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Experiências formativas através de diários de formação

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Rev. Pemo – Revista do PEMO

Rev. Pemo, Fortaleza, v. 2, n. 2, p. 1-18, 2020 DOI: https://doi.org/10.47149/pemo.v2i2.3573 https://revistas.uece.br/index.php/revpemo ISSN: 2675-519X

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Experiências formativas através de diários de formação

Jayane Mara Rosendo Lopesi

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil Antonio Evanildo Cardo de Medeiros Filhoii

Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

Resumo

O objetivo deste artigo é relatar as experiências formativas na disciplina de Pesquisa Educacional no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará, a partir de diários de formação. Será apresentada uma trajetória vivenciada ao longo da disciplina no semestre 2020.1, alicerçada pelos escritos em diários de formação. São evidenciados momentos de dificuldade pelo contexto de pandemia que estamos vivendo, mas revela uma trajetória mediada por professores comprometidos com a Pesquisa Educacional e os diários de formação como meios de desenvolvimento de pesquisadores iniciantes em ações individuais e coletivas.

Palavras-chave: Formação Acadêmica. Processo de Escrita. Pós-Graduação em Educação.

Formative experiences through training diaries Abstract

The aim of this article is to report the training experiences in the Educational Research discipline in the Postgraduate Program in Education at State University of Ceará, from training diaries. A trajectory experienced during the course in the semester 2020.1 will be presented, supported by the writings in training diaries. Moments of difficulty are evidenced by the pandemic context we are experiencing, but it reveals a trajectory mediated by professors committed to Educational Research and the training diaries as means of novice researchers’ development in individual and collective actions.

Keywords: Academic Education. Writing Process. Postgraduate Education.

1 Introdução

O diário de formação é um meio de registro reflexivo que nos faz recorrer à memória para escrever sobre experiências vividas durante a formação, articulando

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sentimentos, ideias, emoções e valores, que nos faz refletir sobre nossa própria escrita e também pode contribuir para nossa prática profissional (GRANGEIRO, 2009).

No contexto da formação de professores, a utilização de diários de formação além de promover o desenvolvimento da escrita acadêmica, podem contribuir para uma formação crítico transformadora dos professores e conduzi-los para uma leitura autônoma da realidade (COSTA; LIMA, 2019).

Neste sentido, os diários de formação surgem como metodologia dos professores de Pesquisa Educacional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE/UECE) no semestre 2020.1. Diante disso, o objetivo deste artigo é relatar as experiências formativas na disciplina de Pesquisa Educacional no PPGE/UECE, a partir de diários de formação.

2 Metodologia

A disciplina de Pesquisa Educacional trata-se de um componente curricular de aprofundamento geral obrigatório do Curso de Mestrado Acadêmico em Educação do PPGE/UECE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, 2013). Este programa obteve o conceito 5 na avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em 2017 (BRASIL, 2017).

Em virtude da pandemia de Covid-19, a disciplina foi articulada em formato virtual por meio de plataformas digitais: Google forms, Google classrom, Google meet, e-mail e WhatsApp, entre 20/mar e 06/jul de 2020. De acordo com Fantin (2017), o uso das tecnologias digitais estão cada vez mais frequentes na mediação do ensino-aprendizagem, tanto na formação universitária como na formação continuada de professores.

O trajeto formativo na disciplina de Pesquisa Educacional encontra-se sintetizado no Quadro 1, organizado a partir dos conteúdos programáticos, especificando as semanas, os assuntos de cada diário e as referências base indicadas pelos professores ao longo do processo. Ressalta-se que o programa da disciplina comportava mais

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referenciais teóricos do que o exposto no Quadro, que estão restritos às referências utilizadas nos diários de formação.

Quadro 1. Síntese do percurso formativo em Pesquisa Educacional a partir dos diários de formação. Semana Assunto/título do diário Referenciais base

Unidade I – Paradigmas da pesquisa em Educação I Leituras iniciais sobre diário de formação e

pesquisa educacional

(COSTA; LIMA, 2019; GHEDIN; FRANCO, 2008; SEVERINO, 2012) II Análise das metodologias dos projetos de

dissertação dos mestrandos (em grupo) (LIMA; COSTA, 2017) III

“O debate atual sobre os paradigmas de pesquisa em educação” associado a construção do projeto

de pesquisa

(ALVES-MAZZOTI, 1996) Unidade II - Aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa em Educação

IV Diário de formação coletivo: Análise da parte

introdutória de uma dissertação do PPGE/UECE (TRIVIÑOS, 1987) V

Diário de formação: Análise a partir de aspectos de pesquisa educacional sobre o próprio projeto

de dissertação

(TRIVIÑOS, 1987)

VI Diário de formação: Fórum de discussão,

reflexões e aprendizagens (GHEDIN; FRANCO, 2011) Unidade III - Métodos de pesquisa em Educação

VII/VIII Diário de formação: Organização do seminário e encontro teste

(CORTELLA; CASADEI, 2008; MAY, 2004; MONTENEGRO, 2004; MENDES;

FARIAS; NOBREGATHERRIEN, 2011; SILVA, 2009)

IX/X Reflexões sobre a experiência dos seminários

temáticos apresentados nas semanas IX e X - Unidade IV- A prática da pesquisa

XI/XII

Diário de formação coletivo: Estudo do processo de coleta e análise de dados de uma dissertação

do PPGE/UECE

(FARIAS, 2011; LÜDKE; ANDRÉ, 1986; MINAYO, 2002; PÁDUA, 2002;

TRIVIÑOS, 1987) XIII/XIV/XV Produção de artigo (não houve escrita de diário)

Fonte: Elaboração própria a partir dos diários de formação.

Esta pesquisa trata-se de um relato de experiência e teve como fonte documentos de curso de vida (MAY, 2004), no caso, diários de formação escritos ao longo de um semestre. Este tipo de documento pode ser classificado como primário, pois foi escrito ou coletado por um sujeito que vivenciou os fatos descritos (MAY, 2004; MENDES; FARIAS; NOBREGA-THERRIEN, 2011).

Na próxima seção será apresentado o percurso formativo da I a XII semana de aulas, evidenciando o conteúdo dos diários formativos e a literatura científica que foi

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estudada. Não serão tratadas nesta pesquisa, a produção de artigo das semanas XIII, XIV e XV, por não contemplarem a escrita de diário de formação.

3 Percurso formativo através de diários de formação

Iniciando com o diário de formação da primeira semana, nos deparamos com leituras sobre diários de formação (COSTA; LIMA, 2019), pós-graduação e pesquisa (SEVERINO, 2012) e novos sentidos da ciência (GHEDIN; FRANCO, 2011), que se apresentaram como textos basilares para o início da disciplina de Pesquisa Educacional, revelando também a metodologia escolhida pelos professores através de diários de formação.

O primeiro diário (23/mar) situa o momento de pandemia e a expectativa de normalização das aulas em curto período. Ao tratar da primeira leitura exponho um despertar sobre a importância de registrar as ações acadêmicas – profissionais - pessoais, não meramente pelo registro escrito, mas pelo que se envolve nessa escrita (COSTA; LIMA, 2019). Neste sentido, faço associação a uma conversa inicial com meu orientador e alerto “para a necessidade de aprimorar a habilidade de escrever e de se perceber a escrita”, visualizando os componentes curriculares como alicerce para a escrita de nossas dissertações.

Com o texto de Severino (2012) faço uma reflexão para a necessidade de seriedade e ética no desenvolvimento de pesquisas em educação e de fazer pesquisa de forma responsável, reconhecendo o espaço da pós-graduação como local de produzir conhecimento.

Ao relacionar com minha atuação como professora, compreendo que as práticas precisam ser investigadas para serem ressignificadas. E uso de Severino (2012) que chama a atenção dos professores dos Programas de Pós-graduação para o exercício de serem docentes pesquisadores e pesquisadores docentes.

A leitura de Ghedin e Franco (2011) me conduziu para a percepção da complexidade da educação e de como ela está atrelada a vida humana, reconhecendo a

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importância da pesquisa qualitativa na educação, que não podemos reduzir ou fragmentar a educação e que os pesquisadores precisam incorporar o não quantificável.

No diário de formação da segunda semana (04/mar), os professores da disciplina dividiram a turma em grupos para tecerem análises sobre um formulário eletrônico previamente preenchido por todos os estudantes ingressantes no curso de mestrado sobre seus projetos de pesquisa.

É situado novamente o momento de pandemia de Covid-19 e o desafio da (não) sociabilidade para alunos e professores do Programa de Pós-graduação em um contexto remoto. Neste diário, evidencia-se a articulação de uma escrita coletiva estruturada em: Considerações iniciais; Percepções individuais com base no texto (LIMA; COSTA, 2017) e Análise do formulário, onde o grupo ficou responsável em analisar as metodologias dos projetos de dissertação dos mestrandos. Vale ressaltar que esta atividade foi realizada por dois mestrandos residentes em Fortaleza, uma mestranda residente em Itapipoca e eu residente em Canindé.

Nas percepções individuais, relato que mesmo neste formato não presencial, nós sentimos emoções e vivenciamos situações semelhantes às narrativas de outros estudantes de mestrado que são apresentadas no texto de Lima e Costa (2017). Porém vivenciando um momento atípico em conciliar atividades profissionais e acadêmicas por meio das ferramentas digitais.

No diário, reconheço o aspecto positivo desse formato remoto no que se refere ao aproveitamento do tempo para leituras e escrita, porém sinto falta do contato com as pessoas, das trocas de experiências mais próximas com os colegas e as conversas que poderiam acontecer no intervalo das aulas.

Na análise das metodologias, identificamos os métodos mais frequentes de escolha dos mestrandos, que foram metodologias diversas (17,14%), pesquisa bibliográfica, pesquisa ação e estudo de caso (11,43%). Identificamos que as metodologias utilizadas pela maioria dos pós-graduandos em suas propostas de pesquisa, são de abordagens qualitativas. Fazemos então uma correlação destes resultados com a obra de Ghedin e Franco (2011) que mostram o aumento percentual de investigações de

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caráter qualitativo nas pesquisas educacionais. Ghedin e Franco (2011, p. 60) reiteram a importância do caráter qualitativo nas pesquisas educacionais dizendo que “antes da utilização de referenciais qualitativos na pesquisa educacional, o professor nunca estava visível”. Na pesquisa qualitativa o professor deixa de ser objeto, para ser sujeito, ou seja, ele torna-se protagonista. Nessa referida abordagem é valorizado sua pessoa, sua fala, sua subjetividade, seu cotidiano e sua realidade social.

No quarto diário de formação (11/abr), a proposta dos professores foi de leitura e fichamento do texto "O debate atual sobre os paradigmas de pesquisa em educação". Neste diário deveríamos evidenciar as principais reflexões que a leitura do texto proposto gerou acerca do modo como construímos nossos projetos de pesquisa.

Neste diário, faço uma reflexão sobre as tendências de pesquisa em educação na década de 80 à luz dos conceitos apresentados pela autora (ALVES-MAZZOTI, 1996) sobre a oposição reducionista entre quantitativo (ligado ao positivismo) e qualitativo, que repercutiu em efeitos negativos sobre as pesquisas em educação deste período.

Com base no texto de Alves-Mazzoti (1996), apresento os conceitos de três paradigmas tidos como sucessores do positivismo: pós-positivismo, teoria crítica e construtivismo. Cada um deles em três dimensões: ontológica, epistemológica e metodológica. Quanto à natureza dos paradigmas, as seguintes dimensões: a natureza da ciência (objetivismo e subjetivismo) e a natureza da sociedade (ordem e conflito) conforme o Quadro 2.

Quadro2. Síntese das dimensões dos paradigmas apresentados no diário.

Dimensões Paradigmas

Pós-positivismo Teoria crítica Construtivismo Ontológica Crítico realista Crítico realista Relativista Epistemológica Objetiva/modificada Subjetiva Subjetiva

Metodológica Experimental/manipulativa modificada Dialógica e transformadora Hermenêutica-dialética Natureza da ciência Objetivista Subjetivista Subjetivista

Natureza da sociedade Ordem Conflito Ordem

Fonte: Elaborado pela autora a partir de Alves-Mazzoti (1996).

Ao relacionar com meu projeto de pesquisa, identifico com base na autora que não há como definir um paradigma específico para se fazer pesquisa, pois todos possibilitam

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a produção do conhecimento, desde que articulados de forma coerente com os objetivos da pesquisa. Acrescento que o texto reforça meu pensamento sustentado nas ideias de Ghedin e Franco (2011) que “quantidade e qualidade são propriedades interdependentes de um fenômeno”.

Nesse diário, abordo um momento de reformulação do projeto de pesquisa após diálogos com meu orientador, identificando os objetos que eu iria investigar: “Currículo”, “Avaliação Educacional” e “Educação Física” e apontando os novos: “Sistema de avalição municipal” e “Formação de professores” relacionados ao trabalho que venho desenvolvendo na Secretaria de Educação de Canindé.

Ao finalizar o diário, digo que a atividade de fichamento me fez percebê-la como estratégia interessante para novas leituras, pois as ideias do texto ficam mais evidentes para o entendimento pessoal. Destaco ainda que as leituras e produção de diário orientadas na disciplina de Pesquisa Educacional, tem contribuído para desenvolvermos a escrita e repensarmos as possibilidades metodológicas de nossos estudos.

No diário da quarta semana (19/abr), a atividade foi realizada novamente de forma coletiva e organizada nos mesmos grupos de trabalho. Desta vez, fomos convidados a analisar a parte introdutória de uma dissertação do PPGE/UECE, a qual selecionamos “O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece) e sua influência sobre a gestão pedagógica de uma escola de ensino médio situada no município de Tauá – Ceará” de Lima (2015) e relacionamos com o texto de Triviños (1987).

Foi identificado que a aproximação da autora com seus objetos de investigação se deu principalmente através de suas experiências profissionais com avaliações externas, em sua atuação como professora, coordenadora e, especialmente, como superintendente escolar. Correlacionamos com Triviños (1987), que diz ser fundamental a relação do objeto que o pesquisador investiga com sua prática profissional.

Apontamos que a autora situa seus objetos indicando as avaliações em larga escala como tendência mundial em nome da qualidade da educação. Porém há pesquisas que criticam o uso dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, como sendo de caráter reducionista e punitivos (SANTOS; FERREIRA; SIMÕES, 2019;

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SOARES; COLARES, 2020) e do SPAECE como parâmetros para avaliar núcleo gestores, corpos docentes e ranquear escolas (LIMA, 2015).

Ela compreende que o SPAECE como avaliação externa, trata-se de um ponto de reflexão para professores e gestores, que a partir dos resultados possam repensar as ações da gestão pedagógica da escola, mas também considerar os fatores de contexto existentes para então definir direcionamentos adequados.

Identificamos, a partir de Triviños (1987) que o levantamento bibliográfico ajuda o pesquisador a compreender até onde outros investigadores têm chegado, suas dificuldades e as possibilidades do que ainda podem ser estudadas, desta forma, inferimos as seguintes referências em avaliação que fundamentaram o estudo de Lima (2015): Horta Netto, Vianna, Fischer, Fernandes, Cotta, Luckesi, Romão, Soares, Alves, Mari e Bonniol. Consideramos que existiu uma articulação entre o método e a coleta de dados, pois a pesquisadora fez uso da análise de muitas variáveis, e conforme afirma Triviños (1987) em um estudo de caso na perspectiva da Pesquisa Educacional, observam-se as variáveis que constituem a escola. Finalizamos o diário, compreendendo que a autora conseguiu articular de forma coerente a parte introdutória de sua dissertação, apontando inclusive o alcance dos objetivos estabelecidos em sua pesquisa.

No quinto diário de formação (25/abr), a proposta dos professores foi a retomada da atividade anterior convidando cada aluno a se debruçar, individualmente, sobre seu projeto ou proposta de pesquisa e relacionando novamente com o texto de Triviños (1987). Neste diário, inicio de forma poética, apontando elementos da caatinga e falando do lugar onde eu estava extremamente afetada pelo momento de pandemia, apontando crises de ansiedade vivenciadas durante a semana que se passava e buscando equilíbrio em interações básicas com a família.

Retomo ao terceiro diário de formação, relatando a mudança dos meus objetos de pesquisa após diálogos com meu orientador. Identifico que pretendemos investigar os seguintes objetos: “Sistema de Avaliação Municipal” e “Formação de Professores”, como já anunciado anteriormente. Além disso, pela aproximação no final da graduação e sucessivamente em uma especialização, em estudos (SOUSA et al. 2019; LOPES;

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SOUSA; SANTOS, 2020) sobre “Avaliação em Larga Escala” e “Desempenho de Estudantes”, desenvolvidos por um grupo de pesquisa do IFCE campus Canindé.

Este encontro com objetos através de grupos de pesquisa na graduação e especialização, bem como na relação com a prática profissional, são aspectos fundamentais para pesquisas de estudantes de pós-graduação (TRIVIÑOS, 1987).

No que concerne ao levantamento de problemas, exponho no diário um momento de reflexão e apresento uma possibilidade de questionamento geral: “Quais as contribuições do Sistema de Avaliação Municipal de Canindé (SAEC) para a formação de professores do município?” Para Triviños (1987, p. 96) “A delimitação do problema não significa a formulação do mesmo”. Acrescento que o momento tinha sido de leituras e fichamentos para melhor formular este problema.

Proponho no diário alguns questionamentos específicos, que segundo Triviños (1987) necessitam alinhar-se aos objetivos que o investigador deseja atingir, os quais delimitei, por exemplo: “Descrever a operacionalização do Sistema de Avaliação Municipal de Canindé, dos objetivos à divulgação dos resultados” e “Inferir a percepção dos professores sobre este sistema municipal e de que forma ele contribui em suas práticas docentes”.

Também proponho algumas estratégias metodológicas como: análise documental, entrevista e questionários. Suponho que as estratégias recorrerem ao método qualitativo e, como base na leitura de Trivños (1987), podem ser caracterizadas como estudo descrito e de análise documental. No caso das entrevistas, a análise seria realizada por meio da interpretação das falas dos atores envolvidos. No entanto, não é apresentado referências que justifiquem este tipo de análise, revelando alguns limites como pesquisadora iniciante e a necessidade de mais leituras e articulação com o orientador para definir os caminhos para a pesquisa de dissertação.

No sexto diário (01/maio), os professores propuseram a leitura individual do texto intitulado “A reflexão como fundamento do processo investigativo” de Ghedin e Franco (2011) e posteriormente a realização de um movimento dialógico com Fórum de

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discussões por meio do Google Classroom, onde os pós-graduandos retiraram fragmentos do texto, inseriram comentários e responderam as postagens dos colegas.

De acordo com o diário, esta atividade apresentou um diferencial por envolver tanto nosso movimento individual de reflexão do texto como também uma dinâmica de interação entre os colegas de mestrado. Apesar de já termos interagido por meio de atividades em pequenos grupos de 6 alunos, a atividade desta semana conseguiu envolver todos os mestrandos mobilizando desta forma mais ideias e mais histórias de vida por trás de cada comentário.

Neste diário organizei minhas ideias em duas partes: 1. Percepções sobre Pesquisa Educacional a partir o texto de Ghedin e Franco (2011); 2. Reflexões sobre Pesquisa Educacional a partir do debate coletivo no Fórum de discussões.

Apontei que o texto indicado parte da ideia de que objetivo e subjetivo são faces que se interligam na pesquisa em educação, assim ganham um formato dialético para o entendimento da realidade que se investiga. Esta percepção busca a “superação da concepção dualista que historicamente pretendeu separar o objeto e sujeito do conhecimento” (GHEDIN; FRANCO, 2011, p. 103).

Relato no diário que as experiências educativas são carregadas de subjetividades, que por trás de cada sujeito há percepções particulares fruto de suas interações ao longo da vida, próprias de cada um. No entanto, não se pode perder de vista a objetividade exigida em pesquisas científicas, ou seja, as duas faces precisam ser consideradas e isso gera dificuldade para muitos pesquisadores iniciantes, como eu. Segundo Ghedin e Franco (2011), deve haver uma união entre o objeto e o método para que se garanta a cientificidade da pesquisa. Ressalto que somente através do método é possível atingir os objetivos traçados pelo pesquisador.

Os autores também nos alertam para o exercício contínuo e crítico da dúvida, pois o ato de duvidar poderá nos levar a conhecimentos ainda não elencados por outros pesquisadores. No diário, sugiro que precisamos entender que não adianta apenas replicar outras pesquisas para confirmar o que já foi dito, mas buscar através de nossos

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estudos ir além do que já foi verificado, trazendo novos conhecimentos sobre o objeto investigado.

Na parte sobre o Fórum de discussão, exponho que meu comentário foi a respeito da reformulação do meu projeto de pesquisa, partindo inicialmente do resgate de estudos anteriores para direcionar os rumos da minha investigação. Colaborando com meu comentário, uma colega posicionou-se dentro de uma perspectiva dialética indicando que a pesquisa “pode provocar a transformação do próprio sujeito e da realidade investigada”. Esta leitura e este comentário foram pertinentes para eu entender que não basta apenas atentar-se ao objeto, mas também ponderar como atuarei sobre ele e como ele me transformará, seja como profissional ou como pesquisadora.

No sétimo diário de formação (16/maio) a proposta foi abordar as atividades desempenhadas na VII e VIII semana de aulas da disciplina e como forma de sistematizar as ideias, dividi ele em duas partes: 1. Articulação da equipe para os seminários; e 2. Encontro teste no Google Meet. Nesta perspectiva, a proposta dos professores para a unidade III foi de articulação de seminários temáticos e utilização da plataforma Google Meet para socialização. Conforme orientação dos professores e articulação pelo grupo de WhatsApp, o grupo 6, o qual estava inserida ficou responsável pela Pesquisa Documental. O diário aborda as orientações dadas pelos professores, que produzíssemos um texto síntese sobre a temática e elaborássemos os slides de apresentação.

Utilizamos como referenciais teóricos, textos de May (2004), Silva et al. (2009) e Mendes, Farias e Nóbrega-Therrien (2011). Estes textos foram basilares para a compreensão individual de Pesquisa Documental, suas fontes, técnicas de coleta e análise de dados. Tendo em vista a apresentação do seminário, estas compreensões foram socializadas no momento de apresentação.

No encontro teste com a turma, seguimos um prévio roteiro definido pelos professores: leitura do texto “O que é a pergunta?” de Cortella e Casadei (2008) e escuta da música “Me ensina a escrever” de Osvaldo Montenegro.

No diário, faço um diálogo inicial com o texto e a música, antes de anunciar a experiência de socialização com os colegas. Sobre o texto, foi inferido a importância de

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perguntar para conhecer e aprender conhecimentos que ainda não estão consolidados em nós. Muitas vezes, pela condição acadêmica que ocupamos, parece que o exercício de perguntar ao outro é um ato falho e o medo de socializar a dúvida se dá pela crença que já deveríamos ter apreendido aquilo que se está em dúvida.

Proponho que como pesquisadores, o exercício de perguntar é fundamental tanto para si como para o outro, pois assim poderemos tirar dúvidas sobre nossas pesquisas, buscar fontes que nos deem subsídios teóricos para a execução e pensar em estratégias de coleta e análises dos dados. Em um movimento dialógico é possível visualizar lacunas e trazer mais qualidade para nossos escritos.

A escrita de fato é um desafio, e argumento a partir da música de Osvaldo Montenegro que nos diz: “a folha em branco me assusta”. Mas sugiro que aliando este desafio com a necessidade de perguntar do pesquisador, faz surgir então palavras para tecer sobre a folha em branco. Neste sentido, as perguntas surgem na tentativa de resolver algum problema e sentimos que precisamos escrever para tentar solucioná-lo. Em meio a isto estão nossas incertezas sobre a qualidade dos nossos escritos, se realmente irá contribuir com o problema encontrado. Isto se relaciona com a fala do eu da música: “não sei se o poema é bonito, mas preciso escrever”.

No diário, também cito que o encontro com a turma me despertou para a escrita de um cordel sobre Pesquisa Documental, método que abordamos no nosso seminário, ressalto ainda que esta escrita fez surgir a esperança de dias melhores, provavelmente pelos significados construídos ao longo da minha vida por experiências pessoais, acadêmicas e profissionais ligadas a Literatura de Cordel.

No oitavo diário (30/maio), a proposta foi de escrita coletiva a partir das reflexões sobre a experiência dos seminários temáticos apresentados nas semanas IX e X. De maneira muito objetiva discorremos sobre os objetivos centrais de cada apresentação e a responsabilidade das equipes por avaliar cada apresentação.

As apresentações dos seminários ocorreram em dois dias, no primeiro (18/maio), houve a apresentação das seguintes temáticas, seguidas na ordem: Estudo de caso; Etnografia; Pesquisa-ação; Pesquisa colaborativa e Pesquisa-formação. No segundo dia

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(25/maio): Pesquisa documental; Pesquisa bibliográfica; Pesquisa (auto)biográfica e Survey.

Neste diário, nós compreendemos que as semanas IX e X foram riquíssimas tanto em aspectos acadêmicos, quanto interpessoais. Através da socialização do conhecimento por meio dos seminários, tivemos a oportunidade de conhecer diferentes abordagens metodológicas, com apresentações concisas e consistentes que nos oportunizaram a autorreflexão sobre nossas próprias pesquisas e nossas escolhas metodológicas. Além disso, a atividade proporcionou mais um espaço para diálogo entre os estudantes e professores, colaborando para um maior entrosamento da turma.

No nono diário de formação (14/jun), são abordadas as atividades realizadas novamente em grupo na XI e XII semana de aulas. Trata-se do último diário de formação e escrito coletivamente, nele é evidenciado a continuidade de incertezas movidas pela pandemia de Covid-19, mas já anunciando a proximidade do término da disciplina e aquisição de novos hábitos que estão cada vez mais comuns.

O diário anuncia a retomada da dissertação de Lima (2015), e partir das leituras acima citadas e discussão do grupo, foi possível estabelecer relações entre as escolhas metodológicas da autora, identificando sua consistência teórica, bem como, verificando possíveis ausências de informações no que diz respeito às técnicas empregadas na investigação.

Apontamos que a autora optou pela abordagem qualitativa através do estudo de caso, pois, “se pretende identificar particularidades em um contexto específico em que o problema se situa, nesse caso, voltado a analisar a influência do SPAECE sobre a gestão pedagógica, circunscrita no contexto de uma escola de ensino médio regular” (LIMA, 2015, p. 112).

Nos fundamentamos em Farias et al. (2010) para dizer que os procedimentos de coleta de dados não possuem valor em si só, mas dependem de um quadro de referências teóricas que lhe atribua credibilidade. A partir disto, lançamos olhares sobre os instrumentos e técnicas de análise usados pela a autora.

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Identificamos que a autora (LIMA, 2015) utilizou da entrevista semiestruturada para levantar informações sobre a Gestão pedagógica e a influência do SPAECE sobre ela, tendo como sujeitos os Professores Coordenadores de Área (PCA) e gestores da escola investigada.

Observamos também que a autora se fundamenta em Ludke e André (1986) para justificar sua escolha por este tipo de instrumento, entendendo-o como meio de captação rápida e dialógica das informações fornecidas pelo entrevistado, além de permitir uma interpretação mais completa do que está sendo dito.

No entanto, apontamos no diário algumas limitações metodológicas da pesquisa, como a indicação de uso de Pesquisa Documental para tratar do Projeto Político Pedagógico da escola, mas sem evidências suficientes na escrita da autora sobre as etapas estabelecidas no processo de coleta e análise de dados do referido método, recorrendo apenas a comparação deste método com o de Pesquisa Bibliográfica.

Percebemos também a lacuna deixada pela pesquisadora sobre a falta de explanação do trajeto de coleta e análise de dados dos documentos. Até então, conforme os estudos de May (2004), Mendes, Farias e Nóbrega-Therrien (2011) e Silva et al. (2015) sobre Pesquisa Documental, este método na maioria das investigações já feitas, fora ou dentro do campo educacional, se apropria da técnica da Análise de Conteúdo. A autora recorre a Minayo (1998) para abordar sobre os procedimentos metodológicos de análise de dados, porém não deixa claro o tipo de análise que utiliza em sua pesquisa, deixando margem para interpretações diversas por parte dos leitores.

Ressaltamos que a análise de uma parte dessa dissertação de Mestrado contribuiu para o aprofundamento de nossos estudos sobre os procedimentos metodológicos da pesquisa em Educação e nos fez refletir sobre as nossas próprias pesquisas, indicando as possibilidades, as dificuldades e os caminhos que poderemos seguir nessa jornada.

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Relembrar os momentos vividos é inspirar-se na trajetória a qual vivenciamos na relação consigo mesmo e com o outro, compreendendo nossas atuais concepções, que estão em constante transformação e vai nos dando pistas de onde pretendemos chegar ou por onde a vida vai nos levar. Neste sentido, o artigo teve como objetivo relatar as experiências formativas na disciplina de Pesquisa Educacional no PPGE/UECE, a partir de diários de formação.

Os diários anunciaram em sua maioria o contexto pandêmico que estamos vivenciando, tendo pontos positivos como mais tempo para leituras e escrita acadêmica, mas também pontos negativos associados a necessidade de interação que repercutiram em momentos de tensão psíquica durante o processo.

Além disso, os diários revelaram a trajetória de uma disciplina bem conduzida pelos docentes responsáveis, iniciando com reflexões sobre os paradigmas da pesquisa em educação, posteriormente abordando os aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa em educação, seguido dos métodos de pesquisa em educação e finalizando com a prática da pesquisa.

Este processo apresentou-se de forma dinâmica e coerente para o meu desenvolvimento como pesquisadora iniciante, alicerçado em ações individuais e coletivas na escrita de diários de formação, possibilitadas pela mediação de professores que pensam a pesquisa como prática transformadora da realidade.

Referências

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i Jayane Mara Rosendo Lopes, ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0749-8043

Universidade Estadual do Ceará

Professora na Rede Pública Municipal de Canindé (CE). Mestranda em Educação no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE/UECE).

Contribuição de autoria: escrita, análise e discussão dos diários de formação. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2904705588543772

E-mail: jayanemara1@gmail.com

ii Antonio Evanildo Cardoso de Medeiros Filho, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4442-162X

Universidade Estadual do Ceará

Professor Substituto na Universidade Regional do Cariri – URCA/Iguatu-Ce. Mestre e Doutorando em Educação no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE/UECE).

Contribuição de autoria: adequações metodológicas e revisão do texto. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1610904918196146

E-mail: evanildofilho17@gmail.com

Editora responsável: Cristine Brandenburg

Como citar este artigo (ABNT):

LOPES, Jayane Mara Rosendo; MEDEIROS FILHO, Antonio Evanildo Cardoso de. Experiências formativas através de diários de formação. Rev. Pemo, Fortaleza, v. 2, n. 2, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3573

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