-las através do canto, do som, da música, os quais são uma herança cultural que proporcionam ao ser humano, uma viagem pelo seu imaginário, desenvolvendo a sensibilidade, a criatividade, a expressão, a postura corporal e a imaginação, elementos de grande responsabilidade na vida escolar e na qualidade de vida dos alunos. Mas o que é atividade física? De acordo com Montti, (2005).

[..].atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.

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Para a atividade física todos os movimentos têm seu andar, dançar, correr, pedalar, passear, fazer compras a pé, subir e descer escadas, fazer jardinagem, enfim, levar uma vida mais ativa. Depois de compreender melhor a questão da música, pode-se dizer que as pessoas são originais nas suas formas de percepção, expressão e experiências de vida. Essas vivências musicais podem ser vistas como condições no desenvolvimento das habilidades do aluno, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos, uma vez que ela exerce ação fundamental sobre a personalidade humana, promovendo e mantendo a saúde da população independente da idade, pois todos necessitam, em sua rotina diária, da prática de exercícios físicos regulares para combater os efeitos nocivos da vida sedentária.

Portanto, faz-se necessário, o acesso ao universo da música e a desmitificação de sua imagem apenas como elemento/espetáculo/festivo, normalmente de caráter contemplativo. É preciso passar a entendê-la como conhecimento significativo para as nossas ações corpóreas, que podem ser exploradas pelo universo cultural, nos âmbitos escolares, públicos e sociais.

A música e a educação Física estão expressas num novo paradigma, uma proposta pedagógica vigente que permite ousar e aproveitar as habilidades dos alunos. A linguagem musical e a corporal permitem a expressão das sensações que o ser humano sente, consentindo um novo olhar, um novo significado no desenvolvimento cognitivo, uma vez que a música potencia a aprendizagem e o desenvolvimento de competências dentro e fora da escola, concretizando uma educação Física de qualidade e excelência.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Busca-se uma reflexão sobre as probabilidades de mudança no trato das atividades físicas no âmbito da Educação Física e seu espaço, reconhecendo que há muito que superar no aproveitamento dos movimentos que ela enfatiza. Na sua especificidade alia-se a música como um auxílio que tem poder de motivação para a realização das atividades e a execução dos movimentos corporais.

A música e a atividade física oferecem às pessoas uma possibilidade de desenvolvimento integral, despertando grande interesse pelas atividades corporais. Na escola, com os educandos, as duas aliadas auxiliam no processo de ensino aprendizagem na medida em que melhora a disposição e a motivação para a comunicação, a socialização, a afetividade, a concentração e a participação de maneira tranquila e prazerosa, fazendo com que a educação seja um processo natural de movimento, envolvimento e desenvolvimento e, não algo obrigatório, imposto ao currículo do aluno.

A teoria das Inteligências Múltiplas permite ao profissional de Educação Física conhecer melhor cada aluno percebendo nele a capacidade que se sobressai. Os resultados provavelmente serão cada vez melhores pois, cabe-me citar um exemplo que aconteceu comigo: A professora de matemática passou um conteúdo e de forma alguma consegui compreende-lo por mais que ela explicasse várias vezes, não teve jeito. Foi então, que sabendo da minha habilidade com a música, propôs um desafio, que apresentasse todo o conteúdo expresso numa música. A partir da proposta em seguida comecei a compor a música, apresentei e pela primeira vez tirei um dez em matemática, nunca mais tive dificuldade, graças a professora que permitiu que meu talento fosse vinculado a outra inteligência.Então, a independência pura entre as inteligências não existe e desenvolvendo melhor uma capacidade, outras também seriam afetadas.

Por fim, música como motivadora do processo ensino aprendizagem pode fazer acontecer maravilhas numa aula, pois, há possibilidade da aprendizagem acontecer de forma mais significativa e prazerosa. É fundamental que o profissional de Educação Física desperte

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para essa prática, visando abrir caminhos para um olhar reflexivo sobre as ações pedagógicas e para a ressignificação dos espaços escolares voltados ao movimento.

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REFERÊNCIAS

BECKER, Rosane N. Musicalização: da descoberta à consciência rítmica e sonora. Ijuí: UNIJUÍ, 1989. 128 p.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática 1. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 214 p.

http: www.dicio.com.br/ritmo/12set/2013 - 19horas. http://boasaude.uol.com.br17out/2011 - 17 horas. http://www.efdeportes.com/15set/2013 - 15 horas.

MAGNANI, Sérgio. Expressão e Comunicação na Linguagem da Música. Belo Horizonte. Editora UFMG. Coleção Aprender. 1989. 406 p.

MARTINS, Raimundo. Educação musical: conceitos e preconceitos. Rio de Janeiro: Funarte, 1985. 47 p.

MONTTI, Marcelo. Importância da Atividade Física. 2005. Disponível em:

<http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4772&ReturnCatID=1774> acesso em: o1 de novembro de 2013.

MOURA, Ieda Camargo de. BOSCARDIM, Maria Teresa Trevisan. ZAGONEL, Bernadete. Musicalizando Crianças – Teoria e Prática da Educação Musical. São Paulo: Ática 1989. 104 p.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. “Mas as crianças gostam!” ou sobre gostos e repertórios musicais. In: OSTETTO, Luciana Esmeralda; LEITE, Maria. Arte, Infância e formação de professores. 2º ed. Ed. Papirus, 2004. 250 p.

PAVLOVIC, B. Ginástica aeróbica: uma nova cultura física. Rio de Janeiro: Sprint, 1987. 171 p.

RAUCHBACH, Rosemary – Atividade Física para Terceira Idade: envelhecimento ativo, uma proposta para vida. 2ª edição. Revisada e ampliada. – Londrina: Miodiograf, 2001. SAVIANI, Dermeval. A educação musical no contexto da relação entre currículo e sociedade. In: ENCONTRO ANUAL DA ABEM, 9, 2000, Belém. Anais... Belém: ABEM, 2000. p. 33-42.

VALIN, Priscila Carneiro et al. Redução de Estresse pelo Alongamento: a VALIN, Priscila Carneiro et al. Redução de Estresse pelo Alongamento: a Preferência Musical Pode

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Influenciar? Universidade Estadual Paulista. Acesso em: www.rc.unesp.br. Acesso em: 19 set. 2013.

WILLEMS, Edgar. As bases psicológicas da educação musical. Suíça: ed. Pro Música, Bienne. 1970. 159 p.

Referências

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