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LEI DE DARCY CONS DA MAS ESC MON AULA MESTRADO NOVO

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(1)Prof. Darlan K. E. de Carvalho (Dr.).

(2) Sumário 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.. Introdução Propriedades do Sistema Matriz-Fluido Conservação da Massa e Lei de Darcy Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso Escoamento num Meio Deformável Escoamento num Meio Fraturado Outros Efeitos Considerações Finais Bibliografia. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 2.

(3) 1. Introdução  Nesta aula, primeiramente, vamos considerar o escoamento monofásico de. um Fluido Newtoniano que ocupa todos os poros de um meio poroso (i.e. satura o meio) sob condições isotérmicas..  As equações governantes para o escoamento de uma única fase, i.e, um. único componente ou mistura macroscopicamente homogênea num meio poroso, são dadas pela Conservação da Massa e pela Lei de Darcy..  Assumimos que os fluxos de massa por dispersão e difusão são desprezíveis. e que a interface sólido-fluido é uma “superfície material” de modo que o fluido não atravessa o sólido.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 3.

(4) 2. Propriedades do Sistema Matriz-Fluido  Porosidade: É a razão entre o volume de “vazios” ou “poros” (Vp) e o. volume total do meio poroso (VT).. φ= Onde:. Vp VT. ,. com VT = V p + Vs. Vp = Volume poroso; Vs = Volume da matriz sólida; VT = Volume total do meio poroso (ex. Rocha).  Obs.: A porosidade depende da forma, da distribuição e da granulometria (variação no tamanho dos grãos), bem como do grau de cimentação da rocha (no caso de rochas reservatório ou aquíferos). 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 4.

(5) 2. Propriedades do Sistema Matriz-Fluido  Tipos de Porosidade:  Absoluta: Razão entre o volume de todos os poros (interconectados ou. não) e o volume total do meio poroso.. φa =. Vp VT.  Efetiva: Razão entre o volume de poros interconectados e o volume total do. meio poroso.. φe = φ =. V pi VT.  Obs.: A porosidade é uma medida da capacidade do meio poroso em acumular fluidos. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 5.

(6) 2. Propriedades do Sistema Matriz-Fluido  Permeabilidade Absoluta (K):.  A permeabilidade é uma medida da facilidade de transmissão de fluidos. através do interior do meio poroso..  Quando existe apenas um fluido saturando o meio poroso, a permeabilidade. é chamada de “permeabilidade absoluta” ou “intrínseca” (K)..  A unidade de medida da permeabilidade absoluta é o “d-darcy” ou “md-. milidarcy” [K] = L2.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 6.

(7) 2. Propriedades do Sistema Matriz-Fluido  Por definição:. “Um darcy é a permeabilidade de um meio poroso no qual um gradiente de pressões de 1,0 atm/cm promove uma vazão de 1,0 cm³/s de um fluido, cuja viscosidade é 1,0 cp (centipoise), através de uma seção transversal de 1,0 cm².”  No caso mais geral, para meios anisotrópicos, usando um sistema ortogonal. de coordenadas x1, x2, x3, a permeabilidade é um tensor de segunda ordem, que pode ser representado, por:.  K11  K =  K 21    K 31 02/06/2011 14:39. K12 K 22 K 32. K13   K 23  K 33 . Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 7.

(8) 2. Propriedades do Sistema Matriz-Fluido  Massa Específica e Viscosidade do Fluido. lim  A “massa específica ρ” num ponto do fluido é definida como: ρ = δ∀→ δ∀ '. δm δ∀.  A “viscosidade dinâmica µ” é uma propriedade dos fluidos associada a. transferência microscópica da quantidade de movimento por difusão molecular..  A viscosidade indica a “resistência interna de um fluido ao escoamento”.  Ela é, portanto, uma medida da resistência do fluido à deformação angular,. sendo responsável pelas perdas de energia associadas ao movimento dos fluidos..  Obs.: De modo geral, ρ = ρ(p,T) e µ = µ(p,T). No escoamento isotérmico, ρ=ρ(p) e µ=µ(p). 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 8.

(9) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Conservação da Massa: Esta Lei Básica declara que a massa é. conservada..  Considerando o volume de controle (VC) cúbico da figura, cujo centróide tem coordenadas x1, x2, x3 e de comprimentos ∆xi ao longo das direções i=1,2,3, temos:. m entra − m sai = m acumulada − Q  As vazões mássicas que entram e saem do VC na direção 1, são dados por (análogo para as outras direções):. m entra = ( ρ v1 ). ∆x x1 − 1 , x2 , x3 2. ∆x2 ∆x3 ,. m sai = ( ρ v1 ). x1 +. ∆x1 , x2 , x3 2. ∆x2 ∆x3. Figura: Volume de Controle Cúbico.. onde, ρ representa a massa específica e v1 é a velocidade superficial ou de Darcy na direção 1, respectivamente. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 9.

(10) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  O termo de acumulação de massa por unidade de tempo. devido à compressibilidade, é dado por:. m acumulada =. ∆( ρφ ) ∆x1∆x2 ∆x3 , ∆t. onde Ф é a porosidade do meio.  O termo de fonte ou sumidouro “Q” [M/T], que pode. representar um poço de injeção ou produção, é escrito como:. Figura: Volume de Controle Cúbico.. Q = q∆x1∆x2 ∆x3 .  Onde “q” tem unidades de [M/(T.L3)]. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 10.

(11) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Considerando as 3 direções, o balanço de massa no VC é dado por:.   ( ρ v1 ) x − ∆x1 , x , x − ( ρ v1 ) x + ∆x1 , x , x  ∆x2 ∆x3 + 1 2 3 1 2 3   2 2   ( ρ v2 ) x , x − ∆x2 , x − ( ρ v2 ) x , x + ∆x2 , x  ∆x1∆x3 + 1 2 3 1 2 3   2 2   ( ρ v3 ) x , x , x − ∆x3 − ( ρ v3 ) x , x , x + ∆x3  ∆x1∆x2 1 2 3 1 2 3  2 2   ∆( ρφ )  = − q  ∆x1∆x2 ∆x3  ∆t . 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. Figura: Volume de Controle Cúbico.. 11.

(12) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Dividindo a equação pelo volume ∆∀ = ∆x1∆x2 ∆x3 , temos:. − ( ρ v1 ) ∆x1 − ( ρ v2 )  ( ρ v1 ) ∆x1   ( ρ v2 )  ∆x2 ∆x2 x1 − , x2 , x3 x1 + , x2 , x3 x , x − , x x , x + , x ∆ x ∆ x 1 2 3 1 2 3   2 3 +  ∆x1∆x3 2 2 2 2   ∆x ∆x   ∆x ∆x ∆x1 ∆x2 2 3     1 3  ( ρ v3 ) ∆x − ( ρ v3 ) ∆x  x1 , x2 , x3 − 3 x1 , x2 , x3 + 3 ∆x1∆x2  ∆ ( ρφ )  ∆x1∆x2 ∆x3  2 2  + = − q   ∆x ∆x t ∆x3 ∆   ∆x1∆x2 ∆x3 1 2  . 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 12.

(13) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Tomando o limite, com ∆xi. 0, para i=1,2,3, e ∆t. 0 e rearranjando os. termos, obtemos:.  ∂ ( ρ v1 ) ∂ ( ρ v2 ) ∂ ( ρ v3 )  = − + + q + ∂x1 ∂x2 ∂x3  Termo Fonte/Sumidouro     Termo de Acumulação ∂ ( ρφ ) ∂t . Termo de Fluxo.  Usando uma notação compacta, temos:.  ∂ ( ρφ ) = −∇ ⋅ ( ρ v ) + q ∂t.  Que é a “Equação de Conservação da Massa” na forma diferencial para o. escoamento monofásico de um fluido num meio poroso. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 13.

(14) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Na indústria do Petróleo, é comum fornecermos os volumes em condições de. superfície (std). Para tal, definimos o “Fator de Volume Formação”, como:. ∀( p, T ) B ( p, T ) = , ∀std. ρ std ou B = ρ. Onde ∀( p, T ) é o volume do fluido em condições quaisquer e ∀std é o volume do fluido em condições padrão (std).  Substituindo o valor de ρ e dividindo por ρstd, podemos escrever:.  ∂ φ  v q   = −∇ ⋅   + ∂t  B   B  ρ std 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 14.

(15) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Lei de Darcy (Henry Darcy, 1856)  Esta “lei”, estabelece uma relação linear entre a velocidade do fluido e o. gradiente de potencial hidráulico (pressure head gradient)..  1 v = − K (∇p − ρ g∇z ) µ   ∇Φ. onde “K” é a permeabilidade absoluta do meio, “µ” é a viscosidade do fluido, “g” é o módulo da aceleração gravitacional e “z” é a cota, medida verticalmente.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 15.

(16) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Obs.: A velocidade “aparente”, “superficial” ou de Darcy é obtida ao. dividirmos a vazão medida pela área (aparente) da seção aberta ao escoamento..  A velocidade “real” do fluido é diferente da velocidade de Darcy, devido a. presença da matriz sólida, sendo uma propriedade microscópica e de pouco/nenhum interesse para a engenharia de petróleo.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 16.

(17) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  As principais hipóteses adotadas na obtenção da Lei de Darcy, são: 1.. O fluido é homogêneo e Newtoniano;. 2.. Não há reação química entre o fluido e o meio poroso;. 3.. O escoamento é laminar e isotérmico;. 4.. A permeabilidade independe da pressão, da temperatura e do fluido que escoa;. 5.. Desprezamos o efeito do deslizamento de gases à baixas pressões (efeito de Klinkenberg);. 6.. Desprezamos efeitos eletrocinéticos.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 17.

(18) 3. Conservação da Massa e Lei de Darcy  Experimento de Darcy  Realizado num hospital em Dijon na França;  Quatro tipos diferentes de areias não consolidadas do rio Saone (colunas de 1.71m);  Filtro vertical com estrutura de aço, diâmetro interno de 0.35m e altura de 2.5m;  Dois reservatórios, um superior e outro inferior;  Manômetros de Mercúrio com tubo em U, ligados aos reservatórios, foram utilizados para determinação das pressões. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 18.

(19) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  A equação geral que descreve o movimento do fluido em meio poroso é. obtida substituindo a Lei de Darcy na Eq. de Conservação da Massa, como:.  1 v = − K (∇p − ρ g∇z ), µ .  ∂ ( ρφ ) = −∇ ⋅ ( ρ v ) + q, ∂t.  ρK  ∂ ( ρφ ) = ∇ ⋅   (∇p − ρ g∇z )  + q ∂t  µ   Com ρ=ρ(p), µ(p) e Φ=Φ(p), esta equação é uma EDP de 2a ordem na. variável pressão, onde p=p(x,y,z,t).. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 19.

(20) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso As condições de contorno típicas para o escoamento monofásico em meio poroso, são:.  Condições de Contorno:. 1. Pressão Prescrita (1o Tipo – Dirichlet): 2. Fluxo de Massa Prescrito. (2o. Tipo – Neumann) :. 3. Condição Mista (3o Tipo – Robin):. (ex. fronteira semi-permeável). p = g1 em Γ D .   ρ v ⋅ n = g2.   g p p + g v ρ v ⋅ n = g3. em Γ N .. em Γ R ..  Condição Inicial: Esta condição define a distribuição de pressões num dado. instante de tempo (inicial!):.    p( x , 0) = p0 ( x ), .....x ∈ Ω. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 20.

(21) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  Casos Especiais:  Fluido e Meio Poroso Incompressíveis: Quando a massa específica do. fluido e a porosidade são constantes, temos:.  ρK  ∂ ( ρφ ) = ∇ ⋅   (∇p − ρ g ∇z )  + q ∂t  µ . K  q ∇ ⋅   (∇p − ρ g∇z )  + = 0 µ  ρ  Neste caso, a equação para o escoamento monofásico em meio poroso é uma. EDP de 2a ordem elíptica e p=p(x,y,z). 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 21.

(22) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  Fluido e Meio Poroso Levemente Compressíveis:  Neste caso, definimos:  Compressibilidade do Fluido: c f = −. 1 ∂∀ ∀ ∂p. = T. 1 ∂ρ ρ ∂p. T.  Obs.: Para uma ampla faixa de pressões, podemos assumir que a compressibilidade é constante. e o fluido é “levemente” compressível..  Compressibilidade da Matriz Porosa: cR =. 02/06/2011 14:39. 1 ∂φ φ ∂p. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 22.

(23) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  Vamos expandir em Séries de Taylor a compressibilidade da matriz porosa,. retendo apenas o primeiro termo da série, obtendo:. φ ≅ φ 0 (1 + cR ( p − p 0 ) ) ⇒ cR =. 1 dφ φ 0 dp.  Onde Φ0 é a porosidade numa pressão de referência p0.  Lembrando que ρ(p) e Φ(p), e expandindo as derivadas no tempo, temos:  ρK  ∂ (φρ ) = ∇ ⋅   (∇p − ρ g ∇z )  + q ∂t  µ . 02/06/2011 14:39.  ∂ρ  ρK  ∂φ  ∂p + = ∇ ⋅ ( ∇ p − g ∇ z ) φ ρ ρ     +q ∂p  ∂t  µ   ∂p. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 23.

(24) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  Substituindo as expressões das compressibilidades, chegamos a:.  ρK  ∂p ρ (φ c f + φ cR ) = ∇ ⋅   (∇p − ρ g∇z )  + q ∂t  µ  0.  Ou ainda:. onde cT = c f +. ρφ cT.  ρK  ∂p = ∇ ⋅   (∇p − ρ g∇z )  + q ∂t  µ . φ0 cR . φ.  Que é a equação que descreve o escoamento monofásico quando o meio. poroso e o fluido são levemente compressíveis. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 24.

(25) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso  Escoamento de Gases No caso do escoamento de gases, a compressibilidade do fluido não é. constante, desta forma, podemos escrever:. c ( p).  ρK  ∂p = ∇ ⋅   (∇p − ρ g∇z )  + q ∂t  µ .  ∂ρ ∂φ  +ρ . ∂p   ∂p.  Onde: c ( p ) =  φ. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 25.

(26) 4. Equações Gerais para o Escoamento Monofásico em Meio Poroso A. relação PVT (Press.-Temp.-Vol) utilizada para gases é a “lei dos gases reais”, dada, por: ρ=. pW , ZRT.  Onde W é o peso molecular, T é a. temperatura em Kelvins, Z é fator de compressibilidade dos gases e R é a constante universal dos gases.. Figura: Comportamento típico do fator de compressibilidade Z com a pressão (pseudoreduzida) para o gás natural.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 26.

(27) 5. Escoamento num Meio Deformável  Uma generalização da Lei de Darcy, assume que o meio poroso é. deformável, sendo composto de um material linear elástico, cuja matriz sólida é compressível e “cisalhável”.  Neste caso, a lei de Darcy pode ser escrita, como:.   K w − ws = −  (∇p − ρ g∇z ),. µ. . . onde w e ws , são os deslocamentos do fluido e do sólido, respectivamente, e   w = ∂w ∂t .. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 27.

(28) 5. Escoamento num Meio Deformável  Se I é a matriz identidade. O tensor tensão volumétrica do material é dado,. por:.  σ 11 + σ σ + σ I ≡  σ 21     σ 31. σ 13  σ 22 + σ σ 23  σ 32 σ 33 + σ  σ 12. onde “σ” representa a tensão normal aplicada sobre o fluido e “σij=σji” representa as tensões aplicadas sobre a matriz sólida.  O tensor de tensões satisfaz a relação de equilíbrio: ∇ ⋅ (σ + σ I ) + ρT g ∇Z = 0. . . onde ρT = φρ + (1 − φ ) ρ s é a densidade mássica do meio poroso (sólido + fluido) e ρs é a densidade do sólido. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 28.

(29) 5. Escoamento num Meio Deformável  Os tensores deformação do sólido (εs) e do fluido (ε), são dados por: ε s ,ij. 1  ∂ws ,i ∂ws , j =  + 2  ∂x j ∂xi.  1  ∂wi ∂w j +  , ....ε ij =  2 ∂ x   j ∂xi.   , .....i, j = 1, 2,3. .  Definindo ainda ε=ε11 + ε22 + ε33, a relação tensão-deformação (constitutiva). é dada por:. 02/06/2011 14:39.  σ 11   c11 c12    . c σ 22  22    σ 33   . .    . σ  23  =  .  σ 31   . .    .  σ 12   . σ   . .   . c13. c14. c15. c16. c23. c24. c25. c26. c33. c34. c35. c36. .. c44. c45. c46. .. .. c55. c56. .. .. .. c66. .. .. .. .. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. c17   ε s ,11   c27   ε s ,22  c37   ε s ,33    c47   ε s ,23  c57   ε s ,31    c67   ε s ,12  c77   ε  29.

(30) 5. Escoamento num Meio Deformável  Os coeficientes “cij=cji” são obtidos a partir das propriedades dos materiais.  No caso de considerarmos o sólido da matriz isotrópico, temos:.  vε s   σ = 2 G ε +  ii  s ,ii  + Hp, ....i = 1, 2,3, 1 − 2v    σ = 2Gε , ....i, j = 1, 2,3, ....i ≠ j s ,ij  ij onde “G” é o módulo de Young e “ν” é a razão de Poisson para a matriz sólida e “H” é uma constante física determinada experimentalmente.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 30.

(31) 6. Escoamento num Meio Fraturado  Um meio poroso fraturado é um meio que é interceptado por uma rede de. fraturas interconectadas ou canais.. Blocos da Matriz. Fraturas. Figura: Meio Poroso Fraturado..  Tal meio pode ser modelado permitindo a porosidade e a permeabilidade. variarem rapidamente e descontinuamente sobre todo o domínio. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 31.

(32) 6. Escoamento num Meio Fraturado  Ou podemos utilizar os Modelos Duais.  Nestes modelos, consideramos que o fluido no meio poroso é composto de. duas partes contínuas, tratadas separadamente: uma parte nas fraturas e outra parte nos poros da matriz.  Existem dois “Modelos Duais” principais: 1. Porosidade Dual (e uma única permeabilidade)*; 2. Porosidade e Permeabilidade Duais.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 32.

(33) 6. Escoamento num Meio Fraturado  As Hipóteses Básicas no Modelo de Porosidade Dual* são: 1. O fluido Não escoa diretamente de um bloco para outro. Primeiro ele. escoa para as fraturas e depois para os outros blocos ou permanece nas fraturas; 2. Existe um termo de fonte distribuído que representa o escoamento do. fluido da matrix para as fraturas; 3. Termos de fonte e sumidouros (ex. poços) interagem apenas com as. fraturas.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 33.

(34) 6. Escoamento num Meio Fraturado  Baseado nestas hipóteses, o escoamento no interior de cada bloco é dado,. por:.  ∂ ( ρφ ) = −∇ ⋅ ( ρ v ) ∂t.  O escoamento nas fraturas é dado por:. ∂( ρ f φ f ) ∂t.  = −∇ ⋅ ( ρ f v f ) + qmf + qext ,. onde o subscrito “f” representa as quantidades nas fraturas, “qmf” denota o escoamento da matriz para as fraturas e “qext” indica termos de fonte e sumidouros externos. As velocidades “v” e “vf” são obtidas diretamente a partir da Lei de Darcy. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 34.

(35) 6. Escoamento num Meio Fraturado  Lembrando que, a massa total que sai de um bloco “i” da matriz pode ser. dado por. ∫. ∂Ωi.  . ρ v ⋅ nd Γi.  Usando o teorema de Gauss, temos:. ∫. ∂Ωi. 02/06/2011 14:39.  . . ∂ ( ρφ ) dX Ωi ∂t. ρ v ⋅ nd Γi = ∫ ∇ ⋅ ( ρ v )dX = − ∫ Ωi. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 35.

(36) 6. Escoamento num Meio Fraturado  O termo “qmf”, que denota o escoamento da matriz para as fraturas, pode ser. determinado, como:. qmf = −∑ χi ( X) i. 1 Ωi. ∂ ( ρφ ) ∫Ωi ∂t dX,. onde, |Ωi| representa o volume de Ωi , e χi (x) é sua função característica, i.e.: se..X ∈ Ωi 1 χ i ( X) =  0 nos..outros..casos  Definimos assim, a condição de contorno nas superfícies de cada bloco da. matriz.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 36.

(37) 7. Outros Efeitos  Estritamente falando, a Lei de Darcy só funciona para o Escoamento. Laminar de Fluidos Newtonianos.  Outros efeitos que podem ser importantes são: 1. Escoamentos Não-Laminares (Efeitos de Alta Velocidade) 2. Fluidos Não-Newtonianos; 3. Efeito de “Threshold”; 4. Efeito de “Klinkenberg”;. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 37.

(38) 7. Outros Efeitos  Escoamentos Não-Laminares: Os desvios de comportamento com. respeito a Lei de Darcy se devem a efeitos inerciais, de turbulência e outros efeitos de “alta-velocidade”..  Uma possível correção é dada pela “Lei de Forchheimer”, que inclui um. termo quadrático para escoamentos de alta velocidade, de modo, que :.   ( µ I + βρ v K )v = − K (∇p − ρ g ∇z ),    . onde, “β” é o “fator de inercial ou de turbulência” e: v = v12 + v22 + v32 .. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 38.

(39) 7. Outros Efeitos  Fluidos Não-Newtonianos: Alguns fluidos (ex. polímeros) se caracterizam. pela dependência não-linear entre a tensão e a taxa de cisalhamento..  Neste caso, a resistência ao escoamento num meio poroso pode ser. representada, como:.  1 v = −  K (∇p − ρ g ∇z ). µ (v ) .  Ao longo de um certo intervalo de velocidades (região de escoamento. pseudoplástico), a viscosidade pode ser aproximada por uma lei de potência, como:   m −1. µ (v ) = µ 0 v. onde, µ0 e m são constantes experimentais. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 39.

(40) 7. Outros Efeitos  Outros efeitos (menores) estão relacionados aos fenômenos de:  “Threshold”, em que observa-se a necessidade de um certo gradiente de. pressões não-nulo para o início do escoamento;. Figura: Efeito “Threshold” (Limiar)..  “Efeito de Klinkenberg” (escorregamento), em que ocorre um aumento. da permeabilidade efetiva para o escoamento de gases a baixas pressões.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 40.

(41) 8. Considerações Finais  Na presente aula, apresentamos os fundamentos sobre o escoamento. monofásico em meio poroso..  As leis de conservação da massa e do momento (i.e. a Lei de Darcy) foram. discutidas e combinadas de modo a produzirem a equação geral para o escoamento monofásico de um Fluido Newtoniano num meio poroso..  Apresentamos ainda, as condições iniciais e de contorno típicas associadas a. modelagem destes escoamentos.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 41.

(42) 8. Considerações Finais  Alguns. casos especiais foram comentados, incluindo os incompressíveis, levemente compressíveis e o escoamento do gás.. fluidos.  Também consideramos, brevemente, os escoamentos em meios deformáveis. e em meios fraturados..  Finalmente, fizemos algumas considerações sobre outros tópicos de. interesse, como Escoamentos Não-Laminares, Fluidos Não-Newtonianos, o Efeito de Klinkenberg e o fenômeno de “Threshold”.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 42.

(43) 9. Bibliografia [1] Dynamics of Fluids in Porous Media, Jacob Bear, Dover Publications, New York, 1988. [2] Introduction to Modeling of Transport Phenomena in Porous Media, Jacob Bear, Yehuda Bachmat, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, 1990. [3] Basic Applied Reservoir Simulation, Ertekin, T. et. al., SPE, 2001. [4] Computational Methods For Multiphase Flows In Porous Media, Chen Z., Huan G., Ma, Y. SIAM, 2006. [5] Uma Formulação do Método dos Volumes Finitos com Estrutura de Dados por Aresta para a Simulação de Escoamentos em Meios Porosos, Carvalho D.K.E., DECIVUFPE, 2005.. 02/06/2011 14:39. Lei de Darcy e Conservação da Massa, Escoamento Monofásico em Meio Poroso. 43.

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Referências

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