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Entraves à visitação no Museu de Arte Sacra de São Paulo: um

estudo exploratório

The issue of visitation at the Museum of Sacred Art of São Paulo: an exploratory study

Bruna Medeiros Passos bruna.educativo@gmail.com

Orientador: Glauber Eduardo de Oliveira Santos

RESUMO: O presente artigo se propõe a estudar o problema da visitação no Museu

de Arte Sacra de São Paulo, tendo em vista que seu índice de visitação em relação à Pinacoteca do Estado, instituição cultural de caráter museológico vizinha, é muito baixo. Foram aplicados cem questionários com os visitantes de cada uma das instituições estruturados com perguntas fechadas, abertas e semi-abertas. A análise dos resultados apontou que os fatores determinantes ao baixo índice de visitação são a temática das exposições e a pouca divulgação das atividades.

Palavras-chave: Museu de Arte Sacra de São Paulo – Pinacoteca do Estado –

índice de visitação

ABSTRACT: This article proposes to study the problem of visiting the Museum of

Sacred Art of São Paulo, in order that the rate of visitation in relation to the State Art Gallery, a cultural institution of character nearby museum, is very low. Questionnaires were administered to one hundred visitors to each of the institutions structured questionnaire with closed, open and semi-open. The results indicated that the factors determining the rate of visitation are the subject of exhibitions and low-profile activities.

Keywords: Sacred Art Museum of Sao Paulo - the State Art Gallery - Index of

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1 Introdução

O Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS)1 foi inaugurado na década de 1970 em uma das alas do Mosteiro da Luz, que é hoje exemplo da arquitetura colonial paulista do século XVIII, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1943.

O prédio possui localização privilegiada, encontrando-se na região do centro velho da cidade de São Paulo, no bairro da Luz. O acesso por transporte coletivo pode ser feito pela Estação Tiradentes, da linha azul do Metrô, e por várias linhas de ônibus municipais. Nas proximidades do MAS existem ainda outros equipamentos culturais, como a Sala São Paulo, a Oficina Cultural Oswald de Andrade, o Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca do Estado.

Diante da riqueza do seu acervo e dos aspectos históricos do prédio onde está inserido, pode-se dizer que o MAS é um equipamento cultural de grande importância para a sociedade, e que portanto deve ser usufruído pela maior parte de indivíduos que a compõe, sejam eles integrantes da comunidade local, como também por turistas de outras localidades.

Contudo, quando se compara o índice de visitação do MAS com outro equipamento cultural semelhante, percebe-se que há um baixo grau de visitação na primeira instituição. No primeiro semestre de 2011 a Pinacoteca do Estado, um dos seus vizinhos mais próximos e que também é um museu de arte, embora não restrito à um tipo de arte, recebeu 137.058 mil visitantes. Em contrapartida, o MAS recebeu no mesmo período apenas 17.096 visitantes, segundo o levantamento feito pela Secretaria da Cultura2.

Perante tal situação, o presente artigo se propõe a analisar o índice de visitação do MAS comparativamente ao da Pinacoteca do Estado, a fim de diagnosticar os possíveis problemas que geram a citada diferença de números de visitantes. As hipóteses levantadas foram baseadas em estudos bibliográficos realizados pela

1 Doravante nesse artigo, o Museu de Arte Sacra de São Paulo será identificado pela sigla MAS. 2 Documento oficial em anexo no fim desse artigo.

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autora sobre a problemática de visitação em museus, que será mais detalhada adiante; e por observação direta da mesma que estagiou por dois anos no setor educativo do MAS. A primeira delas era a de que o valor do ingresso poderia ser fator inibidor de público. A segunda que a temática das exposições oferecidas pelo MAS poderia não ser de muito interesse do público. Outra hipótese considerava que a localização ou acesso poderiam não ser muito favorecidos, seguindo de que o atendimento dos funcionários poderia não ser adequado. Por fim, a última hipótese suspeitava que a comunicação entre o MAS e o público não era tão eficiente, dificultando assim, a divulgação das atividades oferecidas.

Para encontrar então o motivo pelo qual o MAS recebe muito menos visitantes que a Pinacoteca foram realizados dois tipos de pesquisa de caráter qualitativo e quantitativos. A primeira dentro do próprio MAS com o objetivo de caracterizar o público visitante, identificar quais foram as motivações que os levaram a visita, e saber quais são suas opiniões e sugestões a respeito do museu. A segunda, por sua vez, foi realizada com os visitantes da Pinacoteca, para além de traçar o perfil do público visitante, descobrir seu conhecimento, opinião e interesse sobre o MAS. Além disso, para melhor consistência da pesquisa, foram levantados em bibliografias, sites especializados e artigos, alguns aspectos conceituais que envolvem o objeto de estudo. Diante de tal metodologia pode-se caracterizar tal pesquisa como exploratória. Os resultados apresentados a seguir, são uma modesta, porém importante iniciativa científica a fim de discutir o aproveitamento desse significativo espaço cultural da cidade de São Paulo.

2 Considerações sobre Museu

2.1 As origens do museu

Com seus primórdios na Grécia Antiga, o Mouseion, assim como era chamado, era um templo das Nove Musas filhas de Zeus com Mnemosine, uma divindade relacionada à memória, e era tido como local destinado a estudos científicos, literários e artísticos (JULIÃO, 2001). Na Idade Média o termo quase não foi utilizado, surgindo novamente somente a partir do século XIV sob a ótica do renascimento. Com o desenvolvimento das grandes navegações, os viajantes

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passaram a colecionar objetos trazidos de suas expedições a abrigá-los nos chamados gabinetes de curiosidades, lugares onde se destinavam objetos relacionados à alguma área da biologia e realizações da história humana.Ainda assim, tais espaços eram restritos aos proprietários e pessoas que lhes eram conhecidas. Devem-se destacar também as coleções principescas surgidas no século XIV e enriquecidas também ao longo do período das grandes navegações com peças da antiguidade e do novo mundo, com acesso limitado à nobreza.3

O acesso ao público só foi concebido no final do século XVIII graças aos ideais da Revolução Francesa, dando origem aos chamados grandes museus nacionais, museus que tinham como objetivo, educar a população com o conhecimento do passado. No Brasil, as primeiras instituições museológicas surgiram no século XIX, sendo o primeiro o Museu Real, atualmente Museu Nacional, que foi aberto com a iniciativa rei D. João VI4.

2.2 O museu e seu papel social

Diante do histórico apresentado sobre os primórdios do museu e algumas formatações que adquiriu ao longo do tempo, é muito importante que compreendamos o caráter que o mesmo assumiu na sociedade contemporânea, principalmente no contexto nacional.

Alguns estudiosos perceberam que ao longo das últimas décadas os museus vêm tentando deixar de ser um espaço excludente de algumas camadas sociais, e der ser um local onde se encontrava majoritariamente a preservação da cultura e memória da elite, passando a abrangir o grande público (HUYSSEN, 1995, apud SANTOS, 2002).

É neste momento que os próprios museus começam a repensar suas estruturas a fim de alcançar uma maior parcela da sociedade. Algumas iniciativas foram deixar de abrigar em seu espaço apenas o conteúdo reservado aos fatos e personagens excepcionais da história, para incluir questões relacionadas à vida cotidiana das comunidades, como por exemplo, a extensão da memória de outros grupos sociais

3 Ibid. 4 Ibid.

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que não os da elite. É o caso do Museu Afro Brasil, em São Paulo, que oferece ao seu público a possibilidade de conhecer a contribuição da cultura africana na formação social Brasil.

Com tal reestruturação, os museus passaram a desempenhar uma responsabilidade social única, conforme ressalta Cury (2005) em que “Não há outra instituição que se ocupe do estatuto do objeto, preservando e comunicando seus significados”. Além disso, Guarnieri (1990) coloca que “O museu permite ao homem a leitura do mundo”. Contudo, não devemos limitar o papel social dos museus à um único modelo, pois conforme disse Bezerra (2011), “Os museus, ontem como hoje, tem potencial de exercer várias funções: fruição estética, conhecimento crítico, informação, educação, desenvolvimento de vínculos de subjetividade sonho, devaneio, etc.”.

2.3 O problema da visitação em museus

No Brasil os estudos sobre públicos em museus tiveram início na década de 1980. Tais estudos foram feitos a partir de distintas abordagens, como da psicologia, da sociologia, da educação e de muitos outros pontos de vistas que procuraram entender a forma como o público se relaciona com os museus (CURY, 2005).

Segundo Grinspum (2000) “[...] a noção de público do museu está diretamente associada aos usos que se faz da instituição museológica”. Assim por exemplo, as atividades que um museu oferece influenciarão fortemente na definição do seu possível público.

A autora também coloca que as instituições museológicas geralmente têm uma visão genérica sobre seu público freqüentador, mas que também buscam saber sobre o seu não-público, e quais motivos impedem sua visita. Como exemplo, ela cita uma pesquisa realizada na Escócia por PRENTICE, DAVIES e BEEHO (1997), que ao comparar consumidores de atrações culturais e não consumidores, constou-se que cobrar o valor do ingresso nessas instituições não apenas pode constou-ser um fator desestimulante, como também causador de constrangimento.

Outro problema apontado pela autora está na comunicação entre os museus e o público. Segundo ela, geralmente as instituições adotam a idéia de que elas são emissoras e o público simplesmente receptor, estabelecendo uma relação de

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atividade e passividade, sem considerar a complexidade que envolve o processo de comunicação.

Diante disso, pretende-se com este artigo saber se algum desses fatores têm influenciado no índice de visitação no MAS, ou ainda apontar um quarto fator.

3 Sobre as instituições estudadas

Considerando que a principal finalidade desse estudo é diagnosticar o principal problema que leva o MAS a receber um número muito inferior de visitantes em relação à Pinacoteca do Estado, achou-se necessário realizar um panorama sobre as duas instituições, para efeito de comparação, apresentando um breve histórico de cada uma e os principais serviços oferecidos.

3.1 O Museu de Arte Sacra – histórico e caracterização do acervo

A partir da década de 1970, a ala esquerda do Mosteiro da Luz foi adaptada para receber o Museu de Arte Sacra de São Paulo, criado por uma parceria entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo. Grande parte do acervo é proveniente da antiga cúria da Sé de São Paulo, espaço onde foram abrigados muitos objetos de antigas igrejas que foram demolidas ou desativadas, sendo a maioria datada do século XVII e XVIII. Outra parte do acervo é originada de aquisições que o próprio governo do Estado foi conseguindo, como é o caso do Presépio Napolitano. Hoje, quem visita o Museu de Arte Sacra, pode encontrar uma riquíssima coleção de presépios, altares, oratórios, livros raros, esculturas, mobiliário, quadros e objetos litúrgicos de ouro, prata e pedras preciosas. Entre os artistas, o museu possui obras do Aleijadinho, mestre Athayde, Frei Agostinho de Jesus, Frei Agostinho da Piedade e pinturas de Benedito Calixto. É um dos mais importantes museus do gênero do país pela diversidade de seu acervo. Além disso, o próprio prédio onde está instalado é um exemplo vivo de arquitetura colonial, tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAT).

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3.1.1 O setor educativo do MAS

A atual formação do setor educativo do MAS é resultado da reformulação ocorrida há três anos com uma nova gestão que apostou em criar uma equipe especializada e multidisciplinar. O setor educativo é responsável por desenvolver os projetos educacionais a serem oferecidos aos visitantes. Entre esses projetos está a elaboração de visitas temáticas, oficinas educativas, teatros, e encontros para professores. A metodologia de visitas guiadas utilizadas pelo educativo do MAS é muito interessante, uma vez que os educadores tentam de forma dialética fazer com que os visitantes construam e reconstruam significados a partir da experiência prévia deles. Dentro dos possíveis tipos de visitas existentes em museus, pode-se dizer que as visitas do MAS são do tipo discussão dirigida (Inquiry-discussion technique), assim como define Grinder e McCoy (1998) apud Grinspum (2000) :

Esse tipo de visita é um diálogo entre o monitor e os visitantes. Além de lançar perguntas e esperar pelas respostas, os monitores dão informações e fatos em intervalos apropriados durante a discussão. É um dos tipos de visita mais satisfatórios para grupos em geral, pois convida à interação em todos os níveis de aprendizagem. A estrutura para adquirir insights e novos conhecimentos não é mais centrada no monitor que dá uma visita-palestra, mas na discussão do grupo, pois os visitantes têm a oportunidade de ouvir e aprender com as idéias de seus colegas. Os monitores devem dirigir suas questões e controlar a discussão para não se perder dos seus objetivos.

3.2 A Pinacoteca do Estado – histórico e caracterização do acervo.

A Pinacoteca do Estado é o museu de arte mais antigo da cidade, e abriga obras em sua maior parte de arte brasileira do século XIX até contemporaneidade. Seu prédio é o antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado por Ramos de Azevedo no século XIX e que passou por uma ampla reforma em 1930 com o projeto de Paulo Mendes da Rocha. A formação de seu acervo se deu inicialmente pela transferência de obras do antigo Museu do Estado, hoje Museu Paulista, com significativos nomes da arte brasileira, como Benedito Calixto, Almeida Junior, Anita Malfatti, Pedro Alexandrino, entre outros.

3.2.1 O setor educativo

A atual configuração do setor educativo da Pinacoteca se deu em 2002. O setor procurou por meio de pesquisa, compreender melhor sobre seu público e sobre as

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necessidades que o mesmo demandava. Além disso, percebeu-se qual era o público que ainda não estava incluído entre os visitantes, desenvolvendo uma série de iniciativas a fim de torná-lo mais acessível. Entre essas iniciativas, encontra-se o Programa Educativo para públicos especiais (PEPE)5 e o Programa de inclusão sociocultural (PISC).6

Quanto a metodologia adotada pela equipe, se parece muito com a do MAS, pois utiliza-se um método que estimula a participação do visitante, chamado considerado pelo próprio setor como método investigativo. Contudo, diferencia-se do método de visita do MAS por aplicar quando pertinente, as chamadas “propostas poéticas”, onde utilizam de atividades lúdico-educativas como atividades plásticas ou expressivas, para concretizar os conteúdos abordados durante a visita.

3.3 Exposições temporárias e exposições de longa duração

Um ponto que difere entre a MAS e a Pinacoteca, é que a primeira instituição realiza por ano de três a quatro exposições temporárias, enquanto que em um mesmo período a segunda realiza trinta. Apesar de a Pinacoteca disponibilizar dois prédios7 para realização de suas exposições temporárias, e o MAS ter seu espaço limitado apenas à ala esquerda do Mosteiro da Luz, não se pode deixar de considerar que a quantidade de exposições oferecidas pelas instituições pode influenciar no número de visitantes de cada uma.

3.4 Política de preços

Ambas as instituições possuem o valor dos ingressos estabelecidos pela Secretaria da Cultura, uma vez que estão sob domínio do Governo de São Paulo. Atualmente, o valor do ingresso para elas é de R$6,00, com estudantes e professores pagando

5

Programa de visitas desenvolvidas para o público com deficiência, utilizando materiais de apoio e algumas obras originais do acervo.

6 Programa que visa disponibilizar o acesso dos bens culturais da Pinacoteca à grupos considerados

estar em situação de vulnerabilidade social, por meio de parcerias de organizações públicas e privadas que se dedicam à esse tipo de trabalho.

7

Trata-se do edifício do Largo General Osório que inicialmente foi destinado a ter armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, incorporado pela Pinacoteca do Estado em 2004 para abrigar parte de suas exposições

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meia entrada. Contudo, apesar de ser um museu laico, o MAS cobra R$2,00 para religiosos e aplica gratuidade para pessoas até sete anos ou acima de sessenta e para professores da rede pública. Já a Pinacoteca considera isento o público com até dez anos de idade e acima de sessenta anos. Uma iniciativa interessante da Pinacoteca é a disponibilização da compra de um ingresso que permite até cinco visitas pelo preço de quatro. Além disso, com esse ingresso especial o visitante tem direito de visitar também a Estação Pinacoteca sem pegar filas, com validade de um ano. Dessa forma, estimula-se não só o retorno dos visitantes à instituição, como também a geração de fluxo de visitantes para a Estação Pinacoteca.

4 Corpus da pesquisa

4.1 Perfil dos visitantes do MAS

4.1.1 Metodologia

O questionário aplicado no MAS teve como objetivo identificar o perfil dos visitantes, conhecer suas principais motivações de visita e conhecer suas opiniões e sugestões em relação ao museu. O questionário foi composto de doze perguntas fechadas, cinco semi-abertas e duas abertas. Foram aplicados cem questionários em quatro dias seguidos durante a última semana de dezembro de 2011. O único requisito exigido ao entrevistado foi o de ser maior de dezoito anos.

4.1.2 Análise dos resultados

Após realização da pesquisa no MAS, percebeu-se que 10% dos visitantes são de outros Estados e os outros 90 % são provenientes do Estado de São Paulo, sendo que 53% destes são da capital. Percebe-se que o número de visitante de outros estados e até mesmo de outros países ainda é muito pequeno.

Quanto a faixa etária, 29% está entre 18 e trinta anos, seguidos de outros 22% de 31 à 40 anos, 17% de 41 à 50, outros 17% de 51 a 50 anos e 15% acima de 60 anos. Em relação ao grau de escolaridade 59% possui graduação e 14% tem pós-graduação. Um resultado interessante foi em relação ao gênero dos entrevistados, onde se apontou que 71% deles eram do sexo feminino.

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Entre os principais motivos de visita ao MAS, 54% dos entrevistados apontaram que foram para conhecer as exposições, 23% por curiosidade, 7% foi visitar a Capela do Frei Galvão e aproveitou para conhecer o MAS, 6 % viu publicidade em alguma mídia. Ainda assim, 24% deles apontaram outro motivo de ter visitado o MAS, e nesse caso podiam especificar o motivo. Entre os motivos mais citados aparecem que foram para rever os presépios, trazer amigos para conhecer, e passeio com a família por conta das férias.

Quanto ao hábito de visitar museus, 34 % visita semestralmente, 28% anualmente, 18% mensalmente, 15% não costuma visitar e 5% visita semanalmente, o que nos leva a concluir que a maior parte tem o hábito de freqüentar museus durante o ano. O gráfico a seguir mostra o cruzamento de duas variáveis: freqüência de visitas em museus, e o que acham da temática.

Gráfico 1. Cruzamento de dados entre a freqüência com que visitam museus com o que os entrevistados acham da temática do MAS.

A partir desse gráfico, conseguimos perceber que independente da freqüência que entrevistados visitam o MAS, a maior parte deles considera muito interessante a temática do mesmo. Entre o público que tem o hábito de visitar museus semanalmente, 80% considera muito interessante, embora este seja também o único grupo que aponta não considerar a temática interessante, com 20% de indicação.

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Também procurou-se descobrir para quais fins os entrevistados voltariam ao MAS. Entre cinco alternativas, podiam ser escolhidas até quatro respostas, pois a última alternativa era a de que não visitaria o museu. Em ordem dos mais votados os resultados foram de que 61% voltariam para contemplação artística, 55% para passeio e lazer, 29% para pesquisa e estudo, 4 % voltariam por outros motivos e 27% não visitariam outra vez.

Procurou-se saber também se os entrevistados conheciam os serviços oferecidos pelo setor educativo, como as visitas com educadores e encontros para professores, e constatou-se que 62% desconheciam esses serviços, 26% conheciam, mas nunca utilizaram e apenas 12% conheciam e já haviam utilizado.

Em outras cinco perguntas, as semi-abertas, foram colocadas cinco afirmações sobre o MAS em que os visitantes poderiam concordar plenamente, parcialmente ou discordar. As afirmações foram elaboradas a partir de hipóteses que a autora levantou sobre os possíveis problemas que levariam o MAS a receber menos visitantes que a Pinacoteca. Considerou-se que as afirmações deveriam ser feitas de forma positiva e negativa, para evitar que as respostas fossem induzidas, ainda que de forma sutil. As afirmações eram referentes ao valor do ingresso, localização e acesso, divulgação das atividades, temática das exposições e atendimento dos funcionários. Na primeira afirmação, “O valor do ingresso é bem acessível”, 78 % dos entrevistados concordaram plenamente, 17 % parcialmente e 5% discordaram. Entre os comentários dessa questão, os que mais apareceram foram que o Estado deveria oferecer tais serviços gratuitamente e quem nem todos possuíam R$6,00 para visitar o museu, principalmente famílias que iam em grande número. Na afirmação “O MAS está muito bem localizado e tem fácil acesso seja com transporte público como privativo”, 96% dos entrevistados concordaram plenamente, 4% concordaram parcialmente e ninguém discordou. Entre os comentários que mais se repetiram, apareceu que o MAS tinha bom acesso com transporte público, mas que o lugar parecia ser perigoso e deserto. Na terceira afirmação “O MAS precisa melhorar a divulgação de suas atividades”, 64% concordaram plenamente, 23% parcialmente e 13% discordaram, e entre os comentários o que mais se destacou foi que deveria divulgar em mídias diversas como redes sociais, televisão e rádio, além de divulgar em escolas para que as mesmas realizem excursões para o MAS. Muitos

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também comentaram que só estavam visitando o museu, porque nos últimos dias tinham visto divulgação na televisão e no rádio, e que isso deveria ser feito sempre. A partir da quarta afirmação optou-se por iniciar as afirmações negativas. A quarta afirmação então foi “As exposições do MAS não são interessantes por se tratarem sempre de arte sacra e religiosa católica”, onde 89% dos entrevistados discordaram, 6% concordaram plenamente, e 5% parcialmente. Contudo, entre os comentários apontados, notou-se que alguns visitantes consideram a temática das exposições muito restritas ao catolicismo e à objetos dos séculos passados, assim como comentou o entrevistado A que “Como o Brasil é um país que tem várias religiões, deveria divulgar como funciona as outras religiões. Não para cultuar, e sim para entender.”

Na quinta afirmação “O atendimento dos funcionários do MAS desde a recepção até o educativo precisa melhorar”, 78% discordaram, 12% concordaram parcialmente, e 10% concordaram plenamente.

Encerradas as afirmações, realizaram-se mais duas perguntas fechadas. A primeira referente a utilização do site do MAS, pois considerou-se que é principalmente por meio deste canal que o museu divulga todas as sua atividades. Contudo, o resultado esperado não foi muito positivo, uma vez que 76% dos entrevistados afirmaram nunca ter utilizado o site, 13% já haviam utilizado, mas achavam que carecia de informações, e 10% já haviam utilizado e consideravam o site bem completo e informativo. A última pergunta fechada foi para descobrir se os entrevistados já haviam visitado a Pinacoteca do Estado, e o resultado foi de que 66% já haviam visitado.

As duas últimas perguntas do questionário foram abertas. Em uma delas, pedia-se que os visitantes que já haviam visitado a Pinacoteca deixassem um comentário comparando as duas instituições. Para os comentários que mais se repetiram, foi elaborado o seguinte gráfico:

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Gráfico 2. Comentários comparando o MAS e a Pinacoteca do Estado

A partir da análise do gráfico, é possível perceber que 21% dos entrevistados acham que os dois museus são muito diferentes, outros 21% apontam que a Pinacoteca é muito maior, e que por isso se torna mais interessante, e 9% indicam que o MAS é muito restrito, enquanto que a pinacoteca é mais abrangente. Esse resultado é melhor explicado pelo comentário realizado pelo visitante B, afirmando que “ A Pinacoteca é mais interessante devido a uma grande gama de obras não específicas de um tipo de arte, como do MAS, e sim muito mais diversa”. Outros 3% comentaram que a Pinacoteca é moderna e o MAS muito tradicional, e nesse sentido o entrevistado C comentou que “A linguagem e a temática da Pinacoteca são mais abrangentes, com variação de temas e são mais comtemporâneas. Aqui no MAS o recorte é muito específico. As pessoas querem coisas comtemporâneas”. Ainda nesse sentido, o entrevistado D colocou que “O MAS poderia organizar eventos como mesas redondas, levantando questões de estudo como ‘a arte sacra moderna’ ou ‘períodos da arte sacra’ e como ela é refletida na sociedade para cristãos e não cristãos. Dentro das exposições poderia ter recursos eletrônicos para ser mais interessante e interativo, principalmente para quem não é religioso. Ou seja, acompanhar o desenvolvimento tecnológico”.

Outro comentário interessante, é de que a Pinacoteca tem obras mais famosas, com 3% das indicações, e nesse sentido o entrevistado E afirmou que “ Na Pinacoteca

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existem exposições de obras de artistas de fora do país. No MAS é mais de artistas regionais e do Brasil. Sugiro que o MAS realize exposições de arte sacra contemporânea do Brasil ou do exterior”.

Por fim, a última questão do questionário do MAS pedia que os visitantes deixassem uma crítica ou sugestão sobre o museu. Os resultados obtidos também podem ser vistos no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Crítica ou sugestão para o MAS

A partir da análise do gráfico pode-se perceber que 49% dos entrevistados apontaram que o MAS deveria ser mais divulgado. Quanto à um dado interessante também apontado, foi de que 4% dos entrevistados colocaram que as legendas deveriam ser mais elaboradas, e sobre isso o entrevistado F comentou que “Poderia ter textos de paredes mais atrativos, pois a linguagem usada não parece ser acessível para todos”.

4.2 Perfil dos visitantes da Pinacoteca do Estado

4.2.1 Metodologia

O questionário da Pinacoteca do Estado é semelhante ao do MAS nas dez primeiras perguntas e diferente nas outras sete. Está estruturado em doze perguntas fechadas, quatro perguntas semi-abertas e uma aberta. Além de conhecer o perfil dos visitantes da Pinacoteca, procurou-se saber a opnião dos mesmos em relação à essa instituição e o conhecimento deles sobre o MAS. Também foram aplicados cem

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questionários em quatro dias seguidos da última semana de dezembro, tendo como único critério de escolha a idade do entrevistado ser igual ou superior à 18 anos. 4.2.2 Análise dos resultados

Ao analisar o origem dos dos entrevistados, 73% mostraram ser do Estado de São Paulo, enquanto os demais eram provenientes de outros estados brasileiros. Dos que são do Estado de São Paulo, 50% eram da capital. Diante disso, percebe-se que a Pinacoteca recebe 17% a mais visitantes de outros estados do que o MAS, o que leva a concluir que a primeira instituição é mais conhecida fora de São Paulo do que a segunda.

Quanto a faixa etária, 57% estava entre 18 e 30 anos, seguidos de 15% de 41 à 50 anos, 12 % acima de 60 anos, 8% de 51 a 60, e outros 8% de 31 à 40 anos. Quanto ao gênero dos mesmos, o resultado pareceu mais equilibrado do que o do MAS, pois 46% era do sexo masculino e 54% do feminino. No ítem escolaridade, apontou-se que 50% dos entrevistados possuiam graduação, 25% pós-graduação, 15% ensino médio, 6% ensino técnico e 4% apenas o fundamental.

Entre os principais motivos de visita à instituição, 50% dos entrevistados apontaram que vieram para conhecer as exposições, 23% visitaram por curiosidade, 4% viram publicidade em alguma mídia, 3% foi porque passaram em frente ao prédio e viram que havia um museu, e outros 20% foram por outro motivo. Entre os outros motivos citados o que mais se destacou foi que vinham para lazer, acompanhar familiares e amigos, e porque sempre têm o costume de visitar a Pinacoteca.

Quanto ao costume de visitar museus, 34% dos entrevistados responderam que visitava semestralmente, 24% mensalmente, 22% anualmente, 17% não costuma visitar, e apenas 3% semanalmente. Perguntou-se sobre o meio de transporte utilizado para chegar até à Pinacoteca, e 92% afirmou de ido de transporte público, e 8% de carro próprio. De fato na caçalda da Pinacoteca existe acesso à Estação da Luz, contudo, essa pergunta pode apresentar resultados alterados, pois o questionário foi aplicado fora do estacionamento da instituição, onde todos os que saiam eram, em sua maioria, pessoas que tinham ido com transporte público.

Em relação ao que achavam da temática das exposições realizadas pela Pinacoteca, 62% consideram muito interessante, e 38% interessante. Ou seja, nessa

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pergunta nenhum dos entrevistados considerou as exposições pouco intessantes e nem que não são interessantes. Ao ser perguntado sobre para quais fins voltariam outra vez na Pinacoteca, os entrevistados assim como os do MAS, podiam escolher até quatro opções, pois uma delas é de que não visiaria. Os resultados obtidos, em ordem dos fins mais escolhidos, foi que 69% deles voltariam para passeio e lazer, 57% para comtemplação artística, 24% para pesquisa e estudo, 1% não voltaria, e 9% apontaram que voltariam por outros motivos. Nessa alternativa também era possível especificar o outro motivo, e entre os motivos mais citados, apareceu que voltariam para terminar de ver as exposições, pois o espaço é muito grande e não deu tempo de conhecer tudo, outros para conhecer novas exposições, e outros ainda para trazer amigos.

Perguntou-se se os entrevistados conheciam os serviços oferecidos pelo educativo, e 70% desconheciam esses serviços, 22% conheciam, mas nunca tinham utilizado, e apenas 8% conheciam e já haviam utilizado. Esse último índice é 4% menor que o índice referente ao mesmo tipo de pergunta realizada no questionário do MAS. Para saber como os entrevistados julgavam os serviços da Pinacoteca, pediu-se que atribuissem uma nota de um à cinco para determinados ítens, sendo um a menor e pior nota, e cinco a maior e melhor nota. Os resultados podem ser anaisados mais detalhadamente a tabela a seguir:

Tabela 1. Classificação dos serviços da Pinacoteca

Serviços da Pinacoteca 1 2 3 4 5 Política de preços 0% 0% 5% 25% 69% Localização e acesso 0% 0% 3% 11% 86% Divulgação 6% 16% 45% 15% 17% Exposições 0% 1% 3% 26% 70% Atendimento 0% 1% 7% 32% 59%

Nota-se que a nota cinco foi a mais atribuída em quatro ítens: Política de preços, com 69%; localização e acesso, com 86%; exposições, exposições com 70% e por fim atendimento com 59%. O ítem que recebeu as notas mais baixas foi divulgação, conforme destacado na tabela.

A pergunta “Já ouviu falar do MAS”era uma das principais do questionário, pois pretendia-se com ela saber qual o conhecimento que os visitantes tinham sobre o

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MAS. A maior parte dos entrevistados responderam nunca ter ouvido falar do MAS, com 39% dos votos, seguido de 29% que tinham ouvido falar em mídias diversas, 26% que tinham ouvido falar por amigos que visitaram, e 6% que ouviram falar porque conheciam a igreja do Frei Galvão. Além disso, apenas 19% já tinham visitado o MAS. Com isso, 94% dos entrevistados desconheciam os serviços oferecidos pelo educativo do MAS, seguidos de 3% que conheciam, mas nunca tinham utilizado, e de outros 3% que conheciam e tinham utilizado. Quando perguntados se tinham a intenção de visitar o MAS, 10% dos entrevistados responderam que não, pois não sabiam onde ficava, 9% que não, pois a temática do MAS não interessava, 7% que sim, após terminarem a visita na Pinacoteca, e 3% que não, pois já conheciam. Os outros 71% optaram por outro motivo, que poderia ser especificado, e entre as respostas mais citadas, apareceu que visitariam o MAS em um outro dia.

A última pergunta, pedia que os entrevistados deixassem um comentário comparando o MAS e Pinacoteca. A síntese das respostas mais citadas são apresentadas na tabela abaixo destacadas em cinza:

Tabela 2. Comparações entre o MAS e Pinacoteca

Comentário

Não conhece o MAS 12%

Os dois são ótimos 4%

Não lembro do MAS 7%

Falta divulgação nos dois 10% Falta traduções de textos na Pinacoteca 2%

Gostou muito da Pinacoteca 5% Pinacoteca tem ótimas exposições 9% Pinacoteca tem artistas importantes 5% Pinacoteca é mais divulgada 4% Pinacoteca é mais moderna e abrangente 10%

Pinacoteca é muito mais interessante 14% Pinacoteca poderia ter guias disponíveis 10% Pinacoteca poderia ter mais dias gratuitos 2%

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Quanto ao índice mais apontado, de que a Pinacoteca é muito mais interessante, o entrevistado A comentou que “A Pinacoteca é muito mais interessante pois abrange diversas temáticas, há mais contato com o museu. O MAS poderia ser mais diversificado”.

5 Consideração finais

Tomando como base os resultados obtidos, pode-se dizer que os objetivos desse trabalho foram atingidos. A dificuldade do trabalho se deu no fato de estudar não somente uma, mas duas instituições museológicas, que apesar de temáticas diferentes, fazem parte dos equipamentos culturais disponíveis no bairro da Luz, mas que variam significativamente em seus índices de visitação. Ainda assim, foi possível não só traçar o perfil dos visitantes das duas instituições, como também evidenciar os fatores que contribuem para a pouca visitação do MAS em relação à Pinacoteca.

O perfil dos visitantes do MAS difere um pouco em relação aos da Pinacoteca. Apesar de ambos serem em sua maioria provenientes do estado de São Paulo, com respectivamente 73% e 90% das indicações, a Pinacoteca recebe um número muito maior de visitantes de outros estados. Quanto ao gênero do público, o MAS recebe 17% a mais de visitantes dos sexo feminino do que da Pinacoteca. Em relação a faixa etária, percebe-se o MAS possui a maior parte de seu público com idade a partir de trinta e um anos, com 71% das indicações, enquanto que na Pinacoteca a maior parte está entre dezoito e trinta anos, com 57% das indicações. Já os resultados obtidos sobre o grau de escolaridade foram muito semelhantes em relação a possuir graduação, pois os visitantes do MAS e da Pinacoteca possuíam respectivamente 59% e 50% . Contudo os resultados sobre pós-graduação tiveram uma considerável diferença, pois ainda na mesma ordem das citadas instituições, indicou-se que possuem respectivamente 14% e 25% das indicações. Quanto à esses primeiros resultados referentes aos perfis dos visitante das instituições, deve-se levar em conta que as aplicações dos questionários foram feitas em período de férias escolares, e portanto, não foram aplicados com estudantes que possivelmente visitam às instituições acompanhadas de suas escolas durante o ano letivo.

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Também se percebeu que em ambas às instituições os visitantes têm o hábito de visitar museus em sua maior parte semestralmente, sendo que nas duas esse resultado apareceu com 34% das indicações. Constatou-se que os visitantes da Pinacoteca ou consideram a temática das exposições muito interessante, com 62% das indicações, ou pelo menos interessante, com 38% das indicações. Ou seja, ninguém considerou que são pouco ou nada interessantes, diferentemente do MAS, em que o índice de entrevistados que não acharam as exposições interessantes chegou à 20%. Outro resultado interessante foi quando os visitantes da Pinacoteca foram questionados se visitariam o MAS, 9% apontou que não, pois a temática não interessava. Soma-se a isso os comentários inseridos no trabalho, mostrarando o quanto os visitantes tanto do MAS quanto da Pinacoteca, consideram as exposições do MAS muito restritas conceitualmente. Isso nos leva a considerar que a temática das exposições pode sim ser um fator inibidor de público no MAS, embora não tenha sido o principal. Logo, o museu poderia pensar em exposições que procurassem abranger mais variedades relacionadas à sua temática trazendo, por exemplo, exposições de arte sacra de outras religiões que não a cristã, ou ainda que fosse cristã, mas pelo menos que envolvesse mais objetos contemporâneos. Poderia ainda, pensar em recursos tecnológicos para dinamizar a visita e torná-la mais interativa.

Quanto à hipótese de a localização ser ruim, essa mostrou que pode ser descartada, pois a grande maioria dos entrevistados considerou que o MAS é muito bem localizado e possui fácil acesso. O mesmo pode ser dito em relação à hipótese de o atendimento dos funcionários ser muito ruim, pois também a grande maioria dos entrevistados discordou dessa afirmação.

Já em relação ao valor do ingresso cobrado, constatou-se que esse é um fator pouco determinante no índice de visitação do MAS, pois além de ser muito semelhante à política de preços da Pinacoteca, a maioria dos entrevistados considerou que o valor é bem acessível, com 78% das indicações.

O mesmo não pode ser dito em relação à divulgação das atividades do MAS, pois constatou-se que a maioria dos entrevistados considera que esse tipo de ação é pouco realizada. Além disso, mostrou-se que um dos principais canais de divulgação das atividades, o site do MAS, é pouquíssimo conhecido pelos visitantes, onde o

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índice dos que nunca tinham utilizado chegou à 76%. Quanto à isso, sugere-se que a instituição invista mais na divulgação de suas atividades, não só através da internet como também em outras mídias como televisão, rádio, revistas, jornais e guias culturais. Também poderia realizar a divulgação diretamente em outras instituições, como as de ensino e as organizações não governamentais.

Diante então do que foi apresentado, pode-se dizer que esse trabalho foi uma significativa iniciativa científica a fim de compreender um problema constatado em uma importante instituição cultural da cidade de São Paulo, e que pode e deve instigar outros pesquisadores a dar continuidade nesses estudos.

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Referências

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