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Academic year: 2021

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TÍTULO: INGESTÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO E ADIÇÃO DE SAL ÀS PREPARAÇÕES PRONTAS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: NUTRIÇÃO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JANIQUELLI BARBOSA SILVA, ADRIANE CRISTINA DE ASSIS PEREIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): KARINA DANTAS COELHO ORIENTADOR(ES):

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INGESTÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO E ADIÇÃO DE SAL ÀS PREPARAÇÕES PRONTAS

1- RESUMO:

O sódio, componente do sal, participa de reações fundamentais no organismo, mas o excesso desse componente está relacionado com a elevação da pressão arterial, a hipertensão, doença que atualmente é responsável por alta frequência de internações. Estudos demonstram que a ingestão desse mineral pela população brasileira é superior à recomendação. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a ingestão de alimentos ricos em sódio e o uso de sal de adição às preparações prontas. Foi elaborado um questionário de frequência alimentar do tipo semi-quantitativo (QFA) com uma lista de alimentos ricos em sódio e um folheto explicativo com as recomendações de ingestão de sódio e uso de temperos substitutos. O público alvo foi de adultos de ambos os sexos, estudantes universitários dos períodos matutino e noturno. A maior parte dos entrevistados foi do gênero feminino (73%), declarou ter pressão arterial normal (80%). Entretanto, mais da metade dos entrevistados (67,5%) tem um parente consanguíneo com hipertensão, caracterizando um fator de risco para apresentar a doença. A ingestão de sódio média foi de 1880,97 mg, lembrando que foi a contribuição somente dos alimentos ricos em sódio, portanto o consumo real de sódio deve ser bem maior do que o investigado. Mais da metade dos hipertensos entrevistados (60%) consumia mais sódio do que o valor recomendado. Foi constatado que o consumo de sódio de 40% do total de entrevistados é superior ao limite máximo de ingestão recomendado. Os participantes da pesquisa serão convidados a participar de grupos de orientação alimentar e nutricional para o consumo adequado desse mineral e adoção de hábitos alimentares saudáveis.

Palavras-Chave: sódio, ingestão alimentar, hipertensão, orientação alimentar

2 - INTRODUÇÃO:

Relatos históricos indicam que o sal foi o primeiro aditivo utilizado na conservação dos alimentos. A ação do sal consiste na redução da atividade de água dos alimentos, dificultando a proliferação de microrganismos. Além disso, esse ingrediente é

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responsável por conferir sabor agradável às preparações. Entretanto, a ingestão elevada de sódio está associada ao aumento da pressão arterial (MOLINA et al, 2003). Estudos epidemiológicos demonstram o aumento da prevalência da hipertensão com a idade, mas também sua ocorrência associada a outros fatores de risco, de estilo de vida e metabólicos, todos independentemente associados ao aumento de risco para ocorrência de doenças cardiovasculares (PASSOS, ASSIS e BARRETO, 2006).

3 - OBJETIVOS:

Objetivo geral: Avaliar a ingestão alimentos ricos em sódio e do sal de adição. Objetivos específicos:

Caracterizar os principais alimentos ricos em sódio consumidos Verificar a quantidade de sal adicionado às preparações prontas Informar os riscos do alto consumo de sódio

Oferecer alternativas de temperos para reduzir a ingestão de sal

4 – METODOLOGIA:

Na primeira etapa do estudo, foram selecionados 68 alimentos que apresentam alto teor de sódio e que são consumidos habitualmente pela população brasileira de acordo com a Pesquisa Brasileira de Orçamentos Familiares (POF) de 2009. Esses alimentos foram agrupados em um questionário de frequência alimentar (QFA) do tipo semi-quantitativo. O questionário piloto foi aplicado no segundo semestre de 2013 e, a partir de seus resultados, foi elaborado um modelo mais enxuto com apenas 28 alimentos para facilitar a aplicação. Estava indicado no alimento a frequência de consumo (diária, semanal, mensal, nunca) e também alguns exemplos de quantidades de acordo com a porção habitual. Para estimar o sal de adição, foi questionado aos entrevistados se eles tinham o hábito de acrescentar sal às preparações prontas e com qual frequência. O questionário foi aplicado pelas pesquisadoras. O público alvo foi adulto, de ambos os sexos, estudantes da Universidade Anhanguera de São Paulo unidade Osasco. Os participantes convidados a responder o questionário foram informados a respeito da pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Todos os participantes da pesquisa receberam um folheto explicativo elaborado pelas pesquisadoras. Nesse havia informações a respeito dos malefícios

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da ingestão excessiva de sódio e opções para reduzir e manter o consumo desse mineral dentro dos limites da recomendação.

6 - RESULTADOS PRELIMINARES:

Foram entrevistados 80 adultos de ambos os sexos. A maior parte dos entrevistados foi do gênero feminino (73%), tem idade média de 32 anos e 6 meses e não apresenta hipertensão (85%). Entretanto, a maior parte dos entrevistados apresenta algum parente consanguíneo com hipertensão arterial (67,5%). A ingestão média de sódio foi de 1880,97 mg, com desvio padrão de ± 1511,16 mg. Esse valor é 25,98% superior à recomendação de ingestão diária, que é de 1500 mg (INSTITUTE OF MEDICINE, 2000). Comparando a ingestão de sódio por gênero, após adequação de acordo com o tamanho da amostra, observa-se que não há diferença estatística entre homens e mulheres. Os valores obtidos correspondem apenas aos alimentos que têm alto teor de sódio, portanto, a ingestão diária de cada entrevistado pode ser muito superior ao da recomendação, o que é muito preocupante. A avaliação da ingestão desse nutriente ainda é complexa devido à variação substancial na ingestão diária, que pode subestimar a quantidade de sódio ingerida. Além disso, outro problema encontrado para realização da avaliação dietética é a tabela de composição dos alimentos, que pode variar muito de um país para o outro e não contemplar preparações regionais e os produtos industrializados produzidos internamente. Por isso é importante fazer uso de uma tabela de composição química dos alimentos brasileira (MOLINA et al, 2003). Além disso, existe uma variação muito grande nos teores de sódio de alimentos industrializados entre diferentes marcas como os queijos minas frescal, parmesão e ricota que apresentam variações de até 10 vezes (BRASIL, 2012). Dessa forma, um meio de minimizar o erro em futuros trabalhos de investigação seria deixar um espaço para que o entrevistado indique a marca do produto que consome. A ingestão de sódio entre os participantes que apresentam hipertensão (15%) variou entre 203,85 e 5470,1 mg, sendo que 60% dos hipertensos entrevistados consumia mais sódio do que o valor recomendado. O limite máximo de ingestão diária (UL) do sódio é 2300 mg (INSTITUTE OF MEDICINE, 2000). Outro achado preocupante foi o de 40% do total de entrevistados ter apresentado um consumo de sódio superior à UL. Lembrando que esse resultado se refere somente à ingestão de alimentos industrializados e adição de sal. Os alimentos industrializados que mais contribuíram

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com a alta ingestão de sódio foram, pela ordem, temperos prontos, batata frita, embutidos, queijos e biscoitos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) firmou um acordo com vários setores da indústria alimentícia para reduzir e monitorar o teor de sódio em alimentos industrializados (BRASIL, 2013). Essa medida é de suma importância para reduzir e manter a ingestão de sódio da população brasileira dentro dos valores de recomendação. Outro achado dessa pesquisa diz respeito ao uso do sal para temperar preparações prontas, 45% dos entrevistados respondeu que tem esse hábito. A quantidade de sal adicionado variou muito entre os entrevistados (média 345,12 mg e desvio padrão ± 118,49 mg). Pode-se inferir que a adição de sal tem um alto impacto na quantidade total de sódio ingerida pelos entrevistados. Todos os participantes receberam um folheto com orientações sobre os riscos da ingestão excessiva de sódio e algumas sugestões de temperos que poderiam substituir os mais utilizados que têm alta concentração desse mineral. Muitos entrevistados manifestaram interesse em participar de ações educativas e receber orientações a respeito de alimentação saudável. As próximas etapas do trabalho consistem em caracterizar a ingestão intrapessoal desse mineral, aplicar recordatório de 24 horas e registro alimentar de três dias para avaliar o impacto do consumo dos alimentos do QFA na ingestão diária de sódio. As pesquisadoras entrarão em contato com os entrevistados no segundo semestre para atividades educativas sobre ingestão adequada de sódio e educação alimentar e nutricional.

7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A ingestão de alimentos industrializados e adição de sal contribuiu significativamente para a alta ingestão de sódio da população estudada. Apesar dos esforços governamentais para reduzir o teor desse mineral nos alimentos, é de suma importância que seja feita uma ação educativa para orientar sobre a ingestão adequada. A próxima etapa do trabalho será a formação de pequenos grupos com os entrevistados para oficinas de orientação sobre a ingestão de sódio e alimentação saudável.

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8 – FONTES CONSULTADAS:

BRASIL. Informe Técnico n. 50/2012: Teor de Sódio dos Alimentos Processados. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília, outubro de 2012.

BRASIL. Informe Técnico n. 54/2013: Teor de Sódio dos Alimentos Processados. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília, julho de 2013.

BRASIL. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Despesas, rendimentos e condições de vida. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010. INSTITUTE OF MEDICINE. Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intankes. Dietary reference intankes: applications in dietary assessment. Washington, DC: National Academy Press, 2000, 287p.

MOLINA, MCB et al. Hipertensão arterial e consumo de sal em população urbana. Rev Saúde Pública, São Paulo, 37(6):743-50, 2003.

PASSOS, VMA; ASSIS, TD; BARRETO, SM. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 15(1): 35 – 45, 2006.

Referências

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