Cinco
estrelas
é
hotel
O
Jornalismo
último troféu doda UFSC écursoumdepôster.
Afixado em um dosmurais
logo
àdireita devessa a portade vidro
ele diz basicamen
lismo da Federa
s vêm se
juntar
àsmenageiam
os estuseguiram
o melhor aísnosprovões
dedo último pro
conseguiram
o dopaís
no oresultado,
a comoprincipal
ejornalismo
no meirolugar geral
idades de comuni ExameNacional do
eEstudantes
(Enade)
o aoferecer mestradoso noBrasil.
huch,
chefe dodepar
[omalísmo, explica
quepr�ncipais condições
o arecuperar a
primeira
foi oSnadee a
os
alu-Boa
imagem
éotermoadequa
do, pois
o critério de "estrelamento"ébaseadonas
impressões
queosavaliadores têm sobre os cursos em
votam. A
explicação
disposta
te do
guia
é a de que "os coadores dos cursos avaliados
em um
questionário
noqual
mam osdadosmais relevantesas suas
graduações.
Combases
formulários,
os consultores E - coordenadores de curso,adores do MEC,
professores
eespecialistas
- atribuem conceitosaoscursos, que sãoconvertidos em
estrelas". Oavaliador dá notapara
o curso semtervisitado ainstitui
ção,
suassalas de aulae seus laboratórios. Também não entrevistou
professores
ou estudantes de talgraduação.
Cinco,
quatro, três ou nenhuma estreladepen
dem do que o avaliador
selecionado para o tra
balho
acha,
e nãosabe,
sobre
aquela
instituição.
E acha baseadoem infor
mações
dadaspelos
coordenadores decursossobre seus
próprios
cursos. OJornalismo
da UFSC perdeu e recuperou umaes
trela sem que nenhuma
mudança
estruturaltenha ocorridonessemeiotempo.
Mesmo com um sistema de
avaliação frágil,
oresultado obtidotrazvisibilidade. A
professora
Ma riaJosé Baldessar,
coordenadora do curso deJornalismo,
acreditaque as cinco estrelas influenciam
naprocura
pela graduação.
Aconcorrência
pelas
vagasaumentae osestudantes entram cada vez mais
qualificados.
Além de estimular adiscussão dentro da universidade sobreanecessidade deinvestimen
tos que viabilizem a continuidade
na
qualidade
deensinooferecida.Doisfatores incomuns também
ajudam
o curso a se destacar. Umdeles é o seu tamanho reduzido.
Oespaço físico nãoé
grande
e entram apenas 30 novos alunos por
semestre.Contandoas
desistências,
são 247 estudantes matriculados.Isso causa uma
proximidade
entrealunos e
professores
que convi vem diariamentepelos corredores,
isolados das outras
graduações.
Ooutro fator é que os
"equipamen
tos do curso
quebram".
Nas palavras do chefe do
departamento
deJornalismo,
"osequipamentos
quebram
porque estão sendo utilizados. Estão nas mãos dos alunos
e a gente não reclama se aconte
ce
algum
acidente. Oimportante
é usar essa estrutura". Estruturaformada por laboratórios de uso
exclusivo dos
alunos,
diferencialem
relação
àsoutrasuniversidadesparaBaldessar.
Manter o nível éo desafio que o
Jornalismo
da UFSC tempela
frente.
E�
2009 será avaliadonovamente
pelo
Enadee atélásairão maisdoisGuiasdo Estudante. Podeparecerfácil paraumcurso emque
"o
grande
lance é umaespécie
desinergia",
como defineSchuch,
masnãoserá. Noperíodo
em queos cursossuperiores
não estavamsendo
avaliados,
uma diferença
devisões de futuro, de
projetos,
resultouna saída de um grupo
de
professores,
que emseguida
criaram o cursode Cinema. A
disputa
eraentreumavisão maisvol tada para a
comunicação
social eoutra para o
jornalismo.
Deujor
nalismo.
Recentemente, dois
professores
pediram
para trocar dedeparta
mento,para Cinemae
Design,
masacabaram tendo seus
pedidos
negados.
Outros dois tiverampedido
de processo administrativo aberto para avaliar
irregularidades
nadedicação
exclusiva. Oquadro
deprofessores
conta atualmente com30
professores
nototal,
masdestes,
quatroestão afastadosparacursar
doutorado e
pós-doutorado,
seis sãosubstitutosequatrotemvínculocomoutroscursosdas
humanas,
mas dão
alguma
aulanojornalis
mo. Restam 16titulares.Quatro
titulares a menosé uma
perda
maisdo que considerável. Eoutros dois
professores
aindapodem
pedir
licença para fazer
pós-graduação
se
conseguirem
asvagas que estãopleiteando.
Por
Thiago
SantaellaZEBO
EDiÇÃO
CláudiaMussi, Diego Ribas,Ana PaulaFlores,DomitilaAndréFaust,Becker, FOTOGRAFIA AgênciaFotojornalismo,Vera FleschEnsaio TELEFONES+55(48)3721.6599 / 3721.9490/3721.3215������
ElaineManini,PaulaReverbel,RenanFagundes FAX:3721.9490 MelhorPeçaGráfica
AGRADECIMENTOSMauroCésar da I, II, III,IVeXI
JORNAL
LABORÁTÓRIO
ZEROEDITORAÇÃO
AnaCarolinaDall'Agnol, Silveira,Ricardo Barreto NAINTERNET Set Universitário / PUC-RSANO XXV- N°
5 CláudiaMussi,LuizaFerreira,PaulaReverbel, SITE:www.zero.ufsc.brCIRCULAÇÃO:zero@cce. 1988,89,90,91,92e98
NOVEMBRO 2007 Renan Dissenha I?ROFESSORCOORDENADORLucio ufsc.br
�
UNIVERSIDADE FEDERALDE
B�io
SANTACATARINA- UFSC REPORTAGEM
AmandaBusato,Diego ERRATA 3"melhor
FECHAMENTO: 08 DE NOVEMBRO Ribas, Diogo Honorato,DomitilaBecker,Ingrid MONITORIALucasNeumann Nos créditosdeinfográfiadaedçãodoZero Jomal-laboratóJiodoBrasil
Santos,LucasSampaio,NaianaCantú,Paula emRevista faltou citaroalunoMichel LuisDias EXPOCOM1994
REDAÇÃO
DO JORNAL Reverbel,RenanDissenha, Thiago Santaella,INFORMAÇÕES
Siqueira�
CURSO DEJORNALISMO Vera Flesch IMPRESSÃO:Diário Catarinense
UFSC
-CCE
-JOR CIRCULAÇÃO:Nacional Melhor Jomal-laboratóJio
Trindade
-Florianópolis
ILUSTRAÇÃO
AllanSieber,Lucas DISTRIBUiÇÃO:Gratuita TIRAGEM:5.000 I Prêmio FocaCEP88040-900 Neumman Sind.dos JornalistasdeSC,2000
02
ZERO
NOVEMBRO
-07
semana
do
jornalismo
Volta
ao
mundo
pela
Globo
o
repórter
esportivo
que
chegou
a
correspondente
internacional
não
poupa
elogios
à
emissora
nem
críticas
aos
EUA
Seu
currículoenumeracoberturas quevãodesde a
Copa
do Mundo atéa GuerradoIraque,
passando
por acontecimentos históricoscomo amorteda
princesa
Dianae aviagem
espacial
doprimeiro
astronautabrasileiro.Marcos
Uchôa,
queseformouemjornalismo pela
FACHA(Faculdades
Integradas
Hélio
Alonso)
temmaisdeseteidiomasnapontadalíngua,
é casadoepai
de três filhos.Comumjeito
simples
eatémeiotímidochegou
paraaentrevistaaoZERO,
porém
aospoucossetransformou,
soltou overboerevelou toda a suagarraepaixão
pela
profissão.
Uchôacomeçouem
1984
naTVMancheteetrêsanosmaistardepassou paraaRede Globo.Como
repórter
esportivo,
cobriujogos
olímpicos,
cincocopas domundoetrês
temporadas
de Fórmula1,além de mundiais devôlei, basquete, ginástica
etênis.Foicorrespondente
da Rede GloboemLondres de1996
a2007,
onde cobriu acontecimentosmarcantesemergulhou
nageopolítica,
paixão
adquirida
atravésdeseu
pai
- exiladopolítico
entre1964
e 1980.Em entrevistaexclusiva parao ZEROUchôacontacomoéabuscapela
veracidade dos fatos- duranteaguerra
morou em uma casade família
iraquiana,
para sentirnapele
osacontecimentos- etambém fala de
experiências
marcantes,como acobertura dotsunami.Ojor
nalistaainda discuteética
profissional
erevelaassuntosqueviu,masnãomostrounasreportagens,alémde relatarodesafio detransmitirtemas
complexos
como ageopolítica
por meiodotelejomalismo.
Zero:
Vocêcomeçousuacarreirafazendo coberturas
esportivas,
passouacobrirassuntosdegeopolítica
econtinuapermeando
oesporte.Por queaescolha detemastãodiferentes?MarcosUchoa:Naverdadeeunão
escolhi,
eufuiumpouco escolhido.As coi sasforamcomo oZecaPagodinho:
deixaavidamelevar.Eu comeceinaTV MancheteantesdecomeçarnaTVGlobo.Eram 1500no concurso emquepassavam só
60;
desses60ficaram dois:eu e umagarota.Elesprecisavam
imediatamente de umrepórter
paraoesporteeelanãoentendia,
nãogostavadeesporte.Euentendiaegostava,então virei
repórter
deesporteporumacoincidência.Depois
fuipra TVGlobo tambémnessaárea.
Quando
eufuipraLondres, já
comeceiafazercoisasde
geral,
masporqueeusempremeinteresseipela
área internacional.Meupai
eraexilado
político,
elesaiunogolpe,
evoltounaanistia. Eu não vivicomele,
mas aminhamãememandava
junto
comminhasirmãspra vê-loemvárioslugares.
Passeiadesenvolverumacuriosidadepela
áreainternacional porqueaminha vida acabou sendomuitoligada
à área.Z: Foiassim que
surgiu
o seuinteressepela geopolítica?
MU: Euacho quesim.
Quando
criança,
aprimeira
vezqueeuviajei
prafora,
opapai
pegouagenteemParise agentefoi decarroatéVarsóvia,
onde ele faziadoutorado.Agenteatravessouo murode
Berlim,
quetinha trêsouquatroanos.Tinhauns caras commetralhadora
apontando
praumhomemetrês criancinhas.Estávamoseu eminhas duasirmãseelesentravamnocarro,fechavamocarro, tiravamosbancoseenfiavamvaretasnotanqueda
gasolina.
Eraumacoisa tãoabsurda...em
Varsóvia,
porexemplo,
agentenãopodia
brincaremalguns lugares
porqueainda tinhamuitabomba da
segunda
guerramundial.Eumelembro que agentefoinumcampodeconcentração
quecriança
nãopodia
visitar,mas o carrodo
papai
tinhaumaplaca
de Berlim.Eueraloirinhonaépoca
etinhaatécabelo[risos],
eles acharam queagenteeraalemão.Entãooguarda polonês
falou: deixavocêsveremoquevocês fizeram.Eumelembro deterficado chocado
pelo cheiro,
pelas
coisas,me mareoumuito. AEuropa
éhistória pra tudoquantoélado,
e como meupai
gostava muito,contavapragenteisso. Eudesenvolvimuitocedoesseprazerde entenderopresenteatravés do
passado.
Z: Comoé fazeracobertura deumassuntotão
complexo
como ageopolítica
-que
exige
contextualização
-sem correr orisco deser
simplista
natelevisão,
emqueotempoé bastante reduzidoe alinguagem precisa
seracessível?MU:
É
particularmente
difícil vocêexplicar
assuntoscomplicados,
que têmmuitahistóriapor trás. Eudiria queumamatériade internacional bem feitapre
cisariade quaseodobro dotempodeumamatéria
nacional,
porquevocêtemqueexplicar
afloresta portrásdaárvore. Nãoadianta vocêsimplesmente
falar:teveumabomba quematou tantaspessoas.
Explicar
porqueteveabomba,
de ondevem esse
ódio,
de ondevemessegrupoé muitodifícilparaatelevisão.Eutentofazer,
massemprebrigando
com oseditorespor maistempo.Z: Oensinode
geopolítica
deveriasermaiornasfaculdades dejorna
lismoou oaluno deve buscaresseconhecimentoporconta
própria?
MU: Eu
diriaque
paraocidadão,
oassuntogeopolíticaé
básico. Vocênãopode
entendera suavida
hoje
sementenderaáreainternacional- aglobalização
éumfato,
goste-seounão. AChina está fechando fábricasnoBrasile emvárioslugares
do
mundo,
opreçodagasolina
tema ver comessaemergência
daChina.Petróleo,
bolsa de
valores,
tudo estámuitointerligado hoje
nomundoeissoserefletenavida
aqui.
Entãotodoocidadão,
sequer saber por que eleestávivendo,
oque estávivendo,
temquesepreocuparcom oqueacontecelá fora.Agora,
soboaspectodojornalista
emsieujá
achomaisdifícil.Sevocêimaginar
quantoscorrespondentes
oBrasiltem,são muitopoucos.
Pouquíssimos
meiosdecomunicação
pagam parao
profissional
trabalhar fora dopaís
paraexplicar
omundoparao seupróprio
país.
Issoé lamentável.Hoje
setrabalhamuitocomagências,
cominternet,É
umjornalismo paupérrimo.
Então,quando
oestudante,
novo,entrana
profissão,
oque interessa aeleéojornalismo
local.Depois
elevaievoluindopraumaáreaestadualou
nacional,
mas aáreainternacional éaúltimapreocupação
dele,
porque é a que está mais distante de influirna suacarreira.
Começar
nacarreiraedizer:"quero
sercorrespondente"
é comojogar
na loteria e dizer "eu queroganhar
naloteria". Todos nós queremos,mas apossibilidade
de você
conseguir
ser um correspondente
é muitopequena. Z: Você cobriua Guerrado
Iraque
e oTsunami. Nas matérias vocêconseguiu
passaruma forteemoção
duranteacobertura. Você acha queessaemoção
pode
influenciarde
alguma
formaojornalista?
MU: Semdúvida.Sevocênãoseemocionatem
algum problema,
porqueessas coisas são emocionantes.Você vêmuitosofrimento,
muitagentemorta.Ninguém
gostadever essascoisas. Por maisque vocêesteja
triste,o seusofrimentonãosecomparacom odas pessoas queestãoali.Então
quando
vocêestánumasituação
dessas,
temqueterahumildade de pensar que ali vocênão interessa.Qualquer
coisaque vocêesteja
sentindo ali é umagotad'água
diante deum oceanodelágrimas
daspessoasqueperderam fann1ia,
casas,vidas,
emprego. Vocêtemque tentarnãodeixar queaemoção
pareçaumacoisa sua, querdizer,
amatéria não é você:"olha só quecoisatriste,eutenhodificuldades,
meuDeusé chocantever isso...". Vocêtemqueter cuidadoemtratardosofrimento deoutraspessoas.
É
muito cretinovocê
chegar
praunspais
queperderam
osfilhoseperguntar:"você estásofrendo?O quevocê está sentindo?"Masao mesmotempoessaspessoas têm umanecessidade deconversar,dedesabafar,
deterumombronaquela
hora.Sevocêse
aproximar
de umamaneiradelicadaaspessoasfalam.Eu achoquenofinal dascontaséumamistura de
respeito,
educação
esensibilidade.Z:
Quais
ascaracterísticas que umbomcorrespondente
deguerraprecisa
ter?MU:Vocêtemquesermuito
cínico,
nosentido decético. Existemduasguerras: aguerra
real,
dasbombas,
dos soldadose aguerradeinformação.
Vocêtemgovernos,
exércitos,
porta-vozes, militaresquerendo
tevender umpeixe
evocêtemquetermuitocuidado denãocompraresse
peixe,
porquenamaioriadasvezesé mentira.
Geralmente,
essainformação
édadapravocêporqueelesquerempassaruma
imagem
quetemmuito poucoa ver com averdadeemuito maiscominteresse. Orepórter
émuitovulnerávelareceberumpapel
dizendoque talcoisaaconteceuevocênãotemcomochecar.Eoquevocê faz?Sefor
esperar prachecarsó vaicontaressahistória
daqui
adoismeses, então não é umaboaopção.
Poroutrolado,
seforcontartemquerealmente deixar claropraspessoas queisso quem diznãosoueu,éogoverno americano. Há vários
exemplos
daguerra quedepois
semostraramqueeramrealmentementiras.A gentecaiu nisso por que nãotinhajeito.
Ojornalismo
24 horas éumarealidadedanova
geração.
Existemvárias coisasafavor dojornalismo
24horas,
agora,qualidade
não éumadelas.Ojornalismo
24 horasempurraojornalista
àtendência de achar que dar
primeiro
é maisimportante
doquedar bem.Entãovocênãotemtempopara
checar,
parapesquisar,
parafazer bem feito.Comoresultado,
você dáumanotícia quealguém
tedeuparadivulgar
evocêfica vulnerável. Podeserusadoem vezde informar.NOVEMBRO
-2007
semana
do
jornalismo
Reportagens
criticas
e senso
do dever
Gustavo
Krieger
fala
sobre
jornalismo investigativo,
denúncias
de
corrupção
e
ainda
dá
lição
de
ética
Ocelular
desculpas,
tocainterrompe
Don't worry,aentrevista,behappy naquele
marcamaistomummeiocompromisso
metálico. Eleparapede
a suavoltaàBrasíliaeretomaahistória de onde tinhaparado.
O clima édemesade
bar,
ashistóriasparecem causos, só que éumapequenamesadeumalanchonetenoaeroportode
Florianópolis.
Orepórter especial
doCorreioBrazilienseedarevista
Rolling
Stone,GustavoKrieger,
estásendoentrevistado, logo depois
de fazerocheck-ine umpoucoantesdeembarcar. Obarulhode aviõesdeco-landoe
pousando
entrecortaasrespostas. "É
odiaseguinte
àsuapalestra
paraaSemanadoJornalismo.
Aroupai
éa mesmado diaanterior. Osolhos levemente avermelhados indicamuma "l noitemal
dormida,
ounãodormida.Masadisposição
paracontarhistórias .continuaa mesma.Decauso emcauso,
Krieger
traçaumpanoramadojor
nalismo
político
na nossafase democrática:seuserros,acertos,mudanças
eexageros. Com maisde20anosdedicadosaojornalismo,
orepórter
cobreeleições
desde1986
ejá
passou pordiversosveículos,
entreeles: ZeroHora,,.
Folha deSão
Paulo,
Jornal
doBrasil,
TVGlobo,
TVRecord,
revistaÉpoca
eRadiobrás.Aolongo
dacarreira,participou
dasprimeiras
denúncias do governoCollor,
docasoWaldomiroDinizedo escândalo sobreamáfia dasambulâncias,
sendopremiado
poressasduas últimasmatériaseperseguido
pela polícia
porcausadaprimeira (a
Folhafoi invadidapela
PolíciaFederal em1990,
duranteogovernoFernando Collor deMello).
Zero
-Começando pelo
clichê dojornalismo político.
Você achaqueo seutrabalhointerferenovotodo eleitorado?
Gustavo
Krieger
- Achoque
sim,
otrabalho queaimprensa
faztemalgum
graude
interferência,
sim,naformação
daopinião
pública
e,portanto,dovoto;mas agenteaindatem certadificuldade de entender
qual
éessetamanho.Ano
passado,
duranteaeleição presidencial,
teveumadiscussãoenor medoporquê
daspessoasvotaremnoLula apesar de todasasdenúnciaseescândalosquea
imprensa
tinha mostrado sobreoPTnoperíodo
anterior. Naminhaimpressão
oqueaconteceufoiumchoque
deagenda:
teveumaagenda
da
moralidade,
quefoiaagenda
que amídiacolocou;
e umaespécie
deagenda
pragmática
queoLula levouparaacampanha, apostando
queaspessoasvotariam
pela
estabilidadeeconômica,
pelos
programassociais,pelas mudanças
queoBrasil sofreu.Eofatoéqueaspessoasescolherama
agenda pragmática.
É
claro queaimprensa
influência,
maselanãoforma voto,éumelemento de decisão.Z
-A
imprensa
amadureceu desdeofim da ditadura? GK-Quando
eucheguei
naredação,
umrepórter
político
queao mesmotempotrabalhavaemgoverno era, não sóumacoisa
aceitável,
comoabsolutamenteesperado.
Eulembroquequando
recusei,no meuprimeiro
empregocomorepór
ter
político,
meueditorveioe meperguntou"em quepartido
vocêquer queeute
empregue?".
Eudissenão,estátudobem,
nãoprecisa,
vimtrabalharaqui
nojornal.
Ele disse"não,
osalárioaqui
éumaporcaria.
Ficatranqüilo
quevocê nãotemquetrabalhar
lá,
não. Eeuponho
um emcadapartido
paragarantir
aimparcialidade".
Hoje
vocêtemumaseparação
muitoclara,
comodizia LúcioFlávio,
"jornalista
éjornalista
epolítico
épolítico".
Z-Qual
éo seuhobby
agora?
GK-[risadas]
Eubrinco,
né? Sourepórter
depolítica, hobby repórter
daRolling
Stone.É
achance deescreverdeumoutrojeito
sobreoutrascoisas. Mefaz bem.
Z
-Jornalismo pró-ativo
oujornalismo investigativo?
GK- Temumamigo
meuquefalaque não éojornalismo
queéinvestigatívo.
É
apauta,orepórter.
Todojornalismo
emprincípio
temqueserinvestigativo.
Vocêtemque
investigar
para cobriresporte,senãovocê vaifazer release.Euprefiro
oteimo
jornalismo
investigativo,
mas euacho que todojornalismo
queseprezatemqueterumcomponentede
investigação,
nãopode
serreservadoaalguns
superagentessecretos.
Z
-Comovocê
conseguiu
seuempregonaFolhaem1990?GK- Mandei
ocurrículo.Na
verdade,
umaamiga
minha mandouumcurrículo. Trêsmeses
depois
mechamaramparaumaentrevistaemSãoPaulo.Quando
cheguei lá,
oNelsonBlecher,
queera o caraquetinhamechamado,
melevouparaalmoçar
e euaproveitei
paraperguntaroqueeutinha que fazerparaganhar
oemprego. "Fala mal da Folha".Como?"Fala mal da Folha queo
pessoal
vaiacharque você éumcara
crítico,
independente
ete contrata.Atébrinquei
comele:Olha,
euqueroesseemprego. Euvoufazerisso.Seder
errado,
navoltavaiterporrada.
Entrei
lá,
desanquei
ojornal
efui contratado.Z
-Comoque vocêvirou
repórter político?
Vocêsaiuda faculdade deter minadoaisso?GK- Nafaculdade
eu
queria
serrepórter
depolítica,
trabalharnaFolhaeajudar
aderrubarumpresidente
darepública.
[uma
risada,
quaseumsuspiro]
Apareceu
oCollornaminha vidaentãodeuparafazerumpoucodetudo.Euvenho deumafamí
lia de
políticos.
lidocomissohámuitotempo:participei
demovimentoestudantil,
fiz militânciapolítica,
entãoparamim,esse era ocampo.Lembro quequando
fui trabalharnaZero Horameofereceramumavaga paraser
repórter
de cidade.Aíeunegociei
para ir paralácom urnsaláriomenordesdequefosseparapolítica.
Ocomplicado
é quenaépoca
eumilitavapoliticamente
echequei
àconclusãodeque nãodavamais parafazerisso. Nodiaemqueassinaramaminhacarteiradetrabalho,
tireiaminhaficha
partidária.
Z
-Queera.
..GK
-Que
eradoPT. Edeixei de militar.Delápara cánuncamais tivemilitância.Euatébrinco quenunca
poderia
serjornalista
esportivo:
nãoconsigo
deixardetorcerpro Grêmio.Nãotem
jeito.
Maseuconsigo
teropinião
sobrepolítica
enãoterladoem
política,
oque éfundamental paraorepórter.
Eu nãoacreditoemrepórter
depolítica
que nãotemopinião.
Claro quetem.Masachoqueeunãotenho ladoporqueaminha
opinião
ésobreasquestões
emespecífico.
Soucapaz de fazerumamatériade
investigação
de denúnciacontraqualquer
pessoa,mesmo se essapessoafor minhafonteou com
alguém
queeutenhaumarelação
maisantiga.
Z- Foioqueaconteceucom amatériada Revista
Época
quedenunciouoWaldomiroDiniz?
GK- OWaldomiroera um cara
que foiumafonte
antiga
muitoboa.UmcaraqueconhecinaCPIdoPCeque, por nãoser um
político,
agenteacabouseaproximando
muito,
chegamos
aterurnarelação
de amizade.Equando
agentefezamatéria,
quando
euviafita, quando
euvioque iaacontecer,eraóbvioqueaquilo
eramuito grave. Eeraóbviooefeito devastadorqueaquilo
iaternavida do Waldomiro.Eufiquei
diante deurnacircunstância que não écomumparaojornalista,
que éconhecerpessoalmente
apessoa física queéoalvo dasuamatéria.Envolveupara mimurnaquestão
pessoal difícil,
deestarfazendoissocontralUll caraqueeuconhecia,
queeutinha tidouma
relação
deamizade,
tinhaconversado,
tomadochope
junto
etal.Nãofoiprazeroso,masvocêtemquetomarumadecisão.Eadecisãoera
simples.
Agenteseconheceu
investigando
corrupção
...e eucontínuoinvestigando
corrupção.
Z - Outrasmatérias
investigativas
dedestaque
foram sobre o governoCollor.Você também tinha
algum tipo
de relacionamentocomele?GK- Eutambém tinhauma
relação
pessoal
comele,
masporoutromotivo. Meuavôera
amigo
dopai
dele.Umavezteveumalmoço
com oCollorna casadomeuavô e aimprensa
toda foibarrada,
maselequeria
queeuentrasse.Eu nãoentrei,fiquei
lá. Pelaprimeira
vezfiquei
nacalçada,
do lado de fora dacasadomeuavô,
esperando
que a conversaacabasse.Quando
euchequei
aBrasília,
agentecomeçouafazernaFolhamatérias
investigativas
sobreogoverno.Easprimeiras
matériasdasquais
euparticipei
geraramumprocesso do CollorcontraaFolhae ainvasãodaFolhapela polícia.
Depois
de todaessaconfusão,
quaseonze anosdepois,
aÉpoca
memandapara entrevistaro cara emMaceió. Euachandoqueeleiametratarígual
umcriminosoeelemerecebe como sefossemos velhosamigos
de faculdade.Umaótima entrevista.Abriamatériamostrandoasfotos delecomo
presidente
queestavamespalhadas
por todasassalasdaTV que eletinhaem
Alagoas,
edescreviaquilo
como o museudesimesmoqueeleestavamontando.OCollor
jamais
perdoou
essaobservação.
Agentenuncamaisvoltoua conversar
depois
disso.O que provaquearelação
queumpolítico
temcom a suaimagem
éLUnacoisa muitoindividualequeoquemagoaumpolítico
ouumafontepode
nãoterrelação
com oque vocêimagina.
Osujeito
foi capaz depassar por cimadasmatériasde
denúncia,
masnão superouumaobservação
pessoal.
Z-É
melhortermuitasoupoucas fontes paranãocorrer oriscodeser
manipulado?
GK- Vocêtem
quediversificar.Ouvirlados diferentes delUlla
questão.
'ludoempolítica
tempelo
menosdois lados.Normalmentetemmeiadúzia. Conversandocomtodos,
vocêsabeoque estáacontecendo porqueos carasnão vãotefalar todaaverdade eboapartedasvezesvão mentir paravocê.Fazendoanalogia
comjornalismo
esportivo
denovo,
alguém já
viuumtécnicodizerantesdojogo
"nósvamosperder.
O timedelesé muitomelhor doqueo nosso.Onossolateralnãomarcaninguém.
Ocentroavantenãofaz
gol
háquinze jogos.
Seagenteperder
de doisestáótimo"?Não. Damesmaformaoseguinte.
Vocêjá
viuemdia devotação
político
dizer "agentenãotema menorchance.Abancada delesestáfechada"?Nodia eletedizque"tem
jeito".
Eorepórter
temquetrabalharcomisso.
É
odiscursoqueeletemquedare a suafunção
édesmistificarodiscurso. PorPaulaReverbele
Thiago
Santaella06
ZERO
NOVEMBRO
-2007
Jornalista
cobre
versão
estrangeira
do Brasil
A
correspondente
internacional
Verónica
Goyzueta lança
olhar sobre
o
país
que
produz
futebol,
aviões
e
violência
Peruana
de nascença, brasileira por acaso echilena-espanhola
porprofissão.
Essaé Verónica
Goyzueta:
"aglobalização
empessoa",
comoelamesma sede fine.Goyzueta
morahá 15 anos noBrasil,
trabalhacomoeditora darevistachilenaAméricaEconomiaeé
correspondente
dojornal ABC,
daEspanha.
Emseucurriculosupranacional,
há também carimboamericanoemexicano:foicorrespondente
dojornal
Ilempos
del Mundo(EUA),
daagência
de notíciasDowJones
(EUA),
edaAgência
de NotíciasNotimex,(México).
Alémdisso,
temcolaborações jornalísticas publicadas
emperiódicos latino-americanos,
norte-americanoseeuropeus.Massuacarreira começoudistante do
jornalismo.
AntesdeseformarnaUniversidade de Brasília
(UnB)
efazer mestradoemEducação,
ArteeHistóriada CulturanaUniversidade Presbiteriana Mackenzie deSãoPaulo,
Goyzueta
seformouemletraspela
PUCdelima,noPeru. Semverfuturonomercado literário peruano,seinscreveuparaumabolsa de estudosnoBrasilefoiaceita.Depois
detransitarumtempo
pela
comunicação social,
porcritériosnão convencionaisacaboumigrando
paraojornalismo:
"acheiospublicitários chatos,
entãopassei
afazeralgumas
matériascom os
jornalistas
eencontreiminhavocação.
Não seicomodemoreitantoparadescobrir!".
Foicom essa
paixão
escancaradapela
profissão,
umjeitinho
à brasilei-ra(no
melhorsentido)
detrataraspessoase umcarregado
sotaqueperua no, queGoyzueta
desmarcousuapresençanaentregado Prêmio WladimirHerzog
-o
segundo
maisantigo
dopais
naárea,
depois
doEsso-emSão
Paulo,
paraparticipar
daVI SemanadoJornalismo
daUFSC.Depois
deumapalestra
paraosfuturoscolegas
deprofissão
sobreassuntosvariadoscomo os
choques
culturaise ascaracterísticas do trabalho decorrespondente,
atensãode fazeracoberturanafavela da Rocinhaedos abusos depoder
nonordeste,
Cháveze aliberdade deimprensa,
acuriosapopulação
deumavila nordestina que acredita queopaís
foi descobertopor
espanhóis;
ajornalista
epresidente
daAssociação
dosCorrespondentes
Estrangeiros (ACE)
conversou com aequipe
doZero.Zero
-Comoo
correspondente
internacionalpode
fugir
doestereótipo
brasileiro de
carnaval,
futebol,
florestaemulher?Verónica
Goyzueta
-Os
correspondentes
queestãoinstaladosnoBrasil,
que trabalhampara
jornais
diários,
acabamfazendomaismatériassobrepolítica
eeconomiae conseguemfugir
doestereótipo.
É
acoberturadeagência
internacionalquefazmuito acoisade Carnavalefutebol,
por queosjornais
procuram. Oseditores,
muitas vezes,pedem estereótipos.
Todo mundo quer sabercomoestáofutebolnoBrasil.Disso,
nãotemmuitocomo
fugir.
Adiferença
entreasnotíciasdecorrespondentes
edeagências
é quenosegundo
caso,escreve-se umtextosem umleitordefinido,
ficapasteurizado. Já
ocorrespondente pode
trazerreferênciasnacionais,amatériaficamaisinteressante,mas saibemmaiscaroparaasredações.
Z-Aviolência éoutro assunto recorrenteemmatériassobreoBrasil.
Como não banalizarotema?
VG-Aviolência está banalizada
e,àsvezes,os
jornais
-estrangeiros
enacionais-dãoissocomo sefosseumacoisanormal:morreramvinte,
depois
trinta...parecenormal,
masnãoé.Aindatemosqueterespantocom esse
tipo
denotícia,
nosindignar.
Aimprensa
estrangeira
devecumprir
seupapel
de informarequando
temessetipo
denotíciaelatemque
divulgar. Felizmente,
oBrasil tambémtemmuitasnotícias boas paradar,
como aquestão
doetanol,
porexemplo.
A visitado Bushaopaís
tevegrande
impacto,
mas os correspondentes já
tinham dadomuitamatériasobreoassunto, sobreos carrosqueestavamrodandocomdois
tipos
de combustível. Z- Nobalanço final,
aimagem
do Brasil que vocêtem contatonoexteriorémais
positiva
ounegativa?
VG-É
muitopositiva.
Opaís
temumestereótipo, claro,
masaindaéumestereótipo
positivo,
dealegria,
deumpaís
interessantecom umaculturamuito rica. Mesmoo estereótipo
do futebolgeraumaimagem
simpática. Quando
vocêviaja
paraoexteriorefalaque é
brasileiro,
é semprebemrecebido,
porquetemessaimagem
decultura,
bossanova,samba.Infelizmentetemnotícias
negativas também,
masissoporqueopais
é muito
grande.
Tem muitas coisasboas decrescimentoeconômico,
maistambémtemmuitosconflitossociaissérios.Eesseéodesafio do
correspondente: explicar
comoéessepais
docrescimento,
desenvolvimento,
grandes
indústrias,
queproduz
aviões,masquetambémtemconflitosmuito graves,
violência,
massacres,assassinatos,injustiças,
desmatamentos.Eodesafiomaior élevarissoem
fragmentos
aoleitor.Seriabomcontartudo deuma vezSÓ,
mastemosquecontarempartes,emcada matéria.PorDomitilaBecker
semana
do
jornalismo
(
Política,
ambientalismo
e
jornalismo
nalTcltivo
Descrente
e
entediado
com as
editarias
comuns,
Marco
Sá Corrêa
optou
pela
disfuncional revista
Piauí
Das
poucasperguntasqueoinsuficientetempoentreostrasladosmepermitiu
fazera MarcosSáCorrêa,
afirmoquedecerto,
todasasinteligentes
respostasmepareceramatemporais.
Euvosconto:Sá Corrêaé
jornalista,
editor dositeOECOedaRevistadegrande
su cessoentrenosotros,PiaUÍ;
além desercolunista semanal dojornal
OEstado deS.Paulo napágina
demeioambiente.Comumcurriculo
invejável, já dirigiu
aRevistaÉpoca
eeditouaVeja
pormuitos anos.Transitandocomdesenvolturapelo ciberespaço, já
escreveuparaossitesNomínimoeAOL.
"Veja bem,
pra começodeconversa eunão seise sou esse caraque trabalhaemváriasáreas".MarcosSá Corrêaafirmater
passado
por muitasmídiaseeditorias,
masadmitequeoqueofeztomarrumostãodistintosemdeterminadas
épocas
desuavidafoiofatode desconsiderar
importante
determinadosassuntos."Políticahoje
eu nemleio,
achopo lítica brasileiraumramodegenerado
daprimatologia.
É
coisademacaco".Cobrindoumaárea ondeaspessoas que faziampartedomeio eram,nasuamaioria, muito
importantes
comofiguras históricas,
apolítica
eravista porelecomo umaformade
militância,
umatobrando de resistência. "Elanosdavauma enormesensação
deestarfazendo
algo
deútil,
oqueao seu verévitalnojornalismo".
Enquanto
oregime
aestavabanindo da vida
pública,
ojornalista
resistiaàsfontes oficiais."Depois
deumcertotempo,já
noregime civil,
descobriqueaquilo
nãomeinteressavamais,porincrívelquepareça,porqueademocraciatrouxe
políticos
semqualidade,
desinteressantes".Dizendonãoacreditarem
jornalismo
isento,Sá Corrêa afirmou que vocêpode
serprofissionalmente
correto,veraz,devetomarvárioscuidados,
mas aalmatiraaisenção
do trabalho do
repórter.
Depois
quesedesinteressoupela política
nãoconseguemaisfazê la: "tenho horroraquilo, nojo"
epassouaacreditarquese navidapessoal
seuinteresse erapor meioambiente.Aúnicacoisa quepoderia
fazercomojornalista
eracobri-lo.Crentede queo
jornal
impresso
comoconhecemos,
quenosapresentanotícias,
vaiacabarempoucos anos,
perdendo
espaçoparaojornal on-line,
edequeolivro queéfeitoparaleituratemaforma
ideal,
devendo permanecerentrenósporumbomtempo,senãoeternamente.O
jornalista
acreditanãosaber atéquando
sustentaráestaopinião,
visto que existemsoluções tecnológicas
que aindanão estãoà vista."Quando
eucomeceiatrabalharo
computador
tinhaummonitorverde,
defósforo, vocêmal
conseguia
lerseu nome.Oconfortojá
mudouincrivelmente,
como
cristallíquido, pode
serqueumdia apareça,nesse ramode eletrônica,umatelatãoconfortávelquantoumbom livro".
Quando questionado
sobreaespecialização
naárea ambientalSáCorrêa disse acreditarno
jornalista
como umgeneralista
enãoumespe cialistanato:"Algumas
áreas,
como aambiental,
éumaespecialização
tãoampla,
avelocidade das descobertasemtodososcampos depesquisa
queconfluemparaoentendimento das
questões
ambientaiséde talordem,
que sempre
precisará
semanterantenadono'quem
équem'
e noslivrosque estão
saindo;
senão,édifícil entender dasgrandes
questões
queestãoemjogo".
APiauíMarcosSá Corrêa éumdos fundadores daRevistaPiauí. Conversando
numa mesa
informalmente, ele.joão
MoreiraSalleseDorriteHarazim,sequestionavam:
"Putaissotá muitochato!Como équesefazum
negócio
diferente?".Entãoresolveram fazerumarevistacujo
único critérioeditorial fossealguém
naredação
realmenteseinteressarpor
alguma
pauta,depois
provar queéinteressantecontandoumacoisaconcatenadaque interessea
alguém.
"Naspublicações
dísídidasemeditoriasasensação
quetemosé deque quer
queira,
quernão,amatériatemque sair parapreencher
aspáginas
simplesmente".
"NaPiauíeuposso acharumaporcaria,
masalguém
gostou".
Quando questionado
sobreafalta deumaestruturaedeumacadeiadecomandomuitobem definidanarevista,MarcosSáfoiincisivo:"A Piauí é deliberadamente anár
quica".
"EunãotenhocertezaqueaPiauí
funciona,
elaédisfuncionalquase quepornatureza". A pequena
redação
daPiauíficanumantigo
escritóriode WalterMoreiraSalles,
comtrêssalasinteiramenteabertas,
literalmenteconjugadas, ligada
porgrandes
arcos,onde tudo está misturadomeiode
propósito,
onderedação,
área dearteesecretariase misturamharmoniosamente. "Nãotemumasalafechada(
...)
aredação
tambémnãofechanunca, sempretemgentelá.
É
umambientesó. Oquese conversa numasalaseouve naoutra.A revistasemantêmdiscutida,
todo mundosemetenacoisade todo mundootempo
todo.Etemmuitareportagemsendo feita lá dentro"."Eu.joão,
DorriteeMario(Sergio Conti),
ficamosnasalamenor,bemnosfundos.Depois
temumasala dereuniãodooutrolado do corredorque éusadamuito mais pracomerdoque praoutracoisa!
Às
vezesvocê recebeumapessoapradarentrevista,aíelaé bem útil também". PorAmandaBusato